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Capa
Manual de Recursos
Terapêuticos Manuais
UNIVERSIDADE
		 FEDERAL DA PARAÍBA
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Vice-Reitor EDUARDO RAMALHO RABENHORST
	 EDITORA DA UFPB
Diretora IZABEL FRANÇA DE LIMA
	
	
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CONSELHO EDITORIAL
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Ilda Antonieta Salata Toscano (Ciências Exatas e da Natureza)
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Eliana Vasconcelos da Silva Esvael (Linguística e Letras)
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Fabiana Sena da Silva (Multidisciplinar)
Bernardina Maria Juvenal Freire de Oliveira (Ciências Sociais Aplicadas)
Newton da Silva Pereira Júnior
Rogério Moreira de Almeida
(Organizadores)
Manual de Recursos
Terapêuticos Manuais
Autores colaboradores
Edilane Mendes de Lima
Gabriel Gouveia Rodrigues
Gabriela Emílio Lima dos Santos
João Aragão Filho
Editora da UFPB
João Pessoa
2016
Copyright © 2014 EDITORA UFPB	
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conforme a Lei nº 10.994, de 14 de dezembro de 2004.
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Manual de recursos terapêuticos manuais [recurso 	 eletrô
nico] / Organizadores:
Newton da Silva Pereira Júnior, Rogério Moreira de
Almeida.-- João Pessoa: Editora da UFPB, 2016.
1CD-ROM; 43/4pol.(---kb)
ISBN: 978-85-237-1247-1	
1. Fisioterapia - manual. 2. Recursos terapêuticos manuais.
3. Terapia manual. 4. Massoterapia. I. Pereira Júnior, New-
ton da Silva. II. Almeida, Rogério Moreira de.
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EDITORA DA UFPB 	 Cidade Universitária, Campus I ­­
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Fone: (83) 3216.7147
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...................................................................................10
OBJETIVOS.........................................................................................12
CAPÍTULO I........................................................................................13
Abordagem do Paciente no Leito Hospitalar........................13
O Posicionamento do Paciente no Leito Hospitalar............14
DecúbitoFowler..............................................................................15
Mudanças de Decúbito.................................................................16
Decúbito Dorsal Para Decúbito Lateral..................................16
Decúbito Lateral Para Sentado..................................................18
Sentado Para de Pé........................................................................19
TransferênciaEntreAssentos....................................................20
CAPÍTULO II................................................................................22
AnatomiaPalpatória.....................................................................22
Clavícula, Articulações Esternoclavicular e Acromioclavicular......................23
Bursa Subacromial (Subdeltóidea)......................................................................24
Músculo Bíceps Braquial........................................................................................25
Músculo Deltóide.....................................................................................................25
Escápula....................................................................................................................26
Palpação do Cotovelo....................................................................27
Nervo Ulnar......................................................................................27
Epicôndilo Medial e Tendões Flexores do Punho..............................................28
Epicôndilo Lateral e Tendões Extensores do Punho.................................................29
MúsculoTrícepsBraquial........................................................................................................29
Palpação do Punho........................................................................31
Tendões Flexores do Punho e Tendões Extensores do Punho.............................31
Túnel do Carpo..............................................................................................................................31
ArtériasRadialeUlnar...............................................................................................................32
Palpação da Mão............................................................................33
Eminência Tenar...........................................................................................................................33
Eminência Hipotenar.................................................................................................................34
Metacarpianos e Falanges......................................................................................35
PalpaçãodoQuadril......................................................................36
Espinha Ilíaca Póstero-Superior (EIPS) e Crista Ilíaca......................................36
Espinha Ilíaca Ântero-Superior (EIAS)................................................................36
Trocânter Maior.......................................................................................................37
Músculos Glúteos.....................................................................................................38
Nervo Ciático............................................................................................................38
Palpação do Joelho........................................................................39
Patela, Tendão do Quadríceps e Ligamento Patelar..........................................39
Músculo Quadríceps da Coxa................................................................................40
Ligamento Colateral Medial (LCM)......................................................................40
Ligamento Colateral Lateral (LCL).......................................................................41
Meniscos...................................................................................................................42
Palpação do Tornozelo.................................................................42
MaléoloMedialeLigamentoDeltóide..................................................................42
MaléoloLateraleLigamentosInseridos..............................................................43
Tendão Calcâneo......................................................................................................45
Palpação da Coluna Cervical......................................................45
Músculo Esternocleidomastóideo........................................................................45
Músculo Trapézio....................................................................................................46
Processos Espinhosos e Processos Transversos da Coluna Cervical	
............47
Palpação da Coluna Torácica......................................................47
Processos Espinhosos e Processos Transversos da Coluna Torácica............47
Palpação da Coluna Lombar..................................................................................48
Processos Espinhosos e Processos Transversos da Coluna Lombar	............48
CAPÍTULO III.....................................................................................50
Pompagem	.......................................................................................50
A Respiração do Paciente............................................................51
As Técnicas da Pompagem..........................................................52
Esternocleidomastóideo.............................................................................52
Intercostais...............................................................................................................53
Peitoral Maior...........................................................................................................54
PeitoralMenor..........................................................................................................55
Diafragma.................................................................................................................55
Quadríceps................................................................................................................57
Cadeia Posterior (Membros Inferiores)..............................................................58
Coluna Cervical........................................................................................................58
ColunaLombar.........................................................................................................59
Articulação Temporomandibular (ATM)............................................................60
CAPÍTULO IV.....................................................................................61
Mobilização Articular e Tração	...............................................61
Mobilização Articular de Membros Superiores..................62
Falanges....................................................................................................................62
Metacarpos...............................................................................................................63
Rádio-ulnarDistaleRadio-carpica.......................................................................64
Rádio-ulnar Proximal	.............................................................................................66
Ombro........................................................................................................................66
Escápula....................................................................................................................68
Mobilização Articular de Membros Inferiores.....................69
Falanges....................................................................................................................69
Metatarsos................................................................................................................70
Tíbio-tarsica	
.............................................................................................................70
Joelho.........................................................................................................................71
Quadril.......................................................................................................................72
Coluna Vertebral............................................................................77
Mobilização de Processos Espinhosos................................................................77
Mobilização de Processos Transversos...............................................................78
Tração da Coluna Cervical......................................................................................78
CAPÍTULO V......................................................................................80
Mobilização Neural.......................................................................80
Testes de Tensão Neural..............................................................81
Flexão Passiva da Cervical (PNF)..........................................................................81
ULTT para Nervo Mediano.....................................................................................82
ULTT para Nervo Ulnar...........................................................................................84
ULTTparaNervoRadial..........................................................................................86
Nervo Ciático............................................................................................................88
Nervo Tibial..............................................................................................................89
Nervo Sural...............................................................................................................90
Nervo Fibular Comum............................................................................................91
REFERÊNCIAS...................................................................................93
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 10
INTRODUÇÃO
A terapia manual é uma área da fisioterapia a qual utiliza
um conjunto de recursos terapêuticos manuais no tratamento
de pacientes, diante de uma visão global do organismo. Estas
técnicas podem ser utilizadas tanto como recursos diagnósti-
cos quanto terapêuticos, em benefício do paciente. Dentre o
conjunto de técnicas manuais, destacam-se a massoterapia,
a pompagem, a mobilização articular e tração, a mobilização
neural e as técnicas de quiropraxia e osteopatia, baseando-se
nos conhecimentos da anatomia palpatória, biomecânica e ci-
nesiologia.
Grande parte dos distúrbios no sistema musculoesquelé-
tico é caracterizada por alterações biomecânicas assintomáti-
cas em um estágio inicial que podem ser tratadas manualmente
antes do aparecimento dos sintomas. As técnicas baseadas em
princípios da artrocinemática, que utiliza de movimentos aces-
sórios (micromovimentos), influenciam diretamente na preven-
ção de processos degenerativos e inflamatórios.
Utilizando destes recursos terapêuticos, o fisioterapeu-
ta também é capaz de atuar com pacientes no leito hospitalar,
facilitando nas mudanças de decúbito e no posicionamento de
estruturas osteomioarticulares, bem como nas tarefas de trans-
ferências, com objetivo de reduzir agravos no quadro clínico
destes indivíduos. Os recursos terapêuticos manuais também
podem auxiliar em diversas outras áreas como a traumato-orto-
pedia, neurologia, dermato-funcional, desportiva, entre outras.
As técnicas de terapia manual ainda não são abordadas
com ênfase necessária na maior parte dos cursos de graduação
a nível nacional. A especialidade nas técnicas manuais consti-
tui-se de vários detalhes que são adquiridos de forma progres-
siva, sob orientação de um experiente professor. Dessa forma
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 11
torna-se indispensável a prática clínica para que o aluno possa
aperfeiçoar as manobras e ter habilitação profissional necessá-
ria para a aplicação destas técnicas em seus pacientes.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 12
OBJETIVOS
Este manual foi desenvolvido pelos monitores das disci-
plinas de Recursos Terapêuticos Manuais I e II com o objetivo de
auxiliar os alunos na aprendizagem das técnicas de abordagem
do paciente no leito hospitalar, anatomia palpatória, pompagem,
mobilização articular/tração e mobilização neural ministradas em
aula pelo professor Newton da Silva Pereira Júnior. Através deste
manual espera-se que os alunos da disciplina de Recursos Tera-
pêuticos Manuais II possam ter um referencial para acompanha-
mento durante as aulas, auxiliando-os na compreensão e aplica-
ção prática das técnicas abordadas.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 13
CAPÍTULO I
Abordagem do Paciente no Leito Hospitalar
Há algumas décadas acreditava-se que o repouso no leito
hospitalar era benéfico, pois promovia a estabilização do quadro
clínico do paciente. A partir da década de 40, os efeitos nocivos do
repouso no leito e os benefícios da mobilização precoce têm sido
reconhecidos em pacientes hospitalizados. O imobilismo pode
acometer diversos sistemas como o musculoesquelético, neuroló-
gico, gastrointestinal, urinário, cardiovascular, respiratório e cutâ-
neo. Sendo assim, um dos principais objetivos da mobilização pre-
coce é interferir diretamente no tempo de imobilização no leito,
sendo o exercício terapêutico o elemento central na maioria dos
planos de assistência da fisioterapia.
As atividades precoces são aquelas que se iniciam imedia-
tamente após a estabilização das alterações fisiológicas impor-
tantes. Estas intervenções precoces são necessárias para prevenir
problemas físicos e distúrbios psicológicos como ansiedade e de-
pressão, evitando os riscos de internação prolongada e imobilida-
de associada, sendo fundamental no processo de reabilitação do
paciente no leito hospitalar.
Como principais benefícios da mobilização precoce no leito
hospitalar temos a redução dos efeitos adversos da imobilidade,
melhora da função respiratória e da aptidão cardiovascular, dimi-
nuição do tempo para desmame da ventilação mecânica, melhora
do nível de consciência, melhora do bem-estar psicológico e dimi-
nuição do tempo de internação hospitalar.
Como técnicas de mobilização precoce, pode-se realizar
mudanças de decúbitos no leito hospitalar a cada duas horas.
Além disso, deve-se realizar o posicionamento de estruturas ósse-
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 14
as proeminentes, com o objetivo de diminuir pontos de pressão e
o surgimento de possíveis úlceras de decúbito. E ainda, as tarefas
de transferências devem ser trabalhadas, no intuito de promover
a independência funcional do indivíduo. Estas intervenções preco-
ces associadas à cinesioterapia e aos recursos terapêuticos manu-
ais podem reduzir o tempo da hospitalização do paciente.
O Posicionamento do Paciente no Leito Hospitalar
O posicionamento do paciente no leito hospitalar deve ser
observado para que as proeminências ósseas não exerçam pres-
são sobre o leito podendo gerar úlceras de decúbito. De acordo
com o decúbito em que o paciente se encontra, deve-se analisar
as estruturas ósseas em contato direto com o leito e posicionar
toalhas, lençóis, travesseiros ou outros aparatos para diminuir os
pontos de pressão.
Os pontos anatômicos mais comuns para o surgimento de
úlceras de decúbito são: crista ilíaca, Sacro, trocânter maior, Ís-
quio, maléolo lateral e Calcâneo.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 15
Decúbito Fowler
O decúbito Fowler é uma posição utilizada no leito hospita-
lar com o objetivo de proporcionar conforto ao paciente, promo-
ver sua higiene oral e alimentação, bem como melhora dos qua-
dros de dispneia e de pós-operatórios. Com o paciente deitado em
decúbito dorsal, o tronco deve ser inclinado anteriormente de 15°
a 45°, podendo se estender até 60° em alguns casos. Após, realiza-
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 16
-se a flexão de joelhos (com o posicionamento de almofadas ou
toalhas sob a articulação) e dorsiflexão de tornozelo (com algum
aparato sob os pés para sustentar a posição) evitando que o pa-
ciente deslize sobre o leito.
Mudanças de Decúbito
As mudanças de decúbito são manobras utilizadas para
movimentar e mudar a posição do paciente acamado. Elas pro-
porcionam maior conforto e também evitam complicações prove-
nientes da imobilidade prolongada. Essas manobras devem ocor-
rer num período médio a cada duas horas.
