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LER PARA SER ALGUÉM... Semana nacional de Leitura 05/03/2009 Ano Lectivo 2008/2009 LER +
Layla,a maior lição da sua vida Apresentado por: -Bruno Antunes 7ºA,nº1 -Soraia Carvalho 7ºA,nº25 -Patrícia Peres 7ºA nº 20  -Inês Gaspar 6ºA,nº6
Numa Aldeia perto de Lisboa, na rua de S. João, o ambiente era calmo e sereno. Por ali não se via muito movimento, só por vezes se ouvia o vento a soprar nas noites de tempestade ou as árvores que sussurravam como se nos quizessem contar um segredo.
Embora fosse uma terra muito pequena e pouco movimentada, tinham, uma vez por ano uma grandiosa festa, que se realizava no dia 6 de Março.Nesse dia as ruas enchiam-se de pessoas, de sons que num certo ponto se encontravam, formando uma melodia. As ruas enxiam-se de prazer e explendor, sentindo-se no ar um perfume de esperança e amor.
- Layla! - chamou a mãe da cozinha – Despacha-te vais chegar atrasada à escola. - Já vou, deixa-me jogar mais um pouco!!! Layla era uma menina que vivia nessa rua. Tinha 10 anos, com sardas a cobrirem-lhe as faces rosadas, cabelo loiro e fino como seda, e um coração rebelde.
Era inglesa, o seu próprio aspecto e sotaque o diziam, tinha imigrado de Londres com 6 aninhos. Desde aí passou a odiar a escola, os testes, os tpc's, os livros, o estudo, as ordens, os professores. Apenas a inglês tirava notas razoavéis. Adorava os jogos, a consola, o computador, a televisão... No seu dicionário só estavam presentes 4 palavras: diversão, festa, brincadeira, e jogos. Não estava minimamente interessada para a escola.
Numa certa semana a escola de Layla entrou em obras e como não conseguiram arranjar um estabelecimento para dar aulas, não houve outra opção se não ficar em casa. Layla entrou em eterna alegria pois não iria ouvir os chatos dos professores a dar ordens (pensava ela).
Os pais de Layla, também, nessa mesma semana haviam ganho uma viagem num concurso da televisão, assim Layla ficou em casa sozinha, o que ainda a deixou mais feliz, iria poder fazer tudo o que  quizesse.
Era a véspera do dia 6 de Março, a véspera da festa da aldeia. Layla escolheu a sua melhor roupa e sapatos e no dia seguinte, apesar da proibição dos pais, Layla foi à festa. Divertiu-se, dançou, jogou, brincou, saltou, correu e cansou-se. Já era tarde, Layla decidiu regressar a casa que ficava já no outro lado da rua.
Ao atravessar a estrada encontrou um rapazito que com mais ou menos a sua idade lia um livro, tão concentrado que estava, que nem viu Layla a passar. - Olá – disse Layla. Este não respondeu. - Oláá - repetiu ela de forma mais rude. - Ah, olá. - respondeu finalmente o rapaz. - Eu conheço-te? - perguntou Layla. - Sim, somos da mesma turma. - disse o rapaz já em pé. - Bem me pareceu. És o Leandro, não és? - Sim, sim.
O rapaz voltou novamente a sentar-se e a concentrar-se na leitura, mas foi novamente interrompido. - Ora esta! Então estás aqui a ler enquanto podias estar numa festa? - Sim. E qual é o mal? Ler é divertido! - Divertido? Que seca! Aliás, é tudo uma seca, a escola, os estudos, a leitura, os professores...
- Não é não! Tu é que ainda não viste o verdadeiro valor da leitura! Podes fazer mil coisas enquanto lês. - Ai sim! E dá-me lá umas razões para eu gostar de ler! - Bem, podes viajar no tempo, para outros países, podes ir parar a mundos imaginários, podes inventar e elaborar novas histórias, podes imaginar que tu és uma dessas personagens que está no livro, viver aventuras! Ler é maravilhoso! Como a minha avó diz: “Ler é ver este e outro mundo”.
- Ai é? Então para que serve a escola e essas coisas todas? - perguntou Layla. Leandro deu um pulo de admiração: - Então como é que tu queres ser alguem na vida, ou seguir uma boa profissão sem aprenderes Matemática, Língua Portuguesa e outras disciplinas? Tens que estudar e melhorar as notas Layla. - Vou pensar nisso! Bem, tenho que ir! Adeus!
Layla teve toda a noite a pensar no que Leandro lhe tinha dito, até sonhou com isso! Quando acordou foi tomar o pequeno almoço e começou logo a estudar. A mãe chegou a casa da sua viajem e quando viu a filha disse cheia de espanto, mas também alegria: - Estás a estudar? - Sim, aprendi uma lição muito importante, devemos estudar e ler para podermos ter uma boa profissão. A partir daí o dicionário de Layla encheu-se de outras paravras importantes, e com essas palavras, também a alegria, o amor, o respeito e a espereança passaram a fazer parte do seu coração
E foi assim que tudo se passou, hoje podemos encontrar a Layla como pediatra, já é adulta e tem uma vida normal e feliz, transmite sempre a mensagem, que Leandro lhe havia trasmitido, aos filhos e pacientes para um dia, também eles seguirem por bons caminhos. Faz como a Layla se queres ser alguém de futuro, para termos um dia uma boa profissão, devemos estudar para conseguir.
