140801- carne bovina desafios e tendências - Minerva - Fabiano
Minerva - Resultados 2T12 - ago/12
1. Barretos, 09 de agosto de 2012 – O Minerva S.A. (BOVESPA: BEEF3; ADR Nível 1: MRVSY; Bloomberg: BEEF3.BZ; Reuters:
BEEF3.SA), um dos líderes na América do Sul na produção e comercialização de carne in natura, boi vivo e seus derivados, que
atua também no segmento de processamento de carne bovina, suína e de aves, anuncia hoje seus resultados referentes ao
2T12. As informações financeiras e operacionais a seguir são apresentadas em BRGAAP, em Reais (R$), de acordo com as
regras do IFRS (International Financial Reporting Standards).
Destaques do 2T12
ü O Minerva apresentou no 2T12 geração de caixa livre, após investimentos e
Minerva (BEEF3) pagamento de juros, de R$ 44,1 milhões, resultante de R$ 112,7 milhões de EBITDA no
Preço em 09-Ago-12: R$9,85 período. A margem EBITDA atingiu 10,5% e a Receita Líquida foi de R$ 1,077 bilhão no
trimestre.
Valor de Mercado: R$1.041,9 milhões
ü O EBITDA no 2T12 foi de R$112,7 milhões, acumulando R$397,1 milhões nos
105.772.338 Ações últimos 12 meses. No trimestre, o EBITDA apresentou crescimento de 41,4% em relação
ao mesmo período do ano anterior. A margem EBITDA no 2T12 foi de 10,5%, uma
Free Float – 38,4% expansão de 2,0 p.p. em relação ao 2T11, sendo esta a melhor margem do segundo
Teleconferências trimestre dos últimos cinco anos.
ü A Receita Bruta no segundo trimestre do ano foi de R$1.141,1 milhões, 12,4%
Português
superior à Receita do 2T11. No acumulado dos últimos 12 meses, o crescimento em
Sexta-feira, 10 de agosto de 2012
10h00 (Brasília) relação ao mesmo período de 2011 foi de 16,3%, encerrando o período com Receita Bruta
9h00 (US EDT) recorde de aproximadamente R$ 4,5 bilhões. As vendas para o mercado externo no 2T12
Tel.: +55 (11) 3127-4971 cresceram 43,8% em relação ao 2T11 e a participação deste segmento representou 67,4%
Código: Minerva
Replay: +55 (11) 3127-4999
das vendas totais da companhia, comparativamente a 52,6% no 2T11. Atingimos 22,3%
Código: 70807616 de market share nas exportações de carne in natura do Brasil no acumulado dos últimos
12 meses, crescimento de 1,5 p.p.
Inglês
Sexta-feira, 10 de agosto de 2012 ü O Minerva, apesar do aumento expressivo da participação das exportações no
12h00 (Brasília) faturamento, reduziu significativamente o acumulo trimestral de créditos de impostos,
11h00 (US EDT) que atingiram R$13,1 milhões no 2T12, em comparação com R$22,9 milhões no 1T12.
Tel.: +1 (412) 317-6776
Código: Minerva ü Confirmação da inversão do ciclo. O preço médio da arroba do boi no primeiro
Replay: +1 (412) 317-0088 semestre de 2012 apresentou queda de 7,0% na comparação com a média de preços do
Código: 10013215 1S11. Este fato ilustra nosso cenário de ponto de inflexão do ciclo da pecuária,
Contatos de RI: inaugurando um período de maior oferta de gado para os próximos anos, o que
beneficiará as operações de empresas focadas na América do Sul.
Eduardo Puzziello
Francisco Assis
ü Em Abril de 2012, apresentamos importantes evoluções na governança
Kelly Barna corporativa da companhia. No Conselho de Administração, tivemos o ingresso de dois
novos membros independentes, sendo um deles indicado pelos acionistas minoritários
Tel.: (17) 3321-3355 do Minerva. Foi também instalado, neste período, o Conselho Fiscal, formado por três
(11) 3074 -2444
ri@minerva.ind.br
membros independentes. No âmbito executivo, realizamos uma reorganização
administrativa criando quatro vice-presidências (Operações Brasil, Operações
Internacionais, Finanças e RI, Negócios Relacionados). O objetivo desta reorganização foi
dinamizar processos internos e tornar ainda mais ágil o processo de tomada de decisões
na companhia.
2. Resultados do 2T12
Principais Indicadores
R$ Milhões 2T12 1T12 Var.% 2T11 Var.% LTM 2T12 LTM 2T11 Var.%
Abate (milhares) 442,1 396,2 11,6% 432,0 2,3% 1.678,9 1.571,6 6,8%
Volume de Vendas (1.000 ton) 103,0 86,5 19,1% 102,0 1,0% 405,1 367,5 10,2%
Receita Bruta 1.141,1 1.005,9 13,4% 1.015,1 12,4% 4.450,4 3.828,0 16,3%
Mercado Interno 373,1 346,0 7,8% 481,0 -22,4% 1.654,5 1.595,6 3,7%
Mercado Externo 768,1 659,9 16,4% 534,1 43,8% 2.795,9 2.232,4 25,2%
Receita Líquida 1.077,2 944,1 14,1% 940,2 14,6% 4.177,6 3.596,1 16,2%
EBITDA 112,7 77,2 46,0% 79,7 41,4% 397,1 291,7 36,2%
Margem EBITDA 10,5% 8,2% 2,3 p.p. 8,5% 2,0 p.p. 9,5% 8,1% 1,4 p.p.
Lucro Líquido (130,9) (66,7) 96,3% (3,4) n.a. (167,1) 63,3 n.a.
Dívida Líquida/EBITDA 3,99 x 3,83 x 0,16 p.p. 3,99 x 0,00 p.p. 3,99 x 3,99 x 0,00 p.p
Mensagem da administração
Há cerca de cinco anos, desde a abertura de capital, o Minerva traçou uma estratégia de crescimento simples,
coerente e consistente, estruturada para o médio e longo prazo, focada na produção de carne bovina e direcionada
para o crescimento orgânico da originação baseada na América do Sul. Os investimentos realizados durante este
período visaram a aumentar a capacidade de produção com maior flexibilidade operacional e aprimorar a
produtividade das plantas.