Decúbito Dorsal Para Decúbito Lateral
Paciente com a perna contralateral (à mudança de decúbito)
sobre a perna ipsilateral (o lado para onde se deseja virar o pacien-
te). Os cotovelos fletidos, com os braços posicionados da mesma
forma que as pernas (contralateral cruzado sobre o ipsilateral), com
as mãos apoiadas sobre a região dos ombros do próprio paciente.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 17
A mão caudal do fisioterapeuta é posicionada sobre o qua-
dril do paciente (nível da crista ilíaca), enquanto a mão cefálica é
posicionada sobre o ombro do mesmo, gerando o apoio necessá-
rio para girar o tronco do paciente, puxando-o em direção a si. O
fisioterapeuta deve utilizar o corpo como alavanca na realização
da manobra.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 18
Decúbito Lateral Para Sentado
Com o paciente deitado em decúbito lateral, o fisioterapeuta
deve inicialmente posicionar os pés do mesmo para fora da maca.
Em seguida, o fisioterapeuta posiciona seu braço cefálico sob a cer-
vical do paciente, estabilizando sua escápula “superior”. Com o bra-
ço caudal, o fisioterapeuta apoia na região posterior dos membros
inferiores do paciente, tentando alcançar a região poplítea.
Neste momento, a posição do fisioterapeuta é de semifle-
xão de tronco e de joelhos. Ao realizar a extensão do tronco, o fisio-
terapeuta realiza uma alavanca e o paciente é posicionado na po-
sição de sentado, estabilizado sobre os braços do fisioterapeuta.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 19
Sentado Para de Pé
Para realizar essa transferência, o paciente precisa estar
cooperativo e ter controle de tronco suficiente para se manter na
posição sentado. O fisioterapeuta deve se posicionar na frente do
paciente e apoiar suas mãos sob os cotovelos do paciente, que
apoiará suas mãos sobre os braços do fisioterapeuta. Esta mano-
bra é ativo-assistida, o fisioterapeuta deve dar apenas o apoio para
a realização do movimento que deve ser realizado principalmente
pelo paciente. O fisioterapeuta pode apoiar os joelhos do paciente
com as pernas e realizar uma contagem para que no momento de
realização do movimento haja sincronia entre as duas partes.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 20
Transferência Entre Assentos
O fisioterapeuta deve estabilizar um dos joelhos do pacien-
te prendendo-o entre seus joelhos (como uma ‘chave de pernas’).
O fisioterapeuta deve inclinar-se sobre o paciente, abraçando-o e
apoiando a cabeça dele sobre um de seus ombros, se necessário.
Utilizando o corpo como alavanca, o fisioterapeuta realiza a ex-
tensão de tronco e levanta o paciente, seguido de uma rotação de
tronco, girando o paciente e sentando-o no outro local.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 21
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 22
CAPÍTULO II
Anatomia Palpatória
De acordo com o Shorter Oxford English Dictionary, palpar
significa ‘examinar pelo sentido do tato; sentir; exame médico pela
sensação do tato’. Dessa forma, pode-se atribuir a palpação, o ato
de examinar pelo toque com finalidade diagnóstica em relação a
características e condições de tecidos locais e estruturas do corpo.
A palpação deve ser realizada junto com a inspeção, pois
as estruturas que estão sendo inspecionadas são as mesmas que
devem ser palpadas. As regiões palpáveis podem ser pele, tecidos
moles, subcutâneos, estruturas ósseas e articulares.
O procedimento da palpação é comumente realizado com
a ponta dos dedos (zonas sensíveis), entretanto, toda a mão
pode ser utilizada para o processo de ‘sentir’, de acordo com o
objetivo do fisioterapeuta. A profundidade da palpação varia em
relação aos tecidos visados, onde os toques mais leves são utili-
zados para os tecidos superficiais e toques com mais pressão são
utilizados para músculos profundos e órgãos mais internos.
As técnicas de palpação envolvem informações que ser-
vem como base para o tratamento adequado do paciente. Em es-
truturas como a pele, por exemplo, o fisioterapeuta deve iniciar
com toque leve, investigando características como temperatura
do tecido, presença de aderências, entre outras. Além disso, al-
gumas características como dor, edema, crepitações, devem ser
investigadas também.
O envolvimento das mãos, em geral, é ampliado pela re-
dução da entrada das informações de outros sentidos e o maior
uso do tato pode ser aprimorado quando os olhos são fechados.
Dessa forma, o aprimoramento da arte da palpação é obtido
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 23
através da prática.
O fisioterapeuta deve sempre manter a mobilidade, sensi-
bilidade e destreza para a execução da palpação dos pacientes.
Além disso, para uma melhor realização da palpação, o fisiote-
rapeuta deve ter unhas curtas e limpas, evitar cremes durante a
avaliação e ter mãos sempre cuidadas, evitando calosidades e
textura ásperas.
Palpação do Ombro
Clavícula, Articulações Esternoclavicular e Acromioclavicular
O fisioterapeuta utilizando os 2° e 3° dedos deve palpar o
comprimento da Clavícula desde a área medial, na articulação es-
ternoclavicular até a área lateral na articulação acromiclavicular.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 24
Bursa Subacromial (Subdeltóidea)
O fisioterapeuta com uma mão estende o ombro do pacien-
te. Com a mão oposta, utilizando os 2° e 3° dedos, palpa a região
inferior na porção anterior do músculo Deltóide.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 25
Músculo Bíceps Braquial
O fisioterapeuta flexiona o cotovelo do paciente a 90° e soli-
cita que o indivíduo relaxa o membro. Após, o fisioterapeuta palpa
distalmente a partir da tuberosidade bicipital do Rádio para cima
até o sulco bicipital.
Músculo Deltóide
O fisioterapeuta palpa a porção anterior do músculo a par-
tir do processo do acrômio inferiormente. Após, palpa a face late-
ral do ombro, para a parte média do músculo Deltóide. Por fim pal-
pa a porção posterior a partir da face superior para a face inferior
com o ombro estendido.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 26
Escápula
O fisioterapeuta palpa as bordas medial, lateral e superior.
Além disso, palpa a região superior e inferior da espinha da Es-
cápula, para os músculos Supra Espinhoso e Infra Espinhoso, res-
pectivamente.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 27
Palpação do Cotovelo
Nervo Ulnar
Utilizando os 2° e 3° dedos, o fisioterapeuta palpa o sulco
entre o epicôndilo medial e o processo do olécrano.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 28
Epicôndilo Medial e Tendões Flexores do Punho
Com o cotovelo flexionado a 90°, o fisioterapeuta palpa o
epicôndilo medial e seus tendões com o 2° e 3° dedos.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 29
Epicôndilo Lateral e Tendões Extensores do Punho
Com o cotovelo flexionado a 90°, o fisioterapeuta palpa o
epicôndilo lateral e a crista supracondiliana com os 2° e 3° dedos.
Músculo Tríceps Braquial
Com os 2° e 3° dedos, o fisioterapeuta palpa a extensão do
músculo até o processo olecraniano.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 30
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 31
Palpação do Punho
Tendões Flexores do Punho e Tendões Extensores do Punho
Com o antebraço do paciente supinado, o fisioterapeuta
palpa os tendões dos flexores do punho, localizados proximais
ao retináculo flexor, bem como o dos extensores localizados na
região posterior.
Túnel do Carpo
Com o antebraço do paciente supinado, o fisioterapeuta es-
tabiliza o punho com uma das mãos. Com a mão oposta, percute
a superfície palmar do punho promovendo batidas com o 2° dedo.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 32
Artérias Radial e Ulnar
•	 Artéria radial: face ântero-lateral do punho.
•	 Artéria ulnar: face ântero-medial do punho.
O fisioterapeuta deve palpar, utilizando os 2° e 3° dedos,
uma artéria de cada vez e determinar a amplitude de ambos os
pulsos bilateralmente.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 33
Palpação da Mão
Eminência Tenar
O fisioterapeuta deve palpar a forma triangular da eminên-
cia a partir da base do polegar à área central da mão na base dos
ossos do carpo. Após, palpar inferioriormente e lateralmente à
base do 2° dedo.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 34
Eminência Hipotenar
O fisioterapeuta palpa a eminência desde a base do dedo
mínimo até a base do Pisiforme.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 35
Metacarpianos e Falanges
O fisioterapeuta utilizando os 1°, 2° e 3° dedos, palpa os me-
tacarpos e as falanges na face dorsal da mão do paciente.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 36
Palpação do Quadril
Espinha Ilíaca Póstero-Superior (EIPS) e Crista Ilíaca
Com o paciente em pé, o fisioterapeuta palpa a Crista Ilíaca.
Em seguida, posiciona seus dedos indicadores sobre cada Crista
Ilíaca e os seus polegares sobre a EIPS de cada Ílio.
Espinha Ilíaca Ântero-Superior (EIAS)
Com o paciente em decúbito dorsal ou de pé, palpar a crista
ilíaca na margem inferior do flanco a partir da frente e percorrer a
palpação até a extremidade terminal anterior da Crista Ilíaca.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 37
Trocânter Maior
Com o paciente em decúbito ventral, abduzir levemente a
coxa e palpar o trocânter maior.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 38
Músculos Glúteos
Com o paciente deitado em decúbito ventral, o fisioterapeu-
ta palpa realizando forte pressão, começando imediatamente late-
ral ao sacro e movendo-se no sentido do trocânter maior do Fêmur.
Nervo Ciático
Começando a meio caminho entre o trocânter maior e a
tuberosidade isquiática, o fisioterapeuta palpa o nervo ciático e o
acompanha inferiormente.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 39
Palpação do Joelho
Patela, Tendão do Quadríceps e Ligamento Patelar
Com o paciente em decúbito dorsal e joelho estendido, o
fisioterapeuta palpa a Patela e suas margens. Após, o fisioterapeu-
ta palpa o tendão do Quadríceps, superiormente à patela e o liga-
mento patelar inferiormente à Patela.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 40
Músculo Quadríceps da Coxa
Com o paciente em decúbito dorsal e o joelho em extensão,
o fisioterapeuta palpa a extensão inteira do músculo Quadríceps,
verificando se há alguma alteração.
Ligamento Colateral Medial (LCM)
O paciente na posição de sentado cruza a perna de modo
que o tornozelo apoie sobre o joelho do membro inferior oposto.
O fisioterapeuta palpa o LCM na região interna do joelho seguin-
do a interlinha articular da articulação fêmoro-tibial. O ligamento
apresenta-se transversalmente a esta linha.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 41
Ligamento Colateral Lateral (LCL)
O paciente em decúbito dorsal, com o joelho flexionado e
o pé apoiado sobre a maca. O fisioterapeuta palpa o LCL na região
externa do joelho seguindo a interlinha articular da articulação
fêmoro-tibial. O ligamento apresenta-se transversalmente a esta
linha.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 42
Meniscos
O paciente em decúbito dorsal e o joelho ligeiramente em
flexão. O fisioterapeuta pressiona firmemente com os polegares a
porção anterior da interlinha articular fêmoro-tibial.
Palpação do Tornozelo
Maléolo Medial e Ligamento Deltóide
Paciente em decúbito dorsal. O fisioterapeuta palpa o ma-
léolo medial e imediatamente inferior ao maléolo medial, palpa o
ligamento deltóide.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 43
Maléolo Lateral e Ligamentos Inseridos (Talofibular Anterior e
Posterior e Calcaneofibular)
Paciente em decúbito dorsal. O fisioterapeuta palpa o ma-
léolo lateral com o 2° e 3° dedos. Na porção ântero-inferior ao ma-
léolo lateral, encontra-se os ligamentos talofibular anterior e cal-
caneofibular. Na porção posterior ao maléolo lateral, encontra-se
o ligamento talofibular posterior.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 44
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 45
Tendão Calcâneo
Com o paciente em decúbito ventral e tornozelo na posição
neutra, o fisioterapeuta palpa o tendão com os 1° e 2° dedos.
Palpação da Coluna Cervical
Músculo Esternocleidomastóideo
Com o paciente em decúbito dorsal, com rotação e inclina-
ção lateral do pescoço, o músculo evidencia-se. Utilizando os 1° e
2° dedos, o fisioterapeuta palpa o músculo da Clavícula até o pro-
cesso mastóide.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 46
Músculo Trapézio
Com o paciente sentado, o fisioterapeuta palpa desde a
face superior imediatamente abaixo do Occipital até embaixo,
continuando para a face superior da espinha da Escápula e, em
seguida, lateralmente ao processo do acrômio.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 47
Processos Espinhosos e Processos Transversos da Coluna
Cervical
Com o paciente sentado e a cabeça ligeiramente fletida,
o fisioterapeuta utiliza os polegares para palpar os processos es-
pinhosos das vértebras cervicais. Lateralmente aos processos es-
pinhosos, o fisioterapeuta palpa os processos transversos corres-
pondentes.
Palpação da Coluna Torácica
Processos Espinhosos e Processos Transversos da Coluna
Torácica
Com o paciente sentado e o tórax ligeiramente flexionado, o
fisioterapeuta palpa cada processo espinhoso com os 2° e 3° dedos.
Lateralmente aos processos espinhosos, o fisioterapeuta palpa os
processos transversos correspondentes.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 48
Palpação da Coluna Lombar
Processos Espinhosos e Processos Transversos da Coluna
Lombar
Com o paciente sentado e a coluna flexionada anteriormen-
te, o fisioterapeuta palpa cada processo espinhoso com os 2° e 3°
dedos. Lateralmente aos processos espinhosos, o fisioterapeuta
palpa os processos transversos correspondentes. Na coluna lom-
bar, apenas 4 processos serão palpáveis, uma vez que a 5ª vértebra
está fundida com o sacro.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 49
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 50
CAPÍTULO III
Pompagem
A pompagem é uma técnica da terapia manual, de fácil
aplicação no tecido conjuntivo (fáscia) que traz benefícios quase
imediatos aos pacientes. As manobras consistem na realização
de uma distensão terapêutica na fáscia muscular associada a
movimentos respiratórios.
