Seminário sobre "Patologias da Vontade", sistema de recompensa, compulsões. Para disciplina de Neurobiologia na pós em Medicina da PUCRS

1. Patologias da Vontade
Juliana Azevedo e Valentina Cará

2. Vontade (fonte: google)
Substantivo feminino
1.Faculdade que tem o ser humano de querer, de escolher, de livremente praticar ou deixar de
praticar certos atos.
2.Força interior que impulsiona o indivíduo a realizar algo, a atingir
seus fins ou desejos; ânimo, determinação, firmeza.
o disposição, empenho, interesse, zelo.
o "a v. política de um governo"
3. Capacidade de escolher, de decidir entre alternativas possíveis;
volição.
4. Sentimento de desejo ou aspiração motivado por um apelo físico, fisiológico, psicológico ou
moral; querer.
"v. de tomar sorvete"
5. Prazer, apetite, deleite, gosto.
"comia e dançava com v."
6. Desejo impulsivo; capricho.
"criança cheia de vontades".........

4. Desejo? Impulso? Instinto?
"A renúncia progressiva dos instintos
parece ser um dos fundamentos do
desenvolvimento da civilização
humana”

5. CONFLITO?
"GUERRA"
Duelo injusto: milhões x milhares de anos
evolutivos
Razão
(fraca, mas que deve ser forte para que exista civilização)
X
Emoção
(forte, mas que deve ser controlada pela razão para que exista civilização).

6. Razão X Emoção: o conflito
"id x superego-> ego
(=decisão)"

7. Vontade? Desejo? Impulso? Instinto?
"Vontade" = Dopamina no
Sistema de Recompensa.
Prazer em comportamentos
essenciais à sobrevivência
(alimentação, reprodução, cuidar da
prole, etc)

9. Razão X Emoção: uma questão
evolutiva
• Viver em sociedade =
regras
• Sistema límbico /
Subcortical: bilhões de
anos
• Sistema cortical pré-
frontal: mais recente

11. Fonte: FIsher, SZ. Student, ST 2012. http://www.psyencemag.org/papers/20120106-triple

12. O Cérebro “saudável”: planejamento

13. O Cérebro “saudável”
http://empoderamientoporbandera.com/la-ciencia-del-habito-y-el-arte-del-cambio-aprendiendo-a-tomar-el-control/

14. Cérebro "Patológico"
drug-related
cues
http://www.pnas.org/content/110/11/4165/F1.expansion.html

15. O Cérebro “patológico”
Patologias psiquiátricas mais comuns:
(ativação do sistema de recompensa)
• Adição à drogas de abuso
•Transtornos alimentares: Binge Eating,
Bulimia nervosa
• Depressão (patologia da "não-vontade")
• Transtorno obsessivo-compulsivo

16. Drogas de Abuso

17. O Cérebro “patológico”: adição
• Excesso de dopamina no NAcc

18. Down-regulation de receptores
D2 com uso crônico de cocaína

21. Binge Eating
Vontade de comer (fome???)------------- comer
Sequestro do pensamento-> intrusão da
vontade (incapacidade de pensar a longo
prazo)
xX

22. Binge Eating
-Sensação de descontrole ao
comer
-Comer até sentir estar cheio
-Não estar com fome ( ???)
-Intenso sentimento de
desconforto, tristeza e frustração
após o episódio
-2 ou mais vezes na semana
Bulimia -> Binge seguido de
vômito provocado

24. Depressão e TOC
Pensamentos cíclicos,
obsessivos e/ou ruminativos -
> ações que impedem o
paciente de seguir seu
cotidiano

25. O Cérebro “patológico”
• Alteração na Inibição de resposta -> (Função executiva)
• Intoxicante efeito do ‘priming emocional’ – um estado tônico
de pré-ativação emocional
•"As ruminações vão lentamente reduzindo o limiar de
‘inevitabilidade da reação descomunal’, sabotando e
praticamente eliminando a capacidade cortical de controle.
Quando sobrevem o estímulo, ja é inevitável o clímax.
Exatamente como num orgasmo."(A. Palmini, A Inevitabilidade Orgásmica das Expressões
emocionais)

27. O cérebro "patológico"
ACIONAM
Presentes em TOC, TEPT,
Depressão, Transtornos
alimentares, Drogadição
MAS TAMBÉM
TÊM FUNÇÃO
ADAPTATIVA!

29. A hipótese é de que este seja o mecanismo pelo qual o accumbens se torna menos
responsivo a estímulos que normalmente competiriam com os pensamentos
intrusivos e produziriam mudanças adaptativas no pensamento e comportamento.

30. O accumbens
"irresponsivo".
Porém as
mudanças são
moleculares,
estruturais e
duradouras…
• Novos
fármacos em
estudo (NAC)

31. Nós controlamos nossas vontades ou elas nos
controlam?
VS.

32. “Podemos ser ‘adictos’
selectivos a aquellas
conductas que nos
empoderen”.