À estratégia operacional, foi adicionada uma política financeira austera, com eficiência na administração do capital
de giro, logística adequada das operações, gestão diferenciada para as commodities e para os produtos de valor
agregado e excelência na gestão de risco. Paralelamente, o foco contínuo na melhoria de nossa estrutura de capital
ao longo destes anos suportou a maturação de nossos investimentos e melhorou o perfil da dívida. Atualmente
nossa posição de caixa cobre as amortizações das dívidas até 2018. Continuamos focados na desalavancagem da
companhia, aliada a uma política de liquidez conservadora e administração eficiente da dívida.
A empresa desenvolveu também um planejamento comercial de maior capilaridade no mercado interno e foco na
diversificação geográfica das exportações, o que propiciou menor concentração e dependência de mercados
específicos. O resultado pode ser evidenciado por nossa flexibilidade comercial entre mercado interno e externo e
pela consolidação nas exportações brasileiras de carne in natura no acumulado dos últimos doze meses, com 22,3%
de market-share, 1,5 p.p. acima do registrado no mesmo período de 2011. Tais estratégias foram fundamentais para
a companhia passar ilesa durante a crise de 2008/2009 e participar ativamente do recente processo de consolidação
do setor, principalmente do lado da exportação.
O Minerva possui hoje um dos mais modernos parques industriais do Brasil, localizado em áreas estratégicas para a
compra de matéria-prima. A companhia tem se destacado por ser referência do setor na utilização de sua capacidade
instalada. No 2T12, retomamos o nível de utilização histórico acima de 70%. Importante destacar também que
mesmo com o aumento das exportações no 2T12, reduzimos o estoque de crédito de ICMS em nosso balanço.
A estratégia implementada no passado e seguida criteriosamente pela administração pode ser percebida pela
evolução dos resultados operacionais do Minerva. Além da constante melhoria nas margens operacionais
2
3. Resultados do 2T12
(encerramos o 2T12 com margem EBITDA de 10,5%, 200 bps acima do 2T11) e da forte elevação do faturamento
(CAGR de 28% nos últimos cinco anos) reduzimos a necessidade de capital de giro ao longo dos anos e melhoramos
significativamente o ciclo de conversão de caixa. Ainda, o Minerva gerou fluxo de caixa operacional positivo nos
últimos trimestres e no resultado deste segundo trimestre de 2012, gerou fluxo de caixa livre positivo, após
investimentos e pagamento de juros, de cerca de R$44,1 milhões.
Destacamos que no primeiro semestre de 2012 foi investido aproximadamente R$50 milhões na manutenção de
nosso parque industrial e que pretendemos seguir controlando os investimentos no segundo semestre deste ano.
Outro ponto importante no 2T12 foi a manutenção da tendência de queda no preço do boi, medido pelo indicador
ESALQ/BM&FBovespa, consolidando nossa perspectiva de uma safra bem ofertada. Tivemos a confirmação da virada
de ciclo do gado no Brasil, com números bastante expressivos de abate de fêmeas em vários estados produtores de
boi. Esta mudança está beneficiando o Brasil no mercado internacional, pois os principais países concorrentes estão
passando por situações adversas. A desvalorização cambial recente também trouxe mais competitividade
internacional, especialmente impulsionada pela demanda dos países emergentes.
Para o segundo semestre de 2012, mantemos nossa perspectiva de uma entressafra relativamente bem ofertada, em
função do aumento dos estoques de gado, das chuvas que se estenderam por um período prolongado e do
crescimento dos confinamentos. Na ponta da demanda por carne bovina, esperamos o mercado interno se
recuperando e os mercados externos mantendo seu forte desempenho.
Por último, cabe ressaltar os estágios recentes pelo qual passou o setor de proteína bovina no Brasil nos últimos
anos. Numa primeira etapa, assistimos a um profundo processo de consolidação na indústria, catalisado pela crise
macroeconômica que se iniciou no ano de 2008 e que reduziu significativamente o número de players no setor. Esse
processo de consolidação, desestruturado e que ocorreu num ambiente extremamente competitivo, provocou uma
queda substancial nas margens de retorno da indústria, as quais atingiram seu nível mínimo histórico no início de
2009. A partir de então, com o mercado mais consolidado, passamos a observar uma expansão sustentável e
contínua das margens do setor, especialmente do Minerva. Não obstante, a partir de meados de 2011, a expansão
das margens de retorno passou a ocorrer de forma menos acelerada, enquanto que a geração de caixa operacional
tornou-se bastante positiva, fato que pode ser amplamente observado nos resultados do Minerva. Esperamos,
portanto, nos próximos trimestres, a aceleração desse processo de aumento expressivo da geração de caixa livre ao
acionista, objetivo final da estratégia operacional e financeira do Minerva. Temos, neste momento, a companhia
extremamente bem posicionada para extrair valor de um cenário bastante positivo para a indústria, no qual, sem
dúvida nenhuma, todo o trabalho dos últimos anos do Minerva será traduzido em expressiva geração de valor para
os nossos acionistas.
Fernando Galletti de Queiroz, Diretor Presidente
3
4. Resultados do 2T12
Panorama Setorial
Brasil
Fornecimento de Gado
O segundo trimestre é sazonalmente um período de boa oferta de gado para abate, marcando o ápice da safra.
Somado ao fato sazonal vem a questão cíclica, na qual, devido à baixa remuneração da atividade de cria, uma
quantidade acima da média de fêmeas é enviada para o abate. Esse cenário trouxe uma grande oferta de animais
para a indústria, o que fez com que o preço da arroba recuasse 3,1% em relação ao primeiro trimestre do ano e 6,8%
em relação ao mesmo trimestre de 2011 em termos nominais.
O clima em especial favoreceu o setor neste trimestre, uma vez que, com o volume de chuvas acima da média a
partir de abril, a oferta de gado de pasto se manteve elevada por mais tempo, prolongando o movimento de final de
safra até julho.
A grande oferta de animais para abate fica evidente quando observamos o recuo no preço da arroba, mesmo com
um aumento de 6,6% no abate em relação ao mesmo trimestre de 2011 e 0,4% em relação ao primeiro trimestre do
ano. Importante destacar o ganho de participação de mercado no abate Brasil do Minerva em relação ao primeiro
trimestre do ano e a constância quando comparado ao mesmo trimestre de 2011.
