O documento revela que:
1) Uma pesquisa do SPC mostra que os consumidores brasileiros têm um comportamento impulsivo e imediatista, com 62% planejando compras antes de receber o salário e 59% comprando por impulso ou sentimento de "merecimento".
2) Fatores macroeconômicos como queda no desemprego e aumento da renda criaram um ambiente favorável ao consumo, porém muitos agem por impulsos em vez de lógica econômica.
3) A pesquisa mostra
Pesquisas realizadas em todo país sugerem que comportamentos impulsivos de compra e falta de planejamento financeiro são encontrados em todas as classes sociais.
Estudo classifica consumidores em quatro perfis diferentes e estima que 44,8 mi
brasileiros são controlados e cautelosos e 23,3 mi são imediatistas e imprudentes
Pesquisas realizadas em todo país sugerem que comportamentos impulsivos de compra e falta de planejamento financeiro são encontrados em todas as classes sociais.
Estudo classifica consumidores em quatro perfis diferentes e estima que 44,8 mi
brasileiros são controlados e cautelosos e 23,3 mi são imediatistas e imprudentes
Estudo classifica consumidores em quatro perfis diferentes e estima que 44,8 mi
brasileiros são controlados e cautelosos e 23,3 mi são imediatistas e imprudentes
Maioria dos brasileiros usa o crédito para realizar compras imediatistasSPC Brasil
Dentre os inadimplentes, o valor médio da dívida chega a R$ 4 mil, quantia que em muitos casos equivale entre duas e três vezes o valor da própria renda familiar
40% dos internautas extrapolam seu padrão de vida financeiroGustavo Salgado
92% dos entrevistados acreditam estar mais difícil melhorar o padrão de vida e 39%
tiveram que reduzir gastos para evitar dívidas. Crise econômica e inflação são as
principais causas
Em cada dez brasileiros, apenas dois são consumidores conscientesSPC Brasil
Novo indicador revela que participação dos jovens entre os consumidores conscientes é menor que a média geral. Conceito abrange questões financeiras, ambientais e sociais
47% dos inadimplentes desconhecem o valor de seus rendimentos mensaisSPC Brasil
Pesquisa do SPC Brasil revela que quatro em cada dez inadimplentes não sabem o valor de suas contas básicas do mês seguinte e 41% não sabem fazer contas para descobrir se uma promoção é vantajosa
33% das compras feitas por impulso são de supermercadoSPC Brasil
Oito em cada dez consumidores admitem que as promoções os levaram a realizar compras por impulso. Para 45%, as empresas não são claras a respeito das taxas e juros cobrados
9º Encontro Paulista de Fundações – 3º painel: Pesquisa Data Popular/APF - O ...APF6
9º Encontro Paulista de Fundações – 3º painel: Pesquisa Data Popular/APF - O novo Brasil e o protagonismo cidadão: oportunidades no terceiro setor - Renato Meirelles
Segundo pesquisa do SPC Brasil, 52% dos brasileiros fizeram alguma aquisição impensada nos últimos três meses. Aprenda a lidar com seu poder de crédito de forma segura…
CNI IBOPE - Retratos da Sociedade Brasileira: Padrão de VidaJornal do Commercio
A Pesquisa CNI-IBOPE avalia trimestralmente a opinião pública no que diz respeito à administração federal e a temas de interesse da sociedade.
Na série Retratos da Sociedade Brasileira o tema da vez é Burocracia. A pesquisa foi realizada entre 17 a 21 de setembro de 2012 e contou com a participação de 2.002 entrevistados em 143 municípios.
É mais fácil subir na vida hoje do que há dez anos. Essa é a opinião de 63% da população brasileira. E 57% se sentem mais seguros em relação à sua situação financeira do que há uma década. Os dados são da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira: Padrão de Vida, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Ibope, com 2.002 pessoas em 143 municípios.
A CDL/BH realizou uma pesquisa com 200 consumidores da Capital mineira para entender melhor sobre seu comportamento financeiro, seus hábitos de consumo e como lidam com endividamento, pagamento de compras e financiamento.
