Nadia é uma garota de 17 anos que acabara de se mudar com seus pais para uma nova casa a alguns quilômetros fora da cidade. Tudo estaria perfeito, se ela não descobrisse os terríveis segredos que rondam aquela casa e as terríveis criaturas que estão nela. Então se prepare para a história mais macabra de T.M. Foster que conta a pequena, porém assustadora, trajetória de uma garota comum que vê sua vida virar de ponta cabeça e que nunca imaginara que todas as lendas sobre bruxas, magia e demônios eram reais. Acontecimentos impactantes irão tornar a história mais horrenda possível, e nossa personagem principal terá que desafiar-se a sair daquela casa de um jeito ou de outro. Ao desvendar todos os segredos daquele lugar, Nadia descobrirá que toda magia tem seu preço que uma entidade sempre a rondou. E no fim veremos até que ponto um ser humano é capaz de fazer para se salvar. Em “O Preço Da Magia” tudo, realmente tudo, pode acontecer

1. TM Foster – O Preço Da Magia
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2. TM Foster – O Preço Da Magia
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O PREÇO
DA MAGIA
TODA MAGIA TEM SEU PREÇO, COM NADIA NÃO SERIA DIFERENTE...
T.M. FOSTER

3. TM Foster – O Preço Da Magia
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QUEIMANDO NO INFERNO
Parte II
Lisbeth abriu os olhos calmamente até perceber
tudo o que havia acontecido. Suas mãos e seus pés
queimavam e todo o seu corpo. Era estranho
sentir-se queimando o tempo todo sem parar; Ela
estava no inferno! Sem dúvida alguma. Aquilo era
o inferno, o céu era alaranjado com densas nuvens
escuras, não havia terra ali, apenas fogo e lava.
-Ahh... –Seus gritos de aflição e desespero
ecoaram naquela imensidão fervescente, mas
quando olhou bem ao seu redor percebeu:
Todas aquelas pessoas que estavam ao seu redor
naquela noite em que foi queimada, agora,
queimavam também, junto a ela. Por um
momento Lisbeth se sentiu vingativa, mas
segundos depois voltou a raciocinar que ela
também estava lá, ela também estava sofrendo e
isso não era o que ela queria.

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Uma sombra então se formou a alguns metros a
sua frente que logo se tornou uma densa fumaça
negra, tomando a forma de um ser monstruoso.
Cada passo que aquela criatura dava tremia toda
a lava que fazia aquele lugar queimar. Chegando
mais perto de Lisbeth, ela pôde notar que aquilo
era um demônio.
-Lisbeth...? –A voz dele era estrondosa.
-Sim, mestre. –Ela hesitou um pouco, mas depois
se conteve tentando disfarçar a dor que sentia de
cada chama que a queimava.
-Seja bem-vinda a sua casa. –O monstro sorriu e
pressionou o olhar intencionado e obscuro.
-Mas... Eu não entendo. Eu fiz tudo o que pediu
enquanto eu estava na terra! Por que aqui?
Como... Todos!
-Você pode ter sido superior na terra, mas aqui
você é como todos. –O demônio manteve a voz
calma.
-Não! Eu não aceito isso... Nunca aceitarei! Lâmia,
sua vadia!
-Lâmia? –Os olhos a fitaram curioso. –Então foi
ela quem a concedeu a magia necessária para ser
uma bruxa na terra?
Lisbeth ficou confusa... Se aquele demônio não era
Lâmia, então quem era?

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-Sim... Foi ela, mas... –Lisbeth, a mulher mais
cruel da terra agora parecia estranhamente
confusa e com receio. –Quem é você?
O demônio então a fitou. Tão horripilante e
amedrontador começou a tornar a forma de
humano. Pele pálida e olhos de um dourado
urticante, ele deu um leve sorriso.
-Eu sou Lúcifer.

