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Eber Bentes




                                                    CAPITULO I
                                              As lembranças da guerra

   Setembro de 1999.
   Uma sombra vestida com uma capa preta caminhava no corredor da casa de Ana.
   – Ana, onde você está? – soava a voz rouca e frívola – Sabe que vou encontrar você não é? Apareça desgraçada,
   não está em condições de se esconder!
   Ana era uma mulher aliada dos anjos na guerra do Armageddon. Esta guerra iniciou-se quando Lúcifer tentou
   condenar a Terra ao fogo eterno de Deus, que por sua vez tentou salvá-la. Durante anos, Lúcifer se tornou mais
   forte à medida que seu exército de demônios aumentava. Rafael, o anjo mensageiro de Deus, temia a vitoria dos
   demônios, o medo se alastrava por todos os anjos até os mais longínquos limites do Paraíso e de Monte Castelo.
   Rafael invadiu o “Salão Mizar” para então realizar um dos maiores crimes dos anjos. Mizar eram duas estrelas
   gêmeas girando ao redor de um mesmo núcleo chamado Espírito Santo. Uma estrela mizar possuía a cor azul, esta
   dava origem às almas humanas, a outra possuía cor dourada e dava origem à alma dos anjos, lá era onde surgiam as
   almas. Rafael colocou diretamente no núcleo de “Mizar Azul”, um pequeno pedaço da Divina Providência, o que
   modificou a forma das almas. Assim surgiu uma nova raça de seres humanos que possuíam poderes sobrenaturais
   que poderiam definir o rumo da guerra que se arquitetava.
   Anos após o ocorrido nasceu Ana, uma das pessoas que eventualmente possuía poderes, ela possuía uma vasta
   habilidade para criar selos, assim ela aprisionava diversos tipos de demônios.
   A guerra chegou a seu estopim, quando Lúcifer decidiu possuir o corpo desses humanos, usando o poder deles a
   seu favor. Lúcifer só tinha um objetivo em mente, possuir tudo em suas mãos.
   Ana tinha uma filha chamada Juliana. Sua filha possuía um poder raro, ela podia criar campos eletromagnéticos
   maciços, atrair e repudiar objetos e produzir ondas sonoras semelhantes a explosões com capacidade de quebrar a
   barreira do som, contudo ela possuía quatro anos, e não sabia controlar seus poderes.
   A sombra na casa de Ana era Lúcifer, ele havia ido atrás dela para matá-la e sequestrar sua filha.
   – Vamos Ana, não se esconda! Senão sua morte será muito mais dolorosa – dizia Lúcifer.
   Ana estava escondida dentro do quarto de Juliana com a filha nos braços.
   – Juliana – disse Ana, tentando manter a calma - eu criei um selo de proteção pro seu quarto, nada poderá lhe ferir
   enquanto estiver aqui dentro, lembre-se que Aang ficará com você caso aconteça alguma coisa comigo e, em
   hipótese alguma abra essa porta – despediu-se de sua filha com um beijo na testa.
   Ana possuía olhos bem escuros e um cabelo preto até a altura do ombro, ela levantou e encostou a mão na porta
   pelo lado de dentro, surgiu o desenho de um circulo com vários triângulos e quadrados ao redor. Saiu do quarto de
   Juliana permanecendo de frente à porta.
   – Aqui está você. Finalmente poderemos conversar um pouco – ele saiu das sombras.
   – Não há nada a ser dito! – virou-se a mulher com grande revolta.




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   – Não comece com ladainhas, quero a garota!
   – Nunca tocará em minha filha, logo Aang chegará e irá matar você.
   – Esperança?! Ora, Aang não vai vir.
   – Então protegerei minha filha com minha vida se preciso.
   – Ana não tem como me matar.
   – Quer tentar na sorte!
   – Hm... Acha que temo seus patéticos selos?
   – Não importa!
   Ana correu na direção de Lúcifer que a derrubou no chão com uma tapa. O demônio caminhou, tocou na maçaneta
   e sentiu sua mão queimar.
   – Filha da Puta! Você colocou um selo na porta!
   – Pelo quarto todo. Não vai tocar em Juliana! – dizia a mulher caída aos pés de Lúcifer.
   – Agora não terei piedade, farei sua morte ser dolorosa e nem mesmo após a morte poderá descansar em paz,
   lançarei sua alma no inferno onde será dilacerada por demônios, você queimará eternamente nas chamas do inferno.
   – Não me importo comigo.
   Lúcifer segurou Ana pelo pescoço erguendo-a e a sufocando com a mão direita, depois a empurrou contra a porta
   do quarto.
   – Disse que não se importa com você não é? Então morra!
   Lúcifer atravessou sua mão esquerda pelo peito de Ana.
   – Aang vai matar você – disse Ana.
   – Pena que não vai estar aqui pra testemunhar o fracasso do vovozinho.
   – Vai pro inferno!
   – Não mesmo, eu já vim de lá.
   Os olhos vermelhos do demônio focaram a fechadura da porta.
   – Olha só! estamos com telespectadores.
   – Não, Juliana não veja isso.
   Juliana observava enquanto sua mãe agonizava antes de morrer.
   – Eu amo você, querida lembre-se, não abra a porta – Ana havia pronunciado suas últimas palavras fechando
   lentamente seus olhos.
   – Morra de uma vez!
   Lúcifer a jogou no chão, em seguida tentou abrir novamente a porta, mas a segunda tentativa falhou como a
   primeira. Sua mão queimou e começou a se rasgar como se mil facas a atravessassem.
   – Aquela vadia! mesmo depois de morta ainda me atrapalha. Pode-me ver não é Juliana? Sim, sei que pode, então
   escute abra a porta para o titio Lúcifer, eu só vou judiar um pouquinho de você.
   Juliana estava chorando e respondeu:




