Versão integral da edição n.º 8185 do bi-semanário “O Despertar”, que se publica em Coimbra. Ao tempo dirigido por Artur Almeida e Sousa. Primeira edição de 2003. Jornal fundado em 1917. 3.01.2003.
Para além de poderem ser úteis para o público em geral, estes documentos destinam-se a apoio dos alunos que frequentam as unidades curriculares de “Arte e Técnicas de Titular”, “Laboratório de Imprensa I” e “Laboratório de Imprensa II”, leccionadas por Dinis Manuel Alves no Instituto Superior Miguel Torga (www.ismt.pt).
Para saber mais sobre a arte e as técnicas de titular na imprensa, assim como sobre a “Intertextualidade”, visite http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm (necessita de ter instalado o Java Runtime Environment), e www.youtube.com/discover747
Visite outros sítios de Dinis Manuel Alves em www.mediatico.com.pt , www.slideshare.net/dmpa,
www.youtube.com/mediapolisxxi, www.youtube.com/fotographarte, www.youtube.com/tiremmedestefilme, www.youtube.com/discover747 ,
http://www.youtube.com/camarafixa, , http://videos.sapo.pt/lapisazul/playview/2 e em www.mogulus.com/otalcanal
Ainda: http://www.mediatico.com.pt/diasdecoimbra/ , http://www.mediatico.com.pt/redor/ ,
http://www.mediatico.com.pt/fe/ , http://www.mediatico.com.pt/fitas/ , http://www.mediatico.com.pt/redor2/, http://www.mediatico.com.pt/foto/yr2.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/manchete/index.htm ,
http://www.mediatico.com.pt/foto/index.htm , http://www.mediatico.com.pt/luanda/ ,
http://www.biblioteca2.fcpages.com/nimas/intro.html
1. Hoje
Arte na Figueira
No Centro de Artes e Espectáculos
da Figueira da Foz continua
Rua Pedro Roxa, 27 a 31 patente, até 2 de Fevereiro, a
Director: Artur Almeida e Sousa 3000-330 COIMBRA exposição “O Fazer Artístico”, uma
FUNDADO EM 1917 Tel. 239 85 27 10/11/12 mostra da responsabilidade da
Fax 239 85 27 19 ARCA/EUAC – Escola Universitária
BI-SEMANÁRIO REPUBLICANO INDEPENDENTE Email: despertar@netc.pt das Artes de Coimbra. Esta
PORTE PAGO
exposição reúne alguns trabalhos
de alunos das áreas de pintura,
Sexta feira • 3 de Janeiro de 2003 • Ano 85 • N.º 8185 – 0,50 e escultura e cerâmica.
Esculturas na CMC
Na Galeria do Átrio da Casa
Municipal da Cultura (CMC), em
Coimbra, continua patente, até ao
dia 5, a exposição de esculturas de
Jorge da Conceição. Esta mostra
reúne várias esculturas, construídas
em materiais diversos (como
madeira, ferro e pedra), que revelam
a simplicidade das coisas, girando
em torno de temas como a figura
feminina, o vestuário e os gestos do
quotidiano.
Recriação do presépio
Na Capela de S. João Baptista, em
Pé de Cão (Bencanta), pode ser
apreciado, até 5 de Janeiro, a
recriação do presépio antigo,
preparado com todo o rigor
histórico pelo Grupo de Jovens de
Pé de Cão. Este presépio foi
elaborado por jovens com idades
entre os 13 e os 17 anos e é
encarado também como uma forma
de envolver os jovens na
comunidade e na vida religiosa.
Quem ainda não o visitou, pode
fazê-lo no dia 5, das 9 às 11 horas e
das 17 às 20.
Concerto em Cantanhede
Na Igreja Matriz de Cantanhede
realiza-se hoje, às 21.30 horas, o
Plano urbanístico de Coimbra Concerto de Ano Novo, com a
Orquestra Silver Strings S.
Petersburgo. Este concerto é
organizado pela Câmara Municipal
é fundamental para o desenvolvimento e pelo Inatel – Delegação de
Coimbra e conta com o apoio do
grupo de Instrumentos de Sopro de
Página 3 Coimbra e Paróquia de S. Pedro.
