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HISTÓRIA
FLÁVIO
COELHO
2020
BRASIL NA
REPÚBLICA VELHA
...
...
HISTÓRIA
Prof. Flávio Coelho 2
BRASIL NA REPÚBLICA
VELHA
3
REPÚBLICA VELHA
4
PROMULGADA.
• R.F.E.U.B: INFLUÊNCIA DO MODELO DOS EUA.
• MODELO LIBERAL (LIBERDADES).
• 3 PODERES: EXE – LEG – JUD.
• FEDERALISMO + PRESIDENCIALISMO.
• ESTADO LAICO: CERTIDÕES CIVIS + CEMITÉRIO.
• VOTO: NÃO É CENSITÁRIO.
• VOTO ERA EM ABERTO (“DESCOBERTO”).
• DIREITO: HOMENS ALFABETIZADOS, 21 ANOS.
• EXCLUÍA: (4 M’s) MULHER, MILITAR, MENOR,
MENDIGOS, E ANALFABETOS...
CONSTITUIÇÃO DE 1891
* 1ª Eleição será de forma INDIRETA
FONTE DAS IMAGENS: INTERNET 5
CAFÉ COM CAFÉ:
- Acordo + Aliança.
- Alternância: SP x MG.
- Estados mais ricos: CAFÉ..
- Maior Nº de eleitores.
- Maiores bancadas: C.N.
- Conchavos políticos.
- Oligarquias secundárias:
- Rio Grande do Sul.
- Rio, Bahia e PE.
- Fissuras (rachas): nas
eleições de 1910 e 1930.
POLÍTICA NA REPÚBLICA VELHA
Nível Federal
FONTE DAS IMAGENS: INTERNET 6
CORONELISMO:
Experiência política típica da
Rep. Velha, caracterizado
pelos poderes político,
jurídico-policial, social e
econômico... dos grandes
proprietários de terras
(Coronéis), que exerciam o
controle político e a
autoridade a nível de
Município (Curral Eleitoral)
POLÍTICA NA REPÚBLICA VELHA
Nível Municipal
FONTE DAS IMAGENS: INTERNET 7
CORONEL:
- Poderoso dono de TERRAS.
- Nomeava: Juiz e Delegado.
- Tinha seus Jagunços.
- “Dono” dos empregos...
- Controle econômico local.
- Influências na Capital.
- Relações de compadrio.
- Clientelismo: favores x voto.
- Apadrinhamento.
CAMPONÊS/SERTANEJO
- Dependência: terra, água.
- Empregos e proteção.
- Dívida dos favores.
- Ausência do Estado.
- Sem assistência pública.
- Situação de miséria, seca...
- Remédio, Hospitais...
- VOTO: moeda de troca.
- Compadrio...
VOTO DE
CABRESTO
POLÍTICA NA REPÚBLICA VELHA
Nível Municipal
FONTE DAS IMAGENS: INTERNET 8
VOTO DE CABRESTO
O VOTO DE CABRESTO CONSISTIA (E AINDA
CONSISTE) NA COAÇÃO DOS CORONÉIS (FIGURAS
DE GRANDE PRESTÍGIO POLÍTICO) REALIZADA
SOBRE OS QUE ESTAVAM SOB SEU COMANDO,
INFLUÊNCIA E/OU DEPENDÊNCIA.
DESSE MODO, O CORONEL ESCOLHIA APOIAR UM
DETERMINADO CANDIDATO, E DETERMINAVA QUE
SEUS SUBALTERNOS ASSIM VOTASSEM. OS QUE
NÃO VOTASSEM (O VOTO ERA EM ABERTO),
PODERIAM SOFRER DURAS SANÇÕES: PERDER O
EMPREGO, O ACESSO À ÁGUA E, ATÉ, A MORTE!
9
1. (F. Coelho) Charge referente à Constituição de 1891.
10
A estrutura criada pela Constituição de 1891, estabeleceu o Estado federativo.
Esse aspecto agradou sobremaneira os interesses dos cafeicultores paulistas, à
medida que
a) implantou o modelo liberal, com autonomia dos entes da federação e limites
aos direitos políticos e sociais.
b) instituiu o modelo “jacobino”, com a ampliação dos direitos civis e políticos,
garantindo a democratização do país.
c) garantiu o interesse dessa classe, embasado no ideal positivista, onde foi
implantado um governo ditatorial.
d) pôs em prática o modelo “positivista”, agradável também aos interesses
militares, pois garantiu a adoção do lema ordem e progresso.
e) implementou o modelo burguês, com amplas liberdades aos brasileiros, que
tinham seus direitos efetivamente garantidos.
11
2. (F. Coelho) Presidentes eleitos e número de eleitores na República
Velha.
12
Pela análise dos dados, pode-se inferir que
a) o caráter censitário excluía a maioria dos brasileiros de votar para Presidente.
b) o número de votantes nas eleições demonstra que o direito ao voto era
restrito.
c) as eleições eram bastante concorridas e resultado de ampla participação
popular.
d) os brasileiros que participava das eleições através do voto tinham que ter uma
renda mínima.
e) as eleições de 1906 apresentaram o maior número de eleitores votantes para
Presidente.
13
ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS
Presidente Eleito Ano votos/%
Prudente de Moraes 1894 84,3
Campos Sales (SP) 1898 90,9
Rodrigues Alves (RJ) 1902 91,7
Afonso Pena 1906 97,9
Hermes da Fonseca 1910 64,4
Venceslau Brás(MG) 1914 91,6
Rodrigues Alves (RJ) 1918 99,1
Epitácio Pessoa (PB)1919 71,0
Artur Bernardes (MG)1922 56,0
Washington Luís (RJ)1926 98,0
Júlio Prestes 1930 57,7
Apoiado ou integrante
Partido Republicano Paulista (PRP)
Partido Republicano Mineiro (PRM)
3. (F. Coelho) Analise os dados da tabela
Fonte: elaborado com base estatísticos do TSE.
