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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás.
           Aluno: William de Andrade Magalhães
           Professor: Leonardo Lopes da Costa
           Série: 3º B
           Curso: Técnico em Química


               1. Rotulagem de Solução e reagente
                    Tendo em vista uma tendência global de padronização e uniformidade, os
           rótulos de produtos químicos de laboratório, não poderiam ficar fora dessa.

                            “A partir de 2008, governo e empresas em todo o mundo terão que
                 implementar o Sistema Globalmente Harmonizado (GHS) para Classificação e
                 Rotulagem de Produtos Químicos. A harmonização garante maior proteção e a gestão
                 segura de produtos químicos no comércio mundial. A informação é do vice-presidente
                 do subcomitê de Especialistas sobre Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos
                 do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (UNCEGHS), Roque Puiatti, que
                 fez palestra no Inmetro sobre o tema. Segundo Puiatti, o GHS significa uma abordagem
                 simples e coerente para a definição e classificação de riscos dos produtos químicos e
                 para comunicação de perigos, através de rótulos e fichas de informações de
                 segurança.... Até então, cada país adota e segue uma regulamentação diferente.”

                   A existência num laboratório de todos os materiais devidamente rotulados é um
           fator importante na prevenção e controlo de acidentes. Há convenções que apontam as
           normas a cumprir nos rótulos dos reagentes químicos e que são: nome do reagente –
           científico e comercial; ponto de fusão e ebulição; ponto de “flash”- no caso de solventes
           inflamáveis; densidade; grau de pureza; massa molecular; frases sucintas descrevendo a
           natureza de algum acidente que possa ocorrer; medidas de precaução; símbolo de
           segurança sobre a característica da substância.

                   O GHS (Globally Harmonised System of Classification and Labelling) foi desenvolvido
           pela ONU com o objetivo de harmonizar esses sistemas.
                   O GHS introduz um conjunto de critérios globalmente harmonizados para a
           classificação de riscos físicos, perigos para a saúde, e riscos ambientais.
                   Além disso, o GHS estabelece um esquema globalmente harmonizado para a
           comunicação de riscos. Isto implica na introdução ou modificação de:

                                       •    classificações de riscos,
                                       •    pictogramas de perigos,
                                       •    palavras de advertência,
                                       •    frases de perigo e
                                       •    frases de precaução.



Figura 1. Mudanças nos pictogramas.
1.1 Como fica o novo rótulo com GHS?

         O formato dos rótulos permanece igual, mas os novos pictogramas de risco e a
palavra de advertência encontram-se agora no meio do rótulo do GHS.
      Outra alteração importante é a eliminação da respectiva indicação de perigo (por
exemplo, extremamente inflamável ou tóxico). No GHS, usa-se uma palavra de
advertência, ao invés da referida indicação. A palavra de advertência fornece
informação sobre o nível de risco relativo de uma substância ou mistura e alerta o leitor
para um risco potencial.
      No GHS, há duas palavras de advertência diferentes: “Perigo” que indica
categorias de risco mais graves e “Cuidado” que indica categorias de risco menos
graves. As frases de perigo e precaução, situadas à direita, substituem as atuais frases de
                   risco e segurança.




Figura 2.Rótulo antes da padronização GHS




Figura 3. Rótulo após padronização GHS

      A complexidade do Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e
Rotulagem de Produtos Químicos dificulta a sua implementação pelos países. O Grupo
de Trabalho brasileiro responsável por montar o sistema estima que só em 2011 teremos
o GHS implantado para substâncias puras e em 2016 a execução do sistema para os
produtos misturados.
1.2 Elementos de Rótulo



• Identificação do produto e telefone de emergência do fornecedor

• Composição química

• Pictograma de perigo

• Palavra de advertência

• Frase de perigo

• Frases de precaução

• Outras informações

1.3 Diagrama de Hommel




                                                              Figura 4. Exemplo de
                                                              rotulagem utilizando o
                                                              Diagrama de Hommel.

Outra forma de rotulagem é o diagrama de Hommel, mais comumente utilizado para
rotulagem de resíduos. É uma simbologia empregada pela Associação Nacional para
Proteção contra Incêndios (em inglês: National Fire Protection Association), dos
Estados Unidos da América. Nela, são utilizados losangos que expressam tipos de risco
em graus que variam de 0 a 4, cada qual especificado por uma cor (branco, azul,
amarelo e vermelho), que representam, respectivamente, riscos específicos, risco à
saúde, reatividade e inflamabilidade.Quando utilizada na rotulagem de produtos, ela é
de grande utilidade, pois permite num simples relance, que se tenha idéia sobre o risco
representado pela substância ali contida. Cada uma das cores é taxada em uma escala de
0 (sem risco; substância normal) a 4 (risco sério).
Riscos à Saúde                        Inflamabilidade

                                              4 - Letal                      4 - Abaixo de 23ºC
                                      3 - Muito Perigoso              3 - Abaixo de 38ºC
                                      2 - Perigoso                    2 - Abaixo de 93ºC
                                      1 - Risco Leve                  1 - Acima de 93ºC
                                      0 - Material Normal             0 - Não queima



                                          Riscos Específicos                  Reatividade

                                            OX - Oxidante                     4 - Pode explodir
                                      ACID - Ácido                    3 - Pode explodir com choque
                                      ALK - Álcali (Base)             mecânico ou calor
                                      COR - Corrosivo                 2 - Reação química violenta
                                      W - Não misture com água        1 - Instável se aquecido
                                                                      0 - Estável