“O País de Natal”
No Átrio da Biblioteca Municipal
da Lousã está patente, até 13 de
Janeiro, a exposição de desenhos
Outubro, Novembro e Dezembro “O País de Natal”, uma exposição
que reúne trabalhos do concurso
dos alunos do pré-escolar e dos 1.º,
em final de balanço de 2002 Páginas centrais
2.º e 3.º ciclos das escolas do
concelho da Lousã. Esta mostra é
organizada pela Comissão de
Protecção de Crianças e Jovens da
Lousã e conta com o apoio da
autarquia.
AM denuncia Sérgio Conceição oferece bilheteira Amanhã
ruptura no CHC
Página 4 do jogo Académica-Varzim “Pinceladas de amor”
Na Biblioteca Alberto Martins de
Carvalho, em Coja, é inaugurada
amanhã, pelas 16 horas, a
Espera dos Reis exposição de pintura de Vanda
André Silva, intitulada “Pinceladas
recriada domingo de Amor – o prazer de pintar, o
Página 5 prazer de ensinar, um caminho a
percorrer”. Vanda André Silva é
natural de Luanda e reside em Coja,
onde continua a pintar e a ensinar.
Desemprego no distrito Muitos dos seus trabalhos
encontram-se espalhados por
preocupa sindicatos Portugal, Itália, Inglaterra, Estados
Página 9 Unidos da América e Canadá, em
Página 3 colecções particulares.
2. opinião 2
artes & artistas
Aguarela de Leiria
Susana Bravo na Galeria Santa Clara (6) Joaquim Vieira
Manuel Bontempo JOSÉ LEANDRO
A pintura de Susana Bravo, na sua Foi precisamente a partir dos anos 30 que se assistiu ao retrocesso das
expressão directa e simbólica, é uma oficinas de barbearia. Os oficiais daquele ramo começaram a rejeitar
arte extrovertida em nuances que se os aprendizes, jovens que, logo após a escola primária, e como o
afirmam e onde a figura feminina trabalho não era violento nem carecia de estudos para a
denuncia várias leituras, ideias, num profissionalização, facilmente se integravam naquele emprego,
traço revoltado que insinua valor, raça, satisfazendo assim as aptidões e recebendo um estímulo para conseguir
onde permanece o “humano”, a figura, uma posição honrosa na sociedade. Este retrocesso deveu-se ao facto
que se afasta da ortodoxia, e se converte de o trabalho começar a escaciar, e devido a quê? Três razões
na importância que satisfaz, em vários fundamentais foram a indiscutível causa do declínio da profissão, já
ângulos, os mais exigentes. não falando na concorrência, que também predominava.
Ávida de uma mostragem uni- A primeira das causas foram as lâminas em folha de aço, que se
versalista ou duma certa influência adaptam a uma peça de ferramenta, com a qual se faz a barba sem
cosmopolitizada, a pintora nunca se dificuldade, contribuindo assim para que se não perca tanto tempo
socorre do insólito, do bizarro para dar no barbeiro.
os efeitos procurados. Mesmo um Entretanto começam a proliferar os chamados salões de
determinado intelectualismo serve a cabeleireiro (a), montados por senhoras e por vezes com os respectivos
esta artista valiosa para reivindicar para maridos. Assim, já a maior parte das senhoras deixavam de ir aos
si sem demagogia da cor ou do barbeiros para arranjar os cabelos, sendo mais próprio fazer aquele
formalismo uma visão do mundo, do trabalho por mãos femininas nos respectivos salões.
seu mundo, que se capta em estesia. Por último, a grande revolução, foram as máquinas eléctricas de
Ficámos, de facto, encantados barbear, cujo sistema contribuiu para mais de 80 ou 90 por cento dos
com esta exposição na Galeria Santa homens deixarem de ir ao barbeiro duas ou três vezes por semana
Clara pela constância de vincular o para fazer a barba. Faziam-na em suas próprias casas, sem sabão, com
impressionismo-expressionismo, ou se mais comodidade, mais rapidez e mais higiene. Eu mesmo, confesso,
quisermos, uma atitude livre, sem ser fui um dos que contribuíram para a desleal concorrência àqueles
libertina, da criadora de belos quadros oficiais. Vou dizer porquê e como:
nos dar correntes que se entrechocam, Na ocasião, era agente oficial em Leiria da Philips Portuguesa, e
como uma apreensão de novos valores foi prometida uma viagem à Holanda a quem vendesse para cima de
estéticos. uma determinada quantidade, de máquinas Philishave (passe a
Alguns empastamentos ou a publicidade).
