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O Elétrico
Naquele dia, o João, rapaz baixo e magro, enquanto se dirigia para a
escola no elétrico, estava a tentar decorar uma piada, para mais tarde
poder contar aos seus “amigos”, ou melhor dizendo colegas de escola.
Como era um rapaz magro, ele era muitas vezes alvo de insultos e
pequenos empurrões, mas ele respondia com muitas boas piadas, que
fazia com que ele apanhassetareia, porqueos outros não gostavamde
ficar semresposta. De repente, o maquinista teve de travar forçadamente,
porqueum miúdo estúpido decidiu passar à frente do eléctrico a correr,
fazendo com que uma rapariga gira e sexy caíssepara cima dele. Depois,
ela agradeceu-lhee falaramdurante algum tempo. O João descobriu que
ela andava na sua escola e muitas outras coisas, muito menos
interessantes. Ele acabou por lhe contar a piada e ambos se riram. O João
sentia que gostava dela, como se fosseumíman. Infelizmente, estavam a
chegar à escola, quando o João lhe ia contar outra piada. Despediram-see
quando o João estava a caminhar para a sala, apercebeu-seque aquela
podia vir a ser a sua nova namorada.
Infelizmente, passou a sua primeira aula a pensar naquela rapariga, não se
concentrando na aula. Ele simplesmente não conseguia deixar de pensar
nela. Mas ela tinha namorado. E era um dos “amigos” dele…
Depois de algumas semanas, semprea falar com ela nos autocarros o
namorado dela descobriu que eles falavam… Confrontou o João no
intervalo, mas o João mantinha-secalmo e firme, dizendo que era só um
amigo. O seu “amigo” não acreditava e começou a empurrar o João… Mas
aquilo ficou sério quando o João o provocou dizendo que para um
namorado não dá muita atenção à namorada e que ela não merecia uma
pessoacom cabeça oca. Ele passou-seedesferiu um soco direitinho à
cabeça do João, mas o João desviou-secomagilidade, desferiu meia-dúzia
de murros na barriga do seu adversário. O seu adversário tentou pegá-lo
pela cintura para o levantar, mas antes disso o João mandou-lhe uma
cabeçada e depois rasteirou-o. O João estivera a treinar judo e autodefesa
à algumas semanas, sempreà espera deste momento. Ele sabia este dia
havia de chegar e como não queria apanhar um enxerto de porrada. O seu
“amigo” estava no chão a gemer com as duas mãos na cabeça e ele sentiu-
se culpado... Estavamali muitos dos seus colegas e ele não queria
problemas. Diz logo que quem se tentar meter com ele vai também parar
ao chão e ninguém dissenada, apenas foramajudar o seu colega. O João
sabia que iria ser uma nova era da sua adolescia, uma vez que iriam ter
respeito por ele. E também sabia que não ia ter problemas com stores,
porqueum musculado daqueles dizer que umfraquinho como um João o
tinha derrotado só iriam gozar com ele… Então, já sem tempo, chega a
rapariga. Ele não sabia qual seria a sua reacção, se seria lhe bater ou
abraçá-lo. Ela passou por ele e beijou-o. Depois, virou costas e
desapareceu na multidão que seencontrava no multidão… Foi mesmo
estranho… O João não sabia o que havia de pensar…
Passadas algumas semanas, nas quais ela o ignorou, voltarama falar e
ficaramnamorados. Ela ficou um bocado chateada por ele não lhe ter
contado o que sentia por ela, mas compreendeu que caso ele lhe contasse
o João estaria feito em pedaços quando menos esperasse.
O ex-namorado dela fez as pazes com o João e todos passarama conviver
em paz, sem lutas nem descriminações. Ele admitiu que também só
namorava comela para ser popular, uma das razões para ela acabar com
ele.
FIM

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