                  Figura 5. Especificações do Diagrama de Hommel




2.Algarismos significativos (A.S.)
       A medida de uma grandeza física é sempre aproximada, por mais capaz que seja
o operador e por mais preciso que seja o aparelho utilizado. Esta limitação reflete-se no
número de algarismos que usamos para representar as medidas. Ou seja, só utilizamos
os algarismos que temos certeza de estarem corretos, admitindo-se apenas o uso de um
algarismo duvidoso. Claramente o número de algarismos significativos está diretamente
ligado à precisão da medida, de forma que quanto mais precisa a medida, maior o
número de algarismos significativos. Assim, por exemplo, se afirmamos que o resultado
de uma medida é 3,24 cm estamos dizendo que os algarismos 3 e 2 são corretos e que o
algarismo 4 é duvidoso, não tendo sentido físico escrever qualquer algarismo após o 4.
       Portanto, denominam-se algarismos significativos (AS) de uma medida os
algarismos exatos acrescidos de um único algarismo duvidoso. Desse modo podemos
escrever como:
       Portanto, denominam-se algarismos significativos (AS) de uma medida os
algarismos exatos acrescidos de um único algarismo duvidoso. Desse modo podemos
escrever como:

                AS = Algarismos exatos + o ultimo algarismo duvidoso.

        Utilizando-se de uma régua centimetrada (dividida em centímetros), conforme
ilustra a figura, podemos observar que o comprimento AB pode ser avaliado em 8,3 cm.
Observe que, sendo o comprimento do segmento AB = 8,3cm, temos os
algarismos 8 e 3, onde o 8 é exato e o 3 é avaliado (observe que m segundo observador
poderia considerar 8,2 cm ou 8,4 cm). Por esse motivo denominamos o algarismo 3 de
duvidoso.
       Algumas observações devem ser feitas:

•   Não é algarismo significativo o zero à esquerda do primeiro algarismo significativo
    diferente de zero. Assim, tanto L=32,5 cm como L=0,325 m representam a mesma
    medida e tem três algarismos significativos. Outros exemplos são:
                        5 = 0,5x10 = 0,05x102 = 0,005x103 (1 A.S. )
                       26 = 2,6x10 = 0,26x102 = 0,026x103 (2 A.S. )
                    0,00034606 = 0,34606x10-3 = 3,4606x10-4 (5 A.S.)

•   O zero à direita de algarismo significativo também é algarismo significativo.
    Portanto, L=32,5 cm e L=32,50 cm são diferentes, ou seja, a primeira medida tem 3
    A.S. enquanto que a segunda é mais precisa e tem 4 A.S.

•   É significativo o zero situado entre algarismos significativos. Por exemplo: L = 3,25
    m tem 3 A.S. enquanto que L=3,025 m tem 4 A.S.

•   Quando tratamos apenas com matemática, podemos dizer, por exemplo, que 5 = 5,0
    = 5,00 = 5,000. Contudo, ao lidarmos com resultados de medidas devemos sempre
    lembrar que 5 cm ≠ 5,0 cm ≠ 5,00 cm ≠5,000cm, já que estas medidas tem 1 A.S., 2
    A.S., 3 A.S. e 4 A.S., respectivamente. Em outras palavras, a precisão de cada uma
    delas é diferente.
• Arredondamento: Quando for necessário fazer arredondamento de algum número,
    utilizaremos a seguinte regra: quando o último algarismo significativo for menor ou
    igual a 5 este é abandonado; quando o último algarismo significativo for maior que
    5, somamos 1 unidade ao algarismo significativo anterior. Por exemplo:
        8,234 cm é arredondado para 8,23 cm
        8,235 cm é arredondado para 8,23 cm
        8,238 cm é arredondado para 8,24 cm
2.1 Operações com algarismos significativos

        Realizamos, nessa seção, uma breve descrição das operações com algarismos
significativos.

    •   Adição e Subtração

    Suponha que se deseje adicionar as seguintes quantidades: 2807,5 + 0,0648 + 83,645
+ 525,35. Para que o resultado da adição contenha apenas algarismos significativos,
você deverá, inicialmente, observar qual (ou quais) das parcelas possui o menor número
de casas decimais. Em nosso caso, essa parcela é 2807,5, que possui apenas uma casa
decimal. Esta parcela será mantida como está. As demais parcelas deverão ser
modificadas, de modo a ficar com o mesmo número de casas decimais que a primeira
escolhida, abandonando-se nelas tantos algarismos quantos forem necessários. Levando
em conta a regra de arredondamento: número superior a cinco (inclusive) arredonda-se
para cima e abaixo de 5 o último algarismo permanece invariável.

        Assim ficaremos com:
2807,5 permanece inalterada....... 2807,5
       0,0648 passa a ser escrita ................ 0,1
       83,645 passa a ser escrita .............. 83,6
       525,35 passa a ser escrita ............ 525,4
       O resultado correto é ................... 3416,6.

   Na subtração, deve-se seguir o mesmo procedimento.

   •   Multiplicação e Divisão

    Suponha que desejemos, por exemplo, multiplicar 3,67 por 2,3. Realizando
normalmente a operação encontramos: 3,67 x 2,3 = 8,441.
        Entretanto, procedendo desta maneira, aparecem, no produto, algarismos que não
são significativos. Para evitar isto, devemos observar a seguinte regra: verificar qual o
fator que possui o menor número de algarismos significativos e, no resultado, manter
apenas um número de algarismos igual ao deste fator. No nosso caso, o fator que possui
o menor número de algarismos significativos é 2,3, tal que devemos manter, no
resultado, apenas dois algarismos, ou seja: 3,67 x 2,3 = 8,4.
        Na aplicação desta regra, devemos ao abandonarmos algarismos no produto, usar
o critério de arredondamento, que diz: número acima de 5 inclusive arredonda se para
cima e número abaixo de cinco permanece invariável. Para a divisão o procedimento é
análogo.