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– Minha mãe disse pra não abrir!
– Sua pirralha insolente você é igual a sua mãe! Escute bem quando você crescer e controlar seus poderes, eu virei
buscá-la e a levarei comigo para o inferno – dizendo isso Lúcifer começou a gargalhar recuando de volta a sombra
até sumir.
                                                         ***
Maio de 2009
Alguém batia na porta do quarto.
– Juliana acorde! Está na hora de você ir.
Sendo órfã, Juliana foi adotada e enviada para o convento Aparecida onde cresceu recebendo uma boa educação.
– Vamos minha jovem o senhor Ícaro está vindo lhe buscar.
– Já vou me levantar Madre Márcia.
Márcia era uma das freiras que comandava o convento onde ela vivia. Ícaro era um velho amigo de Ana, foi ele
quem se tornou o tutor de Juliana. Já com quatorze anos, Ícaro decidiu levá-la para sua casa, por algum motivo não
fez isso antes.
– Vamos minha querida seu tutor está vindo buscá-la.
A madre entrara no quarto de Juliana e começara a puxar o lençol da moça.
– Se acalme Madre, eu já deixei a minha mala pronta ontem a noite só falta eu tomar meu banho.
– Então se apresse! Ícaro já ligou para avisar que está vindo!
Juliana beijou o rosto da pobre senhora dizendo:
– Eu também vou sentir saudades da senhora.
A senhora atormentada com o atraso da moça se acalmou.
                                                         ***
Um carro buzinou na frente do convento. Ícaro havia chegado.
Juliana saiu com pressa do banheiro, se vestiu, deixou o quarto desceu as escadas até o portão principal do
convento onde muitas de suas amigas a aguardavam para dizer adeus.
Após a despedida ela abriu a porta do carro.
– Olá Ícaro.
– Da última vez que a vi, você mal tinha um metro e meio de altura e agora está uma moça linda.
– Obrigada – sorriu ela, entrando no carro.
Ambos seguiram juntos pelo Rio de Janeiro. Juliana tinha um cabelo preto liso uma franja sobre os olhos e uma
pele clara.
– Como você está?
– Bem.
– Que bom! A propósito creio que você gostará do resto do pessoal.
– Resto do pessoal? Com quantas pessoas você vive, para onde vamos?




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   – A um lugar que costumo chamar de casa.
   Eles ficaram por um tempo no carro até que ela dormiu.
   – Ei acorde Juliana, chegamos.
   – Já? Desculpe eu dormi.
   Juliana ficou impressionada com o lugar, ela não sabia ao certo qual era o endereço de Ícaro, pois, a caminho da
   viagem havia dormido no carro, mas era localizada em um local com uma estrada longa, era a única casa a vista, do
   outro lado da rua tinham muitas árvores, talvez fosse uma mata fechada. Havia um enorme muro, o carro parou na
   frente de um grande portão prateado com grades de ferro que se abriu, a entrada possuía um caminho de pedras por
   onde Ícaro andou com o carro, a alguns metros havia uma enorme jabuticabeira com um banco em sua sombra, nele
   estavam sentadas duas meninas lendo livros, ela só conseguia ver aquilo por enquanto, aquele lugar grande com
   grama espalhada pelo chão e alguns cantos com flores muito coloridas.
   – Aqui é sua casa? – perguntou ela.
   – Sim.
   – Aquelas meninas são suas filhas?
   – Não biologicamente, mas eu tenho a responsabilidade de cuidar delas.
   – Por que você?
   – Meu pai me deu esse dever.
   – Como assim seu pai? Eu pensava que você não tinha família.
   – Ei eu tenho família, além do mais você faz parte dela.
   Juliana continuou a observar a casa pensando, por que Ícaro não tinha uma esposa e filhos? Além do mais ele tinha
   cabelos loiros enrolados, dentes bem brancos e limpos e olhos bem castanhos, era um rapaz bonito aparentando
   vinte e sete anos, talvez?
   Dentro, a casa era ainda mais espetacular. A sala era enorme com sofás e pufes de frente pra uma raque grande com
   TV, DVD, som, vídeo game, tinham uns tapetes bonitos, e cortinas amarelas.
   – Josi?!
   Uma garota da casa descia a escada.
   – Sim, Ícaro!
   – Josi você poderia mostrar a casa a Juliana? – perguntava Ícaro.
   – A garota nova?
   – Sim.
   Josi era uma moça muito bonita, tinha cabelos pouco curtos bem escuros e lisos, um nariz pequeno, lábios finos e
   uma pele bem clara.
   – Olá! eu sou Josielma, mas todo mundo me chama de Josi.
   – Oi meu nome é Juliana. A mesma pensava: - o resto do pessoal? Quantas pessoas mais o Ícaro têm vivendo
   aqui?




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– Vamos venha comigo vou lhe mostrar o primeiro andar.
 Juliana deixou as malas ao pé da escada, as duas andaram juntas pelo primeiro andar.
Após a sala, seguindo direto se chegava a uma sala de jantar com uma enorme mesa mais adiante a cozinha, e
depois, o quintal, que era ainda maior do queo jardim em frente a casa. Possuía piscina coberta, quadra de tênis,
mais grama e um grande jardim, havia também uma quadra coberta de basquete e muitas outras árvores frutíferas
como, mangueiras, laranjeiras, coqueiros, um campo de morangos, entre outros. Aí estava mais um motivo pra
Ícaro se casar, ele era rico.
– O que há atrás daquela porta? – perguntou Juliana fitando um pequeno cômodo separado da casa.
– A sim estava me esquecendo, essa sala é pra você.
– Pra mim?
– Sim! Ícaro construiu pra você.
Juliana seguiu Josi até a porta. Quando ela abriu viu uma sala cheia de vasos com flores e um piano.
– Adoro tocar piano.
– Ícaro lê o pensamento das pessoas.
– O que mais eu devo conhecer? – perguntou Juliana.
– Nesse momento, seu quarto – respondeu Josi.
As duas andavam juntas pela sala de estar, de repente o telefone tocou no momento em que ambas subiam as
escadas.
– Alô.
– Oi Sendy?
– Sim, Eduardo?
– Sim sou eu.
– Como você está mano?
– Voltando para casa. Perpétua está terminando de arrumar as malas.
– Que legal quando vocês chegam?
– Bom eu acho que amanhã, caso meu avião não exploda no meio do caminho.
– Não fala besteira.
– Só liguei para dizer isso, então até amanhã.
– Até amanhã, manda um abraço pra Perpétua.
– Pode deixar, tchau.
– Tchau.
Sendy colocou o gancho do telefone no lugar.
– Sendy o Ed volta amanhã? – perguntou Josi.
– Segundo ele sim.
Josi desceu os poucos degraus que havia subido e aproximou Juliana de Sendy.