mistura da espátula e do pincel, coisa Haveria portanto que fazer uma campanha especial, a fim de
que se observa, mesmo sem lupa, ou de ganhar o prémio, o que consegui com muita facilidade. Na ocasião,
leve, torna-se um excesso de graça. estavam a electrificar as aldeias periféricas de Leiria, e assim que
A Galeria Santa Clara através eram feitas as respectivas ligações à central eléctrica, logo me
destes anos todos mostra “artistas deslocava ao local para fazer demonstrações com aquelas máquinas.
singulares, uns melhores que outros, Era raro aquele que não desejasse experimentar, e eu mesmo é que lhe
mas personalidades na plenitude dos fazia a barba, com tanta suavidade que quase todos compravam. Mas
valores estéticos, éticos e filosóficos”, não termina aqui a minha concorrência ao desgraçado barbei- ro.
onde, nós nos temos deliciado com Olga Seco da Galeria Santa Clara e Susana Bravo na abertura da Ainda hoje, os jovens dos finais dos anos 40 se lembram de
novas descobertas. exposição pedir aos pais uma moeda de um escudo, a fim de pôr a funcionar a
O caso de Susana Bravo! montra da Novilux, nome do meu estabelecimento. Colocava-se a
Nesta pintora que sabe o que faz, tudo suavisado pelo fundamento não uma crítica, que fica para outra moeda numa ranhura e logo a montra se começava a movimentar da
estudiosa, não se invoca a experiência consciente da sua graciosa feminilidade. ocasião. seguinte maneira: abria-se uma cortina e aparecia um funeral composto
mas a vocação que não impede de Pintura peculiar e pessoal; a Mas realçamos as sensações de por um caixão destapado, levando dentro uma “Gillete” e transportado
muitos dos seus magníficos quadros pintora constroi o seu mundo com a volume, o movimento, a grandeza da por quatro Philishaves, acompanhados por um grande cortejo fúnebre,
possuirem a experimentação labo- sua autêntica ferramenta e os quadros forma, o simbólico que lhe empresta, formado também por máquinas daquela marca. Após a passagem do
ratorial metodicamente provocada pela que expõe estão de acordo consigo por vezes, um ar de mistério. funeral fechava-se a cortina.
sua fina estesia, sobre o que enxerga, mesmo, na rara espontaneidade em que Leitura universal. Sensualismo na O dinheiro que fazia movimentar a montra entrava para um
sobre os sonhos e as visões, factos e brotam facies de encantamento numa cor. Sensualismo não na sua função cofre dentro do estabelecimento, e era depois distribuído, em par-
relatos de viagem, de quem do relativo linhagem de grandes pintores. psicanalítica ou fisiológica mas no tes iguais, para fins de beneficência, ao Albergue Distrital da P.S.P.
busca o Absoluto. Leitura larga e relatora da história, requintado simbolismo. e à admirável obra de D. Carolina Ribeiro a favor dos pobres de sua
O prazer dos sentidos é em Susana no rigor da expressão, da história bem E Susana Bravo faz tudo sem cair protecção.
Bravo um estado emocional de viver a entendido de pintar diferentemente e em academismos mas experimentando O barbeiro José Leandro chegou a ter outra barbearia na Sismaria,
verdade antes de qualquer teoria ou vai ficando na “galeria de tantos vários caminhos, várias vias em face de para onde ia trabalhar duas ou três vezes por semana. Mais tarde,
tendência literária. Não há qualquer talentosos pintores”, como Vasco protagonista da nossa cultura. deixou esta profissão e montou uma oficina de amolar tesouras e
separação entre a intuição e a fórmula Berardo, Lúcia Maia, e mesmo Pomar, A sua pintura é o gesto, a forma, o facas, de arranjar chapéus de chuva, etc... Pouco tempo depois
vital como pinta. Artista de raíz faz um ou ainda Pinho Dinis, por usar linhas e conteúdo, a luz e sombra, os ritmos do adoeceu, e, até ao final da vida, quem lhe valia era um seu irmão. Isto
canto modernista às figuras que se contra-linhas, que lembram em sonho traçado por mãos sábias e ricas a ocorreu nos finais dos anos 40.
chocam, se repelem, se aceitam, se pequenos átomos estes artistas e segue dar-nos beleza a rodos.
amam, numa conduta unitária, de mil na figura o caminho de Lopo, certa- O abstraccionismo ou quejanda
cores e perspectivas, na subjectividade mente com leituras várias. coisa, que usa, em tantos quadros, não é
dominante de processos de boa técnica É uma crónica que escrevemos e circunstancial mas uma via de relação
entre pintor-público. O seu a seu dono
Recusa o jogo ambíguo.
