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I - Introdução
        Consideram-se como Norte os países ricos ou industrializados: o primeiro Mundo ou
países capitalistas desenvolvidos, em primeiro lugar e também os países mais industrializados
do antigo mundo socialista ou Segundo Mundo, que desde o final dos anos 80 se voltam
novamente para o sistema capitalista.
        O termo subdesenvolvimento surgiu após a Segunda Guerra Mundial, nos documentos
dos organismos internacionais, como a ONU - Organização das Nações Unidas - e a Unesco,
principalmente, sendo depois usado com freqüência na imprensa. A “descoberta” do
subdesenvolvimento deu-se com a descolonização e com a publicação pelos organismos
internacionais de dados estatísticos dos diversos países do mundo (índice de mortalidade,
salário, formas de alimentação, habitação, consumo, distribuição da renda, etc.).
II - Desenvolvimento
1. O primeiro mundo
        Pertencem a esse grupo de países denominado primeiro Mundo, que abrange cerca de
15% da população mundial, Estados Unidos, Canadá, Japão, Israel, Austrália, Nova Zelândia
e as nações da Europa ocidental. São países capitalistas muito industrializados, alguns até
considerados superindustrializados ( Estados Unidos, Japão e Alemanha principalmente).
        Suas característica principais podem ser assim resumidas:
· Apresentam uma estrutura industrial completa, ou seja, possuem em grande quantidade
   todo o tipo de indústrias, tanto de bens de consumo como de bens de capital, o que gera
   uma produção e um consumo per capita (por pessoa) de bens industrializados bastante
   elevados.
· São normalmente as economias que estão na vanguarda da pesquisa e da inovação
   tecnológica. Os setores de ponta da tecnologia - com a informática (especialmente
   computadores), as telecomunicações, a química fina, os novos materiais, etc.- são gerados
   nesses países e aplicados com mais intensidade.
· A população urbana é bem maior que a rural, situando-se normalmente acima dos 75% da
   população total de cada país. Essas sociedades são urbanas e também pós-industriais, ou
   seja, onde um moderno setor terciário da economia(comércio e serviços) já substitui o setor
   secundário (indústrias) como o grande gerador de empregos e de rendimentos. Nesse setor
   terciário cabe um destaque especial para o ensino e a pesquisa tecnológica, que são de
   ótima qualidade e básicos para explicar os níveis de qualificação da mão-de-obra nacional
   e a constante inovação da tecnologia em toda a sociedade.
· São países que em geral exportam produtos manufaturados (industrializados) e tecnologia
   avançada, importando produtos primários (minérios e gêneros agrícolas). Eles em geral
   sediam as principais firma do planeta (Sony, GM, Shell, Nestlé, Renault, Fiat, etc.) e os
   principais bancos internacionais, sendo assim os maiores investidores de capitais no
   exterior.
· Sua agropecuária ou setor primário da economia em geral ocupa uma posição
   extremamente pequena na renda nacional de cada país (menos de 5% do total), embora seja
   moderna ao utilizar técnicas avançadas de produção, como a biotecnologia e a criação e o
   cultivo intensivos, havendo ainda um excesso de produção agrícola, que leva muitos
   governos a pagar ao agricultor para não produzir determinados gêneros ( ou então
   estabelecer cotas máximas para tais produtos e regiões).

2. Sociedades de consumo
        As sociedades dos países capitalistas desenvolvidos são comumente chamadas de
sociedade de consumo. Tal expressão é usada porque os habitantes desses países usufruem
intensamente todos os bens e serviços existentes no mundo moderno. Muito mais que os
outros países, sejam os ex-socialistas ou os subdesenvolvidos.
        Com freqüência, o intenso consumo leva a grandes desperdícios. Ao observar por
exemplo, a vitrina de uma grande loja nos Estados Unidos ou na Europa ocidental, vê-se que
metade dos produtos expostos pode ser considerada absolutamente inútil; 25% normalmente
são produtos nocivos à saúde e apenas cerca de 25% são realmente úteis. Verifica-se,
portanto, grande concorrência de consumo supérfluo.

