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Psicopedagogia Clínica
Intervenção Psicopedagógica na População Idosa
3º Ano/ Diurno




    “Nunca é tarde demais”


Docente: Professora Doutora Diana de Vallescar
Discentes: Ana Elisabete Cunha Pimentel Nº 20065191
          Liliana Marcela Pereira Oliveira Nº 20061574




                             Porto 2008/09
Universidade Lusófona do Porto


         Í NDICE

Introdução ......................................................................................................................... 3

Conceito de Orientação .................................................................................................... 4

Conceito Intervenção ........................................................................................................ 5

Diferença entre Orientação e Intervenção ........................................................................ 7

Cruzamento Orientação e Intervenção ............................................................................. 9

Agentes ........................................................................................................................... 11

Modelos .......................................................................................................................... 12

Áreas ............................................................................................................................... 19

Contexto ......................................................................................................................... 21

Onde? .............................................................................................................................. 23

   Intervenção/orientação individual (directa) ................................................................ 23

   Intervenção/orientação familiar................................................................................... 23

   Intervenção/orientação com a comunidade ................................................................. 24

Quando? .......................................................................................................................... 27

Porquê? ........................................................................................................................... 28

Para Quem?..................................................................................................................... 29

Conclusão ....................................................................................................................... 30

Bibliografia ..................................................................................................................... 31

Anexos ............................................................................................................................ 32




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     I NTRODUÇÃO

    O presente trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Intervenção

Psicopedagógica na População Idosa, do curso de Psicopedagogia Clínica da

Universidade Lusófona do Porto, tendo sido este, realizado pelas alunas:

Ana Pimentel - número: 20061591

Liliana Oliveira - número 20061574

       Este trabalho tem como objectivo principal a análise do filme “Nunca é tarde

demais” e uma possível orientação/intervenção nas duas personagens principais, tendo

sido diagnosticado a estas um cancro em fase terminal.

     O executivo multimilionário Edward Cole (Jack Nicholson) e o mecânico de

classe operária Carter Chambers (Morgan Freeman) vivem em mundos muito

diferentes. Um dia, as suas vidas cruzam-se num quarto de hospital e aí descobrem dois

pontos em comum: o desejo de realizarem todos os seus sonhos e se reconciliarem com

quem são. Muitos anos atrás, o professor de filosofia de Carter sugeriu-lhe que fizesse

uma lista de todas as coisas que gostaria de fazer antes de morrer. Agora, torna-se

urgente começar a realizar todos os pontos dessa lista. Contra as ordens dos médicos,

Edward e Carter embarcam numa viagem que os leva do Taj Mahal aos melhores

restaurantes e a um sórdido salão de tatuagens. À medida que riscam pontos, descobrem

que nunca é tarde para aproveitar a vida ao máximo.




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      C ONCEITO DE O RIENTAÇÃO

      A palavra orientação utiliza-se com significados distintos. Surgiu como orientação

vocacional ou profissional e, por isso, para alguns, a orientação limita-se a esta área. No

entanto, ao longo do século XX, a orientação tem ampliado consideravelmente ao

campo de intervenção: orientação educativa, prevenção, desenvolvimento pessoal,

educação para a carreira, desenvolvimento da carreira nas organizações, educação para

a vida, entre outras. Por isso, a orientação hoje concebe-se como um processo de ajuda

dirigido a todas as pessoas, ao longo de toda a vida, com o objectivo de potenciar o

desenvolvimento da personalidade integral. A orientação possui uma dimensão teórica e

outra prática (a esta última denomina-se, por vezes, de intervenção).

      “ É um processo de acção contínuo, dinâmico, integral e integrador, dirigido a

todas as pessoas, em todos os âmbitos, fases e contextos ao longo de todo o seu ciclo

vital, e com um carácter fundamentalmente social e educativo. Parte de uma postura

holística, compreensiva, ecológica, crítica e reflexiva. Não só deve ajudar mas também

mediar, inter-relacionar e facilitar distintos processos de transformação e/ou mudança

social (Martínez Clares, P. 2002) ”.




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      C ONCEITO I NTERVENÇÃO

      “ Intervir é entrar dentro de um sistema de indivíduos em progresso e participar,

de forma cooperativa, para ajudar a planificar, conseguir e/ou mudar os seus

objectivos.” (De Charms, 1971)

      A intervenção é um processo especializado de ajuda que, em grande parte,

coincide com a prática da orientação. A intervenção só deve ser realizada por

profissionais qualificados ou por para profissionais que sejam estritamente

supervisionados por profissionais competentes para o caso.

      A questão da intervenção deve sempre aparecer ligada à do diagnóstico, pois um

bom diagnóstico é fundamental para uma boa intervenção.

      Torna-se de extrema importância conhecer as características da pessoa, que

procura ajuda do profissional, para que este possa planejar a intervenção e essa

intervenção seja feita em virtude dessas características.

      Um sinónimo de intervenção é “mediação” e de intervir é “colocar-se no meio”.

Existem várias pessoas e instituições que se colocam no meio, entre o indivíduo e o

mundo físico e social, desde o início da sua vida.

      Um dos objectivos da psicopedagogia é a intervenção, isto é, fazer a mediação

entre o indivíduo que procura ajuda e os seus objectivos de conhecimento.

      Os principais objectivos da intervenção são seleccionar e filtrar o que se considera

importante ser aprendido. A intervenção é um processo complexo que integra vários

elementos que sustentam a intervenção. O primeiro desses elementos é a consciência do

objecto, ou seja, certificar que a pergunta foi correctamente entendida. O segundo é a

reconstituição do procedimento que deu origem à resposta. Por último a constatação do

erro. Os objectivos básicos do tratamento psicopedagógico (intervenção) são fazer




                                                                                        5
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desaparecer o sintoma, este propósito pode ser correctivo, de prevenção ou

desenvolvimento.

     Na qualidade de futuros psicopedagogos, este filme torna-se um excelente

exercício para praticar futuras intervenções em casos semelhantes.

     Com a intervenção seria possível fazer com que o paciente muda-se de ideias,

procurando ajudas para uma melhor qualidade de vida, incentivando, melhorando a

auto-estima, a motivação e a confiança, ou por outro lado, se o paciente possui-se a

certeza dos seus desejos e vontades a serem concretizados, como retrata o filme, a

função do psicopedagogo na sua intervenção seria de o ajudar.




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D IFERENÇA ENTRE O RIENTAÇÃO E I NTERVENÇÃO

     Em certas situações a orientação vai mais além que a intervenção

psicopedagógica. Pode-se considerar que há certos processos de ajuda que se poderia

englobar dentro da orientação e que não se consideram como intervenção

psicopedagógica.

     Por outro lado, a intervenção psicopedagógica vai mais além que a orientação

quando se ocupa do tratamento individualizado que requerem a intervenção de um

especialista com uma dedicação e atenção constante.

     A intervenção possui uma conotação de “ caos problema”, seja de aprendizagem,

de adaptação, etc. Esta remete para a produção de um problema e para a procura de

soluções mediante processos especializados.

     A orientação procura realizar programas de prevenção e desenvolvimento,

diferenciando-se da simples intervenção, recentemente utiliza-se num sentido não -

terapêutico, mas preventivo, crescendo, assim, a consciência com a prática da

orientação.

     A orientação é eminentemente um trabalho de equipa, e a intervenção pode-se

entender mais como um trabalho realizado por um especialista. Sendo que a orientação

pode ser realizada por profissionais e não profissionais (pais, amigos, professores,

comunidade…).

     Os psicólogos utilizam expressões como intervenção e assessoria e os pedagogos

a orientação. A psicopedagogia dirige a formação a ambos os profissionais sob o

desafio de desenvolver um enquadramento conceptual e uma linguagem comum.

     Em suma, a orientação e a intervenção comportam muitos elementos em comum.

Porém não coincidem totalmente.




                                                                                   7
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     No caso de “Nunca é tarde demais”, relativamente às personagens principias,

pensamos que sobretudo a orientação teria um papel preponderante, não deixando de

fora a intervenção. A orientação tendo um carácter educativo e de mudança, ajudaria a

definir os cuidados a ter durante a viagem, permitindo realizar a jornada não deixando

para segundo plano a saúde. A intervenção permitiria às psicopedagogas procurar

soluções para este caso específico, permitindo-lhes um tratamento individualizado, com

atenção, dedicação e acompanhamento constante em relação aos pacientes.




                                                                                     8
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     C RUZAMENTO O RIENTAÇÃO E I NTERVENÇÃO

     Existe um cruzamento entre o conceito de orientação e intervenção, tal como se

pretende demonstrar no Diagrama de Venn (ver figura nº2). Sendo “A” a orientação,

“B” o campo de cruzamento entre ambos e “C” a parte de intervenção que não é

propriamente orientação. Esta última parte seria a intervenção em necessidades

especiais que vão mais além do que tradicionalmente se tem denominado de orientação,

é uma intervenção estritamente terapêutica.




