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Alagoas l 11 a 18 de julho I ano 08 I nº 385 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br
COPA DO NORDESTE: CBF DEFINEA BAHIA COMO ESTADO DA COMPETIÇÃO E RETOMADA COMEÇA JÁ NO DIA 21 DE JULHO
EDITORIAL
O que a
ganância do
homem é capaz
de fazer; e se
for por uma
vaga no STF,
vale tudo
ALAGOAS PERDIA R$ 2 MILHÕES EM arrecadação com impostos em cargas de,pelo menos,40 caminhões por dia
POLÍCIA ACABA COM A ENTRADA
ILEGAL DE FRANGOS NO ESTADO
Palmeira dos Índios foi o único município a mostrar interesse; mas o projeto ainda não está em funcionamento
Ações do BPRv e batalhões de áreas acontecem durante a madrugada,em pontos estratégicos nas rodovias estaduaisPopulaçãorecebeufrangoapreendidoemcaminhãosemNotaFiscaldacarga
Caminhões apreendidos sem Nota Fiscal da carga e sem a Guia deTrânsitoAnimal (GTA); fiscalização não acontecia
10
2
7
Um estudo da Ufal aponta
que,apesardehaverhátrêsanos
uma portaria ministerial deter-
minandoqueosmunicípiossão
responsáveis pela castração de
felinos e caninos, para contro-
lar a população de rua destes
animais, a lei ‘não pegou’ em
Alagoas.SóPalmeiradosÍndios
fez um projeto, mas que ainda
não está em funcionamento.
A maior parte dos cães e gatos
que nascem nas ruas acaba não
sendoadotadaemorre.
Em AL, municípios
não fazem castração
CÃES E GATOS
4
2 O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020
EXPRESSÃO redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 210 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092
Para anunciar,
ligue 3023.2092
EXPEDIENTE
ElianePereira
Diretora-Executiva
DeraldoFrancisco
Editor-Geral
Conselho Editorial Jackson de Lima Neto JoséAlberto Costa JorgeVieiraODiaAlagoas
Elly Mendes (ellymendes71@gmail.com)
Q
u a s e q u a t r o
m e s e s d e
quarentena e
afastamentosocialdevidoaocoro-
navírus e a covid-19. O governo
do Estado flexibilizou o funciona-
mento de alguns setores econô-
micos. Contudo, as escolas ainda
não têm uma previsão de retorno
às aulas presenciais. Das várias
etapas do Ensino Básico, a Educa-
çãoInfantiltemsidoumadasmais
preocupantes. Esta etapa compre-
ende crianças de 0 a 5anos e 11
meses, distribuídos entre creche,
com bebês de zero a 1 ano e seis
meses, as crianças bem pequenas
(1anoe7mesesa3anose11meses)
e pré-escola, com crianças peque-
nas(de4anosa5anose11meses).
Os profissionais que traba-
lham com essa etapa da educa-
ção têm plena consciência que no
momento atual não há a menor
possibilidade de retorno às ativi-
dades presenciais com as crian-
ças. Alguns protocolos de retorno
estão sendo elaborados e analisa-
dos. Dentre os mais recomenda-
dos para manter a segurança nas
escolas e instituições de Educação
Infantil estão: uso de máscaras,
distância mínima de 1 metro entre
carteiras escolares, uso de álcool
em gel, higienização dobrada do
ambiente, atividades ao ar livre,
quadras ou ginásios, rodízio de
educadores e de alunos, determi-
nação de lugares em refeitório,
maisrigornahigienizaçãodeuten-
sílios e manipulação de alimentos,
dentreoutros.
A questão crucial é: pensando
narealidadedecrecheepré-escola,
como convencer um bebê ou uma
criança pequena de que ela preci-
sará usar máscara por determi-
nadas horas a fio, que não poderá
usar o brinquedo do amigo, que
nãopoderáabraçarseuscolegasou
seusprofessores,quemantenha-se
distantedocolega,quenãopoderá
compartilhar nenhum objeto, que
o que era de uso coletivo, será por
um longo tempo de uso indivi-
dual,etantascoisasmais!
Atualmente, na cidade de
Maceió, as atividades educacio-
nais das instituições de ensino
estãoacontecendoextrasala,extra
ambiente institucional, através
de vídeos com músicas, histórias,
conversa informativa, postadas
nas mídias sociais como What-
sApp, Instagram e Facebook, e
mais uma ferramenta recente,
ofertada pela Secretaria Munici-
paldeEducação(SEMED),através
das ondas do rádio, e repassadas
às crianças e suas famílias. As
ações são pertinentes. Todavia,
o problema é: todas as crianças e
familiares têm acesso a internet,
têm aparelhos celulares, compu-
tadores ou tabletes? O feedback
é considerável, a participação
é significativa? As instituições
de ensino terão condições de
adequar os ambientes de acordo
com as exigências da Organiza-
ção Mundial de Saúde? Teremos
medidores de temperatura em
todas as unidades educacionais,
espaço suficiente para esse reen-
quadramento proposto? Estamos
preocupadoscomoretornoseguro
e coerente ou estamos preocupa-
dos com a necessidade de voltar
ao trabalho presencial para aten-
der a determinadas parcelas da
sociedade? Mais importante que
satisfazer as vontades econômicas
de determinadas camadas sociais,
é ter bom senso e garantir a saúde
das crianças, dos funcionários da
educaçãoedapopulaçãoemgeral.
Deve-se voltar ao trabalho
nas escolas de forma presencial
sim, mas de maneira totalmente
segura. As nossas redes públicas
de ensino não têm suporte para
garantir a segurança de retorno
às aulas presenciais. Muitas insti-
tuições não têm funcionários sufi-
cientes,nãotêmrefeitório,nãotêm
espaço arejado nem interno nem
externamente, não têm torneiras
em número suficiente, não têm
condiçõesderetorno!
Sejamos sensatos. A vida
humana vale mais que qualquer
interessecomercial oueconômico.
Sejamos humanos e ajamos com
serenidade e de forma humaniza-
dora!
Atividades presenciais nas escolas:
retornar ou não retornar agora: eis a questão!
O
Ministro do
S u p e r i o r
Tribunal de
Justiça, João Otávio Noro-
nha, concedeu prisão domi-
ciliar para uma pessoa que
estava foragida há mais de
um ano e também para a sua
esposa que continua fora-
gida. Quem é esta pessoa?
Nada mais, nada menos que
Fabrício Queiroz, o “Queiroz
das Rachadinhas”.
Pois é, caro leitor, Queiroz
mal foi preso já conseguiu o
benefício da prisão domiciliar
argumentando em sua defesa
a atual pandemia de coro-
navírus e o fato de que trata
de câncer de próstata. Inte-
ressante é ver um aliado do
Presidente fundamentando
um pedido devido à gravi-
dade da pandemia, quando
para o Presidente é apenas
uma “gripezinha”. Inclusive,
uma “gripezinha” que agora
o “contaminou”, às vésperas
de depor no processo em que
seus filhos são investigados e
sobresuainterferêncianaPolí-
cia Federal.
Restasaberparaquedomi-
cílio Queiroz irá. Segundo sua
defesa Queiroz irá para sua
residência no Rio de Janeiro.
Deve ser aquela lá em Rio das
Pedras, local controlado pelas
milícias da qual Queiroz é
integrante ou será que Quei-
rozirávoltarpraoconfortoda
casa de Wassef onde foi preso
semanas atrás e que, segundo
o presidente, o local foi esco-
lhido por estar mais próximo
do hospital onde Queiroz
realizava seus tratamentos?
Bem, com esses últimos
acontecimentos, vale a pena
relembrar de uma postagem
no Twitter feita pelo Depu-
tado Federal Eduardo Bolso-
naro, o “03”, em dezembro
de 2017 quando escreveu
“Ladrão de galinha ir para
a cadeia e ladrão amigo do
rei para a prisão domiciliar
[leia-se mansão] é sinônimo
de impunidade. Infelizmente
juízes se utilizam de brechas
nas leis para favorecer alguns.
É preciso revogar o instituto
da prisão domiciliar”.
Eagora?Seráqueo“Dudu”
ainda concorda com o que
tuitou naquele dia? O amigo
do rei, amigo desde 1986
acaboudeserbeneficiadopelo
instituto da prisão domiciliar,
decisão que abarcou também
a esposa de Queiroz, Márcia,
que ainda está foragida.
Vale dizer que não apenas
os amigos do rei estão sendo
beneficiados com a prisão
domiciliar de Queiroz, mas
também os filhos do rei, consi-
derandoqueQueirozjáestava
em “prisão domiciliar” há
muito tempo enquanto esteve
foragido, fazendo churrasco
e bebendo bastante na casa
de Wassef. Uma pessoa presa
numa cela, trancafiada 24
horas com o mínimo de liber-
dade de locomoção, às vezes,
apenas para tomar um sol,
está muito mais suscetível a
colaborar com a justiça para
a elucidação de muitos fatos,
nisso a família Bolsonaro
sairia beneficiada.
Outros amigos do rei que
podem ser beneficiados com a
decisão estão no Poder Judici-
ário,considerandoqueopresi-
dente da República indicará
doisministrosparaoSupremo
ao longo de seu mandato,
muitos estão querendo ajudar
ao rei em troca desse pequeno
benefício vitalício. Um deles
é o PGR, Aras, que já articula
situações para amenizar as
possíveis denúncias contra o
presidente e agora o cotado
ministro do STJ, Otávio Noro-
nha, que beneficiou Queiroz
com a prisão domiciliar.
Apoiadores de Bolsonaro
já enxergam claramente a
indicação de Noronha para
uma das vagas do STF. É um
jogo bem articulado entre as
peças do tabuleiro, onde o
presidente que outro dia, de
forma análoga, se considerou
o rei do tabuleiro de xadrez
falou que nomeou o PGR para
protegê-lo,agoratemtambém
outra peça para movimentar e
obter mais proteção. Nessa
seara,seráquehaverá“xeque-
mate”, pois combate à corrup-
ção está difícil.
Amigos do rei,todos saem ganhando
Ariel Cipola
Repórter
A
pós Maceió
apresentar
uma redu-
ção significativa do número
de óbitos e de contaminados
pela Covid-19, o Governo de
Alagoas autorizou a mudança
da fase vermelha para a
laranja, a medida possibili-
tou a reabertura de parte do
comércio. Agora a preocupa-
ção é com o interior do estado,
onde o número de mortes é
três, em alguns dias até quatro
vezes maior que o da capital.
No boletim epidemiológico
divulgado pela Secretaria
Estadual de Saúde (Sesau) na
quinta-feira (9), dos 17 mortos
apenas dois eram de Maceió,
enquanto os outros 15 resi-
diam no interior.
Há mais de duas semanas
Alagoas registra uma média
diária de cerca de mil novos
contaminados pelo novo
coronavírus. Entre os dias 4
e 9 deste mês, 117 alagoanos
morreram, apenas 20 mora-
vam em Maceió, e 97 eram do
interior.
O aumento dos casos do
novo coronavírus no interior
dos estados nordestinos foi
tema do último boletim do
ComitêCientíficodeCombate
ao Coronavírus (C4) do
Consórcio Nordeste. Segundo
oestudo,publicadonaquinta-
-feira (2), a interiorização vai
contribuir para “um fluxo de
pacientes em estado grave
para as capitais”.
Para o coordenador do
comitê científico do Consór-
cio do Nordeste, Miguel
Nicolelis, a situação de um
fluxo de infectados do interior
voltando para as capitais é o
novo desafio para os estados
do Nordeste, para evitar o
“efeito bumerangue”.
“Otemacentraldessenovo
boletim é a interiorização da
Covid. No gráfico é possível
ver o aumento de cidades com
mais de 400 casos. O efeito
bumerangue no boletim se
refere ao fato de que a doença
começou no litoral e agora os
casos que foram para interior
vãovoltarparaascapitais.Em
São Luiz, Maceió, Fortaleza e
Salvador, você já pode notar
um fluxo grande de casos
voltando para as capitais”,
afirma Nicolelis.
3O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020
PODER redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
“Situação doAgreste e Sertão é preocupante”
Segundo o boletim do C4,
nesta condição, o aumento de
casos no interior dos estados
resulta num fluxo de pacientes
em estado grave para as capi-
tais dos estados, uma vez que
estassãoasúnicasquedispõem
da infraestrutura hospitalar
adequada(comoleitosdeUTI)
para tratar destes casos.
“Apesar de terem experi-
mentado uma redução tempo-
rária nas taxas de ocupação
de leitos de enfermaria e UTI
recentemente,todasascapitais
brasileiras podem se deparar
com o cenário no qual uma
verdadeira avalanche de casos
graves, advindos do interior,
voltariam a produzir uma
sobrecarga dos seus sistemas
hospitalares, ameaçando-os
com um colapso em um inter-
valo de tempo muito curto”,
explica o boletim.
O Comitê Cientifico ainda
recomenda que seja repen-
sada a reabertura e algumas
cidades adotem o ‘lockdown’,
como Salvador (BA), Feira de
Santana (BA), Teixeira de Frei-
tas(BA),Maceió(AL)eAracaju
(SE).OComitêtambémpediua
implantaçãodemedidascomo
a construção de barreiras sani-
tárias e o estabelecimento de
rodízios intermitentes durante
a semana. O boletim reitera
que só é recomendável uma
retomadaquandoforemalcan-
çados três pontos: um Rt (taxa
de contágio) sensivelmente
abaixo de 1, curvas de casos e
óbitos com quedas consisten-
tespormaisde14diasetaxade
ocupação de leitos (enfermaria
e/ou UTI) em até 70%.
Em nota exclusiva à repor-
tagem, a Secretaria Estadual
de Saúde de Alagoas (Sesau)
afirma que sempre monito-
rou – o crescimento da curva
epidemiológica no interior - e
as “nossas decisões para as
políticas de enfrentamento à
pandemiadaCovid-19contam
comoembasamentocientífico,
junto a profissionais infectolo-
gistas”.
“Nas últimas semanas,
muito antes de o Governo de
Alagoas autorizar o distan-
ciamento social controlado,
a Sesau sempre demonstrou
preocupação com o aumento
dos casos da Covid-19 no inte-
rior do estado, a exemplo da
regiãoAgresteeSertão.Sempre
ouvindo a ciência, a Sesau
mantém o seu posicionamento
que neste momento em que os
casossãocrescentesnointerior,
oisolamentosocialéaprincipal
maneiradeseprotegereevitar,
assim, uma maior prolifera-
ção da doença. A Sesau segue
tomando medidas de enfren-
tamento, a exemplo das barrei-
ras sanitárias nas entradas de
municípios como São José da
Laje, Maragogi, Ouro Branco,
Delmiro Gouveia e Porto Real
do Colégio. Temos ampliado,
diariamente,onúmerodeleitos
de UTI e clínicos para tratar,
exclusivamente, pessoas com a
Covid-19.Ogovernoentregou,
recentemente, mais um hospi-
tal, o Regional do Norte, que é
mais uma importante porta no
tratamento de pessoas”, diz a
Sesau.
Comitê recomenda cautela no
avançar para a fase amarela
ESPECIALISTAS TEMEM pelo crescimento do “fluxo de pacientes graves” pelos hospitais da capitais, vindos do interior
EDITALDECONVOCAÇÃODASELEIÇÕESEM2020
A COORDENADORA DA COMISSÃO PERMANENTE ELEITORAL
DOCONSELHOREGIONALDEADMINISTRAÇÃODEALAGOAS(CRA-
AL), em cumprimento ao disposto na Lei nº 4.769, de 9 de setembro de 1965,
na Resolução Normativa CFA nº 567, de 13 de junho de 2019, e de acordo
com o EDITAL DE CONVOCAÇÃO DAS ELEIÇÕES EM 2020, do Conselho
Federal de Administração, datado de 30 de junho de 2020, faz saber a todos
os Profissionais de Administração, registrados em sua jurisdição, que serão
realizadas eleições no dia 28 de outubro de 2020, através do sítio eletrônico
www.votaadministrador.org.br, que, no dia da eleição, poderá ser acessado
a partir das 0:00 (zero) até as 22:00 (vinte e duas) horas, horário de Brasília, de
qualquer parte do Brasil ou do exterior, ou nos locais designados pela CPE/
CRA, exclusivamente no período de horas destinado à votação, mediante
senha individual a ser fornecida pelo Conselho Federal de Administração
apósadefiniçãodoColégioEleitoral.Naimpossibilidadedoeleitordisporde
computador, o CRA-AL disponibilizará em sua sede, na Rua João Nogueira,
nº51,Farol,nestaCapital,enasuaSeccionalcredenciadadeArapiraca,naRua
São Francisco, nº 1234, Ouro Preto, emArapiraca/AL, computador conectado
à internet com o objetivo de receber a votação.
As eleições destinam-se a preencher as seguintes vagas:
NO CRA:
a) obrigatórias:
● 3 (três) para Conselheiros Regionais Efetivos;
● 3 (três) para seus respectivos Suplentes,
com mandato de 4 (quatro) anos, de janeiro/2021 a dezembro/2024
b) especiais (se houver):
● 1 (uma) para Conselheiro Regional Suplente,
Com mandato de 2 (dois) anos, de janeiro/2021 a dezembro/2022
NO CFA:
a) obrigatórias (se houver)
● 1 (uma) para Conselheiro Federal Efetivo;
● 1 (uma) para Conselheiro Federal Suplente.
com mandato de 4 (quatro) anos, de janeiro/2021 a dezembro/2024.
O prazo, para apresentação perante o CRA-AL, situado na Rua João
Nogueira, nº 51, Farol, nesta Capital, dos requerimentos de inscrição de
chapasconcorrentes,encerrar-se-áàs18:00(dezoito)horasdodia04deagosto
de 2020.
O voto é obrigatório e será exercido diretamente pelo Profissional de
Administração,comregistroprincipaleemplenogozodeseusdireitosprofis-
sionais.Considera-seemplenogozodeseusdireitosprofissionaisaqueleque
se encontrar quite com suas anuidades ou, na hipótese de parcelamento de
débitos, esteja quite com todas as parcelas vencidas até o 60º (sexagésimo) dia
antes do dia da eleição. O voto é facultativo para aqueles com 65 (sessenta e
cinco) ou mais anos de idade e não haverá voto por procuração.
O processo eleitoral do Sistema CFA/CRAs está disciplinado pela Reso-
lução Normativa CFA nº 567, de 13 de junho de 2019, que “Aprova o Regula-
mento das Eleições do Sistema CFA/CRAs”, publicada no Diário Oficial da
União n.º 118, de 21 de junho de 2019, Seção 1, página 75, disponibilizada no
sítio do CFA www.cfa.org.br e no do CRA-AL www.craal.org.br e ainda, na
sede do CRA-AL e de sua Seccional.
Maceió/AL, em 01 de julho de 2020.
Adm. Filomena de FátimaAguiar Porta NovaAlves
Coordenadora da Comissão Permanente Eleitoral
CRA-AL nº 1-1810
Alexandre Auyres disse que a Sesau vem monitorando o Agreste e Sertão
Deisy Nascimento e
Evelynne Marques
Colaboradoras
I
m p o r t a n t e
pesquisa reali-
zada pela Univer-
sidade Federal de Alagoas
(Ufal) apontou a ineficácia
do estado de Alagoas com
o controle das populações
de caninos e felinos domés-
ticos nos centros urbanos
pontuando detalhadamente
as iniciativas legislativas do
estado sobre esta demanda
pública que mesmo com o
respaldo legislativo federal
desde o ano de 2017 a situação
segue em negligência. Dentre
os autores da pesquisa, a
Msc. Evelynne Marques de
Melo chama atenção para que
mesmo após um ano de sua
publicação, a situação segue
quase a mesma.
Atualmente observa-
-se que dos 102 municí-
pios de Alagoas, somente
um, Palmeira dos Índios,
teve a iniciativa de implan-
tar o serviço público (ainda
não iniciado) de cirurgias
de castração para caninos
e felinos das comunidades
carentes por meio de uma
unidade móvel de castração,
o conhecido “castramóvel”.
Tal unidade móvel, entregue
recentemente, estava prevista
háquase4anos,configurando
na Portaria Ministerial Nº
4.123, de 30 de dezembro de
2017 que “Habilita os Municí-
pios e Distrito Federal a rece-
berem recursos financeiros
de capital destinados à Aqui-
sição de Unidade Móvel para
Centro de Controle de Zoono-
ses, nos termos da Portaria nº
3.134, de 17 de dezembro de
2013”.