Figura 1 – Evolução do Abate de Bovinos no Brasil
(em 1.000 cabeças) e preço médio da arroba (R$)
110,0
104,3
102,6 105,0
100,5 99,7
96,7 100,0
93,8
95,0
90,0
5.096 5.184 5.063 5.316 5.504 5.525
85,0
1T11 2T11 3T11 4T11 1T12 2T12
Fonte: Ministério da Agricultura e Pecuária, CEPEA/ESALQ
Mercado Externo
A exportação de carne bovina no segundo trimestre do ano chegou a 227 mil toneladas, maior volume desde o
terceiro trimestre de 2010 e um crescimento de 8,6% em relação ao mesmo período de 2011. Esse aumento deveu-
se basicamente a três fatores:
• Valorização do dólar: 10,4% no segundo trimestre do ano, de R$1,83 no início de Abril para R$2,02 no final
de Junho.
• Custo da arroba: Brasil tem o menor custo dos grandes produtores e exportadores (EUA, Europa, Austrália e
Argentina).
• Rússia, Chile, Arábia Saudita e Egito apresentaram um grande crescimento na demanda em relação ao
primeiro trimestre do ano e Hong Kong, Venezuela e Chile novamente apresentaram grande crescimento em
comparação com o mesmo trimestre de 2011.
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5. Resultados do 2T12
Figura 2 - Receita e exportação de Figura 3 - Destino das exportações
carne in natura brasileiras 2T12
5,199 5,172 Outros
5,071 26,9% Russia
31,5%
1.059 1.088 1.088
1.055
4,875 913
4,810
209 203 210 187 227 Arabia
Saudita
5,1%
2T11 3T11 4T11 1T12 2T12
Hong Kong Egito 10,5%
Exportação (milhares de toneladas)
8,0%
Receita (US$ milhões) Venezuela
Preço Médio (US$) Chile 8,7%
9,2%
Fonte: SECEX
As Figuras 4 e 5 abaixo mostram a evolução mensal dos volumes e preços médios de exportação da carne bovina
brasileira.
Figura 4 - Volume de carne in natura Figura 5 - Preço médio carne in natura
9,22 9,34 9,40 9,13 8,63 8,47 8,77 9,20 9,51 9,57
7,88 8,42
83,1
74,2 74,7
72,6 74,2
65,9
69,8 69,2 5,04 5,27 5,27 5,27 5,25 4,97 4,82 4,93 4,88 4,96 4,79 4,67
62,8 63,1 62,8
55,0
ago-11
set-11
out-11
abr-12
jul-11
nov-11
dez-11
fev-12
mar-12
mai-12
jun-12
jan-12
ago-11
out-11
dez-11
mar-12
mai-12
jan-12
set-11
fev-12
abr-12
jul-11
nov-11
jun-12
Volume (mil toneladas) US$/Kg R$/Kg
Fonte: SECEX
Mercado Interno
O primeiro semestre do ano de 2011 foi marcado por um crescimento econômico abaixo do esperado pelo mercado
e pelo próprio governo. Esse baixo crescimento fez com que o governo revisasse a sua expectativa de crescimento de
PIB para 2012, de 4,5% para 3,0%, e tomasse algumas medidas para acelerar o consumo e consequentemente o
crescimento econômico do segundo semestre.
Apesar do crescimento econômico discreto no inicio do ano, os direcionadores de consumo continuam sólidos para o
segundo semestre do ano: taxa de desemprego em nível recorde de baixa; criação de empregos formais em forte
expansão; renda real do trabalhador brasileiro ainda crescendo e expansão do crédito em ritmo sustentável.
A expectativa é de um maior consumo de carne bovina não só pelas razões econômicas apontadas acima, mas
também por questões sazonais (o segundo semestre historicamente apresenta um consumo per capita superior
quando comparado ao consumo do primeiro semestre) e pela maior pressão no preço dos grãos por questões
climáticas, principalmente nos Estados Unidos (em especial milho e soja), que diretamente afetarão o preço das
proteínas concorrentes (e.g. aves e suíno) no resto do ano.
5
6. Resultados do 2T12
Paraguai
O Paraguai vem se consolidando como uma das principais plataformas de produção de carne bovina da América do
Sul, com um rebanho de grande qualidade (melhoria contínua através de genética e da evolução tecnológica) e baixo
custo devido a uma estrutura de produção altamente moderna e competitiva.
No Paraguai, o nível de abate vem crescendo gradativamente, com o preço da arroba se mantendo entre os mais
competitivos da América do Sul, possibilitando assim uma alta margem de retorno. Como destaque, o Paraguai tem
demonstrado custos de produção competitivos, rebanho em constante crescimento e desenvolvimento contínuo do
setor pecuário.
A harmonia entre uma indústria em desenvolvimento, eficiente e produtiva, inserida em um ambiente de custos
competitivos, junto a um setor pecuário que cresce e se desenvolve, consolida gradativamente o Paraguai como
protagonista importante no cenário mundial da carne bovina.
Mercado Externo
O acesso e a aceitação da carne paraguaia em outros mercados no 2T12 se elevaram, com destaque para a Rússia e o
Brasil, devido ao preço competitivo combinado com um produto de alta qualidade. Hoje, o mercado internacional já
considera o Paraguai como um dos mais importantes players do contexto mundial.
Mercado Interno
A econômica Paraguaia tem apresentado forte crescimento de seu Produto Interno Bruto, com crescimento médio
de 5,0% nos últimos cinco anos, e este fator, aliado às melhoras das condições sociais no país, tem impactado
diretamente no crescimento do consumo de carne bovina nos últimos anos. Este fator se repetiu no 2T12.
Figura 6 – Evolução do Abate de Bovinos e Preço médio do gado no
Paraguai
500 208 210 220
210
200
190
180
303
157 170
319 277 221
160
148 150 150
126
0 140
2T11 3T11 4T11 1T12 2T12
Abates (mil cabeças) Preço médio (US$/100Kg)
Fonte: SENACSA
Uruguai
No Uruguai, o abate de gado apresentou um aumento de 10,6% no 2T12 em relação ao 1T12 e 5,6% na comparação com
o mesmo período de 2011. O preço da arroba no Uruguai ainda tem se mostrado pressionado pelo lado da oferta,
consequência da seca que impactou o país em 2009. Adicionalmente, o clima favorável no primeiro semestre de 2012
contribuiu para que o gado uruguaio apresentasse um bom acabamento e assim, com o aumento no nível de abate,
houvesse um elevado volume de carne com alta qualidade.