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   – Deixe-me apresentá-las. Sendy, esta é a Juliana, a garota nova.
   – Prazer eu sou Juliana.
   – Prazer eu sou Sendy.
   As duas apertaram a mão uma da outra.
   – Ela é minha irmã – informou Josi.
   – Vocês se parecem um pouco, exceto os cabelos da Sendy que são vermelhos – observou Juliana.
   – São só detalhes que podem ser corrigidos rapidamente com um pouco de tinta – afirmava Josi.
   – Sim é verdade Josi - confirmou Sendy.
   – Bem, vamos Juliana vou mostrar seu quarto.
                                                           ***
   Longe dalí.
   Era uma casa comum, uma mulher estava sentada na cadeira com os pés sobre a mesa. Ela possuía olhos azuis
   profundos junto de cabelos pretos grandes e um tanto ondulados, trajava roupas pretas de couro equipada com
   várias bolsas pequenas presas nas pernas e nos braços, vestia-se como uma assassina.
   – Konan!
   Um homem entrava na casa.
   – Sim Kandachi?
   – Você matou a família?
   – Sim, os corpos estão no banheiro, decolados – ela enfatizou a última palavra.
   – Até a menina de sete anos e o irmão dela de nove?
   – Você disse “mate toda à família”, eu fiz.
   – Frívola como sempre – disse Kandachi, exibindo um sorriso de orgulho.
   – Você disse que eles eram humanos e antigos companheiros dos anjos, poderiam ser um risco para nosso plano.
   – Sim é verdade. Eu combinei com Mestiça tudo que precisávamos fazer.
   Konan era uma humana sobrevivente da guerra do Armageddon, quando garota, seus pais morreram e ela foi criada
   por um demônio chamado Kandachi. Alguns demônios conseguiram fugir do campo de batalha e estavam
   assumindo forma humana para não serem notados entre pessoas comuns há anos. Kandachi era um desses
   demônios, ele tinha olhos pretos, cabelo preto com corte militar, queixo duplo e uma cicatriz que descia da testa
   passando sobre o olho esquerdo descendo pela bochecha, lábio, e terminando no queixo.
   – Temos de matar mais uma pessoa.
   – Sim eu sei.
   – Ícaro, o anjo caçula.
   – Por que você o chama de anjo caçula?
   – Simples! Ele foi o anjo mais novo que sobreviveu a última guerra santa que ocorreu – respondeu Kandachi.
   – Pra onde vamos?




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– Diga-me você? Porque não sou eu quem sente outras pessoas dentro de mim.
Konan olhou para cima e ficou em silêncio por um tempo.
– Prepare-se vamos para o Rio de Janeiro – concluiu Konan.
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Em uma caverna em algum outro lugar desconhecido...
Havia duas pessoas dentro.
– Mestiça! O que fazemos aqui?
– Ittan se acalme.
– Paciência é uma virtude para quem possui e eu não sou uma dessas pessoas!
Mestiça era como se chamava uma mulher demônio com pele verde e escamosa.
– Ittan nós estamos aqui nessa caverna para abrir um portal para o inferno.
– Por que tem de ser aqui nesse lugar horrível?
– Kandachi nos mandou pra cá, ele disse que há alguns anos ocorreu um assassinato aqui, assim fica mais fácil abrir
o portal para o inferno.
– Isso eu sei. Só perguntei, por que essa caverna?
– Pare de reclamar e me dê aquele homem que sequestramos como sacrifício.
Ittan era um aliado de Mestiça.
– Não se esqueça do pentágono! – alertou Ketrine outra mulher que surgia na caverna.
– Onde você estava Ketrine?
– Mestiça somos aliadas mais isso não da a você o direto de futricar em minha vida.
– Cale-se então!
– Você vai deixar ela te insultar Ketrine? – perguntou Ittan.
– Quieto! Intrigas comigo não funcionam, eu já criei várias na minha vida.
– Não seja má Ketrine.
– Eu já fiz o pentágono agora me de o sacrifício – anunciava Mestiça após desenhar um pentágono enorme no chão.
Ittan pegou um papel enrolado do bolso onde se encontrava um desenho, um selo que abriu no chão e em seguida
gritou com a mão sobre o papel:
- Liberar!
De repente apareceu um homem quase morto. Mestiça o segurou pelo pescoço e cortou sua garganta espalhando
seu sangue em cima do pentágono desenhado no chão.
– Abra portal! – disse a Mestiça.
– Abra portal? – sussurrou Ittan.
– Quietem os dois, vocês estão fazendo tudo errado – disse Ketrine.
– Me explique então Ketrine.
Com Mestiça dizendo isso, Ketrine pegou uma faca e cortou seu pulso.




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   – Tem que ter sangue de demônio para funcionar.
   – Então pare Ketrine, seu sangue e o sangue de Ittan não servem já que vocês dois não são demônios – alertou a
   Mestiça.
   Dizendo isso a própria Mestiça cortou seu pulso, jogando o sangue no pentágono junto com o morto. O pulso de
   Ketrine e Mestiça se regeneraram em seguida.
   – Abra portal do inferno! – repetiu a Mestiça.
   – Que palavras sem imaginação – dizia Ittan.
   – Quieto! – sibilou Mestiça.
   Em questão de segundos o corpo da Mestiça exalou uma luz violeta, era a sua energia espiritual que ela queimava
   sobre o pentágono para abrir o portal do inferno.
   – É impressão minha ou está ficando quente aqui?
   – Ittan, estamos abrindo um portal para o inferno não para a Antártida você esperava frio?
   O pentágono começou a rachar no chão, a terra dentro do desenho caiu levando consigo o corpo do humano, o chão
   dentro do pentágono não estava mais ali, dentro havia a imagem de uma cidade queimando, brasas por todo o lado e
   vazio, não tinha ninguém, era o inferno.
   – Consegui! Vão! Rápido por que eu não poderei deixar esse portal aberto por muito tempo! – gritou a Mestiça.
   – Não sei não Mestiça. Eu não confio muito em você.
   – Rápido Ittan!
   Ketrine segurou Ittan e o atirou no inferno. Depois disse:
   – O corpo daquele homem servirá para trazer a parte da alma de Naraki que está no inferno, mas espero que Ittan
   esteja errado.
   – Alguma vez dei razão pra desconfiar de mim?
   Ketrine se lançou no inferno sem responder a pergunta da Mestiça.
   Na caverna desconhecida já havia passado uma hora e alguns minutos intermináveis para Mestiça.
   – Miseráveis depressa! – gritava Mestiça.
   – Chegamos! – exclamava Ittan.
   – Não precisa mais ter pressa!
   – Vocês demoraram muito Ketrine.
   – Foi mal tivemos trabalho para fixá-lo ao corpo hospedeiro.
   – Conseguiram?
   – Sim, e encontramos vários demônios que ainda estão em estado de pedra – disse Ittan.
   – O selo de Aang ainda está forte demais, vários demônios ainda estão na forma de estátuas e outros selados em
   outras dimensões – disse Ketrine.




