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Universidade do Estado da Bahia
Departamento de ciências Humanas – Campus VI – Caetité – BA
Curso – Geografia Semestre: Remanescente.
Componente Curricular – Procedimentos Metodológicos da Analise Quantitativa.
Docente – Marcelo Torreão
Acadêmicos – Roberval Soares Santos.
FICHAMENTO
GERARDI, Lúcia Helena de Oliveira. Quantificação em Geografia. São Paulo: Difel, 1981.
1.2 Levantamento das informações
As informações com as quais o geografo trabalha podem provir de duas fontes
principais: documentos Cartográficos e estatísticos (fontes secundarias) e de levantamento
direto no campo (fontes primarias). (GERARDI; SILVA 198, p.11).
1.2.1 Noções gerais de amostragem
A amostragem intencional seleciona indivíduos ou amostras que consideramos serem
típicas ou representativas do totalda população. São os “estudos de caso”, (...), nos quais uma
fazenda, um municípios, cidade ou bacia hidrográfica são selecionadas e estudadas como
exemplo de uma área mais abrangente. (GERARDI; SILVA 1981, p.13)
A amostragem probabilística se caracteriza por privilegiar o elemento (...) a
aleatoriedade da seleção dos indivíduos amostrados é o principio básico deste tipo de
amostragem que assenta em teorias e regras matematicamente estabelecidas de tal sorte que os
resultados obtidos para amostrar podem ser entendidos para a população com grau de
confiança determinado.(GERARDI; SILVA 1981, p.13)
1.2.1.1 Amostragem em unidades espaciais
A amostragem pode ser utilizada tanto para selecionar pontos no espaço que mereçam
investigação direta quanto para levantamento de informações registradas em catas e outros
documentos cartográficos como tipos de uso do solo, inclinação de vertentes, estrutura
geológica ou pedológica etc (...), são basicamente, pontos, linhas ou trajetos e áreas.
(GERARDI; SILVA 1981, p.13)
A amostragem estratificada é aquela em que a área de estudo é divida em sub-áreas
com base em uma ou várias caraterísticas relevantes para o trabalho que tornam estas sub-
áreas mais homogêneas internamente,. Por exemplo, trabalhando com bacias hidrográficas
podemos ter interesse em verificar características morfometrias em relação às ordens
hortonianas e este seria o critério de divisão dos estratos, ou ainda, na zona urbana, os estratos
poderiam ser determinados por tipos de uso do solo (residencial, industrial, comercial, etc.) ou
ainda, na zona rural, por tipo de cultivo. (GERARDI; SILVA 1981, p.15)
1.2.1.2.Amnostragem não espacial
“Apesar de trabalhar basicamente com dimensão espacial dos fenômenos que ocorrem
na superfície da terra, o geografo muitas vezes utiliza dados obtidos de fontes nas quais a
dimensão espacial não é representada, como é o caso de cadastros, censos ou levantamentos
publicados ou não” (GERARDI; SILVA 1981, p.17).
1.2.1.1.3. Tamanho da amostra
(...) regra geral, quanto maior o numero de indivíduos na população,
proporcionalmente menor o numero de indivíduos que devem ser selecionados pela amostra.
