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Litologia das Formações Geológi




                   Litologia das Formações Geológicas

	        A descrição das formações será feita em ordem da mais antiga para a mais nova, ou seja, de
baixo para cima.
	        Seus nomes não serão ligados a regiões importantes da geografia como é mandatório no
código antigo. Eles estarão relacionados às letras do alfabeto grego, de maneira a lhes conferir prin-
cipalmente a idéia da ordenação. A primeira formação terá por isso o nome de Alpha e a última será
Lambda desde que são onze as formações geológicas do globo.
	        As descrições serão feitas a partir da ocorrência das rochas no território brasileiro, onde elas
estão muito bem representadas. Variações faciológicas que deverão aparecer em outras regiões da
Terra, a partir da experiência de outros geólogos, poderão ser a elas acrescentadas.
	        As duas formações de origem marinha que não ocorrem em território brasileiro, (Formações
Delta e Theta), mais a Formação Jota (eruptivas dos Andes) serão descritas sem muitos detalhes,
desde que seus afloramentos não foram observados no campo, nem fazem parte da área brasileira.

                                       Formação ALPHA
	        A Formação Alpha tem o seu nome relacionado à primeira letra do alfabeto grego por ser
o primeiro registro geológico sobre a superfície da Terra. Ela é o primeiro corpo sólido a aparecer
sobre o globo terrestre. Foi separada do magma original durante o processo de resfriamento, quando
se solidificou e passou a flutuar sobre o magma basáltico devido a sua menor densidade.
	        Alpha é a fonte das rochas clásticas mais novas, e embasamento de todas. Tem bons aflo-
ramentos em todo o território brasileiro, variando muito de textura especialmente a cor e a gra-
nulometria. A formação engloba todas as variedades descritas pelos trabalhos petrográficos com
nomes diversos baseados em percentagens de minerais como granito, granulito, granodiorito, gneiss,
granito-gneis etc.

	        Origem
	        A Formação Alpha originou-se do resfriamento do magma siálico, depois de separado do
magma basáltico segundo uma paulatina perda de energia terrestre semelhante ao que acontece atu-
almente no Sol. Frente à perda de energia do planeta, separaram-se as duas qualidades de magma ori-
ginais: o magma basáltico que perfaz quase todo o volume da Terra e uma pequena parte de magma
siálico. Este, em virtude de sua menor densidade, flutuou sobre aquele.
	        A contínua perda de energia, a aproximação da atmosfera e seus gases frios, levaram a cris-
talizarem-se, tanto a fase basáltica como a fase siálica, originando a crosta terrestre. Deste ponto em
diante, a crosta, obviamente sólida, passou a separar o magma fluido interior, do fluido exterior (a
atmosfera), constituintes iniciais do globo. A crosta siálica (rochas continentais) e a crosta simática
ou basáltica ou rochas oceânicas, flutuam sobre o magma do manto.


                                                203
Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa

	        Posição Estratigráfica e Contatos
	        Dito anteriormente, a Formação Alpha é tanto a origem como o embasamento de todas as
formações clásticas. Nos continentes é embasamento para os basaltos. Dessa maneira, de baixo para
cima, ela é sempre a primeira. É possível que nas áreas ocupadas pelos grandes derrames basálticos
como os verificados na Amazônia e no sul do Brasil a formação também seja o embasamento de Zeta,
porém, dentro desta experiência, não foi possível observá-lo fisicamente. O contato inferior ou basal
da formação é impossível de ser observado, desde que ele é feito com o magma basáltico do manto
sobre o qual a formação flutua. O contato superior é feito com qualquer das formações mais jovens, e
mostra que a superfície de Alpha, onde sedimentou a Formação Beta, era uma superfície acidentada
formando colinas e vales em uma rocha maciça, hoje se apresentando em alguns pontos metamor-
fizada e cisalhada devido aos movimentos a que foi submetida ao longo do tempo. Por oportuno,
saliente-se de novo a impossibilidade da existência de granitos intrusivos, como corriqueiro em
relatórios ditos geológicos.

	       Ocorrência
	       Alpha ocorre em afloramentos esparsos em áreas cobertas por sedimentos e em afloramen-
tos contínuos, quando os sedimentos não aparecem. São comuns os blocos rolados onde o topo da
formação está próximo da superfície. Nas áreas onde a formação fica exposta, os morros e colinas se
apresentam, atualmente, com topos arredondados e topografia acidentada.

	       Correlação
	       A formação correlaciona-se em todos os continentes da Terra, devido à sua origem.

	        Textura
	        A textura de Alpha é cristalina com acentuada variação lateral de fácies. É maciça, de cores
variadas, sem porosidade, apresentando-se em alguns locais cizalhados. Esta variação lateral de fá-
cies é a origem da variedade de nomenclatura petrográfica de rochas diversas, sem conotações com
sua origem.

	        Estruturas
	        Alpha, pela sua origem, tem estrutura primária tabular de dimensões continentais. Sua forma
geográfica é original na costa oeste da América do Sul, enquanto a costa leste ou costa atlântica foi
desenhada em função da explosão que separou os continentes. A estrutura secundária melhor obser-
vada e destacada na Formação Alpha é o falhamento reverso que resultou da explosão global que se-
parou os continentes, muito bem representada pela conhecida Falha de Salvador, na capital da Bahia,
onde o espelho da falha mede algumas dezenas de metros visíveis à superfície. Fora desse sítio, a
falha fica encoberta pelos clásticos da Formação Kappa. Para o sul da cidade do Salvador, depois do
ponto conhecido como Farol da Barra, a falha desaparece sob as águas do Oceano Atlântico. A falha,
que limita a Bacia do Recôncavo pela borda leste, na altura do Centro Industrial de Aratu ou do vi-
larejo conhecido como Parafuso, desvia-se para NE e desaparece de novo sob as águas do Atlântico
limitando um bloco do embasamento relativamente pequeno, onde se situa a Cidade do Salvador e
arredores. No sul do Brasil a paisagem montanhosa da cidade do Rio de Janeiro é formada por rochas
de Alpha. Serras e colinas no continente também são estruturas de Alpha. Como a costa brasileira
está em um processo de afundamento, muitas dessas colinas e montanhas ainda têm os seus topos
aparecendo dentro do mar, formando ilhas.




                                                  204
Litologia das Formações Geológi

	       Propriedades Físicas
	       Não há estudo sobre as propriedades físicas da Formação Alpha, mas pode-se antever, em
virtude da sua textura cristalina, altas resistividades; densidade média e cores variadas entre extre-
mos claros e escuros. Dentro da Bacia do Recôncavo, não há certeza se algum poço, de fato, penetrou
a formação, desde que é clara a existência de blocos de grande porte dentro da bacia fazendo parte do
conglomerado como resultado do falhamento os quais levaram a decisão de parar poços na suposição
de que a broca teria tocado o embasamento.


	        Possibilidades Econômicas
	        Alpha se distingue como produtora de material de construção: enrocamento de portos, e
britas para concreto armado nas construções civis. Existem afloramentos de Alpha que em virtude
de suas cores, formam minas de pedras ornamentais com mercado de exportação assegurado para
muitas partes do mundo.

                                        Formação BETA
	      A Formação Beta é a segunda formação que surgiu sobre a superfície terrestre, e a primeira
com textura clástica. Leva o nome da segunda letra grega como designativo.

	       Origem
	       Beta é de origem continental estruturando-se em uma deformação negativa da crosta siálica
com acumulação de águas e clásticos provenientes de Alpha sob os processos de sedimentação da-
quele tempo. Os clásticos de Beta foram acumulados em superfície de topografia suave a levemente
acidentada sob o efeito de movimentos verticais lentos. As deduções são evidenciadas nos aflora-
mentos de Beta onde esta se apresenta com leitos delgados, de textura fina e cores vivas.