3. Terceiro Mundo
        A expressão Terceiro Mundo, apesar de ser geralmente usada como sinônimo do
conjunto de países subdesenvolvidos, surgiu apenas em 1952, quando o estudioso francês
Alfred Sauvy a forjou com base numa comparação entre os países pobres de hoje e o Terceiro
Estado da França nas vésperas da revolução de 1789.
        O terceiro estado era constituído pela burguesia, que antes da revolução não
participava do poder político, e pelo povo em geral - camponeses operários e demais
trabalhadores urbanos. Tal termo era utilizado para contrapor esses setores populacionais aos
outros dois estados, a nobreza e o clero, que dispunham de enormes privilégios na sociedade
francesa da época. A noção de Terceiro Mundo, portanto, surgiu para enfatizar a pobreza
desses países, que abrangem maior parte da humanidade, em contra posição à melhor
qualidade de vida e até a alguns privilégios que existiriam nos outros dois mundos ( os
capitalistas desenvolvidos e os ex-socialistas, hoje “economias de transição”).
        Alguns autores passaram a ver no Terceiro Mundo uma semelhança com o
proletariado dos países capitalistas, chamando os países desse conjunto de “nações
proletárias”. Essas imagens, contudo, são apenas parcialmente verdadeiras, já que nos países
subdesenvolvidos existe sempre uma minoria privilegiada que desfruta de padrões de vida
elevadíssimos. Em contrapartida, nos outros dois mundos sempre existiram camadas
populacionais com baixas rendas.
        Terceiro Mundo e subdesenvolvimento hoje passam a ser utilizados como sinônimos,
mas nem sempre foi assim. Muitos autores estabeleciam uma pequena diferença entre eles.
Quanto ao subdesenvolvimento, ou aos países subdesenvolvidos, é claro que diz respeito
especificadamente ao mundo capitalista: seria a periferia do sistema capitalista mundial, que
possui como centro os países do Primeiro Mundo. O Terceiro Mundo, por outro lado, seria
mais amplo que o conjunto de países capitalistas subdesenvolvidos; ele abrangeria também os
países “Socialistas” mais pobres, menos industrializados (Mongólia, Albânia, China, Cuba,
Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Laus, Camboja, e Vietnã). Mas com a crise do
socialismo, com a volta gradativa destes países ao mundo capitalistas, essa diferença cai por
terra.

4. Sociedade e estado no subdesenvolvimento
       Os países subdesenvolvidos resultaram da expansão do capitalismo a partir da Europa
ocidental, desde os séculos XV e XVI. O capitalismo, que nasceu na Europa, expandiu-se por
toda a superfície do globo e produziu um mundo interligado, dividido em áreas centrais ou
desenvolvidas e áreas periféricas ou subdesenvolvidas.
       Nos países desenvolvidos o capitalismo resultou de um processo endógeno (interno),
ou seja, desenvolveu-se a partir da própria sociedade. No Terceiro Mundo o capitalismo foi
posto de fora, isto é, resultou de um processo exógeno (externo). Essa é uma das principais
diferenças entre os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos.
       Os tipos de sociedade que existiam nos atuais países subdesenvolvidos - por exemplo,
as inúmeras sociedades indígenas no território que hoje pertence ao Brasil ou a sociedade
milenar indiana - acabaram sendo destruídos ou submetidos a um novo modelo social,
colonial, criado pelos europeus. Esse modelo era voltado para o objetivo básico da
colonização de exploração: o desenvolvimento do capitalismo nos países centrais.
        A exploração colonial visava À expansão do comércio e à produção de minérios ou
gêneros agrícolas baratos para suprir o mercado mundial. Como conseqüência desse objetivo
mercantil, o modelo social instituído nas áreas colonizadas foi marcado por extremas
desigualdades: de um lado os poucos ricos, a minoria privilegiada ligada aos interesses
metropolitanos; do outro, a imensa massa de trabalhadores mal remunerada, intensamente
explorada.
        No início havia mão-de-obra escrava em grande parte dos atuais países
subdesenvolvidos. A partir de meados do século XIX, a escravidão começou a atrapalhar o
desenvolvimento da economia de mercado, pois o escravo não era comprador e consumidor.
Extinto o regime servil, uma massa de trabalhadores com baixíssimos salários substituiu os
escravos. Dessa forma, a intensa exploração da força de trabalho constitui uma das
características do subdesenvolvimento.
