O documento é uma edição da Revista Entre Lagos de julho de 2015. Contém várias notícias curtas, incluindo sobre a crise na Grécia, a lutadora americana Ronda Rousey, o governador do DF prometendo recuperar a economia, e as flores de ipê que encantam Brasília em agosto. Também apresenta uma lista de colaboradores e informações sobre a publicação.
1. Brasília/DF, Julho de 2015
Ano XIII - Edição 110
Publicação mensal
A Crise na Grécia.
Página 3
Ronda Rousey,
que mulher é
essa?
A lutadora americana
veio ao Brasil, atropelou
a brasileira Beth Correia
em 34 segundos de luta
e mostrou por que é a
melhor do mundo.
Página 17
Rollemberg
promete
recuperar a
economia do DF
Em reunião com
empresários o Governador
anuncia, e promete, que
vai achar a saída para a
crise economica do DF.
Página 37
Andre Gustavo Stumpf
As floresde agosto
encantam Brasília
2. Diretor Responsável:
José Natal
Edição:
Kátia Maia
Projeto gráfico e diagramação:
Evaldo Gomes de Abreu
Impressão:
Alpha Gráfica
Colaboradores:
Alexandre Garcia, Luís Natal,
Ricardo Noblat, José Fonseca,
Sheila D´Amorim, Wilson Ibiapina,
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Mayrluce Vilella, Paulo Pestana,
Silvestre Gorgulho, Heraldo Pereira,
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AMARGO REGRESSO
Julgado e condenado como responsável pelo mensalão
o ex-Ministro do Governo Lula, José Dirceu cumpria
prisão domiciliar e esperava ser liberado integralmente
ano que vem. Pretendia morar em Portugal. Não deu
certo. A justiça descobriu que mesmo trancafiado Dirceu
continuava a operar, liderava grupos que atuavam na
ilegalidade e a propina continuava pingando todo mes
na conta dele. O mito José Dirceu acabou, e ele foi
novamente preso e agora, como já não é reú primário,
terá dificuldades pra sair de novo da cadeia. Triste fim de
um reinado cujo o rei tinha os pés de barro.
P
aíses passam por crises financeiras, maiores
ou menores, e se encontram com seu
destino. Os Estados Unidos viveram a grande
depressão dos anos trinta e reuniram forças para
aparecer depois da Segunda Grande Guerra como
a maior potência do planeta. Antes do conflito, era
um país desarmado, praticamente sem Marinha
organizada, que permitiu o passeio dos submarinos
alemães no Atlântico Norte. A Argentina já figurou
entre as dez maiores economias do mundo. Hoje,
depende do Brasil.
Cada um encontra o seu destino. A Grécia, re-
centemente, jogou um pôquer internacional pesado.
Aparentemente conseguiu bons resultados. Não pa-
gou a dívida de 1,6 bilhão de euros com o Fundo Mo-
netário Internacional. Era parcela pequena destinada
apenas a manter o fluxo de outros empréstimos no
valor de total de 240 bilhões de euros. No entanto,
Poderesabersem realizar aquele pagamento, todos os demais em-
préstimos ficariam suspensos. O primeiro-ministro
Alexis Tsipras vislumbrou sua única chance: convocou
o plebiscito e fez campanha pelo voto não. Venceu.
Legitimou-se com o representante dos gregos. E ne-
gociou com a FMI, o Banco Central Europeu e os cre-
dores privados.
A solução para a crise grega apareceu depois
de uma inteligente manobra política. Aposta pesada,
de bilhões de dólares, em que nenhum dirigente teve
a coragem de pedir a exclusão da Grécia da União
Europeia. Qual deles gostaria de ter essa marca em
seu currículo pessoal? Tsipras jogou e venceu. A di-
retora geral do FMI, Cristine Lagarde diz agora que a
situação financeira da Europa é melhor.
A crise grega saiu das manchetes de jornal. O
governo brasileiro poderia prestar mais atenção nesta
incrível modificação de cenário. Foi a negociação polí-
tica que concedeu oxigênio necessário para os gregos
2 3JUL / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos JUL / 2015
3. V
ocê tem algum parente, ou conhece alguém
que tenha depressão na família? Pode ser
também outras doenças como síndrome do
pânico, bipolaridade, esquizofrenia, fibromialgia,
TOC, entre outras. Você conhece?
Com certeza sua resposta será sim, porque se
não tiver uma pessoa com esse tipo e doenças dentro
de sua casa, certamente terá na família mais distante
ou na de algum amigo.
O resultado também será o mesmo se você
trabalhar em grandes cidades e, principalmente,
se for colaborador de uma grande empresa. Fa-
talmente, saberá de casos de colegas que estão
com essas doenças, inclusive alguns estão afasta-
dos do trabalho porque não têm condições de
executar suas funções.
O interessante é que se trata de uma
doença que não é limitante porque fisicamente a
pessoa não fica incapacitada.
E por esta razão é o tipo de patologia que
demora muito para se chegar a um diagnóstico.
Justamente porque não foram apresentadas difi-
culdades físicas aparentes, as pessoas que convi-
vem com o doente e ele próprio não percebem
com facilidade que se trata de uma doença.
Dessa forma, quem tem os sintomas
leva muito tempo para decidir consultar um mé-
dico especialista para entender o que se passa.
E nesse sentido, compreendemos que o pre-
conceito que existe em buscar ajuda profissional de
um psiquiatra é difícil de vencer, porque afinal de con-
tas ninguém quer se considerado como “louco” e essa
especialidade trata de apenas de malucos.
E quando o psiquiatra conclui o diagnóstico? O
que pode fazer para ajudar o doente? Quase nada...
A medicina atual admite o fato de que não há
cura para esse tipo de doenças e com a medicação
disponível só consegue controlar os sintomas.
Ainda há o fato que é muito difícil ao médico
especialista definir um diagnóstico preciso, porque
não pode contar com exames laboratoriais que defi-
nam com precisão a lesão ou área afetada pela doença
no corpo físico como se faz em outras especialidades,
como gastrenterologia, ortopedia, entre outras, que
inclusive, podem comprovar a anomalia por meio de
exames e até fotografias.
O psiquiatra depende de análises subjetivas e,
portanto, seu diagnóstico poderá não ser conclusivo.
Assim, é possível iniciar a posologia de uma medica-
ção e, pouco tempo depois, há a necessidade de tro-
car o remédio, uma vez que o primeiro não teve o
efeito desejado.
Da mesma forma, é comum um paciente que
consulte vários psiquiatras encontrarem diagnósticos
diferentes apresentando os mesmos sintomas. E isto
é deficiência do médico? Não!
O problema está na formação do médico psi-
quiatra por uma distorção na visão das doenças em si.
Não há no conteúdo programático das faculdades de
medicina em qualquer lugar do mundo qualquer refe-
rência ao espírito do ser humano. A medicina atual é
dedicada e voltada exclusivamente para o corpo físi-
co. E, portanto, nas escolas, o médico só aprende as
funções e reações do corpo físico.
Ora, é o mesmo que desejar ir de automóvel
para o Rio de Janeiro a partir de São Paulo e não usar
a rodovia Dutra...
A origem dessas doenças está na “alma” (es-
pirito) e não no corpo físico. Por isso, é impossível
obter-se um resultado satisfatório nesses casos tra-
tando o corpo e não o espírito. É como o exemplo da
viagem ao Rio de Janeiro.
O SISE – Sistema Imunológico de Saúde Espiri-
Dárcio
Cavallini
tual, é um tratamento energético que atua no campo
espiritual, que é a origem dos sintomas que o paciente
apresenta.
Com técnicas simples, não invasivas e sem me-
dicamentos, o paciente encontra a cura de seus males
em poucos meses, mesmo que já esteja sob efeito de
medicação a longo período de tempo. E isto, já está
comprovado em milhares de casos que são tratados
pelo SISE.
Isso porque somos um espírito milenar, que
já viveu e viverá ainda várias encarnações utilizando-
-se de um corpo físico para aprender a evoluir neste
planeta. O aprendizado que não conseguimos numa
encarnação fica registrado em nossa memória espi-
ritual e se torna um bloqueio de energia magnética,
que se apresenta na memória do corpo atual de for-
ma silenciosa e inconsciente e motiva o paciente a se
comportar de determinada forma contrariando suas
próprias vontades. Por esta razão é alarmante o nú-
mero de suicídios praticados por pessoas com esses
diagnósticos.
Um trauma não resolvido em outras vidas,
torna-se uma massa de energia magnética que blo-
queia o fluxo de energia vital no campo físico do pa-
ciente, promovendo os sintomas desconfortáveis que
se apresentam e que o desmotivam a viver de forma
feliz.
Nosso corpo físico, que é uma massa eletro-
magnética, tem estrutura suficiente para resolver
qualquer questão traumática que possa ser desta en-
carnação. Os traumas registrados em outras encar-
nações anteriores são massas de eletromagnetismo
vivas e atuam por ressonância magnética na memória
física do corpo atual. Assim por sintonia, cada vez que
passamos pelo mesmo tipo de trauma emocional, o
corpo resolve a carga da presente encarnação, mas
não tem estrutura molecular para “digerir” a carga
emocional inconsciente excedente e, por essa razão,
acaba atuando na memória presente, motivando o
paciente a determinados comportamentos mesmo
contra sua vontade.
Quem vive esse tipo de situação sabe do que
estamos falando. É difícil até de compreender, por-
que desejamos fazer uma coisa e fazemos totalmente
o contrário e, dessa forma, nos tornamos refém dos
pensamentos produzidos no mental de certa forma
involuntários.
Curar esses males é muito mais fácil e simples
do que se imagina. Basta atuar na origem, que é a
alma, a qual se manifesta pela mente.
Um trabalho elaborado em parceria entre a
medicina psiquiátrica e o SISE tem gerado milhares
de auto curas. Um não substitui o outro, mas os dois
métodos podem e devem fazer parte do protocolo
de tratamento de doenças da psiquiatria.
Quem tem depressão?voltarem a respirar sem aparelhos. Nada está diferente do que era
antes. Apenas as duas partes perceberam que tinham que manter
a convivência. Expulsar a Grécia, museu a céu aberto da civilização
ocidental, não é tarefa simples. E nenhum cidadão da Alemanha,
país que desorganizou a Europa duas vezes em um século, tem
capacidade para solicitar tamanho sacrifício.
As crises são políticas. As consequências são econômicas e
financeiras. A presidente Dilma Rousseff comprometeu as contas
nacionais para se reeleger. Se tivesse tido visão de estadista teria
aberto o caminho para seu antecessor, que esfregava as mãos na
expectativa de concorrer. A crise ficaria para Lula e ela estaria des-
cansando numa bela praia do nordeste. Não fez isso e herdou seu
próprio prejuízo.
O ministro Joaquim Levy é competente e trabalhador. Co-
meçou a negociar com congressistas e descobriu que não é fácil.
É preciso ter história, competência e muito tempo disposto à
conversa. A inflação sobe, as universidades param, o desemprego
acelera e as expectativas pioram. Não adianta tentar corrigir os
problemas econômicos ouvindo economistas. Eles não são capazes
de enxergar amanhã, raciocinam com o over night.
A denúncia da advogada Beatriz Catta Preta de que foi
ameaçado por integrantes da CPI da Petrobrás é algo muito sério.
Se for confirmada, estará caracterizada ação no sentido de dificul-
tar o trabalho da justiça. É preciso lembrar que o procurador geral
da República, Rodrigo Janot anunciou, recentemente, que estava
sendo ameaçado. Não fez maiores declarações sobre o assunto.
Mas anda, agora, cercado por seguranças da Polícia Federal.
A questão brasileira é muito menos séria que a grega. As
soluções possíveis são de natureza política, embora não sempre
os políticos estejam dispostos a auxiliar. É necessário ter liderança
e capacidade de agir. Cara feia não ajuda em nada. Gritar, humi-
lhar e destratar auxiliares também não concorre para o sucesso do
empreendimento. Resta a oportunidade de negociar, conversar e
buscar entendimento. Talvez com governadores. Não se faz polí-
tica com o fígado. Caso contrário, vencerá a sentença terrível de
Ulysses Guimarães sobre os militares, que pode perfeitamente ser
aplicada hoje. Ele dizia que existem líderes que podem mais do
que sabem.
4 5JUL / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos JUL / 2015
4. U
mas das paisagens naturais de Brasília
mais admiradas são os coloridos Ipês que
atraem olhares e cliques dos mais variados
expectadores. É só começar a surgir a primeira leva
de flores começa no mês de junho e pouco a pouco
vão tomando conta do dia a dia do brasiliense e
enfeitam a capital até o final do ano.
