A necessidade de se orçar é tão antiga quanto a humanidade. Desde os primórdios da civilização, os seres humanos precisavam prever suas necessidades futuras e planejar seus recursos de forma adequada.
Mesmo os homens das cavernas, por exemplo, precisavam antecipar a quantidade de comida necessária para os longos invernos e desenvolveram práticas rudimentares de orçamento para garantir sua sobrevivência.
Surpreendentemente, existem vestígios de práticas formais de orçamento que remontam a épocas anteriores à origem do dinheiro propriamente dito.
Civilizações antigas, como os egípcios, gregos e romanos, já utilizavam técnicas de orçamento para gerenciar seus recursos e planejar suas atividades econômicas.
No antigo Egito, por exemplo, os faraós utilizavam o orçamento para planejar as construções de pirâmides e templos, alocando recursos de forma estratégica.
Na Grécia antiga, as cidades-estado também faziam uso do orçamento para gerenciar suas finanças públicas e garantir o funcionamento adequado da cidade.
Já no Império Romano, o orçamento era utilizado para controlar as receitas e despesas do Estado e garantir a estabilidade econômica.
Esses exemplos demonstram que a prática de orçar remonta a milênios e é intrínseca à história da humanidade.
Desde os tempos mais remotos, as pessoas perceberam a importância de planejar e controlar seus recursos de forma eficiente, antecipando necessidades e garantindo a sustentabilidade de suas comunidades.
A evolução do orçamento ao longo dos séculos trouxe consigo técnicas mais sofisticadas e ferramentas modernas.
Hoje em dia, o orçamento é uma prática essencial em todas as esferas da sociedade, desde as famílias até as grandes corporações e governos.
Ainda que as origens do orçamento possam ser rastreadas até os tempos mais remotos, sua importância e relevância continuam presentes na forma como gerenciamos nossos recursos e planejamos nosso futuro.
3. •A necessidadedeseorçarétãoantigaquantoahumanidade;
•Os homens das cavernas precisavam prever a necessidade de
comidaparaoslongosinvernosedesenvolverampráticas
deorçamento;
•Existemvestígiosdepráticasformaisdeorçamentomais
antigasqueaorigemdodinheiropropriamentedito.
Brevehistóricosobreas origensdoorçamento
4. Brevehistóricosobreas origens doorçamento
•
•
•
• A origem do Orçamento Tradicional, forma mais conhecida de
orçamento e utilizada até os dias atuais, surgiu no ano de 1919 nos EUA
comDonaldsonBrown,naépocaGerenteFinanceirodaDuPont.
O fato de estar alicerçada na prática orçamentária, permitiu a DuPont
sobreviver as crises financeiras do início da década de 20. O mesmo
nãoaconteceu,porexemplocomaGM.
No ano de 1926, Brown foi nomeado vice-presidente da GM, com a
finalidade específica de aplicar o método que tinha aperfeiçoado na
DuPont.
EstemétodoutilizadopeloGMpermitiuqueelaenfrentasseafortecrise
de1929 a1933.
6. Conceitos gerais
•O orçamento é uma expressão quantitativa formal que,
normalmente, parte do comportamento passado e olha para as
possíveis mudanças futuras, quantificando em termos
econômicosefinanceiros,asatividadesdaempresa;
•Trata-sedeumaPREVISÃO,umametadeacordocomaqual
serãotomadas as decisões.
7. Conceitos gerais
previsão
•Tem como OBJETIVO principal estabelecer a
ANTECIPADAdos resultados a serem atingidos pelas
organizações;
•Também conhecido como “budget”,o orçamento serve como
umbalizadornoacompanhamentoeelaboraçãodoprogramade
atendimentodeMETASdaorganização.
10. Preparação
das peças?
Aprovação
inicias
Remessa
aos
responsáveis
Retorno com
as sugestões
Ajuste das
sugestões
Revisão do
Conclusãodas
peças
Elaboração do
orçamento geral
e projeção dos
demonstrativos
Reportedas
Controle
orçamentário
orçamento
recebido
variações
Controladoria OU
todas as áreas
responsáveis?
Rapidezeefetividade
OUparticipação?
16. Quais os tipos de orçamento empresarial?
Quanto a BASE DE DADOS para projeção:
OrçamentoTradicional-Incremental;
Base Zero - OBZ.
Quanto ao PROCESSO DECISÓRIO:
T
op Down; Bottom Up;
U-Planning.
17. Quais os tipos de orçamento empresarial?
Quanto ao HORIZONTE de planejamento:
Orçamento Periódico;
Orçamento Contínuo.
Quanto ao MÉTODO DE CUSTEIO:
Orçamento Estático;
Orçamento Ajustado;
Orçamento Flexível.