     A orientação e a intervenção comportam muitos elementos em comum, mas não

coincidem totalmente. A intervenção dá especial enfoque às Necessidades Educativas

Especiais (N.E.E), mas, no entanto, não se limitando a elas, também existem

intervenções para a prevenção e o desenvolvimento. Na orientação podem colaborar

profissionais e não profissionais que não realizam a intervenção psicopedagógica. Por

este motivo pode-se considerar que a intervenção é um trabalho de carácter

preferencialmente especializado que, em grande parte coincide com um subconjunto da

orientação (a dimensão prática).

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    Na actualidade coexistem diversos términos (orientação, intervenção) que no

fundo tendem a convergir no mesmo conceito, embora com funções distintas,

complementam-se.




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        A GENTES 1

        Os agentes do filme são:

                Edward Cole (Jack Nicholson)

                Carter Chamber (Morgan Freeman)

                Sean Hayes (Thomas/Tommy)

                Virgínia

        Edward é um grande empresário multimilionário. Já Carter é um simples

mecânico, casado e com três filhos e com netos. Numa reviravolta do destino

encontram-se num quarto de hospital, ambos em fase terminal de cancro. Juntos

elaboram uma lista (Lista da Bota) com as coisas que gostariam de fazer antes de

morrer. E parte então pelo mundo. Com eles viaja também Thomas, o assistente de

Edward, que os vai ajudando a realizar os desejos.

        Virgínia, esposa de Carter tenta persuadi-lo a desistir da viagem e a continuar a

lutar, porém em vão. Edward e Carter partem à aventura.




1
    Ver anexo

                                                                                       11
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      M ODELOS


      Os modelos baseiam-se em teorias, as quais por sua vez são baseadas em

ideologias. Estas ajudam a assegurar a consciência da abordagem dando um

enquadramento dentro do qual podemos analisar, planear, implementar e avaliar a

promoção da saúde.

      A escolha de determinados modelos reflecte as crenças, valores, princípios, ideias

mas também é importante trabalhar com as crenças da pessoa idosa.

      Os modelos podem ser utilizados como um enquadramento para a prática e

adoptá-las a várias situações e a pessoas idosas diferentes.

      O modelo de promoção da saúde pode ser dividido em cinco abordagens, a saber:

abordagem médica, abordagem de mudança comportamental, abordagem educacional,

abordagem centrada no utente e por fim, abordagem da mudança social.



       Abordagem médico ou preventivo:



      População - alvo: populações inteiras, grupos de alto risco ou no individuo.

      Objectivo: - reduzir a morbilidade e a mortalidade;

                 - Encorajar os idosos a procurar tratamento antecipado, bem como a

cumprir o tratamento.

      Meta: persuadir a pessoa idosa a tomar decisões responsáveis para prevenir a

doença a um nível primário, secundário e terciário.

      Desvantagens: perspectiva doente/utente como um receptor do conhecimento do

perito de saúde e encoraja à dependência face ao profissional médico e ao promotor de


                                                                                      12
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saúde. Culpabiliza a vítima ignorando outros factores significativos como o stress social

e ambiental localizado no indivíduo ou comunidade.

     Aplicação: bem sucedido no planeamento de saúde preventivo sob a forma de

programas de vacinação e na redução da morbilidade e mortalidade com recursos a um

método de planeamento epidemológico.

       Abordagem de mudança comportamental



     Objectivo: Alterar as atitudes e comportamentos dos indivíduos de forma a

encorajar um “estilo de vida saudável”.

     Vantagens: bastante útil desde que sejam consideradas condições sociais,

económicas e ambientais, as quais podem ser a causa do tal comportamento “não

saudável”.

     Desvantagens: é muitas vezes utilizada a educação persuasiva, a qual pode tornar-

se problemática caso a pessoa idosa não concorde com o conceito de “estilo de vida

saudável” do promotor de saúde havendo a possibilidade de culpabilização da vítima:

                    - Está dependente de uma análise superficial daquilo que causa

saúde e doença, não provou ser uma estratégia eficaz para a saúde pública e baseia-se

em condições éticas duvidosas.



       Abordagem centrada no utente



     Objectivo: ajuda as pessoas idosas a identificar as suas próprias preocupações e

potencia o controlo sobre a saúde.

     Aplicação: valoriza as crenças do utente/doente a reconhecer os seus

conhecimentos, capacidades e habilitações para melhorar a sua própria saúde. Os


                                                                                      13
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promotores de saúde podem deixar as pessoas idosas estabelecerem as suas próprias

agendas e planearem os seus cuidados sociais e de saúde.



          Abordagem educacional



         Objectivo: conceder à pessoa idosa informação, conhecimentos e compreensão

sobre as questões de saúde, possibilitando-lhe a tomada de decisões informadas.

         Método: os idosos são ajudados a explorar as suas atitudes, valores e crenças

sobre a saúde e apoiados a fazer escolhas esclarecidas

          Abordagem de mudança social ou político radical



         Objectivo: atingir a mudança social e ambiental através da acção política.

         Divide-se em dois conceitos:

         a)       Desenvolvimento da comunidade;

         b)       Desenvolvimento da consciência crítica.



         a)      Centra-se no empowerment da comunidade – as pessoas estabelece a sua

agenda, identificam objectivos e necessidades e trabalham conjuntamente para atingir as

metas a que se propuseram.

         b)      Desenvolvimento por parte do promotor de saúde, da consciência da

comunidade em relação aos factores determinantes que estão a afectar a sua saúde,

como a pobreza, discriminação e as situações de vida expressivas.

         Existem quatro passos na aplicação deste modelo:

    I.          Provocar a reflexão sobre a realidade presente;

   II.          Encorajar a identificação das razões dessa realidade;


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  III.          Investigar quais as aplicações dessa realidade;

  IV.           Desenvolver meios para mudar essa realidade.



         Desvantagem: exige um compromisso constante em relação à mudança e as

mudanças não acontecem da noite para o dia.



         Modelo de acção de saúde

         Objectivo: levar as pessoas a modificar o seu comportamento face à saúde.

         Desvantagem: as pessoas com baixa auto-estima estão menos capazes à mudança.

         Vantagem: uma elevada auto-estima e auto-conceito facilita a mudança.

         Este modelo indica que o comportamento face à saúde é influenciado pelas nossas

crenças sobre saúde, os nossos valores, a nossa motivação, o interesse e reacções de

outras pessoas, bem como pela nossa auto-estima e auto-conceito. Deve ser dado ao

idoso toda a informação, proporcionar um ambiente são e possibilitar saúde e bem-estar

ao ajudar o idoso a sentir-se bem há cerca de si próprio, a valorizar-se a si memo e a

tornar-se mais assertivo.



         Modelo transteório/modelo de etapas de mudança

             Pode ser designado por modelo de “etapas de mudança”;

             Ajuda-nos a identificar a prontidão de uma pessoa idosa para modificar um

comportamento ou estilo de vida de risco e a ajudá-la a planear as mudanças;

             Este modelo foi desenvolvido para ser usado nos comportamentos aditivos e

nos comportamentos de dieta;

             O modelo é aplicado ao longo de cinco etapas no contínuo da mudança

comportamental (estas etapas podem não ser seguidas rigorosamente):



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      o            Pré-contemplação – O promotor dá uma informação sucinta sobre o

problema;

      o            Contemplação – É dada mais informação; podem ser debatidos os

benefícios da mudança;

      o            À preparação – A pessoa prepara-se para mudar; são estabelecidas

metas e planos de acção;

      o            Fazer a mudança (acção) – É necessário um grande apoio à pessoa;

certos objectivos podem ser alterados por força das circunstâncias;

      o            Manter a mudança (manutenção) – É preciso fazer saber à pessoa que

pode contar com os promotores a qualquer momento, prevenindo assim uma recaída.



      Modelo de entrevista motivacional

       Foi concebido de molde a ser utilizado com utentes em diferentes etapas do

contínuo de mudanças, com igual eficiência, tal como o modelo de etapas de mudança;

              Este modelo ajuda os profissionais a encorajar os doentes/utentes no

sentido de participarem activamente nos seus próprios cuidados, pondo questões e

reflectindo sobre o que lhes está a acontecer. O promotor terá o papel de ajudar a

encontrar as soluções.