3. Técnicas de Pesagem
          Um experimento químico envolve a utilização de uma variedade de
equipamentos de laboratório bastante simples, porém, com finalidades específicas. A
balança é um instrumento de essencial importância, sendo a mais utilizada pelos
químicos a analítica por ser mais precisas e geralmente pesa até décimos de milésimos,
ou seja, até a quarta casa decimal.
          Para a utilização de uma balança devemos antes de tudo verificar a capacidade
máxima que a mesma suporta, sendo um aparelho de precisão delicado, não pode
suporta excedentes cargas, que acarretaria estragos na mesma, normalmente a carga
máxima de uma balança e de 100 a 200g .
          O manuseio de uma balança requer muitos cuidados por ser um equipamento
de precisão tendo como os principais cuidados: a manutenção da balança sempre limpa;
a não colocação de reagentes diretamente sobre o prato do equipamento; o material a se
pesado deve esta limpos, secos e a temperatura ambiente; a mesma deve ser ligada uma
hora antes para que se tenha uma estabilização; antes de iniciar a pesagem deve ser
verificar o nivelamento da balança, observando através de um nível em forma de bolha,
cujo o nivelamento é conseguido girando-se bases localizada na parte frontal do
instrumento, o material deve ser retirado e colocado com uma pinça ou luvas e não com
as mão despidas; o operador não deve se apoiar na mesa em que a balança está
colocada; após a pesagem, a balança deve ser zerada e removido os resíduos que tenha
caído no seu interior.
          Quando se necessita da utilização da balança com freqüência deve-se deixá-la
ligada para reduzir o tempo de aquecimento. Se a mesma for utilizada por pouco tempo
é recomendado que desligue a fonte de energia sempre com o equipamento desligado.

4.Tipos de Destilação
Fenômeno natural, a destilação pode ser observada quando gotículas de água se
condensam nas vidraças de janelas em dias frios. Também a formação das chuvas
constitui, de certa maneira, um processo natural de destilação.

Destilação é um processo caracterizado por uma dupla mudança de estado físico, em
que uma substância, inicialmente no estado líquido, é aquecida até atingir a temperatura
de ebulição, transformando-se em vapor, e novamente resfriada até que toda a massa
retorne ao estado líquido. O processo tem sido utilizado desde a antiguidade para a
purificação de substâncias e fabricação de essências e óleos. No caso da chuva, a
vaporização se dá não por ebulição, mas por evaporação a baixa temperatura.

A maioria dos métodos utilizados durante o processo de purificação de misturas
homogêneas baseia-se na destilação simples, que consiste na evaporação parcial da
mistura líquida, a fim de separar seus componentes. As substâncias mais voláteis, isto é,
com menor ponto de ebulição, vaporizam primeiro; ao passarem por um condensador, se
liquefazem, sendo finalmente recolhidas em um tanque. Esse procedimento é válido
para a purificação de líquidos com impurezas voláteis dissolvidas e para a separação de
misturas cujos componentes apresentam pontos de ebulição bem diferenciados.

Quando os pontos de ebulição dos componentes de uma mistura são muito próximos, a
destilação simples não permite uma boa separação, sendo necessário repetir o processo
várias vezes. Esse procedimento, denominado destilação fracionada, é muito utilizado
no controle do teor alcoólico de bebidas tipo aguardente, como uísque, rum, gim e
cachaça. Além disso, constitui o processo fundamental do refino de petróleo, para
obtenção de gasolina, querosene e demais derivados.

A destilação pode, também, ser realizada a seco, ou em ausência de vapor d'água, para a
produção de alcatrão e carvão vegetal a partir da madeira ou da hulha.

A obtenção de nitrogênio e oxigênio gasosos a partir do ar atmosférico realiza-se por
meio de destilação atmosférica. Nesse processo, o ar atmosférico é resfriado
progressivamente até a formação de uma fase líquida rica em oxigênio, que se condensa
a uma temperatura superior à do nitrogênio. A seguir, essa fase é levada à ebulição,
através de um aquecimento gradual com pressão constante, sendo o vapor assim obtido
proporcionalmente mais rico em nitrogênio que a mistura inicial. Se, durante a
evaporação da fase líquida, a quantidade de vapor em contato com essa fase for
aumentada, impedindo que o equilíbrio entre as duas fases seja atingido, a temperatura
de ebulição cresce progressivamente, enquanto o líquido se torna cada vez mais pobre
em nitrogênio. Repetindo essa operação algumas vezes, é possível obter-se um resíduo
constituído de oxigênio praticamente puro.

4.1 Destilação Simples

A destilação simples consiste na vaporização de um líquido por aquecimento seguida da
condensação do vapor e recolhimento do condensado num frasco apropriado.
   O condensador permite que a mistura seja aquecida na temperatura de ebulição do
solvente     sem      que      esta     seja     perdida    para     a     atmosfera.
  O ponto de ebulição é a temperatura em que o vapor e o líquido estão em equilíbrio a
uma dada pressão. O ponto de ebulição das misturas varia dentro de um intervalo de
temperatura que depende da natureza e das proporções dos seus constituintes.
O aumento de calor de um líquido em ebulição não produzirá elevação do seu ponto
de ebulição, pois o calor absorvido é todo consumido em formas de bolhas de vapor, o
que      resulta      num       aumento       da      velocidade   da      destilação.
  A destilação simples tem aplicação para separar um líquido de impurezas não voláteis
(em solução no líquido) de um solvente usado numa extração, ou excepcionalmente,
para separar líquidos de ponto de ebulição afastados.