A ordem das florações é ditada pela pró-
pria natureza e obedece a um colorido que começa
com o roxo, passando pelo amarelo, rosa, branco e
finalmente: verde. Sim, existe ipê verde! Eles estão
no parque da cidade, mas são quase imperceptíveis
quando florescem porque apesar de serem da cor das
folhas, sua flor, quando aparece fica debaixo da fo-
lhagem, num verde amarelado que se confunde com
toda a planta.
Os amarelos e roxos são plantas mais vigoro-
sas e resistentes e atingem entre 15-18 metros. No
caso dos ipês rosa a altura fica entre 12-15 metros e
os brancos, em torno de dez metros. Os Ipês de uma
forma geral atingem o estágio adulto em aproximada-
Brasíliatomada de flores
mente dez anos.
A duração das flores é de quinze dias em mé-
dia, sendo que uma árvore pode florir mais de uma
vez durante o mesmo período seco. Mas como as ár-
vores não florescem todas ao mesmo tempo, a uma
mesma cor pode durar até dois meses, dependendo
das condições climáticas. O Ipê Branco tem uma flo-
ração mais rápida (de uma semana a dez dias numa
mesma árvore).
Eu vejo flores em Brasília
No Distrito Federal existem cerca de 600
mil pés plantados, entre árvores de porte maior e
mudas acima de dois metros. Somente no Plano Pi-
loto são aproximadamente 200 mil exemplares da
espécie.
A Novacap é responsável pelo plantio da plan-
ta nas áreas verdes das quadras e ao longo das vias
como a W3, o Eixo Monumental e a L4, existindo
maior concentração nos Eixos Norte/Sul.
As mudas de Ipê são plantadas nas áreas verdes
em período chuvoso do ano, sendo nativas e adapta-
das ao clima do cerrado. Todas as mudas de árvores e
flores plantadas pela Novacap no DF são provenien-
tes dos viveiros da Companhia.
A Novacap dispõe de mudas de cores variadas
e comercializa apenas o excedente. O interessado
em adquirir mudas de ipês pode se informar pelo te-
lefone (61) 3403-2460 para saber se há disponibilida-
de de venda. O preço depende do tamanho da muda
e do tipo de acondicionamento, podendo variar entre
doze a cem reais.
Veja as cores das florações por época do ano:
Ipê-roxo: Junho e setembro
Ipê-amarelo: Julho e setembro
Ipê-rosa: Agosto e setembro
Ipê-branco: Agosto e outubro
Ipê-verde: Dezembro e março
Foto: http://s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/09/28/lnipe15.jpg
Fotos: de F. Gualberto
Kátia Maia
Colaboração de
Karol Ribeiro
6 7JUL / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos JUL / 2015
5. A
s colisões frontais (comuns em
ultrapassagens), apesar de serem apenas
3% do total de acidentes ocorridos em
rodovias federaisrepresentaram 34% das mortes,
no período de agosto de 2013 a julho de 2014, de
acordo com dados da Polícia Rodoviária Federal.
Para evitar comportamentos de risco, o motorista
deve conhecer as dicas de segurança e motivos que
levam motoristas a se envolveram em acidentes.
Ultrapassagem, segundo o anexo I do Código
de Trânsito Brasileiro (CTB): “é o movimento de pas-
sar à frente de outro veículo que se desloca no mes-
mo sentido, em menor velocidade e na mesma faixa
de tráfego, necessitando sair e retornar à faixa de ori-
gem”. A especialista em trânsito da Perkons, Idaura
Lobo Dias, lembra que o ato demanda prudência, pa-
ciência e respeito pelos demais ocupantes da via para
ser realizado com segurança. “Antes de iniciar uma
ultrapassagem garanta que nenhum condutor atrás
ou à sua frente está começando ou sinalizando que
irá fazer o mesmo. Sempre dê a preferência nesses
casos. Também tenha certeza que a faixa de trânsito
Colisões frontais
são principal causa de
morte nas rodovias
34% das mortes nas
rodovias federais
foram causadas por
este tipo de acidente
Mariana
Simino
que você utilizará está livre
numa extensão suficiente
para que essa manobra seja
feita em segurança”, orien-
ta.
Confirmada a possi-
bilidade de realizar a ultra-
passagem, Idaura explica que, para dar início à mano-
bra, o motorista deve sinalizar com antecedência sua
intenção, através da luz indicadora de direção (pis-
ca ou seta); afastar-se do veículo a ser ultrapassado,
mantendo distância dianteira e lateral; e, ao concluir
a ultrapassagem, sinalizar antes de voltar à faixa de
origem.
“Não ultrapasse em locais proibidos, como
pontes, travessias de pedestres, trechos sem visibili-
dade suficiente ou em áreas urbanas.”, completa.
Há regras de segurança para quem é ultrapas-
sado também. A especialista da Perkons diz que o
condutor não deve acelerar, como já determina a lei.
“Utilize a faixa da esquerda somente para ultrapassar,
depois retorne para a direita. Deixe passagem para
quem está mais rápido que você. Se há um veículo à
sua frente em menor velocidade, reduza a marcha e
mantenha distância dele até que possa ultrapassá-lo e
seguir seu caminho”, sugere.
Acaso ou imprudência?
Israel de Moura Farias Júnior, Tenente Coronel
da Polícia Militar de Pernambuco, afirma que os
acidentes por ultrapassagem não ocorrem por acaso
e sim por imprudência. Em rodovias, é comum os
condutores abusarem da confiança e da velocidade
quando há pavimento de qualidade, boas condições
climáticas, veículo novo, excesso de autoconfiança e a
sensação de impunidade. “Por excesso de confiança,
muitos motoristas tentam fazer a ultrapassagem
sabendo que não tem espaço suficiente para isso
e criam uma condição de perigo para si e para os
demais que trafegam na rodovia”, avalia.
Para o Tenente Coronel, é preciso sempre
seguir o que o CTB determina e ele é claro quanto
às ultrapassagens. O artigo 29 determina que a ação
deverá ser feita sempre pela esquerda, exceto quan-
do o veículo a ser ultrapassado estiver sinalizando o
propósito de entrar à esquerda. Ainda de acordo com
o artigo, quando a pista comportar várias faixas de
circulação no mesmo sentido, as da direita são desti-
nadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de
maior porte, quando não houver faixa especial a eles
destinada, e as da esquerda, destinadas à ultrapassa-
gem e ao deslocamento dos veículos de maior velo-
cidade. “Quando a pista tem três faixas aquele que
está na esquerda e notar que o veículo de trás deseja
ultrapassar é obrigado a se deslocar para a faixa da
direita (chegando à faixa central). Caso esteja na fai-
xa do centro ou da direita, não é preciso se mover”,
complementa.
Os caminhões, por serem veículos mais lentos,
têm regras específicas. Por exemplo, quando transitar
em fila, deixar espaço entre um caminhão e outro para
que o carro possa intercalar-se entre esses veículos
com segurança, conforme determina o artigo 30.
T
odos estão cansados de saber
que fazer exercícios é essencial,
simplesmente pela melhoria
do metabolismo e de várias funções
motoras, além de, claro, melhorar a
aparência física. Mas, parece que essa
ideia ainda não repercutiu no Brasil, ou
todos fecharam os ouvidos para não escutar. O país
possui um dos maiores índices de obesidade do
mundo.
Segundo estudos do Instituto de Métrica e
Avaliação para a Saúde (IHME) da Universidade de
Washington, 52,5% dos homens e 58,4% das mulhe-
res acima de 20 anos tem sobrepeso ou obesidade. O
Ministério do
Esporte di-
vulgou que
45,9% da
p o p u l a ç ã o
em geral é
sedentária e
não praticou
nenhuma ati-
vidade física
Levante do sofá O sedentarismo
está em alta e
os índices são
preocupantes.
ao longo do ano.
O ideal seria praticar esportes três vezes por
semana, com duração mínima de 30 minutos. Carlos
Vidal, personal trainer atuante no Rio de Janeiro, afir-
ma que fazer essas atividades, alternando com uma
musculação duas vezes por semana trará resultados
mais rápido.
O sedentarismo está entre os dez principais fa-
tores de risco que ameaçam a saúde. Carlos preparou
algumas dicas para você sair do sofá e se exercitar:
1- Faça uma avaliação física. Teste a sua fle-
xibilidade, força e fôlego, isso pode ser feito por um
profissional de Educação Física na própria academia
que vai frequentar;
2- Trace objetivos realistas. Isso pode ser mo-
tivador, desde que mantenha os pés no chão, almeje
metas possíveis;
3- Escolha uma atividade com que tenha afini-
dade. Experimente diferentes modalidades até achar
a certa para você;
4- Comece aos poucos. Os exercícios não po-
dem exigir muito, respeite seus limites;
5- Persista. É comum se desanimar, às vezes
pela monotonia ou por não conseguir ver os resulta-
dos imediatamente, mas no longo prazo vale a pena.
Carlos
Henrique
Vidal
8 9JUL / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos JUL / 2015
6. O
corpohumanotemumsistemaimunológico
cuja função é proteger, defender e atacar
os invasores que se apresentam na forma
de bactérias, vírus, fungos, entre outros, e que
causam as doenças físicas.
No campo espiritual temos um sistema imu-
nológico semelhante ao físico e que também defen-
de o ser humano contra os invasores, que causam a
doenças emocionais. Podemos citar inveja, ódio, vin-
gança, mentes perturbadas e todo tipo de distúrbio
emocional. Os agentes desse sistema são os chackras
e os corpos sutis que fazem parte do condomínio es-
piritual de cada ser humano.
Uma empresa, seja ele pequena ou grande,
sente e reflete seus sentimentos nos resultados dos
trabalhos a que se propõe para o mercado.
Esses sentimentos são o campo energético
criado pela somatória das pessoas que compõem a
empresa, sejam seus diretores, membros de adminis-
tração, produção, vendas, entre outros.
Assim, se tivermos uma equipe bem treinada e
motivada, o campo emocional de cada membro vibra
com toda sua capacidade de realizar e se concentra
com facilidade no foco de sua tarefa, contribuindo as-
sim para o bom desempenho do negócio.
No corpo físico, quando uma célula é atacada
e dominada por uma bactéria, por exemplo, todas as
outras células devem trabalhar redobradamente para
repor a falta do padrão vibratório daquela que está
doente no sistema e, assim, deixa de funcionar em
Dárcio
Cavallini
toda sua plenitude.
No campo energético o processo é o mesmo.
Quando um indivíduo entra em estado de desequi-
líbrio emocional constante, significa que seu sistema
imunológico espiritual foi agredido e invadido pelas
“bactérias astrais”, que são formas pensamento que
passam a interferir na elaboração dos pensamentos
das pessoas.
E o que isso tem a ver com uma empresa?
A alma de uma empresa é a somatória do
conjunto de pensamentos de seus colaboradores de
todos os níveis. Todos interferem no “humor” e, na
medida em que os pensamentos convergem para o
mesmo padrão, fica mais fácil formar a “egrégora”
que determina a qualidade da performance da em-
presa.
Inclusive, essa reação emocional do grupo é
mais frequente do que se imagina. Quantas coisas
acontecem num setor de produção, por exemplo,
que não se explicam e no entretanto acontecem.
Maquinas que quebram, sistemas elétricos que
entram em pane, lotes de produção recusados pelo
controle de qualidade e tantos outros acontecimentos
que interferem no produto final e na produtividade.
Quantos colaboradores treinados, qualificados
e de boa vontade acabam cometendo erros primários
e incompreensíveis, que alteram o humor de todos e,
consequentemente, o desempenho do grupo.
Muitos são os problemas que acontecem sem
explicação...
Na maioria das vezes, tratam-se de problemas
causados pela falta de saúde espiritual dos membros
da equipe, que provocam o clima energético favorá-
vel para desestabilizar o sistema imunológico espiri-
tual da empresa.
Em uma ocasião, fiz um atendimento numa
ótica de médio porte. Em razão do crescimento foi
necessário contratar mais uma colaboradora para
atender os clientes no balcão. Era uma jovem com
excelentes atributos, tanto que nos dois primeiros
meses fez a diferença no faturamento.
O proprietário desejando expandir ainda mais
seus negócios, colocou na porta da loja, um desses
bonecos coloridos “malucos” que se movimentam o
tempo todo inflados por um ventilador na sua base.
A partir desse fato, as vendas iniciaram um ca-
minho inverso ao desejado. De repente, elas caíram
vertiginosamente.
Feita a varredura identificamos que o medo
da moça em relação ao boneco impedia a entrada de
clientes na loja. Seu trauma causava-lhe verdadeiro
pavor que trazia de um acontecimento intrauterino.
Identificado o problema, tratamos a jovem
adequadamente e também foi necessária a devida lim-
peza energética no ambiente, que já estava impregna-
do com formas pensamentos negativos.
Pouco tempo depois, uma nova filial foi inau-
gurada e a moça tornou-se gerente e, assim, uma im-
portante colaboradora para o desenvolvimento dos
negócios para a ótica, que tornou-se uma rede na
região.