Além desta novidade, o
estado de Alagoas segue sem
uma Lei estadual específica
para castração de cães e gatos,
diferente de vários estados
brasileiros.
Estando ainda no campo
dos Projetos de Lei (PLs) atra-
vés dos parlamentares esta-
duais Dudu Ronalsa (com o
PL.: n° 197/2019 Protocolado
em 16/10/2019 que “institui
o Programa de Castração
móvel destinado ao controle
populacionaldecãesegatos”)
cujo texto é inconsistente do
ponto de vista técnico e o
parlamentar estadual Davi
Maia (com O PL.: N°__/2019
Protocolado em 25/07/2019
que “dispõe sobre a criação
do selo e entidade protetora
dos animais e regulamenta
o cadastro estadual das enti-
dades que atuem na defesa
e proteção dos animais no
estado de Alagoas”, impor-
tante porém faz a manuten-
ção do problema (não evita
o nascimento dos bichos e
mantém a demanda nas mão
da sociedade civil).
Para além deste, o parla-
mentar fez um grupo de
estudo para redigir um PL
sobre proteção e sanidade
animal, em montagem. O que
demonstra ainda o estado
de inconsistência sobre a
demanda específica das
castrações por parte do legis-
lativo estadual.
Importa lembrar que após
a pesquisa da Ufal, houve
um direcionamento ao Parla-
mento federal através do
deputadofederalporAlagoas,
Marx Beltrão, que de modo
pioneiro realizou uma audi-
ênciapúblicacomoministério
dasaúdeabordandocastração
de cães e gatos como “questão
de saúde pública” buscando
o custeio para os programas
de castração nacional, dire-
cionando emendas parlamen-
tares para castramóveis em 5
municípios alagoanos e tendo
protocolado o PL 6251/2019 o
primeiro voltado a educação
ambiental do cidadão que cria
cães e gatos no país.
OAB:políticaspúblicassãoimprescindíveis
É imprescindível que os
poderes executivos munici-
pais compreendam o assunto
para incluir nas pautas elei-
torais e legislativas e fazer
Alagoas avançar. A ques-
tão não é apenas bem estar
animal. A saúde é única. Uma
aproximação, dos futuros
prefeitosevereadores,àclasse
médica veterinária (Conse-
lhos Federal e Regionais de
Medicina Veterinária), Minis-
tério Público e a comissão de
bem estar animal da OAB-AL,
pode ser muito esclarecedor.
O povo clama pelo “bem estar
animal” e essa pauta se inicia
pela castração cirúrgica e
educação ambiental.
Para a presidente da
Comissão de Bem-Estar
Animal da OAB/AL, o aban-
dono é alarmante. “Observa-
-se animais nascendo
descontroladamente nas ruas
e lá permanecendo sem qual-
querassistênciaatésuamorte,
o que ocorre em poucos meses
pela fome, zoonoses, maus-
-tratos, atropelamento e
total desassistência do poder
público. Temos a lei federal
que impõe a política de castra-
ção aos errantes e não se tem
recursos nem do Estado nem
do Município para torná-la
eficaz, pois justamente a parte
que estabelece a obrigação
de este estatal ou municipal
para investir tais recursos foi
vetada. Ou seja, uma legisla-
ção que determina, mas não
diz quem vai arcar com tais
custos, deixando a obrigação
solta. De nada adiante repre-
sentantes quererem criar
leis se elas não têm aplicação
prática imediata com recursos
para ser realizável. É preciso
parar de discurso e partir para
ação”.
Jamboacrescentouqueleis
jásetememdemasia,portanto
é imperioso que se invista em
políticas públicas de saúde
para mudar a realidade. “A
saúde pública está em jogo;
pensar em animais e pessoas
em um mesmo contexto faz
parte do tema saúde única,
não há como dissociar.
Portanto,esperoaresponsabi-
lidade real social do próximo
gestor do executivo muni-
cipal, assim como de verea-
dores que exerçam de modo
concretoseupapelsemquerer
criar lei que não servirá para
nada, apenas para vitrine e
quepassemainvestirrecursos
para colocar em prática a lei e
existente, que possam investir
na saúde, castração, educação
ambiental, campanhas contí-
nuas que verdadeiramente
mudam realidades. Chega de
discursosderetórica,épreciso
aplicabilidadedasleisexisten-
tes já”, finalizou.
4 O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020
MEIO AMBIENTE redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Lei federal de castração ainda
segue negligenciada em AL
APÓS3ANOSDESANÇÃO, aportariaministerialparaocontroledaspopulaçõesdecaninosefelinosnão‘pegou’nosmunicípios
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5O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
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dia 18 é a gataYasmim Gabrielle,
que irá comemorar seus 15
aninhos.Parabéns!
PARABÉNS PRAVOCÊ | De idade nova,na próxima terça-feira,
dia 14,a futura advogada Larissa Pereira,irá festejar a data
+QESPECIAL em sua vida entre familiares,emArapiraca
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Ricardo Rodrigues
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Ricardo,e que Deus
te abençoe!
PURO LUXO | O amor
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segue o processo
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fermento natural e no mínimo 48 horas fermentando a massa para deixá-la mais
leve,aromática e digestível.Outra exigência é o tomate de San Marzano,impor-
tado da Itália.Já a mozzarella é sempre de Búfala.Por fim,a delícia é assada em
um forno autêntico napoletano a 480 graus em até 90 segundos.Onde fica? No
BoulevardPajuçara.
Mais informações:3435-4555,@pizzariagrazie .
Temporada de navios em Maceió
A retomada da
atividade turís-
tica em Alagoas
g a n h a a i n d a
mais força com o
recente anúncio
da MSC Cruzeiros,
confirmando a
passagem de dois
navios da compa-
nhianatemporada
2020/2021,o MSC Seaview e o MSC Preziosa,pelo Porto de Maceió.O primeiro
fará quinze escalas na capital alagoana, entre os meses de dezembro e março,
durante a alta temporada de verão.Já o segundo atraca em águas maceioenses
somente em abril de 2021.
A chegada dos cruzeiros movimenta bastante a economia alagoana, contempla
diretamente os produtores locais,transporte,alimentação e outros segmentos.
“
Produtos de Higiene
Empreender é
fazer acontecer, é
tirar uma ideia do
papel e transfor-
mar em um negó-
cio. Foi o que fez
a jornalista Thácia
Simone ao criar
a Iapois Produtos
Artesanais que
apresentauma
linha de produtos
de higiene.
Umnegóciocriado
recentemente, bem no período da Pandemia, e que chega como solução para
atender os clientes que investem na higienização de sua casa ou empresa.
O portfólio inclui detergente, desinfetante, sabão líquido, sabonete líquido e
aromatizador de ambientes.Os produtos estão disponíveis para vendas atacado
e varejo.
Mais informações:82 9 9980-5026.
Dica saudável
Lídernosegmento
de produtos deri-
vados do coco, a
Copra Alimentos
tem utilizado as
redes sociais para
sugerir receitas
e favorecer um
estilo de vida mais
saudável. São
dicas gostosas,
com uma ideia
mais deliciosa que
aoutra.Alémdisso,aempresaincentivaareutilizaçãodospotesdeóleodecoco,
como forma de proteger o meio ambiente.Vale acessar:@copra_alimentos
Em breve
vamos ter as
lojas dos
shoppings
abertas,
seguindo todos
os protocolos
necessários para
segurança do
consumidor e
dos funcionários”
Marcos Tavares, vice-presidente
daAssociação Comercial.
CAFÉ&NEGÓCIOS THÁCIA SIMONE
thaciasimone@gmail.com
7O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020
ESTADO redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Deraldo Francisco
Repórter
H
á 40 anos
uma irre-
gularidade
fiscal e sanitária estava acon-
tecendo em Alagoas como
se fosse normal. Pelo menos,
40 caminhões com frangos
entram no Estado todos os
dias, vindos de Pernambuco.
A maioria sem a Nota Fiscal
da carga nem a Guia de Trân-
sito Animal (GTA) que atesta
a saúde das aves. Essa farsa
acabou em Alagoas com o
aperto dado pelas forças poli-
cial, fiscal e sanitária.
A partir de entendimento
entre a Agência de Defesa e
Inspeção Agropecuária de
Alagoas (Adeal), o Batalhão
de Polícia Rodoviária (BPRv)
e a Secretaria da Fazenda
(Sefaz), foi feito um levanta-
mento da situação nas rodo-
vias alagoanas e se constatou
que, entre os caminhões que
faziam o transporte de fran-
gos,amaioriaestavairregular.
Só a sonegação de impostos
dava um prejuízo mensal de
R$ 2 milhões ao Estado, mais
os riscos à saúde da popula-
ção.
Conforme a reportagem
apurou, um condutor de
caminhão informou, quando
foi preso e interrogado, que
ele mesmo transportou para
Maceió uma carga de fran-
gos mortos que foram vendi-
dos a preços bem abaixo do
mercado, às avícolas espalha-
das pela cidade.
O BPRv solicitou o apoio
dos batalhões de áreas, como
2º (União dos Palmares), 7º
(Santana do Ipanema) e 10º
(Palmeira dos Índios) mais a
4ªCompanhiadePolíciaInde-
pendente - Cia (Atalaia) e foi
iniciadaumagrandeoperação
no Estado. Várias barreiras
foram montadas nas rodovias
estaduais e, por conta disso,
dezenas de caminhões foram
abordados.
Na grande maioria deles,
não havia GTA nem Nota
Fiscal das mercadorias.
Nestes casos, os veículos e as
cargas foram apreendidos e
o condutor, preso e autuado
em flagrante. Três motoristas
de caminhões foram presos
nestas condições.
Após 15 dias de opera-
ção, boa parte dos caminhões
que transportam frangos de
Pernambuco para Alagoas
regularizada, com Notas
Fiscais e GTAs dos animais.
“O nosso objetivo, tanto
do BPRv, quanto os batalhões
de áreas, a Sefaz e a Adeal, é
garantir a regularidade da
atividade. Para que a popula-
ção receba o produto de quali-
dade em sua mesa e que o
Estadonãopercacomaevasão
de divisas”, disse o tenente-
-coronel Liziário Júnior, que
comandou várias operações.
PM apreende cargas de frangos
AÇÃO ENTRE POLÍCIA, ADEAL E SEFAZ resultou na apreensão de milhares de aves e serviu para avicultores se regularizarem
Amaior parte da população
brasileira é deficiente, quando
falamos de educação financeira.
Por diversas vezes aqui em minha
coluna, falamos sobre a importân-
cia do seguro de vida e qual função
dele como planejamento financeiro.
Então, você já pensou se um impre-
visto te afasta do trabalho, seja por
doença ou acidente? Pouquíssimas
pessoas estão preparadas para lidar
com esses tipos de imprevistos que
podem comprometer sua renda
mensal.É o caso dos autônomos,por
exemplo.
Mas como posso garantir uma remu-
neração quando ficar impossibilitado
de trabalhar?A resposta é investir na
Diária por Incapacidade Temporária
(DIT). O seguro é ideal para pessoas
em idade ativa profissional (até 65
anos) que queiram se prevenir caso
aconteça algum infortúnio inter-
rompa temporariamente a renda
familiar.
Vamos tomar como exemplos os
casos de um dentista e um vende-
dor autônomos.Ao saírem do traba-
lho, sofrem um acidente e quebram
algum membro. Isso os impossibili-
tará de exercerem suas funções por
algumas semanas ou até meses,
comprometendo seus orçamentos.
Entretanto, sabendo do risco de não
trabalhar, contrataram a Diária por
Incapacidade Temporária e rece-
berão os valores acordados direta-
mente da seguradora, respeitado os
limites que constam nas apólices e
as carências estabelecidas em cada
caso.
O período indenitário contratado pelo
segurado que contratou o seguro
DIT constará na proposta de adesão,
não podendo ser superior a 90 dias
para eventos decorrentes de LER
(Lesão por Esforço Repetitivo), DORT
(Distúrbios Osteomusculares Rela-
cionados ao Trabalho) ou LTC (Lesão
por Trauma Continuado ou Contínuo)
ede365diasparaosdemaiseventos
cobertos. Doenças pré-existentes,
procedimentosestéticosentreoutros
casos não estão acobertados. Para
saber todos os eventos incluídos e
excluídos,obeneficiáriodeveconsul-
tarseucorretordeseguroseleraten-
tamente sua apólice de seguro.
A cobertura também pode ser uma
excelente opção para os trabalhado-
res celetistas, ou seja, aqueles que
estão assegurados pelo regime da
CLT. Isso porque, por mais que eles
tenhamdireitoaoauxíliodaPrevidên-
cia Social caso estejam impedidos de
trabalhar por doença ou acidente, o
processo de liberação do dinheiro é
lento e burocrático.Em muitos casos,
o INSS só libera o pagamento após
45 dias. Além disso, o teto do valor
a ser pago muitas vezes não cobre o
salário real do trabalhador. Já no DIT,
por sua vez, a indenização é calcu-
lada de acordo com a renda do segu-
rado no momento do sinistro.Hoje as
companhias oferecem proteção para
remunerações que podem chegar a
até R$ 30 mil por mês.
Conclusão
Em suma, fazer um seguro é uma
escolha importante para um bom
planejamento financeiro. Converse
comseucorretordeseguros.Informe-
-se e contrate a melhor opção para a
sua profissão, perfil e necessidade.
É preciso se precaver em relação ao
risco que mais tenha impacto na sua
saúdefinanceira,evitandopassarpor
privações e por todo o estresse rela-
cionado à diminuição do salário por
um período. Então,é melhor prevenir
do que remediar, certo? Ninguém
quer precisar do seguro,mas é muito
bom saber que, caso algo aconteça,
sua renda estará protegida.
Espero que tenha gostado do tema
dessa semana e sempre que vocês
desejarem enviem suas dúvidas para
meu e-mail.Não deixem de acompa-
nhar as novidades em minhas redes
sociais.AtéapróximaseDeusquiser!
Bom final de semana para todos!
Grande abraço!
8 O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020
MOMENTO SEGURO redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
DjaildoAlmeida
Corretor de Seguros - djaildo@jaraguaseguros.com
DIT: O Seguro que garante sua renda
FátimaAlmeida
Repórter
D
a convales-
c ê n c i a d e
p a c i e n t e s
internados por covid-19, que
desenvolvem o estágio grave
da doença, umas das faces
mais cruéis, além do sofri-
mento com as complicações
físicas causadas pela ação
do vírus no organismo, é a
dor emocional causada pelo
isolamento da família, num
momento de mais fragilidade,
na luta entre a vida e a morte.
Devido ao alto grau de
contágio, os pacientes não
podem receber visitas. E não
há nada mais doloroso do que
não poder ver, acompanhar,
conversar, dar apoio, passar
esperança a um ente querido
quetentasobrevivernumleito
de hospital, a uma doença que
jámatoumaisde1.200pessoas
emAlagoas.
Esta semana, familiares
e pacientes de covid-19, em
tratamento no Hospital de
Campanha José Fernandes,
em Arapiraca, tiveram uma
grata surpresa. Uma parede
de vidro instalada como divi-
sória possibilitou a alegria
consoladora de uma visita.
Com outros nomes, a expe-
riência também começou a
funcionar em outros hospi-
tais de campanha, como o
Celso Tavares, em Maceió, e
o Santa Rita, em Palmeira dos
Índios.
CONFIANÇA E ALÍVIO
De acordo com a assesso-
ria do hospital de Arapiraca,
a ideia foi analisada por uma
equipe multiprofissional
que chegou a um protocolo
especial para a sua implanta-
ção. “Muitas são as variáveis
para se colocar em prática
uma iniciativa dessas. Preci-
samos zerar riscos e garantir
que a proposta será benéfica.
GraçasaDeusdeutudomuito
certo. Estamos confiantes
que haverá até melhora nos
quadros”, explicou o dire-
tor do hospital, o enfermeiro
DiegoAlbuquerque.
Inicialmente, na estreia do
projeto, três pacientes foram
beneficiados. Filho de Jozi-
neideGonçalves,internadano
local, Maiko Luna estendeu a
sensação da visita para vários
outros parentes, inclusive que
moramemoutrascidades,por
meio de uma videoconferên-
cia. “Melhor sensação possí-
vel”, disse ele, aliviado. Separados por uma parede de vidro, familiares puderam levar apoio aos pacientes sem o risco de contágio
9O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020
ESPECIAL redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Quando a humanização supera
protocolo de isolamento social
PROJETO VIABILIZA VISITAS da família a pacientes internados com Covid-19, em hospital de campanha de Arapiraca
‘Porta da Esperança’:uma experiência segura e motivadora
Segundo a assessoria do
hospital, para que a visita seja
permitida a equipe faz uma
série de avaliações no paciente,
tantoclínicaquantopsicológica.
“Eles precisam querer e estar
bem para fazer o deslocamento
até a porta de vidro, que é feito
com ajuda de uma cadeira de
rodas e diversos profissionais
de apoio”, explicou a assistente
social,MariaRibeiro.
“Aausênciadeparentestraz
uma carga emocional negativa
para muitos deles, podendo
até agravar casos. Quando eles
podem se ver, mesmo que à
distância, isso provoca uma
sensação de tranquilidade. É
uma troca de informações e
notícias da família muito boa,
poisapesardaemoção,ossenti-
mentos ficam mais calmos”,
explica a psicóloga Manoela
Emília.
Devido aos cuidados com
todos os itens e requisitos de
segurança e proteção, o acesso
a “Porta da Esperança”, como
está sendo chamada, ficará
limitado a dois pacientes por
dia, sempre às 16 horas. “Sabe-
mos que todos querem a sua
vez, mas estamos primando
pelo cuidado, para que seja
umaexperiênciaseguraemoti-
vadora. Estamos lutando para
que cada um tenha a sua opor-
tunidade e que todos possam,
enfim, voltar para suas casas
com saúde”, comenta a assis-
tente social, Wagda Costa, uma
dasresponsáveispelaexecução
dasvisitas.
Aplausos para a iniciativa.
Que ela se multiplique por
todas as unidades de saúde,
para dar mais alento a fami-
liares e pacientes. Isso é que se
chamadehumanização!
10 O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020
ESPORTES redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Copa do NE será retomada
dia 21 de julho, só na Bahia
ÚLTIMA RODADA E FASE DE MATA-MATA terão sequência em estádios da Bahia,como forma de minimizar contágio pela Covid-19
JOGODuro Jorge Moraes
jorgepontomoraes@gmail.com
Thiago Luiz
Estagiário
N
a semana em
que Federa-
ções e, o mais
importante, a Confederação
Brasileira de Futebol (CBF)
sinalizaram positivamente
para a retomada da moda-
lidade e para o início das
competições nacionais em
datas marcadas previamente,
a maior novidade fica por
conta da Copa do Nordeste.
Apesardeseguirnormalmente
o cronograma da etapa classi-
ficatória e das eliminatórias,
os jogos do Nordestão serão
realizadosapenasnoestadoda
Bahia. O retorno está marcado
paraopróximodia21dejulho.
Suspensa desde março, em
razão da pandemia do novo
coronavírus, a competição vai
continuar exatamente de onde
parou. Os clubes disputarão
a oitava e última rodada da
fase de classificação e, logo em
seguida,omata-mata.Falando
dos alagoanos, o CSA ocupa
apenas a lanterna do Grupo
B, com quatro pontos, sem
nenhuma chance de classifi-
cação. A viagem à Bahia será
somente para cumprir tabela.
Não muito diferente da situ-
ação do rival, o CRB ocupa o
sexto lugar do Grupo A, com
oito pontos conquistados.
Apesar da vantagem, para
conseguiraclassificaçãoparaa
próximafase,alémdevencer,o
Galo precisa de uma combina-
ção de resultados.
No Grupo A, o Fortaleza
lidera,com14pontos,eoBahia
vem logo atrás, também com
14.Asduasequipesjáconquis-
taram a vaga na próxima fase.
O Botafogo-PB é o terceiro
colocado, com 12, e o Sport
fecha o G-4, com nove pontos
conquistados. No Grupo B, o
Confiança é o primeiro colo-
cado, com 13, e, assim como
o Vitória, vice-líder e com o
mesmo número de pontos,
tem a classificação bastante
encaminhada. Náutico, em
terceiro, e Ceará, em quarto
lugar, completando a zona de
classificação, com 11 pontos
cada.
