Análise Crítica ao Modelo de Auto-Avaliação das BEs
Autoavaliação BE em relatórios IGE
1. PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES - O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (CONCLUSÃO)
Análise e comentário crítico à presença de referências a respeito das BE nos relatórios da IGE
Para a realização deste trabalho, optei por seleccionar o ano de 2008/2009. Depois de consultar diversos relatórios, escolhi uma escola de cada
uma das direcções regionais e, no caso da DREC, seleccionei a minha própria escola que foi também foi objecto de inspecção pela IGE no ano lectivo
anterior (ver tabela no final).
Uma grande parte dos relatórios das escolas que consultei não tem quase nenhumas referências à BE, salvo no que respeita à disponibilização de
espaços e a projectos, neste caso limitando-se apenas a informar que a mesma faz parte da RBE, sem quaisquer juízos de valor ou apreciação. Até por
estes relatórios se demonstra que ainda há um longo caminho a percorrer (apesar dos progressos que se têm conseguido) na afirmação da importância
da BE para as comunidades educativas em que se inserem. Encontra-se uma ou outra excepção em que se referem as actividades desenvolvidas pela BE
que têm repercussões nas aprendizagens dos alunos.
Se é verdade que a BE deve alicerçar a importância da sua intervenção no contexto da escola e da comunidade educativa, também não deixa de
ser verdade que a avaliação (nomeadamente a da IGE) é um poderoso regulador de práticas. Os relatórios da IGE, ao não darem grande relevância ao
papel das Bibliotecas Escolares, não contribuem para uma mudança de atitude dos órgãos de gestão das escolas e da comunidade educativa em geral.
Obviamente que não cabe à IGE mudar as escolas, mas decerto que os seus relatórios serão (e naturalmente pretendem ser) importantes para orientar os
processos de mudança da escola no sentido da melhoria da qualidade da educação.
Depois de ter realizado a tarefa 1, fazendo um cruzamento de informação resultante da auto-avaliação da BE nos seus diferentes domínios com os
Campos e tópicos estabelecidos pela IGE, conseguimos perceber como pode e deve ser enquadrada a informação resultante da auto-avaliação da BE
nos seus diferentes domínios com os Campos e tópicos estabelecidos pela IGE.
Ana Luísa S. Fernandes - sessão 6 - 13/12/09 1/5
2. PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES - O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (CONCLUSÃO)
Não há dúvida, como é dito no MAABE, que é importante que cada escola conheça o impacto que as actividades realizadas pela e com a BE vão
tendo no processo de ensino e na aprendizagem, bem como o grau de eficiência e de eficácia dos serviços prestados e de satisfação dos utilizadores da
BE. Esta análise, sendo igualmente um princípio de boa gestão e um instrumento indispensável num plano de desenvolvimento, permite contribuir para a
afirmação e reconhecimento do papel da BE, permite determinar até que ponto a missão e os objectivos estabelecidos para a BE estão ou não a ser
alcançados, permite identificar práticas que têm sucesso e que deverão continuar e permite identificar pontos fracos que importa melhorar. A auto-
avaliação da biblioteca deve ainda ser incorporada no processo de auto-avaliação da própria escola, dada a sua relação estreita com sua missão e
objectivos.
É preciso que este processo mobilize toda a escola e a BE desenvolva um trabalho mais sistemático de cooperação com todas as estruturas de
coordenação educativa e supervisão pedagógica; estabeleça parcerias e colabore activamente com os diversos departamentos e com todos os docentes.
É também necessário organizar sistematicamente actividades de formação de utilizadores com todas as turmas, tendo em atenção as necessidades
detectadas; fomentar a aquisição e desenvolvimento de métodos de trabalho e de estudo, estabelecer fortes parcerias, envolvendo-se activamente nos
vários projectos da escola, verificando-se os impactos deste trabalho nas atitudes, competências dos alunos e resultados escolares doa alunos. No
entanto, para que tal aconteça, obviamente que é essencial que a BE Esteja bem integrada no funcionamento global da escola, que a contempla na
formulação e desenvolvimento da sua missão, princípios e objectivos estratégicos e operacionais. Por outro lado, como aliás já tinha dito, a BE deve ser
entendida por todos como um recurso activo ao serviço da escola, facultando serviços de qualidade e articulando actividades/projectos com vista ao
desenvolvimento de competências nos alunos e ao consequente sucesso educativo.
