SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 2
Baixar para ler offline
07/03/2015 falando um pouco ­ APRENDENDO UM POUCO SOBRE AS CORES DOS CANÁRIOS. ­ Página 2
data:text/html;charset=utf­8,%3Ch2%20class%3D%22post­content%22%20style%3D%22margin%3A%200.5em%200px%3B%20padding%3A%200px%2… 1/2
GENÉTICA  MUTAÇÕES LIGADAS AO SEXO
Estão ligadas aos cromossomas sexuais. Assim o macho vai contribuir
exclusivamente para os cromossomas das crias fêmeas, ao passo que as
fêmeas e Machos contribuem de igual forma para a cor das crias Machos
(neste caso como se de uma mutação recessiva se trata­se).
Estão ligadas aos cromossomas sexuais. Assim o macho vai contribuir
exclusivamente para os cromossomas das crias fêmeas, ao passo que as
fêmeas e Machos contribuem de igual forma para a cor das crias Machos
(neste caso como se de uma mutação recessiva se trata­se). Isto porque as
mutações ligadas ao sexo, estão ligadas ao cromossoma (X) – Macho.
Os Macho têm dois cromossomas sexuais (XX) e como tal a mutação para
ser visível terá que estar presente em ambos os cromossomas X, ao passo
que as fêmeas apesar de também terem dois cromossomas sexuais (XY),
basta que ele esteja presente no X para que seja evidente.
Assim sendo, os machos vão buscar um dos Cromossomas X ao macho e o
cromossoma X á fêmea, ao passo que as crias fêmeas vão buscar um dos
dois cromossomas X do Macho e o Y da Fêmea, sendo a fêmea determinante
para o factor sexo.
Fêmea / Macho    X           X
X                   X+X       X+X
Y                   X+Y       X+Y
Desta conjugação temos que estatisticamente 50% das crias são machos
(XX) e 50% são fêmeas (XY)
Importa então frisar desde já que as fêmeas nunca podem ser portadoras de
mutações ligadas ao sexo. Tenha este facto bem presente pois não faltam
criadores e vendedores de aves que voluntária ou involuntariamente
vendem aves fêmeas como portadoras deste tipo de mutações, quando
efectivamente não o são, nem nunca poderiam vir a ser. Facto somente
justificado pela ignorância dos factores genéticos ou pela sobrevalorização
das aves.
Vejamos então a título de exemplo a mutação Lutina nos Agapornis
Roseicollis.
07/03/2015 falando um pouco ­ APRENDENDO UM POUCO SOBRE AS CORES DOS CANÁRIOS. ­ Página 2
data:text/html;charset=utf­8,%3Ch2%20class%3D%22post­content%22%20style%3D%22margin%3A%200.5em%200px%3B%20padding%3A%200px%2… 2/2
Macho Verde portador de Lutino (Normal + Lutino) e Fêmea Verde
(Normal+Normal)
Fêmea / Macho   NORMAL    LUTINO
NORMAL             NORMAL+NORMAL       LUTINO+NORMAL
NORMAL             NORMAL+NORMAL       LUTINO+NORMAL
Para os Machos a análise é simplista e analisamos como uma mutação
recessiva, ou seja, vamos ter 50% dos Machos verdes normais e 50% dos
machos verdes portadores de Lutino.
No caso das fêmeas, como esta mutação está ligada ao cromossoma sexual
(X) dos machos teremos então, que analisar o macho e só o macho para
saber de que cor serão as crias fêmeas. Teremos então 50% das fêmeas
Normais e 50% das fêmeas Lutinas, isto porque o macho é uma ave
portadora, logo é uma ave com um gene Normal e outro de Lutino.
Macho Verde / Lutino (Normal + Lutino) e fêmea Lutino (Lutino+Lutino)
Fêmea / Macho       LUTINO                NORMAL
LUTINO                 LUTINO+LUTINO     NORMAL+LUTINO
LUTINO                 LUTINO+LUTINO     NORMAL+LUTINO
Seguindo a análise do quadro anterior, temos então 50% das crias machos
normais portadores de Lutino e 50% de Lutinos.
E 50% das crias fêmeas Normais e 50% de Lutinas. Como o macho neste
caos é exactamente igual ao mencionado no quadro anterior não seria de
esperar outro resultado que não este.
Macho Lutino (Lutino+ Lutino) e fêmea normal (Normal+Normal)
Fêmea / Macho    LUTINO                LUTINO
NORMAL              LUTINO+NORMAL   LUTINO+NORMAL
NORMAL              LUTINO+NORMAL   LUTINO+NORMAL
Teremos, 100% das crias machos normais portadores de Lutino.
E 100% das crias fêmeas Lutinas.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Eqüídeos
EqüídeosEqüídeos
Eqüídeos
João Felix
 