Claro que, regularmente, fazemos a devida
varredura nas lojas e ainda contribuímos para avaliar
o local antes da abertura das filiais.
Quantos são os negócios que se instalam num
determinado prédio e não giram? Quantos são ainda
Empresário e
Terapeuta, além
de fundador
do Instituto
BioSegredo
(www.instituto
biosegredo.com.br)
Saúde espiritual nas
empresas
aqueles que ficam meses ou anos sem que ninguém se
interesse em alugar apesar de todas as qualidades que
o prédio aparentemente apresente?
Lembro-me de um caso interessante. No bair-
ro do Jabaquara, em São Paulo, um excelente prédio
comercial não conseguia ser alugado, apesar de todos
os esforços da proprietária, inclusive com uma sensí-
vel redução de preço no aluguel.
Feita a avaliação foi constatado que havia mor-
rido ali uma pessoa que era o gerente do antigo negó-
cio. Vítima de um assalto ao tentar proteger o “caixa”
foi baleado e não resistiu.
A partir desse episódio o próprio negócio não
deslanchou mais e o dono acabou entregando o pré-
dio, que estava pronto para ser habitado, com todas
as instalações; enfim uma excelente oportunidade.
Entretanto, todos que ali visitavam para co-
nhecer, gostavam, mas o aluguel não se concretizava.
Feita a limpeza energética necessária e o tra-
tamento das pessoas envolvidas com o processo em
pouco tempo foi alugado e a empresa continua explo-
rando com sucesso o ponto até os dias de hoje.
Quantos bons colaboradores faltam com fre-
quência ao trabalho por apresentarem sintomas de
doenças que acabam não sendo diagnosticadas por-
que só se identificam os sintomas? Quanto o absen-
tismo interfere na qualidade da produção de uma
empresa?
Quantos são os motivos que aparentemente
não se explicam?
Quando aparecer um problema na sua empre-
sa que aparentemente não tem solução pelos meios
“normais”, que tal pensar em diagnosticar como está
o ambiente energeticamente e os colaboradores?
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tenimentosamigos
lagos
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coisas, o
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10 11JUL / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos JUL / 2015
7. O
volume de empresas com
dívidas atrasadas registrou
um aumento de 5,38%
no primeiro semestre de 2015, de
acordo com o indicador calculado pelo
Serviço de Proteção ao Crédito (SPC
Brasil) e pela Confederação Nacional
de Dirigentes Lojistas (CNDL). No
mesmo período do ano passado, a
variação foi de 4,86%.
Em junho, o aumento no número de empre-
sas inadimplentes aumentou 8,05% na comparação
com o mesmo mês do ano passado, sendo o segundo
maior crescimento desde agosto de 2013. Segundo o
presidente da CNDL, Honório Pinheiro, o ritmo ace-
lerado do crescimento da inadimplência entre empre-
sas é reflexo da forte deterioração da economia ao
longo do ano. “O ajuste monetário que visa a redução
da inflação, ainda que importante, tem fortes efeitos
sobre o faturamento das empresas e sobre o custo do
capital”, diz Pinheiro.
Na comparação com o mês anterior, o indica-
dor se manteve praticamente estável, com variação
de 0,09%, mas sucedendo três meses de fortes altas,
desde março.
Inadimplência das empresas do setor
de Serviços cresce 12,85%
O número de empresas devedoras cresceu
em todos os setores, na comparação com junho de
Número de empresas
inadimplentes aumenta
5,38% no primeiro
semestre, diz SPC Brasil
2014. O destaque ficou por conta do
setor de Serviços, englobando Bancos
e Financeiras, e que, como nos meses
anteriores, liderou o avanço da ina-
dimplência, com um crescimento de
12,56%. A segunda maior alta ficou por
conta da Indústria, com crescimento
8,71% das empresas devedoras.
O indicador mostra que quase
metade das empresas devedoras está
concentrada no setor de Comércio
(49,39%). O setor de Serviços também concentra
boa parcela, com 37,22%.
Já sobre os setores credores que concentram
a maior parte das dívidas de pessoas jurídicas, Ser-
viços, com grande participação de Bancos e Finan-
ceiras, têm expressivos 70,35% do total, seguido de
Comércio, com 16,21%.
Quantidade de dívidas em atraso sobe
8,13% em junho
Além do aumento no número de empresas
inadimplentes, a aceleração atingiu também a quan-
tidade de dívidas em atraso de pessoas jurídicas, que
teve um crescimento de 5,41% no primeiro semestre
de 2015, contra 3,77% no mesmo período de 2014.
Em junho, a quantidade de dívidas subiu
8,13%, em relação ao mesmo mês do ano passado.
Na comparação mensal, o número de dívidas se man-
teve praticamente estável, com variação negativa de
0,03%.
Região Sudeste
lidera o
crescimento
anual, com
aumento de
11,38%
Já o número
de dívidas
cresce
5,41% nos
primeiros
seis meses
de 2015.
A economista-chefe do
SPC Brasil, Marcela Kawauti,
explica que a dificuldade dos
empresários em manter os
compromissos financeiros em
dia está relacionada ao baixo
crescimento da economia,
com quedas da produção in-
dustrial, elevada inflação e
altas taxas juros. “Com maior restrição ao crédito e
desaceleração do ambiente econômico, a capacidade
de pagamento das empresas é afetada.”
Dívidas com 3 a 5 anos de atraso cres-
cem 13,82%
A abertura dos dados por tempo de atraso das
dívidas revela que, em junho, o número de devedores
com dívidas mais antigas, de 3 a 5 anos, teve cresci-
mento expressivo de 13,82% na variação anual.
Já o número de devedores com pendências
mais recentes, com até 90 dias de atraso, registraram
variação de 2,30%.
Número de dívidas no Sudeste cresce
acima de média nacional
Enquanto no Brasil o número de dívidas ficou
praticamente estagnado, com variação de -0,03%, na
região Sudeste o crescimento foi de 3,45% em junho,
na comparação com maio - a segunda maior variação
mensal da série histórica.
Na comparação com junho de 2014, o Sudeste
lidera o crescimento no número de pendências em
atraso de empresas, com uma variação de 11,38%,
acima da média nacional de 8,13%. A segunda maior
variação é do Nordeste, com 10,77%.
É justamente nessas regiões que estão as
maiores concentrações de dívidas ainda não pagas: o
Sudeste corresponde a 44,84% do total, enquanto o
Nordeste representa 19,53%.
12 13JUL / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos JUL / 2015
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O
senador Benedito de Lira (PP-AL) defendeu,
datribunadoSenado,umanovasistemática
na distribuição dos recursos do Imposto
sobre Serviço de Qualquer Natureza (ISS) incidente
sobre as aquisições de material de construção, nas
compras por meio dos cartões de crédito e débito,
e nas operações realizadas no sistema de leasing .
Originalmente, o PLS 65/2012 tratava apenas da
redução de 5% para 3% da alíquota do ISS sobre o
turismo rural.
Benedito de Lira apresentou sugestões de mu-
danças no texto para que a proposta aborde também
a repartição do ISS em operações de administração de
cartão de crédito ou débito, arrendamento mercantil
— leasing — e planos de saúde. A ideia do senador é
redividir o imposto decorrente deste tipo de opera-
ção.
— Vou dar um exemplo. Se eu, que sou de Ala-
goas, fizer uma compra com cartão de crédito no Rio
Grande do Sul, dos 5% cobrados de imposto, 2,5%
ficam em Porto Alegre e os outros 2,5% vão para São
Paulo. Nada vai para a cidade onde eu moro. Precisa-
mos mudar essa realidade. O Rio Grande do Sul, onde
fiz a compra, recebe, e o outro restante vai para a
cidade onde eu vivo — explicou Benedito.
Benedito de Lira disse que a sistemática atual
está causando perda de receita de 11 bilhões de
reais aos municípios brasileiros. Como no exemplo
nos cartões de crédito, ainda existe o agravante de a
repartição do produto tributário acaba beneficiando
as cidades onde funcionam as empresas operadoras,
coincidentemente quase todas no município paulista
de Barueri.
Benedito apresentou a proposta confiante de
ela resultará na justiça tributária por meio da equali-
zação tributária dessas três atividades:
Construção civil: Atualmente, a cobrança
é sobre o valor total da obra, sem a dedução de mate-
Benedito de Lira propõe
mudanças na
sistemática do ISS
Com melhor
distribuição
dos recursos
arrecadados,
municípios
brasileiros podem
ter ganho de receita
de 11 bilhões
riais. Segundo as pesquisas da Confederação Nacional
de Municípios, se essa atividade tivesse o recolhimen-
to do ISS na forma devida, representaria um acrés-
cimo de R$ 5 bilhões ao
ano para os Municípios.
A t i v i d a d e s
das Administrado-
ras de cartão de
crédito e débito:
possibilitar o recolhimen-
to onde está domiciliado
o tomador de serviços, o
que trará uma justiça fis-
cal na exigência do tribu-
to desta atividade. Nesse
caso, tomador é o lojista,
o restaurante, o posto, dentre outros.
Se essa atividade fosse recolhida nesses mol-
des, representaria um ganho médio de R$ 2 bilhões ao
ano para os Municípios (dados constantes do estudo
da CNM).
Leasing – arrendamento mercantil: a
proposta é alterar o local de recolhimento para o
tomador de serviço. Essa medida promoverá a justiça
fiscal e poderá representar um ganho médio de R$
4 bilhões ao ano aos cofres locais (informações do
estudo da CNM).
Fotos: Moreira
Mariz / Agência
Senado
14 Revista Entre Lagos JUL / 2015
9. N
ão é difícil encontrar uma mãe que
passou pela experiência de armazenar
leite materno quando precisou voltar a
trabalhar ou se ausentar no horário das mamadas
dos filhos. Para superar essa etapa sem prejudicar
o bebê, as mães precisam seguir todo um ritual
especial, garantindo que o leite seja guardado em
um recipiente de vidro esterilizado e refrigerado
para manter todas as propriedades fundamentais
para o desenvolvimento do bebê.
Percebendo uma oportunidade de merca-
do, a empresa Embaquim Indústria e Comércio, de
São Bernardo do Campo, que atua no segmento de
embalagens, se cadastrou no Programa Design Ex-
port, uma iniciativa da Agência Brasileira de Promo-
ção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil)
e do Centro Brasil Design (CBD), que tem por ob-
jetivo apoiar empresas brasileiras a desenvolverem
produtos inovadores com design diferenciado volta-
dos à exportação. Dessa maneira, em parceria com
o escritório de design Grupo Criativo, desenvolveu a
embalagem Mãma, uma solução pioneira para manter
o leite materno seguro.
“Com a embalagem Mãma, eliminamos a ne-
cessidade de esterilizar os potes de vidro com tampas
plásticas em casa, além de permitir a correta identi-
ficação do volume de leite coletado”, explica Renata
Canteiro, diretora daEmbaquim Indústria e Comér-
cio. Aos profissionais do Grupo Criativo, ficou a mis-
são de criar um produto diferente, que conquistasse
as mães. Foi nesse momento que foram realizadas
pesquisas em lojas especializadas e entrevistas com
mães sobre hábitos de uso e maneiras de armazena-
mento. “Depois do protótipo pronto, fizemos um tra-
balho em grupo com mais mulheres para a validação
do produto, marca e embalagem. O projeto foi muito
bem aceito e recebemos muitas sugestões válidas”,
conta o designer do Grupo Criativo, Rodrigo Leme.
O projeto, que faz parte do
programa nacional Design Export,
foi desenvolvido pela empresa
paulista Embaquim
Empresa brasileira cria
embalagem para armazenar
leite materno
Sobre o Design Export
Ao longo dos dois últimos anos, o Design Export levou a inovação para 60
cidades de sete diferentes estados brasileiros, auxiliando no desenvolvi-
mento de 100 soluções inovadoras voltados à exportação, entre eles pro-
dutos, embalagens, marcas, pontos de vendas e serviços. Realizado pela
Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-
-Brasil) e pelo Centro Brasil Design (CBD), a iniciativa é um programa
inédito que apoia empresas brasileiras no desenvolvimento de produtos
inovadores e com design diferenciado voltados ao mercado internacional.
Com o objetivo de levar para a indústria nacional uma metodologia sim-
ples, didática e objetiva para que as empresas insiram a inovação como
parte do processo de desenvolvimento de novos produtos, o programa
estimula o uso do design. Sendo assim, o Design Export funciona como
uma ponte entre os empresários e os designers, valorizando o design
como ferramenta para a inovação. Os participantes recebem apoio para
identificar os profissionais mais adequados às suas necessidades e têm
acesso a recursos financeiros para a contratação do serviço de desenvol-
vimento do produto inovador. Mais informações no sitewww.designex-
port.org.br.