14
Pela análise dos dados, conclui-se que
a) o “esquema” café com leite predominou nesse período.
b) as disputas eleitorais eram bastante intensas.
c) os únicos a eleger “filhos da terra” como Presidentes forma
paulistas e mineiros.
d) a democracia concretiza-se com a vitória do mais votado.
e) a alternância entre paulistas e mineiros excluiu os outros estado de
participação política.
15
4. (UFRN-adaptada) A charge abaixo faz referência a uma prática política frequente
em todo o Brasil, no contexto da República Velha.
Essa charge representa a prática política
caracterizada pelo
a) predomínio dos interesses oligárquicos em
prejuízo dos direitos do cidadão.
b) compromisso dos políticos com a soberania da
justiça eleitoral.
c) controle dos coronéis sobre os sindicatos de trabalhadores rurais.
d) comparecimento obrigatório do eleitor alfabetizado às urnas.
e) modelo democrático e participativo de todos os cidadãos brasileiros.
16
5. (F. Coelho) [...] O pequeno percentual da população que tinha direito ao voto,
elemento básico da representação democrática, sofria as coações de um fenômeno
denominado coronelismo. [...] Por meio do coronelismo foi possível acomodar um
regime pretensamente representativo a uma realidade na qual a maioria da
população não tinha direito de participar do jogo político. O coronelismo era a base
de funcionamento do regime oligárquico que caracterizou a República Velha.
(Flávio de Campos. Oficina de História. História do Brasil. Ed. Moderna. P.193)
A leitura do fragmento resume um ASPECTO POLÍTICO característico da República
Velha:
A) democratização do jogo político.
B) proibição do povo de participar da coisa pública.
C) predomínio do esquema político do café com leite.
D) marginalização da maior parte da sociedade brasileira.
E) ausência de liberdade partidária com a imposição do partido único.
17
6. (F. Coelho) Analise a imagem ao lado.
https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/coronelismo-e-relacoes-de-poder-na-amazonia/,
acesso
27.11.2108.
Atores representando coronéis do cacau, durante a
gravação da novela Gabriela, baseada em romance de
Jorge Amado. Por CORONELISMO, entende-se hábitos
políticos e sociais próprios do meio rural brasileiro, onde
os grandes proprietários exerciam poder de domínio sobre
seus dependentes, que, por influência, medo ou ameaça
votavam nos candidatos indicados pelo “coronel”.
Assinale um “estratégia” de domínio dos Coronéis a nível
local:
a) Eleição de juízes e delegados.
b) Influência no Congresso Nacional.
c) Obediência às leis nacionais e à polícia federal.
d) Clientelismo, através da troca de favores por votos.
e) Distribuição de terras aos camponeses via reforma
agrária.
18
7. (F. Coelho) Aristides Lobo, um dos contemporâneos da Proclamação da República,
afirmou à época “O povo assistiu àquilo bestializado, sem saber o que ocorria”.
Pela análise da frase do jornalista Aristides Lobo e os conhecimentos sobre a
República Velha (1889-1930), conclui-se que
a) a participação popular foi fundamental na política brasileira nesse período.
b) o significado de República não pode ser compreendido por populares.
c) durante o período, o povo não foi o aspecto mais relevante na República.
d) a República nasceu para atender os interesses populares, a exemplo dos direitos
sociais.
e) na República Velha, apenas as elites tinham poder e participação, devido à
imposição do voto censitário.
19
8. (F. Coelho) A concentração fundiária nas mãos dos “coronéis” (grande proprietário
de terras) resultava na servidão nas fazendas, na exploração dos sertanejos,
acentuando a situação de miséria, fome, problemas da seca. O isolamento das
comunidades e a ausência do estado (e de políticas sociais) acentuava o poderio dos
coronéis e a fragilidade do camponês. Imerso nesse universo de violência, opressão,
injustiças, abandono e perseguições, o camponês tinha poucas “válvulas de escape”.
(Professor Flávio Coelho)
O fragmento remete à situação em que viviam os camponeses no Brasil durante a
República Velha. Pode-se afirmar que a situação descrita
a) impediu os sertanejos de migrar para os grandes centros urbanos.
b) contribuiu para as tensões no campo, favorecendo para eclosão de revoltas.
c) foi decisiva para manutenção dos trabalhadores no campo, submissos aos coronéis.
d) criou as condições para a industrialização do interior, devido à disponibilidade de
mão de obra.
e) dificultou a ocorrência de revoltas, devido ao jeito disciplinado do camponês, avesso
às lutas.
20
9. (F. Coelho) "O Ceará é uma terra condenada mais pela tirania dos governos do
que pela inclemência da natureza."
(TEÓFlLO, Rodolfo. A SECA DE 1915. Fortaleza: Ed. UFC, 1980. p. 31.)
A frase, escrita em 1916, expressa aquilo que o autor via acontecer no Ceará
àquele período. Mas essa realidade pode ser estendida a praticamente todo o país
à mesma época. Identifique essa realidade.
a) latifúndio, exploração e democracia.
b) democracia, estado de direito e liberalismo.
c) domínio oligárquico, coronelismo e latifúndio.
d) concentração fundiária, equidade de direitos e democracia.
e) democratização da terra, liberalismo e coronelismo.