                  Figura 6. Processo de destilação simples

4.2 Destilação Fracionada
   Destina-se à separação de líquidos miscíveis entre si, mesmo aqueles de pontos de
ebulição próximos.
   Evidentemente, por repetidas destilações, combinando e recombinando destilações
fracionadas e condensadas, poderá separar uma mistura de benzeno e tolueno em seus
componentes puros. Contudo, o destilado poderá ser um componente de um ponto de
ebulição baixo, benzeno (puro), ou um componente de ponto de ebulição elevado, o
tolueno.
   A destilação fracionada é simplesmente uma técnica para realizar uma série completa
destas pequenas separações em uma operação. Em princípio, uma coluna de destilação
fracionada proporciona uma grande superfície para o intercâmbio de calor, nas
condições de equilíbrio, entre o vapor ascendente e o condensado descendente. Isto
possibilita uma série completa de evaporações e condensações parciais ao longo da
coluna.
   A coluna fica entre o condensador e o balão que, neste caso, é simples, não
possuindo, na sua parte superior, o tubo de desprendimento. A coluna de fracionamento
consta de um tubo longo, adapatado pela extremidade inferior ao balão, contendo, na
extremidade superior, um tubo de desprendimento lateral que deverá ser ajustado ao
condensador. Pela abertura superior é introduzido um termômetro, cujo bulbo deverá
ficar à altura da saída do tubo de desprendimento. Internamente ao tubo longo, colocam-
se pequenos cilindros de vidro ou porcelana, dispostos irregularmente, que agem como
pequenos condensadores de refluxo para a mistura de vapores.
   A coluna é feita de tal forma que, pela extremidade conectada ao condensador,
somente saem vapores do líquido mais volátil, regressando ao balão, por refluxo, para
redestilação, a mistura de vapores dos componentes do líquido inicial.




                       Figura 7. Processo de destilação fracionada

4.3 Destilação por arraste a vapor

  Empregada para destilar substâncias que se decompõem nas proximidades de seus
pontos de ebulição e que são insolúveis em água ou nos seus vapores de arraste.
   Esta operação baseia-se no fato de que, numa mistura de líquidos imiscíveis, o ponto
de ebulição será a temperatura na qual a soma das pressões parciais dos vapores é igual
à da atmosfera, o que constitui uma decorrência da leia das pressões parciais de Dalton.
   Se, em geral, o arraste se faz com vapor d’água, a destilação, à pressão atmosférica,
resultará na separação do componente de ponto de ebulição mais alto, a uma
temperatura inferior a 100ºC.
   Por outro lado, quando uma mistura de dois líquidos imiscíveis é destilada, o ponto
de ebulição da mistura permanece constante até que um dos componentes tenha sido
separado, já que a pressão total do vapor independe das quantidades relativas dos
componentes. O ponto de ebulição, a partir daí, eleva-se rapidamente, até atingir o do
líquido remanescente. O vapor que se separa de tal mistura contém os componentes na
mesma proporção, em volume, que suas pressões de vapor relativas.
   Por meio de cálculos simples e aplicando as leis dos gases, podemos estabelecer a
proporção dos vapores em função de seus pesos moleculares e das suas pressões
parciais.
   Se Pa e Pb são as pressões parciais de vapor de líquidos A e B, no ponto de ebulição
da mistura, então a pressão total Pt será:

                                     Pt = Pa + Pb (1)
                                E a composição do vapor:

                                                  (2)

onde: na e nb são os números de moles das substâncias em dado volume da fase de
vapor.
Como:




onde: W= peso em gramas da substância em um dado volume de vapor
M = peso molecular da substância
Então:


                                                           (3)

ou seja, os pesos relativos de dois componentes de uma mistura de fase vapor são
idênticos aos pesos relativos do destilado, isto é, os pesos dos dois líquidos sendo
recolhidos num recipiente são diretamente proporcionais as suas pressões de vapor e aos
seus pesos moleculares.
   A equação (3) indica que, quanto menor o produto MaPa tanto maior é o volume de
Wb e daí a grande aplicação da destilação com arraste de vapor nos processos
industriais para separação de compostos de elevado peso molecular e de baixa pressão
de vapor.




           Figura 8. Processo de destilação por arraste a vapor.

4.4 Destilação sob pressão reduzida

        Muitas substâncias orgânicas não podem ser destiladas satisfatoriamente sob
pressão ambiente porque tem ponto de ebulição muito alto ( l50oC) ou porque sofrem
alteração (decomposição, oxidação, etc.) antes que seu ponto de ebulição seja atingido.
    Quando a pressão de vapor do líquido é igual à pressão total externa exercida sobre
ele, o líquido entra em ebulição (esta pressão externa pode ser exercida pelo ar
atmosférico, por outros gases, pelo vapor e ar, etc.). Quando a pressão externa é 760
mmHg (pressão normal), a temperatura de ebulição é chamada ponto de ebulição
normal.
    Reduzindo-se a pressão externa, sobre o líquido, para l-30 mmHg, o ponto de
ebulição é reduzido consideravelmente de modo que a destilação pode ser feita sem
perigo de decomposição. Além disso substâncias de alto ponto de ebulição podem ser
mais            facilmente             destiladas          desta           maneira.
    Exemplo: O acetoacetato de etila entra em ebulição com decomposição à l80oC sob
pressão de 760 mmHg, e entra em ebulição sem decompor a 78oC sob pressão de l8
mmHg (estas condições são indicadas usualmente da seguinte maneira: 78o/l8mm). A
redução da pressão externa sobre o líquido é conseguida adaptando-se ao sistema de
destilação uma bomba de vácuo ou trompa de água.




            Figura 9. Processo de destilação sob pressão reduzida


5.Referências Bibliográficas
TKINS, P.e JONES, L. Princípios de Química - Questionando a Química Moderna e o Meio
Ambiente.Porto Alegre: Bookman, 2007.

