O documento discute o jornalismo policial sensacionalista no Brasil. Esse tipo de jornalismo causa controvérsia por usar imagens apelativas e julgar os réus antecipadamente. Um exemplo dado é de um caso em 2008 no qual a mídia veiculou que a polícia havia baleado inocentemente um morador na véspera da Páscoa, gerando protestos, quando na verdade criminosos atiraram nele para distrair a polícia. Especialistas debatem se alguns programas mostram a realidade ou apenas o que querem mostrar.
Ato nº 3766 do Supremo Conclave do Rito BrasileiroDeMolay Brasil
Ato do Supremo Conclave do Rito Brasileiro que reconhece o Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa como única organização DeMolay regular no País.
Cultura ou Polícia? A cobertura jornalística do Funk Carioca em Porto AlegreCamila Pereira
Análise tema do Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do Grau de Bacharel em Comunicação da Acadêmica Camila Stella Toledo Pereira - UFRGS - 2010/2
Ato nº 3766 do Supremo Conclave do Rito BrasileiroDeMolay Brasil
Ato do Supremo Conclave do Rito Brasileiro que reconhece o Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa como única organização DeMolay regular no País.
Cultura ou Polícia? A cobertura jornalística do Funk Carioca em Porto AlegreCamila Pereira
Análise tema do Trabalho de Conclusão de Curso para obtenção do Grau de Bacharel em Comunicação da Acadêmica Camila Stella Toledo Pereira - UFRGS - 2010/2
O “Caso Batará” é o segundo livro da série especial “Imprensa Amazonense”, projeto que traz ao conhecimento do leitor alguns temas que movimentaram a cidade, ocorridos entre as décadas de 1950 e 1980, e que estiveram presentes praticamente todos os dias na vida dos manauaras, porque foram publicados nos principais jornais impressos do Estado e também pela grande repercussão no radiojornalismo amazonense.
1. PÁGINA 2 - MAIO DE 2011 DE OLHO NA IMPRENSA
A notícia que gera audiência na TV
Jornalismo policial se confunde com sensacionalismo e causa discussões entre especialistas
Elizabete Farias
Banco de Imagens
Jennifer Muricy
Jessica Cardoso
Roseane Ferreira
O jornalismo policial sensaciona-
lista no Brasil já protagonizou muitas
histórias de injustiça, calúnia e julga-
mento indevido e, por esses e outros
motivos, tem sido alvo de discussões
entre especialistas há décadas. Con-
siderado o carro-chefe de muitas
emissoras de televisão, teve seus
primeiros jornais na França, Ingla-
terra e Estados Unidos em meados
do século XVII. Naquela época,
o destaque a assuntos violentos
como crimes hediondos garantiam
a atenção do público.
De lá para cá, pouca coisa mudou.
Devido à grande concorrência, em es-
pecial na televisão, veículos de comu-
nicação apostam em programas sensa-
cionalistas, nos quais crimes diversos
são expostos de maneira exagerada
sob a euforia de seus apresentadores,
numa linguagem dirigida às classes C,
D e E. “Por serem exibidos no final
da tarde (por volta das 18 horas), du-
rante o chamado horário de rotação, A falta de opção e a guerra pela audiência
esses programas
têm a função de mo na véspera da
elevar os índices “Eles mostram Páscoa, em 2008, História do jornalismo policial EDITORIAL
de audiência, de em uma perse-
‘alavancar’ a au- apenas o que querem.” guição a crimino- Jornalismo policial é um seg- Porém, a cobertura policial De cara nova
diência para, sos no bairro do mento do jornalismo. Suas pri- vem se expandindo ao longo dos
mais tarde, ‘pas- Capão Redondo, meiras coberturas ocorreram por anos, e diversos profissionais do A presente edição do Cida-
sar o bastão’ para Zona Sul de São volta do século XIX em jornais jornalismo se interessam pelo seg- dão está de cara nova. Tratam-se
os programas da faixa nobre, quando Paulo. Martins relata que um crimino- sensacionalistas da Inglaterra e dos mento. Para aqueles que querem de editorias novas que acompa-
a classe AB e a família chegam em so, para distrair a atenção dos policiais, Estados Unidos. Por se tratar de seguir essa carreira, é recomen- nharam as necessidades do leitor
casa para ver televisão”, comenta a atirou em um morador que passava fatos criminais, judiciais e de segu- dável a leitura do livro A sangue moderno em meio à sociedade
professora Flávia Serralvo, pesqui- pela rua de bicicleta, carregando dois rança pública e, muitas vezes, lidar frio, de Truman Capote. A obra da da informação. Nosso passeio
sadora da área. ovos de Páscoa. Após o ocorrido, a com criminosos, é considerada uma década de 60 é considerada uma pela Zona Leste começa com a
No Brasil, o sensacionalismo foi polícia foi socorrer a vítima baleada especialização de alto risco para os das mais importantes da reporta- editoria Urbano e uma verdadeira
transformado em um trunfo na corri- e os criminosos fugiram do local. Foi profissionais da área. gem policial. radiografia do aumento da tarifa
da pela audiência, causando controvér- veiculado pela mídia que o morador na cidade de São Paulo.