      Modelo de empowerment

              O conceito de empowerment é diversificado e inclui características

técnicas e ideológicas;




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              O objectivo é facilitar as escolhas e a tomada de decisões genuínas, ao

remover os obstáculos e providenciar capacidades, tanto a nível individual como a nível

comunitário;

              A formação para o empowerment requer que trabalhemos com as pessoas

idosas para desenvolver as nossas atitudes, permitindo-nos transferir o poder das mãos

de profissionais para as mãos das pessoas idosas.

     No caso concreto de “Nunca é tarde demais” podemos utilizar o modelo

transteório/modelo de etapas de mudança. Com este modelo será possível preparar

todos os aspectos da viagem tendo sempre em conta as limitações e todos os cuidados

que deverão ser respeitados tendo em conta o problema de Edward e Carter. Assim as

psicopedagogas inicialmente irão dar informação sucinta sobre a doença e as

consequências de uma não mudança ou da mudança (pré-contemplação e

contemplação). Em seguida (preparar a mudança) juntamente com a pessoa idosa, serão

estabelecidas metas e planos de acção para a promoção da saúde durante a viagem. Os

objectivos específicos, mensuráveis, acordados, realistas e orientados no tempo.

As psicopedagogas podem convocar a ajuda de outros profissionais, grupo de ajuda de

amigos e familiares, no apoio aos sujeitos.

       Na etapa de acção, que será realizada durante a viagem, Edward e Carter

poderão contar com todo o apoio das psicopedagogas, terão um acompanhamento diário

para que os objectivos sejam cumpridos. Poder-se-á alterar algum objectivo caso as

circunstâncias assim o obriguem.

     Na manutenção os sujeitos serão informados de que poderão contar sempre com o

apoio das psicopedagogas, mesmo que a viagem já tenha terminado.

     O modelo centrado no utente também pode ser utilizado na medida em que as

psicopedagogas deixam que sejam os sujeitos as estabelecer as suas agendas, a



                                                                                     17
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identificar as necessidades. Reconhecendo assim as suas capacidades, dando-lhe mais

independência e principalmente empowerment.




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      Á REAS
      O campo temático da orientação psicopedagógica é amplo e diverso.

      A orientação surgiu como orientação profissional. A sua concepção foi

aumentando principalmente a partir da revolução da carreira, adoptando um enfoque do

ciclo vital. Colaborações posteriores, como a “educação para a carreira”, propuseram a

integração curricular e de desenvolvimento da carreira nas organizações, entre outras

propostas. Por conseguinte a orientação para o desenvolvimento da carreira/ orientação

profissional, é a primeira área de interesse temático.

      Outra área está relacionada com os programas de métodos de estudo e temas afins

(habilidades de aprendizagem, aprender a aprender, estratégias de aprendizagem).

Desde os anos trinta que há uma preocupação com o desenvolvimento das habilidades

de estudo. Assim a segunda área é a orientação nos processos de ensino-aprendizagem.

      A orientação nos processos de aprendizagem envolve as dificuldades de

aprendizagem e as dificuldades de adaptação sendo estas, um dos pontos de atenção da

orientação. Assim a orientação compreende a educação especial, a atenção às

necessidades educativas especiais. Estas necessidades especiais têm sido ampliadas nas

últimas décadas para incluir uma diversidade de casos como os grupos de risco,

minorias éticas, marginalizados, grupos desfavorecidos, imigrantes, etc. Portanto a

atenção à diversidade constituiu a terceira área da orientação.

      A última área é a orientação para a prevenção e desenvolvimento humano. Esta

área envolve o desenvolvimento de habilidades de vida, habilidades sociais, prevenção

do consumo de drogas, educação para a saúde, prevenção de comportamentos

desviantes, orientação para o desenvolvimento humano, etc. Todas as outras áreas

abarcam o desenvolvimento humano, porém há alguns aspectos que elas não

compreendem.


                                                                                    19
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     Em “Nunca é tarde demais” a área de orientação será a atenção à diversidade. Esta

atenção consiste na análise singular de cada caso. A análise particular do caso permitirá

perceber o que está em jogo para o indivíduo e satisfazer as necessidades específicas do

sujeito. Assim as psicopedagogas realizarão uma análise das necessidade de Edward e

Carter, já que e apesar de ambos sofrerem da mesma doença, são pessoas diferentes e

cada um com as sua necessidades.




                                                                                      20
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      C ONTEXTO
      Os contextos de intervenção evidenciam-se em função do indivíduo que necessita

de orientação. É uma categorização centralizada no orientador e orientado. Ao longo do

processo de desenvolvimento humano, o indivíduo depara-se pelas constantes transições

nas diferentes etapas de vida. Estas constantes mudanças levam à necessidade de

analisar e actuar sobre os problemas das interacções pessoais nos seus diversos

contextos. Focaliza a relação entre o indivíduo e seu contexto, especialmente com os

processos relacionados à forma em que as necessidades individuais e colectivas são

satisfeitas nesse meio social.

Existem vários tipos de contexto os quais o psicopedagogo pode intervir. Entre eles

podemos referir:

        Sistema escolar;

        Modelos comunitários;

        Organizações.



      Longe de definir os problemas desde uma análise individual, o psicopedagogo

desenvolve procedimentos e instrumentos na tentativa de avaliar e intervir nesses

processos complexos e dinâmicos que abordem não somente o componente individual

e/ou grupal, mas também as estruturas sociais, políticas, económicas, jurídicas que o

rodeiam e lhe dão sentido.

      A intervenção social abrange uma grande complexidade, atendendo a

complexidade dos fenómenos sobre os quais actua. Neste sentido é necessário um

trabalho de planificação e programação para atingir o óptimo grau de estruturação dos

componentes da intervenção (definição da população destinatária, objectivos, criação de

serviços, recursos, etc.).


                                                                                     21
Universidade Lusófona do Porto

Partindo de que é indispensável a este contexto de intervenção a visão de situações onde

entram em conflito os interesses de diferentes grupos ou pessoas, o psicopedagogo deve

utilizar as técnicas de negociação e mediação que lhe permitam reduzir este tipo de

conflitos sociais e avançar na solução de problemas.

       O primeiro contexto será no hospital. Enquanto estão no hospital, Carter pede

informações ao médico de Edward e este diz que não é o médico deles.

      A intervenção de psicopedagogos em hospitais implica a consideração simultânea

do sujeito, da família, dos técnicos de saúde e do suporte social, com modelos

integrados de avaliação e de intervenção, bem como uma perspectiva multissectorial

que abrange o sistema de saúde e o sistema educativo, mas que também deverá englobar

os dispositivos de segurança social e de suporte comunitário.

      A abordagem psicopedagogica pode passar pelo confronto com a doença e

hospitalização, adesão ao tratamento, qualidade dos cuidados de saúde e humanização

dos serviços.

      O contexto se resume só ao hospital mas também durante toda a viajem. O

objectivo das psicopedagogas será de garantir a melhor qualidade de vida possível para

os sujeitos, diminuindo o sofrimento destes e da família. Os cuidados devem prover

conforto físico, suporte psicossocial e espiritual.

      Apesar de Carter e Edward não se encontrarem no hospital isso não significa que

serão abandonados ou que não receberão medicação. Há necessidades de cuidados e de

supervisão médica altamente qualificada com o objectivo de aliviar o sofrimento ou

melhorar a qualidade de vida dos pacientes.




                                                                                     22
Universidade Lusófona do Porto


      O NDE ?



      Intervenção/orientação individual (directa)



      A intervenção directa tem um carácter terapêutico, agindo directamente no sujeito.

Esta acção terapêutica de carácter reactivo tem como predominância a satisfação das

necessidades específicas do sujeito.

      Poderíamos falar de intervenção directa no caso de Carter e Edward podendo ser

aplicada a “Terapias Individuais”, estas terapias baseiam-se nas actividades criativas e

expressivas que permitem a cada indivíduo redescobrir-se expressar-se a si próprio,

adicionando um novo sentido à vida criando a sensação de bem-estar. Trata-se de uma

terapia fundamentalmente não verbal, que envolve modalidades e actividades sensoriais

(música, dança, arte), em contraste com as formas de terapia tradicionais.

      Fundamenta-se numa intervenção holística, cujo tratamento envolve os idosos na

dimensão física, psicológica, social, intelectual e espiritual em simultâneo (Simper,

1985).




      Intervenção/orientação familiar
      Como um caso muito específico e de obrigada referência básica para muitos

sectores de intervenção social, o grupo familiar converte-se no cenário frequente do

trabalho do psicopedagogo. Um aspecto que atrai especialmente atenção dos

profissionais e no qual existem actualmente grandes avanços é o referente à necessidade

de realizar avaliações do grupo familiar para chegar a elaborar um juízo da capacidade e

competência da família cumprindo com suas obrigações.


