2. Alternador
Alternador é uma máquina que transforma energia mecânica
em energia eléctrica.
O nome alternador é devido ao tipo de corrente eléctrica
gerada: corrente alternada.
O alternador é um gerador síncrono, assim, num circuito
fechado flúi uma corrente alternada que se torna maior quanto
mais alta for a rotação e quanto mais forte for o campo
magnético.
O alternador serve para carregar a bateria e fornecer corrente
eléctrica aos vários sistemas; Ignição, Bomba gasolina, luzes,
limpa-vidros, etc.
3. Alternador
O Alternador substituiu o Dínamo, visto que este tinha
limitações que se agravavam à medida que se instalava novos
acessórios electricos e também porque o automóvel era cada
vez mais usado em trajectos urbanos ( circulação lenta e
paragens frequentes).
O dínamo apresentava problemas tanto em baixas como em
altas rotações, necessitava de quase 1500 r.p.m. para começar
a gerar energia, assim, o motor no ralenti não gerava corrente.
5. Alternador
Na selecção de um alternator adequado para
aplicação num automóvel é necessário ter
em conta uma série de factores:
A capacidade da bateria (Ah);
O consumo électrico do veículo;
As condições de circulação.
7. Alternador
Características:
• Os díodos transformam corrente alternada em contínua e evitam que a bateria
se descarregue quando o motor está parado;
• Vida útil alargada sem manutenção;
• São insensíveis às condições exteriores como altas temperaturas, humidade,
sujidade e vibrações;
• Pode funcionar em ambos os sentidos sem necessitar de acções desde que o
ventilador seja capaz de o refrigerar.
10. Alternador
Componentes:
Conjunto indutor – Rotor – Parte móvel;
Conjunto induzido – Estator – Parte fixa;
Placa rectificadora de díodos;
Carcaça, ventilador e outros elementos
complementários.
12. Alternador
ROTOR OU INDUTOR
O rotor é a parte móvel do alternador e é o responsável pela criação
do campo magnético indutor que provoca no bobinado induzido a
corrente eléctrica que o alternador vai fornecer.
O rotor é formado por um eixo sobre o qual está montado um núcleo
magnético formado por duas peças de aço com saliências que
constituem os pólos do campo magnético indutor.
Cada metade do núcleo tem 6 ou 8 saliências o que dá origem a um
campo indutor de 12 ou 16 pólos.
No interior dos pólos está uma bobine indutora de fio de cobre isolado
enrolado sobre um material termoplástico.
14. Alternador
ROTOR OU INDUTOR
Num dos lados do eixo está montada uma peça (colector) com dois
anéis de cobre que por sua vez estão soldados os extremos do fio da
bobine indutora.
Através do colector e por meio de duas escovas de carvão grafitado a
bobine recebe a corrente de excitação gerada por o próprio alternador
através do grupo rectificador.
Este grupo móvel está perfeitamente equilibrado dinamicamente para
evitar vibrações, podendo girar com grande velocidade sem qualquer
problema.
15. Alternador
ESTATOR OU INDUZIDO
O estator é a parte fixa do alternador é constituído pelas bobines
induzidas que geram a corrente eléctrica.
O bobinado que forma os condutores do induzido é constituído
geralmente por três enrolamentos separados, divididos e
perfeitamente isolados nas 36 ranhuras que formam o estator.
Estes enrolamentos ou fases do alternador, podem estar ligados de
duas formas: em estrela ou triângulo, obtendo-se em ambas as
formas uma corrente alternada trifásica.
17. Alternador
PONTE RECTIFICADORA DE DÍODOS
Como se sabe a corrente gerada pelo alternador não é adequada à
bateria nem aos restantes equipamentos do automóvel, assim é
necessário rectificá-la.
Uma forma eficiente de rectificar a corrente necessita da utilização de
díodos que funcionem num intervalo de temperaturas alargado.
A placa rectificadora é formada por uma ponte de 6 ou 9 díodos de
silício, que pode ser montada directamente na carcaça ou num
suporte em forma de ferradura, ligada a cada uma das fases do
estator, obtendo-se na saída da ponte corrente contínua.
Os díodos são montados nesta placa de forma que 3 deles ficam
ligados à massa por um dos lados e os outros 3 ao borne de saída de
corrente do alternador. O lado livre que resta fica ligado às fases das
bobines do estator.