6
7. Resultados do 2T12
Mercado Externo
O volume de exportação de carne do Uruguai aumentou no primeiro semestre do ano, devido às dificuldades do mercado
de exportação Argentino. Com isso, o Uruguai aumentou sua exposição em mercados que tradicionalmente possuem
margens mais elevadas. Destacamos as operações do PUL S.A. que possuem certificação “USDA organic” ampliando a sua
atuação em mercados de alta rentabilidade, nos Estados Unidos e Europa.
Mercado Interno
A elevação no nível de abate e, consequentemente na produção de carne, foi totalmente absorvida pelo mercado interno,
que elevou o consumo interno de carne per capita de cerca de 60kg no 1T12 para aproximadamente 65kg no 2T12.
Figura 7 – Evolução do Abate de Bovinos e Preço médio do gado no Uruguai
1.000 210
202
200
192
500 186 186 190
183
570 541 180
433
498 551
0 170
2T11 3T11 4T11 1T12 2T12
Abates (mil cabeças) Preço médio (US$/100Kg)
Fonte: INAC
7
8. Resultados do 2T12
Minerva – Análise dos Resultados
Após um primeiro trimestre de adição de capacidade em decorrência dos investimentos realizados ao longo do ano
de 2011, nosso nível médio de utilização esta voltando à média histórica do Minerva, que é referência do setor.
Fechamos o segundo trimestre de 2012 com 74,7%, um aumento 8,9 p.p. em relação ao primeiro trimestre do ano.
Abates
Figura 8 - Utilização da capacidade instalada de abate
78,2%
76,7%
74,7%
69,7%
65,8%
2T11 3T11 4T11 1T12 2T12
Fonte: Minerva
Receita Bruta Consolidada
R$ Milhões 2T12 1T12 Var.% 2T11 Var.% LTM 2T12 LTM 2T11 Var.%
Receita Bruta
1.141,1 1.005,9 13,4% 1.015,1 12,4% 4.450,4 3.828,0 16,3%
Divisão Carnes
904,3 793,3 14,0% 819,8 10,3% 3.559,5 2.978,7 19,5%
Divisão Outros
236,9 212,6 11,4% 195,4 21,2% 890,9 849,3 4,9%
R$ Milhões 2T12 1T12 Var.% 2T11 Var.% LTM 2T12 LTM 2T11 Var.%
Mercado Interno
373,1 346,0 7,8% 481,0 -22,4% 1.654,5 1.595,6 3,7%
% Receita Bruta
32,7% 34,4% -1,7 p.p. 47,4% -14,7 p.p. 37,2% 41,7% -4,5 p.p.
Divisão Carnes
307,4 276,3 11,2% 362,7 -15,3% 1.338,7 1.326,5 0,9%
Outros
65,7 69,7 -5,7% 118,3 -44,4% 315,9 269,0 17,4%
R$ Milhões 2T12 1T12 Var.% 2T11 Var.% LTM 2T12 LTM 2T11 Var.%
Mercado Externo
768,1 659,9 16,4% 534,1 43,8% 2.795,9 2.232,4 25,2%
% Receita Bruta
67,3% 65,6% 1,7 p.p. 52,6% 14,7 p.p. 62,8% 58,3% 4,5 p.p.
Divisão Carnes
596,9 517,1 15,4% 457,1 30,6% 2.220,8 1.652,2 34,4%
Outros
171,2 142,8 19,9% 77,0 122,1% 575,1 580,2 -0,9%
No segundo trimestre de 2012 a receita bruta totalizou R$1.141,1 milhões, 12,4% maior em relação ao mesmo
período de 2011. A participação das vendas no mercado interno representou 32,7% enquanto que as exportações
representaram 67,3% das vendas totais. As vendas para o mercado externo, impulsionadas pelo câmbio e pelo ganho
de competitividade do preço da arroba do gado brasileiro no mercado internacional, apresentaram um forte
8
9. Resultados do 2T12
crescimento quando comparadas com o primeiro e segundo trimestres de 2011. Adicionalmente, está acontecendo
de maneira gradativa a retomada das exportações de boi vivo, que também impactou positivamente no desempenho
da Divisão Outros no mercado externo. As Figuras 9 e 10 abaixo mostram a composição das vendas.
Figura 9 - Composição da receita Figura 10 - Composição da receita
bruta consolidada 2T12 bruta consolidada 2T11
Carnes ME Carnes ME
52,3% 45,0%
Outros MI
11,7%
Outros MI
5,8%
Outros ME
Outros ME Carnes MI 7,6%
Carnes MI
15,0% 35,7%
26,9%
Além do aumento das vendas, o market share do Minerva nas exportações de carne in natura (US$ FOB) do Brasil
durante os doze últimos meses finalizados no segundo trimestre de 2012 atingiu 22,3%, 1,5 p.p. acima do registrado
no mesmo período de 2011. O market share nas exportações do Paraguai apresentaram um crescimento de 0,6 p.p.
em relação ao mesmo segundo trimestre de 2011; no Uruguai, o crescimento no semestre foi de 0,4 p.p. no
acumulado do ano 2012 em relação a 2011.
Figura 11- Evolução market share Figura 12 - Evolução market share Figura 13 - Evolução market share
(Receita em US$ milhões) (Receita em US$ milhões) (Receita em US$ milhões)
4.045,0 4.143,2 475,5
22,3% 377,7 716,6
649,9 8,3%
20,8%
8,3% 8,9%
7,9%
840,4 925,9
39,3 33,8 51,3 59,5
LTM 2T11 LTM 2T12 2T11 2T12 2S11 2S12
Brasil Paraguai Uruguai
Minerva Friasa Pul S.A.
Fonte: Minerva, Secex, INACe Inalca
Divisão Carnes
As exportações do Brasil foram impulsionadas pelo excelente desempenho das vendas de carne in natura, onde
Rússia, Chile e alguns países do Oriente Médio e Norte da África foram os principais propulsores desse crescimento.