BROWN, T. L. Química: a ciência central. São Paulo: Prentice Hall, 2007.
http://www.scribd.com/doc/5559961/POP-Medidas-de-massas, acesso em 25/06/2011.

http://labjeduardo.iq.unesp.br/orgexp1/destilacao_simpels.htm,          acesso         em
25/06/2011.

http://labjeduardo.iq.unesp.br/orgexp1/destila_fracionada.htm,          acesso         em
25/06/2011.

http://labjeduardo.iq.unesp.br/orgexp1/dest_arraste_vapor.htm,          acesso         em
25/06/2011.

http://labjeduardo.iq.unesp.br/orgexp1/destila_pres_reduzida.htm,        acesso        em
25/06/2011.

http://www.agracadaquimica.com.br/index.php?acao=quimica/ms2&i=2&id=585,
acesso em 25/06/2011.

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  • 1. Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás. Aluno: William de Andrade Magalhães Professor: Leonardo Lopes da Costa Série: 3º B Curso: Técnico em Química 1. Rotulagem de Solução e reagente Tendo em vista uma tendência global de padronização e uniformidade, os rótulos de produtos químicos de laboratório, não poderiam ficar fora dessa. “A partir de 2008, governo e empresas em todo o mundo terão que implementar o Sistema Globalmente Harmonizado (GHS) para Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos. A harmonização garante maior proteção e a gestão segura de produtos químicos no comércio mundial. A informação é do vice-presidente do subcomitê de Especialistas sobre Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (UNCEGHS), Roque Puiatti, que fez palestra no Inmetro sobre o tema. Segundo Puiatti, o GHS significa uma abordagem simples e coerente para a definição e classificação de riscos dos produtos químicos e para comunicação de perigos, através de rótulos e fichas de informações de segurança.... Até então, cada país adota e segue uma regulamentação diferente.” A existência num laboratório de todos os materiais devidamente rotulados é um fator importante na prevenção e controlo de acidentes. Há convenções que apontam as normas a cumprir nos rótulos dos reagentes químicos e que são: nome do reagente – científico e comercial; ponto de fusão e ebulição; ponto de “flash”- no caso de solventes inflamáveis; densidade; grau de pureza; massa molecular; frases sucintas descrevendo a natureza de algum acidente que possa ocorrer; medidas de precaução; símbolo de segurança sobre a característica da substância. O GHS (Globally Harmonised System of Classification and Labelling) foi desenvolvido pela ONU com o objetivo de harmonizar esses sistemas. O GHS introduz um conjunto de critérios globalmente harmonizados para a classificação de riscos físicos, perigos para a saúde, e riscos ambientais. Além disso, o GHS estabelece um esquema globalmente harmonizado para a comunicação de riscos. Isto implica na introdução ou modificação de: • classificações de riscos, • pictogramas de perigos, • palavras de advertência, • frases de perigo e • frases de precaução. Figura 1. Mudanças nos pictogramas.
  • 2. 1.1 Como fica o novo rótulo com GHS? O formato dos rótulos permanece igual, mas os novos pictogramas de risco e a palavra de advertência encontram-se agora no meio do rótulo do GHS. Outra alteração importante é a eliminação da respectiva indicação de perigo (por exemplo, extremamente inflamável ou tóxico). No GHS, usa-se uma palavra de advertência, ao invés da referida indicação. A palavra de advertência fornece informação sobre o nível de risco relativo de uma substância ou mistura e alerta o leitor para um risco potencial. No GHS, há duas palavras de advertência diferentes: “Perigo” que indica categorias de risco mais graves e “Cuidado” que indica categorias de risco menos graves. As frases de perigo e precaução, situadas à direita, substituem as atuais frases de risco e segurança. Figura 2.Rótulo antes da padronização GHS Figura 3. Rótulo após padronização GHS A complexidade do Sistema Globalmente Harmonizado de Classificação e Rotulagem de Produtos Químicos dificulta a sua implementação pelos países. O Grupo de Trabalho brasileiro responsável por montar o sistema estima que só em 2011 teremos o GHS implantado para substâncias puras e em 2016 a execução do sistema para os produtos misturados.
  • 3. 1.2 Elementos de Rótulo • Identificação do produto e telefone de emergência do fornecedor • Composição química • Pictograma de perigo • Palavra de advertência • Frase de perigo • Frases de precaução • Outras informações 1.3 Diagrama de Hommel Figura 4. Exemplo de rotulagem utilizando o Diagrama de Hommel. Outra forma de rotulagem é o diagrama de Hommel, mais comumente utilizado para rotulagem de resíduos. É uma simbologia empregada pela Associação Nacional para Proteção contra Incêndios (em inglês: National Fire Protection Association), dos Estados Unidos da América. Nela, são utilizados losangos que expressam tipos de risco em graus que variam de 0 a 4, cada qual especificado por uma cor (branco, azul, amarelo e vermelho), que representam, respectivamente, riscos específicos, risco à saúde, reatividade e inflamabilidade.Quando utilizada na rotulagem de produtos, ela é de grande utilidade, pois permite num simples relance, que se tenha idéia sobre o risco representado pela substância ali contida. Cada uma das cores é taxada em uma escala de 0 (sem risco; substância normal) a 4 (risco sério).