Seis em cada dez brasileiros não sabem quanto devemSPC Brasil
Entre os que têm conhecimento de suas dívidas, o valor médio é de R$ 3.422. Cartão de crédito é o principal vilão entre as contas que levam ao nome sujo
Estudo classifica consumidores em quatro perfis diferentes e estima que 44,8 mi
brasileiros são controlados e cautelosos e 23,3 mi são imediatistas e imprudentes
Maioria dos brasileiros usa o crédito para realizar compras imediatistasSPC Brasil
Dentre os inadimplentes, o valor médio da dívida chega a R$ 4 mil, quantia que em muitos casos equivale entre duas e três vezes o valor da própria renda familiar
40% dos internautas extrapolam seu padrão de vida financeiroGustavo Salgado
92% dos entrevistados acreditam estar mais difícil melhorar o padrão de vida e 39%
tiveram que reduzir gastos para evitar dívidas. Crise econômica e inflação são as
principais causas
Em cada dez brasileiros, apenas dois são consumidores conscientesSPC Brasil
Novo indicador revela que participação dos jovens entre os consumidores conscientes é menor que a média geral. Conceito abrange questões financeiras, ambientais e sociais
47% dos inadimplentes desconhecem o valor de seus rendimentos mensaisSPC Brasil
Pesquisa do SPC Brasil revela que quatro em cada dez inadimplentes não sabem o valor de suas contas básicas do mês seguinte e 41% não sabem fazer contas para descobrir se uma promoção é vantajosa
33% das compras feitas por impulso são de supermercadoSPC Brasil
Oito em cada dez consumidores admitem que as promoções os levaram a realizar compras por impulso. Para 45%, as empresas não são claras a respeito das taxas e juros cobrados
9º Encontro Paulista de Fundações – 3º painel: Pesquisa Data Popular/APF - O ...APF6
9º Encontro Paulista de Fundações – 3º painel: Pesquisa Data Popular/APF - O novo Brasil e o protagonismo cidadão: oportunidades no terceiro setor - Renato Meirelles
Segundo pesquisa do SPC Brasil, 52% dos brasileiros fizeram alguma aquisição impensada nos últimos três meses. Aprenda a lidar com seu poder de crédito de forma segura…
CNI IBOPE - Retratos da Sociedade Brasileira: Padrão de VidaJornal do Commercio
A Pesquisa CNI-IBOPE avalia trimestralmente a opinião pública no que diz respeito à administração federal e a temas de interesse da sociedade.
Na série Retratos da Sociedade Brasileira o tema da vez é Burocracia. A pesquisa foi realizada entre 17 a 21 de setembro de 2012 e contou com a participação de 2.002 entrevistados em 143 municípios.
É mais fácil subir na vida hoje do que há dez anos. Essa é a opinião de 63% da população brasileira. E 57% se sentem mais seguros em relação à sua situação financeira do que há uma década. Os dados são da pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira: Padrão de Vida, feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com o Ibope, com 2.002 pessoas em 143 municípios.
A CDL/BH realizou uma pesquisa com 200 consumidores da Capital mineira para entender melhor sobre seu comportamento financeiro, seus hábitos de consumo e como lidam com endividamento, pagamento de compras e financiamento.