Os quatro melhores cola-
dos de cada um dos dois
grupos avançam às Quartas
de Final. Os jogos de Quartas
e Semis são únicos. Já a grande
final será realizada em jogos
de ida e volta. O encerramento
da Copa do Nordeste 2020
está previsto para 4 de agosto,
quatro dias antes do início da
Série B do Brasileirão.
E por falar em Campeo-
nato Brasileiro, no calendário
revisado divulgado pela CBF,
a temporada desse ano termi-
nará apenas em fevereiro de
2021.
“Este redesenho é a forma
que encontramos para entre-
gar o calendário integralmente
e garantir o cumprimento dos
compromissos assumidos
pelos clubes com os deten-
tores de direitos televisivos,
patrocinadores e apoiadores”,
esclareceu Rogério Caboclo,
presidente da CBF.
No Ninho do Galo, apesar
das dificuldades para conse-
guir passar de fase, diretoria,
elenco e comissão técnica valo-
rizam a competição regional.
O vice-presidente de fute-
bol do CRB, Thiago Paes, disse
que o Nordestão precisa ser
valorizadoporserumagrande
vitrine, com o nível técnico
alto. Para ele, esse crescimento
regionalsedeveàsboasgestões
que são desempenhadas nos
clubes.
Marcelo Cabo, treinador
da equipe reconheceu a difi-
culdade, mas garantiu que a
equipe não vai pegar o voo
para a Bahia em vão: “A gente
precisa buscar a classifica-
ção. A nossa vitória diante do
Confiança [na última rodada
antes da paralisação] nos
trouxe uma motivação muito
grande, agora estamos espe-
rando a retomada da compe-
tição para que a gente possa
buscar a nossa classificação na
última rodada, que ainda está
emaberto,eeucreioqueoCRB
tem condição e possibilidade
de pleitear uma vaga”.
Definido o calendário pela CBF
Finalmente a Confederação Brasileira de Futebol conse-
guiu fechar o calendário para o restante da temporada
2020, atrasado por conta da pandemia, e, com certeza,
algumascompetiçõessóserãoencerradasatéfevereirode
2021. Independente do calendário diferente das disputas
estaduais, onde, por exemplo, o Rio de Janeiro já está na
fase de decisão, com dois jogos entre Flamengo e Flumi-
nense, outros estados definiram as datas para o retorno e
alguns nem isso ainda sabem, como Alagoas, que ensaia
umavoltaatéodia25destemês,masaindaháaesperado
Decreto da liberação por parte do governo estadual.
A Copa do Nordeste começa dia 21,com o retorno definido
para a Bahia, com jogos em Salvador e Feira de Santana,
quando será disputada a última rodada da fase de clas-
sificação, com 8 jogos, podendo a partida entre Impera-
triz e Frei Paulistano ser cancelada, equipes que jogam
entre si e não alcançam mais a classificação para a fase
seguinte. Depois dessa rodada, segue a competição com
oitoclubesclassificados,emfasedemata-mataatéafinal.
As despesas com o deslocamento, hospedagem e treina-
mento das equipes ficarão por conta da Liga do Nordeste,
que vai bancar também a arbitragem,nos jogos de portões
fechados.
No calendário da CBF teremos o Campeonato Brasileiro da
Série A de 09/08/2020 a 24/02/2021; Série B de 08/08/2020
a 30/01/2021; Série C de 09/08/2020 a 31/01/2021. Já a
SérieD,ondetemososclubesalagoanosCoruripeeJaciobá
nadisputa,estáprevistapara06/09/2020a07/02/2021.As
11 datas previstas para o encerramento da Copa do Brasil
estão com seus jogos previstos para serem realizados
entre 26/08/2020 a10/02/2021. O calendário confirmado
pela FIFA tem seis datas reservadas para as eliminatórios
da Copa do Mundo ainda este ano: 03 e 08 de setembro; 08
e 13 de outubro; e 12 e 17 de novembro. Estão faltando as
confirmações de datas para a Copa Sul-Americana e Copa
Libertadores da América.
l Mesmo reconhecendo a vontade da FAF,não entendo o
porquêdavoltadofutebolcomtantapressa,ondeosclubes
nãoestãopreparadosparaisso,financeiramenteedejoga-
dores que devem ser contratados para a disputa de cinco
rodadas para o encerramento do campeonato estadual,
onde nem todos chegam lá;
l No
meu modo
de pensar,
s e r á d e
uma irres-
ponsabili-
dade muito
grande o
governa-
dor Renan
Filholiberar,
agora,avoltadofutebol,mesmoquesemtorcida.Pergunto:
qual a estrutura que tem um clube do interior para bancar
asegurançadeumjogo?AFAFpodeatébancarosexames
preliminares,mas e depois,como será o dia-a-dia?
ALFINETADAS...A volta do Paulista - 1
A Federação Paulista de Futebol, em comum acordo com os
clubes participantes do Campeonato Paulista Série A1,Aceesp
(Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo),
Arfoc (Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográfi-
cos no Estado de São Paulo) eAceisp (Associação dos Cronistas
Esportivos do Interior do Estado de São Paulo), definiu o Proto-
colo de Imprensa,que integra o Protocolo de Operação de Jogo
para a conclusão da competição. O documento, analisado e
aprovado pelo Governo do Estado de São Paulo, foi elaborado
prevendo o menor número possível de profissionais necessá-
rios para a realização das partidas.
A volta do Paulista - 2
Seguindo determinações dos órgãos de saúde e priorizando a
saúde e a segurança dos profissionais envolvidos nos jogos, as
24 partidas serão realizadas com a presença apenas dos deten-
tores dos direitos de transmissão, com equipes reduzidas, para
evitar aglomerações e minimizar riscos de contaminação. Por
essa razão, clubes e FPF se comprometeram a oferecer aos
veículos de comunicação conteúdos em textos, fotos, vídeos e
entrevistascoletivaseexclusivas,afimdegarantiratodoscondi-
ções para a cobertura jornalística da reta final da competição.
A volta do Alagoano - 1
Enquanto isso, em Alagoas, representantes de clubes e diri-
gentes da FAF se reuniram para tratar da volta do Campeonato
Alagoano, que não tem nada certo ainda. Pela entidade que
dirige o futebol, as datas de 18, 22 e 25 deste mês estão
reservadas, mas tudo ainda vai depender dos decretos gover-
namentais, que não sinalizaram nada quanto a isso, mesmo
que já esteja protocolado o pedido junto à Secretaria de Saúde
do Governo.Seria a volta do futebol sem a presença da torcida
e o rigoroso cumprimento das exigências sanitárias.
A volta do Alagoano 2
Apesar do movimento, alguns dirigentes não acham interes-
sante essa volta do futebol agora.Por exemplo,no CSA,existe
uma reação e rejeição muito grande a essa ideia, especial-
mente do dirigente de futebol RaimundoTavares.O presidente
do clube, Rafael Tenório, pergunta quem vai pagar a conta
com essa volta e sem torcida. Os dirigentes do ASA também
não são favoráveis,pelo curto tempo que teria para contratar e
se preparar. Outros clubes pensam da mesma maneira, inclu-
sive pelo alto investimento que teria de ser feito agora, com
jogadores, testes da Covid-19 e estrutura para a realização
dos jogos.
Seleção para Cátedras em todas as disciplinas da UC Davis
Fonte: Comissão Fulbright Brasil
Esta cátedra busca professores e
pesquisadores de todas as áreas
do conhecimento para bolsa na
Universidade da California, Davis
comduraçãodequatromeses,para
ministrar curso e realizar pesquisa.
Oscandidatosdevemelaboraruma
proposta de curso detalhado sobre
como contribuirá para o ensino no
campus da UC Davis e um projeto de pesquisa que deve incluir um plano de
pesquisadetalhado,incluindocronograma,necessidadesderecursosesperados,
local de pesquisa ou laboratório proposto e afiliação proposta.
Requisitos:
* Ter nacionalidade brasileira e não ter nacionalidade norte-americana;
* Ter concluído o doutorado antes de 31 de dezembro de 2012;
* Ter dez anos de experiência profissional na área;
* Ter fluência em inglês;
* Não receber bolsa ou benefício financeiro de agência com o mesmo objetivo; e
* Permanecer no Brasil durante a seleção,afiliação e partida aos EUA
Benefícios recebidos pelo bolsista:
* US$ 32.400 para cobrir as despesas de passagem aérea, moradia e manu-
tenção nos EUA;
* Seguro para acidentes e doenças limitado (ASPE Accident and Sickness
Program for Exchanges);
* Taxa do visto J-1; e
* Acesso às instalações e serviços na UC Davis tais como: escritório, internet,
bibliotecas e demais meios necessários à efetiva consecução das atividades de
ensino e/ou pesquisa.
Maiores informações em https://fulbright.org.br/edital/catedra-na-uc-davis/ .
11O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020
Estudarláfora redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Alyshia Gomes
alyshiagomes.ri@gmail.com
Seleção para Cátedra Saúde Global na Rutgers University - Estados Unidos
Programa Scholarship for the Americas
Fonte: Comissão Fulbright Brasil
Esta cátedra busca professores e pesquisadores para
bolsa na Universidade Rutgers, em New Jersey, com
duração de quatro meses, para ministrar curso e realizar
pesquisa na área de Saúde Global. Os candidatos podem
ter formação nas áreas de ciências da saúde ou ciências
sociais.
Requisitos:
* Ter nacionalidade brasileira e não ter nacionalidade
norte-americana;
* Ter concluído o doutorado antes de 31 de dezembro de
2012;
* Ter dez anos de experiência profissional na área;
* Ter fluência em inglês;
* Não receber bolsa ou benefício financeiro de agência
com o mesmo objetivo; e
* Permanecer no Brasil durante a seleção, afiliação e
partida aos EUA
Benefícios recebidos pelo bolsista:
*US$22.000paracobrirasdespesasdepassagemaérea
e manutenção nos EUA;
* Moradia compatível com o padrão oferecido a professo-
res visitantes por Rutgers (até US$ 1.200 por mês);
* Seguro para acidentes e doenças limitado (ASPE Acci-
dent and Sickness Program for Exchanges);
* Taxa do visto J-1; e
* Acesso às instalações e serviços da Rutgers, tais como:
escritório, internet, bibliotecas e demais meios necessá-
rios à efetiva consecução das atividades de ensino e/ou
pesquisa.
Maiores informações em https://fulbright.org.br/edital/
catedra-fulbright-em-saude-global-em-rutgers/ .
Fonte: Brazil Gateway / Ohio State University
The Ohio State University possui vários programas de
apoio para alunos de MBA. Eles incluem bolsas, empre-
gos de meio período e financiamento e todo estudante
admitido nos cursos é automaticamente considerado
para receber algum auxílio financeiro.
O programa Scholarship for the Americas foi criado para
atrair um número maior de estudantes da América do
Sul e daAmérica Central.Além de isenção total de matrí-
cula por dois anos, a bolsa inclui um auxílio mensal de
1.435 dólares. Os bolsistas devem ajudar no Escritório
de Programas de Pós-Graduação para aumentar o recru-
tamento de estudantes da América Latina.
Os candidatos devem ficar atentos ao prazo para
envio dos seguintes documentos para candidatura:
* Histórico acadêmico;
* Resultado do GMAT ou GRE;
* Certificado de proficiência em inglês (TOEFL ou IELTS);
* Currículo;
* Cartas de recomendação
Para maiores informações entre em contato com o Brazil
Gateway, escritório da OSU no Brasil ou através do email
fishergrad@fisher.osu.edu .
Tour pelas universidades internacionais: The Ohio State University
Que tal continuarmos nosso tour por universidades interna-
cionais? Semana passada apresentamos um interessante
programa de bolsas para MBA oferecido pela “The Ohio State
University (OSU)”, uma tradicional universidade pública norte-
-americana e muito bem classificada nos rankings internacio-
nais.
Além dos cursos acadêmicos, a OSU também tem programas
profissionais que chamam muito a atenção dos brasileiros,
como o MBA e o LL.M (master of laws). Um dos pontos atraen-
tes em ambos os cursos é que eles oferecem bolsas de estudos
para candidatos brasileiros que se destacam. Para o MBA, a
Scholarship for the Americas cobre 100% do curso e ainda
oferece um auxílio mensal. Para o LL.M, a bolsa cobre 40% do
curso. Para aqueles que ainda estão se preparando para opor-
tunidades internacionais e planejam melhorar suas habilidades
no inglês, a Ohio State oferece o American Language Program
que prepara candidatos e alunos admitidos para as exigentes
aulas.Atenção: o curso acontece várias vezes no ano.
Um grande número de brasileiros que passou pela OSU,partici-
pou do The Ohio Program (TOP), um programa de estágios em
várias áreas da agronomia. Por esse programa, alunos brasi-
leiros da área se candidatam para estágios em empresas e
fazendas em qualquer estado dos Estados Unidos com a ajuda
do TOP. Como os estágios são remunerados, muitos brasileiros
passam por ele para depois se candidatarem a programas de
mestrado e doutorado na Ohio State. Fica a dica!
Um dos grandes diferenciais da OSU é o forte investimento em
internacionalização incluindo sua presença física em países
de importância como no caso do Brazil Gateway, estabelecido
em São Paulo. Jane K. Aparecido, a quem agradecemos pelas
informações, é a diretora do mencionado escritório.Advogada,
nascida no interior de São Paulo, de pais operários que não
tiveram oportunidade de estudar,Jane conseguiu uma bolsa de
estudos para o LL.M da OSU em 2014, além de uma bolsa de
uma organização internacional que ajuda mulheres em todo o
mundo (AAUW).
12 O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
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história: Durango
SRT Hellcat
Utilitário-esportivo para fãs
de musclecars com família,
o Dodge Durango se alinha
ao Challenger e Charger
e passa a ter uma versão
SRT Hellcat para se tornar
o SUV mais potente de
todos os tempos. Equipado
com o já comprovado
motor HEMI® Hellcat V8
de 6,2 litros, que rende
719 cv de potência e 89,2
kgfm de torque, o Durango
SRT Hellcat vai de 0 a 96
km/h (60 mph) em 3,5
segundos, acelera de 0 a
402 m (quarto de milha)
em 11,5 s, pode chegar
a 290 km/h e ainda é
1,5 segundo mais rápido
que a versão SRT 392
em um circuito de 3.379
m, vantagem equivalente
ao comprimento de nove
carros.“A ‘Irmandade
da Força’ inclui famílias
de todos os tamanhos
e o Durango oferece o
desempenho da Dodge
como o Charger dos SUVs
de três fileiras de bancos”,
disse Tim Kuniskis, chefe
global da Alfa Romeo e
diretor da Dodge, SRT,
Chrysler e Fiat da FCA para
a América do Norte.
FCA alcança a
marca de 100
mil unidades
produzidas do
Fiat Cronos na
Argentina
A FCA está comemorando
a produção da 100.000ª
unidade do Fiat Cronos,
sedã da marca fabricado
no complexo industrial
de Ferreyra, em Córdoba
(Argentina). Modelo da
indústria automotiva
argentina com maior
integração local (44%
dos componentes são
nacionais), o Fiat Cronos
teve sua produção iniciada
em janeiro de 2018. Desse
total, 65% das unidades
foram destinadas à
exportação, sendo o Brasil
o principal mercado de
destino.
ACONTECE
esta semana
FORD VAI REVELAR O
NOVO BRONCO, SUV
GLOBAL DA MARCA
A Ford vai apresentar no
próximo dia 13 a nova família
Bronco, SUV global que
revive o ícone 4x4 produzido
durante três décadas nos
Estados Unidos (de 1966
a 1996).A nova geração
do modelo, ansiosamente
esperada, será o primeiro
produto lançado em horário
nobre nos canais de
transmissão a cabo, digital
e de streaming da Disney
nos EUA, incluindo ABC,
ESPN, NationalGeographic
e Hulu. O público também
poderá encontrar conteúdo
exclusivo sobre o novo
Bronco nos canais da Ford
Motor Company dos EUA
no YouTube, Facebook,
Instagram e Twitter, incluindo
mais detalhes sobre o
desempenho de cada
modelo.
Honda lançará
a CBR 400RR
Tudo indica que a Honda
CBR 400RR seria o modelo
lançado brevemente para
competir com a Ninja
ZX-25R, que com certeza
é o último lançamento que
mais causou alvoroço no
mercado. E para a Honda
este lançamento é bem
óbvio, pelo simples fato
de que a marca da asa já
tem uma pequena média
naked com motor de quatro
cilindros, a Honda CB 400
Super Four e a CB 400
Bold’or, equipadas com um
motor de quatro cilindros
em linha, o DOHC de 4
válvulas por cilindro, injeção
eletrônica e refrigeração
à líquido.A Honda CBR
400RR terá o DNA herdado
de suas irmãs esportivas
maiores, as CBR 500R e
CBR 650R.
RODASDUAS
O próximo lançamento da
Chevrolet vem aí. É a Nova
S10, que chega às conces-
sionárias da marca ainda no
terceiro trimestre deste ano.
Osinteressadosemmaisinfor-
mações sobre as novidades da
picape podem se inscrever em
uma página no site da Chevro-
let criada especialmente para
o produto (http://www.chev-
rolet.com.br/picapes/lanca-
mento). A primeira revelação
feitapelositeédeumaimagem
que mostra nuances da diant-
eira da Nova S10. O produto
terá configuração exclusiva
para o mercado local. Na parte
superior da webpage, o texto
“Vem aí um novo capítulo de
uma história que começou há
25 anos. Aguarde” reforça a
expectativa para o lançamento
edestacaatrajetóriadesucesso
do produto, que acaba de
atingir 1 milhão de unidades
produzidas no período.
Site Chevrolet revela primeira
imagem da nova picape S10
A Mitsubishi Motors do
Brasil apresenta duas séries
especiais para a sua linha
de SUVs compactos: Eclipse
Cross Sport e Eclipse Cross
Outdoor. A primeira reforça
ainda mais o aspecto espor-
tivo e arrojado do modelo,
enquanto a segunda tem um
apelo mais voltado para o fora
de estrada. Produzidas sobre a
configuração topo de linha da
gama, HPE-S S-AWC, ambas
as versões oferecem elementos
exclusivos de design e chegam
hoje à rede de concessionárias
da marca japonesa em todo o
país com preços de R$ 170.990
para o Eclipse Cross Sport, e
R$ 171.990 para o Eclipse Cross
Outdoor.“As séries especiais
Sport e Outdoor valorizam
ainda mais as aptidões do
Eclipse Cross, exaltando dois
atributosmarcantesnomodelo:
esportividade e capacidade
4x4. O design é o ponto alto e
realçaavirilidadeesofisticação
no Eclipse Cross Sport, e a
robustez e valentia no Eclipse
Cross Outdoor”, resume
Fernando Julianelli, CMO da
HPEAutomotoresdoBrasil.
Mitsubishi Eclipse Cross ganha as
séries limitadas Sport e Outdoor
LANÇAMENTO
REESTILIZADA
CORONAPANDEMIAISOLAMENTOCORONAPANDEMIAISOLAMENTOCORONAPANDEMIAISOLAMENTO
Alagoas l 11 a 18 de julho I ano 08 I nº 385 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br
CAMPUSCAMPUSCAMPUSCAMPUS
PedroCabr
al
Envie critica e sugestão para ndsvcampus@gmail.com
Dois
dedos
de
prosa
Es t e é m a i s u m
número dedicado,
basicamente, à docu-
mentação do coti-
diano da pandemia
em Alagoas, textos
que deverão formar
um excelente acervo
para um pesquisador
que deseje debruçar-
-se sobre o tema. Hoje,
trazemos quatro depoi-
mentos: uma estudante
de Medicina (Zuilia),
um advogado (Bruno),
um teólogo (Paulo) e
uma jornalista (Elen).
Agradecemos a todos
os que colaboraram e,
para mim, é interes-
sante apresentar um
casal de netos (Bruno e
Zuilia). Agradecemos,
novamente,aoEduardo
Bastos pela possibili-
dade de ilustrar nossa
capa com mais uma de
suas expressivas e belas
aquarelas.
Um abraço,
Sávio de Almeida
VIVENTES DAS ALAGOAS
E A PANDEMIA (XIII)
Q
uando a vida
normal foi
suspensa, no
início de março de 2020, eu
tinhaumahomenagemarece-
ber no dia 26, uma pré-estreia
a assistir no dia 17 e uma
reunião de trabalho marcada
para o dia 18. Para um pouco
mais adiante, eu agendara
umaviagemparaacompanhar
minha filha a um show em
São Paulo. Havia ainda férias
programadas e um encontro
com amigos para comer um
hambúrguer vegano e atuali-
zar a conversa, fora a rotina de
trabalho, caminhadas diárias
respirandoamaresiaCruzdas
Almas/Ponta Verde/Cruz das
Almas e inúmeros abraços,
que eu adoro abraçar.