                                                                                           23
Universidade Lusófona do Porto

      O objectivo do Psicopedagogia pode ser trabalhar para desenvolver habilidades de

cuidado e educação dos filhos, a integração da família em redes de apoio social, a

melhoria das relações pessoais do grupo familiar, a conexão de outros recursos sociais,

entre outros.

      “Nunca é tarde demais” mostra-nos o papel importante da família de Carter, na

medida em que ao longo do filme este agente mostra-se bastante evidenciado.

A família não aceita muito bem a decisão de Carter, levando a vários conflitos interiores

os quais devem ser ultrapassados com ajuda psicológica.

      Uma das terapias que poderia ser utiliza na intervenção tem como nome “Terapia

Conjugal e Familiar”, nestas formas de abordagem psicoterapeuta o tratamento é

dirigido ao núcleo familiar com problemas emocionais, em vez de ser o indivíduo com

patologia. O terapeuta observa simultaneamente um casal ou uma família de forma

regular. Baseia-se na ideia de que as problemáticas emocionais, são causadas por

relações patológicas e só intervindo nestas relações perturbadas se pode modificar os

problemas de um determinado individuo (Glick e tal, 1980; Satir, 1967).




      Intervenção/orientação com a comunidade



      Seguindo as características que propõe o modelo comunitário, a intervenção com

a comunidade propõe-se a meta do incremento do bem-estar social e melhorar a

qualidade de vida dos cidadãos. O psicopedagogo trabalha orientado pela finalidade de

uma promoção da competência da comunidade para analisar seus problemas e gerar

recursos para superá-los. Desenvolvem-se trabalhos de pesquisa social, dinamização de

grupos, consultoria, entre outros, desde uma perspectiva preventiva e proactiva.



                                                                                      24
Universidade Lusófona do Porto

      Como uma das finalidades mais importantes da intervenção com a comunidade

deve ser destacada a prevenção, focalizada em grupos de risco ou grupos relevantes com

relação ao problema que se trate. Do mesmo modo os programas de participação social

ou sensibilização perante grupos ou problemas concretos devem ser contemplados por

estratégias comunitárias.

      Uns dos contextos de trabalho mais relevantes para os psicopedagogos neste

sector são os serviços sociais comunitários, que articula o trabalho com a comunidade e

a atenção directa aos cidadãos.

      Neste contexto poderia ser aplicada a “Terapia Ocupacional”, este tipo de terapia

consiste na integração de modelos e práticas específicas, com métodos e teorias de

outras escolas psicoterapêuticas, orientando para um tratamento muito focado na acção.

      A palavra actividade, é assim usada num sentido muito amplo que abrange desde

a avaliação ao tratamento. Engloba actividade de vida diária, de grupo, de análise, etc.

      Segundo a Teoria da Ocupação Humana ( Kielhofner, 1985), a construção de

saúde reside no facto de se estar ocupado, quer seja em actividades de vida diária, no

trabalho ou actividades recreativas.

      As estratégias de intervenção são fundamentalmente de dois tipos:

      Solução de problemas, com definição de alvos e objectivos mensuráveis e

atingíveis, deve ser feito ao longo de todo o processo terapêutico, uma reapreciação

constante dos objectivos a serem atingidos, preservando sempre a sua qualidade de vida;

      Valorização de forças e necessidades (Barrowclough, 1986) centradas no doente

com definição de uma intenção positiva e de uma direcção para o tratamento. Foca os

objectivos do tratamento especificamente no que o paciente necessita para ser capaz de

fazer, e nas capacidades que possui que lhe permitem atingir os objectivos.

      A intervençao/orientaçao no filme deve ser feita nos seguintes grupos sociais:



                                                                                           25
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Família do Carter

Filha do Edwards

Serviço hospitalar (médicos, enfermeiros, funcionários, assistentes sociais,

psicólogos, psicopedagogos…)




                                                                          26
Universidade Lusófona do Porto


     Q UANDO ?
     A oientação/intervençao deve ser feita ao longo do ciclo vital. O ser humano

segue um processo de desnvolvimento, o qual poderá ser necessario ajuda psicologica.

     Em Nunca é tarde demais, orientação/intervençao deve ser nas seguintes etapas:

              Após a noticia da doença (cancro mortal)


              Durante a viagem;


              Após a morte - Familia e amigos.




                                                                                      27
Universidade Lusófona do Porto


     P ORQUÊ ?
     A orientação Psicopedagógica é bastante importante pois ajuda a promover um

desenvolvimento saudável da personalidade do indivíduo. A necessidade de orientação

aponta para a prevenção e, também, para o desenvolvimento humano.

     No filme “Nunca é tarde demais”, Carter e Edwards, lutaram para conseguir

morrer com dignidade, concretizando todos os desejos e sonhos antes de morrerem.

     Segundo o Professor Doutor Daniel Serrão (2008) “ C O M   A MORTE DE CADA


HOMEM TERMINA UM UNIVERSO CULTURAL ESPECÍFICO, MAIS OU MENOS RICO MAS

SEMPRE ORIGINAL E IRREPETÍVEL”.


     Neste caso, a orientação psicopedagógica, poderia ser útil no sentido de ajudar

Carter e Edwards atingir os seus objectivos.

     Enquanto psicopedagogas clínicas podemos traçar um plano de orientação com o

objectivo de criar um maior esclarecimento às famílias e amigos mais próximos dos

doentes, tentando através de ajudas externas esclarecer o melhor possível a situação em

que se encontra o paciente, dando-lhes grande suporte emocional.

     “O homem começa a morrer na idade em que perde o entusiasmo.” (Balzac)

     O plano de orientação, primeiramente, tem o intuito de recolher as várias

perspectivas dos diferentes intervenientes através de pequenas entrevistas feitas a um

padre, a um médico, e a algumas pessoas da sociedade. Assim que os resultados forem

estudados minuciosamente junta-se a informação de todos os entrevistados para

pudermos perceber as opiniões das pessoas e, a partir daí, desenvolver o plano de

orientação/intervenção, com o objectivo de ajudar o paciente a atingir os seus

objectivos.

     A finalidade do plano de orientação psicopedagógica é fazer evoluir as ideias, os

comportamentos, as regulamentações e, eventualmente, as leis para que os seres

humanos possam morrer nas condições que julgam ser as melhores para si mesmos.

                                                                                     28
Universidade Lusófona do Porto

     Os trabalhos de Kubler-Ross mostram que o agonizante pode aceitar a sua morte

com serenidade e paz interior, para o pudermos auxiliar a atingir este estado, enquanto

psicopedagogas clínicas, é necessário que nós mesmas sejamos serenas perante a morte

e suficientemente equilibradas relativamente a esta questão.

     O acompanhamento na morte pode ser feito em dois níveis, primeiro através da

psicoterapia e depois pelo trabalho de aconselhamento e apoio aos familiares e amigos.

Qualquer que seja a escolha do doente, o acompanhamento na morte faz parte do direito

que toda a pessoa tem de morrer com dignidade.




     P ARA Q UEM ?
     O plano de orientação está direccionado para todas as pessoas ao longo das suas

vidas e não se destina exclusivamente a quem tem problemas.

     Não tem qualquer exclusividade pois é importante que esteja direccionada para

todos os meios que permitam uma melhor realização dos objectivos a alcançar.

     De acordo o filme “Nunca é tarde demais” teríamos que direccionar o plano de

orientação para a família de Carter, para os seus amigos, para o próprio Carter, para

Edwards e para a sua filha, assim como para os serviços hospitalares.

     Sabendo exactamente para quem focar o plano de orientação podemos fazer muito

mais enquanto psicopedagogas, como ajudar de forma adequada e mais correcta o

indivíduo a conseguir satisfazer os seus propósitos, assim como esclarecer certos

fundamentos baseados nas opiniões formadas das pessoas.

     É fundamental que esteja bem explícito o plano de orientação, isto porque só

assim seremos capazes de actuar rapidamente e correctamente quer nas pessoas em

geral como, também, nos pacientes.



                                                                                     29
Universidade Lusófona do Porto



Conclusão

     Neste sentido, cabe ao psicopedagogo ajudar a melhorar a qualidade de vida e o

bem-estar das pessoas, sendo suas intervenções proactivas, preventivas e de melhora

pela qualidade de vida.

     Afirmou sabiamente Montaigne: “Quem ensinasse os homens a morrer os

ensinaria a viver”. A reflexão sobre a morte é reflexão sobre a vida, pois só podemos

viver intensamente se nos consciencializarmos de que somos finitos, mortais e que cada

momento é irrecuperável, principalmente quando se está chegando ao fim da vida.




                                                                                        30
Universidade Lusófona do Porto



 B IBLIOGRAFIA
 Bisquerra, R. (2006). Modelos de orientação e intervenção Psicopedagógica.