18. Orçamento Tradicional
(BASE DE DADOS)
•Elaboradotomando por base o nível de atividade do
exercício anterior;
•A esse custoacrescenta-se umincrementopara
compensara inflação e umacargade trabalho para o ano
seguinte,por exemplo;
•Neste processo,NÃOé realizada REVISÃO
detalhada das operações emandamento e dos níveis
de gastos.
19. Despesas 2020
Pessoal R$ 1.100,00
Serviços de terceiros R$ 800,00
Material de consumo R$ 100,00
TOTAL R$ 2.000,00
Exemplo:Osvalores realizados de determinadaempresa
no ano de 2020 foram:
Orçamento Tradicional
20. Uma propostaorçamentária Tradicional parao exercício de 2021
faria umasimples projeção,digamos de 20%.Então teríamos:
Despesas 2020 Projeção 2021
Pessoal R$ 1.100,00 20% R$ 1.320,00
Serviços de terceiros R$ 800,00 20% R$ 960,00
Material de consumo R$ 100,00 20% R$ 120,00
TOTAL R$ 2.000,00 20% R$
2.400,00
Orçamento Tradicional
22. Orçamento de Base Zero (OBZ)
•Revisãocrítica dos gastos tradicionais de cadaárea;
•Analisar o custo-benefício de todos os projetos,
processos e atividades, partindode umabase “zero”;
•Aprovar os níveis de gastos após a elaboração com base em
critérios previamente definidos;
•Criação de alternativas para facilitar a escala de prioridades
aseremlevadas a decisão superior.
23. Despesas 2020
Pessoal R$ 1.100,00
Serviços de terceiros R$ 800,00
Material de consumo R$ 100,00
TOTAL R$ 2.000,00
Exemplo :Os valores realizados dedeterminadaempresa
noanode2020 foram:
OrçamentodeBaseZero(OBZ)
25. Vantagens
Concentra-se nas reais necessidades e não nas variações do
ano anterior,fazendo os gestores avaliaremmelhor a aplicação
eficientedos recursos;
Fornece informações detalhadas relativas a recursos
necessários para se realizaremos fins desejados;
OOBZ cria a práticainterrogativaem lugar de assumir práticas
decorrentes do passado;
Identifica perdas ou engessamento de recursos que nãosão
prioridade.
28. OrçamentoTop-down
•T
ambémchamadodeorçamentoditatorial;
•Neste modelo “de cima para baixo” os objetivos são
estabelecidos emfunçãodas necessidades,semmaior
consideraçãoaos meios;
•Aos níveis mais baixos da hierarquia cabem apenas
elaborar os planosdetrabalhodeacordocomos objetivos
fixados
pelacúpula.
29.
30. OrçamentoTop-down- Vantagens
•Maior conhecimento das necessidades gerais, com
visão mais estratégica;
•Melhoradequaçãodosrecursosaosobjetivos;
•É mais rápido,pois poucas pessoas fazemparte
do processodeplanejamento.
37. Nível Tático
Nível Estratégico
Nível Operacional
Diretrizes
gerais
Planos de
trabalho
Negociação
das metas
Consolidação
geral
Planos de
trabalho
Negociação
das metas
OrçamentoU-planning
38. OrçamentoU-planning - Vantagens
•Maior adequação dos objetivos aos meios e vice-
versa, evitando planos utópicos ou visão limitada sobre
os objetivos;
•Eliminaçãodoriscodeduplicaçãodeserviços;
•Adesãoemaior comprometimentoporparte
das unidades executoras.
39. OrçamentoU-planning- Desvantagens
• Processo mais burocrático, demorado e complexo, com
razoável número de idas e vindas dos papeis de cálculos
dos pré-orçamentos;
•T
endência da alta
autoritário, fazendo
racionalidade.
administração atuar demodo
cortes lineares desprovidos de
41. O objetivo central do orçamento contínuo ( RollingBudget ) é
atualizaroorçamentoperiodicamente;
À medida que passa um mês ou trimestre, esses períodos são
excluídos do período orçamentário e o mês ou trimestre
seguintes tomamoseulugar.
Ponto fraco: A realização
constante de orçamentos
consometempodaorganização.
OrçamentoPeriódico
(HORIZONTE)
42. OrçamentoEstático
(MÉTODODECUSTEIO)
•O orçamento estático é elaborado a partir da fixação dos
VOLUMES DE VENDAS e por meio deles, são determinados os
volumesdeatividadesesetoresdaempresa.
•Umavezqueoorçamentoédeterminado,ELENÃO
MUDA, mesmoquemudeaatividade.
43. •Como geralmente é utilizado por grandes empresas, uma
possívelvariação na execução do orçamento em alguma
unidadedenegócioterá poucoounenhumimpacto
significativonoorçamentoconsolidado.