21
BRASIL: UM PAÍS DE CONTRASTES
- LITORAL/CAPITAL X - INTERIOR/SERTÃO.
- “CIVILIZAÇÃO” X - “BARBÁRIE”
- MODERNO/PROGRESSO X - ARCAICO/ATRASO.
- PROSPERIDADE X - MISÉRIA.
- LATIFÚNDIO (RICO) X - SERTANEJO (POBRE).
- ESTADO PRESENTE X - ABANDONO.
- EXÉRCITO/POLÍCIA X - POVO/”GENTALHA”.
- BRASIL OFICIAL X - BRASIL REAL.
- ELITE BRANCA X - MESTIÇOS POBRES
SOCIEDADE NA REP. VELHA
22
TENSÕES NO CAMPO
REAÇOES DO “PIÃO”
* ACEITAÇÃO, RESIGNAÇÃO,
ACOMODAÇÃO.
* MIGRAÇÃO: “SUL”, “NORTE”.
* MISTICISMO, MESSIANISMO,
CRENÇA NA ESPERANÇA DIVINA.
* JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS
MÃOS: OLHO POR OLHO... Retirantes. Candido Portinari, 1944.
23
GUERRA DE
CANUDOS
GUERRA DE
CANUDOS
Litografia do Arraial de Canudos do arquivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro 24
CANUDOS
- ONDE: SERTÃO DA BAHIA.
- LÍDER: ANTÔNIO CONSELEHIRO.
- QUANDO: 1893 – 1897.
- ARRAIAL DE BELO MONTE.
- VÁLVULA: ESCAPE À EXPLORAÇÃO.
- SEM O PODER DO CORONEL.
- FIM DA EXPLORAÇÃO.
- SOCIEDADE ALTERNATIVA.
- VIDA COMUNITÁRIA.
- ACESSO À TERRA E AOS FRUTOS.
- “JERUSALÉM TERRESTRE”.
- RELIGIOSIDADE SERTANEJA.
- CRENÇA NA VINDA DO MESSIAS.
25
CANUDOS
26
CANUDOS
- CARÁTER: MESSIÂNICO,
SEBASTIANISTA, MILENARISMO,
ESCATOLÓGICO, “MONARQUISTAS”(?)
INCOMODADOS: CORONÉIS, IGREJA
CATÓLICA, GOVERNO DO RIO.
- ATAQUES DA IMPRENSA:
LOUCOS, FANÁTICOS, EM DELÍRIO,
SUBVERSIVOS, MONARQUISTAS, BRASIL
DO ATRASO...
27
CANUDOS
- DESTRUIÇAO: JAGUNÇOS
DOS CORONÉIS, FORÇAS DA
POLÍCIA DA BAHIA, EXÉRCITO
BRASILEIRO.
MORTES, ABUSOS, SUICÍDIO...
- SE NÃO FOSSE EUCLIDES
OBRA: “OS SERTÕES”.
“O SERTANEJO É, ANTES DE
TUDO, UM FORTE”.
28
29
CANGAÇO
- ONDE: SERTÃO NORDESTINO.
- QUANDO: 1870 - 1940.
- LÍDERES: CHEFE DOS BANDOS.
- DESTAQUES: ANTÔNIO SILVINO,
VIRGULINO FERREIRA (LAMPIÃO)...
CONTEXTO: AUSÊNCIA DO ESTADO,
DISPUTAS POR TERRA, PODER DOS
CORONÉIS, CARÁTER SOCIAL
VIOLENTO, MISÉRIA, INJUSTIÇA SOCIAL,
JUSTIÇA COM AS RÓRPIAS MÃOS.
- BANDITISMO SOCIAL:
JUSTICEIROS? FORMA DE
SOBREVIVÊNCIA? 30
CANGAÇO
31
CANGACEIROS
ESTRATÉGIAS & AÇÕES:
SAQUES, ASSALTOS, AMEAÇAS A
CORONEIS E AO GOVERNO (SE,
AL), ATAQUES A FAZENDAS,
COMBOIOS DE CARROS, ROUBO DE
GADO, VIOLÊNCIA COM MULHERES,
ASSASSINATOS, CRIMES POR
ENCOMENDA... NÃO PRETENDIAM
REFORMAS SOCIAIS...
HOBIN HOOD DOS SERTÕES?
ROUBAVA DOS RICOS...
CARÁTER VIOLENTO: SOBREVIVER?
32
CANGAÇO
33
10. (F. Coelho) “Na trincheira, no centro do reduto, permaneciam quatro fanáticos
sobreviventes do extermínio. Era um velho, coxo por ferimento e usando uniforme
da Guarda Católica, um rapaz de 16 a 18 anos, um preto alto e magro, e um
caboclo. Ao serem intimados para deporem as armas, investiram com enorme fúria.
Assim estava terminada e de maneira tão trá­
gica a sanguinosa guerra, que o
banditismo e o fanatismo traziam acesa por longos meses, naquele recanto do
território nacional”
H. M. A Guerra de Canudos. Rio de Janeiro: Altina, 1902
Os “canudenses” seriam enterrados em cova rasa e esquecidos pelo país. Mas a
cobertura jornalista e a posterior publicação de um livro sobre a Guerra de Canudos
trouxe à tona não apenas a luta, mas as várias problemáticas dos nordestinos.
Identifique o livro sobre Canudos e o jornalista autor
a) “Os Sertões”, de Euclides da Cunha.
b) “Fanáticos e Ateus”, de Augusto das Flores.
c) “Entre Anjos e Cangaceiros”, de Frederico Pernambucano de Melo.
d) “Sagarana”, de Guimarães Rosa.
