2. ESTACAS MOLDADAS IN LOCO: FRANKI
ORIGEM:
• Desenvolvida pelo engenheiro belga Edgar
Frankigmoul na década de 1910;
• Chegada ao Brasil em 1935;
• Casa Publicadora Baptista;
• 1940 se transformou em empresa
brasileira.
Figura 01: Edgar Frankigmoul
Figura 02: Casa Publicadora Baptista.
4. ESTACAS MOLDADAS IN LOCO: FRANKI
CONCEITO:
• "Estaca moldada in loco executada pela cravação,
por meio de sucessivos golpes de um pilão, de um
tubo de ponta fechada por uma bucha seca
constituída de pedra e areia, previamente firmada
na extremidade inferior do tubo por atrito. Esta
estaca possui base alargada e é integralmente
armada" (NBR 6122:2019)
Figura 03: Estaca Franki.
5. ESTACAS MOLDADAS IN LOCO: FRANKI
PROCEDIMENTO EXECUTIVO:
• 1. Locação das estacas;
• 2. Perfuração do solo;
• 3. Execução da base alargada;
• 4. Colocação da armadura;
• 5. Concretagem dos furos.
Figura 04: Etapas de exceção estaca Franki.
7. ESTACAS MOLDADAS IN LOCO: FRANKI
Cravação do tubo:
A cravação do tubo é executada por meio
de golpes do pilão na bucha seca que adere
ao tubo por atrito até a obtenção da nega. As negas de cravação do tubo devem ser obtidas de duas
maneiras em todas as estacas:
• a) para dez golpes de 1,0 m de altura de queda do
pilão;
• b) para um golpe de 5,0 m de altura de queda do pilão.
Anexo H – Procedimentos executivos
8. ESTACAS MOLDADAS IN LOCO: FRANKI
Tabela 01: Peso e diâmetro dos pilões.
Perfuração no solo:
Para estacas de até 15 metros de
profundidade, deve-se utilizar
pilão com massa mínima de 1,0 a
3,4 toneladas com o diâmetro
variando de 300 a 700 milímetros.
Para estacas de comprimento
maior do que 15 metros, deve-se
aumentar a massa mínima do
pilão.
9. ESTACAS MOLDADAS IN LOCO: FRANKI
Execução da base alargada:
• Necessário que os últimos 0,15 m³ sejam
introduzidos com uma energia mínima de
2,5 MN × m para as estacas com diâmetro
igual ou inferior a 450 mm.
• 5,0 MN × m para estacas com diâmetro de
450 mm até 600 mm
Figura 03: Estaca Franki.
• Para diâmetro de 700 mm, os últimos 0,25
m³ devem ser introduzidos com uma
energia mínima de 9,0 MN × m
10. ESTACAS MOLDADAS IN LOCO: FRANKI
Colocação da armadura:
• É constituída de no mínimo quatro barras de
aço CA-50;
• A extremidade inferior da ferragem é feita
com aço CA-25 (em forma de cruzeta)
soldado à armadura principal.
Tabela 02 – Estacas moldadas in loco e tubulões:
parâmetros para dimensionamento.
11. ESTACAS MOLDADAS IN LOCO: FRANKI
Figura 03: Estaca Franki.
Concretagem do fuste:
• Lançamento de pequeno volume de
concreto seco (fator água/cimento = 0,36)
com apiloamento e simultânea retirada do
tubo.
• 30 cm acima da cota de arrasamento;
• Deve ser controlado o encurtamento da
armadura durante a execução do fuste
12. ESTACAS MOLDADAS IN LOCO: FRANKI
Concreto:
• Consumo de cimento igual ou superior a
350 kg/m3;
• fck ≥ 20 MPa aos 28 dias • Ensaiado nas idades de sete dias e 28 dias;
• A moldagem deve ser feita com 15 cm de diâmetro
e 30 cm de altura e a haste de apiloamento deve ter
peso de 50 N e diâmetro de 5 cm;
• Cada camada de concreto deve ser apiloada no
interior do molde com 50 pancadas da haste e
altura de queda de 45 cm
Controle do concreto:
Tabela 3 – Quantidade de provas
de carga
13. ESTACAS MOLDADAS IN LOCO: FRANKI
Equipamentos:
• 1. Bate estacas;
• 2. Pilão;
• 3. Guinchos;
• 4. Tubo de revestimento de aço com elementos
de 2 m a 3 m, rosqueáveis entre si;
• 5. Cabos de aço e ferramentas em geral;
• 6. Máquina de solda.
Figura 06: Pilão.
14. ESTACAS MOLDADAS IN LOCO: FRANKI
Figura 07: Bate estaca. Figura 08: Pilão. Figura 09: Camisas de aço.
Materiais utilizados:
15. ESTACAS MOLDADAS IN LOCO: FRANKI
Cuidados na execução:
• Locação do centro das estacas;
• Velocidade de execução;
• Verticalidade do tubo e sua retirada da camisa;
• Base com concreto seco (fator água/cimento = 0,18);
• Fuste com concreto seco(fator água/cimento = 0,36)
• É necessário que todas as demais estacas situadas em
um círculo igual a cinco vezes o diâmetro da estaca
estejam cravadas e concretadas há pelo menos 12 h.
• Itens de segurança: Figura 10: Colocação da camisa.
16. ESTACAS MOLDADAS IN LOCO: FRANKI
Cuidados na execução:
• Registros da execução:
• Identificações gerais: obra, local, nome do operador,
executor, contratante;
• Características do equipamento;
• Data da execução;
• Comprimento do tubo e peso do pilão;
• Identificação da estaca: diâmetro, nome ou número
conforme projeto de fundação;
Figura 10: Colocação da camisa.
17. ESTACAS MOLDADAS IN LOCU: FRANKI
Cuidados na execução:
• COTA DE ARRASAMENTO:
• A concretagem deve ser feita até pelo
menos 30 cm acima da cota de
arrasamento.
Figura 12: Operadores executando o arrasamento das estacas.
Figura 11: Arrasamento.
18. ESTACAS MOLDADAS IN LOCO: FRANKI
VANTAGENS
• 1. Suportam grandes cargas;
• 2. Atingem camadas profundas do solo;
• 3. Podem ser executadas abaixo do nível da
água;
• 4. Podem ser cravadas com inclinações de até
25°;
• 5. Materiais utilizados simples;
• 6. Sem deslocamento de aterro;
• 7. Economia considerável de concreto e aço;
• 8. Segurança;
Figura 13: Bate estacas.
19. ESTACAS MOLDADAS IN LOCO: FRANKI
DESVANTAGENS
• 1. Vibração excessiva do solo;
• 2. Ruídos excessivos;
• 3. Espaço amplo no canteiro de obras para
o manuseio dos equipamentos;
• 4. Processo demorado, baixa
produtividade;
• 5. Limitação de comprimento;
Figura 14: Bate estacas.
20. ESTACAS MOLDADAS IN LOCO: FRANKI
Figura 15: Bate estacas.
• Quando é indicada?
• Terrenos com camada resistente muito
profunda e variável;
• Em situações com carga elevada;
• Terrenos vizinhos não apresentem
problemas com vibração.
21. ESTACAS MOLDADAS IN LOCO: FRANKI
Recomendações técnicas
• NBR 6122/2019 – Projeto e execução de fundações;
• NBR 6118/2014 - Projeto de estruturas de concreto -
Procedimento .
• NBR 5738/2015 - Concreto — Procedimento para moldagem
e cura de corpos de prova;
• NBR 5739/2018 - Concreto — Ensaio de compressão de
corpos de prova cilíndricos.