A embalagem impermeável, livre de bisfenol A
(exigência deste mercado) com aditivo de hidro-re-
pelente (para que todo o conteúdo seja melhor apro-
veitado), possui grande capacidade de armazenamen-
to, além de apresentar um bocal de fácil manuseio e
resistente à queda e pressão, que evita o desperdício
e com informações de uso completas. O produto re-
presenta um novo mercado para a Embaquim, que
sempre atuou em um segmento business to business
e, com o lançamento da Mãma, passou a trabalhar
com uma opção de produto que atende diretamente
o consumidor final.
De acordo com Rodrigo Leme, o produto de-
verá conquistar as mães com facilidade. “A marca e
embalagem amigáveis seduzem o consumidor. Acredi-
tamos que o projeto oferece mais autonomia. O pro-
duto, por ser um sachê horizontal, se auto-sustenta
e não se rompe no transporte”, comenta. Além des-
sas características, a solução também utiliza filme que
permite o congelamento e aquecimento diretamente
no microondas. Para Renata Canteiro, o programa
Design Export contribui diretamente para o sucesso
da ideia. “O Programa foi muito enriquecedor para
entender as etapas de um processo de design e cer-
tamente aplicaremos para novos desenvolvimentos e
melhorias nas embalagens”, completa a empresária.
Lutadora
Ronda Rousey
pode estrelar filme sobre
sua própria vida, diz site
Do UOL,
em São Paulo
A
pós sua vitória dominante na noite de
sábado (1) no Rio de Janeiro, onde ela
abateu a lutadora Bethe Correia em 34
segundos, a lutadora do UFC Ronda Rousey já está
fazendo outros movimentos em sua carreira, mas
agora no cinema.
Segundo o site Variety.com, o estúdio Para-
mount Pictures garantiu os direitos para a filmagem
do best-seller “My Fight/Your Fight” (“Minha Luta/Sua
Luta”), a autobriografia de Ronda Rousey.
A grande surpresa é que Rousey seria a prefe-
rida para estrelar o filme.
Mark Bomback “Planeta dos Macacos: O Con-
fronto”) seria o responsável pela adaptação do rotei-
ro e Mary Parent (“Godzilla”) faria a produção junto
com Rousey. “É uma verdadeira honra ser parte da
adaptação da incrível história de Ronda para a tela
grande”, disse Parent à Variety.
Escrita por Rousey junto com sua irmã Maria
Burns Ortiz, “My Fight/Your Fight” é uma história
das maiores realizações de Rousey, que passou por
grandes desafios na vida antes de se consagrar como
lutadora. O livro foi publicado no começo deste ano e
atingiu grandes números de vendas nos EUA.
Por enquanto, nenhum calendário foi definido
sobre quando esse filme começaria a ser produzido,
já que Bomback está apenas começando a adaptação
do livro. Ronda Rousey ainda deve lutar mais uma vez
antes do final do ano e, em seguida, fazer uma partici-
pação no filme “Mile 22” em janeiro.
Ronda Rousey
durante promoção
de uma de suas lutas
16 17JUL / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos JUL / 2015
10. Coach pela
Sociedade
Brasileira de
Coaching e
Behavioral
Coaching
Institute, Mestre
em Sociologia/
UNB, Doutoranda
em Psicologia
Organizacional/
UNB, Tetracampeã
Mundial de Karate
e de Kickboxing.
Email: carla@
carlaribeiro.com.br
Carla
Ribeiro
O
número de pessoas que procuram o
processo de coaching porque cansaram
da profissão e querem iniciar uma
nova carreira impressiona. Os profissionais que
estagnaram na carreira também enchem os
consultórios de Coachs a procura de orientação
para caminharem na trajetória ideal de carreira.
Neste último grupo está Keyla*1∗
; uma jovem
senhora de 55 anos que entrou no nosso escritório.
Graças a uma boa mesada mensal que lhe destinava
o marido, ela nunca precisara se dedicar a nenhum
ofício e passou a vida se esquivando de todo gênero
de trabalho. Até o dia em que o marido faltara e, junto
com ele, o generoso recurso. Se é verdade que a vida
adulta começa com o início das atividades laborativas,
a de Keyla começou aos 40 anos. Valendo-se de algu-
mas amizades, da época em que gastava as burras o
generoso mimo do companheiro, conseguiu se em-
pregar e passara os últimos quinze anos razoavelmen-
te empregada.
Ao analisar a situação profissional de Keyla,
verificamos que a carreira dela estava em descarri-
lamento, isto é, havia entrado em processo de estag-
nação e declínio em
virtude de alguns
comportamentos
improdutivos.
Os com-
portamentos e
as atitudes ade-
quadas podem
ser mais decisivos do
que os conhecimentos
e as habilidades no desen-
volvimento de carreira. É claro
que todos são requisitos que carac-
terizam a competência do profissional.
Ocorre que muitos fracassam porque
tem características indesejáveis de
personalidade que comprometem a
*Nome fictício
ascensão no trabalho.
No caso de Keyla, a autoconfiança e a asser-
tividade foram as qualidades que a impulsionaram na
carreira. Uma vez no cargo de chefia, a arrogância e a
intolerância ao erro tornaram-na uma pessoa de difícil
convivência.
Nesses casos, para voltar aos trilhos, a pes-
soa deve investir em autoconhecimento para adotar
comportamentos adequados a uma convivência social
mais agradável, amena e produtiva.
O desenvolvimento de novas competências
e investir nas mudanças necessárias para melhorar a
adaptação às demandas do ambiente organizacional
podem fazer a diferença na ascensão profissional.
Com o passar do tempo, as mudanças vão tra-
zer resultados positivos na empresa e um evidente
aumento do nível de satisfação da pessoa.
Alinhar o desenvolvimento de carreira com os
objetivos pessoais, com as crenças e com os valores
que são importantes para a pessoa pode ser um gran-
de diferencial para se experimentar mais satisfação e
realização no desempenho da profissão.
Duas ações são decisivas para se retomar a
rota de crescimento: investir em qualificação e acei-
tar novos desafios. Aqueles que se esquivam de res-
ponsabilidades, invariavelmente começam a decair na
carreira. Sequer percebem que há muito anos não
evoluem, porque estão muito satisfeitos com o co-
modismo de uma rotina comum e nada desafiadora.
O profissional precisa estar atento e perceber
quais as competências que serão necessárias para que
a empresa alcance seus objetivos. Enxergar os vá-
cuos. Propor soluções. Novas formas de enfrentar os
desafios de forma mais eficiente. Ou seja, sair da zona
de estagnação.
Vence-se a estagnação com planejamento e
foco em uma carreira em constante crescimento.
Importante que o profissional saia da vala comum e
invista em capacitação para ter mais eficiência do que
a empresa espera.
É isso aí! Viva com paixão e Seja Feliz!
Duas dicas para você
turbinar
sua carreira
A
região administrativa do Lago Sul
comemora 55 anos em agosto. Para
celebrar a data, uma reverência ao “sonho
profético” de Dom Bosco, que teria acontecido no
dia 30 de agosto de 1883, haverá eventos durante
todo mês.
A programação começou com abertura da
Exposição Floradas e Texturas do Cerrado e uma ho-
menagem ao paisagista Ney Ururahy, no Jardim Botâ-
nico de Brasília. A exposição permanece no local até
o dia 16. No domingo (8), será realizado passeio ci-
clístico, às 9 horas. Para participar, basta comparecer
ao ponto de encontro no estacionamento da Admi-
nistração Regional.
Nos dias 10 e 17, terá cinema e filosofia no au-
ditório da administração. Filmes que retratam histó-
rias da Coréia e África do Sul e com a participação das
Embaixadas dos dois países. Durante os dias 12 a 16, a
programaçãoficaporcontadoCineSesc,comexibição
de filmes clássicos a céu aberto, no Pontão do Lago Sul.
A programação foi pensada para toda a família. No
dia 15, o 11º Grupamento do Corpo de Bombeiros
Militar prepara dia de lazer com demonstrações de
como evitar acidentes domésticos, muro de escalada
e muito mais.
O Centro Comercial Gilberto Salomão re-
ceberá no dia 18, a Exposição fotográfica de Má-
rio Fontenelle – fotógrafo pioneiro de Brasília. Na
oportunidade a Administração Regional homena-
geará pioneiros do bairro. A exposição permane-
cerá no Centro Comercial até o dia 30 de agosto.
Durante três dias 28, 29 e 30, será a vez do Lago Sul
Venha comemorar cada ano de história, conquistas
e bem-estar com a comunidade do Lago Sul.
Confiraaprogramação:www.lagosul.df.gov.br oupelotelefone:3366-8300
Lago SuL 55 anoS
Lago Sul,
55 anos
Exposições fotográficas,
eventos esportivos
e cívicos, encontro
de carros antigos,
homenagem aos
pioneiros e muito mais.
receber o 27º Encontro de carros antigos do Centro-
-Oeste. O evento prevê a participação de 400 car-
ros reunidos em um só lugar, o Pontão do Lago Sul.
No sábado (30), terá um dia de lazer no Parque Eco-
lógico Dom Bosco. Um dia repleto de atividades para
todas as idades: aula de treinamento funcional, brin-
quedos para crianças, encontro de food trucks e a
Aquathlon (corrida com natação).
Na data de aniversário (30), o evento fica por
conta do cortejo náutico e a celebração de uma mis-
sa em comemoração ao Sonho Visão de Dom Bos-
co, às 11 horas, no Parque Ecológico Dom Bosco.
O encerramento das comemorações será em
1º de setembro, às 19h, será realizada uma ses-
são solene no auditório da administração regio-
nal em homenagem aos 55 anos do Lago Sul.
Toda a programação foi fruto de uma parceria da
administração regional do Lago Sul e a iniciativa do
comércio local que colaboraram com a organização.
Histórico
O Lago Sul é a XVI região administrativa do Distrito
Federal. O bairro fica a sete quilômetros do centro da
capital. O acesso é por meio de três pontes: Costa e
Silva e das Garças, com saída para a Asa Sul. A Ponte
JK, considerada um dos principais pontos turísticos
do DF, tem saída para a Asa Norte. A cidade possui
cerca de 31 mil moradores.
18 19JUL / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos JUL / 2015
11. Às margens do LagoJosé
Natal
jnatal@uol.com.br
DROPS
Os taxistas estão em pé de guerra com O UBER,
sistema de taxi moderno e eficiente que agrada
e encanta o passageiro. Bobagem, eles deveriam
entender que isso é inevitável. Ninguém impede o
que o povo quer. A solução é achar uma forma que
fique bom pra todos. E vai ficar. /// O transporte
coletivo de Brasília é muito ruim, sempre foi. Uma
coisa simples, e fácil de fazer, para que as empresas
melhorem pelo menos a educação dos motoristas
seria ministrar um curso básico de boas maneiras.
Quase todos eles são grosseiros. /// Ao que tudo
indica os jogos olímpicos no Rio prometem ser um
sucesso. Ao contrário do que aconteceu meses
antes da Copa, onde tudo era negativo, agora o
clima é de festa. ///
W3, UM HORROR
Pense numa coisa feia. Mais feia, mais ainda, pois é,
a avenida W3 Sul, antes a nossa mais charmosa e
pioneira via de todos os encantos, é hoje uma avenida
do espanto durante o dia e um corredor das almas
durante a noite. Lojas vazias e explorando os poucos
clientes que aparecem, calçadas arrebentadas pelas
raízes cinquentenárias ali plantadas e uma iluminação
patética que durante a noite briga com a Lua para saber
quem ilumina menos. Por certo, há de vir um dia um
cidadão qualquer, de
toga, gravata de seda
ou de capacete exigir
que ali se faça de novo
um novo ambiente. Um
local que dignifique o
valor histórico que essa
avenida representa
para Brasília. Rodrigo
Governador, quem
sabes serás tú?!
REPÚBLICA PELA MÚSICA
Jornalista e comentarista político, Franklin
Martins começou a estudar a intensa relação entre a
política e a música no Brasil em 1997. Apaixonou-se pelo
tema. O resultado dessa paixão é a trilogia Quem foi que
inventou o Brasil?Em uma extensa pesquisa que reúne mais
de mil composições. Franklin conta a história da República
brasileira sob a ótica da produção musical no país. O primeiro
volume da trilogia abrange a fase que se estende de 1902,
ano das primeiras gravações fonográficas no Brasil, até o
golpe militar de 1964. Já o volume II se debruça sobre os
terríveis anos da ditadura militar e a luta pela reconquista
da democracia. Os dois livros foram lançados em junho pela
Nova Fronteira. Para fechar a trilogia, o volume III chega ao
público este mes, abordando os desafios, as conquistas e os
tropeços vividos pelo país de 1985 até a primeira eleição de
Lula, em 2002. Ricamente ilustrados, os livros apresentam
canções com variados gêneros, analisando os mais
importantes fatos da nossa história. Os áudios das canções
estão disponíveis no site www.quemfoiqueinventouobrasil.
com Uma coleção para ser lida e ouvida.