	        Posição Estratigráfica e Contatos
	        A formação ocupa o segundo nível, de baixo para cima, na sucessão das rochas na coluna
estratigráfica. Seu contato inferior é com a Formação Alpha preenchendo uma superfície topográfica
levemente acidentada desta última formação. Nas pedreiras existentes nos arredores da cidade do
Salvador, em afloramentos ocorrentes nas ruas da Cidade e na estrada que liga Salvador à cidade de
Camaçari - Via Parafuso, o contato é bem definido. O contato superior, em muitos afloramentos, é
feito com Kappa.

	        Ocorrência
	        A formação ocorre como solos de cores variadas ao redor do vermelho e de cores afins de
modo geral. Em alguns afloramentos é possível ainda ver-se pedaços da formação, dentro do solo
por ela desenvolvido. Mais raramente ocorre como rochas metamorfizadas bem acamadas com leitos
delgados e raramente espessos. Em diversas regiões forma morros escarpados com solos vermelhos
e em diversas outras cores aproximadas, solos esses muito permeáveis que na estação chuvosa desa-
bam causando mortes e prejuízos. São as chamadas áreas de risco e balizam os vales formados pelos
pequenos riachos que retalham grandes áreas da sua ocorrência.

	        Correlação
	        A formação ocorre contínua nas imediações da Bacia do Recôncavo, apresentando bons
afloramentos nas margens dos principais rios do território baiano. Beta correlaciona-se em todo o
território brasileiro, mas é em grande parte recoberta pela Formação Kappa.

                                               205
Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa

	        Textura
	        Textura clástica de areias e argilas de cor vermelha muito porosa e permeável especialmente
quando transformada em solos.
	        Estruturas
	Grande parte da formação nas áreas de afloramento está transformada em solos quando a
estrutura de rocha clástica fica obliterada pelo intemperismo. Em muitas regiões, são bem evidentes
os leitos delgados, dobrados e metamorfizados da formação original, muitos deles, como na região de
Jacobina, em atitude vertical. Os leitos são delgados e de cores fortes semelhantes ao vermelho como
cor base. Em vários locais, a formação é cortada por diques de basaltos atualmente intemperizados,
fato que dificulta a observação dos contatos entre as formações. Nesses sítios aparecem drag folds
bem nítidos nos contatos ígneos entre Beta e Gamma. Estruturas orgânicas nunca foram reportadas
por falta de interesse imediato ou pela simples inexistência das mesmas na formação. A espessura
de Beta é desconhecida, mas em alguns afloramentos estudados sempre se apresenta pouco espessa
devido aos processos de erosão a que foi submetida no passado geológico.

	       Possibilidades Econômicas
	       O aproveitamento econômico da formação está ligado à área da construção civil e aparente-
mente são dessa formação uma grande produção de pedras preciosas e metais nobres em regiões do
sul do País.
                                    Formação GAMMA
	        A Formação Gamma é um basalto de difícil observação por duas razões. A primeira é devida
ao caráter químico da formação que lhe empresta instabilidade frente aos fatores do intemperismo
ante os quais ela sofre uma transformação, para solos, geologicamente muito rápida, os quais sofrem
posterior remoção para outra bacia. A segunda é a possibilidade de confundir-se com os basaltos da
Formação Zeta, que são posteriores no tempo, mas de mesma origem e de mesma composição quími-
ca e que desenvolvem estruturas semelhantes. Quanto a sua existência não resta dúvida, evidenciada
pela interrupção da sedimentação de Beta. É a terceira formação geológica depositada na superfície
da Terra e por isso leva o nome da terceira letra do alfabeto grego.

	        Origem
	        A Formação Gamma é de origem ígnea, a exemplo das rochas na região do Hawai. Elas dão
idéia da gênese da formação. Ela é formada de material basáltico vindo do manto terrestre impulsio-
nada pelo acúmulo de energia na periferia do núcleo terrestre.

	       Posição Estratigráfica e Contatos
	       A formação ocupa o terceiro nível estratigráfico e por isso sobrepõe-se às duas formações
anteriores Alpha e Beta. Contatos ígneos verticais com as duas formações mencionadas são espera-
dos, mas não foram observados no campo.

	     Ocorrência
	     A formação ocorre na forma de derrames sobre Alpha e Beta e diques formando intrusões nas
mesmas rochas.

	       Correlação
	Gamma correlaciona-se em todos os subcontinentes atuais desde que esses derrames se ve-
rificaram quando da existência de Pangaea.

                                                 206
Litologia das Formações Geológi

	       Textura
	       Textura cristalina afanítica geralmente de cor negra, impermeável. Quando intemperizada
adquire outras cores.
	       Estruturas
	       Diques intrusivos nas rochas mais antigas e possíveis derrames.

	       Propriedades Físicas
	       Não existem estudos.

	      Possibilidades Econômicas
	      Não existem informações sobre o assunto. Quando intemperizadas se transformam em solos
conhecidos como terras roxas, de grande valor para a agricultura.

                                      Formação DELTA
	        Esta formação não ocorre na costa oriental da América do Sul. São clásticos de origem mari-
nha estruturada quando o centro do supercontinente foi levantado com o aparecimento da Formação
Gamma, determinando uma drenagem para oeste e conseqüente acumulação de clásticos na parte
periférica do continente, pela borda ocidental. Por não ser de interesse para prospecção de petróleo
não nos alongaremos sobre ela.
                                     Formação EPSILON
	       A formação ocupa o quinto nível estratigráfico o que significa que é a quinta formação apa-
recida na superfície da Terra, dentro da ordem natural. Por esta razão leva o nome da quinta letra do
alfabeto grego.

	       Origem
	       A formação tem origem em uma segunda bacia formada ao centro do monocontinente por
um movimento radial negativo lento, movimento este que originou um lago territorialmente amplo
onde se reuniram detritos provenientes tanto de Alpha como de Beta e Gamma. Há uma repetição
do movimento que deu origem à Beta. Esta informação é dada pelas estruturas sedimentares finas e
delgadas e a textura de areias e argilas encontrada nos afloramentos observados no campo.

	        Posição Estratigráfica e Contatos
	        Epsilon ocupa o quinto nível estratigráfico/temporal. Na sua área de ocorrência é a quarta
formação de baixo para cima, desde que uma das formações, precisamente a Formação Gamma, não
está presente na área. Dessa maneira, seu contato inferior pode ser feito com qualquer das formações
mais velhas ou antigas (exceto Delta e Gamma). Seu contato superior é com a Formação Eta, Kappa
e Lambda que são posteriores . Na maior parte da área brasileira, o contato superior é feito com a
Formação Kappa , que é dominante no território brasileiro.

	       Ocorrência
	       Os melhores afloramentos da formação na área brasileira ocorrem nas chamadas bacias do
Maranhão, do Amazonas e do Paraná. No estado da Bahia, nas regiões do baixo S.Francisco, os
afloramentos de Epsilon prolongam-se pelo sul do estado do Piauí para o norte, mesmo encobertas
pelas chapadas da Formação Kappa. Na margem ocidental do Recôncavo, aparecem afloramentos da
formação e se apresentam de modo geral em áreas isoladas.

                                              207
Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa

	      Correlação
	      A formação correlaciona-se em todo o território brasileiro e em todos os continentes com
nomes diversos e muito regionalizados.

	       Textura
	       Epsilon tem textura areno/argilosa. A parte argilosa, de modo geral, na base da formação, é
de cor vermelha muito viva entremeada com leitos delgados de cores verdes. A fração arenosa tam-
bém ocorre em leitos delgados vermelhos e cores assemelhadas. Porosidade e permeabilidade, até
agora sem estudos, mas nos afloramentos mostram boas perspectivas de armazenadoras de petróleo.
É de se esperar bons índices de permo-porosidades.

	     Estrutura
	     Os melhores afloramentos da formação mostram que ela é formada de leitos delgados, bem
acamados, horizontais e sub-horizontais, com estratificações cruzadas. A formação é muito fossilífe-
ra.
	     Propriedades Físicas
	     Não há estudos específicos sobre o tema especialmente pelo desconhecimento da formação.

	      Possibilidades Econômicas
	      O principal produto de Epsilon é o petróleo. Entretanto, no mar a espessa camada de sal
completa boa parte da coluna estratigráfica da formação, dificultando as pesquisas.