A desvalorização do real e a competitividade da arroba brasileira perante o mercado externo foram os grandes
favorecedores da excelente margem adquirida junto a esses mercados.
Vale destacar também o forte desempenho neste 2T12 das vendas de nossa unidade no Uruguai para o mercado
norte-americano, impulsionado também por uma demanda crescente de produtos orgânicos homologados pelo
USDA. Apesar da pressão pelo lado da oferta, nossa unidade PUL S.A. tem a vantagem competitiva em relação aos
outros produtores uruguaios de possuir mais de 45% de seu fornecimento cativo, através de programas de
integração e fomento, não só através de uma cooperativa de produtores, mas também com produtores integrados, o
que garante estabilidade no lado da oferta com preços mais competitivos.
9
10. Resultados do 2T12
No Paraguai, o destaque foi a crescente demanda da carne bovina paraguaia pelos mercados Russo e Brasileiro. Com
o preço da arroba em nível mais competitivo, obtivemos uma alta margem de retorno em nossas operações.
No resultado consolidado, o crescimento das vendas para o mercado externo no segundo trimestre de 2012 foi de
30,6% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, e 15,4% em relação primeiro trimestre de 2012.
Segue o detalhamento completo da divisão carnes:
R$ Milhões 2T12 1T12 Var.% 2T11 Var.% LTM 2T12 LTM 2T11 Var.%
Carne In Natura – ME 559,4 483,3 15,8% 427,6 30,8% 2.074,5 1.559,0 33,1%
Carne Processada – ME 6,6 5,6 18,5% 2,1 216,5% 25,6 5,0 415,7%
Outros – ME 30,9 28,2 9,3% 27,4 12,7% 120,7 88,3 36,7%
Sub-Total – ME 596,9 517,1 15,4% 457,1 30,6% 2.220,8 1.652,2 34,4%
Carne In Natura – MI 257,6 224,6 14,7% 307,2 -16,1% 1.134,3 1.139,5 -0,5%
Carne Processada – MI 1,6 4,1 -62,3% 5,0 -69,1% 14,8 15,5 -4,7%
Outros – MI 48,2 47,4 1,7% 50,5 -4,6% 189,6 171,5 10,6%
Sub-Total – MI 307,4 276,2 11,3% 362,7 -15,3% 1.338,7 1.326,5 0,9%
Total 904,3 793,3 14,0% 819,8 10,3% 3.559,5 2.978,7 19,5%
Volume (milhares de tons) 2T12 1T12 Var.% 2T11 Var.% LTM 2T12 LTM 2T11 Var.%
Carne In Natura - ME 55,5 46,4 19,4% 50,7 9,3% 211,7 182,6 15,9%
Carne Processada - ME 0,5 0,5 12,4% 0,2 123,1% 2,2 0,5 324,4%
Outros - ME 4,7 4,0 17,4% 4,2 12,8% 19,8 16,1 23,0%
Sub-Total - ME 60,7 50,9 19,2% 55,2 10,0% 233,7 199,2 17,3%
Carne In Natura - MI 34,0 28,8 18,1% 39,1 -13,0% 139,5 141,8 -1,6%
Carne Processada - MI 0,2 0,5 -45,5% 0,7 -65,7% 1,9 2,2 -11,4%
Outros – MI 8,1 6,3 27,9% 7,0 15,0% 30,0 24,4 22,9%
Sub-Total - MI 42,3 35,6 19,0% 46,9 -9,6% 171,4 168,3 1,8%
Total 103,0 86,5 19,1% 102,0 1,0% 405,1 367,5 10,2%
Preço Médio – ME (USD/Kg) 2T12 1T12 Var.% 2T11 Var.% LTM 2T12 LTM 2T11 Var.%
Carne In Natura - ME 5,15 5,88 -12,5% 5,05 2,0% 5,48 5,11 7,1%
Carne Processada - ME 6,51 6,85 -4,9% 5,39 20,9% 6,37 5,62 13,4%
Outros – ME 3,33 3,96 -15,9% 3,91 -14,9% 3,41 3,29 3,7%
Total 5,02 5,74 -12,5% 4,96 1,1% 5,31 4,97 6,9%
Média Dólar (fonte:BACEN) 1,96 1,77 10,7% 1,67 17,4% 1,79 1,67 7,2%
Preço Médio – ME (R$/Kg) 2T12 1T12 Var.% 2T11 Var.% LTM 2T12 LTM 2T11 Var.%
Carne In Natura - ME 10,09 10,41 -3,1% 8,43 19,7% 9,80 8,54 14,8%
Carne Processada - ME 12,77 12,12 5,4% 9,00 41,9% 11,40 9,38 21,5%
Outros – ME 6,53 7,01 -6,8% 6,53 -0,1% 6,11 5,49 11,2%
Total 9,83 10,16 -3,2% 8,28 18,7% 9,50 8,29 14,6%
Preço Médio – MI (R$/Kg) 2T12 1T12 Var.% 2T11 Var.% LTM 2T12 LTM 2T11 Var.%
Carne In Natura - MI 7,58 7,80 -2,9% 7,86 -3,6% 8,13 8,04 1,1%
Carne Processada - MI 6,24 9,02 -30,8% 6,91 -9,7% 7,62 7,09 7,6%
Outros – MI 5,95 7,49 -20,5% 7,18 -17,0% 6,33 7,03 -10,0%
Total 7,26 7,76 -6,5% 7,74 -6,2% 7,81 7,88 -0,9%
ME- Mercado Externo, MI – Mercado Interno
10
11. Resultados do 2T12
Divisão Outros
A Receita Bruta da Divisão Outros totalizou R$ 236,9 milhões no segundo trimestre de 2012, dos quais R$ 171,2
milhões representaram vendas para o mercado externo e R$ 65,7 milhões para o mercado interno.
O segmento de boi vivo apresentou novamente forte retomada das vendas em relação ao mesmo período do ano
passado. A revenda de produtos de terceiros continuou apresentando desempenho significativo no 2T12 otimizando
nossa rede de distribuição. A MDF também contribuiu com o aumento de sua produção, elevando o nível de
utilização de capacidade e seu faturamento. Finalmente, o desempenho do segmento de couros continua forte, com
destaque para o faturamento bruto das operações no Brasil nos mercados internacional e doméstico e do crescente
desempenho das vendas de couro de nossa unidade no Uruguai.