CATEDRAL NO ABANDONO
Oturista que passar pela Catedral de Brasília nos
dias de hoje vai acreditar que, de fato, Jesus Cristo
era mesmo pouco vaidoso e não ligava muito para esses
detalhes de limpeza, boa aparência etc. Pois é, se Cristo
ligasse pra isso não ia permitir que uma de suas casas em
Brasília, a Catedral, ficasse tão abandonada pelo poder
público como está hoje. Lixo pra todo lado, camelôs e
mendigos invadindo as áreas de visitas e as estátuas dos
profetas – ou são anjos? – sujas e empoeiradas. O turista
nota e vai embora falando mal. Isso é profano.
LIBERTADORES
OInternacional, como tem feito nos últimos anos,
insiste em decepcionar sua torcida na hora das
grandes decisões. Título mesmo só no gauchão, no
regional. Mas o torcedor não é bobo, sabe que como
funciona. No fundo mesmo ninguém acreditava em
vitória contra o Tigre mexicano. O que o torcedor do
Inter, e dos demais clubes brasileiros tem que entender é
que a nossa supremacia acabou. Há anos que não temos
o melhor futebol da Sul América. O Inter é muito bom, o
São Paulo, o Atlético MG e o Corintians. Mas, e daí, os
outros são melhores. Nossa fase é ruim, e vai piorar, não
se espantem e sofram menos.
FUTEBOL DOS COITADINHOS
Nada é tão ruim que um punhado de cartolas e burocratas do GDF e da CBF não consigam piorar. Depois de muito
lero-lero, bate boca e conversa fiada ninguém que cuida do assunto conseguiu confirmar jogos do Campeonato
Brasileiro em Brasília, no gigantesco Mané Garrincha. Ora é um imposto que impede, depois é uma exigência descabida
e por aí a coisa vai. O torcedor até que esboça um aplauso e acredita, mas nada acontece. Pífias decisões da cartolagem
demagoga e burocrática.
20 21JUL / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos JUL / 2015
12. Tom
Coelho
Maraísa
Lima
Educador,
palestrante em
gestão de pessoas e
negócios.
Escritor com
artigos publicados
em 17 países.
Atuamente é
empresário,
diretor do
Núcleo de Jovens
Empreendedores
do Ciesp e membro
do Conselho
Superior de
Responsabilidade
Social da Fiesp. É
autor de 8 livros
e detém 25 anos
de experiência
no mundo
empresarial.
tomcoelho@
tomcoelho.com.
br. Visite: www.
tomcoelho.
com.br e www.
setevidas.com.br.
Jornalista, gestora
de Comunicação
em empresa de
renome nacional.
É especialista
em Marketing,
Comunicação
Empresarial
e professora
do curso de
aperfeiçoamento
profissional
“Comunicação
e Redação
Empresarial”
no Instituto de
Pós-Graduação e
Graduação (IPOG).
Q
uando crianças, temos um mundo inteiro
para descobrir e explorar. E este mundo
parece não ter fronteiras, tamanha sua
vastidão. Olhamos ao redor e tudo o que vemos é a
linha do horizonte.
Mas há um aspecto muito bem delimitado. Ele
corresponde à amizade. Nossos amigos são poucos e
estão sempre próximos. Acompanham-nos à escola,
curtem o recreio conosco, partilham a merenda. Ao
lado deles fazemos as tarefas, estudamos para as provas,
praticamos esportes e brincamos.
A idade avança e somos contemplados com o ró-
tulo de adultos. Mudam nossos propósitos, responsabili-
dades e prioridades. E, quase que invariavelmente, tam-
bém mudamos de casa, de bairro, talvez de município,
Estado ou mesmo país.
Nosso mundo, agora, fica bem delineado. Passa-
mos a tratar com mais e mais pessoas e, paradoxalmen-
te, cultivamos menos amizades porque nossas relações
são todas marcadas com o lacre da superficialidade.
Pessoas entram e saem de nossas vidas. Muitos
se tornam nossos conhecidos, de um vizinho que mora
na casa ao lado ou no apartamento do andar de cima,
a profissionais que vemos em reuniões de negócios ou
congressos. Sobre estes, pouco ou nada sabemos, nem
mesmo o nome.
Já alguns viram nossos colegas. Dividem o tempo
Ensaio sobre a
amizadee o espaço conosco, sobretudo no ambiente de trabalho.
Por conta deste vínculo, temos objetivos comuns, metas
a serem alcançadas, até valores corporativos alinhados.
Sabemos seus nomes, seus cargos, suas atribuições, mas
podemos conviver por anos separados por uma única
divisória ou porta sem conhecer suas preferências, sua
família, sua história de vida.
De tanto refletir, descobri algumas coisas que di-
zem respeito à amizade.
Amigos são pessoas que compartilham com
alegria as nossas vitórias, mas que nos acolhem
despretensiosamente nos maus momentos. Nós os
descobrimos na adversidade e na infelicidade. São
apoiadores por natureza, mesmo quando discordam de
nossas posições. Bons ouvintes, concedem-nos atenção
e sabem que muitas vezes não queremos opiniões ou
comentários, mas apenas sermos ouvidos com paciên-
cia.
Adeptos da diversidade, pouco lhes importa as-
pectos como raça, credo ou condição socioeconômica,
pois respeitam nossas diferenças antes mesmo de des-
frutar as semelhanças. Surpreendem-nos com regulari-
dade e são admiráveis confidentes, compartilhando seus
segredos – e os nossos.
Não existem bons ou maus amigos, sinceros ou
dissimulados. Por definição, um amigo é verdadeiro, ho-
nesto, leal e digno de honra e admiração. Lembro-me de
Publius Syrus: “A amizade que acaba nunca principiou”.
Melhor do que conquistar novos amigos é con-
servar os velhos. Por isso, visite seus amigos com fre-
quência. Os escandinavos dizem que o mato cresce de-
pressa nos caminhos pouco percorridos.
Relacionamentos não se constroem por telefone
ou e-mail. São bons expedientes para manter uma ami-
zade, mas precisamos mesmo é estar “cara a cara” com
as pessoas que apreciamos. Olhos que brilham, braços
que envolvem, palavras que acalentam. Vale o alerta de
Fred Kushner: “Eu deveria ter visitado mais meus amigos
e lhes contado como me sentia em vez de só encontrá-
-los em enterros”.
A amizade torna as pessoas mais amenas, gentis,
generosas e felizes. Mas, para ter amigos, é preciso antes
ser um. E isso envolve atitude.
“A gente só conhece bem as coisas que
cativou.
Os homens não têm mais tempo de
conhecer coisa alguma.
Compram tudo prontinho nas lojas.
Mas como não existem lojas de amigos,
os homens não têm mais amigos.
Se tu queres um amigo, cativa-o!”
(Antoine de Saint-Exupéry, em
“O pequeno príncipe”)
P
eter Drucker, o pai da Administração
moderna, nos chamou a atenção, há
algum tempo, para um problema crítico
nas organizações: “60% de todos os problemas
administrativos resultam da ineficácia da
Comunicação”. Quando se pensa na estimativa, é
inevitável não responsabilizar os departamentos de
Comunicação por essa falha nas organizações.
Começa aí um grande erro! A Comunicação,
de um modo geral, é a ação de tornar comum a in-
formação entre um emissor e um receptor. Ou seja,
em grande parte das atividades que desenvolvemos,
existe a responsabilidade das partes envolvidas no
processo. Dessa forma, nem sempre devemos trans-
ferir apenas para departamento de Comunicação a
obrigação de garantir a transmissão correta de todas
as informações que circulam em uma empresa.
Um profissional desejado pelo mercado de
trabalho, independente de trabalhar em áreas que
são genuinamente responsáveis por processos for-
mais de Comunicação, tem como imperativo se co-
municar bem. É como se, ao investir nesse quesito
da empregabilidade, nos atentássemos em fazer o
“deve de casa”: se expressar bem e com segurança
independente do público, redigir um bom e-mail, um
relatório adequado, ser gentil e educado, gerar empa-
tia, etc. Poderíamos enumerar uma série habilidades
desejáveis em relação à boa Comunicação, mas va-
mos elencar as cinco principais para se destacar em
qualquer carreira.
1) Conheça o seu público-alvo:
Sempre que for falar em público, em reuniões,
sejam elas mais operacionais ou estratégicas, pales-
tras, escrever relatórios, e-mails, e até mensagens de
WhatsApp, tenha em mente quem é o seu interlocu-
tor. A mensagem só fará sentido se você usar recur-
sos para que haja a compreensão do conteúdo. E isso,
com certeza, impactará no sucesso de sua comunica-
ção. Antes de começar a falar ou redigir, uma dica é
pensar quem é o seu público e o de que forma você
poderia impactá-lo para alcançar o resultado deseja.
2) Seja conciso sem ser simplista:
A organização das suas ideias em textos, dis-
cursos, reuniões, apresentações é determinante para
o sucesso na forma como você se comunica. O con-
teúdo precisa ser objetivo e direto. A concisão está
ligada à capacidade de sintetizar as informações, ou
seja, dizer o máximo com o mínimo de palavras. Para
isso, é preciso ter muita atenção e treino. Se for o
caso, reescreva, repense, reformule!
3) Esteja atento à Língua Portuguesa:
Um profissional que zela pela sua imagem sabe
usar bem o Português. Isso não quer dizer que utiliza
palavras rebuscadas, frases complexas e períodos lon-
gos. Mas entende de concordância verbal, nominal,
tem um vocabulário diversificado e relativo ao meio
em que atua. Uma dica sempre válida é a leitura, prin-
cipalmente a respeito de temas ligados à sua atuação
profissional. Além de adquirir vocabulário, você acu-
mula conhecimentos.
4) Peça feedback:
A assertividade na sua maneira de se comu-
nicar está relacionada à capacidade de perceber as
reações do interlocutor, inclusive no momento da in-
teração. Então, não hesite em perguntar se você foi
compreendido ou não. Nesse caso, o feedback - que
quer dizer “retorno” - permite redirecionar o con-
teúdo da mensagem instantaneamente. Você pode
perguntar ao interlocutor: “me fiz entender? Você
compreendeu o que eu disse?”
5) Surpreenda o interlocutor:
Além de se preocupar com público e com o
conteúdo, você deve usar recursos para surpreender
o interlocutor no momento de transmitir a mensa-
gem, seja ela verbal ou não verbal. Pense na melhor
técnica (audiovisual, tecnológica, criativa,) para atin-
gir seu objetivo. Um texto bem escrito, a vestimenta
adequada, apresentações visuais bem elaboradas, o
tom de voz apropriado, expressões faciais modera-
das, uma linguagem proativa e a capacidade de ouvir
as pessoas são maneiras interessantes de surpreender
seu interlocutor. Sucesso!
para ter sucesso na
comunicação empresarial
5 dicas
22 23JUL / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos JUL / 2015
13. Historinhas do VinilRoberto
Nogueira
robertonogueira@
terra.com.br
Consultor da
Presidência da
CNC. Presidente
de RN Consultores
e de RN &
Marini Editora e
Comunicação. Autor
de nove livros.
Poeta. Membro
da Academia de
Ciência, Letras e
Artes de
Rio Pomba (MG).
N
ão toco nada, mas tenho a pretensão de
reconhecer um bom instrumentista. Há
sete anos, num daqueles shows de fim de
ano nos quais o Hamilton Holanda reúne talentos
de Brasília, com renda para a ABRACE - Associação
que cuida de crianças com câncer, fundada em
1986 por mim, minha mulher e mais sete pessoas
atropeladas pelo destino - assisti boquiaberto um
garoto fazer sua guitarra gemer sem sentir dor.
Do Gama para
Montreux
siasmados de John McLaughlin e do
presidente do júri, John Kurt Rosen-
winkel, respeitabilíssimos no mundo
do Jazz. Montreux, aquela beleza de
cidade suíça às margens do Lago Lé-
man, rendeu-se ao talento do garoto
do Gama. Por desencontro do desti-
no, passei por lá três semanas antes.
Para homenagear o Pedro
Martins coloquei na vitrola e ouvi “O
Rock de Eric Clapton”, LP duplo de
1984 que reúne clássicos como Co-
caine, Something Special e, como não
poderia deixar de ser, After Midnight,
Laila e Smiles, essa última do gênio
Charles Chaplin.
Fiz Santana render homena-
gens a Pedro Martins. LP de 1987
com Mandela (instrumental) e Songs
of Freedom e seus versos inquisidores
“What about Constitucion, freedom of
expression”.
Por fim, insatisfeito com as
homenagens, exagerei e deixei rolar
na vitrola o gênio Jimi Hendrix, pro-
dução de 1982 que reúne momentos
extraordinários de algumas apre-
sentações ao vivo nos anos 1968 a
1970, em San Francisco, New York,
incendiando literalmente sua guitar-
ra mágica, enquanto aqui em nossa
terrinha o chumbo comia solto, sem
versos e melodia, mas pegando fogo.