                                        Formação ZETA
	        É a sexta formação geológica a surgir no esquema crono/estratigráfico, sendo por isso cha-
mada pela sexta letra do alfabeto grego. São os basaltos montanhosos que substituíram a crosta ba-
sáltica originalmente plana, a qual foi reabsorvida pelo manto após a separação continental.

	         Origem
	         Zeta é de origem ígnea e formada do magma vindo do interior do manto, através de fendas
(rifts), impulsionado pela energia acumulada no núcleo do planeta. A erupção de um vulcão atual ex-
pelindo o magma, que depois de resfriado, tomará o nome de Formação Zeta. É originalmente fluida
cristalizando pelo contato com a atmosfera, formando os basaltos.

	        Posição Estratigráfica e Contatos
	        Na área brasileira é a quinta formação da coluna geológica e a sexta sob o ponto de vista
temporal. Seu contato inferior nos continentes é ígneo e se faz com todas as formações mais antigas
que ela. Sob o mar o contato basal é feito com o magma do manto que lhe dá origem. A formação é
capeada nos continentes pela Formação Kappa e submarinamente pela Formação Lambda nas mar-
gens continentais e pelas águas do mar na maior parte da sua área de ocorrência. Em muitos pontos
do globo a formação ocorre como ilhas oceânicas, algumas formando territórios importantes como
as ilhas japonesas e o Hawai, no Oceano Pacífico, e Noronha, Arquipélago da Madeira e Islândia, no
Atlântico.

	        Ocorrência
	        Zeta ocorre como diques intrusivos nas formações mais antigas e como derrames sobre elas.
É a formação geograficamente mais extensa do planeta. Forma o fundo dos oceanos e nos rifts ela se
renova constantemente, sendo reabsorvida nas linhas de subducção. Os vulcões, quando situados nos
rifts são a fonte ou o local de saída à superfície, da matéria prima de Zeta. Os derrames continentais


                                                  208
Litologia das Formações Geológi

são de grande extensão territorial como em todo o território brasileiro, principalmente no sul do Bra-
sil e nas regiões centro-oeste, amazônica e nordestina. Foram os primeiros derrames correspondentes
a migração continental.


	       Correlação
	       A formação correlaciona-se em todo o globo terrestre. Os derrames são bastante conhecidos
no Brasil meridional e nos países vizinhos como Paraguai, Uruguai e Argentina. Na bacia do Mara-
nhão e do Amazonas ocorrem diques e derrames de grande porte.

	       Textura
	       Textura cristalina, afanítica de modo geral, de cores negras e assemelhadas, impermeáveis,
transformando-se sob os fatores de intemperismo em solos vermelhos, argilosos, conhecidos vulgar-
mente como terra roxa, de grande fertilidade.

	       Estruturas
	       Diques verticais e sub-verticais, de diversas espessuras, cujo encaixe se observa nas rochas
mais antigas; drag-folds devido à intrusão são bem visíveis nos cortes de avenidas na cidade do Sal-
vador. Os derrames formam lençóis cobrindo grandes áreas.

	       Propriedades Físicas
	       Não há estudos. No campo, quando a rocha está fresca, os basaltos se apresentam muito
duros, resistentes a marretas e explosivos. Nos mesmos afloramentos, quando estão intemperizados
transformam-se em argilas, muito friáveis desestruturando-se à pressão dos dedos.

	       Possibilidades Econômicas
	       O aproveitamento econômico de Zeta em algumas regiões é como material de construção de
estradas.

                                         Formação ETA
	        Eta é a sétima formação geológica a se formar sobre a superfície terrestre dentro da ordem
natural. Por esta razão leva o nome da sétima letra do alfabeto grego. Na coluna geológica, na área
mapeada, ocupa a sexta posição de baixo para cima.

	       Origem
	       A formação teve sua origem no levantamento e basculamento para oeste de parte da Forma-
ção Alpha impulsionada pela energia gravitacional acumulada no núcleo da Terra. A parte levantada,
anteriormente o fundo de um lago continental, foi o embasamento de duas formações clásticas (Beta
e Épsilon), e uma de origem ígnea basáltica (Gamma). Este impulso de energia (gerador da Formação
Eta) teve como resultado a separação continental, gerando a presente geografia.

	       Posição Estratigráfica e Contatos
	       Na seqüência temporal, já foi dito anteriormente, a formação é a sétima estrutura geológica
a aparecer sobre a face da Terra e a sexta na região mapeada. Seu contato inferior faz-se com Épsi-
lon e provavelmente com todas as outras formações mais antigas na borda oeste da bacia. O contato
superior é com a Formação Kappa na parte continental subaérea e com Lambda na parte continental
submarina.
                                               209
Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa

	        Ocorrência
	        Eta ocorre como uma bacia alongada ou de forma linear geologicamente falando, em uma
faixa estreita na borda oriental da América do Sul, limitada pela falha do embasamento. Tem forma
de cunha com a maior espessura perto do falhamento, com textura proeminente de conglomerados,
adelgaçando-se para oeste. No território brasileiro, partes da formação ocorrem subaereamente e
outras são recobertas pelas águas do Atlântico.

	      Correlação
	      A formação correlaciona-se nas margens continentais africanas e americanas do sul, mudan-
do apenas de nome.

	        Textura
	        A textura da formação é de um conglomerado polimítico predominante em toda a sua borda
leste com a parte mais grosseira na imediação da falha, ficando os clásticos mais finos na direção da
outra margem da bacia. Disso se depreende que a textura da formação é extremamente variável entre
argilas e blocos de tamanho respeitável, fenômeno esperado devido à sua origem. Cores, tamanhos
das partículas, porosidades e permeabilidade são diversas e extremas, fato que deve alertar o explo-
rador especialmente frente às correlações. Esses parâmetros variam em distâncias mínimas e não
podem ser extrapoladas, mesmo no entorno. Na vizinhança da falha, devido a um dos movimentos
tectônicos (v. “História Geológica”), houve de fato uma compressão lateral dos clásticos presente na
bacia, feito de tal maneira potente que impermeabilizou partes do conglomerado e o deixou estéril.

	       Estruturas
	       A estrutura mais imediata verificada em Eta é a forma adquirida pelos clásticos da bacia.
Têm eles a forma de um prisma triangular ou uma cunha. A base do prisma assenta-se sobre o espelho
da falha verificada em Alpha durante a explosão, falha essa que limita o bloco alto pelo lado oeste.
O vértice do prisma clástico fica voltado para o ocidente e é a sua parte mais rasa. Os acamamentos
dos blocos redepositados têm atitude pronunciada perto da falha e menos acentuada para o centro da
bacia.
	       Merecem capítulo especial as estruturas orgânicas presentes na formação. Todos os fósseis
presentes na bacia de Eta são refossilizações. Os fósseis contemporâneos às Formações Beta e Épsi-
lon foram redepositados ao tempo da deposição de Eta, e por essa razão estão misturados formando
o volume da nova bacia. São fósseis quebrados, abrasados, deformados, irreconhecíveis e espe-
cialmente misturados, contrariando a 2a Lei da Sedimentação, características essas que constituem
evidências ou que amparam a idéia da redeposição. Entre esses fósseis aparecem outros em perfeito
estado de conservação, pois foram colhidos pela broca dentro de blocos intactos daquelas formações
preexistentes, como mencionado acima e verificado em superfície.

                                      Formação THETA
	        Esta formação não ocorre na área mapeada e por isso não será aqui descrita. É uma formação
de clásticos marinhos, atualmente subaérea, fazendo parte da Cadeia do Andes. É a oitava estrutura
surgida ao longo da evolução estratigráfica/temporal, daí o nome da oitava letra do alfabeto grego.