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DEMÔNIOS, MAGIA E A BRUXA
Tudo começou quando me mudei para aquela casa. E
coisas estranhas começaram a acontecer... Sem
dúvida havia algo errado com aquele lugar, tudo
parecia tão perfeito, mas tão sombrio ao mesmo
tempo. O sótão escondia algo macabro que por ser
recitado o que estava escrito naquela parede
ensanguentada, libertou dezenas de demônios, mas
só uma parecia inofensiva. Uma garotinha vestida de
branco, de olhos cinza e pele pálida, ela caminhava
flutuando, deixando rastros de uma fumaça
esbranquiçada. Quem era ela?
-Daqui pra frente a sua vida jamais será a
mesma... –Disse a garotinha fantasma, era o que
parecia.
Nadia prendeu a respiração por um momento,
aquelas palavras ditas no silêncio da noite era
assustador, como que surreal e ao mesmo tempo
sombrio.

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-O que eu faço...? –Nadia olhou paralisada para a
garota-fantasma.
-É simples. –A menina começou a falar mais
suavemente do que antes. –Você precisa de
madeira, fogo e o Livro Sagrado Das Bruxas!
-Madeira, fogo... –Nadia parou. --Livro Sagrado
Das Bruxas?
-Sim. –A menina-fantasma fechou os olhos por um
instante. –Você precisará da madeira e do fogo
para fazer uma grande fogueira! O Livro Sagrado
Das Bruxas é para o feitiço. –A garota-fantasma a
olhou por um instante presumindo que ela faria
mais perguntas.
-Não questionarei nada depois do que vi essa noite
e... Do que estou vendo agora. –Nadia insinuou a
menina que flutuava a sua frente. –Mas eu
conseguirei fazer a fogueira, isso até me soa
familiar... –Nadia então lembrou-se da noite em
que acordou e viu pela janela de seu quarto uma
enorme fogueira cintilante, lembrou-se também de
parecer estar hipnotizada pela fogueira. – O Livro
Sagrado Das Bruxas. Onde encontro?

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A menina-fantasma estava pensativa agora,
olhava para o nada de maneira indecifrável.
-Retiro o que eu disse antes. –Disse a menina para
Nadia. –Sobre ser simples. Os demônios estão na
sua casa agora, eles não sairão até o amanhecer. O
feitiço só pode ser feito quando todos eles estão
próximos, isso quer dizer que você só tem essa
noite para fazê-lo.
-E o Livro Sagrado...?
-Está na casa.
A lua já estava cintilando no céu escuro, as
estrelas pareciam almas atormentadas que
flutuavam em busca de libertação. Nadia estava
atordoada com tudo aquilo, mas decidiu fazer o
que o que fosse preciso para acabar com tudo
aquilo. Ela sabia agora do que o mundo teme de
verdade, do que os religiosos rezam a todo tempo
para se livrar.

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Era fácil descrever sua face naquele momento, de
pânico, mas Nadia era diferente de todas as
garotas. Exceto de uma...
-Como faço para que não me peguem...? –Nadia
murmurou para a garota-fantasma. –Eu estou
com medo.
-A única maneira é correr, Nadia. –A garota
estava neutra como se estivesse em transe.
-Como sabe meu nome?
-Sei de tantas coisas... –A garota deu um leve
sorriso. –Agora vá. Antes que seja tarde demais!
Nadia hesitou de primeira, mas então fechou os
olhos por um momento e com determinação
entrou na casa. Logo ela percebeu que havia algo
diferente ali, na atmosfera do lugar. Era como se
tudo estivesse carregado de uma energia
estranha... Ela simplesmente passou pela sala e
seguiu até a cozinha.
Ele tinha uns dois metros de altura, seu corpo
longo era estranhamente magro dando para
visualizar todos seus ossos, pele áspera e cheia de
cicatrizes e garras enormes e peçonhentas. O