Receita Líquida Consolidada
A receita líquida no primeiro trimestre de 2012 totalizou R$1.077,2 milhões, um aumento de 14,6% em relação ao
mesmo período do ano passado e de 14,1% em relação ao primeiro trimestre de 2012.
R$ Milhões 2T12 1T12 Var.% 2T11 Var.% LTM 2T12 LTM 2T11 Var.%
Receita Bruta 1.141,1 1.005,9 13,4% 1.015,1 12,4% 4.450,4 3.828,0 16,3%
Deduções e Abatimentos
(64,0) (61,8) 3,5% (74,9) -14,6% (272,8) (231,9) 17,6%
Receita Líquida
1.077,2 944,1 14,1% 940,2 14,6% 4.177,6 3.596,1 16,2%
% Receita Bruta
94,4% 93,9% 0,5 p.p 92,6% 1,8 p.p 93,9% 93,9% -0,1 p.p
Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) e Lucro Bruto
O custo da mercadoria vendida para o primeiro trimestre do ano foi de R$863,1 milhões, implicando numa margem
bruta de 19,9%, sendo 4,7 pontos percentuais maior que o 2T11. Este forte desempenho é resultado da combinação
entre a inversão do ciclo do gado no Brasil, que resultou na queda do custo da arroba, nossa principal matéria prima
(+/- 80% do CVP) e da excelência na gestão de risco.
R$ Milhões 2T12 1T12 Var.% 2T11 Var.% LTM 2T12 LTM 2T11 Var.%
Receita Líquida 1.077,2 944,1 14,1% 940,2 14,6% 4.177,6 3.596,1 16,2%
CMV
(863,1) (759,7) 13,6% (797,1) 8,3% (3.443,6) (3.004,8) 14,6%
% Receita Líquida
80,1% 80,5% -0,4 p.p 84,8% -4,7 p.p 82,4% 83,6% -1,1 p.p
Lucro Bruto
214,1 184,3 16,2% 143,1 49,6% 734,0 591,3 24,1%
Margem Bruta
19,9% 19,5% 0,4 p.p 15,2% 4,7 p.p 17,6% 16,4% 1,1 p.p
Despesas com Vendas, Gerais e Administrativas
As despesas com vendas totalizaram R$85,0 milhões no 2T12. Como percentual da receita líquida, representaram
7,9%, uma queda de 1,7 p.p. em relação ao primeiro trimestre de 2012.
As despesas administrativas apresentaram redução em proporção à Receita Líquida, de 3,0% para 2,8%.
R$ Milhões 2T12 1T12 Var.% 2T11 Var.% LTM 2T12 LTM 2T11 Var.%
Despesas com Vendas (85,0) (90,7) -6,3% (56,2) 51,3% (295,1) (297,2) -0,7%
% Receita Líquida
7,9% 9,6% -1,7 p.p 6,0% 1,9 p.p 7,1% 8,3% -1,2 p.p
Despesas G&A
(30,2) (28,0) 8,0% (28,8) 4,8% (115,3) (83,6) 38%
% Receita Líquida
2,8% 3,0% -0,2 p.p 3,1% -0,3 p.p 2,8% 2,3% 0,4 p.p
11
12. Resultados do 2T12
EBITDA
Encerramos o segundo trimestre do ano com um EBITDA de R$112,7 milhões, uma expansão de 41,4% em relação ao
2T11. A margem EBITDA atingiu 10.5%, uma expansão de 2,0 p.p. em relação ao mesmo período de 2011.
R$ Milhões 2T12 1T12 Var.% 2T11 Var.% LTM 2T12 LTM 2T11 Var.%
Resultado antes part. minoritários (130,9) (66,7) 96,2% (3,4) 3.721,7% (167,1) 63,3 -363,8%
(+) IR e CS e Diferidos
(43,4) (6,3) 588,1% 2,1 -2.162,1% (148,5) (84,5) 75,6%
(+) Resultado Finan. Líquido
274,2 138,4 98,1% 69,4 295,0% 651,2 249,7 160,8%
(+) Depreciação e Amortização
12,7 11,8 7,5% 10,4 22,0% 47,6 36,9 28,9%
(+) Itens não-recorrentes
0,0 0,0 0,0% 1,2 0,0% 13,9 26,3 -47,1%
EBITDA
112,7 77,2 45,9% 79,7 41,4% 397,1 291,7 36,2%
Margem EBITDA
10,5% 8,2% 2,3 p.p 8,5% 2,0 p.p 9,5% 8,1% 1,4 p.p
Resultado Financeiro
No segundo trimestre de 2012, o resultado financeiro líquido foi impactado pela desvalorização cambial, que teve
um efeito negativo não caixa sobre nossa dívida.
O quadro a seguir apresenta um detalhamento do resultado financeiro do segundo trimestre de 2012:
R$ Milhões 2T12 1T12 Var.% 2T11 Var.%
Despesas Financeiras (83,1) (79,3) 4,8% (47,4) 75,3%
Receitas Financeiras 18,8 14,3 31,5% 8,1 132,1%
Variação Cambial (198,8) (11,6) 1.613,8% 14,8 -1.443,2%
Outras despesas (*) (11,1) (61,9) (82,1%) (44,9) -75,3%
Resultado Financeiro (274,2) (138,4) 98,1% (69,4) 295,1%
(*) Incluem Hedge Cambial, Commodities, Descontos Financeiros e Comissões Bancárias
(*) Outras Despesas (em R$ Milhões) 2T12
Despesas com Hedge Cambial e Commodities 5,7
Descontos Financeiros, Taxas, Comissões, Desconto
-16,8
Comercial e Outras Despesas Financeiras
Total -11,1
12
13. Resultados do 2T12
Lucro Líquido
O lucro líquido, antes do imposto de Renda no 2T12, ajustado para compensar o efeito cambial não-recorrente e não
caixa, atingiu R$24,6 milhões, conforme demonstrado abaixo.
