O documento descreve as etapas e elementos essenciais do Ritual de Iniciação Cristã de Adultos (RICA), introduzido pelo Concílio Vaticano II, incluindo o catecumenato, escrutínios, celebração dos sacramentos do batismo, confirmação e eucaristia, e a mistagogia. O RICA busca marcar ritualmente a iniciação cristã como um processo gradual de conversão, fé e participação na vida da Igreja.
1. Iniciação cristã de
adultos
O Concílio Vaticano II restaurou o
catecumenato para o batismo de
adultos no Ritual de Iniciação Cristã
de Adultos. Este contém somente a
ritualidade; a catequese deve ser
planejada na comunidade.
2. RICA – Ritual de iniciação
cristã de adultos
Apresenta apenas orações e ritos, mas
juntamente com suas orientações,
configura um itinerário de iniciação
que se dá pelo catecumenato, pelo
batismo, confirmação e eucaristia.
3. RICA, cap. 1º
traz a ritualidade completa para os
catecúmenos (não-batizados).
Necessariamente, não deve ser
copiado ao pé da letra, mas os
diversos catecumenatos devem ter
seu espírito e estrutura.
4. RICA é
para adultos não batizados
adultos não batizados,
para
para batizados, não plenamente
batizados, não plenamente
iniciados
iniciados O IVº cap. prepara para a
confirmação e/ou a eucaristia os
batizados na infância ou que
queiram aprofundar
aprofundar a própria
iniciação.
5. Finalidade do RICA
significar de maneira nova a
unidade dos três sacramentos,
marcar ritualmente os tempos da
iniciação cristã
sublinhar o caráter pascal da
iniciação
6. O RICA insiste
na progressiva iniciação, como subir
os degraus da escada, vai-se de um
tempo a outro pela:
escuta da Palavra,
celebração da fé e
aquisição de novas atitudes.
9. Querigma
proclamação da pessoa de Jesus
Cristo, do Reino, da Igreja e da
salvação como acontecimento
salvífico atual (DNC, nn. 30-31).
É o anúncio da chegada do Reino
de Deus na pessoa de Jesus,
realizando o ideal da justiça.
10. Finalidade
suscitar a fé nos ouvintes, de modo
que acolhendo Jesus como Filho de
Deus, Senhor e salvador participem
da sua própria vida, da vitória sobre
a morte, e alcancem, assim, a vida
eterna (cf. Jo 20,31).
11. Testemunho de fé
A catequese querigmática vai nos
ajudar a:
Propor a experiência de fé
ser mais testemunhais em nossa
maneira de evangelizar.
12. DAp. n. 278a
O querigma não é somente o tempo
de uma fase, mas o fio condutor de
um processo e só a partir dele
acontece a possibilidade de uma
iniciação cristã verdadeira.
13. DAp 288
‘A IN, que inclui o querigma é a
maneira prática de colocar alguém em
contato com Jesus Cristo e iniciá-lo no
discipulado’. Tem como objetivo ser
uma escola de discípulos cuja
metodologia é a conversão
progressiva.
14. DAp 289
“É necessário desenvolver em nossas
comunidades um processo de
iniciação na vida cristã que começa
pelo querigma e que, guiado pela
Palavra de Deus, conduz ao encontro
pessoal, cada vez maior, com Jesus
Cristo”.
15. Introdutor
guia espiritual, amigo que partilha
sua experiência com o candidato,
para estabelecer uma relação
pessoal com Deus e com a
comunidade.
16. Finalidade
favorecer a atuação do ES,
ajudar a compreender o Ev. e aderir
à Pessoa de JC;
estimular o processo de conversão
e vivência do Ev.;
clarear, motivar e orientar a leitura
bíblica e a oração pessoal.
17. Celebração de entrada
Diálogo com os candidatos.
Assinalação da cruz nos sentidos.
Entrega do livro da Palavra
18. Catecumenato
Catequese integral: história da
salvação e do creio.
Celebrações da Palavra,
exorcismos menores, bênçãos.
Entrega do creio e do pai-nosso.
Busca-se a conversão.
Grupo de partilha e sujeito do
processo.
19. DAp. n. 299
Alimenta-se essa experiência do
encontro no cultivo da amizade com
Cristo pela oração, no apreço pela
celebração litúrgica, na experiência
comunitária e no compromisso
apostólico, mediante um permanente
serviço aos demais.
20. DAp. n. 291
Ser discípulo é dom destinado a
crescer. A iniciação cristã dá
possibilidade de uma aprendizagem
gradual no conhecimento, no amor e
no seguimento de Cristo. Dessa
forma, ela forja a identidade e
acompanha o sentido da vida’.
21. DG 2008-2010, n. 57
“O discípulo é alguém chamado por
Jesus Cristo para com ele conviver,
participar de sua Vida, unir-se à sua
Pessoa e aderir à sua missão,
colaborando com ela”.
22. Formação da personalidade
cristã
O que significa ser cristão hoje?
Quais as consequências desta decisão?
Importa amadurecer a fé, nortear a ação
como cristão e valorizar a comunidade
de fé. Com critérios capazes de dar
sentido pleno à vida, além do
consumismo ou do sucesso vazio.
Ficam longe as motivações de ser
batizado, ou receber os outros
sacramentos só por motivos sociais.
23. Inscrição do nome
1º Dom da Quaresma.
Apresentação e petição dos
candidatos.
Oração pelos eleitos.
24. Tempo da purificação
Quaresma, tempo preparatório.
Celebração da penitência
Escrutínios sobre as realidades
fundamentais do ser cristão:
- a água viva do Espírito, samaritana, 3º
dom.;
- a luz da fé dada pelo batismo que faz
enxergar o Messias, cego de nascença,
4º dom.;
- a vida eterna, com a ressurreição de
Lázaro, 5º dom.
25. Celebração dos três
sacramentos
O mistério da morte e ressurreição
do Senhor confere sentido a todo o
caminho de fé.
Todo o processo catequético está
centrado na Vigília Pascal e em sua
fase anterior e posterior.
26. Tempo da mistagogia
Tempo Pascal
Catequese mistagógica: aprofundar a
experiência dos sacramentos.
Integração na comunidade.
27. Centralidade pascal
Valorizar o Domingo, como páscoa
semanal, como continuidade e
aperfeiçoamento da iniciação ao
longo da vida. Por isso, valoriza a
participação continuada na
Eucaristia dominical, como meio
habitual de assumir a Páscoa de
Cristo na entrega da própria vida.
28. A IC com estilo catecumenal
não é uma supérflua introdução na
fé, nem um verniz ou um cursinho de
admissão à Igreja.
Mas, um processo de preparação
e compreensão vital, de acolhimento e
participação no mistério da fé, da vida
nova revelada em Cristo Jesus e
celebrada na liturgia.
29. Catecumenato pós-batismal
O DNC e o DA projetam os adultos,
como os destinatários primeiros a crescer
na fé.
A atenção se volta das crianças para os
adultos, e em particular a família, para
aqueles que não participam da comunidade
e nem receberam os sacramentos da
confirmação e/ou eucaristia.
30. Desafio
Qual é o papel que cabe aos
ministros ordenados neste modo de
iniciar na fé!?