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O corpo do homem que estava com Ketrine serviria de hospedeiro, um intermédio pra alguém sair do inferno.
Ketrine soltou o corpo que estava sobre seus ombros no chão. O corpo voltara do inferno com uma mascara no
rosto com dois espaços pros olhos.
– Satisfeito Naraki? – perguntou Mestiça com sua voz rouca fechando o portal.
– Sim maldita cobra – disse o corpo do estranho ainda caído no chão.
– Não fale assim comigo, você havia desaparecido no meio da grande guerra, não tem respeito algum.
– Mestiça eu fui um pouco mais precavido – o corpo começara a se levantar devagar e seus olhos azuis
acinzentados se destacavam em sua face.
– Você nos abandonou seu covarde!
Naraki ergueu-se e segurou Mestiça pelo pescoço erguendo-a.
– Não me chame de covarde, Izildo quase me matou! Eu tive de fazer coisas que nem você seria capaz de fazer pra
sobreviver, visando que ninguém me encontrasse. Lúcifer atacou Monte Castelo e o céu com todo seu exercito e
veja o que aconteceu, o supremo Izildo e Aang o selaram, sem levar em consideração o fato de Lúcifer quase ter
morrido.
– Solte-me Naraki! – exclamou Mestiça batendo no braço do homem.
– Agora eu voltei, preciso fazer algumas coisas pra ter meus poderes totalmente de volta.
Naraki a soltou e cambaleou. Ketrine o segurou.
– Não tenho a intenção de matar alguém como você, um verme desprezível.
– Ketrine, Ittan por esse motivo não devíamos ter trago-o de volta – sibilava a mulher com pele escamosa.
– Então perderia seu tempo. Mestiça se acha que poderia trazer Lúcifer sozinha, não teria vindo aqui pra ajudar a
reunir minha alma.
A mulher com pele de réptil tentou avançar, porém Ittan a conteve.
– Calma Mestiça! Nara é gente boa e eu me amarro no estilo dele – dizia Ittan com sarcasmo.
– Vai se ferrar Ittan – disse Mestiça.
– Ketrine! Preciso que abra o portal pra Monte Castelo!
– Está bem Naraki. Afirmou a mesma.
– Oficialmente estamos retornando com tudo! – exclamou Naraki.
– Depois de tanto tempo acha que alguém se lembrará de nós Nara? – perguntou Ittan.
– Apenas vamos voltar a Monte Castelo, lá deixei outra parte de minha alma.
                                                          ***
Juliana acordou assustada, ela estava sonhando com algo perturbador e logo despertara. Ela se direcionou pra
cozinha.
– Bom dia Juliana – dizia Josi sentada à mesa junto de Sendy.
– Oi Josi! Vocês não tomam café na sala de jantar?




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   – Não. Bem agora são sete horas, eu e Sendy vamos fazer as compras do mês com Marcos, Alexandre e Ícaro. Por
   isso estamos tomando café aqui, sabe acordamos cedo estamos a sós. Senta aqui conosco.
   – Bom dia Eduardo.
   – Bom dia. - Eduardo entrara na cozinha, ele tinha cabelos pretos e enrolados, acompanhado de olhos escuros, nariz
   pequeno e fino, um sorriso grande e bonito.
   – Senta aí pra tomarmos café – convidou Sendy.
   – Beleza.
   Foi então que Eduardo notou Juliana sentada à mesa da cozinha.
   – Quem é essa menina?
   – Me desculpe, eu tinha me esquecido, Juliana este é o Eduardo. Eduardo, Juliana. Ela é nova Ed – dizia Josi
   enquanto se sujava com a manteiga do pão.
   – Ela é linda – exclamou o rapaz.
   – Não dê em cima dela, se não Ícaro arranca seu coro.
   – Não posso prometer nada Josi.
                                                           ***
   – Kandachi, chegamos ao Rio de Janeiro, então o que faremos?
   – Vamos procurar um lugar para ficar e depois eu verei o que faremos em seguida.
   – Não vai ligar pra Ketrine?
   – Sim, quero saber se eles se saíram bem em reunir Naraki.
   – Com Ketrine ajudando provavelmente deve estar tudo correndo como esperado, mas prefiro não ficar falando
   muito. Mestiça não é de tanta confiança.
   – Você nunca gostou dela.
   – Não mesmo, odeio lagartixa.
                                                           ***
   Eduardo estava em seu quarto desarrumando suas malas com a ajuda de uma amiga.
   – Valeu por me ajudar a desarrumar as malas Bianca.
   – De nada.
   Em certo momento o silêncio da noite foi quebrado com um som confortante.
   – De onde vem essa música?
   – A música vem da sala do piano.
   – Que sala é essa?
   – A sala do piano fica de baixo de seu quarto, Ícaro mandou construir esta sala para Juliana, ele pensou que assim
   ela poderia se sentir, digamos, em casa.
   – Espere um pouco Bianca eu gostaria de ir lá escutar um pouco.
   – Vá lá, eu termino de desarrumar a mala.




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– Valeu.
Eduardo correu na direção da sala do piano, entrou sem fazer barulho, aproximou-se por trás de Juliana e ficou a
escutar a moça tocar com suas belas mãos o admirável instrumento durante um bom tempo.
– Quem está ai? - A jovem percebeu uma sombra.
– Sou eu, Eduardo.
– Me desculpe, Ícaro disse que esta sala fica de baixo de seu quarto, se minha música atrapalhar sua noite eu posso
parar d...
– Não se preocupe sou da paz. Continue a tocar, achei a música boa. - Ele a interrompeu.
– Sendo assim, obrigada! Então você gosta de pianos?
– Bom sou mais rock. E eu nunca prestei muita atenção nesse tipo de instrumento, mas você...
– Perdão?
– Eu quis dizer... a musica... me fascina.
Dentro da casa todos já permaneciam em seus quartos dormindo. Ícaro ao contrário estava sereno sentado na janela
de seu quarto observando o céu noturno, até que...
– TLIK!
A porta do quarto de Ícaro se abrira e uma sombra surgia.
– Quem é você? – Ícaro levantou exaltado.
– Hm. Ainda está jovem.
– Você me é familiar.
O homem escondido na sombra era Naraki.
– Eu pensei...
– Pensou que eu tinha morrido? Nem responda todos pensaram isso, mas já faz muito tempo não é? Digamos desde
a morte de Aang.
– Não fale do mestre de meu mestre. No momento que Izildo deu a vida para os demônios todos pararem de se
mover, eu me lembro de Aang selando o maldito Lúcifer e todo seu exército, então como você pode estar aqui?
– Primeiramente eu não estava lá no momento do selo de Aang e a propósito selos podem ser quebrados.
– Qual seu propósito? Porque retornou à vida?
– Eu vim trazer um mundo novo, Deus criou tudo, Lúcifer destruirá a terra, eu estou aqui como um simples pilar
para ajudar a erguer o inferno na terra.
– Quer iniciar uma nova guerra?
– Para ser sincero eu quero, por isso, estou atrás da espada de Izildo e quero saber onde estão os Waitzkin.
– Ainda não aprendeu nada, continua o mesmo psicopata de antes.
– Já vivi tanto tempo com os anjos e aprendi muitas coisas. Sabe como é quando o tédio bate?!
Ícaro correu na direção de Naraki.
– Pown!