Rendidas as homenagens
ao talento de Pedro Martins, mudo
completamente o rumo da prosa
para me deter em Françoise Har-
dy. Quem viveu (e sobreviveu) às décadas de 1960
e 1970, gosta de boa música e de mulher bonita e
talentosa sabe do que estou falando. Essa francesinha
linda encantou o mundo com suas canções simples,
letras e mensagens igualmente singelas, mas que fa-
ziam a cabeça de quem gosta... Bem, não vou repetir.
Ela tinha apenas 18 anos quando seus lábios
lindos entoaram com insuperável charme e candura
seu primeiro grande sucesso, “Tous les garçons et les
files”, que vendeu uma barbaridade, como diriam os
gaúchos. Todos os meninos e meninas da minha idade/
Passeiam nas ruas dois a dois/Todos os meninos e meni-
nas da minha idade/Sabem muito bem o que é ser feliz/E
os olhos nos olhos e as mãos nas mãos/Eles vão apaixo-
nados sem medo do dia seguinte.../Todos os meninos e
meninas da minha idade/Sabem muito bem o que ‘amar’
quer dizer.
Os versos continuam e a bela Françoise Hardy
em agonia porque só ela não tem nenhum amor, dias
e noites aborrecidos, sem alegria... E eu lá em Juiz de
Fora, e milhares de jovens em todo o mundo prontos
para comprar uma passagem e levar pra ela noites e
dias alegres.
Musicalmente Françoise fez muitas parceiras
com autores brasileiros, como TUCA (quem não se
lembra?), que assina quase todas as músicas do LP
“La question”, de 1971, exceto a música título que é
de Françoise e “Transa” do também “brasileiro” Tai-
guara, ambas belíssimas.
Em Paris, não resisti e quis saber onde anda a
bela musa loura que encantou a todos nós que gos-
tamos de... Bem, deixa isso prá lá! Disseram-me que
Françoise Hardy, aos 71 anos, bateu de frente com o
destino e enfrenta as dores da vida.
Doeu saber, Françoise, ma question sans répon-
se.
Finda a apresentação, me dirigi a ele: - Com
licença, quantos anos você tem? Ele me respondeu
com a tranquilidade de quem ainda não precisa men-
tir a idade: Quinze! E eu acrescentei: Se com 15 já
toca isso tudo, imagina aos 30?
Enganei-me na previsão. Pedro Martins, mo-
rador do Gama, é o garoto que aos 22 anos acaba
de vencer o Socar Guitar Competition, durante a 49ª
edição do Montreux Jazz Festival, com aplausos entu-
24 25JUL / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos JUL / 2015
14. A
série de reportagens Tráfico Internacional
de Drogas, de autoria de Diego Amorim,
Edson Luiz e Beatriz Ferrari, publicada pelo
portal Fato Online, foi a vencedora do 2° Prêmio
PaulOOctavio de Jornalismo, entregue na noite de
ontem, em uma festa que reuniu 250 convidados
no auditório Minas Gerais, do Kubitschek Plaza
Hotel. O trio ganhou um prêmio de R$ 5 mil. Além
deles, foram premiados outros vencedores em 11
categorias, agraciados com diplomas e R$ 2 mil, e
concedida uma homenagem especial.
Apresentada pela jornalista Natália Borges,
da TV Brasília, a solenidade foi aberta por Paulo Oc-
tavio. Em seu pronunciamento, ele destacou as gran-
des transformações na comunicação, ocorridas neste
século. “A internet facilitou o acesso à informação e
o contato com fontes, pesquisa e apuração. Também
ampliou o alcance e a possibilidade de distribuição das
informações”, afirmou, para completar que, nos tem-
pos atuais, o desafio é dominar as ferramentas tecno-
lógicas sem perder “o pensamento crítico consistente
e comprometido com os processos sociais e políticos”.
Por fim, PO destacou o árduo trabalho para analisar os
172 trabalhos apresentados.
Em seguida, o diretor de comunicação das Or-
ganizações PaulOOctavio, o jornalista Jorge Eduardo
Antunes, entregou o troféu em homenagem a Marcos
Lombardi, do Jornal de Brasília, por seu trabalho em
noticiar, com destaque, a atuação do setor produtivo
de Brasília e Região Metropolitana. A distinção especial
foi recebida por Guilherme Lombardi, executivo do
Jornal de Brasília e filho do homenageado.
O Prêmio PaulOOctavio de Fotografia foi o pri-
meiro da noite. Finalista nas duas edições, Ed Alves, do
Correio Braziliense, autor da foto “Rumo ao Futuro”,
conquistou o prêmio deste ano, entregue pelo jurado
André Noblat. A categoria seguinte, de Melhor Repor-
tagem de Internet, premiou Fernando Braga e Mirelle
Pinheiro autores de “Agronegócio 2.0: o campo des-
cobre o e-commerce”, publicada no site do Correio
Braziliense. Os dois receberam o diploma das mãos
de Rômulo Neves, chefe de gabinete do governador
Rodrigo Rollemberg, que o representou na cerimônia.
Série sobre tráfico de drogas em Brasília conquista o
2° Prêmio PaulOOctavio de Jornalismo
A categoria Melhor Coluna Social e de Entrete-
nimento teve Marcelo Chaves, autor de “Com Estilo”,
publicada no Jornal de Brasília, como vencedor pela
segunda vez. Ele se disse surpreso com a vitória, ao
receber a premiação entregue por Carlos Alves, dire-
tor da Rede Record no DF, e pelo deputado federal Al-
berto Fraga (DEM-DF). O deputado distrital Raimundo
Ribeiro foi o responsável por diplomar o vencedor da
categoria Melhor Reportagem de Rádio, Thiago Mar-
colini, que junto com Rafael Santos foi autor da série de
reportagens “As Primeiras Candangas”, veiculada pela
BandNews FM.
Leilane Menezes, da revista Encontro, ganhou,
pelo segundo ano consecutivo, a categoria Melhor Re-
portagem de Revista, pelo trabalho “O curioso plano
de Lúcio Costa”. O jurado Ricardo Callado e o senador
Hélio José (PSD-DF). Já a secretária de Esporte e La-
zer do DF, Leila Barros, entregou a Marcos Paulo Lima,
titular de “Drible de Corpo”, veiculado no site do Cor-
reio Braziliense, o prêmio de Melhor Blog.
A categoria Melhor Coluna de Notícias teve
como vitoriosa Ana Maria Campos, do Correio Brazi-
liense, onde é publicada a coluna “Eixo Capital”. O de-
putado distrital Chico Vigilante (PT-DF) fez a entrega.
Também do Correio vieram as vencedoras da Catego-
ria Melhor Reportagem de Jornal, com Kelly Almeida e
Camila Costa, autoras da série de reportagens #racis-
monuncamais. Coube a Evaristo Oliveira, dire-
tor do veículo, entregar a premiação á dupla.
O Prêmio PaulOOctavio de Contribui-
ção à Imprensa, este ano, foi dado ao fotógrafo
Orlando Brito, do portal Fato On Line, pelo
conjunto de sua destacada carreira, prêmio
entregue pelo jurado Sylvio Guedes. Surpreso
com a homenagem, o veterano fotojornalista
disse que o “júri tinha errado”, mas os calo-
rosos aplausos dados pela plateia que lotava o
auditório mostravam o justo reconhecimen-
to à sua carreira profissional. Na sequência,
Lourenço Peixoto, diretor do Jornal de Brasília,
entregou à Vanessa Lima e Mara Mendes, em
nome da equipe da Rede Record, a premiação
pela Melhor Reportagem de TV, com a série de
reportagens Brasília 55 anos.
Novidade deste ano, o Prêmio Pau-
CONHEÇA OS VENCEDORES
Grande Prêmio PaulOOctavio de Jornalismo
Diego Amorim, Edson Luiz e Beatriz Ferrari, com asérie de reportagemTráfico Internacional de
Drogas (Fato Online)
Prêmio PaulOOctavio de Contribuição à
Imprensa
Orlando Brito (Fato Online), por sua trajetória profissional
Prêmio PaulOOctavio de Fotografia Ed Alves, com afoto Rumo ao futuro (Correio Braziliense)
Prêmio PaulOOctavio de CriaçãoVisual
Fernando de Castro Lopes, com a ilustração Matar ou morrer na capital do País (Correio
Braziliense)
Coluna Social e de Entretenimento Marcelo Chaves, com a coluna Com Estilo (Jornal de Brasília)
Coluna de Notícias Ana Maria Campos, com a Eixo Capital (Correio Braziliense).
Blog Marcos Paulo Lima, com o Blog Drible de Corpo (Correio Braziliense)
Reportagem deTV
Vanessa Lima, SidneyVicente, Marcela Oliveira, BernardoVento, Carmem Celia, Yuri Achcar,
Antonio de Pádua, Mara Mendes, José Bosco, Lincoln Freitas, Fabio Mira, CamilaTaveira, Pedro
Paulo Rabelo,Vivian Roncon, Pascoal Gemaque,Thiago Oliveira, Bruno Sousa, Livia Almeida,
Tainá Falcão, Nilton Preda, Elisson Nunes e Pedro Lucas,com a série de reportagem Brasília 55
anos (TV Record)
Reportagem de Rádio
Thiago Marcolini e Rafael Santos, com a série de reportagem As Primeiras Candangas
(BandNews FM)
Reportagem de Jornal
Kelly Almeida e Camila Costa, com a série de reportagens: #racismonuncamais (Correio
Braziliense)
Reportagem de Revista Leilane Menezes com a reportagem O Curioso Plano de Lúcio Costa (revista Encontro)
Reportagem de Internet
Fernando Braga e Mirelle Pinheiro com a reportagemAgronegócio 2.0: o campo descobre o
e-commerce (CorreioWeb)
lOOctavio de Criação Visual foi para Fernando de Cas-
tro Lopes, autor da ilustração “Matar ou morrer na ca-
pital do País”, publicada pelo Correio Braziliense. Após
receber o prêmio, entregue pelo deputado federal
Izalci Lucas (PSDB-DF), Fernando fez questão de elo-
giar o critério adotado pelas duas comissões, lembran-
do que enviou outros trabalhos, de cunho mais suave,
mas que o que tinha tom mais crítico foi o selecionado.
Por fim, o trio Diego Amorim, Edson Luiz e
Beatriz Ferrari, autores da série de reportagens “Trá-
fico Internacional de Drogas”, veiculada pelo portal
Fato Online, recebeu o Grande Prêmio PaulOOctavio
de Jornalismo. Após receberem o prêmio das mãos de
Anna Christina Kubitschek, neta do fundador de Bra-
sília, os três lembraram que a vitória do trabalho, fei-
to em um portal com quatro meses de existência, foi
fruto da liberdade garantida pelos gestores do espaço.Paulo Octavio e
Equipe Fato Online
26 27JUL / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos JUL / 2015
15. Felippo
Principe
Administrador
de empresas
e fundador
da Summer
Factory, empresa
especializada em
entretenimento
para cruzeiros
marítimos
“O
dólar fechou em alta”. Ultimamente,
temos ouvido essa informação
praticamente todos os dias nos
jornais. Somos informados também sobre ações
governamentais que tentam frear este aumento.
Isso sem falar nas infindáveis notícias sobre a
retração econômica e suas consequências. Porém,
não são todos que lamentam a desvalorização da
nossa moeda. Para muitos este é um sinal verde
para entrar no mercado internacional. E pode ser
uma oportunidade para você também!
A valorização da moeda americana é influen-
ciada tanto pelos fatores internos como pelos acon-
tecimentos externos que reverberam na economia
brasileira. Muitos mercados sofrem com as conse-
quências da alta do dólar, porém alguns se beneficiam
por ficarem mais competitivos no cenário internacio-
nal.
Importadores são prejudicados pois veem
seus preços nas prateleiras aumentar, enquanto os
exportadores expõem seus produtos e serviços com
valores mais atrativos. E é justamente nesta hora que
exportar nossa competência torna-se uma opção
mais interessante.
Assim como a indústria exportadora, os recur-
Dólar alto:
oportunidade para trabalhar no exterior
sos humanos ganham maior espaço para oportunida-
des de emprego com salários em moeda estrangeira.
Profissionais de diversas áreas recebem propostas
financeiramente mais interessantes por conta da con-
versão com o real.
O setor de entretenimento, por exemplo, com
músicos, coreógrafos, dançarinos e DJ’s, tem cada vez
mais espaço para trabalhos em cruzeiros marítimos e
hotéis mundo afora, unindo o talento já reconhecido
do brasileiro neste ramo com menores custos de sua
contratação.
Porém, é importante investir em cursos es-
pecíficos dos mercados onde deseja atuar. Algumas
normas e leis podem diferir do que temos no Brasil,
sem contar a questão cultural que deve ser analisada
previamente.
