O documento apresenta os artistas plásticos Rafael Silveira e Flávia Itiberê, descrevendo suas obras e carreiras. Rafael utiliza diversas linguagens como circo, tatuagem e publicidade dos anos 50 em suas pinturas a óleo e acrílico. Já Flávia se especializou em bordados manuais complexos em fibras que retratam figuras femininas. Ambos os artistas têm suas obras exibidas no Brasil e no exterior.
2. FICHA TÉCNICA
Senac Lapa Scipião
São Paulo, 10 de outubro de 2022.
Técnico em Comunicação Visual
Turma TCV 53
Projeto Integrador
Professores:
Ana Paula da Cruz Pires
Antonio Carlos Scodiero
Fábio Christão
Suely Pereira de Novaes
Aluna:
Ludymilla Vaz Valadão Damasceno
4. Insight, óleo sobre tela, 2019.
O artista plástico Rafael
Silveira, de 40 anos, nasceu
na cidade de Paranaguá,
no Paraná, mas vive desde
a infância em Curitiba,
onde graduou-se em
Publicidade em
Propaganda. Mas antes
disso ele chegou a iniciar o
curso de Educação Artística
na Universidade Federal do
Paraná.
Rafael reúne diversas
referências e linguagens
nas suas obras, com a
missão de transportar o
espectador para um
universo onírico, surreal.
Dentre elas os temas mais
comuns são o circo, a
tatuagem, a botânica, os
quadrinhos e a publicidade
dos anos 50. Todos
carregados com uma dose
de bom humor.
Ele revelou para a Inspi
que sempre soube que
seria um artista: “Sempre
soube sim, só não sabia ao
certo que tipo de artista
seria. Sempre fui muito
criativo desde criança, e à
medida que fui crescendo
a coisa foi acontecendo
meio que naturalmente”.
6. Rafael começou sua carreira como
Diretor de Arte em agências de
publicidade, e teve uma grande
produção de fanzines a partir do
finalzinho dos anos 80. Essa produção
continuou durante os anos 90, e durante
esse período ele teve seu trabalho
estampado em publicações nacionais e
internacionais.
A partir do ano 2000 ele passou a se
concentrar na ilustração, e a linguagem
dos quadrinhos, herança dos fanzines, o
acompanhou. Em 2004 ele começou a
fazer pinturas à óleo, que se destacam
na sua produção, juntamente com a
técnica de pintura acrílica.
Com uma linguagem muito própria, o
artista e ilustrador obteve grande
notoriedade no cenário nacional das
artes: “Eu sinto que não existe uma cena
de artistas brasileiros dentro desse meu
estilo, então o que eu faço acaba sendo
diferente e isso gera um certo destaque”,
revelou.
Seu trabalho ganhou ainda mais
visibilidade ao ilustrar a capa do álbum
Estandarte, da banda mineira Skank, em
2008. E hoje, além do Brasil, seu currículo
conta com exposições em cidades como
Nova York, Londres e Milão.
15. La
dolce
vita,
Bordado
manual
em
fibras
diversas,
montado
em
caixa
de
madeira
e
acrílico,
2018.
Flávia Itiberê nasceu em
Curitiba, em 1984, e passou
a infância entre a cidade
paranaense e La Plata, na
Argentina. Foi na
convivência com a avó,
entre sessões de costura e
passeios pelos armarinhos
da cidade, que Flávia
tomou gosto pelas linhas,
tecidos e bordados.
Graduou-se em design de
moda, pós graduou-se em
modelagem industrial e
deu aulas em
Universidades.
Flávia foi migrando
lentamente da moda para a
arte, colaborando cada vez
mais intensamente com o
pintor Rafael Silveira, com
quem divide a criação de
Amanda, filha do casal.
Desde 2017, a partir da
exposição “Circonjecturas”
apresentada no Museu
Oscar Niemeyer, em
Curitiba, a parceria
aprofundou-se e Flávia
chegou a produzir uma
grande instalação imersiva
que tomava conta de um
espaço generoso da
exposição.
16. Menina dos os olhos, Bordado manual
em fibras diversas, suspenso por fios, 2017.
Parte de sua produção
utiliza uma técnica
própria, que inclui o uso
de entretelas, bastidores
e outros instrumentos; e
na qual as linhas se
cruzam, se colam e se
amarram para formar
tramas com vazados mais
e menos abertos, texturas
e desenhos com traços
de diferentes espessuras.
As imagens, que essas
complexas tramas
definem, são quase
sempre a de figuras
femininas, mitológicas,
ou ícones extraídos de
um imaginário que Flávia
divide com Rafael.
17. Instalação parte da exposição ‘circonjecturas’ de Rafael Silveira, 2017. Museu oscar niemeyer (mon)