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Eber Bentes




   Naraki lançara uma pequena esfera que ao tocar o corpo de Ícaro explodiu com uma intensidade que o arremessou
   pela janela.
   – Ícaro lembre-se, sou diferente de todos com quem já lutou, vou trazer Lúcifer de volta a esse plano, tudo existente
   nesse mundo mudará.
   Dizendo isso o mesmo lançou-se pela janela do quarto e sumiu, enquanto Ícaro ficou caído e ferido.




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1 as lembranças da guerra

  • 1. Eber Bentes CAPITULO I As lembranças da guerra Setembro de 1999. Uma sombra vestida com uma capa preta caminhava no corredor da casa de Ana. – Ana, onde você está? – soava a voz rouca e frívola – Sabe que vou encontrar você não é? Apareça desgraçada, não está em condições de se esconder! Ana era uma mulher aliada dos anjos na guerra do Armageddon. Esta guerra iniciou-se quando Lúcifer tentou condenar a Terra ao fogo eterno de Deus, que por sua vez tentou salvá-la. Durante anos, Lúcifer se tornou mais forte à medida que seu exército de demônios aumentava. Rafael, o anjo mensageiro de Deus, temia a vitoria dos demônios, o medo se alastrava por todos os anjos até os mais longínquos limites do Paraíso e de Monte Castelo. Rafael invadiu o “Salão Mizar” para então realizar um dos maiores crimes dos anjos. Mizar eram duas estrelas gêmeas girando ao redor de um mesmo núcleo chamado Espírito Santo. Uma estrela mizar possuía a cor azul, esta dava origem às almas humanas, a outra possuía cor dourada e dava origem à alma dos anjos, lá era onde surgiam as almas. Rafael colocou diretamente no núcleo de “Mizar Azul”, um pequeno pedaço da Divina Providência, o que modificou a forma das almas. Assim surgiu uma nova raça de seres humanos que possuíam poderes sobrenaturais que poderiam definir o rumo da guerra que se arquitetava. Anos após o ocorrido nasceu Ana, uma das pessoas que eventualmente possuía poderes, ela possuía uma vasta habilidade para criar selos, assim ela aprisionava diversos tipos de demônios. A guerra chegou a seu estopim, quando Lúcifer decidiu possuir o corpo desses humanos, usando o poder deles a seu favor. Lúcifer só tinha um objetivo em mente, possuir tudo em suas mãos. Ana tinha uma filha chamada Juliana. Sua filha possuía um poder raro, ela podia criar campos eletromagnéticos maciços, atrair e repudiar objetos e produzir ondas sonoras semelhantes a explosões com capacidade de quebrar a barreira do som, contudo ela possuía quatro anos, e não sabia controlar seus poderes. A sombra na casa de Ana era Lúcifer, ele havia ido atrás dela para matá-la e sequestrar sua filha. – Vamos Ana, não se esconda! Senão sua morte será muito mais dolorosa – dizia Lúcifer. Ana estava escondida dentro do quarto de Juliana com a filha nos braços. – Juliana – disse Ana, tentando manter a calma - eu criei um selo de proteção pro seu quarto, nada poderá lhe ferir enquanto estiver aqui dentro, lembre-se que Aang ficará com você caso aconteça alguma coisa comigo e, em hipótese alguma abra essa porta – despediu-se de sua filha com um beijo na testa. Ana possuía olhos bem escuros e um cabelo preto até a altura do ombro, ela levantou e encostou a mão na porta pelo lado de dentro, surgiu o desenho de um circulo com vários triângulos e quadrados ao redor. Saiu do quarto de Juliana permanecendo de frente à porta. – Aqui está você. Finalmente poderemos conversar um pouco – ele saiu das sombras. – Não há nada a ser dito! – virou-se a mulher com grande revolta. Página 1
  • 2. Eber Bentes – Não comece com ladainhas, quero a garota! – Nunca tocará em minha filha, logo Aang chegará e irá matar você. – Esperança?! Ora, Aang não vai vir. – Então protegerei minha filha com minha vida se preciso. – Ana não tem como me matar. – Quer tentar na sorte! – Hm... Acha que temo seus patéticos selos? – Não importa! Ana correu na direção de Lúcifer que a derrubou no chão com uma tapa. O demônio caminhou, tocou na maçaneta e sentiu sua mão queimar. – Filha da Puta! Você colocou um selo na porta! – Pelo quarto todo. Não vai tocar em Juliana! – dizia a mulher caída aos pés de Lúcifer. – Agora não terei piedade, farei sua morte ser dolorosa e nem mesmo após a morte poderá descansar em paz, lançarei sua alma no inferno onde será dilacerada por demônios, você queimará eternamente nas chamas do inferno. – Não me importo comigo. Lúcifer segurou Ana pelo pescoço erguendo-a e a sufocando com a mão direita, depois a empurrou contra a porta do quarto. – Disse que não se importa com você não é? Então morra! Lúcifer atravessou sua mão esquerda pelo peito de Ana. – Aang vai matar você – disse Ana. – Pena que não vai estar aqui pra testemunhar o fracasso do vovozinho. – Vai pro inferno! – Não mesmo, eu já vim de lá. Os olhos vermelhos do demônio focaram a fechadura da porta. – Olha só! estamos com telespectadores. – Não, Juliana não veja isso. Juliana observava enquanto sua mãe agonizava antes de morrer. – Eu amo você, querida lembre-se, não abra a porta – Ana havia pronunciado suas últimas palavras fechando lentamente seus olhos. – Morra de uma vez! Lúcifer a jogou no chão, em seguida tentou abrir novamente a porta, mas a segunda tentativa falhou como a primeira. Sua mão queimou e começou a se rasgar como se mil facas a atravessassem. – Aquela vadia! mesmo depois de morta ainda me atrapalha. Pode-me ver não é Juliana? Sim, sei que pode, então escute abra a porta para o titio Lúcifer, eu só vou judiar um pouquinho de você. Juliana estava chorando e respondeu: Página 2