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demônio de costas, virou-se, revelando o abismo
negro em seus olhos, deu um leve sorriso
mostrando seus dentes pontiagudos.
Nadia ficou paralisada pelo medo, ela não
conseguia se mover. Suas mãos estavam frias, ela
não tinha nenhuma reação. O Ser que a olhava
logo se aproximou, chegando tão perto que dava
para sentir sua respiração fria.
-Nadia... –Ele contorceu seu rosto, analisando-a. –
Nadia...?
Nadia fechou os olhos, apavorada, o que ela faria?
Como dito antes, ela era diferentes de todas as
garotas. Ali, na cozinha, o faqueiro se mostrava a
única arma de defesa. A garota deu um longo
suspiro antes de cometer o ato.
Pegando uma das facas, ela o fincou no demônio a
sua frente. Por um momento ele parecia
assustador, mas ao mesmo tempo ingênuo. Mas
quando Nadia o esfaqueou sua expressão mudou
de assustador e ingênuo para assombroso e
horripilante!

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-Nadia! –Ele urrou de dor enquanto ela corria em
direção ao corredor. –Você não conseguirá
escapar...
-Eu vou... –Ela estava tremula, e logo percebeu
que estava chorando. –Eu irei conseguir!
-Você é como nós, Nadia! –O monstro continuava
falando num tom sobrenatural.
Nadia não deu ouvidos a ele e logo já estava
subindo as escadas do sótão. É claro que se o livro
estava na casa com certeza estaria naquele sótão
macabro. E estava. Ela logo percebeu o que
parecia ser uma enorme bíblia, mas bem
diferentes das tradicionais religiosas, esta era
encapada de couro com um símbolo que ela nunca
vira antes, as folhas eram grossas e sujas. Aquele
livro devia ser muito antigo para estar naquele
estado.
-Aí está você... –Nadia sussurrou pegando o Livro
Sagrado Das Bruxas. Suas mãos ainda estavam
trêmulas.
-Não, não... –Uma voz diabólica disse atrás dela. –
Aí está você!

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Um arrepio tomou conta de Nadia mais uma vez.
Ela temia que quando virasse tornaria a ver outro
demônio igual ao que esfaqueou. Mas este era
diferente...
Ele estava nas sombras do canto do sótão, mais
abaixo se esvaia uma fumaça negra e densa. O que
dava para enxergar era apenas dois cintilantes
olhos vermelhos.
Nadia logo o reconheceu! Aquele mesmo vulto que
a perseguiu na floresta e que a seguiu até sua casa.
E depois ela já não era a mesma...
-Você... –Nadia murmurou.
-Pelo visto se lembra de mim. –A voz escabrosa
ecoou naquele santuário de bruxaria.
-O que você fez comigo?
-Descubra você mesmo, Nadia.
Nadia então correu em direção a saída do sótão,
mas foi surpreendida por uma mão que agarrou
em sua perna. Ela rapidamente caiu deixando
escapar o livro.

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-Não, Nadia! –A voz estava mais séria agora. –
Você não irá fazer o que estou pensando...
-Sim! –Nadia gritou. –Vou mandar todos vocês de
volta para o inferno!
-Você irá junto, Nadia.
A garota por um momento parou de se debater.
-Do que você está falando? –Ela parecia confusa,
parecia saber que havia uma verdade nas frases
dele.
-Você é uma de nós agora... –Ele continuou. –Se
você fizer o feitiço, irá junto conosco! Você não
seria tão burra...
-Você está mentindo. –Nadia se debateu. –A
garotinha... A garotinha de branco, ela me disse
para fazer isso!
-Aquela pirralha! –O Ser parecia furioso agora. –
Você não pode dar ouvidos a ela Nadia. Ela está te
usando.
Sal. Havia um pouco de sal no chão ao seu lado,
Nadia pegou o pouco que tinha jogou nas mãos