Semelhante a Análise do comportamento de consumo (20)
Seis em cada dez brasileiros não sabem quanto devemSPC Brasil
Entre os que têm conhecimento de suas dívidas, o valor médio é de R$ 3.422. Cartão de crédito é o principal vilão entre as contas que levam ao nome sujo
Número de empresas inadimplentes no Nordeste aumenta 17% em fevereiroSPC Brasil
Região também é destaque no número de dívidas de pessoas jurídicas, com crescimento acima 20% em relação a 2015. Região Sudeste não foi considerada devido à lei que dificulta a negativação de pessoas físicas e jurídicas em São Paulo
Cadastro Positivo pode ajudar consumidores a conseguirem mais créditoSPC Brasil
53% dos consumidores que aderiram ao Cadastro Positivo do SPC Brasil pertencem à classe C e mais da metade são homens. Serviço pode facilitar a aprovação de crédito
Nordeste termina 2015 com o maior crescimento do número de inadimplentesSPC Brasil
Crescimento das dívidas bancárias se destaca no Centro-Oeste. Nova lei em SP que dificulta a negativação de inadimplentes prejudica o registro no Sudeste
19,6 milhões de consumidores devem ir às compras de última hora neste NatalSPC Brasil
Pressa, aglomeração e falta de planejamento podem trazer prejuízo para quem vai comprar presentes em cima da hora. Neste Natal, 53% esperam ganhar presentes de outras pessoas e 63% vão se auto presentear
Para economizar, 31% dos brasileiros costumam participar de amigo secretoSPC Brasil
85% dos consumidores irão participar de comemorações de Natal, com um gasto médio de R$ 197,00. 62% comprarão roupas ou calçados novos para usar nas celebrações
Vontade dos filhos influencia cinco em cada dez pais na hora de comprar prese...SPC Brasil
Segundo levantamento, 5% dos pais admitem que vão deixar de pagar alguma conta para bancar os presentes dos filhos. Se o presente não agradar, metade dos pais se compromete a cumprir o desejo do filho em outra data
44% dos consumidores vão pesquisar se descontos da Black Friday são reaisSPC Brasil
Levantamento do SPC Brasil mostra que mesmo com crise econômica, 34% dos entrevistados pretendem comprar mais produtos do que em 2014. Valor médio das compras deve ser de R$ 1.007,00
Quatro em cada dez brasileiros pretendem usar parte do 13º salário para a com...SPC Brasil
Quase um terço dos consumidores que recebem o dinheiro extra no final do ano
irão economizar ou investir. Entre os que não pretendem gastar tudo no Natal,
30% têm como objetivo quitar as dívidas
30% das mães acreditam que os filhos são discriminados por não terem os mesmo...SPC Brasil
Estudo do SPC Brasil mostra também que quatro em cada dez mães percebem
uma disputa entre as famílias sobre os produtos usados por seus filhos no colégio
2. PESQUISA DO SPC REVELA
COMPORTAMENTO
IMEDIATISTA DO
CONSUMIDOR BRASILEIRO
Mesmo antes de receber o salário, 62% dos
consumidores brasileiros já estão pensando em
suas “comprinhas” do mês. Outros 59% também
sentem prazer em adquirir um produto novo e
igual percentual gasta seu dinheiro com base no
sentimento do “eu mereço”. Em muitos casos, eles
não agem com base em uma lógica econômica, mas
com impulsos meramente psicológicos.
Esse ambiente favorável ao consumo, com forte tendência ao imediatismo por parte dos brasileiros, foi
detectado na mais recente pesquisa do SPC Brasil, realizada em outubro nas 27 capitais brasileiras, com
consumidores maiores de 18 anos e oriundos de todas as classes sociais.
O levantamento teve como objetivo identificar o perfil dos entrevistados e seu comportamento em
relação à aquisição de serviços e bens (duráveis ou não).
2
3. O estudo procurou ainda investigar a tendência dos
consumidores diante da oferta de novos produtos e
levantar curiosidades de sua postura na hora de gastar
dinheiro. Ele revela também o posicionamento do
consumidor em relação ao questões como:
• Consumo por necessidade versus compras supérfluas;
• Níveis de comprometimento da renda;
• Novos itens de consumo em 2013; e
• Sonhos de consumo.
A pesquisa, intitulada “Comportamento de Consumo”,
baseou-se em uma amostra com 610 casos, gerando uma
margem de erro no geral de 4 pontos percentuais para
um intervalo de confiança de 95%.
Os principais resultados são apresentados a seguir e
apresentam um diagnóstico detalhado do comportamento
de consumo dos entrevistados.
CONTEXTO MACROECONÔMICO
A percepção de que há um ambiente favorável ao consumo
por parte de todas as classes sociais no país decorre
de uma nova realidade macroeconômica que o Brasil
tem vivido nos últimos anos. Alterações significativas
na estrutura de renda e no acesso ao crédito ajudam a
explicar os fenômenos detectados na pesquisa.
O Brasil apresenta hoje, por exemplo, a mais baixa
taxa de desemprego dos últimos anos, que chega a
5% da População Economicamente Ativa (PEA). Como
consequência disto, o rendimento médio do trabalhador
brasileiro também está em elevação. Dados da Pesquisa
Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad), realizada pelo IBGE,
indicam que a renda per capita média da população subiu 8,9% em 2012
em relação ao ano anterior. E que, de 2003 a 2011, a elevação geral da renda
no país acumula alta de 40%.