R$ Milhões 2T12 1T12 Var.% 2T11 Var.% LTM 2T12 LTM 2T11 Var.%
Lucro (Prejuízo) Líquido
(130,9) (66,7) 96,1% (3,4) 3.721,7% (167,1) 66,1 -352,7%
% Margem Líquida
-12,1% -7,1% -5,1 p.p -0,4% -11,8 p.p -4,0% 1,8% -5,8 p.p
R$ Milhões 2T12
Lucro antes do imposto de renda (174.221)
Variação cambial sem efeito caixa 198.827
Lucro ajustado antes do imposto de renda 24.606
Estrutura de Capital
O Minerva encerrou o 2T12 com R$ 818,5 milhões em caixa, saldo suficiente para cobrir todas as amortizações de
dívida até 2018. A dívida de curto prazo encerrou o trimestre em 12% do total. Ao final do 2T12 aproximadamente
74% da dívida total era denominada em dólares.
O Minerva encerrou o trimestre apresentando relação dívida líquida/EBITDA de 3,99x, mesmo considerando o
impacto de quase R$ 200 milhões de variação cambial não-caixa em nossa dívida.
Figura 14 - Amortização da Dívida
910,3
818,5
749,4
135,2 120,0 144,7
77,1 49,5 91,2 69,5
18,1 22,0 29,1 8,1 4,9 4,9
Caixa 3T12 4T12 1T13 2T13 3T13 4T13 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
13
14. Resultados do 2T12
R$ milhões 2T12 1T12 Var. % 2T11 Var. %
Dívida de Curto Prazo 279,9 282,7 -1,0% 403,0 -30,5%
% Dívida de Curto Prazo 11,5% 12,4% -0,9 p.p 21,1% -9,6 p.p
Moeda Nacional 95,3 143,1 -33,4% 222,5 -57,1%
Moeda Estrangeira 184,6 139,6 32,2% 180,5 2,3%
Dívidas de Longo Prazo 2.154,0 1.995,1 8,0% 1.503,7 43,2%
% Dívida de Longo Prazo 88,5% 87,6% 0,9 p.p 78,9% 9,6 p.p
Moeda Nacional 415,9 396,6 4,9% 710,6 -41,5%
Moeda Estrangeira 1.738,1 1.598,5 8,7% 793,1 119,2%
Dívida Total 2.433,9 2.277,8 6,9% 1.906,7 27,7%
Moeda Nacional 511,2 539,7 -5,3% 933,1 -45,2%
Moeda Estrangeira 1.922,7 1.738,1 10,6% 973,6 97,5%
(Disponibilidades) (818,5) (846,3) -3,3% (613,6) 33,4%
Dívida Líquida* 1.587,8 1.394,8 15,8% 1.258,0 28,4%
Dívida Liquida/EBITDA 3,99 x 3,83 x - 0,16 x 3,99 x -
(*) Ajustado para ações em tesouraria e cotas subordinadas FDIC
MOEDA NACIONAL (em R$ milhares) MOEDA ESTRANGEIRA (em R$ milhares)
2T12 1T12 2T12 1T12
2T12 - 33.825 2T12 - 59.904
3T12 46.993 35.244 3T12 88.218 59.343
4T12 10.986 62.151 4T12 66.102 1.592
1T13 31.416 11.808 1T13 18.127 18.802
2T13 5.951 23.439 2T13 12.128 10.933
2013 120.504 46.509 2013 21.471 48.788
2014 124.534 63.160 2014 20.140 67.120
2015 91.233 189.583 2015 - 29.358
2016 29.096 27.268 2016 - 0
2017 15.531 14.600 2017 53.942 56.220
2018 8.053 8.455 2018 - 0
2019 4.924 6.369 2019 744.464 626.352
2020 4.924 6.369 2020 - 0
2021 4.924 6.221 2021 - 0
2022 12.147 4.592 2022 898.112 759.787
Total 511.216 593.593 Total 1.922.704 1.738.199
14
15. Resultados do 2T12
Investimentos
Investimentos
No segundo trimestre de 2012 os investimentos totalizaram R$28,0 milhões, em sua maioria aplicada à manutenção
de nossas operações.
Fluxo de Caixa
Investimentos
No segundo trimestre de 2012, apresentamos geração de fluxo de caixa livre no valor de R$44,1 milhões.
Adicionalmente, nossas atividades operacionais geraram fluxo de caixa positivo de R$122,7 milhões, mantendo assim
a boa performance iniciada no 4T11.
Fluxo de Caixa Livre do Acionista
R$ Milhões 2T12
EBITDA 112.693
Variação da necessidade de capital de giro 21.125
Capex -28.245
Despesa Financeira (conceito Caixa) -61.435
Fluxo de caixa livre ao acionista 44.138
Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais
R$ Milhões 2T12
Lucro líquido -130.855
Ajustes do lucro líquido 232.423
(+/-) Variação da necessidade de capital de giro 21.125
Fluxo de caixa operacional 122.693
15
16. Resultados do 2T12
Sobre o Minerva S.A
O Minerva S.A. é um dos líderes na América do Sul na produção e comercialização de carne bovina, couro,
exportação de boi vivo e derivados, está entre os três maiores exportadores brasileiros do setor em termos de
receita bruta de vendas, e atua também no segmento de processamento de carne bovina, suína e de aves,
comercializando seus produtos para mais de 100 países. A Companhia tem capacidade diária de abate de 10.480
cabeças de gado e de desossa equivalentes a 12.911 cabeças de gado por dia. Presente nos estados de São Paulo,
Rondônia, Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, e também no Paraguai e no Uruguai, o Minerva opera
dez plantas de abate e desossa, uma de processamento e onze centros de distribuição. Nos últimos doze meses
findos em 30 de junho de 2012, a Companhia apresentou uma receita líquida de vendas de R$ 4,2 bilhões,
representando crescimento de 16,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Relacionamento com Auditores
Em conformidade com a Instrução CVM nº 381/03 informamos que nossos auditores não prestaram outros serviços no
exercício de 2010 e trimestre findo em 31 de dezembro de 2011 que não os relacionados com auditoria externa.
Declaração da Diretoria
Em observância às disposições constantes em instruções da CVM, a Diretoria declara que discutiu, reviu e concordou com
as informações contábeis individuais e consolidadas relativas ao trimestre findo em 30 de junho de 2012 e com as opiniões
expressas no relatório de revisão dos auditores independentes, autorizando a sua divulgação.