Quanto maior a variabilidade da população, maior deve ser a amostra, para representar esta
variabilidade. Quanto maior o grau de precisão desejado, maior dever ser a
amostra.(GERARDI; SILVA 1981, p.19)
2. ANÁLISE DE DADOS
2.1 Análise quantitativa: necessidade e importância
A realidade apresenta ao geografo um vasto panorama de informações aparentemente
caóticas e desconexas a partir das quais manifesta-se a necessidade de utilização de técnicas
estatitisticas para selecionar e ordenar estas informações e torná-las manipuláveis e
compreensíveis. Assim, poder-se afirmar que na pesquisa e no ensino de Geografia existe, em
termos gerais, abundancia de dados, sendo muito difícil senão impossível, tratar conjuntos
muito numerosos sem o emprego de técnicas quantitativas visando permitir a redução das
informações a formas manejáveis e interpretáveis. (GERARDI; SILVA 1981, p.21)
Tanto para os casos de dados muito numerosos como para os pouco numerosos, as
técnicas quantitativas possibilitam maior objetividade e precisão na analise, podendo evitar
longas e muitas vezes superficiais descrições verbais. Com o emprego destas técnicas, os
geógrafos desenvolvem uma logica bem critica, sendo orientados a pensar de forma mais
rigorosa e precisa evitando generalizações baseadas sobre as evidencias insuficientemente
analisadas. (GERARDI; SILVA 1981,p.21)
Finalmente, a importância da abordagem quantitativa deve ser ressaltada na
contribuição que a mesma oferece à aplicação da Geografia na solução de problemas de
diversas naturezas, através do oferecimento de eficientes modelos analíticos, preditivos e de
planejamento(GERARDI; SILVA 1981, p.22)
2.2 Escalas de mensuração
Temos quatro maneiras básicas, ou níveis básicos, de mensuração desenvolvidos por
Stevens (1946): nominal, ordinal, intervalo e razão. A primeira maneira é a mais simples,
ultima a mais complexa. É importante definir os níveis de mensuração para as variáveis com
que o pesquisador vai trabalhar, porque técnicas de analise estatísticas que podem ser
aplicadas para os dados dependem da escala de mensuração. Esta determinação do nível deve
ser feita pelo pesquisador que, em seguida, define se uma determinada técnica é a apropriada
para os seus dados. A propósito, devemos lembrar que o computador não conhece o nível de
mensuração dos dados e processa assim, qualquer dado. (GERARDI; SILVA 1981, p.22)
2.2.1 Escala nominal
A escala nominal é o nível mais simples das escalas de medida ou o mais simples dos
modelos de mensuração. Vários autores discutem a colocação da escala nominal como escala
de medida ou um sistema simples de classificação. (GERARDI; SILVA 1981, p.22)
Esta escala é utilizada para classificar objetos ou fenômenos em termos de igualdade
dos seus atributos e numerá-los. Desta forma, a escala nominal é simplesmente um recurso
para se classificar e rotular ou dar nomes e objetos ou conjuntos de objetos ao invés de uma
forma especifica de medir atributos de objetos (GERARDI; SILVA 1981, p.22)
A forma mais simples de mensuração nominal é divisão em duas classes, que são
identificadas com os números zero e um. Em geografia aplica-se com frequência este tipo de
mensuração, geralmente em termos de presença ou ausência do fato na área estudada.
(GERARDI; SILVA 1981, p. 22)
Cada observação na mensuração nominal pertence a uma só classe, sendo as classes,
por consequência, mutuamente exclusiva. Também é preciso notar que as operações
aritméticas comuns de adição e multiplicação não podem ser aplicadas às mensuração
nominais, mas é possível extrair outras informações numéricas como as operações de
contagem simples. (GERARDI; SILVA 1981, p.25)
2.2.2 Escala ordinal
Esta escala é utilizada quando os fenômenos ou observações são passiveis de serem
arranjados segundo uma ordenação, isto é, segundo algum critério, tal como grandeza,
preferencia, importância ou distancia. (GERARDI; SILVA 1981, p.25)
Esta forma de mensuração é somente possível quando se desenvolve uma sequencia
qualitativa na qual é logico colocar um fato antes do outro. (GERARDI; SILVA 1981,p.25)
A mediana é a estatística mais adequada para resumir os dados na escala ordinal,
porque ela não recebe as influencias da modificação dos valores acima e abaixo dela, desde
que o número de valores acima e abaixo permaneça o mesmo, isto é, desde que não se
acrescente nenhum valor. (GERARDI; SILVA 1981,p.26)
2.2.3 Escala de intervalo
Esta escala refere-se a um nível de mensuração em que a escala tem todas as
características de uma escala ordinal, mas intervalos entre os valores associados são
conhecidos exatamente e assim cada observação pode receber um valor numérico preciso.