19. Alternador
PONTE RECTIFICADORA DE DÍODOS
Os alternadores com placa rectificadora de 9 díodos incorporam mais
3 díodos mas a ponte rectificadora é normal, esta conexão auxiliar é
utilizada para o controlo da luz indicadora de carga e para a
alimentação do circuito de excitação.
Os díodos têm uma capacidade de dissipação de temperatura limitada
por esta razão estas estão montados em componentes concebidos
para uma melhor dissipação de calor.
A fixação da placa rectificadora à carcaça do alternador é feita através
de casquilhos isolantes.
22. Alternador
DÍODO
O díodo comporta-se como uma válvula anti-retorno num circuito
pneumático ou hidráulico, os díodos estão polarizados por isso
deixam passar corrente ou não.
Os díodos utilizados nos automóveis podem ser do tipo “ânodo
comum” ou “cátodo comum”.
23. Alternador
CICUITO DE EXCITAÇÃO DO ALTERNADOR
Para o alternador gerar corrente eléctrica necessita do movimento do
motor de combustão e também de uma corrente eléctrica (corrente de
excitação) que antes do arranque do motor é fornecida pela bateria
através dum circuito eléctrico que chama “circuito de pré-excitação”.
Depois do motor arrancar, a corrente de excitação é fornecida pelo
próprio alternador através do “circuito de excitação”.
25. Alternador
REGULADOR DE TENSÃO
A função do regulador de tensão é manter constante a tensão do
alternador e do sistema eléctrico do veículo, independentemente do
regime do motor ou carga eléctrica.
A tensão do alternador depende da velocidade de rotação e da carga
a que está submetido. A pesar das condições de serviço variarem
muito, é necessário assegurar que a tensão é regulada no valor
determinado. Esta limitação protege os componentes de sobre
tensões e impede que a bateria seja sobrecarregada.
27. Alternador
REGULADOR DE TENSÃO
Quanto maior for a velocidade de rotação e a corrente de excitação
maior será tensão gerada pelo alternador.
Num alternador com excitação total, mas sem carga e sem bateria, a
tensão aumenta linearmente com a velocidade, por exemplo a 10.000
rpm a tensão atinge aproximadamente 140 V.
28. Alternador
REGULADOR DE TENSÃO
Os sistemas eléctricos dos automóveis funcionam com 12 V de
tensão da bateria, no entanto, os reguladores permitem uma
tolerância até aos 14 V. Sempre que a tensão gerada pelo alternador
se mantém inferior à tensão de regulação o regulador não se desliga.
29. Alternador
REGULADOR DE TENSÃO
TIPOS DE REGULADORES
Existem dois tipos de reguladores fundamentais:
O regulador de contactos electromagnéticos (regulador mecânico);
O regulador electrónico.
O regulador electromagnético deixou de se aplicar a partir de 1980, passando a ser o
regulador electrónico a equipar de série os automóveis.
31. Alternador
REGULADOR DE TENSÃO
REGULADOR ELECTROMAGNÉTICO
Existe um contacto móvel no circuito de excitação que faz a
interrupção da corrente, produzindo assim, uma modificação da
mesma. O contacto móvel é pressionado por força de uma mola
contra um contacto fixo e é afastado de este através de um
electroíman quando ultrapassa a tensão teórica.
33. Alternador
REGULADOR DE TENSÃO
REGULADOR ELECTROMAGNÉTICO
Os reguladores electromagnéticos montam-se separadamente do
alternador, aparafusados à carroçaria e afastados de zonas de
temperatura elevada.
34. Alternador
REGULADOR DE TENSÃO
REGULADOR ELECTROMAGNÉTICO COM AJUDA ELECTRÓNICA
Antes da chegada dos reguladores electrónicos utilizaram-se os
reguladores electromagnéticos com ajuda electrónica, estes
reguladores utilizavam transistores em vez dos contactos móveis do
electroíman.
As vantagens são:
Uma maior estabilidade da tensão do alternador, devido à
sensibilidade condutora do transistor.
Maior duração, visto que, a corrente que passa pelos contactos é
pequena originado um desgaste quase nulo.
36. Alternador
REGULADOR DE TENSÃO
REGULADOR ELECTRÓNICO
Este regulador é formado por um circuito totalmente integrado que é a
base de uma série se componentes electrónicos. Os componentes
estão dentro de uma caixa fechada hermeticamente.
São produzidos de forma a não possibilitar erros de montagem no
alternador.
São montados no próprio alternador.
Tem uma vida útil extensa.