                                       Formação JOTA
	       A Formação Jota também não ocorre na área mapeada. São os basaltos expelidos pelos vul-

                                                  210
Litologia das Formações Geológi

cões continentais (vulcões andinos) surgidos depois que a margem ocidental da América do Sul se
transformou em sismicamente ativa. É a nona formação geológica aparecida na superfície do globo
que por isso tem o nome da nona letra do alfabeto grego. Ocorre como vulcões ativos intermitentes,
cones vulcânicos e derrames de lavas basálticas sobre as formações dobradas de Delta e Theta (Cor-
dilheira dos Andes) na costa ocidental da América do Sul.
                                      Formação KAPPA
	       Kappa é a décima formação geológica na ordem estratigráfica ou ordem natural das coisas.
De característica singular, foi a última formação a se depositar sobre o continente americano do sul.
Ela forma os tabuleiros e chapadas do território brasileiro cujo topo plano é impar na fisiografia na-
cional os quais são reconhecidos com facilidade por qualquer leigo. Do lago que lhe deu origem ain-
da existem vestígios sobre o continente, conhecidos popularmente como Pantanal Mato-grossense.
Esse lago foi drenado para leste e deu origem a atual rede fluvial do território brasileiro.

	       Origem
	       Kappa originou-se em um lago formado durante a fase de equilíbrio do continente sul-ame-
ricana havida antes do basculamento continental para leste.
	       Logo após a explosão da Terra que levaria à separação continental, houve o levantamento da
margem oriental do continente, condicionando a drenagem para o oeste período da sedimentação de
Delta, no Oceano Pacífico. A chegada da margem ocidental à área sismicamente ativa naquela parte
da Terra determinou o levantamento dos Andes, que bloqueou aquela drenagem iniciando a formação
do grande lago que originou Kappa.
	       O acavalamento de Alpha sobre Zeta, na margem do Oceano Pacífico, acabou por levantar e
equilibrar a massa continental horizontalizando-a, movimento que dá origem à Kappa, seguindo-se
o desequilíbrio e basculamento do continente para leste, derramando o lago na mesma direção, local
onde se formaria o Oceano Atlântico.
	       Sobre o continente restou o lençol de sedimentos terrígenos onde, pela corrida das águas, foi
esculpida a atual fisiografia brasileira.



	        Posição Estratigráfica e Contatos
	        Estratigraficamente, Kappa é a décima formação aparecida sobre a face da Terra. Na área
brasileira é a sétima, e sobre o continente é a última. Essa posição estratigráfica determina que seu
contato inferior seja feito com qualquer uma das formações mais antigas (exceto o Grupo Pacífico:
Beta e Delta). O contato superior na parte continental é com a atmosfera enquanto no mar ou é feito
com as águas do Oceano Atlântico, ou com as partículas inconsolidadas da Formação Lambda.

	       Ocorrência
	       Kappa ocorre como um lençol de areias e argilas e em algumas regiões exibindo um conglo-
merado na sua base. As camadas de cores vivas se apresentam horizontais ou próximos dessa posi-
ção. Delgada de espessura estende-se por todo o território brasileiro com o seu topo plano, secciona-
do em grandes blocos pelos rios que drenam o território brasileiro. As ilhas da foz do Rio Amazonas
são exemplos da ocorrência de Kappa submergindo nas águas do Atlântico.

	       Correlação
	       A formação correlaciona-se em todo o território nacional sempre com as mesmas caracterís-

                                               211
Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à	Ciência	Ortodoxa

ticas. Na literatura geológica brasileira ortodoxa recebe nomes variados, inclusive alguns impróprios:
formação das Barreiras ou simplesmente Barreiras; Serra Grande, no limite do Piauí com o Ceará;
Marizal, Sabiá e outros mais. Mudam de nome conforme a sua geografia, porém geologicamente são
partes da mesma formação geológica com origem comum.

	       Textura
	       A textura da formação é de areias e argilas havendo em algumas partes a ocorrência de um
conglomerado basal, formado das partículas de superfície das formações preexistentes ao tempo da
sedimentação; em algumas partes a formação é composta de solos amarelos e outras cores, inconso-
lidados e friáveis; em outras surgem dunas e areias de praia, brancas e bem selecionadas. Essa textura
confere altas porcentagens de porosidade e permeabilidade e muita água de excelente qualidade flui
da formação. As cores são muito variáveis predominando o vermelho e tons aproximados. As argilas
aparecem brancas e em muitos afloramentos há uma intercalação de leitos de cores contrastantes que
lhes dão aspectos estéticos muito agradáveis à visão.

	        Estruturas
	        A formação tem a estrutura de um lençol (muito delgada relativa a sua extensão territorial).
Apresenta-se em leitos delgados horizontais com leve inclinação para o leste desde que conserva
de fato a sua estrutura primária. Os fósseis são abundantes na formação, principalmente em lugares
selecionados do Nordeste Brasileiro.

	        Propriedades Físicas
	        A formação é muito friável no seu aspecto maior ou regional, devido à sua origem. Em algu-
mas partes é representada por solos de cores diversas, muito friáveis, com leitos de pedras vermelhas,
quando então se tornam duros. Os topos planos (chapadas e tabuleiros) são excelentes para obras
civis especialmente para construção de estradas. É uma formação essencialmente produtora de águas,
mas há outros minerais como calcários, gipsita, etc.

	       Possibilidades Econômicas
	       A principal aplicação econômica da formação ainda é na construção civil. Alguns leitos for-
necem pedras de grande porte aproveitadas em construções baratas e uma parte mais fina chamada
cascalho aproveitada na construção e pavimentação de estradas secundárias. Em regiões do norte e
nordeste ocorre com boa porcentagem de calcários e dolomitas.

                                     Formação LAMBDA
	       É a última formação surgida na face da Terra, e ainda se encontra em processo de sedimen-
tação. É a nona formação geológica dentro do território brasileiro e a primeira e única de origem
marinha nesta parte da América do Sul. Recebeu o nome da décima primeira letra do alfabeto grego.

	       Origem
	       A formação originou-se do basculamento do continente sulamericano para leste, devido ao
acavalamento da borda oeste de Alpha sobre os basaltos mais densos de Zeta, na margem do Oceano
Pacífico. O basculamento do continente para leste provocou o esvaziamento do lago que originou
Kappa, iniciando a estruturação de Lambda na proximidade do contato Alpha/Zeta do Oceano Atlân-
tico.
	       Os primeiros sedimentos são grosseiros devido a maior força da enxurrada de cachoeiras
altíssimas, e à medida que afundou a costa americana do sul, os sedimentos se tornaram mais finos,

                                                  212
Litologia das Formações Geológi

e atualmente são predominantemente areias, argilas e sais típicos de área assísmica. As áreas-fonte
desses sedimentos são as partes altas continentais e os meios de transporte são os rios da atual fisio-
grafia brasileira. A bacia receptora é a margem oeste do rift Atlântico.

	       Posição Estratigráfica e Contatos
	       É a última formação a se depositar na superfície da Terra e que continua em pleno processo
de sedimentação registrando o atual período geológico. É de origem marinha e submarina em toda
a sua extensão. Assim, subaereamente só aparecem os sedimentos mais novos ainda inconsolidados
formados pelas areias das praias, e os manguezais nos estuários da costa brasileira. Desprezando a
parte dos inconsolidados, o contato superior da formação se faz sempre com as águas do Atlântico. O
contato inferior recobre as formações mais antigas, que atualmente se encontram mergulhadas pelo
processo de afundamento da borda oriental da América do Sul, especialmente Kappa, Eta e Alpha.
Após o limite oriental de Alpha a formação liga-se lateralmente à Zeta do Atlântico. Esse panorama
geológico configura o que se conhece como plataforma continental.

	        Ocorrência
	        A formação ocorre como cordão costeiro (submarino) ao longo da margem atlântica do terri-
tório brasileiro com largura variável entre 60 km no nordeste, onde é mais estreita, até 360 km tanto
na foz do Amazonas como no R.G. do Sul, onde se alarga expressivamente.

	      Correlação
	      A formação correlaciona-se em toda a margem continental brasileira e de fato em ambas as
margens da bacia atlântica.