A concretização das finalidades do MAABE é definitivamente algo intrínseco à escola e à comunidade educativa, Contudo, uma melhor articulação
entre as avaliações externas, nomeadamente da IGE, e os processos internos poderia mais facilmente estimular a mudança no sentido da potenciar a BE
na melhoria dos resultados escolares dos alunos e das finalidades da Educação em geral.
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3. PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES - O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (CONCLUSÃO)
Escola/Agrupamento Referências a respeito da BE Campos de análise/Domínios
“…as suas instalações, agrupadas em 3 blocos, dispõem de biblioteca II – Caracterização da escola
(integrada na Rede de Bibliotecas escolares)…”
Escola Secundária com 3º III – Conclusões da avaliação por domínio
“Destaca-se a biblioteca, integrada na Rede de Bibliotecas Escolares,
Ciclo do Ensino Básico da 3- Organização e gestão escolar
importante pólo dinamizador de iniciativas e projectos diversos.”
Batalha (DRE CENTRO)
“A biblioteca escolar, integrada na Rede de Bibliotecas Escolares, é um IV – Avaliação por factor
espaço dinâmico, apresentando um plano anual que contempla distintas
actividades, designadamente ao nível da difusão da informação, da 3. Organização e gestão escolar
dinamização/formação de utilizadores, da promoção da leitura e da escrita, 3.3. Gestão dos recursos humanos e
do apoio ao desenvolvimento curricular e de iniciativas abertas à financeiros
comunidade. Procede-se regularmente à avaliação das acções nas
diferentes áreas, verificando-se, em geral, uma boa adesão por parte dos
utentes, em particular dos alunos do 3º ciclo”.
“Neste âmbito, destacam-se as reuniões com o Órgão de Gestão e os
directores de turma, a abertura solene do ano lectivo, os eventos culturais 3.4. Participação dos pais e outros elementos
dirigidos à comunidade promovidos pela biblioteca escolar e as actividades da comunidade educativa
abertas ao meio…”
A Escola está aberta a iniciativas inovadoras, sabendo mobilizar os
recursos necessários. Merecem destaque os projectos nacionais e internacionais, 4.3. Abertura à inovação
tais como: Academia Cisco (no âmbito do programa Cisco Networking Academt),
Clube Eco-Escolas, ESCXEL – rede de escolas de excelência, eTwinning,
Biblioteca Escolar e Desporto Escolar.”… 5. Capacidade de auto-regulação e melhoria
da escola
“A Escola desenvolve actividades de auto-avaliação que têm permitido
alguma reflexão sobre práticas internas e implementação de estratégias de 5.1. Auto-avaliação
melhoria. Os titulares dos cargos e os responsáveis dos clubes, dos
projectos e de alguns sectores (p. ex., biblioteca) elaboram relatórios
anuais, que são analisados em Conselho pedagógico, donde resultam
recomendações com vista à organização do ano lectivo seguinte.”
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4. PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES - O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (CONCLUSÃO)
Procura promover nos alunos um maior domínio da Língua Portuguesa IV – Avaliação por factor
através de actividades relacionadas com o respectivo departamento, com
Escola Secundária com 3º a Biblioteca Escolar/Centro de Recursos Educativos (BE/CRE) e com o 2. Prestação do serviço Educativo
Plano Nacional de Leitura.
