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Teoria da
Perspectiva
Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.
Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.
Teoria da Perspectiva
Amos Tvrsky
16 de março de 1937
Pioneiro da ciência cognitiva, um
colaborador de longa data de Daniel
Kahneman, e uma figura chave na
descoberta da relação humana com a
gestão do sob o risco.
Formulada a partir da década de 1970 por Kahneman e Tversky.
Daniel Kahneman
04 de março de 1934
Teórico da finança comportamental, a
qual combina a economia com
ciência cognitiva para explicar o
comportamento aparentemente
irracional da gestão do risco pelos
seres humanos.
Ganhou o seu primeiro Nobel de economia em 2002
juntamente com Vernon Smith com a Reprodução de um
Sistema Microeconomico.
Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.
Teoria da Perspectiva
• As pesquisas sobre o tema começaram na década de 1950;
• Maurice Allais delineou uma teoria da escolha sob incerteza
baseada na psicologia;
• Ward Edwards introduziu a tomada de decisão como um tópico
de pesquisa para os psicólogos;
• Herbert Simon deu grande fôlego à noção de racionalidade
limitada.
Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.
Teoria da Perspectiva
• A partir de 1971 a psicologia cognitiva tomou impulso com a
publicação de resultados de pesquisa de Kahneman e Tversky;
• Em 1974 é publicado o artigo “Judgmente under uncertainty” na
revista Science;
• Sugeriam que o julgamento sob incerteza se desviava
sistematicamente da racionalidade substantiva adotada pelo
mainstream econômico de então;
• Essa foi a base para o que viria a se tornar a Teoria da Perspectiva.
Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.
O Mainstream Econômico
 Decisões Individuais;
 Variáveis Econômicas;
 Suposições Neoclássicas;
 Processo Decisório;
 Racionalidade Substantiva;
 Comportamento Consciente;
 Maximização de sua Utilidade;
 Preferencias Estáveis.
Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.
Teoria da Perspectiva
• Em 1979 publicaram um artigo na Econométrica que teve grande
repercussão, onde os autores apresentaram uma crítica aberta à
(in)capacidade descritiva dos modelos de utilidade esperada;
• Argumentaram que em escolhas com prospectos de risco, os agentes
demonstravam padrões de comportamento inconsistentes com os
preceitos básicos daquela teoria, e propuseram a Teoria da Perspectiva
como uma alternativa de escolha;
• As decisões não são tão racionais como os modelos clássicos
propunham.
Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.
Base Experimental
• Vindos da psicologia, Kahneman e Tversky não se preocuparam em
discutir a validade do método. Ainda assim, sua prática parece ter
somado credibilidade ao método dentro da economia como fonte de
evidências empíricas;
• Os experimentos objetivam, a princípio, falsear os pressupostos de
caráter universal dos modelos racionais de escolha.
Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.
Teorias racionais de decisão sob risco
• Teoria dos jogos – Von Neumann e Morgernstern;
• Teoria de Alocação de Portfólio de Markowitz;
• CAPM (capital Asset Pricing Model) de Sharpe;
• Pressupostos principais idênticos: a ideia de que os agentes podem
formular uma distribuição de probabilidades dos eventos e conhecer
seus respectivos pay-offs, e maximizam o saldo de suas escolhas em
consonância coma teoria da utilidade esperada;
• A teoria da utilidade se sustenta em quatro suposições básicas:
cancelamento, transitividade, dominância e invariância.
Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.
Teorias racionais de decisão sob risco
De acordo com Kahneman e Tversky (1979), para que a teoria da
utilidade esperada possa ser aplicada a escolhas, três princípios precisam
ser adicionados:
1. Expectativa;
2. Integração com ativos;
3. Aversão ao risco.
Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.
Teorias racionais de decisão sob risco
• Deriva-se assim que o núcleo duro das teorias modernas de decisão
sob risco conta com os seguintes pressupostos:
i) uma etapa no processo decisório: não há separação (e portanto
qualquer atrito) entre absorção de informações, processamento das
mesmas, confecção das distribuições de probabilidade dos eventos e
elaboração dos respectivos pay-offs ligadas as ações disponíveis. O
processo gera por princípio um pay-off ótimo a se escolher;
ii) vigoram os axiomas de dominância e invariância;
iii) valem os princípios da expectativa, da integração com ativos, e da
aversão ao risco.
Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.
Teorias racionais de decisão sob risco
• Em complemento, fazem parte de seu cinturão protetor as ideias
derivadas desses princípios e que são expostas aos testes empíricos,
que são:
i) a linearidade da ponderação das utilidades de cada opção de escolha
por sua probabilidade — base para o cancelamento e para a
transitividade (Kahneman & Tversky, 1979; Camerer, 1998);
ii) a avaliação de resultados como estados finais de riqueza;
iii) da aversão ao risco, a concavidade da curva de utilidade (medida em
estados finais de riqueza).
Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.
Comparativo – Teoria da Perspectiva e Teorias Racionais
Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.
Teoria da Perspectiva
• A teoria da perspectiva é consistente com a ideia de racionalidade
limitada proposta e disseminada por Herbert Simon (1957);
• Fazem parte da heurística negativa da teoria da perspectiva, por
exemplo, o princípio da ponderação não-linear de eventos possíveis
através de pesos de decisão e a divisão do processo decisório em duas
fases;
• Os pesos de decisão são uma função da chance de certo resultado
acontecer, mas não são uma probabilidade em si nem são lineares,
contrariando o princípio da expectativa e suas implicações. As pessoas
os utilizam para ponderar os possíveis resultados ao invés de utilizar a
probabilidade pura, como nos modelos racionais.
Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.
Teoria da Perspectiva
• A estrutura cognitiva dos agentes faz com que o processo decisório
seja fragmentado;
• Divisão em duas fases: uma de enquadramento ou montagem
(framing) e uma subsequente de avaliação de resultados.
• Enquadramento ou montagem: os agentes visualizam o problema,
analisando as possíveis escolhas, contingências e resultados.
• Avaliação de resultados: as opções do prospecto são avaliadas e o
indivíduo escolhe a que lhe apresentar maior valor (Kahneman &
Tversky, 1986).
Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.
Conclusão
• Por fim, a teoria da perspectiva assume que os indivíduos não
determinam o valor de uma escolha de acordo com os possíveis
estados finais de riqueza, mas sim em comparação a um ponto de
referência. Ou seja, as escolhas são analisadas de acordo com
possíveis ganhos ou perdas relativos a tal baliza.
• A teoria também assume que o valor negativo atribuído a perdas é
maior que o valor positivo atribuído a ganhos de mesma magnitude, o
que denominaram de aversão à perda — loss aversion (Kahneman et
al. 1991). Assim, a função de utilidade tem a forma de um “S”,
côncava para ganhos e convexa para perdas.
Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.
Pensamento
“Nem a Arte pode sobreviver de
Provérbios.”
Herbert Simon
Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.
Teoria da Perspectiva
Disciplina: Processos Decisórios.
Alunas: Carla Janaina Martins
Leysliane Pamela Guimarães
Turma: CAD 7266 – Sala 215
Professora: Ana Claudia Doner Abreu
Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.

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  • 2. Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010. Teoria da Perspectiva Amos Tvrsky 16 de março de 1937 Pioneiro da ciência cognitiva, um colaborador de longa data de Daniel Kahneman, e uma figura chave na descoberta da relação humana com a gestão do sob o risco. Formulada a partir da década de 1970 por Kahneman e Tversky. Daniel Kahneman 04 de março de 1934 Teórico da finança comportamental, a qual combina a economia com ciência cognitiva para explicar o comportamento aparentemente irracional da gestão do risco pelos seres humanos. Ganhou o seu primeiro Nobel de economia em 2002 juntamente com Vernon Smith com a Reprodução de um Sistema Microeconomico.
  • 3. Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010. Teoria da Perspectiva • As pesquisas sobre o tema começaram na década de 1950; • Maurice Allais delineou uma teoria da escolha sob incerteza baseada na psicologia; • Ward Edwards introduziu a tomada de decisão como um tópico de pesquisa para os psicólogos; • Herbert Simon deu grande fôlego à noção de racionalidade limitada.
  • 4. Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010. Teoria da Perspectiva • A partir de 1971 a psicologia cognitiva tomou impulso com a publicação de resultados de pesquisa de Kahneman e Tversky; • Em 1974 é publicado o artigo “Judgmente under uncertainty” na revista Science; • Sugeriam que o julgamento sob incerteza se desviava sistematicamente da racionalidade substantiva adotada pelo mainstream econômico de então; • Essa foi a base para o que viria a se tornar a Teoria da Perspectiva.
  • 5. Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010. O Mainstream Econômico  Decisões Individuais;  Variáveis Econômicas;  Suposições Neoclássicas;  Processo Decisório;  Racionalidade Substantiva;  Comportamento Consciente;  Maximização de sua Utilidade;  Preferencias Estáveis.
  • 6. Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010. Teoria da Perspectiva • Em 1979 publicaram um artigo na Econométrica que teve grande repercussão, onde os autores apresentaram uma crítica aberta à (in)capacidade descritiva dos modelos de utilidade esperada; • Argumentaram que em escolhas com prospectos de risco, os agentes demonstravam padrões de comportamento inconsistentes com os preceitos básicos daquela teoria, e propuseram a Teoria da Perspectiva como uma alternativa de escolha; • As decisões não são tão racionais como os modelos clássicos propunham.