sia junto à opinião pública. O uso de foi baleado pela polícia inocentemente Você acompanhará a evolução
imagens apelativas, a repetição exausti- na véspera da Páscoa. No dia seguinte, do valor da tarifa ao longo dos
Roseane Ferreira
va de uma notícia e o julgamento ante- houve protestos e manifestações de anos e entenderá as inúmeras
cipado dos possíveis réus são recorren- moradores do bairro contra a polícia. manifestações populares em tor-
tes em coberturas sensacionalistas. Ao “Eles mostram apenas o que querem”, no deste assunto. Outro tema em
longo de sua pesquisa, desenvolvida argumenta Martins. destaque diz respeito à preser-
entre 2004 e 2006, a professora verifi- O soldado da Polícia Militar José vação do Meio ambiente. A ideia é
cou características que são peculiares Alves discorda de Martins. Para ele, compreender qual a condição dos
ao telejornalismo policial, tais como: existem programas de jornalismo parques mais populares da Zona
precariedade técnica; apresentadores policial que são verdadeiros, mostram Leste; a situação de iluminação,
como representantes do modelo da a realidade e o cotidiano da polícia e segurança, conservação e limpeza
instância justiceira, porta-vozes dos são autorizados pelo Comando Geral de cada um.
problemas vividos pela população; da Polícia Militar. Para saber a localidade destes
coloquialismo e erros gramaticais; Para a professora Flávia, espe- parques, vias de acesso e as suas
maniqueísmo; preconceito, sarcasmo e cialista no assunto, o jornalismo principais formas de lazer e en-
humor negro, mesmo quando se trata investigativo pode ser útil, não só tretenimento é possível recorrer
de situações extremamente trágicas; o ao interesse do poder público, mas a página Infografando. Com todas
riso com fins de consolo e amenização; no que diz respeito à divulgação essas abordagens modernas, não
presença de elementos grotescos; linha de injustiças e fraudes de qualquer poderia faltar a editoria Ciência e
editorial fundamentada no “quanto esfera da sociedade. tecnologia.
pior, melhor”; suscitação do medo Uma das contribuições mais sig- Nela, você entende como a
no telespectador; hierarquização de nificativas do jornalismo policial, tecnologia tem modificado os
sujeitos: identificam-se apenas as au- além de participação da sociedade hábitos de consumo do brasileiro
toridades e especialistas entrevistados, em mobilizações e manifestações, é e ainda se previne de crimes vir-
enquanto pessoas comuns são tratadas também a resolução de casos que, tuais. A internet também é foco na
como anônimos. pressionados pela TV, são soluciona- editoria Página midiática. Lá, o tea-
O soldado da Polícia Militar Dio- dos com rapidez, ou seja, o jornalismo tro é democratizado por meio da
go de Souza Martins vivenciou uma sensacionalista pode vir a influenciar a rede mundial, mas também é alvo
história de conflito com o jornalis- população a ser formadora de opinião. Diogo Souza, Policial Militar do Estado de São Paulo de polêmica no meio dramaturgo.
Para finalizar, acompanhe a
matéria sobre a Escola de Samba
Professores-orientadores Unidos de São Miguel na editoria
Dirceu Roque de Sousa, de Memória; e a matéria sobre jorna-
Jornal-laboratório do Curso de Jornalismo Flávia Serralvo e Regina Tavares.
Reitora Pró-reitor de Extensão e lismo sensacionalista na editoria De
da Universidade Cruzeiro do Sul
Profa. Dra. Sueli Cristina Marquesi Assuntos Comunitários
Também participaram olho na imprensa. Como todas essas
Pró-reitor de Graduação Prof. Dr. Renato Padovese Ano XII - Número 38 - Maio de 2011
Telefone para contato: (11) 2037-5706
desta edição os alunos: editorias foram feitas com dedicação
Prof. Dr. Luiz Henrique Amaral Coordenador do Mariana Barbosa, Maurício
Tiragem: 3 mil exemplares
e empenho, só resta lhe desejar:
Pró-reitor de Pós-graduação e Pesquisa Curso de Jornalismo Noronha, Renata Pereira e
Impressão: Jornal Última Hora (11) 4226-7272 Sheila Procópio. Boa leitura!
Prof. Dr. Danilo Antonio Duarte Prof. Ms. Carlos Barros Monteiro