   Bilbao Wolter Kluwer. España, S.A;

 Lopes-Cardoso, A.(1986). O direito de morrer: Suicídio e eutanásia. Europa –

   América. Mem – Martins;




                                                                            31
Universidade Lusófona do Porto




Anexos




                                 32
Universidade Lusófona do Porto

Agentes

Carter Chambers




Edward Cole




                                                   33

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Relatório "Nunca é Tarde Demais"

  • 1. Psicopedagogia Clínica Intervenção Psicopedagógica na População Idosa 3º Ano/ Diurno “Nunca é tarde demais” Docente: Professora Doutora Diana de Vallescar Discentes: Ana Elisabete Cunha Pimentel Nº 20065191 Liliana Marcela Pereira Oliveira Nº 20061574 Porto 2008/09
  • 2. Universidade Lusófona do Porto Í NDICE Introdução ......................................................................................................................... 3 Conceito de Orientação .................................................................................................... 4 Conceito Intervenção ........................................................................................................ 5 Diferença entre Orientação e Intervenção ........................................................................ 7 Cruzamento Orientação e Intervenção ............................................................................. 9 Agentes ........................................................................................................................... 11 Modelos .......................................................................................................................... 12 Áreas ............................................................................................................................... 19 Contexto ......................................................................................................................... 21 Onde? .............................................................................................................................. 23 Intervenção/orientação individual (directa) ................................................................ 23 Intervenção/orientação familiar................................................................................... 23 Intervenção/orientação com a comunidade ................................................................. 24 Quando? .......................................................................................................................... 27 Porquê? ........................................................................................................................... 28 Para Quem?..................................................................................................................... 29 Conclusão ....................................................................................................................... 30 Bibliografia ..................................................................................................................... 31 Anexos ............................................................................................................................ 32 2
  • 3. Universidade Lusófona do Porto I NTRODUÇÃO O presente trabalho foi realizado no âmbito da disciplina de Intervenção Psicopedagógica na População Idosa, do curso de Psicopedagogia Clínica da Universidade Lusófona do Porto, tendo sido este, realizado pelas alunas: Ana Pimentel - número: 20061591 Liliana Oliveira - número 20061574 Este trabalho tem como objectivo principal a análise do filme “Nunca é tarde demais” e uma possível orientação/intervenção nas duas personagens principais, tendo sido diagnosticado a estas um cancro em fase terminal. O executivo multimilionário Edward Cole (Jack Nicholson) e o mecânico de classe operária Carter Chambers (Morgan Freeman) vivem em mundos muito diferentes. Um dia, as suas vidas cruzam-se num quarto de hospital e aí descobrem dois pontos em comum: o desejo de realizarem todos os seus sonhos e se reconciliarem com quem são. Muitos anos atrás, o professor de filosofia de Carter sugeriu-lhe que fizesse uma lista de todas as coisas que gostaria de fazer antes de morrer. Agora, torna-se urgente começar a realizar todos os pontos dessa lista. Contra as ordens dos médicos, Edward e Carter embarcam numa viagem que os leva do Taj Mahal aos melhores restaurantes e a um sórdido salão de tatuagens. À medida que riscam pontos, descobrem que nunca é tarde para aproveitar a vida ao máximo. 3
  • 4. Universidade Lusófona do Porto C ONCEITO DE O RIENTAÇÃO A palavra orientação utiliza-se com significados distintos. Surgiu como orientação vocacional ou profissional e, por isso, para alguns, a orientação limita-se a esta área. No entanto, ao longo do século XX, a orientação tem ampliado consideravelmente ao campo de intervenção: orientação educativa, prevenção, desenvolvimento pessoal, educação para a carreira, desenvolvimento da carreira nas organizações, educação para a vida, entre outras. Por isso, a orientação hoje concebe-se como um processo de ajuda dirigido a todas as pessoas, ao longo de toda a vida, com o objectivo de potenciar o desenvolvimento da personalidade integral. A orientação possui uma dimensão teórica e outra prática (a esta última denomina-se, por vezes, de intervenção). “ É um processo de acção contínuo, dinâmico, integral e integrador, dirigido a todas as pessoas, em todos os âmbitos, fases e contextos ao longo de todo o seu ciclo vital, e com um carácter fundamentalmente social e educativo. Parte de uma postura holística, compreensiva, ecológica, crítica e reflexiva. Não só deve ajudar mas também mediar, inter-relacionar e facilitar distintos processos de transformação e/ou mudança social (Martínez Clares, P. 2002) ”. 4
  • 5. Universidade Lusófona do Porto C ONCEITO I NTERVENÇÃO “ Intervir é entrar dentro de um sistema de indivíduos em progresso e participar, de forma cooperativa, para ajudar a planificar, conseguir e/ou mudar os seus objectivos.” (De Charms, 1971) A intervenção é um processo especializado de ajuda que, em grande parte, coincide com a prática da orientação. A intervenção só deve ser realizada por profissionais qualificados ou por para profissionais que sejam estritamente supervisionados por profissionais competentes para o caso. A questão da intervenção deve sempre aparecer ligada à do diagnóstico, pois um bom diagnóstico é fundamental para uma boa intervenção. Torna-se de extrema importância conhecer as características da pessoa, que procura ajuda do profissional, para que este possa planejar a intervenção e essa intervenção seja feita em virtude dessas características. Um sinónimo de intervenção é “mediação” e de intervir é “colocar-se no meio”. Existem várias pessoas e instituições que se colocam no meio, entre o indivíduo e o mundo físico e social, desde o início da sua vida. Um dos objectivos da psicopedagogia é a intervenção, isto é, fazer a mediação entre o indivíduo que procura ajuda e os seus objectivos de conhecimento. Os principais objectivos da intervenção são seleccionar e filtrar o que se considera importante ser aprendido. A intervenção é um processo complexo que integra vários elementos que sustentam a intervenção. O primeiro desses elementos é a consciência do objecto, ou seja, certificar que a pergunta foi correctamente entendida. O segundo é a reconstituição do procedimento que deu origem à resposta. Por último a constatação do erro. Os objectivos básicos do tratamento psicopedagógico (intervenção) são fazer 5
  • 6. Universidade Lusófona do Porto desaparecer o sintoma, este propósito pode ser correctivo, de prevenção ou desenvolvimento. Na qualidade de futuros psicopedagogos, este filme torna-se um excelente exercício para praticar futuras intervenções em casos semelhantes. Com a intervenção seria possível fazer com que o paciente muda-se de ideias, procurando ajudas para uma melhor qualidade de vida, incentivando, melhorando a auto-estima, a motivação e a confiança, ou por outro lado, se o paciente possui-se a certeza dos seus desejos e vontades a serem concretizados, como retrata o filme, a função do psicopedagogo na sua intervenção seria de o ajudar. 6
  • 7. Universidade Lusófona do Porto D IFERENÇA ENTRE O RIENTAÇÃO E I NTERVENÇÃO Em certas situações a orientação vai mais além que a intervenção psicopedagógica. Pode-se considerar que há certos processos de ajuda que se poderia englobar dentro da orientação e que não se consideram como intervenção psicopedagógica. Por outro lado, a intervenção psicopedagógica vai mais além que a orientação quando se ocupa do tratamento individualizado que requerem a intervenção de um especialista com uma dedicação e atenção constante. A intervenção possui uma conotação de “ caos problema”, seja de aprendizagem, de adaptação, etc. Esta remete para a produção de um problema e para a procura de soluções mediante processos especializados. A orientação procura realizar programas de prevenção e desenvolvimento, diferenciando-se da simples intervenção, recentemente utiliza-se num sentido não - terapêutico, mas preventivo, crescendo, assim, a consciência com a prática da orientação. A orientação é eminentemente um trabalho de equipa, e a intervenção pode-se entender mais como um trabalho realizado por um especialista. Sendo que a orientação pode ser realizada por profissionais e não profissionais (pais, amigos, professores, comunidade…). Os psicólogos utilizam expressões como intervenção e assessoria e os pedagogos a orientação. A psicopedagogia dirige a formação a ambos os profissionais sob o desafio de desenvolver um enquadramento conceptual e uma linguagem comum. Em suma, a orientação e a intervenção comportam muitos elementos em comum. Porém não coincidem totalmente. 7