Por outro lado, a maioria das categorias profissionais do país obteve, no ano passado, ganhos
reais (reajustes acima da inflação) nas negociações salariais em suas respectivas datas-base.
O Brasil tem assistido, ainda, a uma elevação no acesso ao crédito no sistema financeiro como um
todo, o que garante um maior poder de compra para o consumidor.
E vale ressaltar que parcelas expressivas da população têm vivido um processo de mobilidade social
com melhoria no padrão de vida. O Governo Federal tem estimado que milhões de pessoas mudaram
de classe social (E para D e D para C), nas últimas décadas.
Todos esses indicadores corroboram a tendência de elevação do consumo detectada na pesquisa.
3
4. Alguns fatores negativos, contudo, merecem ser destacados, como a forte tendência ao
consumo imediatista e impulsivo por uma parcela expressiva da população. São movimentos
típicos de novos consumidores – pessoas que passam a contar, em prazos relativos curtos,
com mais recursos adquirir bens e serviços.
Como se verá adiante, muitos reconheceram que já “ficaram no vermelho” por causa de
compras que, na verdade, não precisavam ter feito. Ou que se arrependeram “minutos
depois” da compra. Ou, ainda, não chegaram a usar o produto nem “uma única vez”.
Tais comportamentos contribuem para que o país tenha, ainda, um elevado nível de
inadimplência ou de percentual de famílias com descontrole no orçamento doméstico. Eles
ajudam a explicar, ainda, o fato de o nível de poupança interna ser, historicamente, tão
reduzido no país.
PRINCIPAIS RESULTADOS
CARACTERIZAÇÃO DA AMOSTRA
A amostra dos consumidores entrevistados foi composta por 47% de homens e 53% de mulheres, o que
acompanha, na média, a atual divisão por gênero da sociedade brasileira.
No país, os homens ainda detêm uma renda superior à das mulheres, por isso, o percentual masculino é
maior na classe A/B (58%) do que na C/D/E (41%), com demonstra o quadro abaixo.
SEXO
Em relação ao estado civil, a maioria dos
entrevistados (53%) é formada por pessoas
solteiras, percentual que se eleva ainda mais (65%)
na classe A/B, demonstrando que a população de
maior poder aquisitivo tem uma tendência a casarse mais tarde e demorar mais tempo para decidir
por ter filhos e, em muitos casos, constituir família.
4
5. ESTADO CIVIL
A pesquisa entrevistou 63% de pessoas com
rendimento total do domicílio de até R$ 1.950,00.
Por sua vez, 18% dos pesquisados ganham entre
R$ 1.951,00 e R$ 3.140,00; 12% entre R$ 3.141,00
e R$ 6.540,00; e 7% têm remuneração acima de R$
6.540,00. A amostra torna-se mais representativa
na medida em que reflete a estrutura de renda
da sociedade brasileira. A classe C é hoje a mais
abrangente e engloba a faixa dos 63% acima.
RENDA MÉDIA BRUTA MENSAL
Somando todos os rendimentos do domicílio
Em relação à ocupação profissional, ressalta-se que, a despeito de a maioria dos
entrevistados ser funcionários de empresas privadas (34%), é significativo o percentual
de autônomos e profissionais liberais (21%) em todas as classes sociais. Isso demonstra
como o trabalhador brasileiro tem abandonado a condição predominante de assalariado,
especialmente na classe C/D/E.
Por sua vez, os aposentados e pensionistas aparecem com mais frequência na classe A/B
(13%) do que na C/D/E (4%), indicando que pessoas de mais baixa renda não se dão ao
“luxo” de parar de trabalhar na medida em que a idade avança.
5
6. OCUPAÇÃO PROFISSIONAL
COMPORTAMENTO DE CONSUMO
Em relação ao padrão de comportamento, no momento de ir às compras, a maioria dos entrevistados (51%)
afirma que:
“Quando o assunto é compras sou moderado(a), ou seja, nem muito econômico e nem muito gastador(a).
Não tenho costume de ceder a impulsos consumistas, mas também não deixo de comprar um produto ou
serviço quando ele é muito importante ou útil para mim”.
