O trabalho tem por objetivo compreender as relações estabelecidas pelos jovens rurais, mediados por aspectos de trabalho e de sociabilidade, relacionando-os com as formas de organização social local. Para tanto, intercalam-se reflexões analíticas apoiadas em referências bibliográficas, contrastando com o caso da Associação da Juventude Rural de Arroio do Tigre (AJURATI). A constituição histórica da associação propõe romper com a invisibilidade do jovem, constituindo-os em processos de valorização, legitimação e reconhecimento social. A análise baseia-se em desconstituir a concepção de intervenção voltada apenas para os componentes trabalho e produção, atentando para estímulos e incentivos de políticas voltadas para sociabilidade, lazer, entretenimento, educação e cultura. O estudo demonstra a necessidade de um re-olhar para o jovem rural, através de uma experiência estimulada na década de 80, pela atuação da extensão rural, que se transformou em relevante espaço na sociedade local, protagonizado pelo potencial de transformação do jovem rural.