Chegando em casa, na
noite da sexta-feira 13 de
março, depois de um dia
em que já havíamos progra-
mado uma escala de trabalho
metade presencial/metade
teletrabalho, vi que a vida já
havia mudado no curso de
algumas horas.
Estava assistindo ao tele-
jornal noturno, quando uma
notificação do Whatsapp me
chamou de volta ao trabalho.
Todaaagendaestavaautoma-
ticamente suspensa e naquela
noite, as reuniões nos grupos
se estenderam até a madru-
gada, intensificando-se no
sábado e no domingo seguin-
tes. Era preciso reorganizar a
sistemática de trabalho.
Não havia precedentes
para aquela situação, então
passamos a viver um dia por
vez e aprendendo, com cada
demanda que se interpunha,
a lidar com ela e a programar
a resposta às próximas. A
primeira semana, assim como
o primeiro decreto normativo
do meu trabalho e do coti-
diano dos demais viventes
de Maceió, foram destinados
à aprendizagem e à adapta-
ção. Suspenderam-se even-
tos e qualquer programação
que ensejasse aglomeração,
enquanto recebíamos, entre o
medo e o pesar, as notícias da
Ásia e da Europa enlutadas.
Na segunda semana foi
oficializado o teletrabalho
para as atividades adaptáveis
ao modelo e estabeleceram-
-se normas para aquelas cuja
presença física nos locais de
trabalho fosse imprescindível.
Regrasdesegurançaehigiene,
protocolos de atendimento e
funcionamento de estabeleci-
mentos comerciais, condutas
sociais, tudo foi reformatado.
O chamado isolamento
socialredimensionoutambém
a vida privada. As telenovelas
deram espaço ao jornalismo
em tempo integral, estabele-
cendoumadinâmicadiferente
do tempo e da vida, agora
restritos ao espaço doméstico.
Nos primeiros dias, consi-
derei racional correr ao super-
mercado e à farmácia, como
se estivesse me preparando
para um longo inverno, em
pleno verão maceioense. Nas
prateleiras, a clara demons-
tração de desapreço ao bem-
-comum. Grande parte dos
itens recomendados à preven-
ção do coronavírus, o agente
da pandemia, havia desa-
parecido. Os que restaram
estavam bem mais caros. Foi
necessário o poder público
estabelecer regras de controle
e fiscalização de preços para
conter abusos e a sanha dos
acumuladores. Com a situ-
ação regulada, os estoques
foram restabelecidos e os
preços voltaram a patamares
aceitáveis.
Asteleaulastambémafeta-
ramoespaçodoméstico.Além
de local de trabalho e espaço
de moradia, a casa também
tornou-se sala de aula, dispo-
sitivo de telepresença para
reuniõesecultosreligiosos.Os
encontros pessoais também
foram acondicionados às telas
do celular e do computador.
Abraçospartidos,saudade
manifesta, incertezas. Pelo
que se observa na parte do
mundo onde o fechamento e a
reabertura começaram, a vida
normal não voltará a ser sem
novas regras e protocolos de
contenção e controle.
No novo mundo que
agora se descortina, a prote-
ção envolve distância, másca-
ras e rigorosos protocolos de
higiene pessoal e convívio
social. Os encontros se darão
semapertosdemão,semabra-
ços, sem beijinhos.
Durante a pandemia, vi
um ex-governador partir
sem solenidade. Guilherme
Palmeira, em cuja biografia
cabiam o deputado, o gover-
nador, o senador, o prefeito e
o ministro de Tribunal Supe-
rior, partiu sob silenciosos
aplausos e moções manifestos
pelas redes sociais. Vivêsse-
mos tempos normais, muitos
seriam os que cancelariam
agendas para lhe prestar
homenagens e presenciais
condolências aos familiares
enlutados, especialmente ao
prefeito Rui Palmeira, seu
filho e gestor nesse momento
distópico que se abateu sobre
o mundo e o Brasil em pleno
ano eleitoral.
É de incertezas que vive-
mos.Atéaqui,todosperdemos
alguém para o novo corona-
vírus. Seja amigo, parente
conhecido ou desconhecido,
hámuitosmilharesdepessoas
aprantear.Contam-semortos,
enquanto planejamos a vida
e o futuro sem nem sequer
intuirmos o que será.
Do ponto de vista do meu
trabalho, a vida em tela tem
similaridades com o mundo
real, do trabalho presencial.
No entanto, os artifícios da
procrastinaçãosãomuitomais
intensos, assim como as ativi-
dades paralelas. Ao mesmo
tempo em que participo de
uma reunião por vídeo ou
audioconferência, interajo
comoutrosgruposdetrabalho
e a atenção pode ser desviada
a um clic para uma das infini-
tas janelas dos hyperlinks que
tanto informam quanto desin-
formam e nos instigam. Nesse
aspecto, os limites temporais
se diluem em jornadas inaca-
báveis.
N o h i p e r c o n e c t a d o
universo da teleinformação,
estruturas como horários de
trabalho são fluidas e variá-
veis, assim como as pontas
dos dedos, que chegam a
ardernosdiasmaisdinâmicos
em atividades profissionais,
vida pessoal e hiperinforma-
ção. É cansativo o mundo em
tela. Há dias que ele suplanta
oespaçofísico,porexíguoque
ele nos pareça. Tenho espe-
rança na resposta da ciência e
rezo para que se abrandem os
corações endurecidos. É entre
incertezas e esperança que
vivemos. Um dia por vez.
CAMPUS
2 O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
Viventes das Alagoas.
Quem
é
quem?
CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 215 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092
Para anunciar,
ligue 3023.2092
EXPEDIENTE
ElianePereira
Diretora-Executiva
DeraldoFrancisco
Editor-Geral
Conselho Editorial JorgeVieira JoséAlberto CostaODiaAlagoas
Elen Oliveira jornalista
Um dia de cada vez
CAMPUS
3O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020
redação 82 3023.2092
e-mail redacao@odia-al.com.br
A opinião dos autores pode não coincidir no todo ou em parte com a de Campus.
A
s promessas
de ano novo
tiveram que
esperar. Como estudante, o
primeiro semestre de 2020
estava reservado à realização
de vários trabalhos, pesquisa
e escrita de artigo, mas tudo
ficou em segundo plano. Sem
nenhuma perspectiva de
voltar,amodalidadedeensino
a distância não é uma reali-
dade provável na Ufal devido
à disparidade socioeconômica
dos seus alunos. Estou oficial-
mente em isolamento desde
o dia 17 de março, quando o
calendáriodaUfalfoisuspenso.
Oquepareciaseroiníciodeum
semestre de muitas expectati-
vas, deu lugar à frustação de
ter um único dia letivo. Desde
então, minha atenção voltou-
-se as redes sociais e mídias
de informação onde, além das
inúmeras informações sobre
coronavírus, tornou-se um
ambiente tóxico pela dissemi-
nação de “Fake News” e rixas
políticas de todas as formas.
Tudo isso contribuiu
negativamente para piorar a
situação do isolamento. As
notícias referentes à Covid-
19 me tocam de duas formas
diferentes: primeiramente,
por ser diabética tipo 1 (insu-
lino dependente) há 6 anos
e como a literatura mostra,
sou de um grupo de risco em
potencial para ter um quadro
grave. A segunda forma, por
ser uma futura profissional da
saúde, que apesar de não estar
atuando na linha de frente do
combate, enxergo a gravidade
da situação para quem está se
expondo bem como a calami-
dade velada de equipamentos
para proteção individual (EPI)
cada vez mais escassos. Desde
o início do isolamento, levei
com seriedade essa pandemia
e as recomendações do Minis-
tério da Saúde. Mas o risco
de adoecer sempre existiu
porque meu irmão, que mora
comigo e minha mãe, trabalha
como balconista de farmácia
e, mesmo após o decreto esta-
dual, continuou trabalhando e
se expondo.
Logo, o coronavírus inter-
fere na minha saúde tanto
pelo risco de adoecer mesmo
em casa como tendo crises de
ansiedadepelomedoiminente.
Ao chegar abril, me afastei das
redes sociais e direcionei meu
foco para tentar restabelecer
uma rotina. Nesse sentido, fiz
um levantamento dos assun-
tos a serem vistos no período
para ir estudando em casa, me
inscrevi em inúmeros cursos
onlinegratuitos,inclusivepara
a Olimpíada de História ofer-
tada pela Unicamp e retornei
meus estudos de inglês. Além
disso, participo do Denem
(Diretório Nacional dos Estu-
dantes de Medicina) que a
cada quinze dias são realiza-
dasreuniõesonlineparadiscu-
tir alguma pauta pertinente.
A verdade é que temos que
ressignificar para viver.
A Semana Santa não teve
a família reunida como nos
outros anos. Talvez, se afastar
daquele parente tóxico seja o
melhor a ser feito para si nesse
momento ou brincar um jogo
de tabuleiro via Skype para
animar a família de Fortaleza
seja o melhor que você pode
fazer no dia. Se alguém me
dissesse em janeiro que as
promessas de ano novo teriam
que esperar, teria aproveitado
mais o vento no rosto ao andar
pelaorla,meestressadomenos
porbesteiraeaproveitadomais
o convívio de quem sinto falta.
Por hoje, espero que quando o
ano começar tenhamos clareza
de quais resoluções valem a
penalevaradiante.Queosdias
incertos se tornem páginas
escritas o mais breve possível.
Zuila Caroline Olegário Lima Estudante do 4º período de Medicina da Ufal
Quando o ano começar
E
u lembro do
primeiro caso
noticiado no
mesmolocalemqueeuestava.
Havia resolvido passar o
Carnaval no Recife, tudo de
última hora. Analisando bem,
foi uma das melhores esco-
lhas que poderia ter feito, foi
o último contato que tive com
o povo e com as multidões.
A sensação de transitar pela
Rua do Imperador durante
o Galo da Madrugada, o
contato humano, tudo me
traz uma doce e maravilhosa
lembrança.
AindaemRecife,enquanto
esperava as pessoas se arru-
marem para mais um show,
assistia ao noticiário e escu-
tei bem a confirmação do
primeiro caso no estado de
Pernambuco. A doença não
era novidade alguma, já havia
chegado à São Paulo, os rela-
tos vindos da Europa e da
China eram devastadores...
Pouco tempo após retor-
nar, foi emitido, pela OMS, o
alerta de Pandemia Global.
Eu trabalho na Ouvidoria de
um hospital público, mesmo
fazendo serviço administra-
tivo, o contato com pacientes
é diário e constante. Assim,
conversei com minha mãe,
com quem moro, e acorda-
mos que o melhor naquele
momento seria que ela fosse
para casa de uma tia até um
segundo momento.
Inicialmente não fui
dispensado do trabalho,
algo que não me incomodou
de maneira alguma, sentia
que era necessário naquele
momento que as instituições
de saúde pudessem funcio-
nar normalmente, excetuados
pelos servidores do grupo de
risco.
Já na segunda semana de
decreto, me foi informado
que, mesmo nas unidades
hospitalares,osserviçosadmi-
nistrativos seriam reorgani-
zados para que permitissem
que aqueles que pudessem
funcionar em regime de tele-
trabalho o fizessem. Foi assim
que mesmo sem solicitar,
fui convidado a trabalhar de
casa, uma vez que o sistema
de ouvidorias públicas é alta-
mente informatizado, ainda
deixando à disposição de
servidoresepacientesosmeus
contatos pessoais.
Minha mãe acabou retor-
nando para a casa após a
Semana Santa, depois que
passei por um processo de
quarentena auto-imposto, sob
um rígido isolamento social,
onde não haveria questão
importante o suficiente que
não pudesse ser resolvida de
casa.
Neste meio tempo que
minha bisavó completou 104
anos, sem festa, comemora-
ções neste estilo não podiam
ser sequer cogitadas, para a
segurança de todos, e prin-
cipalmente a dela. A ques-
tão é, todos os anos fazemos
questão de comemorá-lo, não
para reunir a família, não pela
diversão... É que qualquer
aniversário dela é um marco
extraordinário, e pode ser o
último.
Foi durante o início da
pandemia que perdi meu
avô paterno. Uma das expe-
riências mais duras que pude
passar. Não foi Covid-19, mas
o velório teve que ser reali-
zado às pressas, com poucas
pessoas, com a utilização de
EPI’s por parte dos enluta-
dos...
Foi também uma opor-
tunidade de voltar-me para
mim, e olhar por dentro. De
organizar meus trabalhos sob
um outro aspecto, uma outra
visão. Pude ler mais, assistir
coisas novas, rever as antigas.
Ouvir novas e velhas canções,
assistiradebates,participarde
discussões. E o momento de
estreitar ainda mais os víncu-
los dentro de casa, de conver-
sar mais, de fazer companhia,
de trazer os animais de esti-
mação para ainda mais perto.
Tem sido uma oportuni-
dade de reflexão, de reconhe-
cimento dos meus privilégios,
de acompanhar e perceber
as lutas pela sobrevivência
que permeiam todo o país.
De ajudar como é possível às
diferentes correntes de solida-
riedade. Nem todos podem,
ou devem, sair para ajudar o
próximo, mas o mais impor-
tante é estar atento aos movi-
mentos que ocorrem e poder
saber de que forma ajudar,
sejacomdinheiroouinsumos.
Durante a pandemia, a
vidadobrasileironãotemsido
fácil,principalmentedaqueles
que possuem menos recursos
e estão relegados a viverem
semomínimodesalubridade.
É muito importante que essa
situação não seja esquecida,
jamais, nem mesmo quando
tudo isso passar.
Bruno Rodrigo C. de Almeida da Silva Advogado
A memória da pandemia em Alagoas: notas
pessoais e pequena reflexão sobre privilégios
“
CAMPUS
4 O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020
redação 82 3023.2092
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FICHA TÉCNICA
CAMPUS
COORDENADORIAS SETORIAIS
L. Sávio deAlmeida
Coordenador de Campus
Cícero Rodrigues
Ilustração
Jobson Pedrosa
Diagramação
Iracema Ferro
Edição e Revisão
CíceroAlbuquerque
Semiárido
Eduardo Bastos
Artes Plásticas
Amaro Hélio da Silva
Índios
Lúcio Verçoza
Ciências Sociais
Renildo Ribeiro
Letras e Literatura
Visite o Blog do SávioAlmeida
Q
uando parti-
c i p e i , h á
alguns anos,
como palestrante no encon-
tro da Fraternidade Teoló-
gica Latino Americana (Setor
Nordeste), lembro-me muito
bem de ter sido indagado,
durante o debate, acerca da
ausência em minha fala das
questões relacionadas ao
racismo no estado deAlagoas.
Obviamente, a questão
me fora dirigida por conta de
minha condição como teólogo
negro. Na oportunidade, eu
fazia uma leitura teológica
da economia alagoana capi-
taneada pela indústria cana-
vieira, denunciando-lhe a
selvageria com que se apro-
pria dos recursos naturais e
com que acumula os meios de
produção e a riqueza material
produzida nesse estado.
Agora, dada a conjuntura
mundial e local acerca das
questões raciais, a pergunta
do meu interlocutor volta
com toda sua força. Ela tem
extrema pertinência. O silên-
cio com que tratamos o tema,
enquanto teólogos, é cons-
trangedor. Isso porque já não
restam dúvidas de que, no
Brasil, produzimos as formas
mais sutis de racismo do
mundo, invisibilizadas pelo
discurso do “mito da demo-
cracia racial”, mas perfei-
tamente visíveis na nossa
estrutura social excludente e
segregadora.
A branquitude, enquanto
estratégia político-ideológica
para os fins da hegemonia
de determinadas visões de
mundo, é uma das marcas
explícitas da história da
formação do povo brasileiro e
alagoano. Seu correlato dialé-
tico e antitético é a negritude.
Dialético e antitético porque
a branquitude tem na negru-
tide uma necessidade, a fim
de afirmar sua superioridade.
Semessereferencialdialéticoe
antitético não haveria suporte
para o discurso ideológico da
hegemonia branca.
Mas essa dialética não
serveapenasparasustentaros
discursos. Tem servido muito
mais para dar o suporte mate-
rial feito de braços e pernas
trabalhadoras, sem os quais
nenhuma superioridade pode
se efetivar. Padre Antonio
Vieira, num de seus sermões,
dizia que o negro, após a
derrocada da escravidão do
índio, viria a ser “os pés e as
mãos do senhor [branco]”.
O processo de formação do
estadodeAlagoasconfunde-se
com a história da consolidação
da agroindústria canavieira. E
a consolidação desta, depois
de encerrado o processo de
dizimaçãodasculturasindíge-
nas do estado, teve exclusiva-
mente no sistema escravocrata
africano o seu suporte laboral.
Fernando Lira, em Formação
da riqueza e da pobreza de
Alagoas, nos informa que “ao
contrário do ocorrido com
os índios, nem a igreja nem a
coroa se opuseram à escravi-
dão do negro. As ordens reli-
giosas, como as beneditinas,
estiveram até mesmo entre os
grandeslatifundiáriosdeterra,
que exploravam o trabalho
escravo”.
Os negros trazidos para
Alagoas procediam majorita-
riamente de Angola e Guiné.
Lira ainda nos diz que “no
final do período colonial,
Alagoas tinha uma popula-
ção de 111.973 habitantes,
dos quais 42.879 eram livres e
69.094 eram escravos”. Seme-
lhantemente ao ocorrido na
maior parte dos estados do
Nordeste onde o ciclo do
açúcar deixou sua marca, os
povos negros comparecem
como povos instrumentaliza-
dos em favor dos interesses
político-econômicos das elites
locais.
Esses fatos, amplamente
conhecidos de todos, são
quase sempre apresentados
como dados históricos sem
nenhuma vinculação com a
presente (des)estrutura social
do estado deAlagoas. E minha
tese fundamental neste artigo
vai na direção de afirmar que a
terrível desestruturação social
de Alagoas tem no racismo
um companheiro necessário e
perene.
Como teólogo batista, não
deixaria de perguntar pelo
papel dessas igrejas nesse
contexto. É amplamente
sabido, como mencionado
acima, que a Igreja Católica
consentiu abertamente com o
sistema escravocrata, e até se
fez protagonista do mesmo,
possuindo escravos africanos
em algumas de suas ordens
religiosas. Também é ampla-
mente conhecido o famoso
Quebra de Xangô em 1912,
ocorrido em Maceió, quando
as religiões de matriz africana
foram terrivelmente persegui-
dasesufocadaspelasautorida-
des políticas da época, dando
origem à tradição do Xangô
Rezado Baixo.
De fato, tenho bastante
curiosidade em saber como
nosso protestantismo alago-
ano –, à época, junto com o
protestantismo em todo Brasil,
fervoroso defensor da liber-
dadereligiosapromulgadaem
1890 –, reagiu ao ver sufocadas
as expressões de religiosidade
africana neste estado. Teria
o protestantismo alagoano
defendido a liberdade de culto
doPovodeXangô,outeriaeste
corroborado a perseguição e
o silenciamento desse povo
negro? Se os posicionamentos
históricos do protestantismo
em Alagoas forem considera-
dos como estáveis, contínuos,
e sem muitas alternâncias,
responderàquestãoacimanão
será muito difícil.
O protestantismo no Brasil
é multifacetado. Por isso é
preciso deixar claro a quem
se está fazendo referência.
Neste artigo, nossas perguntas
estão relacionadas àquela face
do protestantismo brasileiro
que vigorou como hegemô-
nica até meados da década
de 1980: o protestantismo de
missão (onde se encontram
os batistas). Em todo o Brasil,
a inserção do protestantismo
de missão batista fez-se majo-
ritariamente por intermédio
das missões norte-americanas
na segunda metade do século
XIX. Alagoas, no entanto,
registraumapeculiaridadeem
relação aos demais estados da
federação.Aquientrenós,dife-
rentemente de outros lugares,
a dependência da intervenção
norte-americana permanece
até os dias atuais.