Este percentual cresce para 59% na classe A/B e cai para 46% na classe C/D/E, demonstrando que pessoas
com mais baixo poder aquisitivo tendem a ser mais impulsivas – uma tendência que vai se reforçar adiante.
Um padrão ainda mais conservador aparece em segundo lugar, quando 37% dos entrevistados afirmam:
“Faço muitas pesquisas de preço antes de comprar qualquer produto ou serviço e penso duas vezes antes de
consumi-lo. Considero-me econômico e controlado nas compras”.
Por outro lado, o consumidor absolutamente impulsivo
aparece em terceiro lugar (12%). Eles dizem: “Fazer
compras é o meu ponto fraco. Não resisto aos meus
desejos. Não penso duas vezes antes de comprar um
produto ou serviçoque quero. Deixo para fazer as
contas depois que já levei o produto ou serviço para
a casa”.
Vale ressaltar que o percentual acima cresce na
classe C/D/E (16%) e cai na A/B (6%), confirmando a
percepção de que os “novos consumidores”, oriundos
das parcelas mais pobres da população, são mais
impulsivos, até mesmo por falta de uma cultura sobre
consumo consciente. Confira os detalhes no gráfico
abaixo.
6
7. QUANDO O ASSUNTO É COMPRA
Qual das frases abaixo melhor reflete o seu comportamento?
No momento em que surge um novo produto ou serviço no mercado, a tendência não é diferente e o
consumidor continua apresentando um perfil entre moderado (51% dizem que “não compram de imediato”)
e conservador (38% afirmam “não ter a menor pressa”), perfazendo 89% das respostas. Apenas 11% admitem
ser “o primeiro a comprar”, de acordo com a tabela abaixo.
QUANDO UM NOVO PRODUTO/SERVIÇO É LANÇADO
Qual das frases abaixo melhor reflete o seu comportamento?
O quadro abaixo oferece uma leitura muito interessante do padrão
de comportamento do consumidor em situações determinadas,
com destaque ao impulso ou desejo imediato de gastar o dinheiro
que ganha.
Mais de seis em cada 10 entrevistados (62%) afirmam que “antes
mesmo de receber seu salário já pensam nas ‘comprinhas’
daquele mês”. A resposta demonstra como as pessoas têm clara
satisfaçãoem gastar logo o que recebem.
Sem dúvida, a expressão “comprinhas” está muito mais
relacionada ao consumo de supérfluo do que de produtos voltados
à subsistência.
7
8. Por sua vez, quase o mesmo percentual (59%) diz “sim” para três questões conceitualmente
semelhantes e que reforçam a tendência ao consumo impulsivo:
• “Já ficou no vermelho por causa de compras etipos de lazer que não precisava ter
realizado”;
• “Sente prazer em comprar algum produto novo”; e
• “Já comprou algo pensando ‘eu mereço’, mesmo sem condições de fazer aquela compra”.
O cenário geral dessas respostas demonstra que as pessoas, independentemente no nível
de renda, têm forte tendência ao consumo supérfluo. Isso revela que são falsas algumas
afirmações – corriqueiras na mídia – de que pessoas de mais baixa renda só gastam
dinheiro com produtos essenciais e de subsistência. Todos querem gastar – que seja uma
“comprinha”. Afinal, por menor que seja a renda, o consumidor, movido por desejos, pensa:
“eu mereço”.
As duas afirmações finais do quadro abaixo reforçam o caráter imediatista e impulsivo do gasto, na medida
em que 57% dos entrevistados admitem já terem ficado “muito empolgados com uma nova aquisição e
minutos depois ela perdeu a importância”. Outros 47% concordam que “compraram um produto por impulso
e não chegaram a usá-lo uma única vez sequer”.
Não resta dúvida que há um forte componente psicológico no comportamento desses consumidores. Em
muitos casos, eles não agem por uma lógica econômica, mas por um impulso comportamental típico de uma
sociedade que valoriza o “ter”. Na medida quem o consumidor se vê em condições de comprar, ele o faz,
mesmo sem necessidade.