A técnica da pompagem deve ser realizada em três tem-
pos, sendo eles: 1) O tensionamento do segmento – executado
através do movimento lento, regular e progressivo; 2) a manu-
tenção do tensionamento – entre 10 a 20 segundos de acordo
com o objetivo; 3) Retorno à posição inicial – executado de forma
lenta. O tensionamento do segmento é realizado nas fases expi-
ratórias do ciclo ventilatório.
Como principais objetivos da pompagem temos o reesta-
belecimento da elasticidade e comprimento das fáscias, o rela-
xamento muscular, a estimulação da circulação, o aumento do
espaço articular e nutrição das cartilagens.
A pompagem é indicada em casos de contraturas muscu-
lares não agudas, estase líquida (ausência de movimento do lí-
quido intersticial), encurtamentos e tensões musculares, dores
musculares não agudas e disfunções miofasciais em geral. Em
contrapartida, a técnica não deve ser aplicada em casos de es-
tiramento muscular ou ligamentar, contraturas musculares agu-
das e rupturas ligamentares e fasciais.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 51
A Respiração do Paciente
Para uma boa eficácia da técnica da pompagem, é neces-
sário que o paciente saiba realizar o movimento respiratório de
uma maneira correta. O fisioterapeuta deve estar atento ao pa-
drão respiratório do paciente e na maioria das vezes, ensinar como
realizá-lo. Para isso, o fisioterapeuta orienta que o paciente posi-
cione uma mão sobre tórax e a outra na região abdominal. Após,
é solicitado que o paciente realize a respiração, sendo instruído
a inspirar fazendo com que a mão posicionada sobre o abdômen
se movimente antes da mão posicionada sobre o tórax. Durante a
expiração, a mão posicionada sobre o tórax deve se movimentar
antes da mão que está sobre o abdômen. O movimento deve ser
repetido diversas vezes, assistido pelo fisioterapeuta, até que o pa-
ciente esteja com o padrão respiratório correto.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 52
As Técnicas da Pompagem
Esternocleidomastóideo
Paciente posicionado em decúbito dorsal. O fisioterapeuta
posiciona a cabeça do paciente em inclinação lateral com rotação,
evidenciando o músculo esternocleidomastóide. Uma das mãos
do terapeuta é posicionada fixando o osso esterno e a outra no
ventre muscular do Esternocleidomastóide do paciente. Durante
as expirações o terapeuta realiza o movimento de tensionamen-
to do segmento até seu limite. No final da manobra, é realizada a
manutenção (entre 10 e 20 segundos) e após, o retorno à posição
inicial de forma lenta.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 53
Intercostais
Paciente posicionado em decúbito dorsal. O fisioterapeuta
realiza a palpação das costelas até encontrar os espaços intercos-
tais, onde o músculo está situado. Nesse espaço, o fisioterapeuta
posiciona seus dedos polegares e realiza o movimento de tensio-
namento (os dedos se movem em sentidos opostos) durante as
expirações do paciente, até o limite do músculo. Em seguida, é re-
alizada a manutenção do segmento (entre 10 e 15 segundos) e por
fim, o retorno à posição inicial.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 54
Peitoral Maior
Paciente posicionado em decúbito dorsal, com abdução
dos braços a 90° bilateralmente. O fisioterapeuta posiciona suas
mãos um pouco abaixo do oco axilar do paciente e realiza o movi-
mento de tensionamento do segmento no sentido caudal, em dire-
ção ao músculo, durante as expirações do paciente, até o limite da
estrutura. Após, é realizada a manutenção do segmento (entre 10
e 15 segundos) e por fim, o retorno à posição inicial.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 55
Peitoral Menor
Paciente posicionado em decúbito dorsal, com o braço ab-
duzido entre 100° e 120°. Uma das mãos do fisioterapeuta é posi-
cionada no oco axilar e a outra próxima ao mamilo (as mãos do
fisioterapeuta cruzadas). Assim, realiza-se o movimento de tensio-
namento do segmento (as mãos deslizarão em sentidos opostos)
durante as expirações do paciente. Em seguida, é realizada a ma-
nutenção do segmento (entre 10 e 15 segundos) e por fim, o retor-
no à posição inicial. Esta manobra é realizada de forma unilateral.
Diafragma
Paciente posicionado em decúbito dorsal. O fisioterapeuta
realiza a palpação do músculo. Os polegares do fisioterapeuta são
posicionados na porção média unilateral do músculo e realiza-se
o movimento de tensionamento do segmento no sentido oposto
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 56
dos dedos durante as expirações do paciente. Em seguida, realiza-
-se a manutenção do segmento (entre 10 e 15 segundos) e após, o
retorno à posição inicial.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 57
Quadríceps
Paciente posicionado em decúbito lateral, com flexão de
joelho e o quadril neutro. Durante as expirações do paciente, o
fisioterapeuta realiza a extensão do quadril e a flexão do joelho.
Após, é realizada a manutenção do segmento (entre 10 e 20 segun-
dos) e o retorno à posição inicial.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 58
Cadeia Posterior (Membros Inferiores)
Paciente posicionado em decúbito dorsal, com flexão de
quadril e extensão de joelho. Durante as expirações do paciente,
o fisioterapeuta realiza o movimento de flexão do quadril, man-
tendo a extensão de joelho e realizando dorsiflexão de tornozelo.
Em seguida, é realizado a manutenção do segmento (entre 10 e 20
segundos) e após, o retorno à posição inicial.
Coluna Cervical
Paciente posicionado em decúbito dorsal e é orientado a
relaxar a coluna cervical. O fisioterapeuta posiciona as duas mãos
próximas ao processo espinhoso da primeira vértebra torácica
(T1). Durante as expirações, o fisioterapeuta realiza o movimento
de tensionamento do segmento no sentido cefálico. Em seguida,
é realizado o período de manutenção do segmento (entre 10 e 20
segundos) e por fim, o retorno à posição inicial.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 59
Coluna Lombar
Paciente em decúbito dorsal (posição de rã). O fisiotera-
peuta posiciona uma das mãos na região lombar do paciente e
durante as expirações, a mão será retirada no sentido caudal. Essa
técnica pode ser também realizada com uma toalha.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 60
Articulação Temporomandibular (ATM)
O fisioterapeuta posiciona os dedos indicadores na região
da mandíbula do paciente e os polegares nas ATMs. Após, realiza
movimento deslizando os indicadores em direção às ATMs e pole-
gares deslizando inferiormente em direção às mandíbulas, como
se estivesse realizando movimento de ‘contar dinheiro’.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 61
CAPÍTULO IV
Mobilização Articular e Tração
As lesões articulares, de um modo geral, são caracteriza-
das por um quadro inflamatório que geram dor, edema, levando à
perda de movimento e consequentemente, alterações funcionais.
Dentre os recursos terapêuticos manuais, a mobilização articular e
a tração são indicadas para o tratamento de disfunções osteomio-
articulares.
De acordo com os princípios da biomecânica, as articula-
ções apresentam dois tipos de movimentos: o movimento fisioló-
gico e o movimento acessório. O primeiro é resultante das contra-
ções musculares ativas, concêntricas e excêntricas, que movem
um osso ou articulação, podendo também ser denominado movi-
mento osteocinemático. O segundo é caracterizado pela maneira
a qual uma superfície articular move-se em relação à outra, tam-
bém podendo ser classificado como movimento artrocinemático.
Os movimentos acessórios incluem o deslizamento, rola-
mento e giro, podendo ser classificados em: 1) Hipomóveis – quan-
do o movimento pára em um ponto denominado Barreira Patoló-
gica, anterior à Barreira Anatômica. É provocado por dor, espasmo
ou resistência aos tecidos; 2) Hipermóveis – o movimento vai além
da Barreira Anatômica em virtude da frouxidão das estruturas ad-
jacentes, devendo ser tratado com exercícios de fortalecimento e
estabilização; 3) Articulações normais.
As mobilizações articulares são baseadas nos princípios
de Maitland, descritas em 5 graus, onde sua aplicação se dará de
acordo com o quadro clínico do paciente. A tração é uma técnica
baseada nos princípios de Kalterborn, que apresenta 3 graus, en-
volvendo a mobilização de um segmento articular com objetivo de
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 62
produzir alguma separação das duas superfícies. Durante à inspe-
ção/palpação na avaliação, o fisioterapeuta deve observar o que
prevalece, a dor ou a rigidez, para decidir qual é o grau de mobili-
zação articular ou tração será aplicado.
Os principais objetivos da mobilização articular e tração
são: recuperar a amplitude de movimento ativo, restaurar os mo-
vimentos passivos articulares, reposicionar ou realinhar a articu-
lação, readquirir a distribuição normal de forças e de estresses ao
redor da articulação e reduzir o quadro álgico.
As indicações para a mobilização articular e tração são: hi-
pomobilidade articular, dor articular, rigidez e limitação da ampli-
tude de movimento. Como contraindicações, temos: artrite infla-
matória, doença óssea, comprometimento neurológico, fraturas
ósseas e deformidades ósseas congênitas.
Mobilização Articular de Membros Superiores
Falanges
O fisioterapeuta realiza a estabilização de uma falange e
mobiliza a outra. Juntamente com esta técnica, pode ser realizada
a tração, uma vez que são superfícies que permitem a separação
das estruturas, no plano perpendicular. Na tração, há separação
das superfícies articulares e manutenção por alguns segundos, re-
tornando a posição inicial. Na mobilização articular, deve-se afas-
tar e aproximar as estruturas repetidamente, no plano longitudi-
nal das estruturas.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 63
Metacarpos
O fisioterapeuta utiliza a região tenar e os polegares de
ambas as mãos, posicionando-os ao longo das estruturas a serem
mobilizadas na mão do paciente. Uma das mãos vai estabilizar um
ponto e a outra vai mobilizar o metacarpo. Neste caso, não se rea-
liza tração, pois as estruturas não permitem a separação real entre
elas.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 64
Rádio-ulnar Distal e Radio-carpica
Para esta articulação existem diversas formas para a mo-
bilização articular. A forma geral, que é bastante utilizada, se dá
com o fisioterapeuta estabilizando a região distal de Rádio e Ulna e
mobilizando a região do carpo, no sentido ântero-posterior. Nesta
manobra, pode-se associar a tração, realizando a separação real
das estruturas do Rádio e Ulna e a primeira fileira dos ossos do
carpo.
Além disso, existe a mobilização em ‘8’, onde o fisiotera-
peuta posiciona a região tenar e dos polegares para estabilizar o
punho do paciente e realiza o movimento com a articulação, dese-
nhando um oito, com a maior amplitude possível.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 65
Outra técnica realizada é de prender a região do punho do
paciente entre as mãos, pressionar e soltar continuamente a arti-
culação, realizando um bombeamento.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 66
Rádio-ulnar Proximal
Com as duas mãos, o fisioterapeuta deve posicionar a re-
gião tenar e dos polegares, de modo a mobilizar o Rádio e a Ulna
do paciente, que deve estar com cotovelo semifletido e antebraço
apoiado.
Ombro
Deslizamento da cápsula inferior – a técnica consiste em
prender o braço do paciente, posicionando seu antebraço entre o
braço e o corpo do fisioterapeuta. A mão caudal do fisioterapeuta
fica na região próxima ao cotovelo do paciente, enquanto a mão
cefálica estabiliza a Escápula, realiza-se a mobilização da cabe-
ça do Úmero inferiormente. Esta manobra é utilizada quando há
comprometimento no plano sagital da articulação (flexão e abdu-
ção de ombro).
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 67
Tração de ombro – braço do paciente posicionado em 90°
de abdução, com o fisioterapeuta estabilizando este braço da mes-
ma forma descrita anteriormente. Realiza-se a separação das es-
truturas, afastando o Úmero da cavidade glenóide. Esta manobra
é realizada a partir do momento em que o paciente evolui na me-
lhora para a abdução do ombro. Uma variação desta técnica pode
ser realizada com o paciente em decúbito ventral. O fisioterapeuta
estabiliza o braço do paciente entre as pernas e mobiliza o úmero
proximal com as duas mãos, anterior e posteriormente.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 68
Escápula
O paciente deve ser posicionado em decúbito lateral. O fi-
sioterapeuta posiciona sua mão caudal sob o ângulo inferior da
Escápula do paciente e a mão cefálica é apoiada na região superior
da articulação do ombro. Nesta posição, são realizadas mobiliza-
ções da Escápula.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 69
Mobilização Articular de Membros Inferiores
Falanges
As mobilizações das falanges dos membros inferiores se-
guem a mesma técnica de mobilizações das falanges de membros
superiores.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 70
Metatarsos
As mobilizações de metatarsos dos membros inferiores se-
guem a mesma técnica de mobilizações de metacarpos de mem-
bros superiores.
Tíbio-tarsica
Paciente posicionado em decúbito dorsal, flexão de qua-
dril, flexão de joelhos e dorsiflexão com o calcâneo apoiado sobre
a maca. O fisioterapeuta estabiliza uma de suas mãos na região
dos ossos do tarso do paciente e com a outra mão posicionada na
região anterior da Tíbia e Fíbula distal e realiza a mobilização no
sentido ântero-posterior.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 71
Joelho
Paciente posicionado em decúbito dorsal, flexão de qua-
dril, flexão de joelhos e o pé apoiado sobre a maca. O fisioterapeu-
ta estabiliza o pé do paciente com o seu joelho ou sentando sobre
o mesmo. As mãos são posicionadas envolvendo a articulação do
joelho e realiza-se a mobilização semelhantes à movimentos de
gaveta (anterior ou posterior).