34
11. (Mackenzie) No final do século passado, surgiu no sertão da Bahia uma
experiência controvertida: sertanejos tentaram estabelecer uma nova sociedade,
marcada pela religiosidade, sobrevivendo à seca, à miséria e às injustiças sociais da
época. O problema fundamental de Canudos era a:
a) oposição organizada dos rebeldes ao governo republicano.
b) luta exclusiva da civilização contra a barbárie conforme interpretação positivista.
c) repressão da Igreja contra a ação religiosa de Antônio Conselheiro.
d) ameaça à ordem e à segurança do Estado, já que reunia marginalizados de toda
a região.
e) luta pela posse da terra, em confronto com o coronelismo e o latifúndio.
35
12. (Mackenzie) A mesma realidade que produziu Canudos gerou também o
Cangaço, na medida em que:
a) o catolicismo rústico não fazia parte do cotidiano destes movimentos sociais.
b) ambos foram uma forma de denúncia contra a seca, miséria e arbitrariedade dos
coronéis.
c) a solução dada pelo governo, tanto em Canudos como no Cangaço, foi integrar
pacificamente o sertanejo à civilização.
d) o banditismo social era fortemente repudiado pela população local camponesa,
que apoiava ações violentas do Estado.
e) os dois episódios foram organizados por líderes monarquistas que pretendiam
derrubar a república.
36
13. (UFTM) Observe o cartaz, datado de 1930, no qual o governo da Bahia oferece
recompensa pela captura de Lampião.
37
Sobre o cangaço, é correto afirmar que
a) os chefes dos bandos apresentavam-se como líderes religiosos e exploravam a
boa-fé e as crenças dos sertanejos.
b) os cangaceiros eram protegidos pelos habitantes do sertão, pois roubavam dos
ricos fazendeiros para ajudar pobres e necessitados.
c) os bandos vendiam proteção para fazendeiros, com os quais construíam alianças,
e faziam-se respeitar pelo terror que impunham.
d) a prática de suborno impedia que as perseguições policiais tivessem êxito, o que
obrigou o governo federal a recorrer ao Exército.
e) a Igreja, com sua política de proteção aos desfavorecidos, foi uma importante
aliada do cangaço, pois acobertava membros dos bandos.
38
14. (F. Coelho) O Cangaço surgiu na região Nordeste do Brasil, no final do século XIX. Naquela época
existiam muitas disputas por terras e poder, envolvendo famílias inimigas e, em algumas localidades,
até grupos indígenas. Poucas famílias concentravam a riqueza, enquanto que a maioria da
população vivia na miséria.
Nesse contexto surgiram OS CANGACEIROS, formando por
a) lideranças carismáticas reverenciadas pelos sertanejos como “salvadores da pátria”.
b) bandos de homens armados, temidos e preparados para os embates, e agiam com violência.
c) lideranças religiosas que arregimentavam grande número de seguidores e pregavam o fim dos
tempos.
d) sanguinários matadores de aluguel – assassinos – que atuavam em defesa dos interesses dos
coronéis.
e) homens que perambulavam pelos sertões à procura de empregos e de sustento para suas famílias.
39
15. (UERJ)
Veio a força do governo,
Tudo pronto e bem armado,
Espancando cangaceiro
E guarnecendo o Estado
Falando de modo sero
De tudo quanto quisero
Era o tempo chegado.
(Folclore da Paraíba)
A estrofe acima ilustra o afastamento entre a
nação e o Estado no período da História do
Brasil conhecido como República Velha. Tal
afastamento resultou em movimentos de
populações rurais oprimidas e sem perspectivas
de mudanças. Como exemplos destes
movimentos, podemos citar:
a) Canudos e Balaiada.
b) Canudos e Contestado.
c) Tenentismo e Contestado.
d) Revolução Praieira e Contestado.
e) Revolta da Chibata e Revolução Praieira.
40
16. (ENEM ) Leias os versos.
Eu mesmo me apresento: sou Antônio / sou Antônio Vicente Mendes Maciel
(provim da batalha de Deus versus demônio / Com a res publica marca de Caim).
Moisés, do Êxodo ao Deuteronômio, / Sou natural de Quixeramobim,
O Antônio Conselheiro deste chão / Que vai ser mar e o mar vai ser sertão.
ACCIOLY, M. Antônio Conselheiro. In: FERNANDES, R. (Org.). O clarim e a oração: cem anos de Os sertões. São
Paulo: Geração Editorial, 2001.
O poema, escrito em 2001, contribui para a construção de uma determinada
memória sobre o movimento de Canudos, ao retratar seu líder como
a) partidário da abolição da escravidão.
b) porta-voz do catolicismo ortodoxo romano.
c) crítico do regime político recém-proclamado.
d) defensor da autonomia política dos municípios.
e) contrário à distribuição da terra para os humildes.
41
17 (F. Coelho) Leia os versos do Cordel.
[…] Quando se fala em cangaço
Lembra logo Lampião
Como falar em forró
Lembra logo Gonzagão
Foi Cabeleira o primeiro
Chamado de cangaceiro
Nas paragens do Sertão
Seu nome era José Gomes […]
(Trecho do cordel O bandido Cabeleira e o amor de Luisinha, Zé Antonio, 2006).