Vale ressaltar que os percentuais da tabela abaixo podem ser considerados muito elevados para uma situação
tão radical de arrependimento imediato ou absoluto descaso em relação à compra, suscitando que falta no
país uma política de maior difusão do Consumo Consciente, como se verá na conclusão desta análise.
COMPORTAMENTO DE CONSUMO EM DETERMINADAS SITUAÇÕES
Geral
8
9. A tabela abaixo demonstra, mais uma vez, como a
impulsividade do consumo cresce na classe C/D/E.
O percentual médio de 62% da primeira situação do
quadro anterior (os planos para as “comprinhas” do
mês), sobe para 69% nas classes com menor poder de
compra e cai para 51% na de maior renda.
Uma situação interessante aparece no último item da
tabela abaixo: “Você costuma acompanhar amigos/
familiares a lugares que não cabem no seu bolso para
não fazer feio?”
No geral, 21% disseram que sim, porém o percentual
sobe para 24% na classe C/D/E e cai para 15% na
A/B, demonstrando que pessoas de mais baixa renda
tendem a se preocupar mais com a imagem.
Em última instância, o cidadão quer se incluir na sociedade de consumo, usufruindo dos supostos benefícios
psicológicos que essa mudança oferece, como ser mais aceito em seu meio social, passar a integrar grupos de
maior poder aquisitivo, viver a sensação de mudança de status etc.
COMPORTAMENTO DE CONSUMO EM DETERMINADAS SITUAÇÕES
Por Classe
Em relação aos gastos realizados em 2013, em primeiro lugar aparece “alimentação”
(67%), seguido por “moradia” (49%), que são itens de necessidade básica para a
população. Logo depois vêm “veículos” (35%) e “roupas (28%)”.
Isso demonstra que produtos não essenciais também aparecem no topo da lista, com
destaque para vestuário, que é o principal bem não durável entre os quatro mais
consumidos em 2013, como registrado na tabela abaixo.
Esse destaque se justifica na medida em que o item vestuário apresenta uma boa
relação custo x benefício, pois em geral as roupas têm um valor relativamente baixo (se
comparado com o de outros bens), mas geram um forte impacto psicológico no meio
social, ao realçar a aparência do indivíduo.
9
10. EM 2013, QUAIS FORAM OS SEUS TRÊS PRINCIPAIS GASTOS?
Principais Gastos
(Respostas Múltiplas)
A pesquisa quis saber também o que mudou na vida das pessoas, ou seja, o que possibilitou a elas consumir
os produtos em destaque na tabela acima.
A conjunção de dois fatores, que soma 61% das respostas, foi fundamental para isso: o aumento da renda
(28%) e o fato de as pessoas passarem a “se interessar mais por produto desse tipo” (33%), como demonstrado
na tabela abaixo.
Isso indica maior acesso ao consumo e mais influência da propaganda sobre os consumidores. Esses dados
revelam a eficiência do mercado publicitário – um dos primeiros a perceber, nos último anos, a entrada de
novas segmentos sociais no universo consumidor.
O QUE MUDOU NA SUA VIDA
Para te levar a consumir estes novos produtos?
10
11. Os resultados da pesquisa referentes ao comportamento de consumo demonstram uma contradição no
padrão de comportamento dos consumidores. Por um lado, a maioria deles age com forte impulso diante
da perspectiva de gastar até o dinheiro que ainda não recebeu. Mas a maior parte dos entrevistados se diz
moderado ou conservador diante da perspectiva de comprar.
Essa aparente contradição entre tendências (moderação versus impulso) de consumo pode ser explicada pelo
fato de que, muitas vezes, os entrevistados dão uma resposta “idealizando” um padrão de comportamento
para si próprio (conservadorismo no consumo), mas tal intenção não se sustenta na prática (imediatismo nas
compras).
SONHO DE CONSUMO
A pesquisa apresenta dados reveladores em relação ao sonho de consumo atual dos brasileiros, identificando
o que as pessoas mais desejam adquirir entre bens e serviços que ainda não possuem (ou que não têm a
qualidade desejada).
Nos dois primeiros lugares da lista estão o desejo de compra da casa própria e a realização de reforma na casa.
Somados, estes itens, relacionados à moradia, representam 30% do sonho de consumo dos entrevistados,
com larga dianteira em relação aos demais.
