6. BUMBA MEU BOI
BUMBA MEU BOI E UMA DANÇA FOLCLORICA E
POPULAR BRASILEIRA, COM PERSONARGENS HUMANOS
E ANIMAIS FANTASTICO, QUE GIRA EM TORNO DE UMA
LENDA SOBRE A MORTE E A RESSURREIÇAO DE UM BOI.
7. Em diversas cidades do Brasil, especialmente no Norte e no
Nordeste, mas também em algumas do Sudeste, como
Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, existem
agremiações chamadas bois que realizam cortejos ou outros
tipos de apresentações, utilizando a figura do animal, tendo
muitas vezes caráter competitivo.
8. Ao espalhar-se pelo país, o bumba meu boi adquire nomes,
ritmos, formas de apresentação, indumentárias, personagens,
instrumentos, adereços e temas diferentes. Dessa forma,
enquanto em Pernambuco é chamado boi-calemba ou bumbá;
no Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas e Piauí é chamado
bumba meu boi.
9. no Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas e Piauí é
chamado bumba meu boi; no Ceará, é boi de reis, boi-
surubim e boi-zumbi; na Bahia, é boi-janeiro, boi-estrela-do-
mar, dromedário e mulinha-de-ouro; em Minas Gerais,
Rio de Janeiro, Cabo Frio e Macaé .
10. Historia
Manifestações culturais e religiosas em torno da figura do boi
existiram em diversas culturas antigas pelo mundo.4 A festa
do bumba meu boi surgiu no nordeste do país.
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12. Sobre o surgimento dessa festa, foram criadas lendas, mas
todas sem qualquer fundamento histórico. Uma dessas
lendas em torno de seu surgimento diz que essa festa surgiu
no Estado do Piauí, pois a região onde hoje se situa o Piauí
começou a ser povoada por vaqueiros que vinham da Bahia
em busca de novas pastagens para o gado.
13. Enredo
Existem algumas variações a respeito da lenda do boi. A
história mais comum aborda a escrava Catirina (ou Catarina),
grávida, que pede ao marido Chico (ou Pai Francisco) para
comer língua de boi. O escravo atende ao desejo da esposa,
matando o boi, e sendo preso a mando do dono da fazenda.
Com a ajuda de curandeiros, o boi é então ressuscitado.
14. Dependendo da versão, outros personagens podem ser
incorporados, tais como: Bastião, Arlequim, Pastorinha,
Turtuqué, o engenheiro, o padre, o médico, o diabo, entre
outros. Quase todos quase sempre interpretados por homens,
que se travestem para compor os personagens femininos.
Em algumas versões, Pai Chico chama-se Mateus e o boi não é
morto por ele, mas apenas se perde e acaba morto no decorrer
da história, sendo também ressucitado ao fim.
15. Concepção
A essência da lenda enlaça a sátira, a comédia, a tragédia e o
drama, e demonstra sempre o contraste entre a fragilidade do
homem e a força bruta de um boi. Esta essência se originou da
lenda de Catirina e Pai Francisco, de origem nordestina. Ao ser
levada para a região Norte, sofreu adaptação à realidade amas
reverência ao boi como se esse fosse, nativo da floresta
Amazônica (o que é historicamente incorreto, pois o gado
bovino não é nativo das Américas), também exaltando a alegria,
sinergia e força das festas coletivas indígenas.
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17. Instrumentos
Os bois de influência predominantemente indígena, bois de
matraca, utilizam principalmente os seguintes instrumentos:
maracá: instrumento feito de lata, cheio de chumbinhos ou
contas de Santa Maria. É um instrumento de origem tanto
africana como indígena;
matraca: feita de madeira, principalmente pau d'arco, é tocada
batendo-se uma contra a outra;
18. pandeirão: pandeiro grande, coberto geralmente de couro de
cabra. Alguns têm mais de 1 metro de diâmetro e cerca de
10 cm de altura. São afinados a fogo.
tambor onça: É uma espécie de cuíca, toca-se puxando uma
vareta que fica presa ao couro e dentro do instrumento. Imita
o urro do boi, ou da onça.
19. Os bois de zabumba utilizam principalmente:
tamborinho: pequeno tambor coberto de couro de bicho. O mais
comum é usar couro de cutia. É tocado com a ponta dos dedos.
zabumba: é um grande tambor, conhecido também como bumbo,
é um instrumento típicamente africano; tambor de fogo: feito de
uma tora de madeira ocada à fogo e coberto por um couro cru
de boi preso à tora por cravelhas. É um instrumento tipicamente
africano;
20. Os bois de orquestra têm instrumentação muito variada: utilizam
instrumentos de sopro como saxofones, trombones, clarinetas e
pistões; banjos, bumbos e taróis, também mara.