42
Referente a Virgulino Ferreira, o Lampião, pode-se inferir que
a) sua imagem está intimamente relacionada à aliança com os coronéis.
b) é o mais conhecido dos cangaceiros e foi dos mais temidos no Nordeste.
c) foi o primeiro cangaceiro a enfrentar as forças do imperador Dom Pedro II.
d) foi casado com a bela Mata Hari, bandoleira baiana conhecido por sua coragem.
e) tornou-se conhecido devido apenas às músicas de Luís Gonzaga e da literatura de
cordel
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  • 5. PROMULGADA. • R.F.E.U.B: INFLUÊNCIA DO MODELO DOS EUA. • MODELO LIBERAL (LIBERDADES). • 3 PODERES: EXE – LEG – JUD. • FEDERALISMO + PRESIDENCIALISMO. • ESTADO LAICO: CERTIDÕES CIVIS + CEMITÉRIO. • VOTO: NÃO É CENSITÁRIO. • VOTO ERA EM ABERTO (“DESCOBERTO”). • DIREITO: HOMENS ALFABETIZADOS, 21 ANOS. • EXCLUÍA: (4 M’s) MULHER, MILITAR, MENOR, MENDIGOS, E ANALFABETOS... CONSTITUIÇÃO DE 1891 * 1ª Eleição será de forma INDIRETA FONTE DAS IMAGENS: INTERNET 5
  • 6. CAFÉ COM CAFÉ: - Acordo + Aliança. - Alternância: SP x MG. - Estados mais ricos: CAFÉ.. - Maior Nº de eleitores. - Maiores bancadas: C.N. - Conchavos políticos. - Oligarquias secundárias: - Rio Grande do Sul. - Rio, Bahia e PE. - Fissuras (rachas): nas eleições de 1910 e 1930. POLÍTICA NA REPÚBLICA VELHA Nível Federal FONTE DAS IMAGENS: INTERNET 6
  • 7. CORONELISMO: Experiência política típica da Rep. Velha, caracterizado pelos poderes político, jurídico-policial, social e econômico... dos grandes proprietários de terras (Coronéis), que exerciam o controle político e a autoridade a nível de Município (Curral Eleitoral) POLÍTICA NA REPÚBLICA VELHA Nível Municipal FONTE DAS IMAGENS: INTERNET 7
  • 8. CORONEL: - Poderoso dono de TERRAS. - Nomeava: Juiz e Delegado. - Tinha seus Jagunços. - “Dono” dos empregos... - Controle econômico local. - Influências na Capital. - Relações de compadrio. - Clientelismo: favores x voto. - Apadrinhamento. CAMPONÊS/SERTANEJO - Dependência: terra, água. - Empregos e proteção. - Dívida dos favores. - Ausência do Estado. - Sem assistência pública. - Situação de miséria, seca... - Remédio, Hospitais... - VOTO: moeda de troca. - Compadrio... VOTO DE CABRESTO POLÍTICA NA REPÚBLICA VELHA Nível Municipal FONTE DAS IMAGENS: INTERNET 8
  • 9. VOTO DE CABRESTO O VOTO DE CABRESTO CONSISTIA (E AINDA CONSISTE) NA COAÇÃO DOS CORONÉIS (FIGURAS DE GRANDE PRESTÍGIO POLÍTICO) REALIZADA SOBRE OS QUE ESTAVAM SOB SEU COMANDO, INFLUÊNCIA E/OU DEPENDÊNCIA. DESSE MODO, O CORONEL ESCOLHIA APOIAR UM DETERMINADO CANDIDATO, E DETERMINAVA QUE SEUS SUBALTERNOS ASSIM VOTASSEM. OS QUE NÃO VOTASSEM (O VOTO ERA EM ABERTO), PODERIAM SOFRER DURAS SANÇÕES: PERDER O EMPREGO, O ACESSO À ÁGUA E, ATÉ, A MORTE! 9
  • 10. 1. (F. Coelho) Charge referente à Constituição de 1891. 10
  • 11. A estrutura criada pela Constituição de 1891, estabeleceu o Estado federativo. Esse aspecto agradou sobremaneira os interesses dos cafeicultores paulistas, à medida que a) implantou o modelo liberal, com autonomia dos entes da federação e limites aos direitos políticos e sociais. b) instituiu o modelo “jacobino”, com a ampliação dos direitos civis e políticos, garantindo a democratização do país. c) garantiu o interesse dessa classe, embasado no ideal positivista, onde foi implantado um governo ditatorial. d) pôs em prática o modelo “positivista”, agradável também aos interesses militares, pois garantiu a adoção do lema ordem e progresso. e) implementou o modelo burguês, com amplas liberdades aos brasileiros, que tinham seus direitos efetivamente garantidos. 11
  • 12. 2. (F. Coelho) Presidentes eleitos e número de eleitores na República Velha. 12
  • 13. Pela análise dos dados, pode-se inferir que a) o caráter censitário excluía a maioria dos brasileiros de votar para Presidente. b) o número de votantes nas eleições demonstra que o direito ao voto era restrito. c) as eleições eram bastante concorridas e resultado de ampla participação popular. d) os brasileiros que participava das eleições através do voto tinham que ter uma renda mínima. e) as eleições de 1906 apresentaram o maior número de eleitores votantes para Presidente. 13
  • 14. ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS Presidente Eleito Ano votos/% Prudente de Moraes 1894 84,3 Campos Sales (SP) 1898 90,9 Rodrigues Alves (RJ) 1902 91,7 Afonso Pena 1906 97,9 Hermes da Fonseca 1910 64,4 Venceslau Brás(MG) 1914 91,6 Rodrigues Alves (RJ) 1918 99,1 Epitácio Pessoa (PB)1919 71,0 Artur Bernardes (MG)1922 56,0 Washington Luís (RJ)1926 98,0 Júlio Prestes 1930 57,7 Apoiado ou integrante Partido Republicano Paulista (PRP) Partido Republicano Mineiro (PRM) 3. (F. Coelho) Analise os dados da tabela Fonte: elaborado com base estatísticos do TSE. 14