Menopausa Trattamento
Menopausa   TrattamentoMenopausa   Trattamento
Menopausa Trattamento
Dario
 
Reprodução animal e biotecnologia
Reprodução animal e biotecnologiaReprodução animal e biotecnologia
Reprodução animal e biotecnologia
Rural Pecuária
 
2422010193955manual serpentes peconhentas
2422010193955manual serpentes peconhentas2422010193955manual serpentes peconhentas
2422010193955manual serpentes peconhentas
karol_ribeiro
 

Mais procurados (20)

Manual prático de caprino e ovinocultura
Manual prático de caprino e ovinoculturaManual prático de caprino e ovinocultura
Manual prático de caprino e ovinocultura
 
Eqüídeos
EqüídeosEqüídeos
Eqüídeos
 
Menopausa Trattamento
Menopausa   TrattamentoMenopausa   Trattamento
Menopausa Trattamento
 
Animais sinantrópicos
Animais sinantrópicosAnimais sinantrópicos
Animais sinantrópicos
 
Fisiologia da reprodução - machos
Fisiologia da reprodução - machosFisiologia da reprodução - machos
Fisiologia da reprodução - machos
 
Lista maio 2012 respondida
Lista maio 2012 respondidaLista maio 2012 respondida
Lista maio 2012 respondida
 
Gralha vaidosa
Gralha vaidosaGralha vaidosa
Gralha vaidosa
 
Pelagens dos equinos
Pelagens dos equinosPelagens dos equinos
Pelagens dos equinos
 
EPMURAS, uma diferente perspectiva
EPMURAS, uma diferente perspectivaEPMURAS, uma diferente perspectiva
EPMURAS, uma diferente perspectiva
 
CALENDÁRIO SANITÁRIO (PREVENÇÃO) PARA REBANHOS DE GADO DE CORTE
CALENDÁRIO SANITÁRIO (PREVENÇÃO) PARA  REBANHOS DE GADO DE CORTECALENDÁRIO SANITÁRIO (PREVENÇÃO) PARA  REBANHOS DE GADO DE CORTE
CALENDÁRIO SANITÁRIO (PREVENÇÃO) PARA REBANHOS DE GADO DE CORTE
 
Aula 1 E 2 mercado no brasil diferenças caprinos x ovinos .pdf
Aula 1  E 2   mercado no brasil diferenças caprinos x ovinos .pdfAula 1  E 2   mercado no brasil diferenças caprinos x ovinos .pdf
Aula 1 E 2 mercado no brasil diferenças caprinos x ovinos .pdf
 
Raças Equinas - Part.2
Raças Equinas - Part.2Raças Equinas - Part.2
Raças Equinas - Part.2
 
Considerações sobre a anatomofisiologia do sistema digestório dos equinos: ap...
Considerações sobre a anatomofisiologia do sistema digestório dos equinos: ap...Considerações sobre a anatomofisiologia do sistema digestório dos equinos: ap...
Considerações sobre a anatomofisiologia do sistema digestório dos equinos: ap...
 
Herança ligada ao X.
Herança ligada ao X.Herança ligada ao X.
Herança ligada ao X.
 