        Em alguns lugares, como a América Latina, os Europeus desprezaram as sociedades
preexistentes e estabeleceram outras, trazendo trabalhadores escravos da África e a elite
dominante da própria Europa. Em outras áreas, onde havia populações muito numerosas -
como foi o caso da África - , os dominadores europeus corromperam algumas elites locais:
provocaram rivalidades e conflitos entre grupos sociais, conseguindo que certas camadas
dominantes já existentes fossem coniventes com a economia colonial, e recrutaram
trabalhadores mal remunerados no próprio local.
        Na Índia os colonizadores ingleses encontraram uma sociedade extremamente
complexa, que tinha um desenvolvimento econômico bastante avançado para a época, com
uma produção manufatureira superior à própria Inglaterra. Como o que interessava naquele
momento era uma Índia comparadora de bens manufaturados ingleses e produtora somente de
matérias-primas a serem vendidas a baixos preços, os ingleses acabaram destruindo essas
oficinas manufatureiras indianas.
CENSA - São Mateus Agosto de 1998.
                    - Sumário -




I - Introdução

II - Desenvolvimento
    1. O primeiro mundo
    2. Sociedades de consumo
    3. Terceiro Mundo
    4. Sociedade e estado no subdesenvolvimento

III - Conclusão
IV - Bibliografia




III - Conclusão
        Conclui-se que o que mais identifica os países desenvolvidos é o seu domínio, a nível
mundial, em termos de poderio econômico, tecnológico em relação aos países
subdesenvolvidos. Essa hegemonia é monopolizada pelo “Grupo dos sete” países mais ricos.
Essas grandes potências realizam com freqüência reuniões de cúpula nas quais são analisadas
as grandes questões internacionais a nível político, social e econômico, as atitudes a tomar em
relação às solicitações do grupo subdesenvolvido. É importante ressaltar que um dos aspectos
que mais caracteriza os países subdesenvolvidos é a sua estrutura econômica totalmente
desarticulada. Dentre elas podem ser citadas:
· Economia subordinada à estrutura financeira internacional.
· Economia caracterizada por dois circuitos antagônicos: tradicional e moderno.
IV - Bibliografia
       J. William Vesentini, Sociedade e Espaço Geografia Geral e do Brasil, Editora Ática,
35ª Edição.
CENSA - São Mateus Agosto de 1998.

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  • 1. I - Introdução Consideram-se como Norte os países ricos ou industrializados: o primeiro Mundo ou países capitalistas desenvolvidos, em primeiro lugar e também os países mais industrializados do antigo mundo socialista ou Segundo Mundo, que desde o final dos anos 80 se voltam novamente para o sistema capitalista. O termo subdesenvolvimento surgiu após a Segunda Guerra Mundial, nos documentos dos organismos internacionais, como a ONU - Organização das Nações Unidas - e a Unesco, principalmente, sendo depois usado com freqüência na imprensa. A “descoberta” do subdesenvolvimento deu-se com a descolonização e com a publicação pelos organismos internacionais de dados estatísticos dos diversos países do mundo (índice de mortalidade, salário, formas de alimentação, habitação, consumo, distribuição da renda, etc.).