	       Textura
	       A textura de Lambda é de clásticos e químicos. São areias, argilas e sais diversos depositados
em ambiente de calma tectônica, por isso é de se esperar razoáveis porcentagens de porosidade e per-
meabilidade. Na parte basal há uma parte de conglomerados devido às altas quedas d›água havidas
após o basculamento do continente para leste.

	        Estruturas
 	       A estrutura de Lambda é de um homoclinal com leitos mergulhando para leste na direção
do rift central atlântico, com leitos delgados a pouco espessos, interacamados com sais. Devido aos
escorregamentos dos sedimentos acumulados em ângulos críticos de sedimentação, podem aparecer
estruturas características desse tipo de fenômeno. Os fósseis podem ficar misturados quando os es-
corregamentos assim o determinarem. Nos lugares onde o fenômeno não for proeminente as estrutu-
ras orgânicas obedecem a segunda lei da sedimentação.

	       Possibilidades Econômicas
	       Petróleo e outras riquezas.




                                               213

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  • 1. Litologia das Formações Geológi Litologia das Formações Geológicas A descrição das formações será feita em ordem da mais antiga para a mais nova, ou seja, de baixo para cima. Seus nomes não serão ligados a regiões importantes da geografia como é mandatório no código antigo. Eles estarão relacionados às letras do alfabeto grego, de maneira a lhes conferir prin- cipalmente a idéia da ordenação. A primeira formação terá por isso o nome de Alpha e a última será Lambda desde que são onze as formações geológicas do globo. As descrições serão feitas a partir da ocorrência das rochas no território brasileiro, onde elas estão muito bem representadas. Variações faciológicas que deverão aparecer em outras regiões da Terra, a partir da experiência de outros geólogos, poderão ser a elas acrescentadas. As duas formações de origem marinha que não ocorrem em território brasileiro, (Formações Delta e Theta), mais a Formação Jota (eruptivas dos Andes) serão descritas sem muitos detalhes, desde que seus afloramentos não foram observados no campo, nem fazem parte da área brasileira. Formação ALPHA A Formação Alpha tem o seu nome relacionado à primeira letra do alfabeto grego por ser o primeiro registro geológico sobre a superfície da Terra. Ela é o primeiro corpo sólido a aparecer sobre o globo terrestre. Foi separada do magma original durante o processo de resfriamento, quando se solidificou e passou a flutuar sobre o magma basáltico devido a sua menor densidade. Alpha é a fonte das rochas clásticas mais novas, e embasamento de todas. Tem bons aflo- ramentos em todo o território brasileiro, variando muito de textura especialmente a cor e a gra- nulometria. A formação engloba todas as variedades descritas pelos trabalhos petrográficos com nomes diversos baseados em percentagens de minerais como granito, granulito, granodiorito, gneiss, granito-gneis etc. Origem A Formação Alpha originou-se do resfriamento do magma siálico, depois de separado do magma basáltico segundo uma paulatina perda de energia terrestre semelhante ao que acontece atu- almente no Sol. Frente à perda de energia do planeta, separaram-se as duas qualidades de magma ori- ginais: o magma basáltico que perfaz quase todo o volume da Terra e uma pequena parte de magma siálico. Este, em virtude de sua menor densidade, flutuou sobre aquele. A contínua perda de energia, a aproximação da atmosfera e seus gases frios, levaram a cris- talizarem-se, tanto a fase basáltica como a fase siálica, originando a crosta terrestre. Deste ponto em diante, a crosta, obviamente sólida, passou a separar o magma fluido interior, do fluido exterior (a atmosfera), constituintes iniciais do globo. A crosta siálica (rochas continentais) e a crosta simática ou basáltica ou rochas oceânicas, flutuam sobre o magma do manto. 203
  • 2. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa Posição Estratigráfica e Contatos Dito anteriormente, a Formação Alpha é tanto a origem como o embasamento de todas as formações clásticas. Nos continentes é embasamento para os basaltos. Dessa maneira, de baixo para cima, ela é sempre a primeira. É possível que nas áreas ocupadas pelos grandes derrames basálticos como os verificados na Amazônia e no sul do Brasil a formação também seja o embasamento de Zeta, porém, dentro desta experiência, não foi possível observá-lo fisicamente. O contato inferior ou basal da formação é impossível de ser observado, desde que ele é feito com o magma basáltico do manto sobre o qual a formação flutua. O contato superior é feito com qualquer das formações mais jovens, e mostra que a superfície de Alpha, onde sedimentou a Formação Beta, era uma superfície acidentada formando colinas e vales em uma rocha maciça, hoje se apresentando em alguns pontos metamor- fizada e cisalhada devido aos movimentos a que foi submetida ao longo do tempo. Por oportuno, saliente-se de novo a impossibilidade da existência de granitos intrusivos, como corriqueiro em relatórios ditos geológicos. Ocorrência Alpha ocorre em afloramentos esparsos em áreas cobertas por sedimentos e em afloramen- tos contínuos, quando os sedimentos não aparecem. São comuns os blocos rolados onde o topo da formação está próximo da superfície. Nas áreas onde a formação fica exposta, os morros e colinas se apresentam, atualmente, com topos arredondados e topografia acidentada. Correlação A formação correlaciona-se em todos os continentes da Terra, devido à sua origem. Textura A textura de Alpha é cristalina com acentuada variação lateral de fácies. É maciça, de cores variadas, sem porosidade, apresentando-se em alguns locais cizalhados. Esta variação lateral de fá- cies é a origem da variedade de nomenclatura petrográfica de rochas diversas, sem conotações com sua origem. Estruturas Alpha, pela sua origem, tem estrutura primária tabular de dimensões continentais. Sua forma geográfica é original na costa oeste da América do Sul, enquanto a costa leste ou costa atlântica foi desenhada em função da explosão que separou os continentes. A estrutura secundária melhor obser- vada e destacada na Formação Alpha é o falhamento reverso que resultou da explosão global que se- parou os continentes, muito bem representada pela conhecida Falha de Salvador, na capital da Bahia, onde o espelho da falha mede algumas dezenas de metros visíveis à superfície. Fora desse sítio, a falha fica encoberta pelos clásticos da Formação Kappa. Para o sul da cidade do Salvador, depois do ponto conhecido como Farol da Barra, a falha desaparece sob as águas do Oceano Atlântico. A falha, que limita a Bacia do Recôncavo pela borda leste, na altura do Centro Industrial de Aratu ou do vi- larejo conhecido como Parafuso, desvia-se para NE e desaparece de novo sob as águas do Atlântico limitando um bloco do embasamento relativamente pequeno, onde se situa a Cidade do Salvador e arredores. No sul do Brasil a paisagem montanhosa da cidade do Rio de Janeiro é formada por rochas de Alpha. Serras e colinas no continente também são estruturas de Alpha. Como a costa brasileira está em um processo de afundamento, muitas dessas colinas e montanhas ainda têm os seus topos aparecendo dentro do mar, formando ilhas. 204