  • 15. Pela análise dos dados, conclui-se que a) o “esquema” café com leite predominou nesse período. b) as disputas eleitorais eram bastante intensas. c) os únicos a eleger “filhos da terra” como Presidentes forma paulistas e mineiros. d) a democracia concretiza-se com a vitória do mais votado. e) a alternância entre paulistas e mineiros excluiu os outros estado de participação política. 15
  • 16. 4. (UFRN-adaptada) A charge abaixo faz referência a uma prática política frequente em todo o Brasil, no contexto da República Velha. Essa charge representa a prática política caracterizada pelo a) predomínio dos interesses oligárquicos em prejuízo dos direitos do cidadão. b) compromisso dos políticos com a soberania da justiça eleitoral. c) controle dos coronéis sobre os sindicatos de trabalhadores rurais. d) comparecimento obrigatório do eleitor alfabetizado às urnas. e) modelo democrático e participativo de todos os cidadãos brasileiros. 16
  • 17. 5. (F. Coelho) [...] O pequeno percentual da população que tinha direito ao voto, elemento básico da representação democrática, sofria as coações de um fenômeno denominado coronelismo. [...] Por meio do coronelismo foi possível acomodar um regime pretensamente representativo a uma realidade na qual a maioria da população não tinha direito de participar do jogo político. O coronelismo era a base de funcionamento do regime oligárquico que caracterizou a República Velha. (Flávio de Campos. Oficina de História. História do Brasil. Ed. Moderna. P.193) A leitura do fragmento resume um ASPECTO POLÍTICO característico da República Velha: A) democratização do jogo político. B) proibição do povo de participar da coisa pública. C) predomínio do esquema político do café com leite. D) marginalização da maior parte da sociedade brasileira. E) ausência de liberdade partidária com a imposição do partido único. 17
  • 18. 6. (F. Coelho) Analise a imagem ao lado. https://www.sabedoriapolitica.com.br/products/coronelismo-e-relacoes-de-poder-na-amazonia/, acesso 27.11.2108. Atores representando coronéis do cacau, durante a gravação da novela Gabriela, baseada em romance de Jorge Amado. Por CORONELISMO, entende-se hábitos políticos e sociais próprios do meio rural brasileiro, onde os grandes proprietários exerciam poder de domínio sobre seus dependentes, que, por influência, medo ou ameaça votavam nos candidatos indicados pelo “coronel”. Assinale um “estratégia” de domínio dos Coronéis a nível local: a) Eleição de juízes e delegados. b) Influência no Congresso Nacional. c) Obediência às leis nacionais e à polícia federal. d) Clientelismo, através da troca de favores por votos. e) Distribuição de terras aos camponeses via reforma agrária. 18
  • 19. 7. (F. Coelho) Aristides Lobo, um dos contemporâneos da Proclamação da República, afirmou à época “O povo assistiu àquilo bestializado, sem saber o que ocorria”. Pela análise da frase do jornalista Aristides Lobo e os conhecimentos sobre a República Velha (1889-1930), conclui-se que a) a participação popular foi fundamental na política brasileira nesse período. b) o significado de República não pode ser compreendido por populares. c) durante o período, o povo não foi o aspecto mais relevante na República. d) a República nasceu para atender os interesses populares, a exemplo dos direitos sociais. e) na República Velha, apenas as elites tinham poder e participação, devido à imposição do voto censitário. 19
  • 20. 8. (F. Coelho) A concentração fundiária nas mãos dos “coronéis” (grande proprietário de terras) resultava na servidão nas fazendas, na exploração dos sertanejos, acentuando a situação de miséria, fome, problemas da seca. O isolamento das comunidades e a ausência do estado (e de políticas sociais) acentuava o poderio dos coronéis e a fragilidade do camponês. Imerso nesse universo de violência, opressão, injustiças, abandono e perseguições, o camponês tinha poucas “válvulas de escape”. (Professor Flávio Coelho) O fragmento remete à situação em que viviam os camponeses no Brasil durante a República Velha. Pode-se afirmar que a situação descrita a) impediu os sertanejos de migrar para os grandes centros urbanos. b) contribuiu para as tensões no campo, favorecendo para eclosão de revoltas. c) foi decisiva para manutenção dos trabalhadores no campo, submissos aos coronéis. d) criou as condições para a industrialização do interior, devido à disponibilidade de mão de obra. e) dificultou a ocorrência de revoltas, devido ao jeito disciplinado do camponês, avesso às lutas. 20