  • 3. Eber Bentes – Minha mãe disse pra não abrir! – Sua pirralha insolente você é igual a sua mãe! Escute bem quando você crescer e controlar seus poderes, eu virei buscá-la e a levarei comigo para o inferno – dizendo isso Lúcifer começou a gargalhar recuando de volta a sombra até sumir. *** Maio de 2009 Alguém batia na porta do quarto. – Juliana acorde! Está na hora de você ir. Sendo órfã, Juliana foi adotada e enviada para o convento Aparecida onde cresceu recebendo uma boa educação. – Vamos minha jovem o senhor Ícaro está vindo lhe buscar. – Já vou me levantar Madre Márcia. Márcia era uma das freiras que comandava o convento onde ela vivia. Ícaro era um velho amigo de Ana, foi ele quem se tornou o tutor de Juliana. Já com quatorze anos, Ícaro decidiu levá-la para sua casa, por algum motivo não fez isso antes. – Vamos minha querida seu tutor está vindo buscá-la. A madre entrara no quarto de Juliana e começara a puxar o lençol da moça. – Se acalme Madre, eu já deixei a minha mala pronta ontem a noite só falta eu tomar meu banho. – Então se apresse! Ícaro já ligou para avisar que está vindo! Juliana beijou o rosto da pobre senhora dizendo: – Eu também vou sentir saudades da senhora. A senhora atormentada com o atraso da moça se acalmou. *** Um carro buzinou na frente do convento. Ícaro havia chegado. Juliana saiu com pressa do banheiro, se vestiu, deixou o quarto desceu as escadas até o portão principal do convento onde muitas de suas amigas a aguardavam para dizer adeus. Após a despedida ela abriu a porta do carro. – Olá Ícaro. – Da última vez que a vi, você mal tinha um metro e meio de altura e agora está uma moça linda. – Obrigada – sorriu ela, entrando no carro. Ambos seguiram juntos pelo Rio de Janeiro. Juliana tinha um cabelo preto liso uma franja sobre os olhos e uma pele clara. – Como você está? – Bem. – Que bom! A propósito creio que você gostará do resto do pessoal. – Resto do pessoal? Com quantas pessoas você vive, para onde vamos? Página 3
  • 4. Eber Bentes – A um lugar que costumo chamar de casa. Eles ficaram por um tempo no carro até que ela dormiu. – Ei acorde Juliana, chegamos. – Já? Desculpe eu dormi. Juliana ficou impressionada com o lugar, ela não sabia ao certo qual era o endereço de Ícaro, pois, a caminho da viagem havia dormido no carro, mas era localizada em um local com uma estrada longa, era a única casa a vista, do outro lado da rua tinham muitas árvores, talvez fosse uma mata fechada. Havia um enorme muro, o carro parou na frente de um grande portão prateado com grades de ferro que se abriu, a entrada possuía um caminho de pedras por onde Ícaro andou com o carro, a alguns metros havia uma enorme jabuticabeira com um banco em sua sombra, nele estavam sentadas duas meninas lendo livros, ela só conseguia ver aquilo por enquanto, aquele lugar grande com grama espalhada pelo chão e alguns cantos com flores muito coloridas. – Aqui é sua casa? – perguntou ela. – Sim. – Aquelas meninas são suas filhas? – Não biologicamente, mas eu tenho a responsabilidade de cuidar delas. – Por que você? – Meu pai me deu esse dever. – Como assim seu pai? Eu pensava que você não tinha família. – Ei eu tenho família, além do mais você faz parte dela. Juliana continuou a observar a casa pensando, por que Ícaro não tinha uma esposa e filhos? Além do mais ele tinha cabelos loiros enrolados, dentes bem brancos e limpos e olhos bem castanhos, era um rapaz bonito aparentando vinte e sete anos, talvez? Dentro, a casa era ainda mais espetacular. A sala era enorme com sofás e pufes de frente pra uma raque grande com TV, DVD, som, vídeo game, tinham uns tapetes bonitos, e cortinas amarelas. – Josi?! Uma garota da casa descia a escada. – Sim, Ícaro! – Josi você poderia mostrar a casa a Juliana? – perguntava Ícaro. – A garota nova? – Sim. Josi era uma moça muito bonita, tinha cabelos pouco curtos bem escuros e lisos, um nariz pequeno, lábios finos e uma pele bem clara. – Olá! eu sou Josielma, mas todo mundo me chama de Josi. – Oi meu nome é Juliana. A mesma pensava: - o resto do pessoal? Quantas pessoas mais o Ícaro têm vivendo aqui? Página 4
  • 5. Eber Bentes – Vamos venha comigo vou lhe mostrar o primeiro andar. Juliana deixou as malas ao pé da escada, as duas andaram juntas pelo primeiro andar. Após a sala, seguindo direto se chegava a uma sala de jantar com uma enorme mesa mais adiante a cozinha, e depois, o quintal, que era ainda maior do queo jardim em frente a casa. Possuía piscina coberta, quadra de tênis, mais grama e um grande jardim, havia também uma quadra coberta de basquete e muitas outras árvores frutíferas como, mangueiras, laranjeiras, coqueiros, um campo de morangos, entre outros. Aí estava mais um motivo pra Ícaro se casar, ele era rico. – O que há atrás daquela porta? – perguntou Juliana fitando um pequeno cômodo separado da casa. – A sim estava me esquecendo, essa sala é pra você. – Pra mim? – Sim! Ícaro construiu pra você. Juliana seguiu Josi até a porta. Quando ela abriu viu uma sala cheia de vasos com flores e um piano. – Adoro tocar piano. – Ícaro lê o pensamento das pessoas. – O que mais eu devo conhecer? – perguntou Juliana. – Nesse momento, seu quarto – respondeu Josi. As duas andavam juntas pela sala de estar, de repente o telefone tocou no momento em que ambas subiam as escadas. – Alô. – Oi Sendy? – Sim, Eduardo? – Sim sou eu. – Como você está mano? – Voltando para casa. Perpétua está terminando de arrumar as malas. – Que legal quando vocês chegam? – Bom eu acho que amanhã, caso meu avião não exploda no meio do caminho. – Não fala besteira. – Só liguei para dizer isso, então até amanhã. – Até amanhã, manda um abraço pra Perpétua. – Pode deixar, tchau. – Tchau. Sendy colocou o gancho do telefone no lugar. – Sendy o Ed volta amanhã? – perguntou Josi. – Segundo ele sim. Josi desceu os poucos degraus que havia subido e aproximou Juliana de Sendy. Página 5