Parece seguro dizer que
em nenhum outro estado
brasileiro mais da metade dos
templos batistas tenham sido
subsidiados diretamente pelos
norte-americanos, como ocor-
reu em Alagoas. Se estiverem
certos aqueles que defendem
que as missões protestantes
norte-americanas represen-
taram o braço religioso do
neocolonialismo no Brasil, em
Alagoas ainda estamos numa
curiosa relação de submissão
neocolonial no campo da reli-
gião.
Paulo D. Siepierski defen-
deria a tese de que a aversão
religiosa de cunho cristão às
manifestações culturais afro-
-brasileiras é somente a versão
teológica do preconceito
milenar direcionados a esses
povos. Uma vez que ninguém
nega o fato de que tais missões
norte-americanas provindas
do Cinturão da Bíblia (sul dos
Estados Unidos) são profun-
damenteracistas,compete-nos
perguntar:
1. Em que medida nosso
protestantismo de missão
(particularmente o batista)
tem sido um dos bastiões do
racismonoestadodeAlagoas?
A teologia e a prática das igre-
jas batistas ajudam a confron-
tar ou aprofundar o racismo
em nosso estado?
2. Em que medida a teolo-
gia e a prática dessas igrejas,
assim como de seus mecanis-
mosdeeducação,demonizam
as expressões da religiosidade
africana emAlagoas?
3. Em que medida nossa
ideologia religiosa funciona
comoforçadecontençãodiante
dasexpressõesdanegritudena
cultura e na religião?
4. A cultura negra se vê
representada em nossos
cultos? Caso não, por quê?
5. Que representações
sobre o “negro” e o “branco”
estão presentes em nosso
discurso religioso? Como
esses conteúdos estão presen-
tes na nossa pedagogia reli-
giosa?
Se as chagas estruturais
que afligem por tanto tempo a
sociedade alagoana, refletidas
nos piores indicadores sociais
do Brasil, têm no racismo um
companheiro necessário e
perene, que contribuição esta-
riam dando as igrejas protes-
tantes à esta sociedade, com o
trato que dispensam à cultura
e às religiões do povo negro?
Que efeitos colaterais nosso
preconceito religioso contra
a cultura e a religiosidade de
matrizafricanaajudaaprodu-
zir e corroborar emAlagoas?
Paulo Nascimento Teólogo Batista
Neocolonialismo religioso e racismo no estado de Alagoas
Os gregos estavam tão acima de nós
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AL interior registra 3 vezes mais mortes por Covid que Maceió

  • 1. Alagoas l 11 a 18 de julho I ano 08 I nº 385 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br COPA DO NORDESTE: CBF DEFINEA BAHIA COMO ESTADO DA COMPETIÇÃO E RETOMADA COMEÇA JÁ NO DIA 21 DE JULHO EDITORIAL O que a ganância do homem é capaz de fazer; e se for por uma vaga no STF, vale tudo ALAGOAS PERDIA R$ 2 MILHÕES EM arrecadação com impostos em cargas de,pelo menos,40 caminhões por dia POLÍCIA ACABA COM A ENTRADA ILEGAL DE FRANGOS NO ESTADO Palmeira dos Índios foi o único município a mostrar interesse; mas o projeto ainda não está em funcionamento Ações do BPRv e batalhões de áreas acontecem durante a madrugada,em pontos estratégicos nas rodovias estaduaisPopulaçãorecebeufrangoapreendidoemcaminhãosemNotaFiscaldacarga Caminhões apreendidos sem Nota Fiscal da carga e sem a Guia deTrânsitoAnimal (GTA); fiscalização não acontecia 10 2 7 Um estudo da Ufal aponta que,apesardehaverhátrêsanos uma portaria ministerial deter- minandoqueosmunicípiossão responsáveis pela castração de felinos e caninos, para contro- lar a população de rua destes animais, a lei ‘não pegou’ em Alagoas.SóPalmeiradosÍndios fez um projeto, mas que ainda não está em funcionamento. A maior parte dos cães e gatos que nascem nas ruas acaba não sendoadotadaemorre. Em AL, municípios não fazem castração CÃES E GATOS 4
  • 2. 2 O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020 EXPRESSÃO redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 210 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092 Para anunciar, ligue 3023.2092 EXPEDIENTE ElianePereira Diretora-Executiva DeraldoFrancisco Editor-Geral Conselho Editorial Jackson de Lima Neto JoséAlberto Costa JorgeVieiraODiaAlagoas Elly Mendes (ellymendes71@gmail.com) Q u a s e q u a t r o m e s e s d e quarentena e afastamentosocialdevidoaocoro- navírus e a covid-19. O governo do Estado flexibilizou o funciona- mento de alguns setores econô- micos. Contudo, as escolas ainda não têm uma previsão de retorno às aulas presenciais. Das várias etapas do Ensino Básico, a Educa- çãoInfantiltemsidoumadasmais preocupantes. Esta etapa compre- ende crianças de 0 a 5anos e 11 meses, distribuídos entre creche, com bebês de zero a 1 ano e seis meses, as crianças bem pequenas (1anoe7mesesa3anose11meses) e pré-escola, com crianças peque- nas(de4anosa5anose11meses). Os profissionais que traba- lham com essa etapa da educa- ção têm plena consciência que no momento atual não há a menor possibilidade de retorno às ativi- dades presenciais com as crian- ças. Alguns protocolos de retorno estão sendo elaborados e analisa- dos. Dentre os mais recomenda- dos para manter a segurança nas escolas e instituições de Educação Infantil estão: uso de máscaras, distância mínima de 1 metro entre carteiras escolares, uso de álcool em gel, higienização dobrada do ambiente, atividades ao ar livre, quadras ou ginásios, rodízio de educadores e de alunos, determi- nação de lugares em refeitório, maisrigornahigienizaçãodeuten- sílios e manipulação de alimentos, dentreoutros. A questão crucial é: pensando narealidadedecrecheepré-escola, como convencer um bebê ou uma criança pequena de que ela preci- sará usar máscara por determi- nadas horas a fio, que não poderá usar o brinquedo do amigo, que nãopoderáabraçarseuscolegasou seusprofessores,quemantenha-se distantedocolega,quenãopoderá compartilhar nenhum objeto, que o que era de uso coletivo, será por um longo tempo de uso indivi- dual,etantascoisasmais! Atualmente, na cidade de Maceió, as atividades educacio- nais das instituições de ensino estãoacontecendoextrasala,extra ambiente institucional, através de vídeos com músicas, histórias, conversa informativa, postadas nas mídias sociais como What- sApp, Instagram e Facebook, e mais uma ferramenta recente, ofertada pela Secretaria Munici- paldeEducação(SEMED),através das ondas do rádio, e repassadas às crianças e suas famílias. As ações são pertinentes. Todavia, o problema é: todas as crianças e familiares têm acesso a internet, têm aparelhos celulares, compu- tadores ou tabletes? O feedback é considerável, a participação é significativa? As instituições de ensino terão condições de adequar os ambientes de acordo com as exigências da Organiza- ção Mundial de Saúde? Teremos medidores de temperatura em todas as unidades educacionais, espaço suficiente para esse reen- quadramento proposto? Estamos preocupadoscomoretornoseguro e coerente ou estamos preocupa- dos com a necessidade de voltar ao trabalho presencial para aten- der a determinadas parcelas da sociedade? Mais importante que satisfazer as vontades econômicas de determinadas camadas sociais, é ter bom senso e garantir a saúde das crianças, dos funcionários da educaçãoedapopulaçãoemgeral. Deve-se voltar ao trabalho nas escolas de forma presencial sim, mas de maneira totalmente segura. As nossas redes públicas de ensino não têm suporte para garantir a segurança de retorno às aulas presenciais. Muitas insti- tuições não têm funcionários sufi- cientes,nãotêmrefeitório,nãotêm espaço arejado nem interno nem externamente, não têm torneiras em número suficiente, não têm condiçõesderetorno! Sejamos sensatos. A vida humana vale mais que qualquer interessecomercial oueconômico. Sejamos humanos e ajamos com serenidade e de forma humaniza- dora! Atividades presenciais nas escolas: retornar ou não retornar agora: eis a questão! O Ministro do S u p e r i o r Tribunal de Justiça, João Otávio Noro- nha, concedeu prisão domi- ciliar para uma pessoa que estava foragida há mais de um ano e também para a sua esposa que continua fora- gida. Quem é esta pessoa? Nada mais, nada menos que Fabrício Queiroz, o “Queiroz das Rachadinhas”. Pois é, caro leitor, Queiroz mal foi preso já conseguiu o benefício da prisão domiciliar argumentando em sua defesa a atual pandemia de coro- navírus e o fato de que trata de câncer de próstata. Inte- ressante é ver um aliado do Presidente fundamentando um pedido devido à gravi- dade da pandemia, quando para o Presidente é apenas uma “gripezinha”. Inclusive, uma “gripezinha” que agora o “contaminou”, às vésperas de depor no processo em que seus filhos são investigados e sobresuainterferêncianaPolí- cia Federal. Restasaberparaquedomi- cílio Queiroz irá. Segundo sua defesa Queiroz irá para sua residência no Rio de Janeiro. Deve ser aquela lá em Rio das Pedras, local controlado pelas milícias da qual Queiroz é integrante ou será que Quei- rozirávoltarpraoconfortoda casa de Wassef onde foi preso semanas atrás e que, segundo o presidente, o local foi esco- lhido por estar mais próximo do hospital onde Queiroz realizava seus tratamentos? Bem, com esses últimos acontecimentos, vale a pena relembrar de uma postagem no Twitter feita pelo Depu- tado Federal Eduardo Bolso- naro, o “03”, em dezembro de 2017 quando escreveu “Ladrão de galinha ir para a cadeia e ladrão amigo do rei para a prisão domiciliar [leia-se mansão] é sinônimo de impunidade. Infelizmente juízes se utilizam de brechas nas leis para favorecer alguns. É preciso revogar o instituto da prisão domiciliar”. Eagora?Seráqueo“Dudu” ainda concorda com o que tuitou naquele dia? O amigo do rei, amigo desde 1986 acaboudeserbeneficiadopelo instituto da prisão domiciliar, decisão que abarcou também a esposa de Queiroz, Márcia, que ainda está foragida. Vale dizer que não apenas os amigos do rei estão sendo beneficiados com a prisão domiciliar de Queiroz, mas também os filhos do rei, consi- derandoqueQueirozjáestava em “prisão domiciliar” há muito tempo enquanto esteve foragido, fazendo churrasco e bebendo bastante na casa de Wassef. Uma pessoa presa numa cela, trancafiada 24 horas com o mínimo de liber- dade de locomoção, às vezes, apenas para tomar um sol, está muito mais suscetível a colaborar com a justiça para a elucidação de muitos fatos, nisso a família Bolsonaro sairia beneficiada. Outros amigos do rei que podem ser beneficiados com a decisão estão no Poder Judici- ário,considerandoqueopresi- dente da República indicará doisministrosparaoSupremo ao longo de seu mandato, muitos estão querendo ajudar ao rei em troca desse pequeno benefício vitalício. Um deles é o PGR, Aras, que já articula situações para amenizar as possíveis denúncias contra o presidente e agora o cotado ministro do STJ, Otávio Noro- nha, que beneficiou Queiroz com a prisão domiciliar. Apoiadores de Bolsonaro já enxergam claramente a indicação de Noronha para uma das vagas do STF. É um jogo bem articulado entre as peças do tabuleiro, onde o presidente que outro dia, de forma análoga, se considerou o rei do tabuleiro de xadrez falou que nomeou o PGR para protegê-lo,agoratemtambém outra peça para movimentar e obter mais proteção. Nessa seara,seráquehaverá“xeque- mate”, pois combate à corrup- ção está difícil. Amigos do rei,todos saem ganhando
  • 3. Ariel Cipola Repórter A pós Maceió apresentar uma redu- ção significativa do número de óbitos e de contaminados pela Covid-19, o Governo de Alagoas autorizou a mudança da fase vermelha para a laranja, a medida possibili- tou a reabertura de parte do comércio. Agora a preocupa- ção é com o interior do estado, onde o número de mortes é três, em alguns dias até quatro vezes maior que o da capital. No boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) na quinta-feira (9), dos 17 mortos apenas dois eram de Maceió, enquanto os outros 15 resi- diam no interior. Há mais de duas semanas Alagoas registra uma média diária de cerca de mil novos contaminados pelo novo coronavírus. Entre os dias 4 e 9 deste mês, 117 alagoanos morreram, apenas 20 mora- vam em Maceió, e 97 eram do interior. O aumento dos casos do novo coronavírus no interior dos estados nordestinos foi tema do último boletim do ComitêCientíficodeCombate ao Coronavírus (C4) do Consórcio Nordeste. Segundo oestudo,publicadonaquinta- -feira (2), a interiorização vai contribuir para “um fluxo de pacientes em estado grave para as capitais”. Para o coordenador do comitê científico do Consór- cio do Nordeste, Miguel Nicolelis, a situação de um fluxo de infectados do interior voltando para as capitais é o novo desafio para os estados do Nordeste, para evitar o “efeito bumerangue”. “Otemacentraldessenovo boletim é a interiorização da Covid. No gráfico é possível ver o aumento de cidades com mais de 400 casos. O efeito bumerangue no boletim se refere ao fato de que a doença começou no litoral e agora os casos que foram para interior vãovoltarparaascapitais.Em São Luiz, Maceió, Fortaleza e Salvador, você já pode notar um fluxo grande de casos voltando para as capitais”, afirma Nicolelis. 3O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020 PODER redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br “Situação doAgreste e Sertão é preocupante” Segundo o boletim do C4, nesta condição, o aumento de casos no interior dos estados resulta num fluxo de pacientes em estado grave para as capi- tais dos estados, uma vez que estassãoasúnicasquedispõem da infraestrutura hospitalar adequada(comoleitosdeUTI) para tratar destes casos. “Apesar de terem experi- mentado uma redução tempo- rária nas taxas de ocupação de leitos de enfermaria e UTI recentemente,todasascapitais brasileiras podem se deparar com o cenário no qual uma verdadeira avalanche de casos graves, advindos do interior, voltariam a produzir uma sobrecarga dos seus sistemas hospitalares, ameaçando-os com um colapso em um inter- valo de tempo muito curto”, explica o boletim. O Comitê Cientifico ainda recomenda que seja repen- sada a reabertura e algumas cidades adotem o ‘lockdown’, como Salvador (BA), Feira de Santana (BA), Teixeira de Frei- tas(BA),Maceió(AL)eAracaju (SE).OComitêtambémpediua implantaçãodemedidascomo a construção de barreiras sani- tárias e o estabelecimento de rodízios intermitentes durante a semana. O boletim reitera que só é recomendável uma retomadaquandoforemalcan- çados três pontos: um Rt (taxa de contágio) sensivelmente abaixo de 1, curvas de casos e óbitos com quedas consisten- tespormaisde14diasetaxade ocupação de leitos (enfermaria e/ou UTI) em até 70%. Em nota exclusiva à repor- tagem, a Secretaria Estadual de Saúde de Alagoas (Sesau) afirma que sempre monito- rou – o crescimento da curva epidemiológica no interior - e as “nossas decisões para as políticas de enfrentamento à pandemiadaCovid-19contam comoembasamentocientífico, junto a profissionais infectolo- gistas”. “Nas últimas semanas, muito antes de o Governo de Alagoas autorizar o distan- ciamento social controlado, a Sesau sempre demonstrou preocupação com o aumento dos casos da Covid-19 no inte- rior do estado, a exemplo da regiãoAgresteeSertão.Sempre ouvindo a ciência, a Sesau mantém o seu posicionamento que neste momento em que os casossãocrescentesnointerior, oisolamentosocialéaprincipal maneiradeseprotegereevitar, assim, uma maior prolifera- ção da doença. A Sesau segue tomando medidas de enfren- tamento, a exemplo das barrei- ras sanitárias nas entradas de municípios como São José da Laje, Maragogi, Ouro Branco, Delmiro Gouveia e Porto Real do Colégio. Temos ampliado, diariamente,onúmerodeleitos de UTI e clínicos para tratar, exclusivamente, pessoas com a Covid-19.Ogovernoentregou, recentemente, mais um hospi- tal, o Regional do Norte, que é mais uma importante porta no tratamento de pessoas”, diz a Sesau. Comitê recomenda cautela no avançar para a fase amarela ESPECIALISTAS TEMEM pelo crescimento do “fluxo de pacientes graves” pelos hospitais da capitais, vindos do interior EDITALDECONVOCAÇÃODASELEIÇÕESEM2020 A COORDENADORA DA COMISSÃO PERMANENTE ELEITORAL DOCONSELHOREGIONALDEADMINISTRAÇÃODEALAGOAS(CRA- AL), em cumprimento ao disposto na Lei nº 4.769, de 9 de setembro de 1965, na Resolução Normativa CFA nº 567, de 13 de junho de 2019, e de acordo com o EDITAL DE CONVOCAÇÃO DAS ELEIÇÕES EM 2020, do Conselho Federal de Administração, datado de 30 de junho de 2020, faz saber a todos os Profissionais de Administração, registrados em sua jurisdição, que serão realizadas eleições no dia 28 de outubro de 2020, através do sítio eletrônico www.votaadministrador.org.br, que, no dia da eleição, poderá ser acessado a partir das 0:00 (zero) até as 22:00 (vinte e duas) horas, horário de Brasília, de qualquer parte do Brasil ou do exterior, ou nos locais designados pela CPE/ CRA, exclusivamente no período de horas destinado à votação, mediante senha individual a ser fornecida pelo Conselho Federal de Administração apósadefiniçãodoColégioEleitoral.Naimpossibilidadedoeleitordisporde computador, o CRA-AL disponibilizará em sua sede, na Rua João Nogueira, nº51,Farol,nestaCapital,enasuaSeccionalcredenciadadeArapiraca,naRua São Francisco, nº 1234, Ouro Preto, emArapiraca/AL, computador conectado à internet com o objetivo de receber a votação. As eleições destinam-se a preencher as seguintes vagas: NO CRA: a) obrigatórias: ● 3 (três) para Conselheiros Regionais Efetivos; ● 3 (três) para seus respectivos Suplentes, com mandato de 4 (quatro) anos, de janeiro/2021 a dezembro/2024 b) especiais (se houver): ● 1 (uma) para Conselheiro Regional Suplente, Com mandato de 2 (dois) anos, de janeiro/2021 a dezembro/2022 NO CFA: a) obrigatórias (se houver) ● 1 (uma) para Conselheiro Federal Efetivo; ● 1 (uma) para Conselheiro Federal Suplente. com mandato de 4 (quatro) anos, de janeiro/2021 a dezembro/2024. O prazo, para apresentação perante o CRA-AL, situado na Rua João Nogueira, nº 51, Farol, nesta Capital, dos requerimentos de inscrição de chapasconcorrentes,encerrar-se-áàs18:00(dezoito)horasdodia04deagosto de 2020. O voto é obrigatório e será exercido diretamente pelo Profissional de Administração,comregistroprincipaleemplenogozodeseusdireitosprofis- sionais.Considera-seemplenogozodeseusdireitosprofissionaisaqueleque se encontrar quite com suas anuidades ou, na hipótese de parcelamento de débitos, esteja quite com todas as parcelas vencidas até o 60º (sexagésimo) dia antes do dia da eleição. O voto é facultativo para aqueles com 65 (sessenta e cinco) ou mais anos de idade e não haverá voto por procuração. O processo eleitoral do Sistema CFA/CRAs está disciplinado pela Reso- lução Normativa CFA nº 567, de 13 de junho de 2019, que “Aprova o Regula- mento das Eleições do Sistema CFA/CRAs”, publicada no Diário Oficial da União n.º 118, de 21 de junho de 2019, Seção 1, página 75, disponibilizada no sítio do CFA www.cfa.org.br e no do CRA-AL www.craal.org.br e ainda, na sede do CRA-AL e de sua Seccional. Maceió/AL, em 01 de julho de 2020. Adm. Filomena de FátimaAguiar Porta NovaAlves Coordenadora da Comissão Permanente Eleitoral CRA-AL nº 1-1810 Alexandre Auyres disse que a Sesau vem monitorando o Agreste e Sertão