  • 8. Universidade Lusófona do Porto No caso de “Nunca é tarde demais”, relativamente às personagens principias, pensamos que sobretudo a orientação teria um papel preponderante, não deixando de fora a intervenção. A orientação tendo um carácter educativo e de mudança, ajudaria a definir os cuidados a ter durante a viagem, permitindo realizar a jornada não deixando para segundo plano a saúde. A intervenção permitiria às psicopedagogas procurar soluções para este caso específico, permitindo-lhes um tratamento individualizado, com atenção, dedicação e acompanhamento constante em relação aos pacientes. 8
  • 9. Universidade Lusófona do Porto C RUZAMENTO O RIENTAÇÃO E I NTERVENÇÃO Existe um cruzamento entre o conceito de orientação e intervenção, tal como se pretende demonstrar no Diagrama de Venn (ver figura nº2). Sendo “A” a orientação, “B” o campo de cruzamento entre ambos e “C” a parte de intervenção que não é propriamente orientação. Esta última parte seria a intervenção em necessidades especiais que vão mais além do que tradicionalmente se tem denominado de orientação, é uma intervenção estritamente terapêutica. A orientação e a intervenção comportam muitos elementos em comum, mas não coincidem totalmente. A intervenção dá especial enfoque às Necessidades Educativas Especiais (N.E.E), mas, no entanto, não se limitando a elas, também existem intervenções para a prevenção e o desenvolvimento. Na orientação podem colaborar profissionais e não profissionais que não realizam a intervenção psicopedagógica. Por este motivo pode-se considerar que a intervenção é um trabalho de carácter preferencialmente especializado que, em grande parte coincide com um subconjunto da orientação (a dimensão prática). 9
  • 10. Universidade Lusófona do Porto Na actualidade coexistem diversos términos (orientação, intervenção) que no fundo tendem a convergir no mesmo conceito, embora com funções distintas, complementam-se. 10
  • 11. Universidade Lusófona do Porto A GENTES 1 Os agentes do filme são: Edward Cole (Jack Nicholson) Carter Chamber (Morgan Freeman) Sean Hayes (Thomas/Tommy) Virgínia Edward é um grande empresário multimilionário. Já Carter é um simples mecânico, casado e com três filhos e com netos. Numa reviravolta do destino encontram-se num quarto de hospital, ambos em fase terminal de cancro. Juntos elaboram uma lista (Lista da Bota) com as coisas que gostariam de fazer antes de morrer. E parte então pelo mundo. Com eles viaja também Thomas, o assistente de Edward, que os vai ajudando a realizar os desejos. Virgínia, esposa de Carter tenta persuadi-lo a desistir da viagem e a continuar a lutar, porém em vão. Edward e Carter partem à aventura. 1 Ver anexo 11
  • 12. Universidade Lusófona do Porto M ODELOS Os modelos baseiam-se em teorias, as quais por sua vez são baseadas em ideologias. Estas ajudam a assegurar a consciência da abordagem dando um enquadramento dentro do qual podemos analisar, planear, implementar e avaliar a promoção da saúde. A escolha de determinados modelos reflecte as crenças, valores, princípios, ideias mas também é importante trabalhar com as crenças da pessoa idosa. Os modelos podem ser utilizados como um enquadramento para a prática e adoptá-las a várias situações e a pessoas idosas diferentes. O modelo de promoção da saúde pode ser dividido em cinco abordagens, a saber: abordagem médica, abordagem de mudança comportamental, abordagem educacional, abordagem centrada no utente e por fim, abordagem da mudança social. Abordagem médico ou preventivo: População - alvo: populações inteiras, grupos de alto risco ou no individuo. Objectivo: - reduzir a morbilidade e a mortalidade; - Encorajar os idosos a procurar tratamento antecipado, bem como a cumprir o tratamento. Meta: persuadir a pessoa idosa a tomar decisões responsáveis para prevenir a doença a um nível primário, secundário e terciário. Desvantagens: perspectiva doente/utente como um receptor do conhecimento do perito de saúde e encoraja à dependência face ao profissional médico e ao promotor de 12
  • 13. Universidade Lusófona do Porto saúde. Culpabiliza a vítima ignorando outros factores significativos como o stress social e ambiental localizado no indivíduo ou comunidade. Aplicação: bem sucedido no planeamento de saúde preventivo sob a forma de programas de vacinação e na redução da morbilidade e mortalidade com recursos a um método de planeamento epidemológico. Abordagem de mudança comportamental Objectivo: Alterar as atitudes e comportamentos dos indivíduos de forma a encorajar um “estilo de vida saudável”. Vantagens: bastante útil desde que sejam consideradas condições sociais, económicas e ambientais, as quais podem ser a causa do tal comportamento “não saudável”. Desvantagens: é muitas vezes utilizada a educação persuasiva, a qual pode tornar- se problemática caso a pessoa idosa não concorde com o conceito de “estilo de vida saudável” do promotor de saúde havendo a possibilidade de culpabilização da vítima: - Está dependente de uma análise superficial daquilo que causa saúde e doença, não provou ser uma estratégia eficaz para a saúde pública e baseia-se em condições éticas duvidosas. Abordagem centrada no utente Objectivo: ajuda as pessoas idosas a identificar as suas próprias preocupações e potencia o controlo sobre a saúde. Aplicação: valoriza as crenças do utente/doente a reconhecer os seus conhecimentos, capacidades e habilitações para melhorar a sua própria saúde. Os 13
  • 14. Universidade Lusófona do Porto promotores de saúde podem deixar as pessoas idosas estabelecerem as suas próprias agendas e planearem os seus cuidados sociais e de saúde. Abordagem educacional Objectivo: conceder à pessoa idosa informação, conhecimentos e compreensão sobre as questões de saúde, possibilitando-lhe a tomada de decisões informadas. Método: os idosos são ajudados a explorar as suas atitudes, valores e crenças sobre a saúde e apoiados a fazer escolhas esclarecidas Abordagem de mudança social ou político radical Objectivo: atingir a mudança social e ambiental através da acção política. Divide-se em dois conceitos: a) Desenvolvimento da comunidade; b) Desenvolvimento da consciência crítica. a) Centra-se no empowerment da comunidade – as pessoas estabelece a sua agenda, identificam objectivos e necessidades e trabalham conjuntamente para atingir as metas a que se propuseram. b) Desenvolvimento por parte do promotor de saúde, da consciência da comunidade em relação aos factores determinantes que estão a afectar a sua saúde, como a pobreza, discriminação e as situações de vida expressivas. Existem quatro passos na aplicação deste modelo: I. Provocar a reflexão sobre a realidade presente; II. Encorajar a identificação das razões dessa realidade; 14
  • 15. Universidade Lusófona do Porto III. Investigar quais as aplicações dessa realidade; IV. Desenvolver meios para mudar essa realidade. Desvantagem: exige um compromisso constante em relação à mudança e as mudanças não acontecem da noite para o dia. Modelo de acção de saúde Objectivo: levar as pessoas a modificar o seu comportamento face à saúde. Desvantagem: as pessoas com baixa auto-estima estão menos capazes à mudança. Vantagem: uma elevada auto-estima e auto-conceito facilita a mudança. Este modelo indica que o comportamento face à saúde é influenciado pelas nossas crenças sobre saúde, os nossos valores, a nossa motivação, o interesse e reacções de outras pessoas, bem como pela nossa auto-estima e auto-conceito. Deve ser dado ao idoso toda a informação, proporcionar um ambiente são e possibilitar saúde e bem-estar ao ajudar o idoso a sentir-se bem há cerca de si próprio, a valorizar-se a si memo e a tornar-se mais assertivo. Modelo transteório/modelo de etapas de mudança  Pode ser designado por modelo de “etapas de mudança”;  Ajuda-nos a identificar a prontidão de uma pessoa idosa para modificar um comportamento ou estilo de vida de risco e a ajudá-la a planear as mudanças;  Este modelo foi desenvolvido para ser usado nos comportamentos aditivos e nos comportamentos de dieta;  O modelo é aplicado ao longo de cinco etapas no contínuo da mudança comportamental (estas etapas podem não ser seguidas rigorosamente): 15