  • 4. Riscos à Saúde Inflamabilidade 4 - Letal 4 - Abaixo de 23ºC 3 - Muito Perigoso 3 - Abaixo de 38ºC 2 - Perigoso 2 - Abaixo de 93ºC 1 - Risco Leve 1 - Acima de 93ºC 0 - Material Normal 0 - Não queima Riscos Específicos Reatividade OX - Oxidante 4 - Pode explodir ACID - Ácido 3 - Pode explodir com choque ALK - Álcali (Base) mecânico ou calor COR - Corrosivo 2 - Reação química violenta W - Não misture com água 1 - Instável se aquecido 0 - Estável Figura 5. Especificações do Diagrama de Hommel 2.Algarismos significativos (A.S.) A medida de uma grandeza física é sempre aproximada, por mais capaz que seja o operador e por mais preciso que seja o aparelho utilizado. Esta limitação reflete-se no número de algarismos que usamos para representar as medidas. Ou seja, só utilizamos os algarismos que temos certeza de estarem corretos, admitindo-se apenas o uso de um algarismo duvidoso. Claramente o número de algarismos significativos está diretamente ligado à precisão da medida, de forma que quanto mais precisa a medida, maior o número de algarismos significativos. Assim, por exemplo, se afirmamos que o resultado de uma medida é 3,24 cm estamos dizendo que os algarismos 3 e 2 são corretos e que o algarismo 4 é duvidoso, não tendo sentido físico escrever qualquer algarismo após o 4. Portanto, denominam-se algarismos significativos (AS) de uma medida os algarismos exatos acrescidos de um único algarismo duvidoso. Desse modo podemos escrever como: Portanto, denominam-se algarismos significativos (AS) de uma medida os algarismos exatos acrescidos de um único algarismo duvidoso. Desse modo podemos escrever como: AS = Algarismos exatos + o ultimo algarismo duvidoso. Utilizando-se de uma régua centimetrada (dividida em centímetros), conforme ilustra a figura, podemos observar que o comprimento AB pode ser avaliado em 8,3 cm.
  • 5. Observe que, sendo o comprimento do segmento AB = 8,3cm, temos os algarismos 8 e 3, onde o 8 é exato e o 3 é avaliado (observe que m segundo observador poderia considerar 8,2 cm ou 8,4 cm). Por esse motivo denominamos o algarismo 3 de duvidoso. Algumas observações devem ser feitas: • Não é algarismo significativo o zero à esquerda do primeiro algarismo significativo diferente de zero. Assim, tanto L=32,5 cm como L=0,325 m representam a mesma medida e tem três algarismos significativos. Outros exemplos são: 5 = 0,5x10 = 0,05x102 = 0,005x103 (1 A.S. ) 26 = 2,6x10 = 0,26x102 = 0,026x103 (2 A.S. ) 0,00034606 = 0,34606x10-3 = 3,4606x10-4 (5 A.S.) • O zero à direita de algarismo significativo também é algarismo significativo. Portanto, L=32,5 cm e L=32,50 cm são diferentes, ou seja, a primeira medida tem 3 A.S. enquanto que a segunda é mais precisa e tem 4 A.S. • É significativo o zero situado entre algarismos significativos. Por exemplo: L = 3,25 m tem 3 A.S. enquanto que L=3,025 m tem 4 A.S. • Quando tratamos apenas com matemática, podemos dizer, por exemplo, que 5 = 5,0 = 5,00 = 5,000. Contudo, ao lidarmos com resultados de medidas devemos sempre lembrar que 5 cm ≠ 5,0 cm ≠ 5,00 cm ≠5,000cm, já que estas medidas tem 1 A.S., 2 A.S., 3 A.S. e 4 A.S., respectivamente. Em outras palavras, a precisão de cada uma delas é diferente. • Arredondamento: Quando for necessário fazer arredondamento de algum número, utilizaremos a seguinte regra: quando o último algarismo significativo for menor ou igual a 5 este é abandonado; quando o último algarismo significativo for maior que 5, somamos 1 unidade ao algarismo significativo anterior. Por exemplo: 8,234 cm é arredondado para 8,23 cm 8,235 cm é arredondado para 8,23 cm 8,238 cm é arredondado para 8,24 cm 2.1 Operações com algarismos significativos Realizamos, nessa seção, uma breve descrição das operações com algarismos significativos. • Adição e Subtração Suponha que se deseje adicionar as seguintes quantidades: 2807,5 + 0,0648 + 83,645 + 525,35. Para que o resultado da adição contenha apenas algarismos significativos, você deverá, inicialmente, observar qual (ou quais) das parcelas possui o menor número de casas decimais. Em nosso caso, essa parcela é 2807,5, que possui apenas uma casa decimal. Esta parcela será mantida como está. As demais parcelas deverão ser modificadas, de modo a ficar com o mesmo número de casas decimais que a primeira escolhida, abandonando-se nelas tantos algarismos quantos forem necessários. Levando em conta a regra de arredondamento: número superior a cinco (inclusive) arredonda-se para cima e abaixo de 5 o último algarismo permanece invariável. Assim ficaremos com:
  • 6. 2807,5 permanece inalterada....... 2807,5 0,0648 passa a ser escrita ................ 0,1 83,645 passa a ser escrita .............. 83,6 525,35 passa a ser escrita ............ 525,4 O resultado correto é ................... 3416,6. Na subtração, deve-se seguir o mesmo procedimento. • Multiplicação e Divisão Suponha que desejemos, por exemplo, multiplicar 3,67 por 2,3. Realizando normalmente a operação encontramos: 3,67 x 2,3 = 8,441. Entretanto, procedendo desta maneira, aparecem, no produto, algarismos que não são significativos. Para evitar isto, devemos observar a seguinte regra: verificar qual o fator que possui o menor número de algarismos significativos e, no resultado, manter apenas um número de algarismos igual ao deste fator. No nosso caso, o fator que possui o menor número de algarismos significativos é 2,3, tal que devemos manter, no resultado, apenas dois algarismos, ou seja: 3,67 x 2,3 = 8,4. Na aplicação desta regra, devemos ao abandonarmos algarismos no produto, usar o critério de arredondamento, que diz: número acima de 5 inclusive arredonda se para cima e número abaixo de cinco permanece invariável. Para a divisão o procedimento é análogo. 