Reprodução animal e biotecnologia
Reprodução animal e biotecnologiaReprodução animal e biotecnologia
Reprodução animal e biotecnologia
 
Fisiologia da reprodução - fêmeas
Fisiologia da reprodução - fêmeasFisiologia da reprodução - fêmeas
Fisiologia da reprodução - fêmeas
 
Classe insecta
Classe insectaClasse insecta
Classe insecta
 
Carrapatos
CarrapatosCarrapatos
Carrapatos
 
Principais abordagens cirúrgicas do abdomen agudo equino
Principais abordagens cirúrgicas do abdomen agudo equinoPrincipais abordagens cirúrgicas do abdomen agudo equino
Principais abordagens cirúrgicas do abdomen agudo equino
 
2422010193955manual serpentes peconhentas
2422010193955manual serpentes peconhentas2422010193955manual serpentes peconhentas
2422010193955manual serpentes peconhentas
 

Mais de Franco Alexandre (13)

Brunner1990
Brunner1990Brunner1990
Brunner1990
 
Boletim 02 interpretação de analise de solo
Boletim 02 interpretação de analise de soloBoletim 02 interpretação de analise de solo
Boletim 02 interpretação de analise de solo
 
Pintagol azul
Pintagol azulPintagol azul
Pintagol azul
 
O canário acetinado 3
O canário acetinado 3O canário acetinado 3
O canário acetinado 3
 
Mutações
MutaçõesMutações
Mutações
 
Espécies
EspéciesEspécies
Espécies
 
Entendendo a diferença entre recessivo e dominante
Entendendo a diferença entre recessivo e dominanteEntendendo a diferença entre recessivo e dominante
Entendendo a diferença entre recessivo e dominante
 
Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários
Aprendendo um pouco sobre as cores dos canáriosAprendendo um pouco sobre as cores dos canários
Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários
 
Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários 3
Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários 3Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários 3
Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários 3
 
Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários 2
Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários 2Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários 2
Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários 2
 
Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários 1
Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários 1Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários 1
Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários 1
 
Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários 2 a
Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários 2 aAprendendo um pouco sobre as cores dos canários 2 a
Aprendendo um pouco sobre as cores dos canários 2 a
 
A seleção da plumagem nos canários de cor
A seleção da plumagem nos canários de corA seleção da plumagem nos canários de cor
A seleção da plumagem nos canários de cor
 

Último

Biotecnologias e manejos de cultivares .
Biotecnologias e manejos de cultivares .Biotecnologias e manejos de cultivares .
Biotecnologias e manejos de cultivares .
Geagra UFG
 
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF LazzeriniFATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
fabiolazzerini1
 
I.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttav
I.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttavI.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttav
I.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttav
Judite Silva
 
COMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdf
COMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdfCOMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdf
COMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdf
Faga1939
 

Último (9)

Biotecnologias e manejos de cultivares .
Biotecnologias e manejos de cultivares .Biotecnologias e manejos de cultivares .
Biotecnologias e manejos de cultivares .
 
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF LazzeriniFATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
FATORES NATURAIS TERAPEUTICOS #NTF Lazzerini
 
BIOTECNOLOGIA E POSICIONAMENTO DE CULTIVARES
BIOTECNOLOGIA E POSICIONAMENTO DE CULTIVARESBIOTECNOLOGIA E POSICIONAMENTO DE CULTIVARES
BIOTECNOLOGIA E POSICIONAMENTO DE CULTIVARES
 
MACRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA.pptx
MACRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA.pptxMACRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA.pptx
MACRONUTRIENTES NO SOLO E NA PLANTA.pptx
 
PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.
PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.
PUBERDADE E TIPOS DE REPRODUÇÃO EM CÃES.
 
Apresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdf
Apresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdfApresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdf
Apresentacao-Novo-Marco-do-Saneamento.pdf
 
608802261-Europa-Asia-Oceania-dominios-morfoclimaticos.pptx
608802261-Europa-Asia-Oceania-dominios-morfoclimaticos.pptx608802261-Europa-Asia-Oceania-dominios-morfoclimaticos.pptx
608802261-Europa-Asia-Oceania-dominios-morfoclimaticos.pptx
 
I.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttav
I.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttavI.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttav
I.3 Proteção integrada.pptxppppaaaatttav
 
COMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdf
COMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdfCOMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdf
COMO PLANEJAR AS CIDADES PARA ENFRENTAR EVENTOS CLIMÁTICOS EXTREMOS.pdf
 

Genética mutações ligadas ao sexo