Hoje, além do inglês, outros idiomas devem
ser colocados em consideração, como o espanhol
para uma abrangência continental e, o mandarim
como diferencial. Saber se comunicar bem é o pri-
meiro passo para crescer no exterior.
De modo geral, temos que aprender com as
adversidades que o mercado nos impõe. Lembre-se
que crise também significa oportunidade. Agora é
hora de agarrá-las. O dólar está alto? Então, ganhe
em dólar!
M
uitas empresas precisam de CNDs,
Certidões Negativas de Débitos
Tributários para receber de grandes
empresas ou órgãos públicos, mas com as
dificuldades econômicas, pendencias tributárias
as impendem de tirar as certidões, e portanto,
impedem de receber.
Por sorte existem soluções simples e baratas
para estas empresas colocarem sua vida em ordem,
e tudo começa na contabilidade, é importante que a
empresa tenha uma contabilidade ágil e transparente.
Empresas podem tirar certidão negativa
rapidamente, mesmo com
pendencias tributárias
Gilberto
de Jesus
Bento
Junior*
Titular do Bento
Jr. Advogados*
A empresa atualmente precisa ter um certifi-
cado digital e por meio deste sistema, tirar um rela-
tório de pendencias fiscais, percebemos que mais de
50% dos motivos que impedem a empresa de tirar
CND são irregularidades em declarações que podem
ser resolvidas em poucas semanas a um custo mui-
to baixo, eventualmente pagando pequenas taxas ou
multas, mas é frequente notar que a contabilidade
não informa o cliente para não ser responsabilizada.
Os outro 50% dos problemas normalmente
são os devedores, e, mesmo assim existem formas
judiciais de conseguir as certidões, basta interpretar
e aplicar o código tributário nacional, em seus artigo
205 e 206.
“Art. 205. A lei poderá exigir que a prova da
quitação de determinado tributo, quando exigível,
seja feita por certidão negativa, expedida à vista de
requerimento do interessado, que contenha todas as
informações necessárias à identificação de sua pessoa,
domicílio fiscal e ramo de negócio ou atividade e indi-
que o período a que se refere o pedido.
Parágrafo único. A certidão negativa será sem-
pre expedida nos termos em que tenha sido requeri-
da e será fornecida dentro de 10 (dez) dias da data da
entrada do requerimento na repartição.”
“Art. 206. Tem os mesmos efeitos previstos no
artigo anterior a certidão de que conste a existência
de créditos não vencidos, em curso de cobrança exe-
cutiva em que tenha sido efetivada a penhora, ou cuja
exigibilidade esteja suspensa.”
O artigo 206 do CTN possibilita a utilização
de estratégias para caucionar os débitos administra-
tiva ou judicialmente, com base nestes procedimen-
tos fazer os lançamentos apropriados e conseguir a
emissão da CND positiva com efeitos de negativa, é
importante entender a situação específica da empresa
para preparar uma estratégia personalizada com mais
velocidade e menor custo.
*Gilberto de Jesus da Rocha Bento Jr.
É advogado com vasta experiência e atuação nas áreas empresarial, tri-
butária, trabalhista e relações de consumo. Pós-graduado em Direito
Tributário, Direito Empresarial, Direito Processual, Empreendedorismo e
Doutorando em Direito Constitucional. Já publicou mais de 200 artigos
jurídicos sobre assuntos fiscais, organização de empresas e recursos hu-
manos e métodos organizacionais. Membro do Centro de indústrias do
Estado de São Paulo – CIESP e da Associação Comercial de São Paulo –
ACSP (gilberto.bento@bentojradvogados.com.br).
28 29JUL / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos JUL / 2015
16. Francisco
Oliveira
Engenheiro Civil
e Mestre em
Mecânica dos
Solos, Fundações
e Geotecnia e
fundador da Fral
Consultoria.
O
tema ainda está longe de ter um final.
Erradicar os lixões no Brasil parece tarefa
quase que impossível, visto a falta de
planejamento e interesse em realmente se resolver
o problema. Na próxima semana, o legislativo volta
aos trabalhos e vai analisar a proposta do Senado
que altera a Lei de Resíduos Sólidos para prorrogar
o prazo para que os municípios acabem com os
lixões.
Em 02 de agosto de 2010, foi sancionada a Po-
lítica Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS (Lei nº
12305) e regulamentada em dezembro do mesmo
ano. Ela estipulava um prazo de quatro anos para que
as cidades extinguissem os lixões por meio de aterros
sanitários e elaborassem Planos de Gestão de Resí-
duos Sólidos Estaduais e Municipais Integrados. Em
agosto de 2014, fim do prazo, cerca 40% dos municí-
pios do país não atingiram a meta.
A medida de prorrogação veio para dar maior
fôlego aos municípios para que possam encerrar ade-
quadamente seus lixões e implantar soluções para a
disposição final do lixo. Porém, a prorrogação não
será de grande valia se junto com ela não vierem ou-
tras medidas relevantes de apoio aos municípios.
A principal razão do adiamento do prazo para
a implantação dos aterros sanitários foi a falta de uma
estratégia entre os três poderes e o conhecimento de
administradores municipais sobre as questões que en-
volvem a gestão de resíduos. Em geral, o desconhe-
cimento leva à suposições erradas, sobretudo com
Como erradicar os lixões no
Brasil até 2021?relação a custos diretos e indiretos, para elaboração
de uma solução de destinação final do lixo. Quando
bem projetada e implantada, a iniciativa resulta em
custos acessíveis para o município, além de inúmeros
benefícios quanto à redução de impactos ambientais.
É muito importante que o governo federal
aplique medidas e estratégias econômicas que apóiem
a implantação e operação de aterros sanitários com
o objetivo de erradicar totalmente os lixões existen-
tes. Uma solução que poderia resolver o problema,
pelo menos a curto prazo, é a instalação de aterros
de pequeno porte. Segundo a norma técnica brasi-
leira, aterros de pequeno porte são aterros aos quais
se destinaria algo entorno de até 20 toneladas diárias
de resíduos para disposição final. Isso corresponderia
a municípios com uma população de até 30 mil ha-
bitantes. Estes aterros acabam sendo, isoladamente,
soluções que podem e devem ser aplicadas quando a
condição logística impede a adoção de soluções com-
partilhadas que atendam a diversos municípios, que
resultam em um custo significativamente menor.
Vale ressaltar que a multa para empresas que
causam poluição que possa resultar em danos à saú-
de humana ou ao meio ambiente varia de R$ 5 mil a
R$ 50 milhões, conforme prevê o decreto 6.514 de
2008, que regulamenta a lei de crimes ambientais. É
de suma importância priorizar o correto descarte do
lixo. Isso traz ganhos econômicos, sociais e à saúde da
população. Sem dúvida, é um projeto que não pode
ser deixado de lado.
Luiz
Gonzaga
Bertelli
Presidente do
Conselho de
Administração
do CIEE/SP,
do Conselho
Diretor do CIEE
NACIONAL e da
Academia Paulista
de História –
APH.
C
om crescimento econômico estagnado,
aumento de demissões na indústria e
inflação com tendência de alta, a crise
trouxe impactos negativos também para o círculo
educacional. Muitos jovens que, com a garantia
dos pais, apenas estudavam, agora estão buscando
espaço no mercado de trabalho por causa da queda
no orçamento familiar. Para atrapalhar ainda, o Fies
(Fundo de Investimento Estudantil) não abraçou o
universo estudantil como em anos anteriores, o
que fez com que muitos alunos abandonassem a
universidade por não ter condições de arcar com as
mensalidades.
Em maio deste ano, o número de chefes de
família responsáveis pelo sustento do domicílio que
estavam desempregados subiu 54% em relação ao
mesmo período do ano passado, de acordo com da-
dos da Pesquisa Mensal do Emprego (PME), elevando
para 6,7% a taxa de desemprego de todas as faixas
etárias – no ano anterior era 4,9%.
É uma situação que prejudica demais os
jovens que se dedicavam somente aos estudos e
Solução realagora estão em busca do mercado de trabalho sem
a qualificação necessária. Um dos antídotos para o
momento econômico que vivemos é a qualificação de
talentos por meio do estágio e da aprendizagem. As
empresas que abrirem suas portas aos jovens estarão
treinando seus futuros quadros para assumirem
postos importantes no futuro.
Já o estagiário ou aprendiz, além de se capaci-
tar tecnicamente, tem a oportunidade de aumentar
a renda para continuar a financiar seus estudos e até
mesmo ajudar no orçamento familiar. No momento
de crise, os profissionais precisam mostrar ousadia e
criatividade; e investir em estágio e aprendizagem é
uma forma de não se acomodar com a crise, mas, sim,
pensar lá na frente.
O Aprendiz Legal, programa do CIEE em par-
ceria com a Fundação Roberto Marinho, abre a opor-
tunidade de formação profissional para jovens de 14
a 24 anos, em vários campos de atuação. Já o estágio
confere, aos maiores de 16 anos, a chance de entrar
para o mercado de trabalho via capacitação prática
em empresas e órgãos públicos.
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30 31JUL / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos JUL / 2015
17. Senador (PMDB-
AL), presidente
do Congresso
Nacional
Renan
Calheiros
N
a reabertura do Congresso Nacional, no
segundo semestre, os parlamentares
devem seguir na consolidação da agenda
do Pacto Federativo e na concretização da Reforma
Política. Na esfera político-partidária é imperioso
acabar com a zona cinzenta entre o privado e o
público. No primeiro semestre, tanto a Câmara dos
Deputados quanto o Senado Federal deram passos
importantes neste sentido.
O esforço concentrado do Senado possibilitou
a votação de temas polêmicos em menos de 45 dias.
Um dos itens aprovados foi o projeto que prevê a
mudança nas regras das eleições proporcionais. Os
partidos que não alcançarem o quociente eleitoral,
não podem concorrer à sobra de vagas. A inovação
acaba com a transferência de votos, que já conferiu
mandatos a candidatos com menos de 300 votos.
Aprovamos ainda a proposta que altera o aces-
so ao Fundo Partidário e determina que somente te-
rão direito aos recursos as legendas com diretórios
A hora da
virada
permanentes em 10% dos municípios, distribuídos
em 14 estados até 2018. Em 2015, os recursos do
Fundo Partidário, constituídos basicamente por ver-
bas da União, alcançaram R$811 milhões. A novidade
equivale a uma cláusula de desempenho.
Entre os aprovados está também o projeto
que trata das punições dos agentes públicos nos casos
de enriquecimento ilícito no exercício de mandato.
As autoridades administrativas ou judiciais poderão
determinar o afastamento do servidor público se a
medida for necessária. Nos casos de agentes públi-
cos eleitos, esse afastamento só poderá ocorrer se
determinado por órgão colegiado, como um tribunal,
por exemplo.
Outra evolução foi a fixação da quarentena
para magistrados e promotores, que decidirem se
candidatar a cargos eletivos. Com as regras aprova-
das, magistrados e membros do Ministério Público,
só poderão concorrer às eleições depois de dois anos
de afastamento dos cargos.
Igualmente relevante foi a criação
de federações de partidos políticos. Pela nova regra,
dois ou mais partidos poderão reunir-se em federação
que, após o registro perante o Tribunal Superior
Eleitoral, atuará como se fosse uma única agremiação
partidária.
É relevante salientar que o esforço
empreendido pelo Senado Federal é coincidente
com o empenho apresentado pelos deputados
que também avançaram bastante na perspectiva
de conferir ao País um sistema eleitoral, político
e partidário moderno, representativo, eficiente e
imune ao poder econômico. Isso mostra que a menor
distância entre dois pontos é a vontade de fazer.
O
Brasil vive um cenário econômico
incerto. Desde o primeiro ao terceiro
setor, as preocupações são notórias em
relação ao futuro. Fundamentalmente, tornam-
se inevitáveis alinhamentos internos com foco em
reposicionamentos institucionais associados ao
bom desempenho dos gastos das organizações,
uma vez que a demanda vem caindo e as projeções
são cada vez mais pessimistas. Há quem diga que
a crise gera oportunidades, onde concordamos
integralmente, mas antes de se dar uma diretriz
de buscar o aumento da demanda em uma
organização, é mais prudente fazer o “dever de
casa”, focando nos processos em que temos maior
autoridade.
Em tempos de incerteza, como
reduzir despesas sem ferir
a governança?
*Rafael
Santiago e
Cristiano
Venâncio
Nestes momentos, diretrizes são instituídas
sem o correto planejamento e entendimento sobre
as ações desta natureza. Sem dúvida, todo processo
de mudança traz impactos positivos e negativos logo,
demandam de metodologia para serem executados
a contento. Há que se observar os impactos finan-
ceiros positivos, mas se não houver método e análise
científica, em um futuro breve, os resultados podem
se inverter, onde os efeitos colaterais podem trazer
sérios prejuízos a todos os stakeholders. Ponto este de
atenção que merece um bom direcionamento visan-
do minimizar impactos diretos em prol da equidade
em governança.