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 72
Além disso, o fisioterapeuta pode estabilizar um dos ossos
(Tíbia ou Fíbula) e mobilizar o outro, realizando movimentos com
o osso em questão.
Quadril
Deslizamento inferior – Paciente posicionado em decúbi-
to dorsal com flexão coxofemoral e a perna apoiada no ombro do
fisioterapeuta. A mobilização articular deve ser realizada com o
bordo cubital das mãos do fisioterapeuta, que estarão apoiadas
sobre articulação coxofemoral e o fisioterapeuta puxando o Fêmur
no sentido caudal. Esta mobilização é utilizada para o ganho dos
movimentos de flexão e abdução de quadril.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 73
Uma variação desta técnica pode ser realizada com o mem-
bro inferior do paciente a ser trabalhado em extensão e o membro
inferior contralateral em flexão, para evitar o deslocamento do pa-
ciente. O fisioterapeuta segurando na articulação do tornozelo do
paciente realiza a manobra de mobilização puxando a perna do
paciente no sentido caudal. Nesta manobra ocorre a mobilização
do quadril e a tração do joelho.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 74
Caso o paciente tenha alguma disfunção na articulação do
joelho em que ele não suporte a tração realizada na manobra des-
crita anteriormente, a mobilização pode ser realizada com o fisio-
terapeuta segurando na região distal do Fêmur e realizar a mano-
bra mobilizando a articulação no sentido caudal.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 75
Além disso, com o paciente em decúbito ventral, quadril
em extensão e coxa apoiada no braço caudal do fisioterapeuta. O
bordo cubital da mão cefálica do fisioterapeuta é apoiada sobre
a articulação coxofemoral do paciente e realiza-se a mobilização
da articulação. Esta manobra pode ser utilizada para o ganho de
extensão de quadril.
Caso o membro inferior do paciente seja pesado e o fisio-
terapeuta não consiga sustentar o peso, pode-se apoiar algum ar-
tefato para sustentar o membro inferior do paciente em extensão.
Em seguida, o fisioterapeuta apoia o bordo cubital das duas mãos
sobre a articulação coxofemoral do paciente e realiza a mobiliza-
ção.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 76
Com o paciente em decúbito ventral, flexão de joelho e ro-
tação externa de quadril. Com a mão caudal, o fisioterapeuta es-
tabiliza o pé do paciente sobre o membro inferior contralateral. O
bordo cubital da mão cefálica é posicionado sobre a articulação
coxofemoral do paciente e realiza-se a mobilização.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 77
Coluna Vertebral
Mobilização de Processos Espinhosos
A mão não dominante do fisioterapeuta é apoiada sobre a
dominante, formando um “C” com o polegar e o indicador. Com a
região hipotenar apoiada sobre o processo espinhoso que deseja
se tratar, realiza-se a mobilização, pressionando para baixo e re-
tornando continuamente, de acordo com o grau desejado. Para as
vértebras da coluna cervical, o fisioterapeuta deve utilizar os pole-
gares para a mobilização dos processos espinhosos.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 78
Mobilização de Processos Transversos
Com as mãos cruzadas, o fisioterapeuta utiliza a região
hipotenar posicionando-as sobre os processos transversos das
vértebras do paciente, realizando a mobilização articular de for-
ma alternada. Para as vértebras cervicais, da mesma maneira que
no processo espinhoso, o fisioterapeuta deve utilizar os polegares
para realizar a mobilização dos processos transversos.
Tração da Coluna Cervical
Paciente posicionado em decúbito dorsal, com a cabeça
para fora da maca, apoiada sobre a mão do fisioterapeuta. O pa-
ciente deve estar com a cabeça o mais relaxada possível. O fisiote-
rapeuta posiciona o bordo cubital de uma mão na base do Occipi-
tal do paciente e a outra sobre o processo mentual.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 79
Uma variação desta técnica pode ser realizada com o fisio-
terapeuta apoiando a mão sobre o ombro do paciente, empurran-
do-o no sentido contrário à tração da coluna cervical. A cabeça do
paciente estará em rotação e inclinação lateral para o lado contra-
lateral.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 80
CAPÍTULO V
Mobilização Neural
O Sistema Nervoso deve ser considerado como uma unida-
de entre as estruturas que compõem o Sistema Nervoso Central
e Sistema Nervoso Periférico. Por ser um tecido contínuo, possui
propriedades que permitam com que este tecido se alongue e se
mova, uma vez que a função e a mecânica do sistema nervoso são
interligadas.
Durante a avaliação do paciente, o fisioterapeuta deve ser
capaz de identificar características em relação ao quadro clínico
do mesmo. No que diz respeito ao quadro álgico, alguns testes de-
vem ser realizados para determinar se a dor é proveniente de dis-
funções articulares, musculares ou até mesmo neurais.
Caso o quadro clínico do paciente esteja baseado em dis-
funções neurais, o exame é baseado no teste de força muscular da
musculatura associada com os níveis dos miótomos, teste dos re-
flexos dos tendões, exame de sensibilidade (dermátomos), além
dos testes de tensão neural, que serão capazes de conduzir o fisio-
terapeuta a um diagnóstico cinesiológico funcional mais preciso.
A avaliação clínica baseada nos testes de tensão neural
deve ser realizada com cautela, onde o fisioterapeuta deve expli-
car ao paciente como os testes serão realizados. Durante a execu-
ção das manobras, deve notar o início da resistência do tecido e a
dor, buscando sempre posições antálgicas para o paciente. Além
disso, os testes devem ser realizados de ambos os lados.
O tratamento fisioterapêutico nas disfunções neurais pode
ser realizado através das técnicas de mobilizações oscilatórias,
manutenção da posição estática e a mobilização indireta. Como
contra indicações para a realização dos testes de tensão neural
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 81
temos: doenças degenerativas, inflamatórias e malignas do siste-
ma nervoso, estenoses extremas, sinais neurológicos com início
abrupto ou progressão, adesões do tecido neural e problemas
cognitivos.
Abaixo, serão descritos os testes de tensão neural Flexão
cervical passiva (PNF), testes de tensão para membros superiores
(ULTT) para nervos mediano, ulnar e radial, além de testes para os
nervos ciático, tibial, sural e fibular comum, bem como as técnicas
para tratamento.
Testes de Tensão Neural
Flexão Passiva da Cervical (PNF)
O teste PNF é realizado com o paciente em decúbito dorsal.
O fisioterapeuta apoia a mão na base do Occipital do paciente, re-
alizando a flexão da cabeça.
Caso o paciente apresente dor ou alguma alteração, como
tratamento o fisioterapeuta mantem o paciente na posição do tes-
te durante aproximadamente um minuto.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 82
ULTT para Nervo Mediano
Com o paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta realiza
a depressão de ombro, flexão de cotovelo, associada a uma abdu-
ção de ombro a 90°. Após, extensão de punho e dedos, rotação ex-
terna de ombro, supinação de antebraço e extensão de cotovelo.
Por fim, o fisioterapeuta solicita que o paciente realize a inclinação
lateral do pescoço para o lado contralateral.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 83
Para o tratamento do nervo mediano, o fisioterapeuta pode
realizar a manutenção da posição estática ou realizar mobilizações
oscilatórias do segmento na parte de distal (punho), fazendo de 10
a 40 oscilações em 20 segundos.
O tratamento do nervo mediano também pode ser realiza-
do de forma ativa. O paciente realiza a abdução associada a de-
pressão dos ombros bilateralmente. Um dos punhos inicialmente
em flexão e o outro em extensão. O fisioterapeuta solicita que o pa-
ciente realize flexão e extensão alternadamente entre os punhos.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 84
ULTT para Nervo Ulnar
Com o paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta realiza
a depressão de ombro, flexão de cotovelo, associada a uma ab-
dução de ombro a 90°. Após, extensão de punho e dedos, rotação
externa de ombro, pronação de antebraço e flexão de cotovelo.
Por fim, o fisioterapeuta solicita que o paciente realize a inclinação
lateral do pescoço para o lado contralateral.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 85
Para o tratamento do nervo ulnar, o fisioterapeuta pode re-
alizar a manutenção da posição estática ou realizar mobilizações
oscilatórias do segmento na parte de distal (punho), fazendo de 10
a 40 oscilações em 20 segundos.
O tratamento do nervo ulnar pode ser realizado de forma
ativa. O paciente realiza uma pinça entre os 1° e 2° dedos bilate-
ralmente. Após, o fisioterapeuta solicita que o paciente posicione
a borda cubital das mãos sob a mandíbula, tentando posicionar
o ângulo formado pelas pinças dos dedos (de forma invertida) na
região dos olhos.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 86
ULTT para Nervo Radial
Com o paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta realiza
a depressão do ombro, flexão de cotovelo, associada a uma prona-
ção do antebraço. Após, extensão de cotovelo, flexão de punho e
dedos e abdução de ombro. Por fim, o fisioterapeuta solicita que
o paciente realize a inclinação lateral do pescoço para o lado con-
tralateral.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 87
	
Para o tratamento do nervo radial, o fisioterapeuta pode re-
alizar a manutenção da posição estática ou realizar mobilizações
oscilatórias do segmento na parte de distal (punho), fazendo de 10
a 40 oscilações em 20 segundos.
O tratamento do nervo radial também pode ser realizado
de forma ativa. O paciente, utilizando uma toalha, posiciona a
mesma na região da coluna e a segura com uma mão posicionada
na região inferior próxima a coluna lombar e a outra mão superior-
mente próxima à coluna cervical, realizando movimentos de flexão
e extensão de cotovelos como se estivesse enxugando as costas.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 88
Nervo Ciático
Com o paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta reali-
za a flexão de quadril do paciente associada a uma dorsiflexão de
tornozelo. Após, o fisioterapeuta solicita que o paciente realize a
flexão da cabeça.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 89
Para o tratamento do nervo ciático, o fisioterapeuta pode
realizar a manutenção da posição estática ou realizar mobilizações
oscilatórias do segmento na parte de distal (tornozelo), fazendo de
10 a 40 oscilações em 20 segundos.
Além disso, o paciente pode realizar o tratamento de forma
ativa. Com uma toalha apoiada na região plantar do pé, o paciente
realiza mobilizações oscilatórias de dorsiflexão de tornozelo pu-
xando a toalha.
Nervo Tibial
Com o paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta reali-
za a flexão de quadril do paciente associada a uma dorsiflexão e
inversão de tornozelo. Após, o fisioterapeuta realiza a adução do
quadril.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 90
Para o tratamento do nervo tibial, o fisioterapeuta pode re-
alizar a manutenção da posição estática ou realizar mobilizações
oscilatórias do segmento na parte de distal (tornozelo), fazendo de
10 a 40 oscilações em 20 segundos.
Nervo Sural
Com o paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta reali-
za a flexão de quadril do paciente associada a uma dorsiflexão e
eversão de tornozelo. Após, o fisioterapeuta realiza a adução do
quadril.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 91
Para o tratamento do nervo sural, o fisioterapeuta pode re-
alizar a manutenção da posição estática ou realizar mobilizações
oscilatórias do segmento na parte de distal (tornozelo), fazendo de
10 a 40 oscilações em 20 segundos.
Nervo Fibular Comum
Com o paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta realiza
a flexão de quadril do paciente associada a uma flexão plantar e
inversão de tornozelo. Após, o fisioterapeuta realiza a adução do
quadril.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 92
Para o tratamento do nervo fibular comum, o fisioterapeu-
ta pode realizar a manutenção da posição estática ou realizar mo-
bilizações oscilatórias do segmento na parte de distal (tornozelo),
fazendo de 10 a 40 oscilações em 20 segundos.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 93
REFERÊNCIAS
American Physical Therapy Association. GUIDE TO PHYSI­
CAL THERAPIST
PRACTICE. Second Edition. American Physical Therapy Association.
Physical Therapy Journal, 2001; 81(1):9-746.
BIENFAIT, Marcel. BASES ELEMENTARES TÉCNICAS DE TERAPIA MANUAL
E OSTEOPATIA. 3ª edição. São Paulo: Summus Editorial, 1997.
BUTLER, David. MOBILIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO. 1ª edição.
Barueri: Manole, 2003.
KENDALL, Florence Peterson; McCREARY, Elizabeth Kendall; PROVANCE,
Patricia Geise. MÚSCULOS: provas e funções. 4ª edição. São Paulo:
Manole, 1995.
KISNER, Carolyn; COLBY, Lynn Allen. EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS:
Fundamentos e Técnicas. 5ª edição. São Paulo: Manole, 2009.
MAGEE, David. AVALIAÇÃO MUSCULOESQUELÉTICA. 4ª edição. Barueri:
Manole, 2005.
CAPA SUMÁRIO
Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 94
AUTORES, ORGANIZADORES E COLABORADORES
Professor Newton Júnior (ao centro) com os alunos monitores das disciplinas
de Recursos Terapêuticos Manuais I e II (esq. para dir.): Gabriel Gouveia,
Gabriela Santos, Edilane Mendes e João Aragão.
CAPA SUMÁRIO
Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 95
Rogério Moreira de Almeida: Professor das disciplinas de Recursos
Terapêuticos Manuais I e II.