  • 6. Eber Bentes – Deixe-me apresentá-las. Sendy, esta é a Juliana, a garota nova. – Prazer eu sou Juliana. – Prazer eu sou Sendy. As duas apertaram a mão uma da outra. – Ela é minha irmã – informou Josi. – Vocês se parecem um pouco, exceto os cabelos da Sendy que são vermelhos – observou Juliana. – São só detalhes que podem ser corrigidos rapidamente com um pouco de tinta – afirmava Josi. – Sim é verdade Josi - confirmou Sendy. – Bem, vamos Juliana vou mostrar seu quarto. *** Longe dalí. Era uma casa comum, uma mulher estava sentada na cadeira com os pés sobre a mesa. Ela possuía olhos azuis profundos junto de cabelos pretos grandes e um tanto ondulados, trajava roupas pretas de couro equipada com várias bolsas pequenas presas nas pernas e nos braços, vestia-se como uma assassina. – Konan! Um homem entrava na casa. – Sim Kandachi? – Você matou a família? – Sim, os corpos estão no banheiro, decolados – ela enfatizou a última palavra. – Até a menina de sete anos e o irmão dela de nove? – Você disse “mate toda à família”, eu fiz. – Frívola como sempre – disse Kandachi, exibindo um sorriso de orgulho. – Você disse que eles eram humanos e antigos companheiros dos anjos, poderiam ser um risco para nosso plano. – Sim é verdade. Eu combinei com Mestiça tudo que precisávamos fazer. Konan era uma humana sobrevivente da guerra do Armageddon, quando garota, seus pais morreram e ela foi criada por um demônio chamado Kandachi. Alguns demônios conseguiram fugir do campo de batalha e estavam assumindo forma humana para não serem notados entre pessoas comuns há anos. Kandachi era um desses demônios, ele tinha olhos pretos, cabelo preto com corte militar, queixo duplo e uma cicatriz que descia da testa passando sobre o olho esquerdo descendo pela bochecha, lábio, e terminando no queixo. – Temos de matar mais uma pessoa. – Sim eu sei. – Ícaro, o anjo caçula. – Por que você o chama de anjo caçula? – Simples! Ele foi o anjo mais novo que sobreviveu a última guerra santa que ocorreu – respondeu Kandachi. – Pra onde vamos? Página 6
  • 7. Eber Bentes – Diga-me você? Porque não sou eu quem sente outras pessoas dentro de mim. Konan olhou para cima e ficou em silêncio por um tempo. – Prepare-se vamos para o Rio de Janeiro – concluiu Konan. *** Em uma caverna em algum outro lugar desconhecido... Havia duas pessoas dentro. – Mestiça! O que fazemos aqui? – Ittan se acalme. – Paciência é uma virtude para quem possui e eu não sou uma dessas pessoas! Mestiça era como se chamava uma mulher demônio com pele verde e escamosa. – Ittan nós estamos aqui nessa caverna para abrir um portal para o inferno. – Por que tem de ser aqui nesse lugar horrível? – Kandachi nos mandou pra cá, ele disse que há alguns anos ocorreu um assassinato aqui, assim fica mais fácil abrir o portal para o inferno. – Isso eu sei. Só perguntei, por que essa caverna? – Pare de reclamar e me dê aquele homem que sequestramos como sacrifício. Ittan era um aliado de Mestiça. – Não se esqueça do pentágono! – alertou Ketrine outra mulher que surgia na caverna. – Onde você estava Ketrine? – Mestiça somos aliadas mais isso não da a você o direto de futricar em minha vida. – Cale-se então! – Você vai deixar ela te insultar Ketrine? – perguntou Ittan. – Quieto! Intrigas comigo não funcionam, eu já criei várias na minha vida. – Não seja má Ketrine. – Eu já fiz o pentágono agora me de o sacrifício – anunciava Mestiça após desenhar um pentágono enorme no chão. Ittan pegou um papel enrolado do bolso onde se encontrava um desenho, um selo que abriu no chão e em seguida gritou com a mão sobre o papel: - Liberar! De repente apareceu um homem quase morto. Mestiça o segurou pelo pescoço e cortou sua garganta espalhando seu sangue em cima do pentágono desenhado no chão. – Abra portal! – disse a Mestiça. – Abra portal? – sussurrou Ittan. – Quietem os dois, vocês estão fazendo tudo errado – disse Ketrine. – Me explique então Ketrine. Com Mestiça dizendo isso, Ketrine pegou uma faca e cortou seu pulso. Página 7
  • 8. Eber Bentes – Tem que ter sangue de demônio para funcionar. – Então pare Ketrine, seu sangue e o sangue de Ittan não servem já que vocês dois não são demônios – alertou a Mestiça. Dizendo isso a própria Mestiça cortou seu pulso, jogando o sangue no pentágono junto com o morto. O pulso de Ketrine e Mestiça se regeneraram em seguida. – Abra portal do inferno! – repetiu a Mestiça. – Que palavras sem imaginação – dizia Ittan. – Quieto! – sibilou Mestiça. Em questão de segundos o corpo da Mestiça exalou uma luz violeta, era a sua energia espiritual que ela queimava sobre o pentágono para abrir o portal do inferno. – É impressão minha ou está ficando quente aqui? – Ittan, estamos abrindo um portal para o inferno não para a Antártida você esperava frio? O pentágono começou a rachar no chão, a terra dentro do desenho caiu levando consigo o corpo do humano, o chão dentro do pentágono não estava mais ali, dentro havia a imagem de uma cidade queimando, brasas por todo o lado e vazio, não tinha ninguém, era o inferno. – Consegui! Vão! Rápido por que eu não poderei deixar esse portal aberto por muito tempo! – gritou a Mestiça. – Não sei não Mestiça. Eu não confio muito em você. – Rápido Ittan! Ketrine segurou Ittan e o atirou no inferno. Depois disse: – O corpo daquele homem servirá para trazer a parte da alma de Naraki que está no inferno, mas espero que Ittan esteja errado. – Alguma vez dei razão pra desconfiar de mim? Ketrine se lançou no inferno sem responder a pergunta da Mestiça. Na caverna desconhecida já havia passado uma hora e alguns minutos intermináveis para Mestiça. – Miseráveis depressa! – gritava Mestiça. – Chegamos! – exclamava Ittan. – Não precisa mais ter pressa! – Vocês demoraram muito Ketrine. – Foi mal tivemos trabalho para fixá-lo ao corpo hospedeiro. – Conseguiram? – Sim, e encontramos vários demônios que ainda estão em estado de pedra – disse Ittan. – O selo de Aang ainda está forte demais, vários demônios ainda estão na forma de estátuas e outros selados em outras dimensões – disse Ketrine. Página 8