  • 4. Deisy Nascimento e Evelynne Marques Colaboradoras I m p o r t a n t e pesquisa reali- zada pela Univer- sidade Federal de Alagoas (Ufal) apontou a ineficácia do estado de Alagoas com o controle das populações de caninos e felinos domés- ticos nos centros urbanos pontuando detalhadamente as iniciativas legislativas do estado sobre esta demanda pública que mesmo com o respaldo legislativo federal desde o ano de 2017 a situação segue em negligência. Dentre os autores da pesquisa, a Msc. Evelynne Marques de Melo chama atenção para que mesmo após um ano de sua publicação, a situação segue quase a mesma. Atualmente observa- -se que dos 102 municí- pios de Alagoas, somente um, Palmeira dos Índios, teve a iniciativa de implan- tar o serviço público (ainda não iniciado) de cirurgias de castração para caninos e felinos das comunidades carentes por meio de uma unidade móvel de castração, o conhecido “castramóvel”. Tal unidade móvel, entregue recentemente, estava prevista háquase4anos,configurando na Portaria Ministerial Nº 4.123, de 30 de dezembro de 2017 que “Habilita os Municí- pios e Distrito Federal a rece- berem recursos financeiros de capital destinados à Aqui- sição de Unidade Móvel para Centro de Controle de Zoono- ses, nos termos da Portaria nº 3.134, de 17 de dezembro de 2013”. Além desta novidade, o estado de Alagoas segue sem uma Lei estadual específica para castração de cães e gatos, diferente de vários estados brasileiros. Estando ainda no campo dos Projetos de Lei (PLs) atra- vés dos parlamentares esta- duais Dudu Ronalsa (com o PL.: n° 197/2019 Protocolado em 16/10/2019 que “institui o Programa de Castração móvel destinado ao controle populacionaldecãesegatos”) cujo texto é inconsistente do ponto de vista técnico e o parlamentar estadual Davi Maia (com O PL.: N°__/2019 Protocolado em 25/07/2019 que “dispõe sobre a criação do selo e entidade protetora dos animais e regulamenta o cadastro estadual das enti- dades que atuem na defesa e proteção dos animais no estado de Alagoas”, impor- tante porém faz a manuten- ção do problema (não evita o nascimento dos bichos e mantém a demanda nas mão da sociedade civil). Para além deste, o parla- mentar fez um grupo de estudo para redigir um PL sobre proteção e sanidade animal, em montagem. O que demonstra ainda o estado de inconsistência sobre a demanda específica das castrações por parte do legis- lativo estadual. Importa lembrar que após a pesquisa da Ufal, houve um direcionamento ao Parla- mento federal através do deputadofederalporAlagoas, Marx Beltrão, que de modo pioneiro realizou uma audi- ênciapúblicacomoministério dasaúdeabordandocastração de cães e gatos como “questão de saúde pública” buscando o custeio para os programas de castração nacional, dire- cionando emendas parlamen- tares para castramóveis em 5 municípios alagoanos e tendo protocolado o PL 6251/2019 o primeiro voltado a educação ambiental do cidadão que cria cães e gatos no país. OAB:políticaspúblicassãoimprescindíveis É imprescindível que os poderes executivos munici- pais compreendam o assunto para incluir nas pautas elei- torais e legislativas e fazer Alagoas avançar. A ques- tão não é apenas bem estar animal. A saúde é única. Uma aproximação, dos futuros prefeitosevereadores,àclasse médica veterinária (Conse- lhos Federal e Regionais de Medicina Veterinária), Minis- tério Público e a comissão de bem estar animal da OAB-AL, pode ser muito esclarecedor. O povo clama pelo “bem estar animal” e essa pauta se inicia pela castração cirúrgica e educação ambiental. Para a presidente da Comissão de Bem-Estar Animal da OAB/AL, o aban- dono é alarmante. “Observa- -se animais nascendo descontroladamente nas ruas e lá permanecendo sem qual- querassistênciaatésuamorte, o que ocorre em poucos meses pela fome, zoonoses, maus- -tratos, atropelamento e total desassistência do poder público. Temos a lei federal que impõe a política de castra- ção aos errantes e não se tem recursos nem do Estado nem do Município para torná-la eficaz, pois justamente a parte que estabelece a obrigação de este estatal ou municipal para investir tais recursos foi vetada. Ou seja, uma legisla- ção que determina, mas não diz quem vai arcar com tais custos, deixando a obrigação solta. De nada adiante repre- sentantes quererem criar leis se elas não têm aplicação prática imediata com recursos para ser realizável. É preciso parar de discurso e partir para ação”. Jamboacrescentouqueleis jásetememdemasia,portanto é imperioso que se invista em políticas públicas de saúde para mudar a realidade. “A saúde pública está em jogo; pensar em animais e pessoas em um mesmo contexto faz parte do tema saúde única, não há como dissociar. Portanto,esperoaresponsabi- lidade real social do próximo gestor do executivo muni- cipal, assim como de verea- dores que exerçam de modo concretoseupapelsemquerer criar lei que não servirá para nada, apenas para vitrine e quepassemainvestirrecursos para colocar em prática a lei e existente, que possam investir na saúde, castração, educação ambiental, campanhas contí- nuas que verdadeiramente mudam realidades. Chega de discursosderetórica,épreciso aplicabilidadedasleisexisten- tes já”, finalizou. 4 O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020 MEIO AMBIENTE redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Lei federal de castração ainda segue negligenciada em AL APÓS3ANOSDESANÇÃO, aportariaministerialparaocontroledaspopulaçõesdecaninosefelinosnão‘pegou’nosmunicípios Pixabay
  • 5. PUBLICIDADE 5O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br
  • 6. TIMTIM |A debutante do próximo dia 18 é a gataYasmim Gabrielle, que irá comemorar seus 15 aninhos.Parabéns! PARABÉNS PRAVOCÊ | De idade nova,na próxima terça-feira, dia 14,a futura advogada Larissa Pereira,irá festejar a data +QESPECIAL em sua vida entre familiares,emArapiraca 6 O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020 SOCIAL redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br EM SOCIEDADE Jailthon Sillva jailthonsilva@yahoo.com.br Contatos: 3522-2662 / 99944-8050 TODO ELE | O modelo e cantor alagoano Ricardo Rodrigues festeja,com luxo total, mais uma primavera em sua vida.Parabéns, Ricardo,e que Deus te abençoe! PURO LUXO | O amor em alta do casal Dr. Wesley Souza e Eliane Felix IN DESTAQUE | Sempre pensando no bem estar dos alagoanos,o psiquiatra Dr.Petrucio Torres,está agora com atendimento na City deArapiraca. +INFO? 3522-2228 Tradição italiana A empresária Nicole Acioly, alagoana que residia fora há 10 anos, retornou para Maceió com a GraziePizzeria- Napoletana, que segue o processo tombado pela Unesco. As massas especiais são feitas com farinha Italiana 00, água mineral, sal, fermento natural e no mínimo 48 horas fermentando a massa para deixá-la mais leve,aromática e digestível.Outra exigência é o tomate de San Marzano,impor- tado da Itália.Já a mozzarella é sempre de Búfala.Por fim,a delícia é assada em um forno autêntico napoletano a 480 graus em até 90 segundos.Onde fica? No BoulevardPajuçara. Mais informações:3435-4555,@pizzariagrazie . Temporada de navios em Maceió A retomada da atividade turís- tica em Alagoas g a n h a a i n d a mais força com o recente anúncio da MSC Cruzeiros, confirmando a passagem de dois navios da compa- nhianatemporada 2020/2021,o MSC Seaview e o MSC Preziosa,pelo Porto de Maceió.O primeiro fará quinze escalas na capital alagoana, entre os meses de dezembro e março, durante a alta temporada de verão.Já o segundo atraca em águas maceioenses somente em abril de 2021. A chegada dos cruzeiros movimenta bastante a economia alagoana, contempla diretamente os produtores locais,transporte,alimentação e outros segmentos. “ Produtos de Higiene Empreender é fazer acontecer, é tirar uma ideia do papel e transfor- mar em um negó- cio. Foi o que fez a jornalista Thácia Simone ao criar a Iapois Produtos Artesanais que apresentauma linha de produtos de higiene. Umnegóciocriado recentemente, bem no período da Pandemia, e que chega como solução para atender os clientes que investem na higienização de sua casa ou empresa. O portfólio inclui detergente, desinfetante, sabão líquido, sabonete líquido e aromatizador de ambientes.Os produtos estão disponíveis para vendas atacado e varejo. Mais informações:82 9 9980-5026. Dica saudável Lídernosegmento de produtos deri- vados do coco, a Copra Alimentos tem utilizado as redes sociais para sugerir receitas e favorecer um estilo de vida mais saudável. São dicas gostosas, com uma ideia mais deliciosa que aoutra.Alémdisso,aempresaincentivaareutilizaçãodospotesdeóleodecoco, como forma de proteger o meio ambiente.Vale acessar:@copra_alimentos Em breve vamos ter as lojas dos shoppings abertas, seguindo todos os protocolos necessários para segurança do consumidor e dos funcionários” Marcos Tavares, vice-presidente daAssociação Comercial. CAFÉ&NEGÓCIOS THÁCIA SIMONE thaciasimone@gmail.com
  • 7. 7O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020 ESTADO redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Deraldo Francisco Repórter H á 40 anos uma irre- gularidade fiscal e sanitária estava acon- tecendo em Alagoas como se fosse normal. Pelo menos, 40 caminhões com frangos entram no Estado todos os dias, vindos de Pernambuco. A maioria sem a Nota Fiscal da carga nem a Guia de Trân- sito Animal (GTA) que atesta a saúde das aves. Essa farsa acabou em Alagoas com o aperto dado pelas forças poli- cial, fiscal e sanitária. A partir de entendimento entre a Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal), o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) e a Secretaria da Fazenda (Sefaz), foi feito um levanta- mento da situação nas rodo- vias alagoanas e se constatou que, entre os caminhões que faziam o transporte de fran- gos,amaioriaestavairregular. Só a sonegação de impostos dava um prejuízo mensal de R$ 2 milhões ao Estado, mais os riscos à saúde da popula- ção. Conforme a reportagem apurou, um condutor de caminhão informou, quando foi preso e interrogado, que ele mesmo transportou para Maceió uma carga de fran- gos mortos que foram vendi- dos a preços bem abaixo do mercado, às avícolas espalha- das pela cidade. O BPRv solicitou o apoio dos batalhões de áreas, como 2º (União dos Palmares), 7º (Santana do Ipanema) e 10º (Palmeira dos Índios) mais a 4ªCompanhiadePolíciaInde- pendente - Cia (Atalaia) e foi iniciadaumagrandeoperação no Estado. Várias barreiras foram montadas nas rodovias estaduais e, por conta disso, dezenas de caminhões foram abordados. Na grande maioria deles, não havia GTA nem Nota Fiscal das mercadorias. Nestes casos, os veículos e as cargas foram apreendidos e o condutor, preso e autuado em flagrante. Três motoristas de caminhões foram presos nestas condições. Após 15 dias de opera- ção, boa parte dos caminhões que transportam frangos de Pernambuco para Alagoas regularizada, com Notas Fiscais e GTAs dos animais. “O nosso objetivo, tanto do BPRv, quanto os batalhões de áreas, a Sefaz e a Adeal, é garantir a regularidade da atividade. Para que a popula- ção receba o produto de quali- dade em sua mesa e que o Estadonãopercacomaevasão de divisas”, disse o tenente- -coronel Liziário Júnior, que comandou várias operações. PM apreende cargas de frangos AÇÃO ENTRE POLÍCIA, ADEAL E SEFAZ resultou na apreensão de milhares de aves e serviu para avicultores se regularizarem
  • 8. Amaior parte da população brasileira é deficiente, quando falamos de educação financeira. Por diversas vezes aqui em minha coluna, falamos sobre a importân- cia do seguro de vida e qual função dele como planejamento financeiro. Então, você já pensou se um impre- visto te afasta do trabalho, seja por doença ou acidente? Pouquíssimas pessoas estão preparadas para lidar com esses tipos de imprevistos que podem comprometer sua renda mensal.É o caso dos autônomos,por exemplo. Mas como posso garantir uma remu- neração quando ficar impossibilitado de trabalhar?A resposta é investir na Diária por Incapacidade Temporária (DIT). O seguro é ideal para pessoas em idade ativa profissional (até 65 anos) que queiram se prevenir caso aconteça algum infortúnio inter- rompa temporariamente a renda familiar. Vamos tomar como exemplos os casos de um dentista e um vende- dor autônomos.Ao saírem do traba- lho, sofrem um acidente e quebram algum membro. Isso os impossibili- tará de exercerem suas funções por algumas semanas ou até meses, comprometendo seus orçamentos. Entretanto, sabendo do risco de não trabalhar, contrataram a Diária por Incapacidade Temporária e rece- berão os valores acordados direta- mente da seguradora, respeitado os limites que constam nas apólices e as carências estabelecidas em cada caso. O período indenitário contratado pelo segurado que contratou o seguro DIT constará na proposta de adesão, não podendo ser superior a 90 dias para eventos decorrentes de LER (Lesão por Esforço Repetitivo), DORT (Distúrbios Osteomusculares Rela- cionados ao Trabalho) ou LTC (Lesão por Trauma Continuado ou Contínuo) ede365diasparaosdemaiseventos cobertos. Doenças pré-existentes, procedimentosestéticosentreoutros casos não estão acobertados. Para saber todos os eventos incluídos e excluídos,obeneficiáriodeveconsul- tarseucorretordeseguroseleraten- tamente sua apólice de seguro. A cobertura também pode ser uma excelente opção para os trabalhado- res celetistas, ou seja, aqueles que estão assegurados pelo regime da CLT. Isso porque, por mais que eles tenhamdireitoaoauxíliodaPrevidên- cia Social caso estejam impedidos de trabalhar por doença ou acidente, o processo de liberação do dinheiro é lento e burocrático.Em muitos casos, o INSS só libera o pagamento após 45 dias. Além disso, o teto do valor a ser pago muitas vezes não cobre o salário real do trabalhador. Já no DIT, por sua vez, a indenização é calcu- lada de acordo com a renda do segu- rado no momento do sinistro.Hoje as companhias oferecem proteção para remunerações que podem chegar a até R$ 30 mil por mês. Conclusão Em suma, fazer um seguro é uma escolha importante para um bom planejamento financeiro. Converse comseucorretordeseguros.Informe- -se e contrate a melhor opção para a sua profissão, perfil e necessidade. É preciso se precaver em relação ao risco que mais tenha impacto na sua saúdefinanceira,evitandopassarpor privações e por todo o estresse rela- cionado à diminuição do salário por um período. Então,é melhor prevenir do que remediar, certo? Ninguém quer precisar do seguro,mas é muito bom saber que, caso algo aconteça, sua renda estará protegida. Espero que tenha gostado do tema dessa semana e sempre que vocês desejarem enviem suas dúvidas para meu e-mail.Não deixem de acompa- nhar as novidades em minhas redes sociais.AtéapróximaseDeusquiser! Bom final de semana para todos! Grande abraço! 8 O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020 MOMENTO SEGURO redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br DjaildoAlmeida Corretor de Seguros - djaildo@jaraguaseguros.com DIT: O Seguro que garante sua renda
  • 9. FátimaAlmeida Repórter D a convales- c ê n c i a d e p a c i e n t e s internados por covid-19, que desenvolvem o estágio grave da doença, umas das faces mais cruéis, além do sofri- mento com as complicações físicas causadas pela ação do vírus no organismo, é a dor emocional causada pelo isolamento da família, num momento de mais fragilidade, na luta entre a vida e a morte. Devido ao alto grau de contágio, os pacientes não podem receber visitas. E não há nada mais doloroso do que não poder ver, acompanhar, conversar, dar apoio, passar esperança a um ente querido quetentasobrevivernumleito de hospital, a uma doença que jámatoumaisde1.200pessoas emAlagoas. Esta semana, familiares e pacientes de covid-19, em tratamento no Hospital de Campanha José Fernandes, em Arapiraca, tiveram uma grata surpresa. Uma parede de vidro instalada como divi- sória possibilitou a alegria consoladora de uma visita. Com outros nomes, a expe- riência também começou a funcionar em outros hospi- tais de campanha, como o Celso Tavares, em Maceió, e o Santa Rita, em Palmeira dos Índios. CONFIANÇA E ALÍVIO De acordo com a assesso- ria do hospital de Arapiraca, a ideia foi analisada por uma equipe multiprofissional que chegou a um protocolo especial para a sua implanta- ção. “Muitas são as variáveis para se colocar em prática uma iniciativa dessas. Preci- samos zerar riscos e garantir que a proposta será benéfica. GraçasaDeusdeutudomuito certo. Estamos confiantes que haverá até melhora nos quadros”, explicou o dire- tor do hospital, o enfermeiro DiegoAlbuquerque. Inicialmente, na estreia do projeto, três pacientes foram beneficiados. Filho de Jozi- neideGonçalves,internadano local, Maiko Luna estendeu a sensação da visita para vários outros parentes, inclusive que moramemoutrascidades,por meio de uma videoconferên- cia. “Melhor sensação possí- vel”, disse ele, aliviado. Separados por uma parede de vidro, familiares puderam levar apoio aos pacientes sem o risco de contágio 9O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020 ESPECIAL redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Quando a humanização supera protocolo de isolamento social PROJETO VIABILIZA VISITAS da família a pacientes internados com Covid-19, em hospital de campanha de Arapiraca ‘Porta da Esperança’:uma experiência segura e motivadora Segundo a assessoria do hospital, para que a visita seja permitida a equipe faz uma série de avaliações no paciente, tantoclínicaquantopsicológica. “Eles precisam querer e estar bem para fazer o deslocamento até a porta de vidro, que é feito com ajuda de uma cadeira de rodas e diversos profissionais de apoio”, explicou a assistente social,MariaRibeiro. “Aausênciadeparentestraz uma carga emocional negativa para muitos deles, podendo até agravar casos. Quando eles podem se ver, mesmo que à distância, isso provoca uma sensação de tranquilidade. É uma troca de informações e notícias da família muito boa, poisapesardaemoção,ossenti- mentos ficam mais calmos”, explica a psicóloga Manoela Emília. Devido aos cuidados com todos os itens e requisitos de segurança e proteção, o acesso a “Porta da Esperança”, como está sendo chamada, ficará limitado a dois pacientes por dia, sempre às 16 horas. “Sabe- mos que todos querem a sua vez, mas estamos primando pelo cuidado, para que seja umaexperiênciaseguraemoti- vadora. Estamos lutando para que cada um tenha a sua opor- tunidade e que todos possam, enfim, voltar para suas casas com saúde”, comenta a assis- tente social, Wagda Costa, uma dasresponsáveispelaexecução dasvisitas. Aplausos para a iniciativa. Que ela se multiplique por todas as unidades de saúde, para dar mais alento a fami- liares e pacientes. Isso é que se chamadehumanização!