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  • 3. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA Reitora MARGARETH DE FÁTIMA FORMIGA MELO DINIZ Vice-Reitor EDUARDO RAMALHO RABENHORST EDITORA DA UFPB Diretora IZABEL FRANÇA DE LIMA Supervisão de Editoração ALMIR CORREIA DE VASCONCELLOS JÚNIOR Supervisão de Produção JOSÉ AUGUSTO DOS SANTOS FILHO CONSELHO EDITORIAL Ítalo de Souza Aquino (Ciências Agrárias) Ilda Antonieta Salata Toscano (Ciências Exatas e da Natureza) Maria Regina de Vasconcelos Barbosa (Ciências Biológicas) Maria Patrícia Lopes Goldfard (Ciências Humanas) Eliana Vasconcelos da Silva Esvael (Linguística e Letras) Maria de Lourdes Barreto Gomes (Engenharias) Fabiana Sena da Silva (Multidisciplinar) Bernardina Maria Juvenal Freire de Oliveira (Ciências Sociais Aplicadas)
  • 4. Newton da Silva Pereira Júnior Rogério Moreira de Almeida (Organizadores) Manual de Recursos Terapêuticos Manuais Autores colaboradores Edilane Mendes de Lima Gabriel Gouveia Rodrigues Gabriela Emílio Lima dos Santos João Aragão Filho Editora da UFPB João Pessoa 2016
  • 5. Copyright © 2014 EDITORA UFPB Efetuado o Depósito Legal na Biblioteca Nacional, conforme a Lei nº 10.994, de 14 de dezembro de 2004. TODOS OS DIREITOS RESERVADOS À EDITORA DA UFPB De acordo com a Lei n. 9.610, de 19/2/1998, nenhuma par- te deste livro pode ser fotocopiada, gravada, reproduzida ou armazenada num sistema de recuperação de informações ou transmitida sob qualquer forma ou por qualquer meio eletrônico ou mecânico sem o prévio consentimento do detentor dos direitos autorais. O conteúdo desta publicação é de inteira responsabilidade dos autores. Projeto Gráfico Editora UFPB Editoração Eletrônica Romualdo Sousa Design de Capa Romualdo Sousa Catalogação na fonte: Biblioteca Central da Universidade Federal da Paraíba M294 Manual de recursos terapêuticos manuais [recurso eletrô nico] / Organizadores: Newton da Silva Pereira Júnior, Rogério Moreira de Almeida.-- João Pessoa: Editora da UFPB, 2016. 1CD-ROM; 43/4pol.(---kb) ISBN: 978-85-237-1247-1 1. Fisioterapia - manual. 2. Recursos terapêuticos manuais. 3. Terapia manual. 4. Massoterapia. I. Pereira Júnior, New- ton da Silva. II. Almeida, Rogério Moreira de. CDU: 615.8(035) EDITORA DA UFPB Cidade Universitária, Campus I ­­ – s/n João Pessoa – PB CEP 58.051-970 editora.ufpb.br editora@ufpb.edu.br Fone: (83) 3216.7147
  • 6. SUMÁRIO INTRODUÇÃO...................................................................................10 OBJETIVOS.........................................................................................12 CAPÍTULO I........................................................................................13 Abordagem do Paciente no Leito Hospitalar........................13 O Posicionamento do Paciente no Leito Hospitalar............14 DecúbitoFowler..............................................................................15 Mudanças de Decúbito.................................................................16 Decúbito Dorsal Para Decúbito Lateral..................................16 Decúbito Lateral Para Sentado..................................................18 Sentado Para de Pé........................................................................19 TransferênciaEntreAssentos....................................................20 CAPÍTULO II................................................................................22 AnatomiaPalpatória.....................................................................22 Clavícula, Articulações Esternoclavicular e Acromioclavicular......................23 Bursa Subacromial (Subdeltóidea)......................................................................24 Músculo Bíceps Braquial........................................................................................25 Músculo Deltóide.....................................................................................................25 Escápula....................................................................................................................26 Palpação do Cotovelo....................................................................27 Nervo Ulnar......................................................................................27 Epicôndilo Medial e Tendões Flexores do Punho..............................................28 Epicôndilo Lateral e Tendões Extensores do Punho.................................................29 MúsculoTrícepsBraquial........................................................................................................29 Palpação do Punho........................................................................31 Tendões Flexores do Punho e Tendões Extensores do Punho.............................31 Túnel do Carpo..............................................................................................................................31 ArtériasRadialeUlnar...............................................................................................................32 Palpação da Mão............................................................................33 Eminência Tenar...........................................................................................................................33
  • 7. Eminência Hipotenar.................................................................................................................34 Metacarpianos e Falanges......................................................................................35 PalpaçãodoQuadril......................................................................36 Espinha Ilíaca Póstero-Superior (EIPS) e Crista Ilíaca......................................36 Espinha Ilíaca Ântero-Superior (EIAS)................................................................36 Trocânter Maior.......................................................................................................37 Músculos Glúteos.....................................................................................................38 Nervo Ciático............................................................................................................38 Palpação do Joelho........................................................................39 Patela, Tendão do Quadríceps e Ligamento Patelar..........................................39 Músculo Quadríceps da Coxa................................................................................40 Ligamento Colateral Medial (LCM)......................................................................40 Ligamento Colateral Lateral (LCL).......................................................................41 Meniscos...................................................................................................................42 Palpação do Tornozelo.................................................................42 MaléoloMedialeLigamentoDeltóide..................................................................42 MaléoloLateraleLigamentosInseridos..............................................................43 Tendão Calcâneo......................................................................................................45 Palpação da Coluna Cervical......................................................45 Músculo Esternocleidomastóideo........................................................................45 Músculo Trapézio....................................................................................................46 Processos Espinhosos e Processos Transversos da Coluna Cervical ............47 Palpação da Coluna Torácica......................................................47 Processos Espinhosos e Processos Transversos da Coluna Torácica............47 Palpação da Coluna Lombar..................................................................................48 Processos Espinhosos e Processos Transversos da Coluna Lombar ............48 CAPÍTULO III.....................................................................................50 Pompagem .......................................................................................50 A Respiração do Paciente............................................................51 As Técnicas da Pompagem..........................................................52 Esternocleidomastóideo.............................................................................52 Intercostais...............................................................................................................53
  • 8. Peitoral Maior...........................................................................................................54 PeitoralMenor..........................................................................................................55 Diafragma.................................................................................................................55 Quadríceps................................................................................................................57 Cadeia Posterior (Membros Inferiores)..............................................................58 Coluna Cervical........................................................................................................58 ColunaLombar.........................................................................................................59 Articulação Temporomandibular (ATM)............................................................60 CAPÍTULO IV.....................................................................................61 Mobilização Articular e Tração ...............................................61 Mobilização Articular de Membros Superiores..................62 Falanges....................................................................................................................62 Metacarpos...............................................................................................................63 Rádio-ulnarDistaleRadio-carpica.......................................................................64 Rádio-ulnar Proximal .............................................................................................66 Ombro........................................................................................................................66 Escápula....................................................................................................................68 Mobilização Articular de Membros Inferiores.....................69 Falanges....................................................................................................................69 Metatarsos................................................................................................................70 Tíbio-tarsica .............................................................................................................70 Joelho.........................................................................................................................71 Quadril.......................................................................................................................72 Coluna Vertebral............................................................................77 Mobilização de Processos Espinhosos................................................................77 Mobilização de Processos Transversos...............................................................78 Tração da Coluna Cervical......................................................................................78 CAPÍTULO V......................................................................................80 Mobilização Neural.......................................................................80 Testes de Tensão Neural..............................................................81 Flexão Passiva da Cervical (PNF)..........................................................................81
  • 9. ULTT para Nervo Mediano.....................................................................................82 ULTT para Nervo Ulnar...........................................................................................84 ULTTparaNervoRadial..........................................................................................86 Nervo Ciático............................................................................................................88 Nervo Tibial..............................................................................................................89 Nervo Sural...............................................................................................................90 Nervo Fibular Comum............................................................................................91 REFERÊNCIAS...................................................................................93
  • 10. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 10 INTRODUÇÃO A terapia manual é uma área da fisioterapia a qual utiliza um conjunto de recursos terapêuticos manuais no tratamento de pacientes, diante de uma visão global do organismo. Estas técnicas podem ser utilizadas tanto como recursos diagnósti- cos quanto terapêuticos, em benefício do paciente. Dentre o conjunto de técnicas manuais, destacam-se a massoterapia, a pompagem, a mobilização articular e tração, a mobilização neural e as técnicas de quiropraxia e osteopatia, baseando-se nos conhecimentos da anatomia palpatória, biomecânica e ci- nesiologia. Grande parte dos distúrbios no sistema musculoesquelé- tico é caracterizada por alterações biomecânicas assintomáti- cas em um estágio inicial que podem ser tratadas manualmente antes do aparecimento dos sintomas. As técnicas baseadas em princípios da artrocinemática, que utiliza de movimentos aces- sórios (micromovimentos), influenciam diretamente na preven- ção de processos degenerativos e inflamatórios. Utilizando destes recursos terapêuticos, o fisioterapeu- ta também é capaz de atuar com pacientes no leito hospitalar, facilitando nas mudanças de decúbito e no posicionamento de estruturas osteomioarticulares, bem como nas tarefas de trans- ferências, com objetivo de reduzir agravos no quadro clínico destes indivíduos. Os recursos terapêuticos manuais também podem auxiliar em diversas outras áreas como a traumato-orto- pedia, neurologia, dermato-funcional, desportiva, entre outras. As técnicas de terapia manual ainda não são abordadas com ênfase necessária na maior parte dos cursos de graduação a nível nacional. A especialidade nas técnicas manuais consti- tui-se de vários detalhes que são adquiridos de forma progres- siva, sob orientação de um experiente professor. Dessa forma
  • 11. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 11 torna-se indispensável a prática clínica para que o aluno possa aperfeiçoar as manobras e ter habilitação profissional necessá- ria para a aplicação destas técnicas em seus pacientes.
  • 12. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 12 OBJETIVOS Este manual foi desenvolvido pelos monitores das disci- plinas de Recursos Terapêuticos Manuais I e II com o objetivo de auxiliar os alunos na aprendizagem das técnicas de abordagem do paciente no leito hospitalar, anatomia palpatória, pompagem, mobilização articular/tração e mobilização neural ministradas em aula pelo professor Newton da Silva Pereira Júnior. Através deste manual espera-se que os alunos da disciplina de Recursos Tera- pêuticos Manuais II possam ter um referencial para acompanha- mento durante as aulas, auxiliando-os na compreensão e aplica- ção prática das técnicas abordadas.
  • 13. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 13 CAPÍTULO I Abordagem do Paciente no Leito Hospitalar Há algumas décadas acreditava-se que o repouso no leito hospitalar era benéfico, pois promovia a estabilização do quadro clínico do paciente. A partir da década de 40, os efeitos nocivos do repouso no leito e os benefícios da mobilização precoce têm sido reconhecidos em pacientes hospitalizados. O imobilismo pode acometer diversos sistemas como o musculoesquelético, neuroló- gico, gastrointestinal, urinário, cardiovascular, respiratório e cutâ- neo. Sendo assim, um dos principais objetivos da mobilização pre- coce é interferir diretamente no tempo de imobilização no leito, sendo o exercício terapêutico o elemento central na maioria dos planos de assistência da fisioterapia. As atividades precoces são aquelas que se iniciam imedia- tamente após a estabilização das alterações fisiológicas impor- tantes. Estas intervenções precoces são necessárias para prevenir problemas físicos e distúrbios psicológicos como ansiedade e de- pressão, evitando os riscos de internação prolongada e imobilida- de associada, sendo fundamental no processo de reabilitação do paciente no leito hospitalar. Como principais benefícios da mobilização precoce no leito hospitalar temos a redução dos efeitos adversos da imobilidade, melhora da função respiratória e da aptidão cardiovascular, dimi- nuição do tempo para desmame da ventilação mecânica, melhora do nível de consciência, melhora do bem-estar psicológico e dimi- nuição do tempo de internação hospitalar. Como técnicas de mobilização precoce, pode-se realizar mudanças de decúbitos no leito hospitalar a cada duas horas. Além disso, deve-se realizar o posicionamento de estruturas ósse-
  • 14. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 14 as proeminentes, com o objetivo de diminuir pontos de pressão e o surgimento de possíveis úlceras de decúbito. E ainda, as tarefas de transferências devem ser trabalhadas, no intuito de promover a independência funcional do indivíduo. Estas intervenções preco- ces associadas à cinesioterapia e aos recursos terapêuticos manu- ais podem reduzir o tempo da hospitalização do paciente. O Posicionamento do Paciente no Leito Hospitalar O posicionamento do paciente no leito hospitalar deve ser observado para que as proeminências ósseas não exerçam pres- são sobre o leito podendo gerar úlceras de decúbito. De acordo com o decúbito em que o paciente se encontra, deve-se analisar as estruturas ósseas em contato direto com o leito e posicionar toalhas, lençóis, travesseiros ou outros aparatos para diminuir os pontos de pressão. Os pontos anatômicos mais comuns para o surgimento de úlceras de decúbito são: crista ilíaca, Sacro, trocânter maior, Ís- quio, maléolo lateral e Calcâneo.
  • 15. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 15 Decúbito Fowler O decúbito Fowler é uma posição utilizada no leito hospita- lar com o objetivo de proporcionar conforto ao paciente, promo- ver sua higiene oral e alimentação, bem como melhora dos qua- dros de dispneia e de pós-operatórios. Com o paciente deitado em decúbito dorsal, o tronco deve ser inclinado anteriormente de 15° a 45°, podendo se estender até 60° em alguns casos. Após, realiza-
  • 16. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 16 -se a flexão de joelhos (com o posicionamento de almofadas ou toalhas sob a articulação) e dorsiflexão de tornozelo (com algum aparato sob os pés para sustentar a posição) evitando que o pa- ciente deslize sobre o leito. Mudanças de Decúbito As mudanças de decúbito são manobras utilizadas para movimentar e mudar a posição do paciente acamado. Elas pro- porcionam maior conforto e também evitam complicações prove- nientes da imobilidade prolongada. Essas manobras devem ocor- rer num período médio a cada duas horas. Decúbito Dorsal Para Decúbito Lateral Paciente com a perna contralateral (à mudança de decúbito) sobre a perna ipsilateral (o lado para onde se deseja virar o pacien- te). Os cotovelos fletidos, com os braços posicionados da mesma forma que as pernas (contralateral cruzado sobre o ipsilateral), com as mãos apoiadas sobre a região dos ombros do próprio paciente.