16
17. Resultados do 2T12
ANEXO 1 - DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADO (CONSOLIDADO)
2T12 1T12 2T11
Receita de vendas externo 373.089 659.875 480.979
Receita de venda interno 768.052 346.012 534.134
Receita Bruta de vendas 1.141.141 1.005.887 1.015.113
Deduções e abatimentos (63.969) (61.823) (74.903)
Receita líquida de vendas 1.077.172 944.064 940.210
Custo das mercadorias vendida (863.065) (759.744) (797.090)
Lucro Bruto 214.107 184.320 143.120
Despesas com vendas (85.019) (90.726) (56.187)
Despesas administrativas e gerais (30.226) (27.984) (28.843)
Despesas financeiras (94.247) (141.145) (92.352)
Receitas financeiras 18.849 14.335 8.131
Variação Cambial (198.827) (11.608) 14.805
Outras receitas (despesas) operacionais 1.142 (233) 10.005
Receitas (despesas) operacionais (388.328) (257.361) (144.441)
Lucro Operacional (174.221) (73.041) (144.441)
Lucro antes dos impostos diferidos (174.221) (73.041) (73.041)
IR e contribuição social – corrente (380) (829) -
IR e contribuição social – diferido 43.746 7.131 (2.103)
Resultado do período antes da participação dos acionistas não
controladores e da reversão dos juros sobre o capital próprio (130.855) (66.739) (3.424)
Lucro Líquido (130.855) (66.739) (3.424)
Lucro atribuído a acionistas controladores (130.336) (65.743) (1.500)
Lucro atribuído a acionistas não-controladores (519) (996) (1.924)
17
18. Resultados do 2T12
ANEXO 2 – BALANÇO PATRIMONIAL (CONSOLIDADO)
Ativo 2T12 1T12
Ativo circulante
Caixa e equivalentes de caixa 818.522 846.276
Contas a receber de clientes 168.449 130.070
Estoques 182.170 200.275
Tributos a recuperar 469.265 455.909
Créditos Diversos 108.509 99.279
Ativos Biológicos 34.093 36.895
Total do ativo circulante 1.781.008 1.768.704
Ativo não circulante
Partes relacionadas 6.531 7.483
Tributos a recuperar 108.536 108.744
Tributos Diferidos 280.361 235.612
Créditos Diversos 21.301 33.211
Depósitos judiciais 10.326 10.082
Subtotal I 427.055 395.132
Imobilizado Líquido 1.142.898 1.127.838
Intangível 340.790 340.294
Subtotal II 1.483.688 1.468.132
Total do ativo não circulante 1.910.743 1.863.263
Total do ativo 3.691.751 3.631.967
Passivo 2T12 1T12
Passivo circulante
Empréstimos e financiamentos 279.921 282.669
Fornecedores 281.041 264.471
Obrigações fiscais e trabalhistas 61.934 55.606
Outras contas a pagar 90.316 68.564
Total do passivo circulante 713.212 671.310
Passivo não circulante
Exigível a longo prazo
Empréstimos e financiamentos 2.153.999 1.995.122
Obrigações fiscais e trabalhistas 41.311 44.358
Provisão para contingências 19.285 19.285
Partes relacionadas 66.531 71.003
Contas a pagar 33.234 29.759
Passivos fiscais diferidos 87.535 86.862
Total do passivo não circulante 2.401.895 2.246.389
Capital social 276.691 257.885
Ações em tesouraria (11.331) (20.883)
Reserva de capital 330.170 368.673
Reserva de reavaliação 74.446 75.085
Reserva de lucros 48.366 48.366
Ajustes de avaliação patrimonial (22.658) (25.690)
Lucros acumulados (194.143) (64.776)
Patrimônio líquido atribuído aos acionistas controladores 501.541 638.660
Participação de não controladores 75.103 75.608
Total do patrimônio líquido 576.644 714.268
Total do passivo e do patrimônio líquido 3.691.751 3.631.967
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19. Resultados do 2T12
ANEXO 3 - FLUXO DE CAIXA (CONSOLIDADO) – Cálculo Financeiro
Fluxo de caixa 2T12 1T12
Lucro (prejuízo) líquido (130.855) (66.739)
Ajustes para conciliar o lucro (prejuízo) líquido pelas atividades
Depreciações e amortizações 12.689 11.812
Resultados atribuídos aos não-controladores 519 996
Valor Justo de Ativos Biológicos (4.054) 3.501
Realização dos tributos diferidos -diferenças temporárias (43.746) (7.131)
Realização Líquida da reserva de reavaliação (967) 967
Encargos financeiros 74.522 75.018
Variação cambial não realizada 193.460 (10.129)
Provisão para contingências - (1)
Contas a receber (35.700) 74.973
Estoques 18.105 (31.852)
Ativos Biológicos 6.856 7.284
Tributos a recuperar (13.148) (22.924)
Contas a receber de partes relacionadas (3.520) (2.489)
Depósitos Judiciais (244) (139)
Fornecedores 16.570 (46.646)
Obrigações trabalhistas e tributárias 3.281 (936)
Contas a pagar 28.925 30.826
Caixa Aplicado nas atividades Operacionais 122.693 16.392
Fluxo de caixa de Operações de Investimentos
Pagamento parcela PUL - (23.717)
Aquisição de Intangível (281) (846)
Aquisição de imobilizado (27.964) (24.851)
Caixa Aplicado nas atividades de Investimentos (28.245) (49.414)
Fluxo de Caixa de Atividades Financeiras
Empréstimos e financiamento tomados 343.722 799.559
Empréstimos e financiamento liquidados (455.743) (622.700)
Debêntures conversíveis em ações (17.151) (5.634)
Variação na participação de não controladores (505) (1.100)
Integralização do capital em dinheiro 18.806 5.634
Juros sobre capital próprio - (17.680)
Dividendos - (11.762)
Ações em tesouraria 9.552 (13.401)
Cancelamento de ações em tesouraria (20.883) -
Caixa líquido proveniente das atividades de financiamentos (122.202) 132.916
Redução líquido de caixa e equivalente de caixa (27.754) 99.894
Caixa e equivalentes caixa
No início do exercício 846.276 746.382
No fim do exercício 818.522 846.276
Redução líquido de caixa e equivalente e de caixa (27.754) 99.894
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