  • 10. 10 O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020 ESPORTES redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Copa do NE será retomada dia 21 de julho, só na Bahia ÚLTIMA RODADA E FASE DE MATA-MATA terão sequência em estádios da Bahia,como forma de minimizar contágio pela Covid-19 JOGODuro Jorge Moraes jorgepontomoraes@gmail.com Thiago Luiz Estagiário N a semana em que Federa- ções e, o mais importante, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) sinalizaram positivamente para a retomada da moda- lidade e para o início das competições nacionais em datas marcadas previamente, a maior novidade fica por conta da Copa do Nordeste. Apesardeseguirnormalmente o cronograma da etapa classi- ficatória e das eliminatórias, os jogos do Nordestão serão realizadosapenasnoestadoda Bahia. O retorno está marcado paraopróximodia21dejulho. Suspensa desde março, em razão da pandemia do novo coronavírus, a competição vai continuar exatamente de onde parou. Os clubes disputarão a oitava e última rodada da fase de classificação e, logo em seguida,omata-mata.Falando dos alagoanos, o CSA ocupa apenas a lanterna do Grupo B, com quatro pontos, sem nenhuma chance de classifi- cação. A viagem à Bahia será somente para cumprir tabela. Não muito diferente da situ- ação do rival, o CRB ocupa o sexto lugar do Grupo A, com oito pontos conquistados. Apesar da vantagem, para conseguiraclassificaçãoparaa próximafase,alémdevencer,o Galo precisa de uma combina- ção de resultados. No Grupo A, o Fortaleza lidera,com14pontos,eoBahia vem logo atrás, também com 14.Asduasequipesjáconquis- taram a vaga na próxima fase. O Botafogo-PB é o terceiro colocado, com 12, e o Sport fecha o G-4, com nove pontos conquistados. No Grupo B, o Confiança é o primeiro colo- cado, com 13, e, assim como o Vitória, vice-líder e com o mesmo número de pontos, tem a classificação bastante encaminhada. Náutico, em terceiro, e Ceará, em quarto lugar, completando a zona de classificação, com 11 pontos cada. Os quatro melhores cola- dos de cada um dos dois grupos avançam às Quartas de Final. Os jogos de Quartas e Semis são únicos. Já a grande final será realizada em jogos de ida e volta. O encerramento da Copa do Nordeste 2020 está previsto para 4 de agosto, quatro dias antes do início da Série B do Brasileirão. E por falar em Campeo- nato Brasileiro, no calendário revisado divulgado pela CBF, a temporada desse ano termi- nará apenas em fevereiro de 2021. “Este redesenho é a forma que encontramos para entre- gar o calendário integralmente e garantir o cumprimento dos compromissos assumidos pelos clubes com os deten- tores de direitos televisivos, patrocinadores e apoiadores”, esclareceu Rogério Caboclo, presidente da CBF. No Ninho do Galo, apesar das dificuldades para conse- guir passar de fase, diretoria, elenco e comissão técnica valo- rizam a competição regional. O vice-presidente de fute- bol do CRB, Thiago Paes, disse que o Nordestão precisa ser valorizadoporserumagrande vitrine, com o nível técnico alto. Para ele, esse crescimento regionalsedeveàsboasgestões que são desempenhadas nos clubes. Marcelo Cabo, treinador da equipe reconheceu a difi- culdade, mas garantiu que a equipe não vai pegar o voo para a Bahia em vão: “A gente precisa buscar a classifica- ção. A nossa vitória diante do Confiança [na última rodada antes da paralisação] nos trouxe uma motivação muito grande, agora estamos espe- rando a retomada da compe- tição para que a gente possa buscar a nossa classificação na última rodada, que ainda está emaberto,eeucreioqueoCRB tem condição e possibilidade de pleitear uma vaga”. Definido o calendário pela CBF Finalmente a Confederação Brasileira de Futebol conse- guiu fechar o calendário para o restante da temporada 2020, atrasado por conta da pandemia, e, com certeza, algumascompetiçõessóserãoencerradasatéfevereirode 2021. Independente do calendário diferente das disputas estaduais, onde, por exemplo, o Rio de Janeiro já está na fase de decisão, com dois jogos entre Flamengo e Flumi- nense, outros estados definiram as datas para o retorno e alguns nem isso ainda sabem, como Alagoas, que ensaia umavoltaatéodia25destemês,masaindaháaesperado Decreto da liberação por parte do governo estadual. A Copa do Nordeste começa dia 21,com o retorno definido para a Bahia, com jogos em Salvador e Feira de Santana, quando será disputada a última rodada da fase de clas- sificação, com 8 jogos, podendo a partida entre Impera- triz e Frei Paulistano ser cancelada, equipes que jogam entre si e não alcançam mais a classificação para a fase seguinte. Depois dessa rodada, segue a competição com oitoclubesclassificados,emfasedemata-mataatéafinal. As despesas com o deslocamento, hospedagem e treina- mento das equipes ficarão por conta da Liga do Nordeste, que vai bancar também a arbitragem,nos jogos de portões fechados. No calendário da CBF teremos o Campeonato Brasileiro da Série A de 09/08/2020 a 24/02/2021; Série B de 08/08/2020 a 30/01/2021; Série C de 09/08/2020 a 31/01/2021. Já a SérieD,ondetemososclubesalagoanosCoruripeeJaciobá nadisputa,estáprevistapara06/09/2020a07/02/2021.As 11 datas previstas para o encerramento da Copa do Brasil estão com seus jogos previstos para serem realizados entre 26/08/2020 a10/02/2021. O calendário confirmado pela FIFA tem seis datas reservadas para as eliminatórios da Copa do Mundo ainda este ano: 03 e 08 de setembro; 08 e 13 de outubro; e 12 e 17 de novembro. Estão faltando as confirmações de datas para a Copa Sul-Americana e Copa Libertadores da América. l Mesmo reconhecendo a vontade da FAF,não entendo o porquêdavoltadofutebolcomtantapressa,ondeosclubes nãoestãopreparadosparaisso,financeiramenteedejoga- dores que devem ser contratados para a disputa de cinco rodadas para o encerramento do campeonato estadual, onde nem todos chegam lá; l No meu modo de pensar, s e r á d e uma irres- ponsabili- dade muito grande o governa- dor Renan Filholiberar, agora,avoltadofutebol,mesmoquesemtorcida.Pergunto: qual a estrutura que tem um clube do interior para bancar asegurançadeumjogo?AFAFpodeatébancarosexames preliminares,mas e depois,como será o dia-a-dia? ALFINETADAS...A volta do Paulista - 1 A Federação Paulista de Futebol, em comum acordo com os clubes participantes do Campeonato Paulista Série A1,Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo), Arfoc (Associação de Repórteres Fotográficos e Cinematográfi- cos no Estado de São Paulo) eAceisp (Associação dos Cronistas Esportivos do Interior do Estado de São Paulo), definiu o Proto- colo de Imprensa,que integra o Protocolo de Operação de Jogo para a conclusão da competição. O documento, analisado e aprovado pelo Governo do Estado de São Paulo, foi elaborado prevendo o menor número possível de profissionais necessá- rios para a realização das partidas. A volta do Paulista - 2 Seguindo determinações dos órgãos de saúde e priorizando a saúde e a segurança dos profissionais envolvidos nos jogos, as 24 partidas serão realizadas com a presença apenas dos deten- tores dos direitos de transmissão, com equipes reduzidas, para evitar aglomerações e minimizar riscos de contaminação. Por essa razão, clubes e FPF se comprometeram a oferecer aos veículos de comunicação conteúdos em textos, fotos, vídeos e entrevistascoletivaseexclusivas,afimdegarantiratodoscondi- ções para a cobertura jornalística da reta final da competição. A volta do Alagoano - 1 Enquanto isso, em Alagoas, representantes de clubes e diri- gentes da FAF se reuniram para tratar da volta do Campeonato Alagoano, que não tem nada certo ainda. Pela entidade que dirige o futebol, as datas de 18, 22 e 25 deste mês estão reservadas, mas tudo ainda vai depender dos decretos gover- namentais, que não sinalizaram nada quanto a isso, mesmo que já esteja protocolado o pedido junto à Secretaria de Saúde do Governo.Seria a volta do futebol sem a presença da torcida e o rigoroso cumprimento das exigências sanitárias. A volta do Alagoano 2 Apesar do movimento, alguns dirigentes não acham interes- sante essa volta do futebol agora.Por exemplo,no CSA,existe uma reação e rejeição muito grande a essa ideia, especial- mente do dirigente de futebol RaimundoTavares.O presidente do clube, Rafael Tenório, pergunta quem vai pagar a conta com essa volta e sem torcida. Os dirigentes do ASA também não são favoráveis,pelo curto tempo que teria para contratar e se preparar. Outros clubes pensam da mesma maneira, inclu- sive pelo alto investimento que teria de ser feito agora, com jogadores, testes da Covid-19 e estrutura para a realização dos jogos.
  • 11. Seleção para Cátedras em todas as disciplinas da UC Davis Fonte: Comissão Fulbright Brasil Esta cátedra busca professores e pesquisadores de todas as áreas do conhecimento para bolsa na Universidade da California, Davis comduraçãodequatromeses,para ministrar curso e realizar pesquisa. Oscandidatosdevemelaboraruma proposta de curso detalhado sobre como contribuirá para o ensino no campus da UC Davis e um projeto de pesquisa que deve incluir um plano de pesquisadetalhado,incluindocronograma,necessidadesderecursosesperados, local de pesquisa ou laboratório proposto e afiliação proposta. Requisitos: * Ter nacionalidade brasileira e não ter nacionalidade norte-americana; * Ter concluído o doutorado antes de 31 de dezembro de 2012; * Ter dez anos de experiência profissional na área; * Ter fluência em inglês; * Não receber bolsa ou benefício financeiro de agência com o mesmo objetivo; e * Permanecer no Brasil durante a seleção,afiliação e partida aos EUA Benefícios recebidos pelo bolsista: * US$ 32.400 para cobrir as despesas de passagem aérea, moradia e manu- tenção nos EUA; * Seguro para acidentes e doenças limitado (ASPE Accident and Sickness Program for Exchanges); * Taxa do visto J-1; e * Acesso às instalações e serviços na UC Davis tais como: escritório, internet, bibliotecas e demais meios necessários à efetiva consecução das atividades de ensino e/ou pesquisa. Maiores informações em https://fulbright.org.br/edital/catedra-na-uc-davis/ . 11O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020 Estudarláfora redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Alyshia Gomes alyshiagomes.ri@gmail.com Seleção para Cátedra Saúde Global na Rutgers University - Estados Unidos Programa Scholarship for the Americas Fonte: Comissão Fulbright Brasil Esta cátedra busca professores e pesquisadores para bolsa na Universidade Rutgers, em New Jersey, com duração de quatro meses, para ministrar curso e realizar pesquisa na área de Saúde Global. Os candidatos podem ter formação nas áreas de ciências da saúde ou ciências sociais. Requisitos: * Ter nacionalidade brasileira e não ter nacionalidade norte-americana; * Ter concluído o doutorado antes de 31 de dezembro de 2012; * Ter dez anos de experiência profissional na área; * Ter fluência em inglês; * Não receber bolsa ou benefício financeiro de agência com o mesmo objetivo; e * Permanecer no Brasil durante a seleção, afiliação e partida aos EUA Benefícios recebidos pelo bolsista: *US$22.000paracobrirasdespesasdepassagemaérea e manutenção nos EUA; * Moradia compatível com o padrão oferecido a professo- res visitantes por Rutgers (até US$ 1.200 por mês); * Seguro para acidentes e doenças limitado (ASPE Acci- dent and Sickness Program for Exchanges); * Taxa do visto J-1; e * Acesso às instalações e serviços da Rutgers, tais como: escritório, internet, bibliotecas e demais meios necessá- rios à efetiva consecução das atividades de ensino e/ou pesquisa. Maiores informações em https://fulbright.org.br/edital/ catedra-fulbright-em-saude-global-em-rutgers/ . Fonte: Brazil Gateway / Ohio State University The Ohio State University possui vários programas de apoio para alunos de MBA. Eles incluem bolsas, empre- gos de meio período e financiamento e todo estudante admitido nos cursos é automaticamente considerado para receber algum auxílio financeiro. O programa Scholarship for the Americas foi criado para atrair um número maior de estudantes da América do Sul e daAmérica Central.Além de isenção total de matrí- cula por dois anos, a bolsa inclui um auxílio mensal de 1.435 dólares. Os bolsistas devem ajudar no Escritório de Programas de Pós-Graduação para aumentar o recru- tamento de estudantes da América Latina. Os candidatos devem ficar atentos ao prazo para envio dos seguintes documentos para candidatura: * Histórico acadêmico; * Resultado do GMAT ou GRE; * Certificado de proficiência em inglês (TOEFL ou IELTS); * Currículo; * Cartas de recomendação Para maiores informações entre em contato com o Brazil Gateway, escritório da OSU no Brasil ou através do email fishergrad@fisher.osu.edu . Tour pelas universidades internacionais: The Ohio State University Que tal continuarmos nosso tour por universidades interna- cionais? Semana passada apresentamos um interessante programa de bolsas para MBA oferecido pela “The Ohio State University (OSU)”, uma tradicional universidade pública norte- -americana e muito bem classificada nos rankings internacio- nais. Além dos cursos acadêmicos, a OSU também tem programas profissionais que chamam muito a atenção dos brasileiros, como o MBA e o LL.M (master of laws). Um dos pontos atraen- tes em ambos os cursos é que eles oferecem bolsas de estudos para candidatos brasileiros que se destacam. Para o MBA, a Scholarship for the Americas cobre 100% do curso e ainda oferece um auxílio mensal. Para o LL.M, a bolsa cobre 40% do curso. Para aqueles que ainda estão se preparando para opor- tunidades internacionais e planejam melhorar suas habilidades no inglês, a Ohio State oferece o American Language Program que prepara candidatos e alunos admitidos para as exigentes aulas.Atenção: o curso acontece várias vezes no ano. Um grande número de brasileiros que passou pela OSU,partici- pou do The Ohio Program (TOP), um programa de estágios em várias áreas da agronomia. Por esse programa, alunos brasi- leiros da área se candidatam para estágios em empresas e fazendas em qualquer estado dos Estados Unidos com a ajuda do TOP. Como os estágios são remunerados, muitos brasileiros passam por ele para depois se candidatarem a programas de mestrado e doutorado na Ohio State. Fica a dica! Um dos grandes diferenciais da OSU é o forte investimento em internacionalização incluindo sua presença física em países de importância como no caso do Brazil Gateway, estabelecido em São Paulo. Jane K. Aparecido, a quem agradecemos pelas informações, é a diretora do mencionado escritório.Advogada, nascida no interior de São Paulo, de pais operários que não tiveram oportunidade de estudar,Jane conseguiu uma bolsa de estudos para o LL.M da OSU em 2014, além de uma bolsa de uma organização internacional que ajuda mulheres em todo o mundo (AAUW).
  • 12. 12 O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br igor93279039@hotmail.comIGOR PEREIRA Dodge//SRT lança nos EUA o SUV mais poderoso da história: Durango SRT Hellcat Utilitário-esportivo para fãs de musclecars com família, o Dodge Durango se alinha ao Challenger e Charger e passa a ter uma versão SRT Hellcat para se tornar o SUV mais potente de todos os tempos. Equipado com o já comprovado motor HEMI® Hellcat V8 de 6,2 litros, que rende 719 cv de potência e 89,2 kgfm de torque, o Durango SRT Hellcat vai de 0 a 96 km/h (60 mph) em 3,5 segundos, acelera de 0 a 402 m (quarto de milha) em 11,5 s, pode chegar a 290 km/h e ainda é 1,5 segundo mais rápido que a versão SRT 392 em um circuito de 3.379 m, vantagem equivalente ao comprimento de nove carros.“A ‘Irmandade da Força’ inclui famílias de todos os tamanhos e o Durango oferece o desempenho da Dodge como o Charger dos SUVs de três fileiras de bancos”, disse Tim Kuniskis, chefe global da Alfa Romeo e diretor da Dodge, SRT, Chrysler e Fiat da FCA para a América do Norte. FCA alcança a marca de 100 mil unidades produzidas do Fiat Cronos na Argentina A FCA está comemorando a produção da 100.000ª unidade do Fiat Cronos, sedã da marca fabricado no complexo industrial de Ferreyra, em Córdoba (Argentina). Modelo da indústria automotiva argentina com maior integração local (44% dos componentes são nacionais), o Fiat Cronos teve sua produção iniciada em janeiro de 2018. Desse total, 65% das unidades foram destinadas à exportação, sendo o Brasil o principal mercado de destino. ACONTECE esta semana FORD VAI REVELAR O NOVO BRONCO, SUV GLOBAL DA MARCA A Ford vai apresentar no próximo dia 13 a nova família Bronco, SUV global que revive o ícone 4x4 produzido durante três décadas nos Estados Unidos (de 1966 a 1996).A nova geração do modelo, ansiosamente esperada, será o primeiro produto lançado em horário nobre nos canais de transmissão a cabo, digital e de streaming da Disney nos EUA, incluindo ABC, ESPN, NationalGeographic e Hulu. O público também poderá encontrar conteúdo exclusivo sobre o novo Bronco nos canais da Ford Motor Company dos EUA no YouTube, Facebook, Instagram e Twitter, incluindo mais detalhes sobre o desempenho de cada modelo. Honda lançará a CBR 400RR Tudo indica que a Honda CBR 400RR seria o modelo lançado brevemente para competir com a Ninja ZX-25R, que com certeza é o último lançamento que mais causou alvoroço no mercado. E para a Honda este lançamento é bem óbvio, pelo simples fato de que a marca da asa já tem uma pequena média naked com motor de quatro cilindros, a Honda CB 400 Super Four e a CB 400 Bold’or, equipadas com um motor de quatro cilindros em linha, o DOHC de 4 válvulas por cilindro, injeção eletrônica e refrigeração à líquido.A Honda CBR 400RR terá o DNA herdado de suas irmãs esportivas maiores, as CBR 500R e CBR 650R. RODASDUAS O próximo lançamento da Chevrolet vem aí. É a Nova S10, que chega às conces- sionárias da marca ainda no terceiro trimestre deste ano. Osinteressadosemmaisinfor- mações sobre as novidades da picape podem se inscrever em uma página no site da Chevro- let criada especialmente para o produto (http://www.chev- rolet.com.br/picapes/lanca- mento). A primeira revelação feitapelositeédeumaimagem que mostra nuances da diant- eira da Nova S10. O produto terá configuração exclusiva para o mercado local. Na parte superior da webpage, o texto “Vem aí um novo capítulo de uma história que começou há 25 anos. Aguarde” reforça a expectativa para o lançamento edestacaatrajetóriadesucesso do produto, que acaba de atingir 1 milhão de unidades produzidas no período. Site Chevrolet revela primeira imagem da nova picape S10 A Mitsubishi Motors do Brasil apresenta duas séries especiais para a sua linha de SUVs compactos: Eclipse Cross Sport e Eclipse Cross Outdoor. A primeira reforça ainda mais o aspecto espor- tivo e arrojado do modelo, enquanto a segunda tem um apelo mais voltado para o fora de estrada. Produzidas sobre a configuração topo de linha da gama, HPE-S S-AWC, ambas as versões oferecem elementos exclusivos de design e chegam hoje à rede de concessionárias da marca japonesa em todo o país com preços de R$ 170.990 para o Eclipse Cross Sport, e R$ 171.990 para o Eclipse Cross Outdoor.“As séries especiais Sport e Outdoor valorizam ainda mais as aptidões do Eclipse Cross, exaltando dois atributosmarcantesnomodelo: esportividade e capacidade 4x4. O design é o ponto alto e realçaavirilidadeesofisticação no Eclipse Cross Sport, e a robustez e valentia no Eclipse Cross Outdoor”, resume Fernando Julianelli, CMO da HPEAutomotoresdoBrasil. Mitsubishi Eclipse Cross ganha as séries limitadas Sport e Outdoor LANÇAMENTO REESTILIZADA
  • 13. CORONAPANDEMIAISOLAMENTOCORONAPANDEMIAISOLAMENTOCORONAPANDEMIAISOLAMENTO Alagoas l 11 a 18 de julho I ano 08 I nº 385 l 2020 redação 82 3023.2092 I e-mail redacao@odia-al.com.br CAMPUSCAMPUSCAMPUSCAMPUS PedroCabr al Envie critica e sugestão para ndsvcampus@gmail.com Dois dedos de prosa Es t e é m a i s u m número dedicado, basicamente, à docu- mentação do coti- diano da pandemia em Alagoas, textos que deverão formar um excelente acervo para um pesquisador que deseje debruçar- -se sobre o tema. Hoje, trazemos quatro depoi- mentos: uma estudante de Medicina (Zuilia), um advogado (Bruno), um teólogo (Paulo) e uma jornalista (Elen). Agradecemos a todos os que colaboraram e, para mim, é interes- sante apresentar um casal de netos (Bruno e Zuilia). Agradecemos, novamente,aoEduardo Bastos pela possibili- dade de ilustrar nossa capa com mais uma de suas expressivas e belas aquarelas. Um abraço, Sávio de Almeida VIVENTES DAS ALAGOAS E A PANDEMIA (XIII)