•Nocasodevariaçõesentreovalororçadoereal,os
gestores responsáveisdevemjustificá-las.
OrçamentoEstático
(MÉTODODECUSTEIO)
44. OrçamentoAjustado– Forecast
(MÉTODODECUSTEIO)
•Alternativa de flexibilização, acontece quando se faz
necessária uma alteração no orçamento original (mudança
significativa)quantidadesplanejadasdevendasouprodução).
Quantidadeeperiodicidadedos ajustes
•Quando as variações forem realmente significativas e no
momento em que elas forem de fato impactar os
resultados daempresa.
46. OrçamentoFlexível
(MÉTODODE CUSTEIO
)
• Premissa:fator principal (Orçamento de Vendas) NÃO
pode ser fixado, pois alterações na quantidade vendida
são normais. Com isso, custos e despesas variáveis
também serão alterados.
• Sendoaplicadoas técnicasorçamentáriasapenaspara
custos edespesas fixas,semifixas esemivariáveis.
• Nãoéconsenso!
47. OrçamentoFlexível
(MÉTODODE CUSTEIO
)
• Flexível - custos fixos recebem tratamento de orçamento
tradicionalecustosvariáveisseguemo volumedevendas.
•Crítica: desalinhamento com fundamento do orçamento
(prever o que acontecerá) - não sendo possível encontrar a
projeçãodas demonstraçõesfinanceiras.
48. 1.GestãoBaseada emAtividades (ABM/ABC):
Centralizaa atençãono custo das atividades necessárias para
aprodução eparaavendadebens eserviços.
2.BalancedScorecard(BSC):
Unira visão estratégicacom as fases deexecuçãoecontroledo
processodegestão empresarial.
3.BeyondBudgeting (“Alémdoorçamento”):
Formatarummodelodegestão quepudesse ser aplicadosem o
uso deorçamentos.
Outros modelos
49. • Isso irá depender do tipode atividade e do processo a ser
analisado.
•Nãohá melhornempior,mas simummétodo mais
adequado acadasituação.
Qual usar?
https://www.youtube.com/watch?v=XPad719mIBc
51. 1
.GASTO
•“SACRIFÍCIO FINANCEIRO QUE A ENTIDADE ARCA PARA A OBTENÇÃO DE UM
PRODUTO OU SERVIÇO QUALQUER, REPRESENTADO POR PROMESSA OU
ENTREGA DE ATIVOS.
”
2.INVESTIMENTO
•“GASTO ATIVADO EM FUNÇÃO DA SUA VIDA ÚTIL OU BENEFÍCIO ATRIBUÍVEL A
PERÍODOS FUTUROS.”
3.CUSTO
•“GASTO RELATIVO A BEM OU SERVIÇO UTILIZADO NA PRODUÇÃO DE OUTROS
BENS E SERVIÇOS.”
4.DESPESA
• “BEM OU SERVIÇO CONSUMIDO DIRETA OU INDIRETAMENTE PARA A
OBTENÇÃO DE RECEITAS E QUE NÃO ESTEJAM IDENTIFICADOS COM A
OPERAÇÃO DE
GERAÇÃO DO PRODUTO.
”
52. RECEITA LÍQUIDA DE SERVIÇOS/PRODUTOS
-CMV/CPV/CSP
=
LUCRO BRUTO
-DESPESAS COMERCIAIS
-DESPESAS ADMINISTRATIVAS
=EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and
Amortization) - LAJIDA
-DEPRECIAÇÃO/AMORTIZAÇÃO
=EBIT (Earnings Before Interest and Taxes) - LAJIR
+RECEITAS FINANCEIRAS
- DESPESAS FINANCEIRAS
=
RESULTADO ANTES DOS TRIBUTOS - LAIR
-TRIBUTOS (IRPJ/CSLL)
=
RESULTADO LÍQUIDO APÓS IR
CUSTOS
DESPESAS
DESPESAS
53.
54. Orçamento – etapas
O orçamento pode estar dividido em duas etapas:
1) Operacional;
2) Financeira.
55. Orçamento de
Mão-de-obra
Direta
Orçamento de
Matéria-prima
Orçamentode
Investimentos e
Financiamentos
Orçamento dos
Custos Indiretos
deFabricação
Orçamento Operacional
Orçamento Financeiro
Orçamento
deCaixa
Projeção da
DRE
Projeção
doBalanço
Patrimonial
OrçamentodeVendas
OrçamentodeProdução
Orçamento de
Despesas
Visão do Orçamento -Industrial
58. Orçamento devendas
•Orçamento de vendas engloba as previsões de vendas para
um determinado período orçamentário e todos os aspectos
envolvidos nessa previsão.