Em terceiro lugar, estão as viagens turísticas (nacionais ou internacionais) com 12% das respostas. A aquisição
de veículo (11%) aparece como quarta colocada, seguida da compra de celular/smartphone, notebook e
tablet (6%) e de eletrodomésticos como ar condicionado, microondas, fogão e máquina de lavar (4%).
Com 3%, vem o desejo de sair de casa para morar em uma casa alugada e a busca por uma formação noensino
superior (realizar ou concluir curso de graduação, pós-graduação, mestrado e doutorado).
11
12. O desejo de acesso ao ensino superior demonstra como
algumas necessidades básicas do brasileiro (como
completar os ensinos fundamental e médio) já foram
conquistadas.
Vale destacar a soma dos percentuais dos itens
relacionados ao lazer. Eles representam, em média, 14%
do sonho de consumo do total de entrevistados. Mas são
mais valorizados na classe A/B (20%) do que na C/D/E
(10%), por motivos evidentes de maior disponibilidade
de recursos para diversão.
Isso não significa, como registrado anteriormente,
que as pessoas de menor renda não coloquem o lazer
como sonho de consumo – apenas o fazem em menor
proporção ou intensidade.
A tabela abaixo apresenta estes resultados. Ela permite
ainda perceber duas tendências interessantes no sonho
de consumo: ele está relacionado a itens de maior valor,
como moradia e veículo. Depois da aquisição desses
bens, as pessoas estão mais interessadas em se divertir
do que em adquirir bens.
Por fim, a tabela apresenta outro item interessante: 15% dos entrevistados afirmam “não terem
sonho de consumo no momento”. O percentual sobe para 18% na classe C/D/E e cai para 10% na
A/B. Certamente, há uma parcela da população de muita baixa renda que ainda não alimenta o
desejo de consumo.
O próprio governo federal assume que o Brasil ainda tem, hoje, 16 milhões de pessoas muito
pobres ou miseráveis. Por sua, vez, o percentual de classe A/B “sem sonho de consumo” pode estar
relacionado com os 10% mais ricos da população que já têm pleno acesso a tudo que desejam
adquirir.
PENSANDO EM SEU “SONHO DE CONSUMO” ATUAL
Em qual categoria se encontra este produto?
12
13. Salienta-se, ainda, que os consumidores brasileiros, em sua esmagadora maioria, se mostram
extremamente otimistas em relação à possibilidade de realizar seus sonhos de consumo.
Indagados se “acreditam que irão comprar” o produto mais desejado, 93% responderam que
sim. O percentual eleva-se para 97% em relação à aquisição de veículo e fica em 96% quanto à
realização de viagens turísticas, como se observa na tabela abaixo.
A facilidade de obtenção de crédito para o consumo desses itens certamente colabora para
fazer desse desejo uma certeza.
PENSANDO EM SEU “SONHO DE CONSUMO” ATUAL
Você acredita que irá comprar este produto?
Por fim, a pesquisa procurou saber, apenas entre
os que pretendem realizar o “sonho de consumo”
atual, como eles se preparam para fazê-lo.
A maioria dos entrevistados (56%) escolheu
a seguinte opção: “Faço um planejamento
analisando meu orçamento pessoal e só
realizo a compra quando não houver nenhum
comprometimento das minhas finanças”.
Em segundo lugar, com 20%, vem a opção: “Não
tenho um controle rígido das minhas finanças,
mas geralmente poupo até conseguir todo o
dinheiro necessário”. Em terceiro lugar, está a
alternativa: “Guardo determinada quantidade de
dinheiro e parcelo o restante”. Veja os dados no
quadro abaixo.
13
14. APENAS PARA QUEM IRÁ ADQUIRIR O “SONHO DE CONSUMO” ATUAL
Como se preparará para adquiri-lo?
IMPACTO DA PUBLICIDADE
A publicidade tem um forte impacto na decisão das pessoas por consumir. Isso se confirma no percentual
expressivo (41%) de entrevistados que admitem que a propaganda nos meios de comunicação é um dos
fatores que levam a “desejar seu sonho de consumo”.
Ao se referir ao “sonho de consumo”, 61% dizem que levam em conta a propaganda ao decidir pelo tipo de
viagem que sonham em fazer. Outros 90% levam em consideração a marca na hora de comprar eletroeletrônicos
como tablets e smartphones.