  • 14. Q uando a vida normal foi suspensa, no início de março de 2020, eu tinhaumahomenagemarece- ber no dia 26, uma pré-estreia a assistir no dia 17 e uma reunião de trabalho marcada para o dia 18. Para um pouco mais adiante, eu agendara umaviagemparaacompanhar minha filha a um show em São Paulo. Havia ainda férias programadas e um encontro com amigos para comer um hambúrguer vegano e atuali- zar a conversa, fora a rotina de trabalho, caminhadas diárias respirandoamaresiaCruzdas Almas/Ponta Verde/Cruz das Almas e inúmeros abraços, que eu adoro abraçar. Chegando em casa, na noite da sexta-feira 13 de março, depois de um dia em que já havíamos progra- mado uma escala de trabalho metade presencial/metade teletrabalho, vi que a vida já havia mudado no curso de algumas horas. Estava assistindo ao tele- jornal noturno, quando uma notificação do Whatsapp me chamou de volta ao trabalho. Todaaagendaestavaautoma- ticamente suspensa e naquela noite, as reuniões nos grupos se estenderam até a madru- gada, intensificando-se no sábado e no domingo seguin- tes. Era preciso reorganizar a sistemática de trabalho. Não havia precedentes para aquela situação, então passamos a viver um dia por vez e aprendendo, com cada demanda que se interpunha, a lidar com ela e a programar a resposta às próximas. A primeira semana, assim como o primeiro decreto normativo do meu trabalho e do coti- diano dos demais viventes de Maceió, foram destinados à aprendizagem e à adapta- ção. Suspenderam-se even- tos e qualquer programação que ensejasse aglomeração, enquanto recebíamos, entre o medo e o pesar, as notícias da Ásia e da Europa enlutadas. Na segunda semana foi oficializado o teletrabalho para as atividades adaptáveis ao modelo e estabeleceram- -se normas para aquelas cuja presença física nos locais de trabalho fosse imprescindível. Regrasdesegurançaehigiene, protocolos de atendimento e funcionamento de estabeleci- mentos comerciais, condutas sociais, tudo foi reformatado. O chamado isolamento socialredimensionoutambém a vida privada. As telenovelas deram espaço ao jornalismo em tempo integral, estabele- cendoumadinâmicadiferente do tempo e da vida, agora restritos ao espaço doméstico. Nos primeiros dias, consi- derei racional correr ao super- mercado e à farmácia, como se estivesse me preparando para um longo inverno, em pleno verão maceioense. Nas prateleiras, a clara demons- tração de desapreço ao bem- -comum. Grande parte dos itens recomendados à preven- ção do coronavírus, o agente da pandemia, havia desa- parecido. Os que restaram estavam bem mais caros. Foi necessário o poder público estabelecer regras de controle e fiscalização de preços para conter abusos e a sanha dos acumuladores. Com a situ- ação regulada, os estoques foram restabelecidos e os preços voltaram a patamares aceitáveis. Asteleaulastambémafeta- ramoespaçodoméstico.Além de local de trabalho e espaço de moradia, a casa também tornou-se sala de aula, dispo- sitivo de telepresença para reuniõesecultosreligiosos.Os encontros pessoais também foram acondicionados às telas do celular e do computador. Abraçospartidos,saudade manifesta, incertezas. Pelo que se observa na parte do mundo onde o fechamento e a reabertura começaram, a vida normal não voltará a ser sem novas regras e protocolos de contenção e controle. No novo mundo que agora se descortina, a prote- ção envolve distância, másca- ras e rigorosos protocolos de higiene pessoal e convívio social. Os encontros se darão semapertosdemão,semabra- ços, sem beijinhos. Durante a pandemia, vi um ex-governador partir sem solenidade. Guilherme Palmeira, em cuja biografia cabiam o deputado, o gover- nador, o senador, o prefeito e o ministro de Tribunal Supe- rior, partiu sob silenciosos aplausos e moções manifestos pelas redes sociais. Vivêsse- mos tempos normais, muitos seriam os que cancelariam agendas para lhe prestar homenagens e presenciais condolências aos familiares enlutados, especialmente ao prefeito Rui Palmeira, seu filho e gestor nesse momento distópico que se abateu sobre o mundo e o Brasil em pleno ano eleitoral. É de incertezas que vive- mos.Atéaqui,todosperdemos alguém para o novo corona- vírus. Seja amigo, parente conhecido ou desconhecido, hámuitosmilharesdepessoas aprantear.Contam-semortos, enquanto planejamos a vida e o futuro sem nem sequer intuirmos o que será. Do ponto de vista do meu trabalho, a vida em tela tem similaridades com o mundo real, do trabalho presencial. No entanto, os artifícios da procrastinaçãosãomuitomais intensos, assim como as ativi- dades paralelas. Ao mesmo tempo em que participo de uma reunião por vídeo ou audioconferência, interajo comoutrosgruposdetrabalho e a atenção pode ser desviada a um clic para uma das infini- tas janelas dos hyperlinks que tanto informam quanto desin- formam e nos instigam. Nesse aspecto, os limites temporais se diluem em jornadas inaca- báveis. N o h i p e r c o n e c t a d o universo da teleinformação, estruturas como horários de trabalho são fluidas e variá- veis, assim como as pontas dos dedos, que chegam a ardernosdiasmaisdinâmicos em atividades profissionais, vida pessoal e hiperinforma- ção. É cansativo o mundo em tela. Há dias que ele suplanta oespaçofísico,porexíguoque ele nos pareça. Tenho espe- rança na resposta da ciência e rezo para que se abrandem os corações endurecidos. É entre incertezas e esperança que vivemos. Um dia por vez. CAMPUS 2 O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br Viventes das Alagoas. Quem é quem? CNPJ 07.847.607/0001-50 l Rua Pedro Oliveira Rocha, 189, 2º andar, sala 215 - Farol - Maceió - AL - CEP 57057-560 - E-mail: redacao@odia-al.com.br - Fone: 3023.2092 Para anunciar, ligue 3023.2092 EXPEDIENTE ElianePereira Diretora-Executiva DeraldoFrancisco Editor-Geral Conselho Editorial JorgeVieira JoséAlberto CostaODiaAlagoas Elen Oliveira jornalista Um dia de cada vez
  • 15. CAMPUS 3O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br A opinião dos autores pode não coincidir no todo ou em parte com a de Campus. A s promessas de ano novo tiveram que esperar. Como estudante, o primeiro semestre de 2020 estava reservado à realização de vários trabalhos, pesquisa e escrita de artigo, mas tudo ficou em segundo plano. Sem nenhuma perspectiva de voltar,amodalidadedeensino a distância não é uma reali- dade provável na Ufal devido à disparidade socioeconômica dos seus alunos. Estou oficial- mente em isolamento desde o dia 17 de março, quando o calendáriodaUfalfoisuspenso. Oquepareciaseroiníciodeum semestre de muitas expectati- vas, deu lugar à frustação de ter um único dia letivo. Desde então, minha atenção voltou- -se as redes sociais e mídias de informação onde, além das inúmeras informações sobre coronavírus, tornou-se um ambiente tóxico pela dissemi- nação de “Fake News” e rixas políticas de todas as formas. Tudo isso contribuiu negativamente para piorar a situação do isolamento. As notícias referentes à Covid- 19 me tocam de duas formas diferentes: primeiramente, por ser diabética tipo 1 (insu- lino dependente) há 6 anos e como a literatura mostra, sou de um grupo de risco em potencial para ter um quadro grave. A segunda forma, por ser uma futura profissional da saúde, que apesar de não estar atuando na linha de frente do combate, enxergo a gravidade da situação para quem está se expondo bem como a calami- dade velada de equipamentos para proteção individual (EPI) cada vez mais escassos. Desde o início do isolamento, levei com seriedade essa pandemia e as recomendações do Minis- tério da Saúde. Mas o risco de adoecer sempre existiu porque meu irmão, que mora comigo e minha mãe, trabalha como balconista de farmácia e, mesmo após o decreto esta- dual, continuou trabalhando e se expondo. Logo, o coronavírus inter- fere na minha saúde tanto pelo risco de adoecer mesmo em casa como tendo crises de ansiedadepelomedoiminente. Ao chegar abril, me afastei das redes sociais e direcionei meu foco para tentar restabelecer uma rotina. Nesse sentido, fiz um levantamento dos assun- tos a serem vistos no período para ir estudando em casa, me inscrevi em inúmeros cursos onlinegratuitos,inclusivepara a Olimpíada de História ofer- tada pela Unicamp e retornei meus estudos de inglês. Além disso, participo do Denem (Diretório Nacional dos Estu- dantes de Medicina) que a cada quinze dias são realiza- dasreuniõesonlineparadiscu- tir alguma pauta pertinente. A verdade é que temos que ressignificar para viver. A Semana Santa não teve a família reunida como nos outros anos. Talvez, se afastar daquele parente tóxico seja o melhor a ser feito para si nesse momento ou brincar um jogo de tabuleiro via Skype para animar a família de Fortaleza seja o melhor que você pode fazer no dia. Se alguém me dissesse em janeiro que as promessas de ano novo teriam que esperar, teria aproveitado mais o vento no rosto ao andar pelaorla,meestressadomenos porbesteiraeaproveitadomais o convívio de quem sinto falta. Por hoje, espero que quando o ano começar tenhamos clareza de quais resoluções valem a penalevaradiante.Queosdias incertos se tornem páginas escritas o mais breve possível. Zuila Caroline Olegário Lima Estudante do 4º período de Medicina da Ufal Quando o ano começar E u lembro do primeiro caso noticiado no mesmolocalemqueeuestava. Havia resolvido passar o Carnaval no Recife, tudo de última hora. Analisando bem, foi uma das melhores esco- lhas que poderia ter feito, foi o último contato que tive com o povo e com as multidões. A sensação de transitar pela Rua do Imperador durante o Galo da Madrugada, o contato humano, tudo me traz uma doce e maravilhosa lembrança. AindaemRecife,enquanto esperava as pessoas se arru- marem para mais um show, assistia ao noticiário e escu- tei bem a confirmação do primeiro caso no estado de Pernambuco. A doença não era novidade alguma, já havia chegado à São Paulo, os rela- tos vindos da Europa e da China eram devastadores... Pouco tempo após retor- nar, foi emitido, pela OMS, o alerta de Pandemia Global. Eu trabalho na Ouvidoria de um hospital público, mesmo fazendo serviço administra- tivo, o contato com pacientes é diário e constante. Assim, conversei com minha mãe, com quem moro, e acorda- mos que o melhor naquele momento seria que ela fosse para casa de uma tia até um segundo momento. Inicialmente não fui dispensado do trabalho, algo que não me incomodou de maneira alguma, sentia que era necessário naquele momento que as instituições de saúde pudessem funcio- nar normalmente, excetuados pelos servidores do grupo de risco. Já na segunda semana de decreto, me foi informado que, mesmo nas unidades hospitalares,osserviçosadmi- nistrativos seriam reorgani- zados para que permitissem que aqueles que pudessem funcionar em regime de tele- trabalho o fizessem. Foi assim que mesmo sem solicitar, fui convidado a trabalhar de casa, uma vez que o sistema de ouvidorias públicas é alta- mente informatizado, ainda deixando à disposição de servidoresepacientesosmeus contatos pessoais. Minha mãe acabou retor- nando para a casa após a Semana Santa, depois que passei por um processo de quarentena auto-imposto, sob um rígido isolamento social, onde não haveria questão importante o suficiente que não pudesse ser resolvida de casa. Neste meio tempo que minha bisavó completou 104 anos, sem festa, comemora- ções neste estilo não podiam ser sequer cogitadas, para a segurança de todos, e prin- cipalmente a dela. A ques- tão é, todos os anos fazemos questão de comemorá-lo, não para reunir a família, não pela diversão... É que qualquer aniversário dela é um marco extraordinário, e pode ser o último. Foi durante o início da pandemia que perdi meu avô paterno. Uma das expe- riências mais duras que pude passar. Não foi Covid-19, mas o velório teve que ser reali- zado às pressas, com poucas pessoas, com a utilização de EPI’s por parte dos enluta- dos... Foi também uma opor- tunidade de voltar-me para mim, e olhar por dentro. De organizar meus trabalhos sob um outro aspecto, uma outra visão. Pude ler mais, assistir coisas novas, rever as antigas. Ouvir novas e velhas canções, assistiradebates,participarde discussões. E o momento de estreitar ainda mais os víncu- los dentro de casa, de conver- sar mais, de fazer companhia, de trazer os animais de esti- mação para ainda mais perto. Tem sido uma oportuni- dade de reflexão, de reconhe- cimento dos meus privilégios, de acompanhar e perceber as lutas pela sobrevivência que permeiam todo o país. De ajudar como é possível às diferentes correntes de solida- riedade. Nem todos podem, ou devem, sair para ajudar o próximo, mas o mais impor- tante é estar atento aos movi- mentos que ocorrem e poder saber de que forma ajudar, sejacomdinheiroouinsumos. Durante a pandemia, a vidadobrasileironãotemsido fácil,principalmentedaqueles que possuem menos recursos e estão relegados a viverem semomínimodesalubridade. É muito importante que essa situação não seja esquecida, jamais, nem mesmo quando tudo isso passar. Bruno Rodrigo C. de Almeida da Silva Advogado A memória da pandemia em Alagoas: notas pessoais e pequena reflexão sobre privilégios
  • 16. “ CAMPUS 4 O DIA ALAGOAS l 11 a 18 de julho I 2020 redação 82 3023.2092 e-mail redacao@odia-al.com.br FICHA TÉCNICA CAMPUS COORDENADORIAS SETORIAIS L. Sávio deAlmeida Coordenador de Campus Cícero Rodrigues Ilustração Jobson Pedrosa Diagramação Iracema Ferro Edição e Revisão CíceroAlbuquerque Semiárido Eduardo Bastos Artes Plásticas Amaro Hélio da Silva Índios Lúcio Verçoza Ciências Sociais Renildo Ribeiro Letras e Literatura Visite o Blog do SávioAlmeida Q uando parti- c i p e i , h á alguns anos, como palestrante no encon- tro da Fraternidade Teoló- gica Latino Americana (Setor Nordeste), lembro-me muito bem de ter sido indagado, durante o debate, acerca da ausência em minha fala das questões relacionadas ao racismo no estado deAlagoas. Obviamente, a questão me fora dirigida por conta de minha condição como teólogo negro. Na oportunidade, eu fazia uma leitura teológica da economia alagoana capi- taneada pela indústria cana- vieira, denunciando-lhe a selvageria com que se apro- pria dos recursos naturais e com que acumula os meios de produção e a riqueza material produzida nesse estado. Agora, dada a conjuntura mundial e local acerca das questões raciais, a pergunta do meu interlocutor volta com toda sua força. Ela tem extrema pertinência. O silên- cio com que tratamos o tema, enquanto teólogos, é cons- trangedor. Isso porque já não restam dúvidas de que, no Brasil, produzimos as formas mais sutis de racismo do mundo, invisibilizadas pelo discurso do “mito da demo- cracia racial”, mas perfei- tamente visíveis na nossa estrutura social excludente e segregadora. A branquitude, enquanto estratégia político-ideológica para os fins da hegemonia de determinadas visões de mundo, é uma das marcas explícitas da história da formação do povo brasileiro e alagoano. Seu correlato dialé- tico e antitético é a negritude. Dialético e antitético porque a branquitude tem na negru- tide uma necessidade, a fim de afirmar sua superioridade. Semessereferencialdialéticoe antitético não haveria suporte para o discurso ideológico da hegemonia branca. Mas essa dialética não serveapenasparasustentaros discursos. Tem servido muito mais para dar o suporte mate- rial feito de braços e pernas trabalhadoras, sem os quais nenhuma superioridade pode se efetivar. Padre Antonio Vieira, num de seus sermões, dizia que o negro, após a derrocada da escravidão do índio, viria a ser “os pés e as mãos do senhor [branco]”. O processo de formação do estadodeAlagoasconfunde-se com a história da consolidação da agroindústria canavieira. E a consolidação desta, depois de encerrado o processo de dizimaçãodasculturasindíge- nas do estado, teve exclusiva- mente no sistema escravocrata africano o seu suporte laboral. Fernando Lira, em Formação da riqueza e da pobreza de Alagoas, nos informa que “ao contrário do ocorrido com os índios, nem a igreja nem a coroa se opuseram à escravi- dão do negro. As ordens reli- giosas, como as beneditinas, estiveram até mesmo entre os grandeslatifundiáriosdeterra, que exploravam o trabalho escravo”. Os negros trazidos para Alagoas procediam majorita- riamente de Angola e Guiné. Lira ainda nos diz que “no final do período colonial, Alagoas tinha uma popula- ção de 111.973 habitantes, dos quais 42.879 eram livres e 69.094 eram escravos”. Seme- lhantemente ao ocorrido na maior parte dos estados do Nordeste onde o ciclo do açúcar deixou sua marca, os povos negros comparecem como povos instrumentaliza- dos em favor dos interesses político-econômicos das elites locais. Esses fatos, amplamente conhecidos de todos, são quase sempre apresentados como dados históricos sem nenhuma vinculação com a presente (des)estrutura social do estado deAlagoas. E minha tese fundamental neste artigo vai na direção de afirmar que a terrível desestruturação social de Alagoas tem no racismo um companheiro necessário e perene. Como teólogo batista, não deixaria de perguntar pelo papel dessas igrejas nesse contexto. É amplamente sabido, como mencionado acima, que a Igreja Católica consentiu abertamente com o sistema escravocrata, e até se fez protagonista do mesmo, possuindo escravos africanos em algumas de suas ordens religiosas. Também é ampla- mente conhecido o famoso Quebra de Xangô em 1912, ocorrido em Maceió, quando as religiões de matriz africana foram terrivelmente persegui- dasesufocadaspelasautorida- des políticas da época, dando origem à tradição do Xangô Rezado Baixo. De fato, tenho bastante curiosidade em saber como nosso protestantismo alago- ano –, à época, junto com o protestantismo em todo Brasil, fervoroso defensor da liber- dadereligiosapromulgadaem 1890 –, reagiu ao ver sufocadas as expressões de religiosidade africana neste estado. Teria o protestantismo alagoano defendido a liberdade de culto doPovodeXangô,outeriaeste corroborado a perseguição e o silenciamento desse povo negro? Se os posicionamentos históricos do protestantismo em Alagoas forem considera- dos como estáveis, contínuos, e sem muitas alternâncias, responderàquestãoacimanão será muito difícil. O protestantismo no Brasil é multifacetado. Por isso é preciso deixar claro a quem se está fazendo referência. Neste artigo, nossas perguntas estão relacionadas àquela face do protestantismo brasileiro que vigorou como hegemô- nica até meados da década de 1980: o protestantismo de missão (onde se encontram os batistas). Em todo o Brasil, a inserção do protestantismo de missão batista fez-se majo- ritariamente por intermédio das missões norte-americanas na segunda metade do século XIX. Alagoas, no entanto, registraumapeculiaridadeem relação aos demais estados da federação.Aquientrenós,dife- rentemente de outros lugares, a dependência da intervenção norte-americana permanece até os dias atuais. Parece seguro dizer que em nenhum outro estado brasileiro mais da metade dos templos batistas tenham sido subsidiados diretamente pelos norte-americanos, como ocor- reu em Alagoas. Se estiverem certos aqueles que defendem que as missões protestantes norte-americanas represen- taram o braço religioso do neocolonialismo no Brasil, em Alagoas ainda estamos numa curiosa relação de submissão neocolonial no campo da reli- gião. Paulo D. Siepierski defen- deria a tese de que a aversão religiosa de cunho cristão às manifestações culturais afro- -brasileiras é somente a versão teológica do preconceito milenar direcionados a esses povos. Uma vez que ninguém nega o fato de que tais missões norte-americanas provindas do Cinturão da Bíblia (sul dos Estados Unidos) são profun- damenteracistas,compete-nos perguntar: 1. Em que medida nosso protestantismo de missão (particularmente o batista) tem sido um dos bastiões do racismonoestadodeAlagoas? A teologia e a prática das igre- jas batistas ajudam a confron- tar ou aprofundar o racismo em nosso estado? 2. Em que medida a teolo- gia e a prática dessas igrejas, assim como de seus mecanis- mosdeeducação,demonizam as expressões da religiosidade africana emAlagoas? 3. Em que medida nossa ideologia religiosa funciona comoforçadecontençãodiante dasexpressõesdanegritudena cultura e na religião? 4. A cultura negra se vê representada em nossos cultos? Caso não, por quê? 5. Que representações sobre o “negro” e o “branco” estão presentes em nosso discurso religioso? Como esses conteúdos estão presen- tes na nossa pedagogia reli- giosa? Se as chagas estruturais que afligem por tanto tempo a sociedade alagoana, refletidas nos piores indicadores sociais do Brasil, têm no racismo um companheiro necessário e perene, que contribuição esta- riam dando as igrejas protes- tantes à esta sociedade, com o trato que dispensam à cultura e às religiões do povo negro? Que efeitos colaterais nosso preconceito religioso contra a cultura e a religiosidade de matrizafricanaajudaaprodu- zir e corroborar emAlagoas? Paulo Nascimento Teólogo Batista Neocolonialismo religioso e racismo no estado de Alagoas Os gregos estavam tão acima de nós como nós estamos acima da raça negra” Augustus H. Strong - Teólogo norte-americano que formou a primeira geração de pastores batistas no Brasil