•Esse orçamento estima: as quantidades de cada produto e serviço
queaempresaplanejavenderou prestar
,defineo preçoaser
praticado,impostos/deduçõesincidenteseareceitaa sergerada,
como também pode imbuir a quantidade de clientes a serem
atendidos, as condições básicas dessa venda, à vista ou a prazo,
entre outras informações.
59. Orçamento devendas
•Geralmente, o orçamento de vendas serve de base para
as outras peças orçamentárias, por isso, se suas
estimativas não forem precisas podem INVIABILIZAR o
processo orçamentário como um todo e comprometer toda
a atividadedaempresa.
61. Orçamentodevendas
•É neste orçamento que serão definidos os níveis esperados
de atividadeparaoperíodoorçado.
As QUATROETAPAS doorçamentodevendas:
1 Previsão devendas emquantidades paracadaproduto.
2 Previsão dos preços para os produtos e seus mercados.
3 Identificação dos impostos/deduções sobre as vendas.
4 Orçamentodevendas emmoedacorrentedopaís.
63. Métodos deprojeçãodas vendas
Apuraçãoda tendência devendas
•Procurasereconhecer alguma tendência de aumento,
quedaouestabilidadenas vendas,considerando‐seinclusive
o ciclo de vida de cada produto e projetando‐se depois as
vendasfuturas.
•As previsões serãomais precisas seforemlevadas em
conta as variações sazonais e os efeitos dos ciclos
econômicos deexpansãooucontraçãonos negócios.
64. Métodos deprojeçãodas vendas
Opiniões da equipedevendas
•A direção pode pedir aos vendedores e aos chefes regionais
suas opiniõessobre as vendasfuturasnos âmbitosdesuas
regiões.
•A soma destas opiniões comporia a previsão a
constar nos planos daorganização.
65. Métodos deprojeçãodas vendas
Opiniões dos executivos
•A previsão de vendas resulta do consenso dos diretores em
reuniões, durante as quais cruzam suas opiniões,
formuladas a partir de seu conhecimento sobre as
condições econômicas gerais e sobre os fatores que afetam
suas funções naorganização.
70. Orçamento de produção
• Com base no Orçamento de Vendas será definida a produção
necessária bem como o confronto desta previsão com a capacidade
instalada.
Nesta etapa são apurados todos os gastos necessários (custos)para
atendimento da previsão devendas. É composto pelos orçamentos:
- de matéria-prima (MP);
- de mão-de-obra direta (MOD);
- de custos indiretos de fabricação (CIF).
•
71. Orçamento de Vendas
Orçamento de Des pesas Financeiras
Projeção dos Demonstrativos Financeiros
Orçamento dos Custos
Indiretos de Fabricação
Orçamento dos Custos
de Matéria-Prima
Orçamento de
Produção
Orçamento de Despesas de Projeto/P&D
Orçamento de Despesas de Marketing
Orçamento de Despesas de Distribuição
Orçamento de Despesas Administrativas
Orçamento
de Caixa
Orçamento de Investimentos
e Financiamentos
Projeção
da DRE
Projeção do
Balanço Patrimonial
Orçamento
Operacional
Orçamento
Financeiro
OrçamentodoCustodos Produtos Vendidos
Orçamentodos Custos
deMão-de-obra Direta
92. Profª Marcia Regina Massignani
Contatos
@marciamassignani
Bacharel Ciências Contábeis pela Universidade do Oeste de Santa Catarina
(2008). Especialização em Finanças e Custos pela Instituição SENAC. Sou natural
de Videira/SC. Atualmente sou Coordenadora no NAF Unoesc em Joaçaba,
Núcleo de Apoio Fiscal e Contábil em Parceria com a Receita Federal; atuei como
assessora nos cursos de Pós Graduação e Extensão EAD, na UNOESC, em
Projetos dos Cursos de Pós-graduação e demais demandas provenientes do
setor. Professora no curso Ciências Contábeis EAD e na Pós Ead. Ainda atuei no
Campus, como Tutora nos Cursos de Graduação Online em Administração,
Ciências Contábeis, Análise e Desenvolvimento de Sistemas, Tecnologia da
Informação, Processos Gerenciais, Gestão Financeira, Gestão em Recursos
Humanos, Gestão Comercial. Realizei trabalhos na área de Perícia Trabalhista
com Cálculos Periciais Trabalhistas na 12ª Vara de Trabalho de SC na Comarca de
Joaçaba, do ano de 2013 até 2020. Empreendi no ramo de comércio varejista de
2019 à 2021, com o nicho de produtos para Pets. Participei do Programa de
Inovação Nascer, pelo Polo de Inovação em Joaçaba, com a Startup Wish You
Care - WYC em 2021. No ano de 2022, atuei como Diretora Executiva na empresa
NTW Herval Solutions, realizando a gestão empresarial e financeira.
marciamassignani@
yahoo.com.br
(49)98808-6289