(GERARDI; SILVA 1981, p.26)
A extensão de cada intervalo sucessivo é constante como, por exemplo, a numeração
dos anos, variações de altitude através de curvas de nível e escalas de temperatura. Os
intervalos diferentes são passiveis de serem adicionados ou subtraídos.(GERARDI; SILVA
1981,p.26)
2.2.4 Escala de razão
É a mais precisa de todas e refere-se a um nível de mensuração em que a escala tem
todas as características de uma escala de intervalo, acrescendo que o ponto zero é uma origem
verdadeira, ou seja, o zero indica a ausência do fenômeno ou atributo. Como exemplo desta
escala podemos citar: escala métrica, idades e pesos de pessoas, distancia, produção, renda per
capita, área cultivada, capacidade.(GERARDI; SILVA 1981,p.27)
Na cartografia a escolha dos símbolos adequados para o desenho do mapa depende da
escala mensuração em que se encontram os dados originais, ou seja, a informação que o mapa
final fornece varia com os níveis de mensuração. (GERARDI; SILVA 1981,p.27)
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  • 1. Universidade do Estado da Bahia Departamento de ciências Humanas – Campus VI – Caetité – BA Curso – Geografia Semestre: Remanescente. Componente Curricular – Procedimentos Metodológicos da Analise Quantitativa. Docente – Marcelo Torreão Acadêmicos – Roberval Soares Santos. FICHAMENTO GERARDI, Lúcia Helena de Oliveira. Quantificação em Geografia. São Paulo: Difel, 1981. 1.2 Levantamento das informações As informações com as quais o geografo trabalha podem provir de duas fontes principais: documentos Cartográficos e estatísticos (fontes secundarias) e de levantamento direto no campo (fontes primarias). (GERARDI; SILVA 198, p.11). 1.2.1 Noções gerais de amostragem A amostragem intencional seleciona indivíduos ou amostras que consideramos serem típicas ou representativas do totalda população. São os “estudos de caso”, (...), nos quais uma fazenda, um municípios, cidade ou bacia hidrográfica são selecionadas e estudadas como exemplo de uma área mais abrangente. (GERARDI; SILVA 1981, p.13) A amostragem probabilística se caracteriza por privilegiar o elemento (...) a aleatoriedade da seleção dos indivíduos amostrados é o principio básico deste tipo de amostragem que assenta em teorias e regras matematicamente estabelecidas de tal sorte que os resultados obtidos para amostrar podem ser entendidos para a população com grau de confiança determinado.(GERARDI; SILVA 1981, p.13) 1.2.1.1 Amostragem em unidades espaciais A amostragem pode ser utilizada tanto para selecionar pontos no espaço que mereçam investigação direta quanto para levantamento de informações registradas em catas e outros documentos cartográficos como tipos de uso do solo, inclinação de vertentes, estrutura geológica ou pedológica etc (...), são basicamente, pontos, linhas ou trajetos e áreas. (GERARDI; SILVA 1981, p.13) A amostragem estratificada é aquela em que a área de estudo é divida em sub-áreas com base em uma ou várias caraterísticas relevantes para o trabalho que tornam estas sub-
  • 2. áreas mais homogêneas internamente,. Por exemplo, trabalhando com bacias hidrográficas podemos ter interesse em verificar características morfometrias em relação às ordens hortonianas e este seria o critério de divisão dos estratos, ou ainda, na zona urbana, os estratos poderiam ser determinados por tipos de uso do solo (residencial, industrial, comercial, etc.) ou ainda, na zona rural, por tipo de cultivo. (GERARDI; SILVA 1981, p.15) 1.2.1.2.Amnostragem não espacial “Apesar de trabalhar basicamente com dimensão espacial dos fenômenos que ocorrem na superfície da terra, o geografo muitas vezes utiliza dados obtidos de fontes nas quais a dimensão espacial não é representada, como é o caso de cadastros, censos ou levantamentos publicados ou não” (GERARDI; SILVA 1981, p.17). 1.2.1.1.3. Tamanho da amostra (...) regra geral, quanto maior o numero de indivíduos na população, proporcionalmente menor o numero de indivíduos que devem ser selecionados pela amostra. Quanto maior a variabilidade da população, maior deve ser a amostra, para representar esta variabilidade. Quanto maior o grau de precisão desejado, maior dever ser a amostra.(GERARDI; SILVA 1981, p.19) 2. ANÁLISE DE DADOS 2.1 Análise quantitativa: necessidade e importância A realidade apresenta ao geografo um vasto panorama de informações aparentemente caóticas e desconexas a partir das quais manifesta-se a necessidade de utilização de técnicas estatitisticas para selecionar e ordenar estas informações e torná-las manipuláveis e compreensíveis. Assim, poder-se afirmar que na pesquisa e no ensino de Geografia existe, em termos gerais, abundancia de dados, sendo muito difícil senão impossível, tratar conjuntos muito numerosos sem o emprego de técnicas quantitativas visando permitir a redução das informações a formas manejáveis e interpretáveis. (GERARDI; SILVA 1981, p.21) Tanto para os casos de dados muito numerosos como para os pouco numerosos, as técnicas quantitativas possibilitam maior objetividade e precisão na analise, podendo evitar longas e muitas vezes superficiais descrições verbais. Com o emprego destas técnicas, os geógrafos desenvolvem uma logica bem critica, sendo orientados a pensar de forma mais rigorosa e precisa evitando generalizações baseadas sobre as evidencias insuficientemente analisadas. (GERARDI; SILVA 1981,p.21)