Por sua vez, 77% afirmam que “se enxergam no produto” quando desejam a casa própria, percentual que
vai para 73% em relação ao automóvel e motocicleta. A opinião de parentes e amigos tem também forte
influência na hora de se optar por um produto ou outro.
Essas são alusões evidentes ao universo criado pela publicidade
no imaginário do consumidor, como mostra o quadro abaixo.
Mais uma vez, fica claro que o consumo está, muitas vezes, mais
ligado a aspectos psicológicos e relacionado ao aparente prestígio
criado pela aquisição do bem do que às necessidades reais do dia
a dia das pessoas.
Segundo a pesquisa, quanto maior o valor do produto, mais forte
a fidelidade dos consumidores aos produtos “de marca”. Em geral,
as pessoas dizem: “para realizar meu sonho, não importo de pagar
pela marca de qualidade”.
14
15. PENSANDO EM SEU “SONHO DE CONSUMO” ATUAL
Quais fatores o levaram a desejar este produto?
(Respostas Múltiplas)
CONCLUSÃO
Como visto ao longo da análise dos resultados, a maioria dos consumidores diz ter uma postura moderada
diante do impulso ao consumo, mas, ao mesmo tempo, apresenta um desejo forte de querer gastar logo o seu
dinheiro. Essa é uma aparente contradição dos consumidores, que reflete, como assinalado anteriormente,
uma diferença então a intenção (consumir com moderação) e a prática (gastar por impulso).
De qualquer forma, a pesquisa indica que novos itens (como viagens, smartphones, notebooks, tablets,
pós-graduação etc), muitos deles supérfluos, tornam-se o sonho de consumo das pessoas, superando até
segmentos mais tradicionais e essenciais, como educação e saúde.
15
16. Ou seja, o brasileiro demonstra que sabe priorizar seus
gastos, mesmo consciente que parte deles é supérfluo.
Como visto, a pesquisa permite aferir, ainda, que o sonho
de consumo das pessoas está muito mais voltado para bens
de maior valor e mais duráveis – geralmente os menos
acessíveis no dia a dia de consumo. E é interessante notar
que não há diferença expressiva entre os desejos dos mais
ricos (classe A/B) e os de menor poder aquisitivo (classe
C/D/E).
Todos têm sonho de consumo – o que varia é o valor
disponível para realizá-lo. Outro ponto de destaque
notado na pesquisa foi o otimismo das pessoas em
relação à possibilidade de continuarem comprando e,
principalmente, de realizar esses sonhos em breve.
Produtos com alto grau de inovação tecnológica, como
carros, celulares e tablets tendem a tornar o consumidor
mais imediatista, pois adquiri-los rapidamente representa
símbolo de modernidade e de status.
Uma constatação preocupante, contudo, é o impulso
ao consumo e, consequentemente, ao gasto excessivo,
impulsionadas por aspectos psicológicos e influência
publicitária e de amigos. Tais tendências têm levado fatias
expressivas da população – especialmente nas camadas de
menor renda – à condição de inadimplência ou com maior
dificuldade em administrar o orçamento familiar.
A pesquisa indica ainda que uma grandeparte dos
consumidores realiza gastos que resultam em um quase
imediato arrependimento ou descaso ao bem adquirido.
Isso demonstra que a sociedade brasileira carece de maiores noções dos conceitos e das práticas de
Consumo Consciente.
A solução para estes entraves está na maior difusão da Educação Financeira na sociedade. Apenas
um maior rigor com os gastos pode levar à redução do problema. Para isso, cada cidadão precisa
aprender a planejar melhor os orçamentos pessoale familiar.
Iniciativas de empresas do setor financeiro e do segmento educacional seriam fundamentais para a
reversão desse cenário. A implantação de disciplinas de Educação Financeira nas escolas, desde os
primeiros anos do ensino, certamente contribuiriam nesse processo.
Essas são formas interessantes de preparar as novas gerações para o futuro, em um país que se torna,
a cada dia, melhor de se viver, com maior acesso aos bens de consumo. Fazer com que parcelas
crescentes da sociedade usufruam desses benefícios é um grande desafio.
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