3. Técnicas de Pesagem Um experimento químico envolve a utilização de uma variedade de equipamentos de laboratório bastante simples, porém, com finalidades específicas. A balança é um instrumento de essencial importância, sendo a mais utilizada pelos químicos a analítica por ser mais precisas e geralmente pesa até décimos de milésimos, ou seja, até a quarta casa decimal. Para a utilização de uma balança devemos antes de tudo verificar a capacidade máxima que a mesma suporta, sendo um aparelho de precisão delicado, não pode suporta excedentes cargas, que acarretaria estragos na mesma, normalmente a carga máxima de uma balança e de 100 a 200g . O manuseio de uma balança requer muitos cuidados por ser um equipamento de precisão tendo como os principais cuidados: a manutenção da balança sempre limpa; a não colocação de reagentes diretamente sobre o prato do equipamento; o material a se pesado deve esta limpos, secos e a temperatura ambiente; a mesma deve ser ligada uma hora antes para que se tenha uma estabilização; antes de iniciar a pesagem deve ser verificar o nivelamento da balança, observando através de um nível em forma de bolha, cujo o nivelamento é conseguido girando-se bases localizada na parte frontal do instrumento, o material deve ser retirado e colocado com uma pinça ou luvas e não com as mão despidas; o operador não deve se apoiar na mesa em que a balança está colocada; após a pesagem, a balança deve ser zerada e removido os resíduos que tenha caído no seu interior. Quando se necessita da utilização da balança com freqüência deve-se deixá-la ligada para reduzir o tempo de aquecimento. Se a mesma for utilizada por pouco tempo é recomendado que desligue a fonte de energia sempre com o equipamento desligado. 4.Tipos de Destilação
  • 7. Fenômeno natural, a destilação pode ser observada quando gotículas de água se condensam nas vidraças de janelas em dias frios. Também a formação das chuvas constitui, de certa maneira, um processo natural de destilação. Destilação é um processo caracterizado por uma dupla mudança de estado físico, em que uma substância, inicialmente no estado líquido, é aquecida até atingir a temperatura de ebulição, transformando-se em vapor, e novamente resfriada até que toda a massa retorne ao estado líquido. O processo tem sido utilizado desde a antiguidade para a purificação de substâncias e fabricação de essências e óleos. No caso da chuva, a vaporização se dá não por ebulição, mas por evaporação a baixa temperatura. A maioria dos métodos utilizados durante o processo de purificação de misturas homogêneas baseia-se na destilação simples, que consiste na evaporação parcial da mistura líquida, a fim de separar seus componentes. As substâncias mais voláteis, isto é, com menor ponto de ebulição, vaporizam primeiro; ao passarem por um condensador, se liquefazem, sendo finalmente recolhidas em um tanque. Esse procedimento é válido para a purificação de líquidos com impurezas voláteis dissolvidas e para a separação de misturas cujos componentes apresentam pontos de ebulição bem diferenciados. Quando os pontos de ebulição dos componentes de uma mistura são muito próximos, a destilação simples não permite uma boa separação, sendo necessário repetir o processo várias vezes. Esse procedimento, denominado destilação fracionada, é muito utilizado no controle do teor alcoólico de bebidas tipo aguardente, como uísque, rum, gim e cachaça. Além disso, constitui o processo fundamental do refino de petróleo, para obtenção de gasolina, querosene e demais derivados. A destilação pode, também, ser realizada a seco, ou em ausência de vapor d'água, para a produção de alcatrão e carvão vegetal a partir da madeira ou da hulha. A obtenção de nitrogênio e oxigênio gasosos a partir do ar atmosférico realiza-se por meio de destilação atmosférica. Nesse processo, o ar atmosférico é resfriado progressivamente até a formação de uma fase líquida rica em oxigênio, que se condensa a uma temperatura superior à do nitrogênio. A seguir, essa fase é levada à ebulição, através de um aquecimento gradual com pressão constante, sendo o vapor assim obtido proporcionalmente mais rico em nitrogênio que a mistura inicial. Se, durante a evaporação da fase líquida, a quantidade de vapor em contato com essa fase for aumentada, impedindo que o equilíbrio entre as duas fases seja atingido, a temperatura de ebulição cresce progressivamente, enquanto o líquido se torna cada vez mais pobre em nitrogênio. Repetindo essa operação algumas vezes, é possível obter-se um resíduo constituído de oxigênio praticamente puro. 4.1 Destilação Simples A destilação simples consiste na vaporização de um líquido por aquecimento seguida da condensação do vapor e recolhimento do condensado num frasco apropriado. O condensador permite que a mistura seja aquecida na temperatura de ebulição do solvente sem que esta seja perdida para a atmosfera. O ponto de ebulição é a temperatura em que o vapor e o líquido estão em equilíbrio a uma dada pressão. O ponto de ebulição das misturas varia dentro de um intervalo de temperatura que depende da natureza e das proporções dos seus constituintes.
  • 8. O aumento de calor de um líquido em ebulição não produzirá elevação do seu ponto de ebulição, pois o calor absorvido é todo consumido em formas de bolhas de vapor, o que resulta num aumento da velocidade da destilação. A destilação simples tem aplicação para separar um líquido de impurezas não voláteis (em solução no líquido) de um solvente usado numa extração, ou excepcionalmente, para separar líquidos de ponto de ebulição afastados. Figura 6. Processo de destilação simples 4.2 Destilação Fracionada Destina-se à separação de líquidos miscíveis entre si, mesmo aqueles de pontos de ebulição próximos. Evidentemente, por repetidas destilações, combinando e recombinando destilações fracionadas e condensadas, poderá separar uma mistura de benzeno e tolueno em seus componentes puros. Contudo, o destilado poderá ser um componente de um ponto de ebulição baixo, benzeno (puro), ou um componente de ponto de ebulição elevado, o tolueno. A