2. Terceira categoria
Animal e homem percebem alucinações
telepáticas coletivamente
Caso 4 (Visual com anterioridade do animal em relação ao
homem)
Este caso foi publicado pela revista Light (1907, pág. 225).
O senhor J. W. Boulding, um conhecido autor espiritualista,
narra o fato que aconteceu com uma família conhecida:
3. “Um de meus amigos, residente em Kensington, estava doente há
muito tempo, e numa noite de domingo do verão passado outro amigo
meu e sua mulher foram visitá-lo de carruagem. Quando chegaram perto
de uma ponte da estrada de ferro não muito longe da casa do doente, o
cavalo começou a se esquivar e não quis continuar seu caminho. Ele
parecia invadido por um súbito terror: tremia, recuava e empinava,
assustando bastante as pessoas que se encontravam no veículo. Num
determinado momento, a dama se levantou para entender o que se
passava, e foi grande seu espanto ao ver que, diante do cavalo, de
braços abertos estava o amigo doente que eles iam visitar! Foi tamanho
seu susto que ela caiu desmaiada em cima de seus primos no veículo; o
marido teve então que ordenar ao cocheiro para voltar para casa. Eram
18 horas. Mais tarde eles decidiram retomar o caminho; quando
chegaram à casa do amigo, notaram que as persiana estavam fechadas;
não demoraram em anunciar-lhes que o doente tinha acabado de morrer,
exatamente na hora em que ele tinha aparecido diante do cavalo. É
preciso lembrar que o cavalo foi o primeiro a perceber a aparição,
circunstância esta que vem sustentar a afirmação de um grande número
de pessoas, isto é, a de que os animais compartilham com os homens as
faculdades de clarividência.
4. De fato, nos casos em que o animal é o primeiro a perceber uma
aparição telepática, não existem hipóteses racionais que possam se
opor àquela em que se considera serem os animais dotados de
faculdades paranormais iguais às do homem; essa consideração
levanta problemas psicológicos e filosóficos de fundamental
relevância.