  • 17. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 17 A mão caudal do fisioterapeuta é posicionada sobre o qua- dril do paciente (nível da crista ilíaca), enquanto a mão cefálica é posicionada sobre o ombro do mesmo, gerando o apoio necessá- rio para girar o tronco do paciente, puxando-o em direção a si. O fisioterapeuta deve utilizar o corpo como alavanca na realização da manobra.
  • 18. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 18 Decúbito Lateral Para Sentado Com o paciente deitado em decúbito lateral, o fisioterapeuta deve inicialmente posicionar os pés do mesmo para fora da maca. Em seguida, o fisioterapeuta posiciona seu braço cefálico sob a cer- vical do paciente, estabilizando sua escápula “superior”. Com o bra- ço caudal, o fisioterapeuta apoia na região posterior dos membros inferiores do paciente, tentando alcançar a região poplítea. Neste momento, a posição do fisioterapeuta é de semifle- xão de tronco e de joelhos. Ao realizar a extensão do tronco, o fisio- terapeuta realiza uma alavanca e o paciente é posicionado na po- sição de sentado, estabilizado sobre os braços do fisioterapeuta.
  • 19. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 19 Sentado Para de Pé Para realizar essa transferência, o paciente precisa estar cooperativo e ter controle de tronco suficiente para se manter na posição sentado. O fisioterapeuta deve se posicionar na frente do paciente e apoiar suas mãos sob os cotovelos do paciente, que apoiará suas mãos sobre os braços do fisioterapeuta. Esta mano- bra é ativo-assistida, o fisioterapeuta deve dar apenas o apoio para a realização do movimento que deve ser realizado principalmente pelo paciente. O fisioterapeuta pode apoiar os joelhos do paciente com as pernas e realizar uma contagem para que no momento de realização do movimento haja sincronia entre as duas partes.
  • 20. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 20 Transferência Entre Assentos O fisioterapeuta deve estabilizar um dos joelhos do pacien- te prendendo-o entre seus joelhos (como uma ‘chave de pernas’). O fisioterapeuta deve inclinar-se sobre o paciente, abraçando-o e apoiando a cabeça dele sobre um de seus ombros, se necessário. Utilizando o corpo como alavanca, o fisioterapeuta realiza a ex- tensão de tronco e levanta o paciente, seguido de uma rotação de tronco, girando o paciente e sentando-o no outro local.
  • 21. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 21
  • 22. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 22 CAPÍTULO II Anatomia Palpatória De acordo com o Shorter Oxford English Dictionary, palpar significa ‘examinar pelo sentido do tato; sentir; exame médico pela sensação do tato’. Dessa forma, pode-se atribuir a palpação, o ato de examinar pelo toque com finalidade diagnóstica em relação a características e condições de tecidos locais e estruturas do corpo. A palpação deve ser realizada junto com a inspeção, pois as estruturas que estão sendo inspecionadas são as mesmas que devem ser palpadas. As regiões palpáveis podem ser pele, tecidos moles, subcutâneos, estruturas ósseas e articulares. O procedimento da palpação é comumente realizado com a ponta dos dedos (zonas sensíveis), entretanto, toda a mão pode ser utilizada para o processo de ‘sentir’, de acordo com o objetivo do fisioterapeuta. A profundidade da palpação varia em relação aos tecidos visados, onde os toques mais leves são utili- zados para os tecidos superficiais e toques com mais pressão são utilizados para músculos profundos e órgãos mais internos. As técnicas de palpação envolvem informações que ser- vem como base para o tratamento adequado do paciente. Em es- truturas como a pele, por exemplo, o fisioterapeuta deve iniciar com toque leve, investigando características como temperatura do tecido, presença de aderências, entre outras. Além disso, al- gumas características como dor, edema, crepitações, devem ser investigadas também. O envolvimento das mãos, em geral, é ampliado pela re- dução da entrada das informações de outros sentidos e o maior uso do tato pode ser aprimorado quando os olhos são fechados. Dessa forma, o aprimoramento da arte da palpação é obtido
  • 23. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 23 através da prática. O fisioterapeuta deve sempre manter a mobilidade, sensi- bilidade e destreza para a execução da palpação dos pacientes. Além disso, para uma melhor realização da palpação, o fisiote- rapeuta deve ter unhas curtas e limpas, evitar cremes durante a avaliação e ter mãos sempre cuidadas, evitando calosidades e textura ásperas. Palpação do Ombro Clavícula, Articulações Esternoclavicular e Acromioclavicular O fisioterapeuta utilizando os 2° e 3° dedos deve palpar o comprimento da Clavícula desde a área medial, na articulação es- ternoclavicular até a área lateral na articulação acromiclavicular.
  • 24. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 24 Bursa Subacromial (Subdeltóidea) O fisioterapeuta com uma mão estende o ombro do pacien- te. Com a mão oposta, utilizando os 2° e 3° dedos, palpa a região inferior na porção anterior do músculo Deltóide.
  • 25. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 25 Músculo Bíceps Braquial O fisioterapeuta flexiona o cotovelo do paciente a 90° e soli- cita que o indivíduo relaxa o membro. Após, o fisioterapeuta palpa distalmente a partir da tuberosidade bicipital do Rádio para cima até o sulco bicipital. Músculo Deltóide O fisioterapeuta palpa a porção anterior do músculo a par- tir do processo do acrômio inferiormente. Após, palpa a face late- ral do ombro, para a parte média do músculo Deltóide. Por fim pal- pa a porção posterior a partir da face superior para a face inferior com o ombro estendido.
  • 26. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 26 Escápula O fisioterapeuta palpa as bordas medial, lateral e superior. Além disso, palpa a região superior e inferior da espinha da Es- cápula, para os músculos Supra Espinhoso e Infra Espinhoso, res- pectivamente.
  • 27. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 27 Palpação do Cotovelo Nervo Ulnar Utilizando os 2° e 3° dedos, o fisioterapeuta palpa o sulco entre o epicôndilo medial e o processo do olécrano.
  • 28. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 28 Epicôndilo Medial e Tendões Flexores do Punho Com o cotovelo flexionado a 90°, o fisioterapeuta palpa o epicôndilo medial e seus tendões com o 2° e 3° dedos.
  • 29. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 29 Epicôndilo Lateral e Tendões Extensores do Punho Com o cotovelo flexionado a 90°, o fisioterapeuta palpa o epicôndilo lateral e a crista supracondiliana com os 2° e 3° dedos. Músculo Tríceps Braquial Com os 2° e 3° dedos, o fisioterapeuta palpa a extensão do músculo até o processo olecraniano.
  • 30. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 30
  • 31. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 31 Palpação do Punho Tendões Flexores do Punho e Tendões Extensores do Punho Com o antebraço do paciente supinado, o fisioterapeuta palpa os tendões dos flexores do punho, localizados proximais ao retináculo flexor, bem como o dos extensores localizados na região posterior. Túnel do Carpo Com o antebraço do paciente supinado, o fisioterapeuta es- tabiliza o punho com uma das mãos. Com a mão oposta, percute a superfície palmar do punho promovendo batidas com o 2° dedo.
  • 32. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 32 Artérias Radial e Ulnar • Artéria radial: face ântero-lateral do punho. • Artéria ulnar: face ântero-medial do punho. O fisioterapeuta deve palpar, utilizando os 2° e 3° dedos, uma artéria de cada vez e determinar a amplitude de ambos os pulsos bilateralmente.
  • 33. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 33 Palpação da Mão Eminência Tenar O fisioterapeuta deve palpar a forma triangular da eminên- cia a partir da base do polegar à área central da mão na base dos ossos do carpo. Após, palpar inferioriormente e lateralmente à base do 2° dedo.
  • 34. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 34 Eminência Hipotenar O fisioterapeuta palpa a eminência desde a base do dedo mínimo até a base do Pisiforme.
  • 35. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 35 Metacarpianos e Falanges O fisioterapeuta utilizando os 1°, 2° e 3° dedos, palpa os me- tacarpos e as falanges na face dorsal da mão do paciente.
  • 36. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 36 Palpação do Quadril Espinha Ilíaca Póstero-Superior (EIPS) e Crista Ilíaca Com o paciente em pé, o fisioterapeuta palpa a Crista Ilíaca. Em seguida, posiciona seus dedos indicadores sobre cada Crista Ilíaca e os seus polegares sobre a EIPS de cada Ílio. Espinha Ilíaca Ântero-Superior (EIAS) Com o paciente em decúbito dorsal ou de pé, palpar a crista ilíaca na margem inferior do flanco a partir da frente e percorrer a palpação até a extremidade terminal anterior da Crista Ilíaca.
  • 37. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 37 Trocânter Maior Com o paciente em decúbito ventral, abduzir levemente a coxa e palpar o trocânter maior.
  • 38. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 38 Músculos Glúteos Com o paciente deitado em decúbito ventral, o fisioterapeu- ta palpa realizando forte pressão, começando imediatamente late- ral ao sacro e movendo-se no sentido do trocânter maior do Fêmur. Nervo Ciático Começando a meio caminho entre o trocânter maior e a tuberosidade isquiática, o fisioterapeuta palpa o nervo ciático e o acompanha inferiormente.
  • 39. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 39 Palpação do Joelho Patela, Tendão do Quadríceps e Ligamento Patelar Com o paciente em decúbito dorsal e joelho estendido, o fisioterapeuta palpa a Patela e suas margens. Após, o fisioterapeu- ta palpa o tendão do Quadríceps, superiormente à patela e o liga- mento patelar inferiormente à Patela.
  • 40. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 40 Músculo Quadríceps da Coxa Com o paciente em decúbito dorsal e o joelho em extensão, o fisioterapeuta palpa a extensão inteira do músculo Quadríceps, verificando se há alguma alteração. Ligamento Colateral Medial (LCM) O paciente na posição de sentado cruza a perna de modo que o tornozelo apoie sobre o joelho do membro inferior oposto. O fisioterapeuta palpa o LCM na região interna do joelho seguin- do a interlinha articular da articulação fêmoro-tibial. O ligamento apresenta-se transversalmente a esta linha.
  • 41. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 41 Ligamento Colateral Lateral (LCL) O paciente em decúbito dorsal, com o joelho flexionado e o pé apoiado sobre a maca. O fisioterapeuta palpa o LCL na região externa do joelho seguindo a interlinha articular da articulação fêmoro-tibial. O ligamento apresenta-se transversalmente a esta linha.
  • 42. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 42 Meniscos O paciente em decúbito dorsal e o joelho ligeiramente em flexão. O fisioterapeuta pressiona firmemente com os polegares a porção anterior da interlinha articular fêmoro-tibial. Palpação do Tornozelo Maléolo Medial e Ligamento Deltóide Paciente em decúbito dorsal. O fisioterapeuta palpa o ma- léolo medial e imediatamente inferior ao maléolo medial, palpa o ligamento deltóide.
  • 43. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 43 Maléolo Lateral e Ligamentos Inseridos (Talofibular Anterior e Posterior e Calcaneofibular) Paciente em decúbito dorsal. O fisioterapeuta palpa o ma- léolo lateral com o 2° e 3° dedos. Na porção ântero-inferior ao ma- léolo lateral, encontra-se os ligamentos talofibular anterior e cal- caneofibular. Na porção posterior ao maléolo lateral, encontra-se o ligamento talofibular posterior.
  • 44. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 44
  • 45. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 45 Tendão Calcâneo Com o paciente em decúbito ventral e tornozelo na posição neutra, o fisioterapeuta palpa o tendão com os 1° e 2° dedos. Palpação da Coluna Cervical Músculo Esternocleidomastóideo Com o paciente em decúbito dorsal, com rotação e inclina- ção lateral do pescoço, o músculo evidencia-se. Utilizando os 1° e 2° dedos, o fisioterapeuta palpa o músculo da Clavícula até o pro- cesso mastóide.
  • 46. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 46 Músculo Trapézio Com o paciente sentado, o fisioterapeuta palpa desde a face superior imediatamente abaixo do Occipital até embaixo, continuando para a face superior da espinha da Escápula e, em seguida, lateralmente ao processo do acrômio.
  • 47. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 47 Processos Espinhosos e Processos Transversos da Coluna Cervical Com o paciente sentado e a cabeça ligeiramente fletida, o fisioterapeuta utiliza os polegares para palpar os processos es- pinhosos das vértebras cervicais. Lateralmente aos processos es- pinhosos, o fisioterapeuta palpa os processos transversos corres- pondentes. Palpação da Coluna Torácica Processos Espinhosos e Processos Transversos da Coluna Torácica Com o paciente sentado e o tórax ligeiramente flexionado, o fisioterapeuta palpa cada processo espinhoso com os 2° e 3° dedos. Lateralmente aos processos espinhosos, o fisioterapeuta palpa os processos transversos correspondentes.