  • 2. II - Desenvolvimento 1. O primeiro mundo Pertencem a esse grupo de países denominado primeiro Mundo, que abrange cerca de 15% da população mundial, Estados Unidos, Canadá, Japão, Israel, Austrália, Nova Zelândia e as nações da Europa ocidental. São países capitalistas muito industrializados, alguns até considerados superindustrializados ( Estados Unidos, Japão e Alemanha principalmente). Suas característica principais podem ser assim resumidas: · Apresentam uma estrutura industrial completa, ou seja, possuem em grande quantidade todo o tipo de indústrias, tanto de bens de consumo como de bens de capital, o que gera uma produção e um consumo per capita (por pessoa) de bens industrializados bastante elevados. · São normalmente as economias que estão na vanguarda da pesquisa e da inovação tecnológica. Os setores de ponta da tecnologia - com a informática (especialmente computadores), as telecomunicações, a química fina, os novos materiais, etc.- são gerados nesses países e aplicados com mais intensidade. · A população urbana é bem maior que a rural, situando-se normalmente acima dos 75% da população total de cada país. Essas sociedades são urbanas e também pós-industriais, ou seja, onde um moderno setor terciário da economia(comércio e serviços) já substitui o setor secundário (indústrias) como o grande gerador de empregos e de rendimentos. Nesse setor terciário cabe um destaque especial para o ensino e a pesquisa tecnológica, que são de ótima qualidade e básicos para explicar os níveis de qualificação da mão-de-obra nacional e a constante inovação da tecnologia em toda a sociedade. · São países que em geral exportam produtos manufaturados (industrializados) e tecnologia avançada, importando produtos primários (minérios e gêneros agrícolas). Eles em geral sediam as principais firma do planeta (Sony, GM, Shell, Nestlé, Renault, Fiat, etc.) e os principais bancos internacionais, sendo assim os maiores investidores de capitais no exterior. · Sua agropecuária ou setor primário da economia em geral ocupa uma posição extremamente pequena na renda nacional de cada país (menos de 5% do total), embora seja moderna ao utilizar técnicas avançadas de produção, como a biotecnologia e a criação e o cultivo intensivos, havendo ainda um excesso de produção agrícola, que leva muitos governos a pagar ao agricultor para não produzir determinados gêneros ( ou então estabelecer cotas máximas para tais produtos e regiões). 2. Sociedades de consumo As sociedades dos países capitalistas desenvolvidos são comumente chamadas de sociedade de consumo. Tal expressão é usada porque os habitantes desses países usufruem intensamente todos os bens e serviços existentes no mundo moderno. Muito mais que os outros países, sejam os ex-socialistas ou os subdesenvolvidos. Com freqüência, o intenso consumo leva a grandes desperdícios. Ao observar por exemplo, a vitrina de uma grande loja nos Estados Unidos ou na Europa ocidental, vê-se que metade dos produtos expostos pode ser considerada absolutamente inútil; 25% normalmente
  • 3. são produtos nocivos à saúde e apenas cerca de 25% são realmente úteis. Verifica-se, portanto, grande concorrência de consumo supérfluo. 3. Terceiro Mundo A expressão Terceiro Mundo, apesar de ser geralmente usada como sinônimo do conjunto de países subdesenvolvidos, surgiu apenas em 1952, quando o estudioso francês Alfred Sauvy a forjou com base numa comparação entre os países pobres de hoje e o Terceiro Estado da França nas vésperas da revolução de 1789. O terceiro estado era constituído pela burguesia, que antes da revolução não participava do poder político, e pelo povo em geral - camponeses operários e demais trabalhadores urbanos. Tal termo era utilizado para contrapor esses setores populacionais aos outros dois estados, a nobreza e o clero, que dispunham de enormes privilégios na sociedade francesa da época. A noção de Terceiro Mundo, portanto, surgiu para enfatizar a pobreza desses países, que abrangem maior parte da humanidade, em contra posição à melhor qualidade de vida e até a alguns privilégios que existiriam nos outros dois mundos ( os capitalistas desenvolvidos e os ex-socialistas, hoje “economias de transição”). Alguns autores passaram a ver no Terceiro Mundo uma semelhança com o proletariado dos países capitalistas, chamando os países desse conjunto de “nações proletárias”. Essas imagens, contudo, são apenas parcialmente verdadeiras, já que nos países subdesenvolvidos existe sempre uma minoria privilegiada que desfruta de padrões de vida elevadíssimos. Em contrapartida, nos outros dois mundos sempre existiram camadas populacionais com baixas rendas. Terceiro Mundo e subdesenvolvimento hoje passam a ser utilizados como sinônimos, mas nem sempre foi assim. Muitos autores estabeleciam uma pequena diferença entre eles. Quanto ao subdesenvolvimento, ou aos países subdesenvolvidos, é claro que diz respeito especificadamente ao mundo capitalista: seria a periferia do sistema capitalista mundial, que possui como centro os países do Primeiro Mundo. O Terceiro Mundo, por outro lado, seria mais amplo que o conjunto de países capitalistas subdesenvolvidos; ele abrangeria também os países “Socialistas” mais pobres, menos industrializados (Mongólia, Albânia, China, Cuba, Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Laus, Camboja, e Vietnã). Mas com a crise do socialismo, com a volta gradativa destes países ao mundo capitalistas, essa diferença cai por terra. 