  • 21. 9. (F. Coelho) "O Ceará é uma terra condenada mais pela tirania dos governos do que pela inclemência da natureza." (TEÓFlLO, Rodolfo. A SECA DE 1915. Fortaleza: Ed. UFC, 1980. p. 31.) A frase, escrita em 1916, expressa aquilo que o autor via acontecer no Ceará àquele período. Mas essa realidade pode ser estendida a praticamente todo o país à mesma época. Identifique essa realidade. a) latifúndio, exploração e democracia. b) democracia, estado de direito e liberalismo. c) domínio oligárquico, coronelismo e latifúndio. d) concentração fundiária, equidade de direitos e democracia. e) democratização da terra, liberalismo e coronelismo. 21
  • 22. BRASIL: UM PAÍS DE CONTRASTES - LITORAL/CAPITAL X - INTERIOR/SERTÃO. - “CIVILIZAÇÃO” X - “BARBÁRIE” - MODERNO/PROGRESSO X - ARCAICO/ATRASO. - PROSPERIDADE X - MISÉRIA. - LATIFÚNDIO (RICO) X - SERTANEJO (POBRE). - ESTADO PRESENTE X - ABANDONO. - EXÉRCITO/POLÍCIA X - POVO/”GENTALHA”. - BRASIL OFICIAL X - BRASIL REAL. - ELITE BRANCA X - MESTIÇOS POBRES SOCIEDADE NA REP. VELHA 22
  • 23. TENSÕES NO CAMPO REAÇOES DO “PIÃO” * ACEITAÇÃO, RESIGNAÇÃO, ACOMODAÇÃO. * MIGRAÇÃO: “SUL”, “NORTE”. * MISTICISMO, MESSIANISMO, CRENÇA NA ESPERANÇA DIVINA. * JUSTIÇA COM AS PRÓPRIAS MÃOS: OLHO POR OLHO... Retirantes. Candido Portinari, 1944. 23
  • 24. GUERRA DE CANUDOS GUERRA DE CANUDOS Litografia do Arraial de Canudos do arquivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro 24
  • 25. CANUDOS - ONDE: SERTÃO DA BAHIA. - LÍDER: ANTÔNIO CONSELEHIRO. - QUANDO: 1893 – 1897. - ARRAIAL DE BELO MONTE. - VÁLVULA: ESCAPE À EXPLORAÇÃO. - SEM O PODER DO CORONEL. - FIM DA EXPLORAÇÃO. - SOCIEDADE ALTERNATIVA. - VIDA COMUNITÁRIA. - ACESSO À TERRA E AOS FRUTOS. - “JERUSALÉM TERRESTRE”. - RELIGIOSIDADE SERTANEJA. - CRENÇA NA VINDA DO MESSIAS. 25
  • 27. CANUDOS - CARÁTER: MESSIÂNICO, SEBASTIANISTA, MILENARISMO, ESCATOLÓGICO, “MONARQUISTAS”(?) INCOMODADOS: CORONÉIS, IGREJA CATÓLICA, GOVERNO DO RIO. - ATAQUES DA IMPRENSA: LOUCOS, FANÁTICOS, EM DELÍRIO, SUBVERSIVOS, MONARQUISTAS, BRASIL DO ATRASO... 27
  • 28. CANUDOS - DESTRUIÇAO: JAGUNÇOS DOS CORONÉIS, FORÇAS DA POLÍCIA DA BAHIA, EXÉRCITO BRASILEIRO. MORTES, ABUSOS, SUICÍDIO... - SE NÃO FOSSE EUCLIDES OBRA: “OS SERTÕES”. “O SERTANEJO É, ANTES DE TUDO, UM FORTE”. 28
  • 29. 29
  • 30. CANGAÇO - ONDE: SERTÃO NORDESTINO. - QUANDO: 1870 - 1940. - LÍDERES: CHEFE DOS BANDOS. - DESTAQUES: ANTÔNIO SILVINO, VIRGULINO FERREIRA (LAMPIÃO)... CONTEXTO: AUSÊNCIA DO ESTADO, DISPUTAS POR TERRA, PODER DOS CORONÉIS, CARÁTER SOCIAL VIOLENTO, MISÉRIA, INJUSTIÇA SOCIAL, JUSTIÇA COM AS RÓRPIAS MÃOS. - BANDITISMO SOCIAL: JUSTICEIROS? FORMA DE SOBREVIVÊNCIA? 30
  • 32. CANGACEIROS ESTRATÉGIAS & AÇÕES: SAQUES, ASSALTOS, AMEAÇAS A CORONEIS E AO GOVERNO (SE, AL), ATAQUES A FAZENDAS, COMBOIOS DE CARROS, ROUBO DE GADO, VIOLÊNCIA COM MULHERES, ASSASSINATOS, CRIMES POR ENCOMENDA... NÃO PRETENDIAM REFORMAS SOCIAIS... HOBIN HOOD DOS SERTÕES? ROUBAVA DOS RICOS... CARÁTER VIOLENTO: SOBREVIVER? 32
  • 34. 10. (F. Coelho) “Na trincheira, no centro do reduto, permaneciam quatro fanáticos sobreviventes do extermínio. Era um velho, coxo por ferimento e usando uniforme da Guarda Católica, um rapaz de 16 a 18 anos, um preto alto e magro, e um caboclo. Ao serem intimados para deporem as armas, investiram com enorme fúria. Assim estava terminada e de maneira tão trá­ gica a sanguinosa guerra, que o banditismo e o fanatismo traziam acesa por longos meses, naquele recanto do território nacional” H. M. A Guerra de Canudos. Rio de Janeiro: Altina, 1902 Os “canudenses” seriam enterrados em cova rasa e esquecidos pelo país. Mas a cobertura jornalista e a posterior publicação de um livro sobre a Guerra de Canudos trouxe à tona não apenas a luta, mas as várias problemáticas dos nordestinos. Identifique o livro sobre Canudos e o jornalista autor a) “Os Sertões”, de Euclides da Cunha. b) “Fanáticos e Ateus”, de Augusto das Flores. c) “Entre Anjos e Cangaceiros”, de Frederico Pernambucano de Melo. d) “Sagarana”, de Guimarães Rosa. 34
  • 35. 11. (Mackenzie) No final do século passado, surgiu no sertão da Bahia uma experiência controvertida: sertanejos tentaram estabelecer uma nova sociedade, marcada pela religiosidade, sobrevivendo à seca, à miséria e às injustiças sociais da época. O problema fundamental de Canudos era a: a) oposição organizada dos rebeldes ao governo republicano. b) luta exclusiva da civilização contra a barbárie conforme interpretação positivista. c) repressão da Igreja contra a ação religiosa de Antônio Conselheiro. d) ameaça à ordem e à segurança do Estado, já que reunia marginalizados de toda a região. e) luta pela posse da terra, em confronto com o coronelismo e o latifúndio. 35
