A restauração do desenho original dos postos de salvamento desenhados por Sérgio Bernardes busca reparar um equívoco no entendimento da importância da orla da cidade do Rio de Janeiro. A descaracterização do posto precarizou a paisagem urbana mais importante do Brasil. Compreender os postos de salvamento como catedrais, isto é, ícone arquitetônico, é fundamental para a valorização da cultura carioca e do turismo na cidade. A intervenção se baseia em três premissas: 1. Restauração do desenho original; 2. Atender as demandas dos usuários (salva-vidas e público em geral) e; 3. Garantir viabilidade econômica (execução e manutenção). Dois gestos definem nossa proposta: o desenho de uma estrutura metálica de cobertura (lona) sobre o deck de observação (proteção do sol e intempéries), que também permite ao salva-vidas descer direto para areia (tubo de escape) e o desenho de uma lâmina de concreto, medindo 45 x 3,5 x 2,7m, com duas folies dispostas simetricamente nas extremidades (balizando e enquadrando o posto de salvamento na paisagem da orla) conectadas verticalmente com a parte inferior, onde se encontram os banheiros e a infraestrutura de apoio.