4. Sociedade e estado no subdesenvolvimento Os países subdesenvolvidos resultaram da expansão do capitalismo a partir da Europa ocidental, desde os séculos XV e XVI. O capitalismo, que nasceu na Europa, expandiu-se por toda a superfície do globo e produziu um mundo interligado, dividido em áreas centrais ou desenvolvidas e áreas periféricas ou subdesenvolvidas. Nos países desenvolvidos o capitalismo resultou de um processo endógeno (interno), ou seja, desenvolveu-se a partir da própria sociedade. No Terceiro Mundo o capitalismo foi posto de fora, isto é, resultou de um processo exógeno (externo). Essa é uma das principais diferenças entre os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos. Os tipos de sociedade que existiam nos atuais países subdesenvolvidos - por exemplo, as inúmeras sociedades indígenas no território que hoje pertence ao Brasil ou a sociedade milenar indiana - acabaram sendo destruídos ou submetidos a um novo modelo social,
  • 4. colonial, criado pelos europeus. Esse modelo era voltado para o objetivo básico da colonização de exploração: o desenvolvimento do capitalismo nos países centrais. A exploração colonial visava À expansão do comércio e à produção de minérios ou gêneros agrícolas baratos para suprir o mercado mundial. Como conseqüência desse objetivo mercantil, o modelo social instituído nas áreas colonizadas foi marcado por extremas desigualdades: de um lado os poucos ricos, a minoria privilegiada ligada aos interesses metropolitanos; do outro, a imensa massa de trabalhadores mal remunerada, intensamente explorada. No início havia mão-de-obra escrava em grande parte dos atuais países subdesenvolvidos. A partir de meados do século XIX, a escravidão começou a atrapalhar o desenvolvimento da economia de mercado, pois o escravo não era comprador e consumidor. Extinto o regime servil, uma massa de trabalhadores com baixíssimos salários substituiu os escravos. Dessa forma, a intensa exploração da força de trabalho constitui uma das características do subdesenvolvimento. Em alguns lugares, como a América Latina, os Europeus desprezaram as sociedades preexistentes e estabeleceram outras, trazendo trabalhadores escravos da África e a elite dominante da própria Europa. Em outras áreas, onde havia populações muito numerosas - como foi o caso da África - , os dominadores europeus corromperam algumas elites locais: provocaram rivalidades e conflitos entre grupos sociais, conseguindo que certas camadas dominantes já existentes fossem coniventes com a economia colonial, e recrutaram trabalhadores mal remunerados no próprio local. Na Índia os colonizadores ingleses encontraram uma sociedade extremamente complexa, que tinha um desenvolvimento econômico bastante avançado para a época, com uma produção manufatureira superior à própria Inglaterra. Como o que interessava naquele momento era uma Índia comparadora de bens manufaturados ingleses e produtora somente de matérias-primas a serem vendidas a baixos preços, os ingleses acabaram destruindo essas oficinas manufatureiras indianas.
  • 5. CENSA - São Mateus Agosto de 1998. - Sumário - I - Introdução II - Desenvolvimento 1. O primeiro mundo 2. Sociedades de consumo 3. Terceiro Mundo 4. Sociedade e estado no subdesenvolvimento III - Conclusão
  • 6. IV - Bibliografia III - Conclusão Conclui-se que o que mais identifica os países desenvolvidos é o seu domínio, a nível mundial, em termos de poderio econômico, tecnológico em relação aos países subdesenvolvidos. Essa hegemonia é monopolizada pelo “Grupo dos sete” países mais ricos. Essas grandes potências realizam com freqüência reuniões de cúpula nas quais são analisadas as grandes questões internacionais a nível político, social e econômico, as atitudes a tomar em relação às solicitações do grupo subdesenvolvido. É importante ressaltar que um dos aspectos que mais caracteriza os países subdesenvolvidos é a sua estrutura econômica totalmente desarticulada. Dentre elas podem ser citadas: · Economia subordinada à estrutura financeira internacional. · Economia caracterizada por dois circuitos antagônicos: tradicional e moderno.
  • 7. IV - Bibliografia J. William Vesentini, Sociedade e Espaço Geografia Geral e do Brasil, Editora Ática, 35ª Edição.
  • 8. CENSA - São Mateus Agosto de 1998.