  • 36. 12. (Mackenzie) A mesma realidade que produziu Canudos gerou também o Cangaço, na medida em que: a) o catolicismo rústico não fazia parte do cotidiano destes movimentos sociais. b) ambos foram uma forma de denúncia contra a seca, miséria e arbitrariedade dos coronéis. c) a solução dada pelo governo, tanto em Canudos como no Cangaço, foi integrar pacificamente o sertanejo à civilização. d) o banditismo social era fortemente repudiado pela população local camponesa, que apoiava ações violentas do Estado. e) os dois episódios foram organizados por líderes monarquistas que pretendiam derrubar a república. 36
  • 37. 13. (UFTM) Observe o cartaz, datado de 1930, no qual o governo da Bahia oferece recompensa pela captura de Lampião. 37
  • 38. Sobre o cangaço, é correto afirmar que a) os chefes dos bandos apresentavam-se como líderes religiosos e exploravam a boa-fé e as crenças dos sertanejos. b) os cangaceiros eram protegidos pelos habitantes do sertão, pois roubavam dos ricos fazendeiros para ajudar pobres e necessitados. c) os bandos vendiam proteção para fazendeiros, com os quais construíam alianças, e faziam-se respeitar pelo terror que impunham. d) a prática de suborno impedia que as perseguições policiais tivessem êxito, o que obrigou o governo federal a recorrer ao Exército. e) a Igreja, com sua política de proteção aos desfavorecidos, foi uma importante aliada do cangaço, pois acobertava membros dos bandos. 38
  • 39. 14. (F. Coelho) O Cangaço surgiu na região Nordeste do Brasil, no final do século XIX. Naquela época existiam muitas disputas por terras e poder, envolvendo famílias inimigas e, em algumas localidades, até grupos indígenas. Poucas famílias concentravam a riqueza, enquanto que a maioria da população vivia na miséria. Nesse contexto surgiram OS CANGACEIROS, formando por a) lideranças carismáticas reverenciadas pelos sertanejos como “salvadores da pátria”. b) bandos de homens armados, temidos e preparados para os embates, e agiam com violência. c) lideranças religiosas que arregimentavam grande número de seguidores e pregavam o fim dos tempos. d) sanguinários matadores de aluguel – assassinos – que atuavam em defesa dos interesses dos coronéis. e) homens que perambulavam pelos sertões à procura de empregos e de sustento para suas famílias. 39
  • 40. 15. (UERJ) Veio a força do governo, Tudo pronto e bem armado, Espancando cangaceiro E guarnecendo o Estado Falando de modo sero De tudo quanto quisero Era o tempo chegado. (Folclore da Paraíba) A estrofe acima ilustra o afastamento entre a nação e o Estado no período da História do Brasil conhecido como República Velha. Tal afastamento resultou em movimentos de populações rurais oprimidas e sem perspectivas de mudanças. Como exemplos destes movimentos, podemos citar: a) Canudos e Balaiada. b) Canudos e Contestado. c) Tenentismo e Contestado. d) Revolução Praieira e Contestado. e) Revolta da Chibata e Revolução Praieira. 40
  • 41. 16. (ENEM ) Leias os versos. Eu mesmo me apresento: sou Antônio / sou Antônio Vicente Mendes Maciel (provim da batalha de Deus versus demônio / Com a res publica marca de Caim). Moisés, do Êxodo ao Deuteronômio, / Sou natural de Quixeramobim, O Antônio Conselheiro deste chão / Que vai ser mar e o mar vai ser sertão. ACCIOLY, M. Antônio Conselheiro. In: FERNANDES, R. (Org.). O clarim e a oração: cem anos de Os sertões. São Paulo: Geração Editorial, 2001. O poema, escrito em 2001, contribui para a construção de uma determinada memória sobre o movimento de Canudos, ao retratar seu líder como a) partidário da abolição da escravidão. b) porta-voz do catolicismo ortodoxo romano. c) crítico do regime político recém-proclamado. d) defensor da autonomia política dos municípios. e) contrário à distribuição da terra para os humildes. 41
  • 42. 17 (F. Coelho) Leia os versos do Cordel. […] Quando se fala em cangaço Lembra logo Lampião Como falar em forró Lembra logo Gonzagão Foi Cabeleira o primeiro Chamado de cangaceiro Nas paragens do Sertão Seu nome era José Gomes […] (Trecho do cordel O bandido Cabeleira e o amor de Luisinha, Zé Antonio, 2006). 42
  • 43. Referente a Virgulino Ferreira, o Lampião, pode-se inferir que a) sua imagem está intimamente relacionada à aliança com os coronéis. b) é o mais conhecido dos cangaceiros e foi dos mais temidos no Nordeste. c) foi o primeiro cangaceiro a enfrentar as forças do imperador Dom Pedro II. d) foi casado com a bela Mata Hari, bandoleira baiana conhecido por sua coragem. e) tornou-se conhecido devido apenas às músicas de Luís Gonzaga e da literatura de cordel 43