38. Alternador
REGULADOR DE TENSÃO
REGULADOR DE TÉCNICA HÍBRIDA
Este regulador contém dentro de uma cápsula hermética uma placa
cerâmica com resistências de protecção.
O regulador é montado sobre um porta escovas especial para ser
montado directamente no alternador sem cabos.
As suas características principais são: fabrico compacto, baixo peso,
grande fiabilidade.
42. Alternador
VERIFICAÇÕES DO ALTERNADOR
Antes de se verificar os componentes do alternador, este deve ser
limpo sem utilização de produtos solventes mas apenas com um
pano.
A desmontagem deve ser cuidada e nunca forçar os componentes,
pois pode danificar os componentes.
44. Alternador
VERIFICAÇÕES DO ALTERNADOR
VERIFICAÇÃO DO ROTOR
1. Verificar se o rotor apresenta danos, desgaste excessivo e sinais de
aquecimento ou partes queimadas;
2. Verificar os mancais ou rolamentos, procurar por prisões ou folgas
excessivas, caso necessário substituir.
3. Limpar e verificar os anéis do colector , se a superfície estiver rugosa
ou com desgaste excessivo, o colector deverá ser rectificado ou
substituído.
45. Alternador
VERIFICAÇÕES DO ALTERNADOR
VERIFICAÇÃO DO ROTOR
Com um ohmímetro verificar a continuidade entre os anéis do
colector, se não existir continuidade o rotor terá de ser substituído.
46. Alternador
VERIFICAÇÕES DO ALTERNADOR
VERIFICAÇÃO DO ROTOR
O valor da resistência medida entre os anéis varia. Os valores da
resistência é diferente dependendo do alternador.
47. Alternador
VERIFICAÇÕES DO ALTERNADOR
VERIFICAÇÃO DO ROTOR
Com o multímetro verificar a continuidade entre os anéis e o corpo do
rotor, caso exista continuidade o rotor terá de ser substituído.
48. Alternador
VERIFICAÇÕES DO ALTERNADOR
VERIFICAÇÃO DO ESTATOR
1. Verificar se o enrolamento está em bom estado, sem deformações e
sem falta de isolamento.
2. Com o ohmímetro verificar a o isolamento entre cada uma das
bobines e a massa (carcaça)
3. Com o ohmímetro medir a resistência entre cada uma das fases, o
valor médio esperado varia de 0,2 a 0,35 ohms, dependendo do tipo
de ligação (estrela ou triângulo). As medições devem de ser iguais
para as três fases, se a resistência tiver valor infinito é porque o
bobinado está cortado e terá de ser substituído.
49. Alternador
VERIFICAÇÕES DO ALTERNADOR
VERIFICAÇÃO DO ESTATOR
Com um multímetro verificar a continuidade entre as pontas das fases, se
não existir continuidade substituir o estator.
50. Alternador
VERIFICAÇÕES DO ALTERNADOR
VERIFICAÇÃO DO ESTATOR
Com um multímetro verificar a continuidade entre as pontas das bobines
e a carcaça, se existir continuidade substituir o estator.
51. Alternador
VERIFICAÇÕES DO ALTERNADOR
VERIFICAÇÃO DA PLACA RECTIFICADORA
Na maioria dos alternadores, a placa rectificadora é constituída por
uma placa onde se montam seis ou nove díodos. Os díodos estão
soldados de forma a formar uma ponte rectificadora.
Através do multímetro, e com a placa desligada do estator, faz-se a
verificação dos díodos.
Para verificar os díodos tem de se ter em conta as suas
características construtivas, em função disso verificar se passa
corrente ou não.
55. Alternador
VERIFICAÇÕES DO ALTERNADOR
VERIFICAÇÃO DA PLACA RECTIFICADORA
No caso de algum díodos estar avariado terá de se substituir a placa.
56. Alternador
VERIFICAÇÕES DO ALTERNADOR
VERIFICAÇÃO DO REGULADOR DE TENSÃO
Apenas os reguladores electromagnéticos podem ser reparados ou
ajustados, ao contrário dos reguladores electrónicos que terão de ser
substituídos caso avariem.
57. Alternador
VERIFICAÇÕES DO ALTERNADOR
VERIFICAÇÃO DO PORTA-ESCOVAS
As escovas são componentes de desgaste e por isso quase sempre
que se faz uma revisão ou reparação de um alternador, estas são
substituídas. Pode-se substituir apenas as escovas ou o porta-
escovas completo dependendo do alternador.
As molas e os fios de ligação também são sujeitos a verificação e se
necessário substituição.