  • 9. Eber Bentes O corpo do homem que estava com Ketrine serviria de hospedeiro, um intermédio pra alguém sair do inferno. Ketrine soltou o corpo que estava sobre seus ombros no chão. O corpo voltara do inferno com uma mascara no rosto com dois espaços pros olhos. – Satisfeito Naraki? – perguntou Mestiça com sua voz rouca fechando o portal. – Sim maldita cobra – disse o corpo do estranho ainda caído no chão. – Não fale assim comigo, você havia desaparecido no meio da grande guerra, não tem respeito algum. – Mestiça eu fui um pouco mais precavido – o corpo começara a se levantar devagar e seus olhos azuis acinzentados se destacavam em sua face. – Você nos abandonou seu covarde! Naraki ergueu-se e segurou Mestiça pelo pescoço erguendo-a. – Não me chame de covarde, Izildo quase me matou! Eu tive de fazer coisas que nem você seria capaz de fazer pra sobreviver, visando que ninguém me encontrasse. Lúcifer atacou Monte Castelo e o céu com todo seu exercito e veja o que aconteceu, o supremo Izildo e Aang o selaram, sem levar em consideração o fato de Lúcifer quase ter morrido. – Solte-me Naraki! – exclamou Mestiça batendo no braço do homem. – Agora eu voltei, preciso fazer algumas coisas pra ter meus poderes totalmente de volta. Naraki a soltou e cambaleou. Ketrine o segurou. – Não tenho a intenção de matar alguém como você, um verme desprezível. – Ketrine, Ittan por esse motivo não devíamos ter trago-o de volta – sibilava a mulher com pele escamosa. – Então perderia seu tempo. Mestiça se acha que poderia trazer Lúcifer sozinha, não teria vindo aqui pra ajudar a reunir minha alma. A mulher com pele de réptil tentou avançar, porém Ittan a conteve. – Calma Mestiça! Nara é gente boa e eu me amarro no estilo dele – dizia Ittan com sarcasmo. – Vai se ferrar Ittan – disse Mestiça. – Ketrine! Preciso que abra o portal pra Monte Castelo! – Está bem Naraki. Afirmou a mesma. – Oficialmente estamos retornando com tudo! – exclamou Naraki. – Depois de tanto tempo acha que alguém se lembrará de nós Nara? – perguntou Ittan. – Apenas vamos voltar a Monte Castelo, lá deixei outra parte de minha alma. *** Juliana acordou assustada, ela estava sonhando com algo perturbador e logo despertara. Ela se direcionou pra cozinha. – Bom dia Juliana – dizia Josi sentada à mesa junto de Sendy. – Oi Josi! Vocês não tomam café na sala de jantar? Página 9
  • 10. Eber Bentes – Não. Bem agora são sete horas, eu e Sendy vamos fazer as compras do mês com Marcos, Alexandre e Ícaro. Por isso estamos tomando café aqui, sabe acordamos cedo estamos a sós. Senta aqui conosco. – Bom dia Eduardo. – Bom dia. - Eduardo entrara na cozinha, ele tinha cabelos pretos e enrolados, acompanhado de olhos escuros, nariz pequeno e fino, um sorriso grande e bonito. – Senta aí pra tomarmos café – convidou Sendy. – Beleza. Foi então que Eduardo notou Juliana sentada à mesa da cozinha. – Quem é essa menina? – Me desculpe, eu tinha me esquecido, Juliana este é o Eduardo. Eduardo, Juliana. Ela é nova Ed – dizia Josi enquanto se sujava com a manteiga do pão. – Ela é linda – exclamou o rapaz. – Não dê em cima dela, se não Ícaro arranca seu coro. – Não posso prometer nada Josi. *** – Kandachi, chegamos ao Rio de Janeiro, então o que faremos? – Vamos procurar um lugar para ficar e depois eu verei o que faremos em seguida. – Não vai ligar pra Ketrine? – Sim, quero saber se eles se saíram bem em reunir Naraki. – Com Ketrine ajudando provavelmente deve estar tudo correndo como esperado, mas prefiro não ficar falando muito. Mestiça não é de tanta confiança. – Você nunca gostou dela. – Não mesmo, odeio lagartixa. *** Eduardo estava em seu quarto desarrumando suas malas com a ajuda de uma amiga. – Valeu por me ajudar a desarrumar as malas Bianca. – De nada. Em certo momento o silêncio da noite foi quebrado com um som confortante. – De onde vem essa música? – A música vem da sala do piano. – Que sala é essa? – A sala do piano fica de baixo de seu quarto, Ícaro mandou construir esta sala para Juliana, ele pensou que assim ela poderia se sentir, digamos, em casa. – Espere um pouco Bianca eu gostaria de ir lá escutar um pouco. – Vá lá, eu termino de desarrumar a mala. Página 10
  • 11. Eber Bentes – Valeu. Eduardo correu na direção da sala do piano, entrou sem fazer barulho, aproximou-se por trás de Juliana e ficou a escutar a moça tocar com suas belas mãos o admirável instrumento durante um bom tempo. – Quem está ai? - A jovem percebeu uma sombra. – Sou eu, Eduardo. – Me desculpe, Ícaro disse que esta sala fica de baixo de seu quarto, se minha música atrapalhar sua noite eu posso parar d... – Não se preocupe sou da paz. Continue a tocar, achei a música boa. - Ele a interrompeu. – Sendo assim, obrigada! Então você gosta de pianos? – Bom sou mais rock. E eu nunca prestei muita atenção nesse tipo de instrumento, mas você... – Perdão? – Eu quis dizer... a musica... me fascina. Dentro da casa todos já permaneciam em seus quartos dormindo. Ícaro ao contrário estava sereno sentado na janela de seu quarto observando o céu noturno, até que... – TLIK! A porta do quarto de Ícaro se abrira e uma sombra surgia. – Quem é você? – Ícaro levantou exaltado. – Hm. Ainda está jovem. – Você me é familiar. O homem escondido na sombra era Naraki. – Eu pensei... – Pensou que eu tinha morrido? Nem responda todos pensaram isso, mas já faz muito tempo não é? Digamos desde a morte de Aang. – Não fale do mestre de meu mestre. No momento que Izildo deu a vida para os demônios todos pararem de se mover, eu me lembro de Aang selando o maldito Lúcifer e todo seu exército, então como você pode estar aqui? – Primeiramente eu não estava lá no momento do selo de Aang e a propósito selos podem ser quebrados. – Qual seu propósito? Porque retornou à vida? – Eu vim trazer um mundo novo, Deus criou tudo, Lúcifer destruirá a terra, eu estou aqui como um simples pilar para ajudar a erguer o inferno na terra. – Quer iniciar uma nova guerra? – Para ser sincero eu quero, por isso, estou atrás da espada de Izildo e quero saber onde estão os Waitzkin. – Ainda não aprendeu nada, continua o mesmo psicopata de antes. – Já vivi tanto tempo com os anjos e aprendi muitas coisas. Sabe como é quando o tédio bate?! Ícaro correu na direção de Naraki. – Pown! Página 11
  • 12. Eber Bentes Naraki lançara uma pequena esfera que ao tocar o corpo de Ícaro explodiu com uma intensidade que o arremessou pela janela. – Ícaro lembre-se, sou diferente de todos com quem já lutou, vou trazer Lúcifer de volta a esse plano, tudo existente nesse mundo mudará. Dizendo isso o mesmo lançou-se pela janela do quarto e sumiu, enquanto Ícaro ficou caído e ferido. Página 12