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que a agarrava. O Ser arquejou por tempo
suficiente para que ela conseguisse escapar.
-Eu não sou uma de vocês! Nunca!
Ela pegou o livro saiu em direção à escada. Lá em
baixo, Nadia parecia aliviada, se recompôs por
alguns segundos, mas quando olhou a sua volta
seus olhos pareciam querer sair fora das orbitas.
Ela estava cercada por demônios.
Sem saída. Ela estava sem saída! A única forma de
escapar dali era voltar para sótão, mas havia
outro deles lá. O que ela faria? Foi então que
Nadia olhou para o livro. Sim, o livro. Pensou ela.
Abriu e começou a folheá-las desesperada
enquanto eles se aproximavam. A garota ficou
ainda mais em pânico quando viu que tudo escrito
no Livro Sagrado Das Bruxas era em latim!
-Droga, droga... –Murmurou desesperada. –Vai
ter que ser qualquer um. –Ela apontou para um
dos feitiços escritos em latim e começou a

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pronunciá-los. –Spiritus secum. Imago vita ad
mortem. Quaere, faciam tibi nunc animus signati.
Uma ventania misteriosa começou tomar conta do
lugar. Os demônios estavam fixos em Nadia
enquanto a mesma parecia mais eufórica que
nunca. Um grito monstruoso pôde ser ouvido do
sótão, a garota olhou para a direção do som.
-Nadia! –A voz era estrondosa e cheia de raiva. –O
que você fez?! Você irá trazer o caos...!
Ela ficou pálida por alguns minutos e então
começou a chorar. Por que... Porque isso está
acontecendo comigo? Pensou ela.
E de repente os demônios horríveis a sua volta
começaram a desaparecer. Ela deu um leve
sorriso, mas então percebeu algo estranho... A
casa toda estava florescente. Ela carregou o Livro
até a frente da casa onde a garota-fantasma a
esperava.
-Nadia, o que você fez? –A garota parecia séria.
-Eu... Eu não sei.

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-Bom... Isso não importa! –A garota sorriu. –Você
caiu feito um patinho! Tolinha. –Disse ela
sarcástica e diferente.
A garota-fantasma começou a brilhar
intensamente tomando a forma de uma mulher
alta perfeitamente bela. Ela flutuava agora, mas
com uma áurea pesada e maligna. A garota-
fantasma agora é uma mulher!
-Me dê o livro, Nadia. –Ela sorriu maliciosa.
Nadia não teve resposta, simplesmente saiu
correndo rumo à floresta. Mas foi então que a
garota foi surpreendida ao que parecia ser uma
barreira que a impedia de prosseguir. O que está
acontecendo? Ela se perguntou com lágrimas nos
olhos. E quando se virou:
-Pobre Nadia. –Sorriu a mulher-flutuante. –
Parece que você está presa...
-É você! –Disse Nadia com ódio. –Você está
fazendo isso comigo. O que você quer?
-Apenas me dê o livro, Nadia. –A mulher estendeu
as mãos. –Eu posso ajudá-la se me entregar.

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-Eu não preciso de ajuda! Preciso apenas que você
me deixe ir!
-Nadia, olhe ao seu redor... –A mulher começou a
falar. –Você se sente mais leve como se tivesse
arrancado um peso de seu corpo, suas mãos estão
frias agora e você está começando a enxergar as
coisas do modo como um espírito enxerga. E por
quê? –A mulher respirou, embora não precisasse.
–Você está morta, Nadia.
Aquele dia. Aquele dia em que caminhei pela floresta
e fui perseguida por algo... E quando pensei em estar
a salvo em meu quarto, aquela coisa atravessou a
porta e então desmaiei. E no dia seguinte eu já não
era a mesma.
-Você está presa aqui, Nadia. Assim como eu! –
Precisamos nos unir.
Eu estou morta!
CONTINUA...

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PRÓXIMO CAPÍTULO:
A FOGUEIRA, O PASSADO E FUTURO