  • 48. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 48 Palpação da Coluna Lombar Processos Espinhosos e Processos Transversos da Coluna Lombar Com o paciente sentado e a coluna flexionada anteriormen- te, o fisioterapeuta palpa cada processo espinhoso com os 2° e 3° dedos. Lateralmente aos processos espinhosos, o fisioterapeuta palpa os processos transversos correspondentes. Na coluna lom- bar, apenas 4 processos serão palpáveis, uma vez que a 5ª vértebra está fundida com o sacro.
  • 49. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 49
  • 50. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 50 CAPÍTULO III Pompagem A pompagem é uma técnica da terapia manual, de fácil aplicação no tecido conjuntivo (fáscia) que traz benefícios quase imediatos aos pacientes. As manobras consistem na realização de uma distensão terapêutica na fáscia muscular associada a movimentos respiratórios. A técnica da pompagem deve ser realizada em três tem- pos, sendo eles: 1) O tensionamento do segmento – executado através do movimento lento, regular e progressivo; 2) a manu- tenção do tensionamento – entre 10 a 20 segundos de acordo com o objetivo; 3) Retorno à posição inicial – executado de forma lenta. O tensionamento do segmento é realizado nas fases expi- ratórias do ciclo ventilatório. Como principais objetivos da pompagem temos o reesta- belecimento da elasticidade e comprimento das fáscias, o rela- xamento muscular, a estimulação da circulação, o aumento do espaço articular e nutrição das cartilagens. A pompagem é indicada em casos de contraturas muscu- lares não agudas, estase líquida (ausência de movimento do lí- quido intersticial), encurtamentos e tensões musculares, dores musculares não agudas e disfunções miofasciais em geral. Em contrapartida, a técnica não deve ser aplicada em casos de es- tiramento muscular ou ligamentar, contraturas musculares agu- das e rupturas ligamentares e fasciais.
  • 51. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 51 A Respiração do Paciente Para uma boa eficácia da técnica da pompagem, é neces- sário que o paciente saiba realizar o movimento respiratório de uma maneira correta. O fisioterapeuta deve estar atento ao pa- drão respiratório do paciente e na maioria das vezes, ensinar como realizá-lo. Para isso, o fisioterapeuta orienta que o paciente posi- cione uma mão sobre tórax e a outra na região abdominal. Após, é solicitado que o paciente realize a respiração, sendo instruído a inspirar fazendo com que a mão posicionada sobre o abdômen se movimente antes da mão posicionada sobre o tórax. Durante a expiração, a mão posicionada sobre o tórax deve se movimentar antes da mão que está sobre o abdômen. O movimento deve ser repetido diversas vezes, assistido pelo fisioterapeuta, até que o pa- ciente esteja com o padrão respiratório correto.
  • 52. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 52 As Técnicas da Pompagem Esternocleidomastóideo Paciente posicionado em decúbito dorsal. O fisioterapeuta posiciona a cabeça do paciente em inclinação lateral com rotação, evidenciando o músculo esternocleidomastóide. Uma das mãos do terapeuta é posicionada fixando o osso esterno e a outra no ventre muscular do Esternocleidomastóide do paciente. Durante as expirações o terapeuta realiza o movimento de tensionamen- to do segmento até seu limite. No final da manobra, é realizada a manutenção (entre 10 e 20 segundos) e após, o retorno à posição inicial de forma lenta.
  • 53. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 53 Intercostais Paciente posicionado em decúbito dorsal. O fisioterapeuta realiza a palpação das costelas até encontrar os espaços intercos- tais, onde o músculo está situado. Nesse espaço, o fisioterapeuta posiciona seus dedos polegares e realiza o movimento de tensio- namento (os dedos se movem em sentidos opostos) durante as expirações do paciente, até o limite do músculo. Em seguida, é re- alizada a manutenção do segmento (entre 10 e 15 segundos) e por fim, o retorno à posição inicial.
  • 54. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 54 Peitoral Maior Paciente posicionado em decúbito dorsal, com abdução dos braços a 90° bilateralmente. O fisioterapeuta posiciona suas mãos um pouco abaixo do oco axilar do paciente e realiza o movi- mento de tensionamento do segmento no sentido caudal, em dire- ção ao músculo, durante as expirações do paciente, até o limite da estrutura. Após, é realizada a manutenção do segmento (entre 10 e 15 segundos) e por fim, o retorno à posição inicial.
  • 55. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 55 Peitoral Menor Paciente posicionado em decúbito dorsal, com o braço ab- duzido entre 100° e 120°. Uma das mãos do fisioterapeuta é posi- cionada no oco axilar e a outra próxima ao mamilo (as mãos do fisioterapeuta cruzadas). Assim, realiza-se o movimento de tensio- namento do segmento (as mãos deslizarão em sentidos opostos) durante as expirações do paciente. Em seguida, é realizada a ma- nutenção do segmento (entre 10 e 15 segundos) e por fim, o retor- no à posição inicial. Esta manobra é realizada de forma unilateral. Diafragma Paciente posicionado em decúbito dorsal. O fisioterapeuta realiza a palpação do músculo. Os polegares do fisioterapeuta são posicionados na porção média unilateral do músculo e realiza-se o movimento de tensionamento do segmento no sentido oposto
  • 56. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 56 dos dedos durante as expirações do paciente. Em seguida, realiza- -se a manutenção do segmento (entre 10 e 15 segundos) e após, o retorno à posição inicial.
  • 57. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 57 Quadríceps Paciente posicionado em decúbito lateral, com flexão de joelho e o quadril neutro. Durante as expirações do paciente, o fisioterapeuta realiza a extensão do quadril e a flexão do joelho. Após, é realizada a manutenção do segmento (entre 10 e 20 segun- dos) e o retorno à posição inicial.
  • 58. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 58 Cadeia Posterior (Membros Inferiores) Paciente posicionado em decúbito dorsal, com flexão de quadril e extensão de joelho. Durante as expirações do paciente, o fisioterapeuta realiza o movimento de flexão do quadril, man- tendo a extensão de joelho e realizando dorsiflexão de tornozelo. Em seguida, é realizado a manutenção do segmento (entre 10 e 20 segundos) e após, o retorno à posição inicial. Coluna Cervical Paciente posicionado em decúbito dorsal e é orientado a relaxar a coluna cervical. O fisioterapeuta posiciona as duas mãos próximas ao processo espinhoso da primeira vértebra torácica (T1). Durante as expirações, o fisioterapeuta realiza o movimento de tensionamento do segmento no sentido cefálico. Em seguida, é realizado o período de manutenção do segmento (entre 10 e 20 segundos) e por fim, o retorno à posição inicial.
  • 59. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 59 Coluna Lombar Paciente em decúbito dorsal (posição de rã). O fisiotera- peuta posiciona uma das mãos na região lombar do paciente e durante as expirações, a mão será retirada no sentido caudal. Essa técnica pode ser também realizada com uma toalha.
  • 60. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 60 Articulação Temporomandibular (ATM) O fisioterapeuta posiciona os dedos indicadores na região da mandíbula do paciente e os polegares nas ATMs. Após, realiza movimento deslizando os indicadores em direção às ATMs e pole- gares deslizando inferiormente em direção às mandíbulas, como se estivesse realizando movimento de ‘contar dinheiro’.
  • 61. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 61 CAPÍTULO IV Mobilização Articular e Tração As lesões articulares, de um modo geral, são caracteriza- das por um quadro inflamatório que geram dor, edema, levando à perda de movimento e consequentemente, alterações funcionais. Dentre os recursos terapêuticos manuais, a mobilização articular e a tração são indicadas para o tratamento de disfunções osteomio- articulares. De acordo com os princípios da biomecânica, as articula- ções apresentam dois tipos de movimentos: o movimento fisioló- gico e o movimento acessório. O primeiro é resultante das contra- ções musculares ativas, concêntricas e excêntricas, que movem um osso ou articulação, podendo também ser denominado movi- mento osteocinemático. O segundo é caracterizado pela maneira a qual uma superfície articular move-se em relação à outra, tam- bém podendo ser classificado como movimento artrocinemático. Os movimentos acessórios incluem o deslizamento, rola- mento e giro, podendo ser classificados em: 1) Hipomóveis – quan- do o movimento pára em um ponto denominado Barreira Patoló- gica, anterior à Barreira Anatômica. É provocado por dor, espasmo ou resistência aos tecidos; 2) Hipermóveis – o movimento vai além da Barreira Anatômica em virtude da frouxidão das estruturas ad- jacentes, devendo ser tratado com exercícios de fortalecimento e estabilização; 3) Articulações normais. As mobilizações articulares são baseadas nos princípios de Maitland, descritas em 5 graus, onde sua aplicação se dará de acordo com o quadro clínico do paciente. A tração é uma técnica baseada nos princípios de Kalterborn, que apresenta 3 graus, en- volvendo a mobilização de um segmento articular com objetivo de
  • 62. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 62 produzir alguma separação das duas superfícies. Durante à inspe- ção/palpação na avaliação, o fisioterapeuta deve observar o que prevalece, a dor ou a rigidez, para decidir qual é o grau de mobili- zação articular ou tração será aplicado. Os principais objetivos da mobilização articular e tração são: recuperar a amplitude de movimento ativo, restaurar os mo- vimentos passivos articulares, reposicionar ou realinhar a articu- lação, readquirir a distribuição normal de forças e de estresses ao redor da articulação e reduzir o quadro álgico. As indicações para a mobilização articular e tração são: hi- pomobilidade articular, dor articular, rigidez e limitação da ampli- tude de movimento. Como contraindicações, temos: artrite infla- matória, doença óssea, comprometimento neurológico, fraturas ósseas e deformidades ósseas congênitas. Mobilização Articular de Membros Superiores Falanges O fisioterapeuta realiza a estabilização de uma falange e mobiliza a outra. Juntamente com esta técnica, pode ser realizada a tração, uma vez que são superfícies que permitem a separação das estruturas, no plano perpendicular. Na tração, há separação das superfícies articulares e manutenção por alguns segundos, re- tornando a posição inicial. Na mobilização articular, deve-se afas- tar e aproximar as estruturas repetidamente, no plano longitudi- nal das estruturas.
  • 63. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 63 Metacarpos O fisioterapeuta utiliza a região tenar e os polegares de ambas as mãos, posicionando-os ao longo das estruturas a serem mobilizadas na mão do paciente. Uma das mãos vai estabilizar um ponto e a outra vai mobilizar o metacarpo. Neste caso, não se rea- liza tração, pois as estruturas não permitem a separação real entre elas.
  • 64. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 64 Rádio-ulnar Distal e Radio-carpica Para esta articulação existem diversas formas para a mo- bilização articular. A forma geral, que é bastante utilizada, se dá com o fisioterapeuta estabilizando a região distal de Rádio e Ulna e mobilizando a região do carpo, no sentido ântero-posterior. Nesta manobra, pode-se associar a tração, realizando a separação real das estruturas do Rádio e Ulna e a primeira fileira dos ossos do carpo. Além disso, existe a mobilização em ‘8’, onde o fisiotera- peuta posiciona a região tenar e dos polegares para estabilizar o punho do paciente e realiza o movimento com a articulação, dese- nhando um oito, com a maior amplitude possível.
  • 65. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 65 Outra técnica realizada é de prender a região do punho do paciente entre as mãos, pressionar e soltar continuamente a arti- culação, realizando um bombeamento.
  • 66. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 66 Rádio-ulnar Proximal Com as duas mãos, o fisioterapeuta deve posicionar a re- gião tenar e dos polegares, de modo a mobilizar o Rádio e a Ulna do paciente, que deve estar com cotovelo semifletido e antebraço apoiado. Ombro Deslizamento da cápsula inferior – a técnica consiste em prender o braço do paciente, posicionando seu antebraço entre o braço e o corpo do fisioterapeuta. A mão caudal do fisioterapeuta fica na região próxima ao cotovelo do paciente, enquanto a mão cefálica estabiliza a Escápula, realiza-se a mobilização da cabe- ça do Úmero inferiormente. Esta manobra é utilizada quando há comprometimento no plano sagital da articulação (flexão e abdu- ção de ombro).
  • 67. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 67 Tração de ombro – braço do paciente posicionado em 90° de abdução, com o fisioterapeuta estabilizando este braço da mes- ma forma descrita anteriormente. Realiza-se a separação das es- truturas, afastando o Úmero da cavidade glenóide. Esta manobra é realizada a partir do momento em que o paciente evolui na me- lhora para a abdução do ombro. Uma variação desta técnica pode ser realizada com o paciente em decúbito ventral. O fisioterapeuta estabiliza o braço do paciente entre as pernas e mobiliza o úmero proximal com as duas mãos, anterior e posteriormente.
  • 68. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 68 Escápula O paciente deve ser posicionado em decúbito lateral. O fi- sioterapeuta posiciona sua mão caudal sob o ângulo inferior da Escápula do paciente e a mão cefálica é apoiada na região superior da articulação do ombro. Nesta posição, são realizadas mobiliza- ções da Escápula.
  • 69. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 69 Mobilização Articular de Membros Inferiores Falanges As mobilizações das falanges dos membros inferiores se- guem a mesma técnica de mobilizações das falanges de membros superiores.
  • 70. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 70 Metatarsos As mobilizações de metatarsos dos membros inferiores se- guem a mesma técnica de mobilizações de metacarpos de mem- bros superiores. Tíbio-tarsica Paciente posicionado em decúbito dorsal, flexão de qua- dril, flexão de joelhos e dorsiflexão com o calcâneo apoiado sobre a maca. O fisioterapeuta estabiliza uma de suas mãos na região dos ossos do tarso do paciente e com a outra mão posicionada na região anterior da Tíbia e Fíbula distal e realiza a mobilização no sentido ântero-posterior.
