O documento discute as indicações e formas de uso de máscaras de fuga, que servem para auxiliar na fuga em ambientes com riscos químicos ou de incêndio. Existem máscaras dependentes e independentes do ar atmosférico, sendo que as independentes geram oxigênio através de reações químicas. O texto explica os procedimentos de uso correto de cada tipo para garantir a segurança do trabalhador.
1. Máscaras de fuga – Indicações e formas
de uso
No artigo e vídeo de hoje falaremos sobre algo muito importante e
até pouco conhecido, ás máscaras de fuga.
O material é fruto de uma visita que fiz na Dräger. Fui muito bem
acolhido lá. Foram realmente dois dias especiais!
Visita em que tive a primeira oportunidade de trocar figurinhas
com Mário Sobralpessoalmente. Curiosamente começamos a
fazer trabalhos juntos na internet mesmo antes de nos vermos
pessoalmente.
Ok, ok, sei que não veio aqui para me “ver falar” sobre meu
primeiro bate papo pessoal com o Mário Sobral, sendo assim,
confira o artigo e vídeo.
MÁSCARAS DE FUGA – INDICAÇÕES E FORMAS
DE USO
Máscara de fuga serve para nos auxiliar em uma fuga.
Normalmente são usadas em ambientes que podem acontecer
acidentes subitamente com produtos químicos e outros. Nesses
ambientes se torna impossível respirar normalmente, e aí que entra
a máscara de fuga.
A máscara serve para garantir que o trabalhador saia do local do
acidente em segurança, mesmo se o ambiente estiver contaminado
por produtos químicos disperso no ar. Também por causa da baixa
concentração de oxigênio em incêndios posso usar máscara de
fuga.
2. TIPOS DE MÁSCARAS DE FUGA
Temos dois tipos de máscaras de fuga:
As máscaras de fuga dependentes do ar atmosférico, e
as independentes do ar atmosférico.
DEPENDENTE DE AR ATMOSFÉRICO
Na imagem abaixo você vê uma máscara e fuga dependente de ar
atmosférico. Com esse tipo de máscara preciso ter um mínimo de
oxigênio para poder utilizá-la.
Procedimento de uso: retiramos o lacre, a máscara, mordemos o
bocal da máscara. Colocamos a pinça nasal, forçando assim a
respiração pela boca.
Então o ar contaminado irá entrar pelo filtro, sendo ser filtrado, e
logo após, respirado pelo usuário.
3. É importante frisar que é preciso ter uma condição de ar para poder
usar esse tipo de máscara de fuga. É preciso ter no mínimo de
18% a 19,5% de oxigênio para poder ter uma respiração com o
mínimo de riscos.
NÃO DEPENDENTES DE AR ATMOSFÉRICO
Abaixo vamos um exemplo de uma máscara muito utilizada na
mineração.
4. Na mineração, por exemplo, pode ter galerias enormes, logo, se
acontece um incêndio, o monóxido de carbono tenderá a preencher
toda a galeria dentro da mina, então, não teria como usar a
máscara do exemplo anterior. A anterior tem filtro de ar para filtrar
o ar do ambiente, e nesse ambiente não adiantaria, já que não terei
oxigênio para filtrar.
Abaixo um tipo de máscara de fuga geradora de oxigênio. No caso
de acidente ao retiramos a máscara da caixa ela já começa a ter
uma reação com o dióxido de potássio.
Quando começo o procedimento de uso que é colocar o bocal na
boca e travar o nariz com a pinça nasal, forçamos a respiração por
uma bolsa.
O ar circulando dentro da bolsa, gera uma concentração de
oxigênio pela reação de troca com CO2. Gerando um pouquinho de
O2, assim, terei sempre 21% de oxigênio dentro da bolsa para
respirar.
5. Considerando uma taxa de respiração de 35 litros por minuto
dentro da bolsa, temos oxigênio suficiente para respirar por mais
ou menos 30 minutos. Esse é um tempo razoável para sair da área
de risco ou ir para uma câmara de salvamento subterrâneo.
IMPORTÂNCIA DA PINÇA NASAL
A pinça nasal é um dos instrumentos mais importantes da peça de
respiração, porque ela irá travar o nariz do usuário. Obrigando
assim, o usuário a não respirar pelo nariz, ou seja, o usuário será
obrigado a inalar e exalar o ar pela boca. Somente assim o usuário
terá oxigênio para respirar.
Máscara de fuga com cilindro
Em plataformas de petróleo e gás a umidade é muito grande, por
isso, deve ser evitado utilizar equipamentos de geração de CO2.
Nesse caso podemos utilizar o equipamento com cilindro.
No caso de acidente no momento em que apareceu um
contaminante, o operador normalmente irá abrir a bolsa para retirar
6. o capuz. Assim que retirado o capuz da bolsa ele já começa a
gerar um fluxo de ar dentro da máscara.
Benefício: Como a vedação se faz pelo pescoço não é necessário
ter preocupação se usuário tem barba ou não, basta colocar e
respirar normalmente.
Para controlar a intensidade de ar liberada pelo cilindro temos o
redutor de pressão, e assim, não temos problema como um
possível excesso de ar no fluxo de ar constante.
O equipamento dá ao usuário algo em torno de 15 minutos de ar
respirável. É tempo para sair daquele local perigoso indo então,
para um local seguro ou ponto de encontro. Local que terá uma
atmosfera com ar respirável.
7. Nessa máscara temos dois itens de proteção importantes, o
primeiro, a vedação que se dá no pescoço do usuário. Nunca o ar
contaminado vai entrar pelo capuz, a vedação é bem eficiente.
Outro fato importante é que a pressão de ar enviada pelo cilindro
garante manter a pressão positiva mesmo se ocorrer um rasgo no
tecido do capuz.
8. AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Dräger e ao colega Joelmir Moras pelas valiosas
informações. Sem eles não conseguiria esse tipo de material para
trazer até você.
Se gostou, comente. Porque assim estaremos analisando a
possibilidade de irmos novamente a Drager gravar novos vídeos
com assuntos como esses, pouco discutidos por nós, meros
mortais .