Percebe-se claramente que as organizações
devem ser pautadas pelo estabelecimento de uma
32 33JUL / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos JUL / 2015
18. estratégia que oriente os rumos e que, por sua vez,
promova um alinhamento entre os níveis estratégico,
tático e operacional. Deve ser estabelecida uma cul-
tura organizacional acerca da necessidade de se medir
para gerenciar, comunicando, envolvendo pessoas,
estabelecendo parâmetros e fomentando as práticas
de governança corporativa. Aliás, na medida em que
as práticas de Governança são instituídas, as ações
neste contexto precisam refletir positivamente sob a
ótica de seus princípios básicos: a) transparência; b)
equidade c) prestação de contas; e d) responsabilida-
de corporativa.
Toda organização deve se atentar a entender
qual o foco de atuação, em quanto, como exe-
cutar, quais os riscos e como medir o resultado
da redução dos gastos. De acordo com outro
importante princípio da Governança Corporativa, o
de Responsabilidade Corporativa é necessário que
estas decisões sejam avaliadas e seus resultados sejam
sustentáveis, sem prejudicar a operação no curto, no
médio e no longo prazo.
Uma solução comprovadamente de sucesso
em empresas do mundo todo é o Gerenciamento
Matricial de Despesas, que neste artigo, trataremos
pela sigla de GMD. Esta solução foi desenvolvida a
partir da metodologia do PDCA, bastante conhecida
no meio gerencial e com inúmeros cases de sucesso
no Brasil e no mundo, composto por 4 marco-eta-
pas (Planejar, Executar, Checar e Agir). Sendo assim,
o GMD vem para permitir a correta identificação de
oportunidades através de uma gestão científica e não
baseada em percepção ou intuição.
O GMD tem como objetivo a racionalização
das despesas, impactando positivamente o resultado
operacional das empresas, baseado em 4 pilares, sen-
do eles:
• Desdobramento dos gastos, que são deta-
lhados e analisados até o último nível de ati-
vidade, para definição das metas;
• Controle cruzado, onde os indicadores de
desempenho são controlados por 2 pessoas,
uma vez que são definidas metas específicas
por centro de custo e conta contábil;
• Definição de metas, com definição dos re-
sultados a serem alcançados a partir de aná-
lises parametrizadas dos gastos;
• Acompanhamento sistemático, através de
reuniões mensais onde compara-se o resul-
tado alcançado com a meta proposta, defi-
nindo-se em seguida ações corretivas para
os desvios.
Estes 4 pilares com foco em redução dos gas-
tos abrangem muito mais do que um simples mo-
vimento de melhoria de resultados, pois procura
sistematicamente promover outro princípio básico
da Governança Corporativa, a Prestação de Con-
tas (Accountability).
Mais do que identificar oportunidades, defi-
nir metas, analisar causas, elaborar planos de ação e
acompanhar sistematicamente os resultados, a solu-
ção do Gerenciamento Matricial de Despesas (GMD)
também “exige” que os resultados sejam disponíveis
a todos os envolvidos, abordando assim o 4º e último
princípio da Governança Corporativa, aTransparên-
cia.
Sendo assim, avalia-se que o momento é opor-
tuno para ações em prol da redução de custos e des-
pesas para que as organizações se tornem mais enxu-
tas e auto especializadas, se adaptando rapidamente
ao atual momento econômico, porém se não nos
atentarmos aos princípios da Governança Corpora-
tiva, impactos negativos podem surgir e trazer danos
muito maiores do que se possa imaginar.
*Rafael Santiago,
consultor sênior da RCA Governança, especialista em Con-
troladoria e Finanças, com mais de 8 anos de experiência em
soluções metodológicas com atuação em projetos de redução
de custos e despesas para grandes organizações.
*Cristiano Venâncio,
consultor sênior da RCA Governança, mestrando em Gover-
nança e Sustentabilidade, com mais de 10 anos de experiên-
cia em soluções metodológicas em projetos de alta comple-
xidade na iniciativa privada e setor público.
Jornalista
Paulo
Pestana
N
ão há mais trégua. Nem mesmo no bar,
antes reconhecido como território livre
para a expressão de qualquer bobagem,
ambiente de tolerância e respeito pela opinião
alheia, onde as brigas só aconteciam por motivos
fúteis. Que saudade dos motivos fúteis!
Jorge Ferreira, criador de ótimos botecos, cer-
ta vez interveio numa conversa alheia ao ouvir de um
dos frequentadores que ali não se discutia religião. E
foi peremptório: “no meu bar pode-se discutir tudo,
tem espaço para todo tipo de opinião”.
Esses dias democráticos ficaram para trás. Há
poucos dias, distraído, Tota sentou-se no lugarzinho
de sempre, abriu o jornal e pediu:
– Por favor, uma Brahma.
O rapaz estranhou; mesmo sem ter passado
do estágio probatório para servir a mesa da diretoria,
ele sabia que – entre as cervejas de linha – ele prefe-
ria uma Original ou uma Serra Malte, mais encorpa-
das. Não contestou e trouxe a Brahma assim mesmo.
Devidamente acompanhada de uma abrideira e um
torresmo.
Tota gosta de chegar antes dos companheiros
para especular o ambiente, separar a mesa de sem-
pre e, se precisar, limpar a área. O caldo só entornou
com a chegada do Maurição – que não faz parte da
diretoria; é um chato. Olhando para a mesa, disparou
à queima-roupa:
Quando entorna
o caldo– Agora não falta mais nada: virou petista – e
saiu atirando impropérios e palavrões aos berros. Foi
um ataque verborrágico que trazia a fúria dos injusti-
çados. Tota tirou os óculos, deitou o jornal na mesa e
ficou encarando Maurição (que, aliás, nem merece o
aumentativo; é um catatau).
– ‘Tou vendo essa Brahma aí. É a cerveja do
Lula, esbravejou.
Tota, como já foi dito, lê jornais. Estava ciente
da acusação de que os empreiteiros presos tratam,
segundo os delatores premiados, o ex-presidente por
Brahma. Maurição, ignorante, grosso como papel de
embrulhar prego, desconhece a mitologia hindu e
acha que Brahma é só cerveja. No máximo, chope.
O paciente Tota ainda tentou levar na brinca-
deira:
– Quer uma tulipa?, perguntou – naturalmente
brincando com a senha dos empreiteiros para a en-
trega da espórtula (sim, porque propina, no meu tem-
po, era só o ato de dar de beber a alguém).
Maurição deveria ter dado a contrassenha, ca-
neco, mas trata-se de um ogro, não lê e muito menos
brinca; parece ter perdido qualquer indício de hu-
manidade nesses dias mal-humorados. E quis sair no
braço. Foi detido pelo assovio em forma de apito do
proprietário do estabelecimento que, ali, tem o po-
der de um inspetor de quarteirão da ditadura Vargas.
E, piscando para Tota, fingiu reclamar:
– Maurição, pra bater boca e brigar nesse bar
tem pelo menos que beber antes. Você tá muito só-
brio pra ficar perturbando meus clientes desse jeito.
Foi quando um gaiato, sentado mais atrás, dis-
se:
– O problema do Maurição é que está faltando
um pixuleco.
O bar, lotado, caiu na gargalhada, num raro
momento de celebração comunitária que mereceu
até brinde coletivo. Até o Maurição riu: pixuleco ele
sabia o que era.
A paz voltou ao ambiente quando Maurição
aceitou uma tulipa suada do Tota. Pelo menos até a
próxima arenga.
34 35JUL / 2015 Revista Entre LagosRevista Entre Lagos JUL / 2015
19. Eventos que agitaram BrasíliaOswaldo
Rocha
mundovip@terra.com.br
oswaldorochamundovip@terra.com.br
Cel.: 9977-7999 / 33661696
“O melhor meio de não ser descoberto é não fazer a coisa”
“Quem não tem pêso na consciência não se sobressalta quando
alguém lhe bate à porta à meia-noite “
Provérbios chineses
M
ércia Crema
d a n d o
continuidade
as homenagens que
presta as amigas de
longa data ofereceu, em
sua casa, no Lago Sul,
um lauto almoço, desta
vez, em comemoração ao
aniversário de Armanda
Pinheiro. A perfeição
dos detalhes do almoço
encantou a todas, desde
o elogiadíssimo menu de
pratos quentes e frios,
até a sensacional mesa
de doces variados, vindos
de Pirenópolis.
Maria Claudia Pinheiro com sua mãe Armanda
Pinheiro, e Mércia Crema
Celina Jardim, Inah Silveira e
Marcia Helena Monteiro
Raquel Pacini, Terezinha Guimarães e
Tereza Barbosa
Maria Claudia Pinheiro, Maria Angelica Couto
Pinheiro e Gislene Marques Pinheiro
Comemoração entre amigas
Louvando a quem merece
M
árcia Lima, mais uma vez, brilhou na
arte de bem receber. O almoço que
ofereceu à amiga Rosália Peixoto,
que aniversariava, em sua casa no Lago Sul,
foi uma ode ao bom gosto, com o requinte,
em todos os detalhes. Uma homenagem muito
merecida para quem vive e escreve a história
desta cidade.
Ana e sua mãe Márcia Lima, a aniversariante
com a filha Júlia
Mara Amaral, Mariza Junqueira, Rosália Peixoto,
Cleucia Oliveira e Márcia Lima
Elizabeth
Naoum,
Mônica
Oliveira,
Márcia
Zardo e
Rogério
Midlej
Sueli Nakao,
Denise Zuba,
Rosália
Peixoto,
Solange
Ferrer e
Gláucia
Ferrer
D
epois de seis meses debelando uma crise
financeiragravenascontaspúblicas,ogovernador
do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg,
prometeu o início da recuperação econômica da capital
a partir deste segundo semestre. Ele foi o convidado
dos membros do LIDE BRASÍLIA para o almoço-debate,
realizado dia 28 de julho, no Hotel Kubitschek Plaza.
Além da presença de mais de 45 associados do grupo, o
Governador Rollemberg
revela aos membros do LIDE Brasília
planos para recuperar a economia do DF
O governador Rodrigo Rolemberg,
Paulo Octávio Pereira e Jaime Racena
Paulo Muniz, Rodrigo Nogueira, Osório Adriano neto, o secretário de
Economia e Desenvolvimento Sustentável, Arthur Bernardes, Pedro Ávila e
João Carlos Valadares
Rodrigo Rolemberg e Celina Leão
Lourenço Peixoto, Vera Canfran
e Ronaldo Junqueira
Edson Garcia com
Leila Barros
Jael Silva e Jaime
Racena
Paulo Octávio
Pereira com
o Governador
Rodrigo
Rolemberg e
os secretários
participantes do
evento
evento foi prestigiado pelos deputados distritais Celina
Leão, presidente da Câmara Legislativa, e Bispo Renato,
e pelos secretários da Casa Civil, Sérgio Sampaio; de
Desenvolvimento Econômico, Arthur Bernardes; de
Planejamento, Leany Ramos; de Habitação, Thiago de
Andrade; de Justiça, João Carlos Souto; de Esporte, Leila
Barros; de Turismo, Jayme Recena; e de Comunicação
Institucional, Vera Canfran.
O governador foi saudado pelo presidente do
LIDE BRASÍLIA, Paulo Octavio, que relembrou a car-
reira política de Rollemberg, até sua eleição para o
cargo, no ano passado.
Na sua apresentação inicial, o governador Rodri-
go Rollemberg falou do cenário que encontrou o DF.
“Ao longo da campanha, devido aos nossos estudos,
já sabíamos que a situação era grave. Mas não imagi-
návamos que fosse tão grave. Um déficit de mais de
R$ 3 bilhões atrasados do ano passado, em diversos
pagamentos. Além disso, o orçamento era uma peça
de ficção, com R$ 16,2 bilhões para pagamento de
pessoal, quando o valor efetivo da folha era de R$ 19
bilhões. Isso nos obrigou a um conjunto de medidas
austeras, reduzindo de 38 para 24 secretarias e não
ocupando quase quatro mil cargos comissionados,
economizando R$ 56 milhões, valor muito aquém
do que precisávamos para equacionar o orçamento.
Também implantamos medidas de controle das finan-
ças da máquina e nas estatais”, detalhou.
Em seguida, os secretários presentes ao encon-
tro detalharam para os empresários algumas metas de
suas pastas, como a recuperação do comércio da W3,
o incentivo à microeconomia do DF, a regularização
de feiras e a revitalização do Shopping Popular, na
Rodoferroviária. Ao fim do encontro, a presidente da
Câmara Legislativa, Celina Leão (PDT), recomendou
que as gestões em torno dos projetos para o ano que
vem comecem já a partir de agosto, com a volta dos
parlamentares.
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