Ciclo do Ensino Básico D. 2.4. Abrangência do currículo e valorização
dos saberes e da aprendizagem
Dinis - Lisboa (DRE LISBOA
VT) A escola aderiu a alguns projectos nacionais, sendo de destacar, o
Programa da Rede de Bibliotecas Escolares, o Plano Nacional de Leitura e
o Plano de Acção para a Matemática…” 4. Liderança
4.4. Parcerias, Protocolos e Projectos
Procura valorizar outros percursos escolares para os seus alunos, de que 1.4. Valorização e impacto nas
é exemplo os Cursos de Educação e Formação, ligados à Informática e ao aprendizagens
Agrupamento de Escolas D. Comércio (…) Têm ao seu dispor as salas de estudo e de Informática, a
Oficina de Informática, a biblioteca, o desporto escolar…”
Afonso Henriques –
No âmbito do Plano Nacional de Leitura, a biblioteca disponibiliza
Guimarães (DRE NORTE)
temporariamente as obras literárias solicitadas pelas diversas escolas do
1º ciclo. As obras a trabalhar com os alunos, sendo escolhidas no
conselho de ano, são igualmente disponibilizadas pela biblioteca.”
3.3. Gestão dos recursos humanos e
“A biblioteca é um espaço bem equipado e organizado e os seus
financeiros
utilizadores usam-na de forma cuidada”
Agrupamento de Escolas As aprendizagens desenvolvidas pelas bibliotecas potenciam uma III - Conclusões da avaliação por domínio
aprendizagem de contornos abrangentes.
de Alvalade do Sado - 3. Organização e gestão escolar
Santiago do Cacém ( DRE O Gabinete de apoio ao aluno e à família, pelo fomento de articulação
entre o Agrupamento, as famílias e as entidades sociais, e a Biblioteca 4. Liderança
ALENTEJO ) Escolar, pelo serviço de utilidade pública, no incentivo da leitura e dos
saberes, despontam como inovações.
De mencionar a responsabilização dos alunos do 1º Ciclo pela gestão das IV – Avaliação por factor
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5. PRÁTICAS E MODELOS DA AUTO-AVALIAÇÃO DAS BIBLIOTECAS ESCOLARES - O MODELO DE AUTO-AVALIAÇÃO DA BE: METODOLOGIAS DE OPERACIONALIZAÇÃO (CONCLUSÃO)
bibliotecas escolares e das maletas pedagógicas. 1.2. Participação e desenvolvimento cívico
As Bibliotecas (EB1/JI e EB2,3 de Alvalade do Sado e EB1/JI de Ermidas) 3.3. Gestão dos recursos materiais e
incluídas na Rede de Bibliotecas Escolares, dinamizam um conjunto de financeiros
actividades potenciadoras das aprendizagens dos alunos e enquadradas
na estrutura curricular, que contribuem para o desenvolvimento do Plano
Nacional de Leitura. Revelam-se o Projecto Ler+, de que são escola piloto,
a Feira do Livro, a vinda de escritores, a apresentação de peças de
teatro,a divulgação de escritores junto do comércio local, o jornal “Pé de
Letra”, o blogue, a escrita criativa, os guiões de leitura e de suporte às
visitas de estudo, os boletins informativos e o “Problema do Mês” em
articulação com o grupo disciplinar de Matemática. Junto das restantes
EB1/JI, desenvolvem actividades de apoio à leitura, com as maletas
pedagógicas e as bibliotecas itinerantes.
De salientar… a Biblioteca da Escola sede, pela sua abertura ao exterior
4.3. Abertura à inovação
De relevar, o Projecto “Rosto de Esperança”, de geminação com uma
escola de Timor, e as actividades promovidas pela Biblioteca Escolar
(Feira do Livro, a Semana das Bibliotecas, o Livro Repórter e o Escritor do
4.4. 4.4. Parcerias, Protocolos e Projectos
Mês).
Pontos fortes
V – Considerações finais
As actividades dinamizadas pela biblioteca e a sua repercussão nas
aprendizagens dos alunos;
Escola Secundária Tomás É composta por…. Biblioteca/Centro de Recursos… II – Caracterização da escola
Cabreira – Faro (DRE
ALGARVE) No entanto a escola já se suporta em processos avaliativos para elaborar III – Conclusões de avaliação por domínio
parte do planeamento e da gestão da sua actividade, em áreas específicas
como a biblioteca e a selecção de uma oferta educativa diversificada. 5. Capacidade de auto-regulação e melhoria
da escola
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