  • 16. Universidade Lusófona do Porto o Pré-contemplação – O promotor dá uma informação sucinta sobre o problema; o Contemplação – É dada mais informação; podem ser debatidos os benefícios da mudança; o À preparação – A pessoa prepara-se para mudar; são estabelecidas metas e planos de acção; o Fazer a mudança (acção) – É necessário um grande apoio à pessoa; certos objectivos podem ser alterados por força das circunstâncias; o Manter a mudança (manutenção) – É preciso fazer saber à pessoa que pode contar com os promotores a qualquer momento, prevenindo assim uma recaída. Modelo de entrevista motivacional  Foi concebido de molde a ser utilizado com utentes em diferentes etapas do contínuo de mudanças, com igual eficiência, tal como o modelo de etapas de mudança;  Este modelo ajuda os profissionais a encorajar os doentes/utentes no sentido de participarem activamente nos seus próprios cuidados, pondo questões e reflectindo sobre o que lhes está a acontecer. O promotor terá o papel de ajudar a encontrar as soluções. Modelo de empowerment  O conceito de empowerment é diversificado e inclui características técnicas e ideológicas; 16
  • 17. Universidade Lusófona do Porto  O objectivo é facilitar as escolhas e a tomada de decisões genuínas, ao remover os obstáculos e providenciar capacidades, tanto a nível individual como a nível comunitário;  A formação para o empowerment requer que trabalhemos com as pessoas idosas para desenvolver as nossas atitudes, permitindo-nos transferir o poder das mãos de profissionais para as mãos das pessoas idosas. No caso concreto de “Nunca é tarde demais” podemos utilizar o modelo transteório/modelo de etapas de mudança. Com este modelo será possível preparar todos os aspectos da viagem tendo sempre em conta as limitações e todos os cuidados que deverão ser respeitados tendo em conta o problema de Edward e Carter. Assim as psicopedagogas inicialmente irão dar informação sucinta sobre a doença e as consequências de uma não mudança ou da mudança (pré-contemplação e contemplação). Em seguida (preparar a mudança) juntamente com a pessoa idosa, serão estabelecidas metas e planos de acção para a promoção da saúde durante a viagem. Os objectivos específicos, mensuráveis, acordados, realistas e orientados no tempo. As psicopedagogas podem convocar a ajuda de outros profissionais, grupo de ajuda de amigos e familiares, no apoio aos sujeitos. Na etapa de acção, que será realizada durante a viagem, Edward e Carter poderão contar com todo o apoio das psicopedagogas, terão um acompanhamento diário para que os objectivos sejam cumpridos. Poder-se-á alterar algum objectivo caso as circunstâncias assim o obriguem. Na manutenção os sujeitos serão informados de que poderão contar sempre com o apoio das psicopedagogas, mesmo que a viagem já tenha terminado. O modelo centrado no utente também pode ser utilizado na medida em que as psicopedagogas deixam que sejam os sujeitos as estabelecer as suas agendas, a 17
  • 18. Universidade Lusófona do Porto identificar as necessidades. Reconhecendo assim as suas capacidades, dando-lhe mais independência e principalmente empowerment. 18
  • 19. Universidade Lusófona do Porto Á REAS O campo temático da orientação psicopedagógica é amplo e diverso. A orientação surgiu como orientação profissional. A sua concepção foi aumentando principalmente a partir da revolução da carreira, adoptando um enfoque do ciclo vital. Colaborações posteriores, como a “educação para a carreira”, propuseram a integração curricular e de desenvolvimento da carreira nas organizações, entre outras propostas. Por conseguinte a orientação para o desenvolvimento da carreira/ orientação profissional, é a primeira área de interesse temático. Outra área está relacionada com os programas de métodos de estudo e temas afins (habilidades de aprendizagem, aprender a aprender, estratégias de aprendizagem). Desde os anos trinta que há uma preocupação com o desenvolvimento das habilidades de estudo. Assim a segunda área é a orientação nos processos de ensino-aprendizagem. A orientação nos processos de aprendizagem envolve as dificuldades de aprendizagem e as dificuldades de adaptação sendo estas, um dos pontos de atenção da orientação. Assim a orientação compreende a educação especial, a atenção às necessidades educativas especiais. Estas necessidades especiais têm sido ampliadas nas últimas décadas para incluir uma diversidade de casos como os grupos de risco, minorias éticas, marginalizados, grupos desfavorecidos, imigrantes, etc. Portanto a atenção à diversidade constituiu a terceira área da orientação. A última área é a orientação para a prevenção e desenvolvimento humano. Esta área envolve o desenvolvimento de habilidades de vida, habilidades sociais, prevenção do consumo de drogas, educação para a saúde, prevenção de comportamentos desviantes, orientação para o desenvolvimento humano, etc. Todas as outras áreas abarcam o desenvolvimento humano, porém há alguns aspectos que elas não compreendem. 19
  • 20. Universidade Lusófona do Porto Em “Nunca é tarde demais” a área de orientação será a atenção à diversidade. Esta atenção consiste na análise singular de cada caso. A análise particular do caso permitirá perceber o que está em jogo para o indivíduo e satisfazer as necessidades específicas do sujeito. Assim as psicopedagogas realizarão uma análise das necessidade de Edward e Carter, já que e apesar de ambos sofrerem da mesma doença, são pessoas diferentes e cada um com as sua necessidades. 20
  • 21. Universidade Lusófona do Porto C ONTEXTO Os contextos de intervenção evidenciam-se em função do indivíduo que necessita de orientação. É uma categorização centralizada no orientador e orientado. Ao longo do processo de desenvolvimento humano, o indivíduo depara-se pelas constantes transições nas diferentes etapas de vida. Estas constantes mudanças levam à necessidade de analisar e actuar sobre os problemas das interacções pessoais nos seus diversos contextos. Focaliza a relação entre o indivíduo e seu contexto, especialmente com os processos relacionados à forma em que as necessidades individuais e colectivas são satisfeitas nesse meio social. Existem vários tipos de contexto os quais o psicopedagogo pode intervir. Entre eles podemos referir: Sistema escolar; Modelos comunitários; Organizações. Longe de definir os problemas desde uma análise individual, o psicopedagogo desenvolve procedimentos e instrumentos na tentativa de avaliar e intervir nesses processos complexos e dinâmicos que abordem não somente o componente individual e/ou grupal, mas também as estruturas sociais, políticas, económicas, jurídicas que o rodeiam e lhe dão sentido. A intervenção social abrange uma grande complexidade, atendendo a complexidade dos fenómenos sobre os quais actua. Neste sentido é necessário um trabalho de planificação e programação para atingir o óptimo grau de estruturação dos componentes da intervenção (definição da população destinatária, objectivos, criação de serviços, recursos, etc.). 21
  • 22. Universidade Lusófona do Porto Partindo de que é indispensável a este contexto de intervenção a visão de situações onde entram em conflito os interesses de diferentes grupos ou pessoas, o psicopedagogo deve utilizar as técnicas de negociação e mediação que lhe permitam reduzir este tipo de conflitos sociais e avançar na solução de problemas. O primeiro contexto será no hospital. Enquanto estão no hospital, Carter pede informações ao médico de Edward e este diz que não é o médico deles. A intervenção de psicopedagogos em hospitais implica a consideração simultânea do sujeito, da família, dos técnicos de saúde e do suporte social, com modelos integrados de avaliação e de intervenção, bem como uma perspectiva multissectorial que abrange o sistema de saúde e o sistema educativo, mas que também deverá englobar os dispositivos de segurança social e de suporte comunitário. A abordagem psicopedagogica pode passar pelo confronto com a doença e hospitalização, adesão ao tratamento, qualidade dos cuidados de saúde e humanização dos serviços. O contexto se resume só ao hospital mas também durante toda a viajem. O objectivo das psicopedagogas será de garantir a melhor qualidade de vida possível para os sujeitos, diminuindo o sofrimento destes e da família. Os cuidados devem prover conforto físico, suporte psicossocial e espiritual. Apesar de Carter e Edward não se encontrarem no hospital isso não significa que serão abandonados ou que não receberão medicação. Há necessidades de cuidados e de supervisão médica altamente qualificada com o objectivo de aliviar o sofrimento ou melhorar a qualidade de vida dos pacientes. 22
  • 23. Universidade Lusófona do Porto O NDE ? Intervenção/orientação individual (directa) A intervenção directa tem um carácter terapêutico, agindo directamente no sujeito. Esta acção terapêutica de carácter reactivo tem como predominância a satisfação das necessidades específicas do sujeito. Poderíamos falar de intervenção directa no caso de Carter e Edward podendo ser aplicada a “Terapias Individuais”, estas terapias baseiam-se nas actividades criativas e expressivas que permitem a cada indivíduo redescobrir-se expressar-se a si próprio, adicionando um novo sentido à vida criando a sensação de bem-estar. Trata-se de uma terapia fundamentalmente não verbal, que envolve modalidades e actividades sensoriais (música, dança, arte), em contraste com as formas de terapia tradicionais. Fundamenta-se numa intervenção holística, cujo tratamento envolve os idosos na dimensão física, psicológica, social, intelectual e espiritual em simultâneo (Simper, 1985). Intervenção/orientação familiar Como um caso muito específico e de obrigada referência básica para muitos sectores de intervenção social, o grupo familiar converte-se no cenário frequente do trabalho do psicopedagogo. Um aspecto que atrai especialmente atenção dos profissionais e no qual existem actualmente grandes avanços é o referente à necessidade de realizar avaliações do grupo familiar para chegar a elaborar um juízo da capacidade e competência da família cumprindo com suas obrigações. 23