  • 7. Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010. Base Experimental • Vindos da psicologia, Kahneman e Tversky não se preocuparam em discutir a validade do método. Ainda assim, sua prática parece ter somado credibilidade ao método dentro da economia como fonte de evidências empíricas; • Os experimentos objetivam, a princípio, falsear os pressupostos de caráter universal dos modelos racionais de escolha.
  • 8. Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010. Teorias racionais de decisão sob risco • Teoria dos jogos – Von Neumann e Morgernstern; • Teoria de Alocação de Portfólio de Markowitz; • CAPM (capital Asset Pricing Model) de Sharpe; • Pressupostos principais idênticos: a ideia de que os agentes podem formular uma distribuição de probabilidades dos eventos e conhecer seus respectivos pay-offs, e maximizam o saldo de suas escolhas em consonância coma teoria da utilidade esperada; • A teoria da utilidade se sustenta em quatro suposições básicas: cancelamento, transitividade, dominância e invariância.
  • 9. Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010. Teorias racionais de decisão sob risco De acordo com Kahneman e Tversky (1979), para que a teoria da utilidade esperada possa ser aplicada a escolhas, três princípios precisam ser adicionados: 1. Expectativa; 2. Integração com ativos; 3. Aversão ao risco.
  • 10. Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010. Teorias racionais de decisão sob risco • Deriva-se assim que o núcleo duro das teorias modernas de decisão sob risco conta com os seguintes pressupostos: i) uma etapa no processo decisório: não há separação (e portanto qualquer atrito) entre absorção de informações, processamento das mesmas, confecção das distribuições de probabilidade dos eventos e elaboração dos respectivos pay-offs ligadas as ações disponíveis. O processo gera por princípio um pay-off ótimo a se escolher; ii) vigoram os axiomas de dominância e invariância; iii) valem os princípios da expectativa, da integração com ativos, e da aversão ao risco.
  • 11. Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010. Teorias racionais de decisão sob risco • Em complemento, fazem parte de seu cinturão protetor as ideias derivadas desses princípios e que são expostas aos testes empíricos, que são: i) a linearidade da ponderação das utilidades de cada opção de escolha por sua probabilidade — base para o cancelamento e para a transitividade (Kahneman & Tversky, 1979; Camerer, 1998); ii) a avaliação de resultados como estados finais de riqueza; iii) da aversão ao risco, a concavidade da curva de utilidade (medida em estados finais de riqueza).
  • 12. Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010. Comparativo – Teoria da Perspectiva e Teorias Racionais
  • 13. Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010. Teoria da Perspectiva • A teoria da perspectiva é consistente com a ideia de racionalidade limitada proposta e disseminada por Herbert Simon (1957); • Fazem parte da heurística negativa da teoria da perspectiva, por exemplo, o princípio da ponderação não-linear de eventos possíveis através de pesos de decisão e a divisão do processo decisório em duas fases; • Os pesos de decisão são uma função da chance de certo resultado acontecer, mas não são uma probabilidade em si nem são lineares, contrariando o princípio da expectativa e suas implicações. As pessoas os utilizam para ponderar os possíveis resultados ao invés de utilizar a probabilidade pura, como nos modelos racionais.
  • 14. Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010. Teoria da Perspectiva • A estrutura cognitiva dos agentes faz com que o processo decisório seja fragmentado; • Divisão em duas fases: uma de enquadramento ou montagem (framing) e uma subsequente de avaliação de resultados. • Enquadramento ou montagem: os agentes visualizam o problema, analisando as possíveis escolhas, contingências e resultados. • Avaliação de resultados: as opções do prospecto são avaliadas e o indivíduo escolhe a que lhe apresentar maior valor (Kahneman & Tversky, 1986).
  • 15. Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010. Conclusão • Por fim, a teoria da perspectiva assume que os indivíduos não determinam o valor de uma escolha de acordo com os possíveis estados finais de riqueza, mas sim em comparação a um ponto de referência. Ou seja, as escolhas são analisadas de acordo com possíveis ganhos ou perdas relativos a tal baliza. • A teoria também assume que o valor negativo atribuído a perdas é maior que o valor positivo atribuído a ganhos de mesma magnitude, o que denominaram de aversão à perda — loss aversion (Kahneman et al. 1991). Assim, a função de utilidade tem a forma de um “S”, côncava para ganhos e convexa para perdas.
  • 16. Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010. Pensamento “Nem a Arte pode sobreviver de Provérbios.” Herbert Simon
  • 17. Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010. Teoria da Perspectiva Disciplina: Processos Decisórios. Alunas: Carla Janaina Martins Leysliane Pamela Guimarães Turma: CAD 7266 – Sala 215 Professora: Ana Claudia Doner Abreu Revista de Economia Política, vol. 30, nº2 – Abril – Junho/2010.