  • 3. Litologia das Formações Geológi Propriedades Físicas Não há estudo sobre as propriedades físicas da Formação Alpha, mas pode-se antever, em virtude da sua textura cristalina, altas resistividades; densidade média e cores variadas entre extre- mos claros e escuros. Dentro da Bacia do Recôncavo, não há certeza se algum poço, de fato, penetrou a formação, desde que é clara a existência de blocos de grande porte dentro da bacia fazendo parte do conglomerado como resultado do falhamento os quais levaram a decisão de parar poços na suposição de que a broca teria tocado o embasamento. Possibilidades Econômicas Alpha se distingue como produtora de material de construção: enrocamento de portos, e britas para concreto armado nas construções civis. Existem afloramentos de Alpha que em virtude de suas cores, formam minas de pedras ornamentais com mercado de exportação assegurado para muitas partes do mundo. Formação BETA A Formação Beta é a segunda formação que surgiu sobre a superfície terrestre, e a primeira com textura clástica. Leva o nome da segunda letra grega como designativo. Origem Beta é de origem continental estruturando-se em uma deformação negativa da crosta siálica com acumulação de águas e clásticos provenientes de Alpha sob os processos de sedimentação da- quele tempo. Os clásticos de Beta foram acumulados em superfície de topografia suave a levemente acidentada sob o efeito de movimentos verticais lentos. As deduções são evidenciadas nos aflora- mentos de Beta onde esta se apresenta com leitos delgados, de textura fina e cores vivas. Posição Estratigráfica e Contatos A formação ocupa o segundo nível, de baixo para cima, na sucessão das rochas na coluna estratigráfica. Seu contato inferior é com a Formação Alpha preenchendo uma superfície topográfica levemente acidentada desta última formação. Nas pedreiras existentes nos arredores da cidade do Salvador, em afloramentos ocorrentes nas ruas da Cidade e na estrada que liga Salvador à cidade de Camaçari - Via Parafuso, o contato é bem definido. O contato superior, em muitos afloramentos, é feito com Kappa. Ocorrência A formação ocorre como solos de cores variadas ao redor do vermelho e de cores afins de modo geral. Em alguns afloramentos é possível ainda ver-se pedaços da formação, dentro do solo por ela desenvolvido. Mais raramente ocorre como rochas metamorfizadas bem acamadas com leitos delgados e raramente espessos. Em diversas regiões forma morros escarpados com solos vermelhos e em diversas outras cores aproximadas, solos esses muito permeáveis que na estação chuvosa desa- bam causando mortes e prejuízos. São as chamadas áreas de risco e balizam os vales formados pelos pequenos riachos que retalham grandes áreas da sua ocorrência. Correlação A formação ocorre contínua nas imediações da Bacia do Recôncavo, apresentando bons afloramentos nas margens dos principais rios do território baiano. Beta correlaciona-se em todo o território brasileiro, mas é em grande parte recoberta pela Formação Kappa. 205
  • 4. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa Textura Textura clástica de areias e argilas de cor vermelha muito porosa e permeável especialmente quando transformada em solos. Estruturas Grande parte da formação nas áreas de afloramento está transformada em solos quando a estrutura de rocha clástica fica obliterada pelo intemperismo. Em muitas regiões, são bem evidentes os leitos delgados, dobrados e metamorfizados da formação original, muitos deles, como na região de Jacobina, em atitude vertical. Os leitos são delgados e de cores fortes semelhantes ao vermelho como cor base. Em vários locais, a formação é cortada por diques de basaltos atualmente intemperizados, fato que dificulta a observação dos contatos entre as formações. Nesses sítios aparecem drag folds bem nítidos nos contatos ígneos entre Beta e Gamma. Estruturas orgânicas nunca foram reportadas por falta de interesse imediato ou pela simples inexistência das mesmas na formação. A espessura de Beta é desconhecida, mas em alguns afloramentos estudados sempre se apresenta pouco espessa devido aos processos de erosão a que foi submetida no passado geológico. Possibilidades Econômicas O aproveitamento econômico da formação está ligado à área da construção civil e aparente- mente são dessa formação uma grande produção de pedras preciosas e metais nobres em regiões do sul do País. Formação GAMMA A Formação Gamma é um basalto de difícil observação por duas razões. A primeira é devida ao caráter químico da formação que lhe empresta instabilidade frente aos fatores do intemperismo ante os quais ela sofre uma transformação, para solos, geologicamente muito rápida, os quais sofrem posterior remoção para outra bacia. A segunda é a possibilidade de confundir-se com os basaltos da Formação Zeta, que são posteriores no tempo, mas de mesma origem e de mesma composição quími- ca e que desenvolvem estruturas semelhantes. Quanto a sua existência não resta dúvida, evidenciada pela interrupção da sedimentação de Beta. É a terceira formação geológica depositada na superfície da Terra e por isso leva o nome da terceira letra do alfabeto grego. Origem A Formação Gamma é de origem ígnea, a exemplo das rochas na região do Hawai. Elas dão idéia da gênese da formação. Ela é formada de material basáltico vindo do manto terrestre impulsio- nada pelo acúmulo de energia na periferia do núcleo terrestre. Posição Estratigráfica e Contatos A formação ocupa o terceiro nível estratigráfico e por isso sobrepõe-se às duas formações anteriores Alpha e Beta. Contatos ígneos verticais com as duas formações mencionadas são espera- dos, mas não foram observados no campo. Ocorrência A formação ocorre na forma de derrames sobre Alpha e Beta e diques formando intrusões nas mesmas rochas. Correlação Gamma correlaciona-se em todos os subcontinentes atuais desde que esses derrames se ve- rificaram quando da existência de Pangaea. 206
  • 5. Litologia das Formações Geológi Textura Textura cristalina afanítica geralmente de cor negra, impermeável. Quando intemperizada adquire outras cores. Estruturas Diques intrusivos nas rochas mais antigas e possíveis derrames. Propriedades Físicas Não existem estudos. Possibilidades Econômicas Não existem informações sobre o assunto. Quando intemperizadas se transformam em solos conhecidos como terras roxas, de grande valor para a agricultura. Formação DELTA Esta formação não ocorre na costa oriental da América do Sul. São clásticos de origem mari- nha estruturada quando o centro do supercontinente foi levantado com o aparecimento da Formação Gamma, determinando uma drenagem para oeste e conseqüente acumulação de clásticos na parte periférica do continente, pela borda ocidental. Por não ser de interesse para prospecção de petróleo não nos alongaremos sobre ela. Formação EPSILON A formação ocupa o quinto nível estratigráfico o que significa que é a quinta formação apa- recida na superfície da Terra, dentro da ordem natural. Por esta razão leva o nome da quinta letra do alfabeto grego. Origem A formação tem origem em uma segunda bacia formada ao centro do monocontinente por um movimento radial negativo lento, movimento este que originou um lago territorialmente amplo onde se reuniram detritos provenientes tanto de Alpha como de Beta e Gamma. Há uma repetição do movimento que deu origem à Beta. Esta informação é dada pelas estruturas sedimentares finas e delgadas e a textura de areias e argilas encontrada nos afloramentos observados no campo. Posição Estratigráfica e Contatos Epsilon ocupa o quinto nível estratigráfico/temporal. Na sua área de ocorrência é a quarta formação de baixo para cima, desde que uma das formações, precisamente a Formação Gamma, não está presente na área. Dessa maneira, seu contato inferior pode ser feito com qualquer das formações mais velhas ou antigas (exceto Delta e Gamma). Seu contato superior é com a Formação Eta, Kappa e Lambda que são posteriores . Na maior parte da área brasileira, o contato superior é feito com a Formação Kappa , que é dominante no território brasileiro. Ocorrência Os melhores afloramentos da formação na área brasileira ocorrem nas chamadas bacias do Maranhão, do Amazonas e do Paraná. No estado da Bahia, nas regiões do baixo S.Francisco, os afloramentos de Epsilon prolongam-se pelo sul do estado do Piauí para o norte, mesmo encobertas pelas chapadas da Formação Kappa. Na margem ocidental do Recôncavo, aparecem afloramentos da formação e se apresentam de modo geral em áreas isoladas. 207