  • 24. Universidade Lusófona do Porto O objectivo do Psicopedagogia pode ser trabalhar para desenvolver habilidades de cuidado e educação dos filhos, a integração da família em redes de apoio social, a melhoria das relações pessoais do grupo familiar, a conexão de outros recursos sociais, entre outros. “Nunca é tarde demais” mostra-nos o papel importante da família de Carter, na medida em que ao longo do filme este agente mostra-se bastante evidenciado. A família não aceita muito bem a decisão de Carter, levando a vários conflitos interiores os quais devem ser ultrapassados com ajuda psicológica. Uma das terapias que poderia ser utiliza na intervenção tem como nome “Terapia Conjugal e Familiar”, nestas formas de abordagem psicoterapeuta o tratamento é dirigido ao núcleo familiar com problemas emocionais, em vez de ser o indivíduo com patologia. O terapeuta observa simultaneamente um casal ou uma família de forma regular. Baseia-se na ideia de que as problemáticas emocionais, são causadas por relações patológicas e só intervindo nestas relações perturbadas se pode modificar os problemas de um determinado individuo (Glick e tal, 1980; Satir, 1967). Intervenção/orientação com a comunidade Seguindo as características que propõe o modelo comunitário, a intervenção com a comunidade propõe-se a meta do incremento do bem-estar social e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos. O psicopedagogo trabalha orientado pela finalidade de uma promoção da competência da comunidade para analisar seus problemas e gerar recursos para superá-los. Desenvolvem-se trabalhos de pesquisa social, dinamização de grupos, consultoria, entre outros, desde uma perspectiva preventiva e proactiva. 24
  • 25. Universidade Lusófona do Porto Como uma das finalidades mais importantes da intervenção com a comunidade deve ser destacada a prevenção, focalizada em grupos de risco ou grupos relevantes com relação ao problema que se trate. Do mesmo modo os programas de participação social ou sensibilização perante grupos ou problemas concretos devem ser contemplados por estratégias comunitárias. Uns dos contextos de trabalho mais relevantes para os psicopedagogos neste sector são os serviços sociais comunitários, que articula o trabalho com a comunidade e a atenção directa aos cidadãos. Neste contexto poderia ser aplicada a “Terapia Ocupacional”, este tipo de terapia consiste na integração de modelos e práticas específicas, com métodos e teorias de outras escolas psicoterapêuticas, orientando para um tratamento muito focado na acção. A palavra actividade, é assim usada num sentido muito amplo que abrange desde a avaliação ao tratamento. Engloba actividade de vida diária, de grupo, de análise, etc. Segundo a Teoria da Ocupação Humana ( Kielhofner, 1985), a construção de saúde reside no facto de se estar ocupado, quer seja em actividades de vida diária, no trabalho ou actividades recreativas. As estratégias de intervenção são fundamentalmente de dois tipos: Solução de problemas, com definição de alvos e objectivos mensuráveis e atingíveis, deve ser feito ao longo de todo o processo terapêutico, uma reapreciação constante dos objectivos a serem atingidos, preservando sempre a sua qualidade de vida; Valorização de forças e necessidades (Barrowclough, 1986) centradas no doente com definição de uma intenção positiva e de uma direcção para o tratamento. Foca os objectivos do tratamento especificamente no que o paciente necessita para ser capaz de fazer, e nas capacidades que possui que lhe permitem atingir os objectivos. A intervençao/orientaçao no filme deve ser feita nos seguintes grupos sociais: 25
  • 26. Universidade Lusófona do Porto Família do Carter Filha do Edwards Serviço hospitalar (médicos, enfermeiros, funcionários, assistentes sociais, psicólogos, psicopedagogos…) 26
  • 27. Universidade Lusófona do Porto Q UANDO ? A oientação/intervençao deve ser feita ao longo do ciclo vital. O ser humano segue um processo de desnvolvimento, o qual poderá ser necessario ajuda psicologica. Em Nunca é tarde demais, orientação/intervençao deve ser nas seguintes etapas: Após a noticia da doença (cancro mortal) Durante a viagem; Após a morte - Familia e amigos. 27
  • 28. Universidade Lusófona do Porto P ORQUÊ ? A orientação Psicopedagógica é bastante importante pois ajuda a promover um desenvolvimento saudável da personalidade do indivíduo. A necessidade de orientação aponta para a prevenção e, também, para o desenvolvimento humano. No filme “Nunca é tarde demais”, Carter e Edwards, lutaram para conseguir morrer com dignidade, concretizando todos os desejos e sonhos antes de morrerem. Segundo o Professor Doutor Daniel Serrão (2008) “ C O M A MORTE DE CADA HOMEM TERMINA UM UNIVERSO CULTURAL ESPECÍFICO, MAIS OU MENOS RICO MAS SEMPRE ORIGINAL E IRREPETÍVEL”. Neste caso, a orientação psicopedagógica, poderia ser útil no sentido de ajudar Carter e Edwards atingir os seus objectivos. Enquanto psicopedagogas clínicas podemos traçar um plano de orientação com o objectivo de criar um maior esclarecimento às famílias e amigos mais próximos dos doentes, tentando através de ajudas externas esclarecer o melhor possível a situação em que se encontra o paciente, dando-lhes grande suporte emocional. “O homem começa a morrer na idade em que perde o entusiasmo.” (Balzac) O plano de orientação, primeiramente, tem o intuito de recolher as várias perspectivas dos diferentes intervenientes através de pequenas entrevistas feitas a um padre, a um médico, e a algumas pessoas da sociedade. Assim que os resultados forem estudados minuciosamente junta-se a informação de todos os entrevistados para pudermos perceber as opiniões das pessoas e, a partir daí, desenvolver o plano de orientação/intervenção, com o objectivo de ajudar o paciente a atingir os seus objectivos. A finalidade do plano de orientação psicopedagógica é fazer evoluir as ideias, os comportamentos, as regulamentações e, eventualmente, as leis para que os seres humanos possam morrer nas condições que julgam ser as melhores para si mesmos. 28
  • 29. Universidade Lusófona do Porto Os trabalhos de Kubler-Ross mostram que o agonizante pode aceitar a sua morte com serenidade e paz interior, para o pudermos auxiliar a atingir este estado, enquanto psicopedagogas clínicas, é necessário que nós mesmas sejamos serenas perante a morte e suficientemente equilibradas relativamente a esta questão. O acompanhamento na morte pode ser feito em dois níveis, primeiro através da psicoterapia e depois pelo trabalho de aconselhamento e apoio aos familiares e amigos. Qualquer que seja a escolha do doente, o acompanhamento na morte faz parte do direito que toda a pessoa tem de morrer com dignidade. P ARA Q UEM ? O plano de orientação está direccionado para todas as pessoas ao longo das suas vidas e não se destina exclusivamente a quem tem problemas. Não tem qualquer exclusividade pois é importante que esteja direccionada para todos os meios que permitam uma melhor realização dos objectivos a alcançar. De acordo o filme “Nunca é tarde demais” teríamos que direccionar o plano de orientação para a família de Carter, para os seus amigos, para o próprio Carter, para Edwards e para a sua filha, assim como para os serviços hospitalares. Sabendo exactamente para quem focar o plano de orientação podemos fazer muito mais enquanto psicopedagogas, como ajudar de forma adequada e mais correcta o indivíduo a conseguir satisfazer os seus propósitos, assim como esclarecer certos fundamentos baseados nas opiniões formadas das pessoas. É fundamental que esteja bem explícito o plano de orientação, isto porque só assim seremos capazes de actuar rapidamente e correctamente quer nas pessoas em geral como, também, nos pacientes. 29
  • 30. Universidade Lusófona do Porto Conclusão Neste sentido, cabe ao psicopedagogo ajudar a melhorar a qualidade de vida e o bem-estar das pessoas, sendo suas intervenções proactivas, preventivas e de melhora pela qualidade de vida. Afirmou sabiamente Montaigne: “Quem ensinasse os homens a morrer os ensinaria a viver”. A reflexão sobre a morte é reflexão sobre a vida, pois só podemos viver intensamente se nos consciencializarmos de que somos finitos, mortais e que cada momento é irrecuperável, principalmente quando se está chegando ao fim da vida. 30
  • 31. Universidade Lusófona do Porto B IBLIOGRAFIA  Bisquerra, R. (2006). Modelos de orientação e intervenção Psicopedagógica. Bilbao Wolter Kluwer. España, S.A;  Lopes-Cardoso, A.(1986). O direito de morrer: Suicídio e eutanásia. Europa – América. Mem – Martins; 31
  • 32. Universidade Lusófona do Porto Anexos 32
  • 33. Universidade Lusófona do Porto Agentes Carter Chambers Edward Cole 33