FIM

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  • 1. LER PARA SER ALGUÉM... Semana nacional de Leitura 05/03/2009 Ano Lectivo 2008/2009 LER +
  • 2. Layla,a maior lição da sua vida Apresentado por: -Bruno Antunes 7ºA,nº1 -Soraia Carvalho 7ºA,nº25 -Patrícia Peres 7ºA nº 20 -Inês Gaspar 6ºA,nº6
  • 3. Numa Aldeia perto de Lisboa, na rua de S. João, o ambiente era calmo e sereno. Por ali não se via muito movimento, só por vezes se ouvia o vento a soprar nas noites de tempestade ou as árvores que sussurravam como se nos quizessem contar um segredo.
  • 4. Embora fosse uma terra muito pequena e pouco movimentada, tinham, uma vez por ano uma grandiosa festa, que se realizava no dia 6 de Março.Nesse dia as ruas enchiam-se de pessoas, de sons que num certo ponto se encontravam, formando uma melodia. As ruas enxiam-se de prazer e explendor, sentindo-se no ar um perfume de esperança e amor.
  • 5. - Layla! - chamou a mãe da cozinha – Despacha-te vais chegar atrasada à escola. - Já vou, deixa-me jogar mais um pouco!!! Layla era uma menina que vivia nessa rua. Tinha 10 anos, com sardas a cobrirem-lhe as faces rosadas, cabelo loiro e fino como seda, e um coração rebelde.
  • 6. Era inglesa, o seu próprio aspecto e sotaque o diziam, tinha imigrado de Londres com 6 aninhos. Desde aí passou a odiar a escola, os testes, os tpc's, os livros, o estudo, as ordens, os professores. Apenas a inglês tirava notas razoavéis. Adorava os jogos, a consola, o computador, a televisão... No seu dicionário só estavam presentes 4 palavras: diversão, festa, brincadeira, e jogos. Não estava minimamente interessada para a escola.
  • 7. Numa certa semana a escola de Layla entrou em obras e como não conseguiram arranjar um estabelecimento para dar aulas, não houve outra opção se não ficar em casa. Layla entrou em eterna alegria pois não iria ouvir os chatos dos professores a dar ordens (pensava ela).
  • 8. Os pais de Layla, também, nessa mesma semana haviam ganho uma viagem num concurso da televisão, assim Layla ficou em casa sozinha, o que ainda a deixou mais feliz, iria poder fazer tudo o que quizesse.
  • 9. Era a véspera do dia 6 de Março, a véspera da festa da aldeia. Layla escolheu a sua melhor roupa e sapatos e no dia seguinte, apesar da proibição dos pais, Layla foi à festa. Divertiu-se, dançou, jogou, brincou, saltou, correu e cansou-se. Já era tarde, Layla decidiu regressar a casa que ficava já no outro lado da rua.
  • 10. Ao atravessar a estrada encontrou um rapazito que com mais ou menos a sua idade lia um livro, tão concentrado que estava, que nem viu Layla a passar. - Olá – disse Layla. Este não respondeu. - Oláá - repetiu ela de forma mais rude. - Ah, olá. - respondeu finalmente o rapaz. - Eu conheço-te? - perguntou Layla. - Sim, somos da mesma turma. - disse o rapaz já em pé. - Bem me pareceu. És o Leandro, não és? - Sim, sim.
  • 11. O rapaz voltou novamente a sentar-se e a concentrar-se na leitura, mas foi novamente interrompido. - Ora esta! Então estás aqui a ler enquanto podias estar numa festa? - Sim. E qual é o mal? Ler é divertido! - Divertido? Que seca! Aliás, é tudo uma seca, a escola, os estudos, a leitura, os professores...
  • 12. - Não é não! Tu é que ainda não viste o verdadeiro valor da leitura! Podes fazer mil coisas enquanto lês. - Ai sim! E dá-me lá umas razões para eu gostar de ler! - Bem, podes viajar no tempo, para outros países, podes ir parar a mundos imaginários, podes inventar e elaborar novas histórias, podes imaginar que tu és uma dessas personagens que está no livro, viver aventuras! Ler é maravilhoso! Como a minha avó diz: “Ler é ver este e outro mundo”.
  • 13. - Ai é? Então para que serve a escola e essas coisas todas? - perguntou Layla. Leandro deu um pulo de admiração: - Então como é que tu queres ser alguem na vida, ou seguir uma boa profissão sem aprenderes Matemática, Língua Portuguesa e outras disciplinas? Tens que estudar e melhorar as notas Layla. - Vou pensar nisso! Bem, tenho que ir! Adeus!
  • 14. Layla teve toda a noite a pensar no que Leandro lhe tinha dito, até sonhou com isso! Quando acordou foi tomar o pequeno almoço e começou logo a estudar. A mãe chegou a casa da sua viajem e quando viu a filha disse cheia de espanto, mas também alegria: - Estás a estudar? - Sim, aprendi uma lição muito importante, devemos estudar e ler para podermos ter uma boa profissão. A partir daí o dicionário de Layla encheu-se de outras paravras importantes, e com essas palavras, também a alegria, o amor, o respeito e a espereança passaram a fazer parte do seu coração
  • 15. E foi assim que tudo se passou, hoje podemos encontrar a Layla como pediatra, já é adulta e tem uma vida normal e feliz, transmite sempre a mensagem, que Leandro lhe havia trasmitido, aos filhos e pacientes para um dia, também eles seguirem por bons caminhos. Faz como a Layla se queres ser alguém de futuro, para termos um dia uma boa profissão, devemos estudar para conseguir.
  • 16. FIM