  • 3. Finalmente, a importância da abordagem quantitativa deve ser ressaltada na contribuição que a mesma oferece à aplicação da Geografia na solução de problemas de diversas naturezas, através do oferecimento de eficientes modelos analíticos, preditivos e de planejamento(GERARDI; SILVA 1981, p.22) 2.2 Escalas de mensuração Temos quatro maneiras básicas, ou níveis básicos, de mensuração desenvolvidos por Stevens (1946): nominal, ordinal, intervalo e razão. A primeira maneira é a mais simples, ultima a mais complexa. É importante definir os níveis de mensuração para as variáveis com que o pesquisador vai trabalhar, porque técnicas de analise estatísticas que podem ser aplicadas para os dados dependem da escala de mensuração. Esta determinação do nível deve ser feita pelo pesquisador que, em seguida, define se uma determinada técnica é a apropriada para os seus dados. A propósito, devemos lembrar que o computador não conhece o nível de mensuração dos dados e processa assim, qualquer dado. (GERARDI; SILVA 1981, p.22) 2.2.1 Escala nominal A escala nominal é o nível mais simples das escalas de medida ou o mais simples dos modelos de mensuração. Vários autores discutem a colocação da escala nominal como escala de medida ou um sistema simples de classificação. (GERARDI; SILVA 1981, p.22) Esta escala é utilizada para classificar objetos ou fenômenos em termos de igualdade dos seus atributos e numerá-los. Desta forma, a escala nominal é simplesmente um recurso para se classificar e rotular ou dar nomes e objetos ou conjuntos de objetos ao invés de uma forma especifica de medir atributos de objetos (GERARDI; SILVA 1981, p.22) A forma mais simples de mensuração nominal é divisão em duas classes, que são identificadas com os números zero e um. Em geografia aplica-se com frequência este tipo de mensuração, geralmente em termos de presença ou ausência do fato na área estudada. (GERARDI; SILVA 1981, p. 22) Cada observação na mensuração nominal pertence a uma só classe, sendo as classes, por consequência, mutuamente exclusiva. Também é preciso notar que as operações aritméticas comuns de adição e multiplicação não podem ser aplicadas às mensuração nominais, mas é possível extrair outras informações numéricas como as operações de contagem simples. (GERARDI; SILVA 1981, p.25) 2.2.2 Escala ordinal
  • 4. Esta escala é utilizada quando os fenômenos ou observações são passiveis de serem arranjados segundo uma ordenação, isto é, segundo algum critério, tal como grandeza, preferencia, importância ou distancia. (GERARDI; SILVA 1981, p.25) Esta forma de mensuração é somente possível quando se desenvolve uma sequencia qualitativa na qual é logico colocar um fato antes do outro. (GERARDI; SILVA 1981,p.25) A mediana é a estatística mais adequada para resumir os dados na escala ordinal, porque ela não recebe as influencias da modificação dos valores acima e abaixo dela, desde que o número de valores acima e abaixo permaneça o mesmo, isto é, desde que não se acrescente nenhum valor. (GERARDI; SILVA 1981,p.26) 2.2.3 Escala de intervalo Esta escala refere-se a um nível de mensuração em que a escala tem todas as características de uma escala ordinal, mas intervalos entre os valores associados são conhecidos exatamente e assim cada observação pode receber um valor numérico preciso. (GERARDI; SILVA 1981, p.26) A extensão de cada intervalo sucessivo é constante como, por exemplo, a numeração dos anos, variações de altitude através de curvas de nível e escalas de temperatura. Os intervalos diferentes são passiveis de serem adicionados ou subtraídos.(GERARDI; SILVA 1981,p.26) 2.2.4 Escala de razão É a mais precisa de todas e refere-se a um nível de mensuração em que a escala tem todas as características de uma escala de intervalo, acrescendo que o ponto zero é uma origem verdadeira, ou seja, o zero indica a ausência do fenômeno ou atributo. Como exemplo desta escala podemos citar: escala métrica, idades e pesos de pessoas, distancia, produção, renda per capita, área cultivada, capacidade.(GERARDI; SILVA 1981,p.27) Na cartografia a escolha dos símbolos adequados para o desenho do mapa depende da escala mensuração em que se encontram os dados originais, ou seja, a informação que o mapa final fornece varia com os níveis de mensuração. (GERARDI; SILVA 1981,p.27)