  • 71. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 71 Joelho Paciente posicionado em decúbito dorsal, flexão de qua- dril, flexão de joelhos e o pé apoiado sobre a maca. O fisioterapeu- ta estabiliza o pé do paciente com o seu joelho ou sentando sobre o mesmo. As mãos são posicionadas envolvendo a articulação do joelho e realiza-se a mobilização semelhantes à movimentos de gaveta (anterior ou posterior).
  • 72. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 72 Além disso, o fisioterapeuta pode estabilizar um dos ossos (Tíbia ou Fíbula) e mobilizar o outro, realizando movimentos com o osso em questão. Quadril Deslizamento inferior – Paciente posicionado em decúbi- to dorsal com flexão coxofemoral e a perna apoiada no ombro do fisioterapeuta. A mobilização articular deve ser realizada com o bordo cubital das mãos do fisioterapeuta, que estarão apoiadas sobre articulação coxofemoral e o fisioterapeuta puxando o Fêmur no sentido caudal. Esta mobilização é utilizada para o ganho dos movimentos de flexão e abdução de quadril.
  • 73. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 73 Uma variação desta técnica pode ser realizada com o mem- bro inferior do paciente a ser trabalhado em extensão e o membro inferior contralateral em flexão, para evitar o deslocamento do pa- ciente. O fisioterapeuta segurando na articulação do tornozelo do paciente realiza a manobra de mobilização puxando a perna do paciente no sentido caudal. Nesta manobra ocorre a mobilização do quadril e a tração do joelho.
  • 74. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 74 Caso o paciente tenha alguma disfunção na articulação do joelho em que ele não suporte a tração realizada na manobra des- crita anteriormente, a mobilização pode ser realizada com o fisio- terapeuta segurando na região distal do Fêmur e realizar a mano- bra mobilizando a articulação no sentido caudal.
  • 75. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 75 Além disso, com o paciente em decúbito ventral, quadril em extensão e coxa apoiada no braço caudal do fisioterapeuta. O bordo cubital da mão cefálica do fisioterapeuta é apoiada sobre a articulação coxofemoral do paciente e realiza-se a mobilização da articulação. Esta manobra pode ser utilizada para o ganho de extensão de quadril. Caso o membro inferior do paciente seja pesado e o fisio- terapeuta não consiga sustentar o peso, pode-se apoiar algum ar- tefato para sustentar o membro inferior do paciente em extensão. Em seguida, o fisioterapeuta apoia o bordo cubital das duas mãos sobre a articulação coxofemoral do paciente e realiza a mobiliza- ção.
  • 76. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 76 Com o paciente em decúbito ventral, flexão de joelho e ro- tação externa de quadril. Com a mão caudal, o fisioterapeuta es- tabiliza o pé do paciente sobre o membro inferior contralateral. O bordo cubital da mão cefálica é posicionado sobre a articulação coxofemoral do paciente e realiza-se a mobilização.
  • 77. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 77 Coluna Vertebral Mobilização de Processos Espinhosos A mão não dominante do fisioterapeuta é apoiada sobre a dominante, formando um “C” com o polegar e o indicador. Com a região hipotenar apoiada sobre o processo espinhoso que deseja se tratar, realiza-se a mobilização, pressionando para baixo e re- tornando continuamente, de acordo com o grau desejado. Para as vértebras da coluna cervical, o fisioterapeuta deve utilizar os pole- gares para a mobilização dos processos espinhosos.
  • 78. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 78 Mobilização de Processos Transversos Com as mãos cruzadas, o fisioterapeuta utiliza a região hipotenar posicionando-as sobre os processos transversos das vértebras do paciente, realizando a mobilização articular de for- ma alternada. Para as vértebras cervicais, da mesma maneira que no processo espinhoso, o fisioterapeuta deve utilizar os polegares para realizar a mobilização dos processos transversos. Tração da Coluna Cervical Paciente posicionado em decúbito dorsal, com a cabeça para fora da maca, apoiada sobre a mão do fisioterapeuta. O pa- ciente deve estar com a cabeça o mais relaxada possível. O fisiote- rapeuta posiciona o bordo cubital de uma mão na base do Occipi- tal do paciente e a outra sobre o processo mentual.
  • 79. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 79 Uma variação desta técnica pode ser realizada com o fisio- terapeuta apoiando a mão sobre o ombro do paciente, empurran- do-o no sentido contrário à tração da coluna cervical. A cabeça do paciente estará em rotação e inclinação lateral para o lado contra- lateral.
  • 80. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 80 CAPÍTULO V Mobilização Neural O Sistema Nervoso deve ser considerado como uma unida- de entre as estruturas que compõem o Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico. Por ser um tecido contínuo, possui propriedades que permitam com que este tecido se alongue e se mova, uma vez que a função e a mecânica do sistema nervoso são interligadas. Durante a avaliação do paciente, o fisioterapeuta deve ser capaz de identificar características em relação ao quadro clínico do mesmo. No que diz respeito ao quadro álgico, alguns testes de- vem ser realizados para determinar se a dor é proveniente de dis- funções articulares, musculares ou até mesmo neurais. Caso o quadro clínico do paciente esteja baseado em dis- funções neurais, o exame é baseado no teste de força muscular da musculatura associada com os níveis dos miótomos, teste dos re- flexos dos tendões, exame de sensibilidade (dermátomos), além dos testes de tensão neural, que serão capazes de conduzir o fisio- terapeuta a um diagnóstico cinesiológico funcional mais preciso. A avaliação clínica baseada nos testes de tensão neural deve ser realizada com cautela, onde o fisioterapeuta deve expli- car ao paciente como os testes serão realizados. Durante a execu- ção das manobras, deve notar o início da resistência do tecido e a dor, buscando sempre posições antálgicas para o paciente. Além disso, os testes devem ser realizados de ambos os lados. O tratamento fisioterapêutico nas disfunções neurais pode ser realizado através das técnicas de mobilizações oscilatórias, manutenção da posição estática e a mobilização indireta. Como contra indicações para a realização dos testes de tensão neural
  • 81. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 81 temos: doenças degenerativas, inflamatórias e malignas do siste- ma nervoso, estenoses extremas, sinais neurológicos com início abrupto ou progressão, adesões do tecido neural e problemas cognitivos. Abaixo, serão descritos os testes de tensão neural Flexão cervical passiva (PNF), testes de tensão para membros superiores (ULTT) para nervos mediano, ulnar e radial, além de testes para os nervos ciático, tibial, sural e fibular comum, bem como as técnicas para tratamento. Testes de Tensão Neural Flexão Passiva da Cervical (PNF) O teste PNF é realizado com o paciente em decúbito dorsal. O fisioterapeuta apoia a mão na base do Occipital do paciente, re- alizando a flexão da cabeça. Caso o paciente apresente dor ou alguma alteração, como tratamento o fisioterapeuta mantem o paciente na posição do tes- te durante aproximadamente um minuto.
  • 82. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 82 ULTT para Nervo Mediano Com o paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta realiza a depressão de ombro, flexão de cotovelo, associada a uma abdu- ção de ombro a 90°. Após, extensão de punho e dedos, rotação ex- terna de ombro, supinação de antebraço e extensão de cotovelo. Por fim, o fisioterapeuta solicita que o paciente realize a inclinação lateral do pescoço para o lado contralateral.
  • 83. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 83 Para o tratamento do nervo mediano, o fisioterapeuta pode realizar a manutenção da posição estática ou realizar mobilizações oscilatórias do segmento na parte de distal (punho), fazendo de 10 a 40 oscilações em 20 segundos. O tratamento do nervo mediano também pode ser realiza- do de forma ativa. O paciente realiza a abdução associada a de- pressão dos ombros bilateralmente. Um dos punhos inicialmente em flexão e o outro em extensão. O fisioterapeuta solicita que o pa- ciente realize flexão e extensão alternadamente entre os punhos.
  • 84. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 84 ULTT para Nervo Ulnar Com o paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta realiza a depressão de ombro, flexão de cotovelo, associada a uma ab- dução de ombro a 90°. Após, extensão de punho e dedos, rotação externa de ombro, pronação de antebraço e flexão de cotovelo. Por fim, o fisioterapeuta solicita que o paciente realize a inclinação lateral do pescoço para o lado contralateral.
  • 85. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 85 Para o tratamento do nervo ulnar, o fisioterapeuta pode re- alizar a manutenção da posição estática ou realizar mobilizações oscilatórias do segmento na parte de distal (punho), fazendo de 10 a 40 oscilações em 20 segundos. O tratamento do nervo ulnar pode ser realizado de forma ativa. O paciente realiza uma pinça entre os 1° e 2° dedos bilate- ralmente. Após, o fisioterapeuta solicita que o paciente posicione a borda cubital das mãos sob a mandíbula, tentando posicionar o ângulo formado pelas pinças dos dedos (de forma invertida) na região dos olhos.
  • 86. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 86 ULTT para Nervo Radial Com o paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta realiza a depressão do ombro, flexão de cotovelo, associada a uma prona- ção do antebraço. Após, extensão de cotovelo, flexão de punho e dedos e abdução de ombro. Por fim, o fisioterapeuta solicita que o paciente realize a inclinação lateral do pescoço para o lado con- tralateral.
  • 87. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 87 Para o tratamento do nervo radial, o fisioterapeuta pode re- alizar a manutenção da posição estática ou realizar mobilizações oscilatórias do segmento na parte de distal (punho), fazendo de 10 a 40 oscilações em 20 segundos. O tratamento do nervo radial também pode ser realizado de forma ativa. O paciente, utilizando uma toalha, posiciona a mesma na região da coluna e a segura com uma mão posicionada na região inferior próxima a coluna lombar e a outra mão superior- mente próxima à coluna cervical, realizando movimentos de flexão e extensão de cotovelos como se estivesse enxugando as costas.
  • 88. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 88 Nervo Ciático Com o paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta reali- za a flexão de quadril do paciente associada a uma dorsiflexão de tornozelo. Após, o fisioterapeuta solicita que o paciente realize a flexão da cabeça.
  • 89. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 89 Para o tratamento do nervo ciático, o fisioterapeuta pode realizar a manutenção da posição estática ou realizar mobilizações oscilatórias do segmento na parte de distal (tornozelo), fazendo de 10 a 40 oscilações em 20 segundos. Além disso, o paciente pode realizar o tratamento de forma ativa. Com uma toalha apoiada na região plantar do pé, o paciente realiza mobilizações oscilatórias de dorsiflexão de tornozelo pu- xando a toalha. Nervo Tibial Com o paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta reali- za a flexão de quadril do paciente associada a uma dorsiflexão e inversão de tornozelo. Após, o fisioterapeuta realiza a adução do quadril.
  • 90. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 90 Para o tratamento do nervo tibial, o fisioterapeuta pode re- alizar a manutenção da posição estática ou realizar mobilizações oscilatórias do segmento na parte de distal (tornozelo), fazendo de 10 a 40 oscilações em 20 segundos. Nervo Sural Com o paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta reali- za a flexão de quadril do paciente associada a uma dorsiflexão e eversão de tornozelo. Após, o fisioterapeuta realiza a adução do quadril.
  • 91. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 91 Para o tratamento do nervo sural, o fisioterapeuta pode re- alizar a manutenção da posição estática ou realizar mobilizações oscilatórias do segmento na parte de distal (tornozelo), fazendo de 10 a 40 oscilações em 20 segundos. Nervo Fibular Comum Com o paciente em decúbito dorsal, o fisioterapeuta realiza a flexão de quadril do paciente associada a uma flexão plantar e inversão de tornozelo. Após, o fisioterapeuta realiza a adução do quadril.
  • 92. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 92 Para o tratamento do nervo fibular comum, o fisioterapeu- ta pode realizar a manutenção da posição estática ou realizar mo- bilizações oscilatórias do segmento na parte de distal (tornozelo), fazendo de 10 a 40 oscilações em 20 segundos.
  • 93. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 93 REFERÊNCIAS American Physical Therapy Association. GUIDE TO PHYSI­ CAL THERAPIST PRACTICE. Second Edition. American Physical Therapy Association. Physical Therapy Journal, 2001; 81(1):9-746. BIENFAIT, Marcel. BASES ELEMENTARES TÉCNICAS DE TERAPIA MANUAL E OSTEOPATIA. 3ª edição. São Paulo: Summus Editorial, 1997. BUTLER, David. MOBILIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO. 1ª edição. Barueri: Manole, 2003. KENDALL, Florence Peterson; McCREARY, Elizabeth Kendall; PROVANCE, Patricia Geise. MÚSCULOS: provas e funções. 4ª edição. São Paulo: Manole, 1995. KISNER, Carolyn; COLBY, Lynn Allen. EXERCÍCIOS TERAPÊUTICOS: Fundamentos e Técnicas. 5ª edição. São Paulo: Manole, 2009. MAGEE, David. AVALIAÇÃO MUSCULOESQUELÉTICA. 4ª edição. Barueri: Manole, 2005.
  • 94. CAPA SUMÁRIO Manual de Recursos Terapêuticos Manuais 94 AUTORES, ORGANIZADORES E COLABORADORES Professor Newton Júnior (ao centro) com os alunos monitores das disciplinas de Recursos Terapêuticos Manuais I e II (esq. para dir.): Gabriel Gouveia, Gabriela Santos, Edilane Mendes e João Aragão.
  • 95. CAPA SUMÁRIO Newton da Silva Pereira Júnior e Rogério Pereira de Almeida (Orgs) 95 Rogério Moreira de Almeida: Professor das disciplinas de Recursos Terapêuticos Manuais I e II.