destilação fracionada é simplesmente uma técnica para realizar uma série completa destas pequenas separações em uma operação. Em princípio, uma coluna de destilação fracionada proporciona uma grande superfície para o intercâmbio de calor, nas condições de equilíbrio, entre o vapor ascendente e o condensado descendente. Isto possibilita uma série completa de evaporações e condensações parciais ao longo da coluna. A coluna fica entre o condensador e o balão que, neste caso, é simples, não possuindo, na sua parte superior, o tubo de desprendimento. A coluna de fracionamento consta de um tubo longo, adapatado pela extremidade inferior ao balão, contendo, na extremidade superior, um tubo de desprendimento lateral que deverá ser ajustado ao condensador. Pela abertura superior é introduzido um termômetro, cujo bulbo deverá ficar à altura da saída do tubo de desprendimento. Internamente ao tubo longo, colocam- se pequenos cilindros de vidro ou porcelana, dispostos irregularmente, que agem como
  • 9. pequenos condensadores de refluxo para a mistura de vapores. A coluna é feita de tal forma que, pela extremidade conectada ao condensador, somente saem vapores do líquido mais volátil, regressando ao balão, por refluxo, para redestilação, a mistura de vapores dos componentes do líquido inicial. Figura 7. Processo de destilação fracionada 4.3 Destilação por arraste a vapor Empregada para destilar substâncias que se decompõem nas proximidades de seus pontos de ebulição e que são insolúveis em água ou nos seus vapores de arraste. Esta operação baseia-se no fato de que, numa mistura de líquidos imiscíveis, o ponto de ebulição será a temperatura na qual a soma das pressões parciais dos vapores é igual à da atmosfera, o que constitui uma decorrência da leia das pressões parciais de Dalton. Se, em geral, o arraste se faz com vapor d’água, a destilação, à pressão atmosférica, resultará na separação do componente de ponto de ebulição mais alto, a uma temperatura inferior a 100ºC. Por outro lado, quando uma mistura de dois líquidos imiscíveis é destilada, o ponto de ebulição da mistura permanece constante até que um dos componentes tenha sido separado, já que a pressão total do vapor independe das quantidades relativas dos componentes. O ponto de ebulição, a partir daí, eleva-se rapidamente, até atingir o do líquido remanescente. O vapor que se separa de tal mistura contém os componentes na mesma proporção, em volume, que suas pressões de vapor relativas. Por meio de cálculos simples e aplicando as leis dos gases, podemos estabelecer a proporção dos vapores em função de seus pesos moleculares e das suas pressões parciais. Se Pa e Pb são as pressões parciais de vapor de líquidos A e B, no ponto de ebulição da mistura, então a pressão total Pt será: Pt = Pa + Pb (1) E a composição do vapor: (2) onde: na e nb são os números de moles das substâncias em dado volume da fase de vapor.
  • 10. Como: onde: W= peso em gramas da substância em um dado volume de vapor M = peso molecular da substância Então: (3) ou seja, os pesos relativos de dois componentes de uma mistura de fase vapor são idênticos aos pesos relativos do destilado, isto é, os pesos dos dois líquidos sendo recolhidos num recipiente são diretamente proporcionais as suas pressões de vapor e aos seus pesos moleculares. A equação (3) indica que, quanto menor o produto MaPa tanto maior é o volume de Wb e daí a grande aplicação da destilação com arraste de vapor nos processos industriais para separação de compostos de elevado peso molecular e de baixa pressão de vapor. Figura 8. Processo de destilação por arraste a vapor. 4.4 Destilação sob pressão reduzida Muitas substâncias orgânicas não podem ser destiladas satisfatoriamente sob pressão ambiente porque tem ponto de ebulição muito alto ( l50oC) ou porque sofrem alteração (decomposição, oxidação, etc.) antes que seu ponto de ebulição seja atingido. Quando a pressão de vapor do líquido é igual à pressão total externa exercida sobre ele, o líquido entra em ebulição (esta pressão externa pode ser exercida pelo ar atmosférico, por outros gases, pelo vapor e ar, etc.). Quando a pressão externa é 760 mmHg (pressão normal), a temperatura de ebulição é chamada ponto de ebulição normal. Reduzindo-se a pressão externa, sobre o líquido, para l-30 mmHg, o ponto de ebulição é reduzido consideravelmente de modo que a destilação pode ser feita sem
  • 11. perigo de decomposição. Além disso substâncias de alto ponto de ebulição podem ser mais facilmente destiladas desta maneira. Exemplo: O acetoacetato de etila entra em ebulição com decomposição à l80oC sob pressão de 760 mmHg, e entra em ebulição sem decompor a 78oC sob pressão de l8 mmHg (estas condições são indicadas usualmente da seguinte maneira: 78o/l8mm). A redução da pressão externa sobre o líquido é conseguida adaptando-se ao sistema de destilação uma bomba de vácuo ou trompa de água. Figura 9. Processo de destilação sob pressão reduzida 5.Referências Bibliográficas TKINS, P.e JONES, L. Princípios de Química - Questionando a Química Moderna e o Meio Ambiente.Porto Alegre: Bookman, 2007. BROWN, T. L. Química: a ciência central. São Paulo: Prentice Hall, 2007. http://www.scribd.com/doc/5559961/POP-Medidas-de-massas, acesso em 25/06/2011. http://labjeduardo.iq.unesp.br/orgexp1/destilacao_simpels.htm, acesso em 25/06/2011. http://labjeduardo.iq.unesp.br/orgexp1/destila_fracionada.htm, acesso em 25/06/2011. http://labjeduardo.iq.unesp.br/orgexp1/dest_arraste_vapor.htm, acesso em 25/06/2011. http://labjeduardo.iq.unesp.br/orgexp1/destila_pres_reduzida.htm, acesso em 25/06/2011. http://www.agracadaquimica.com.br/index.php?acao=quimica/ms2&i=2&id=585, acesso em 25/06/2011.