  • 6. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa Correlação A formação correlaciona-se em todo o território brasileiro e em todos os continentes com nomes diversos e muito regionalizados. Textura Epsilon tem textura areno/argilosa. A parte argilosa, de modo geral, na base da formação, é de cor vermelha muito viva entremeada com leitos delgados de cores verdes. A fração arenosa tam- bém ocorre em leitos delgados vermelhos e cores assemelhadas. Porosidade e permeabilidade, até agora sem estudos, mas nos afloramentos mostram boas perspectivas de armazenadoras de petróleo. É de se esperar bons índices de permo-porosidades. Estrutura Os melhores afloramentos da formação mostram que ela é formada de leitos delgados, bem acamados, horizontais e sub-horizontais, com estratificações cruzadas. A formação é muito fossilífe- ra. Propriedades Físicas Não há estudos específicos sobre o tema especialmente pelo desconhecimento da formação. Possibilidades Econômicas O principal produto de Epsilon é o petróleo. Entretanto, no mar a espessa camada de sal completa boa parte da coluna estratigráfica da formação, dificultando as pesquisas. Formação ZETA É a sexta formação geológica a surgir no esquema crono/estratigráfico, sendo por isso cha- mada pela sexta letra do alfabeto grego. São os basaltos montanhosos que substituíram a crosta ba- sáltica originalmente plana, a qual foi reabsorvida pelo manto após a separação continental. Origem Zeta é de origem ígnea e formada do magma vindo do interior do manto, através de fendas (rifts), impulsionado pela energia acumulada no núcleo do planeta. A erupção de um vulcão atual ex- pelindo o magma, que depois de resfriado, tomará o nome de Formação Zeta. É originalmente fluida cristalizando pelo contato com a atmosfera, formando os basaltos. Posição Estratigráfica e Contatos Na área brasileira é a quinta formação da coluna geológica e a sexta sob o ponto de vista temporal. Seu contato inferior nos continentes é ígneo e se faz com todas as formações mais antigas que ela. Sob o mar o contato basal é feito com o magma do manto que lhe dá origem. A formação é capeada nos continentes pela Formação Kappa e submarinamente pela Formação Lambda nas mar- gens continentais e pelas águas do mar na maior parte da sua área de ocorrência. Em muitos pontos do globo a formação ocorre como ilhas oceânicas, algumas formando territórios importantes como as ilhas japonesas e o Hawai, no Oceano Pacífico, e Noronha, Arquipélago da Madeira e Islândia, no Atlântico. Ocorrência Zeta ocorre como diques intrusivos nas formações mais antigas e como derrames sobre elas. É a formação geograficamente mais extensa do planeta. Forma o fundo dos oceanos e nos rifts ela se renova constantemente, sendo reabsorvida nas linhas de subducção. Os vulcões, quando situados nos rifts são a fonte ou o local de saída à superfície, da matéria prima de Zeta. Os derrames continentais 208
  • 7. Litologia das Formações Geológi são de grande extensão territorial como em todo o território brasileiro, principalmente no sul do Bra- sil e nas regiões centro-oeste, amazônica e nordestina. Foram os primeiros derrames correspondentes a migração continental. Correlação A formação correlaciona-se em todo o globo terrestre. Os derrames são bastante conhecidos no Brasil meridional e nos países vizinhos como Paraguai, Uruguai e Argentina. Na bacia do Mara- nhão e do Amazonas ocorrem diques e derrames de grande porte. Textura Textura cristalina, afanítica de modo geral, de cores negras e assemelhadas, impermeáveis, transformando-se sob os fatores de intemperismo em solos vermelhos, argilosos, conhecidos vulgar- mente como terra roxa, de grande fertilidade. Estruturas Diques verticais e sub-verticais, de diversas espessuras, cujo encaixe se observa nas rochas mais antigas; drag-folds devido à intrusão são bem visíveis nos cortes de avenidas na cidade do Sal- vador. Os derrames formam lençóis cobrindo grandes áreas. Propriedades Físicas Não há estudos. No campo, quando a rocha está fresca, os basaltos se apresentam muito duros, resistentes a marretas e explosivos. Nos mesmos afloramentos, quando estão intemperizados transformam-se em argilas, muito friáveis desestruturando-se à pressão dos dedos. Possibilidades Econômicas O aproveitamento econômico de Zeta em algumas regiões é como material de construção de estradas. Formação ETA Eta é a sétima formação geológica a se formar sobre a superfície terrestre dentro da ordem natural. Por esta razão leva o nome da sétima letra do alfabeto grego. Na coluna geológica, na área mapeada, ocupa a sexta posição de baixo para cima. Origem A formação teve sua origem no levantamento e basculamento para oeste de parte da Forma- ção Alpha impulsionada pela energia gravitacional acumulada no núcleo da Terra. A parte levantada, anteriormente o fundo de um lago continental, foi o embasamento de duas formações clásticas (Beta e Épsilon), e uma de origem ígnea basáltica (Gamma). Este impulso de energia (gerador da Formação Eta) teve como resultado a separação continental, gerando a presente geografia. Posição Estratigráfica e Contatos Na seqüência temporal, já foi dito anteriormente, a formação é a sétima estrutura geológica a aparecer sobre a face da Terra e a sexta na região mapeada. Seu contato inferior faz-se com Épsi- lon e provavelmente com todas as outras formações mais antigas na borda oeste da bacia. O contato superior é com a Formação Kappa na parte continental subaérea e com Lambda na parte continental submarina. 209
  • 8. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa Ocorrência Eta ocorre como uma bacia alongada ou de forma linear geologicamente falando, em uma faixa estreita na borda oriental da América do Sul, limitada pela falha do embasamento. Tem forma de cunha com a maior espessura perto do falhamento, com textura proeminente de conglomerados, adelgaçando-se para oeste. No território brasileiro, partes da formação ocorrem subaereamente e outras são recobertas pelas águas do Atlântico. Correlação A formação correlaciona-se nas margens continentais africanas e americanas do sul, mudan- do apenas de nome. Textura A textura da formação é de um conglomerado polimítico predominante em toda a sua borda leste com a parte mais grosseira na imediação da falha, ficando os clásticos mais finos na direção da outra margem da bacia. Disso se depreende que a textura da formação é extremamente variável entre argilas e blocos de tamanho respeitável, fenômeno esperado devido à sua origem. Cores, tamanhos das partículas, porosidades e permeabilidade são diversas e extremas, fato que deve alertar o explo- rador especialmente frente às correlações. Esses parâmetros variam em distâncias mínimas e não podem ser extrapoladas, mesmo no entorno. Na vizinhança da falha, devido a um dos movimentos tectônicos (v. “História Geológica”), houve de fato uma compressão lateral dos clásticos presente na bacia, feito de tal maneira potente que impermeabilizou partes do conglomerado e o deixou estéril. Estruturas A estrutura mais imediata verificada em Eta é a forma adquirida pelos clásticos da bacia. Têm eles a forma de um prisma triangular ou uma cunha. A base do prisma assenta-se sobre o espelho da falha verificada em Alpha durante a explosão, falha essa que limita o bloco alto pelo lado oeste. O vértice do prisma clástico fica voltado para o ocidente e é a sua parte mais rasa. Os acamamentos dos blocos redepositados têm atitude pronunciada perto da falha e menos acentuada para o centro da bacia. Merecem capítulo especial as estruturas orgânicas presentes na formação. Todos os fósseis presentes na bacia de Eta são refossilizações. Os fósseis contemporâneos às Formações Beta e Épsi- lon foram redepositados ao tempo da deposição de Eta, e por essa razão estão misturados formando o volume da nova bacia. São fósseis quebrados, abrasados, deformados, irreconhecíveis e espe- cialmente misturados, contrariando a 2a Lei da Sedimentação, características essas que constituem evidências ou que amparam a idéia da redeposição. Entre esses fósseis aparecem outros em perfeito estado de conservação, pois foram colhidos pela broca dentro de blocos intactos daquelas formações preexistentes, como mencionado acima e verificado em superfície. Formação THETA Esta formação não ocorre na área mapeada e por isso não será aqui descrita. É uma formação de clásticos marinhos, atualmente subaérea, fazendo parte da Cadeia do Andes. É a oitava estrutura surgida ao longo da evolução estratigráfica/temporal, daí o nome da oitava letra do alfabeto grego. Formação JOTA A Formação Jota também não ocorre na área mapeada. São os basaltos expelidos pelos vul- 210
  • 9. Litologia das Formações Geológi cões continentais (vulcões andinos) surgidos depois que a margem ocidental da América do Sul se transformou em sismicamente ativa. É a nona formação geológica aparecida na superfície do globo que por isso tem o nome da nona letra do alfabeto grego. Ocorre como vulcões ativos intermitentes, cones vulcânicos e derrames de lavas basálticas sobre as formações dobradas de Delta e Theta (Cor- dilheira dos Andes) na costa ocidental da América do Sul. Formação KAPPA Kappa é a décima formação geológica na ordem estratigráfica ou ordem natural das coisas. De característica singular, foi a última formação a se depositar sobre o continente americano do sul. Ela forma os tabuleiros e chapadas do território brasileiro cujo topo plano é impar na fisiografia na- cional os quais são reconhecidos com facilidade por qualquer leigo. Do lago que lhe deu origem ain- da existem vestígios sobre o continente, conhecidos popularmente como Pantanal Mato-grossense. Esse lago foi drenado para leste e deu origem a atual rede fluvial do território brasileiro. Origem Kappa originou-se em um lago formado durante a fase de equilíbrio do continente sul-ame- ricana havida antes do basculamento continental para leste. Logo após a explosão da Terra que levaria à separação continental, houve o levantamento da margem oriental do continente, condicionando a drenagem para o oeste período da sedimentação de Delta, no Oceano Pacífico. A chegada da margem ocidental à área sismicamente ativa naquela parte da Terra determinou o levantamento dos Andes, que bloqueou aquela drenagem iniciando a formação do grande lago que originou Kappa. O acavalamento de Alpha sobre Zeta, na margem do Oceano Pacífico, acabou por levantar e equilibrar a massa continental horizontalizando-a, movimento que dá origem à Kappa, seguindo-se o desequilíbrio e basculamento do continente para leste, derramando o lago na mesma direção, local onde se formaria o Oceano Atlântico. Sobre o continente restou o lençol de sedimentos terrígenos onde, pela corrida das águas, foi esculpida a atual fisiografia brasileira. Posição Estratigráfica e Contatos Estratigraficamente, Kappa é a décima formação aparecida sobre a face da Terra. Na área brasileira é a sétima, e sobre o continente é a última. Essa posição estratigráfica determina que seu contato inferior seja feito com qualquer uma das formações mais antigas (exceto o Grupo Pacífico: Beta e Delta). O contato superior na parte continental é com a atmosfera enquanto no mar ou é feito com as águas do Oceano Atlântico, ou com as partículas inconsolidadas da Formação Lambda. Ocorrência Kappa ocorre como um lençol de areias e argilas e em algumas regiões exibindo um conglo- merado na sua base. As camadas de cores vivas se apresentam horizontais ou próximos dessa posi- ção. Delgada de espessura estende-se por todo o território brasileiro com o seu topo plano, secciona- do em grandes blocos pelos rios que drenam o território brasileiro. As ilhas da foz do Rio Amazonas são exemplos da ocorrência de Kappa submergindo nas águas do Atlântico. Correlação A formação correlaciona-se em todo o território nacional sempre com as mesmas caracterís- 211
  • 10. Petróleo e Ecologia: Uma Contestação à Ciência Ortodoxa ticas. Na literatura geológica brasileira ortodoxa recebe nomes variados, inclusive alguns impróprios: formação das Barreiras ou simplesmente Barreiras; Serra Grande, no limite do Piauí com o Ceará; Marizal, Sabiá e outros mais. Mudam de nome conforme a sua geografia, porém geologicamente são partes da mesma formação geológica com origem comum. Textura A textura da formação é de areias e argilas havendo em algumas partes a ocorrência de um conglomerado basal, formado das partículas de superfície das formações preexistentes ao tempo da sedimentação; em algumas partes a formação é composta de solos amarelos e outras cores, inconso- lidados e friáveis; em outras surgem dunas e areias de praia, brancas e bem selecionadas. Essa textura confere altas porcentagens de porosidade e permeabilidade e muita água de excelente qualidade flui da formação. As cores são muito variáveis predominando o vermelho e tons aproximados. As argilas aparecem brancas e em muitos afloramentos há uma intercalação de leitos de cores contrastantes que lhes dão aspectos estéticos muito agradáveis à visão. Estruturas A formação tem a estrutura de um lençol (muito delgada relativa a sua extensão territorial). Apresenta-se em leitos delgados horizontais com leve inclinação para o leste desde que conserva de fato a sua estrutura primária. Os fósseis são abundantes na formação, principalmente em lugares selecionados do Nordeste Brasileiro. Propriedades Físicas A formação é muito friável no seu aspecto maior ou regional, devido à sua origem. Em algu- mas partes é representada por solos de cores diversas, muito friáveis, com leitos de pedras vermelhas, quando então se tornam duros. Os topos planos (chapadas e tabuleiros) são excelentes para obras civis especialmente para construção de estradas. É uma formação essencialmente produtora de águas, mas há outros minerais como calcários, gipsita, etc. Possibilidades Econômicas A principal aplicação econômica da formação ainda é na construção civil. Alguns leitos for- necem pedras de grande porte aproveitadas em construções baratas e uma parte mais fina chamada cascalho aproveitada na construção e pavimentação de estradas secundárias. Em regiões do norte e nordeste ocorre com boa porcentagem de calcários e dolomitas. Formação LAMBDA É a última formação surgida na face da Terra, e ainda se encontra em processo de sedimen- tação. É a nona formação geológica dentro do território brasileiro e a primeira e única de origem marinha nesta parte da América do Sul. Recebeu o nome da décima primeira letra do alfabeto grego. Origem A formação originou-se do basculamento do continente sulamericano para leste, devido ao acavalamento da borda oeste de Alpha sobre os basaltos mais densos de Zeta, na margem do Oceano Pacífico. O basculamento do continente para leste provocou o esvaziamento do lago que originou Kappa, iniciando a estruturação de Lambda na proximidade do contato Alpha/Zeta do Oceano Atlân- tico. Os primeiros sedimentos são grosseiros devido a maior força da enxurrada de cachoeiras altíssimas, e à medida que afundou a costa americana do sul, os sedimentos se tornaram mais finos, 212
  • 11. Litologia das Formações Geológi e atualmente são predominantemente areias, argilas e sais típicos de área assísmica. As áreas-fonte desses sedimentos são as partes altas continentais e os meios de transporte são os rios da atual fisio- grafia brasileira. A bacia receptora é a margem oeste do rift Atlântico. Posição Estratigráfica e Contatos É a última formação a se depositar na superfície da Terra e que continua em pleno processo de sedimentação registrando o atual período geológico. É de origem marinha e submarina em toda a sua extensão. Assim, subaereamente só aparecem os sedimentos mais novos ainda inconsolidados formados pelas areias das praias, e os manguezais nos estuários da costa brasileira. Desprezando a parte dos inconsolidados, o contato superior da formação se faz sempre com as águas do Atlântico. O contato inferior recobre as formações mais antigas, que atualmente se encontram mergulhadas pelo processo de afundamento da borda oriental da América do Sul, especialmente Kappa, Eta e Alpha. Após o limite oriental de Alpha a formação liga-se lateralmente à Zeta do Atlântico. Esse panorama geológico configura o que se conhece como plataforma continental. Ocorrência A formação ocorre como cordão costeiro (submarino) ao longo da margem atlântica do terri- tório brasileiro com largura variável entre 60 km no nordeste, onde é mais estreita, até 360 km tanto na foz do Amazonas como no R.G. do Sul, onde se alarga expressivamente. Correlação A formação correlaciona-se em toda a margem continental brasileira e de fato em ambas as margens da bacia atlântica. Textura A textura de Lambda é de clásticos e químicos. São areias, argilas e sais diversos depositados em ambiente de calma tectônica, por isso é de se esperar razoáveis porcentagens de porosidade e per- meabilidade. Na parte basal há uma parte de conglomerados devido às altas quedas d›água havidas após o basculamento do continente para leste. Estruturas A estrutura de Lambda é de um homoclinal com leitos mergulhando para leste na direção do rift central atlântico, com leitos delgados a pouco espessos, interacamados com sais. Devido aos escorregamentos dos sedimentos acumulados em ângulos críticos de sedimentação, podem aparecer estruturas características desse tipo de fenômeno. Os fósseis podem ficar misturados quando os es- corregamentos assim o determinarem. Nos lugares onde o fenômeno não for proeminente as estrutu- ras orgânicas obedecem a segunda lei da sedimentação. Possibilidades Econômicas Petróleo e outras riquezas. 213