Foi de facto para o crítico hoje
mero cronista uma “novidade bem
saborosa” o estruturalismo duma
“Reflectir o Natal”
pintura que se agiganta, cada vez mais, Na nossa edição especial de Natal, referimos, por lapso, que o poema
“Reflectir o Natal” era da autoria de Alda Belo. Vimos pedir assim as
quando rejeita o “mero devaneio”.
mais sinceras desculpas à verdadeira autora, Alda Constança, e,
simultaneamente, agradecer-lhe a colaboração e desejar-lhe a continua-
ção de umas festas felizes.
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da Romeira
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Aspecto da inauguração da exposição de Susana Bravo
Denominação Social: Oficinas Gráficas:
Redacção e Administração: ANTÓNIO DE SOUSA (HERDEIROS), LDA. Rua Pedro Roxa, 27 a 31 Composição, Montagem e
Rua Pedro Roxa, 7-1.º Contrib. N.º 502 137 258 - Cap. Social: 7.481,97 Euros Tel. 239 85 27 10/11/12 Impressão nas Oficinas
BI-SEMANÁRIO Tel. 239 85 27 10/11/12 Gerência: Gráficas de “O Despertar”
Fax 239 85 27 19
(Sai às quartas e sextas feiras) Fax 239 85 27 19 Artur Almeida e Sousa; Lúcia Maria Sousa Correia Tiragem média no mês de
Dezembro 18.000 Exemplares
Número de Registo 100117 e José Carlos Antunes Email: despertar@netc.pt
03/01/03
3. coimbra 3
Plano de Urbanização da cidade Números preocupam
Distrito
é “peça chave” para desenvolvimento perdeu mil postos
a criação de espaços de utilização
A autarquia de Coimbra pública qualificados” é outro dos
pontos incluídos na proposta.
de trabalho
aprovou na segunda feira,
O documento, apresentado na A crise da indústria no distrito
por unanimidade, os termos reunião pelo vereador João Rebelo, de Coimbra acentuou-se nos
de referência do novo Plano será enviado a diversas entidades -
juntas de freguesia, núcleo de últimos 12 meses, com a perda
de Urbanização (PU),
Coimbra da Ordem dos Arquitectos, de pelo menos, um milhar de
considerado pelo presidente Ordem dos Engenheiros da Região postos de trabalho, segundo a
da Câmara, Carlos Centro, Conselho da Cidade e
Associação Pro Urbe - para que estas
União dos Sindicatos de
Encarnação, como uma
se possam pronunciar, apresentar Coimbra (USC).
“peça chave” para o pareceres e eventuais sugestões até 20
desenvolvimento urbanístico de Janeiro de 2003. O presidente da Câmara de
da cidade. “Não se está ainda a fazer o Plano Coimbra, Carlos Encarnação, “vai ter
de Urbanização, o que está em causa que alargar o cemitério de empresas que
Aludindo ao novo PU, que a são os termos de referência, este estão a encerrar”, disse na segunda feira
autarquia prevê possa estar concluído primeiro documento trata de acertar a à agência Lusa o coordenador da USC,
em finais de 2004 e cujos termos de metodologia a seguir”, afirmou o António Moreira, recordando promes-
referência [a metodologia a seguir] vereador, justificando o envio do sas que o autarca fez há um ano, na
foram agora aprovados em sessão de documento às referidas entidades campanha eleitoral de Dezembro, com
Câmara, Carlos Encarnação consi- “para que possa ser estudado, apro- vista a travar a falência e deslocalização
derou-o “das propostas mais impor- fundado, para em finais de Janeiro ser de indústrias do concelho.
tantes de todo este mandato”. discutido, acho que é esse mecanismo Na cerimónia de posse, em Janeiro,
“É das questões fundamentais que tem de ser seguido”, disse. o presidente da Câmara - então com os
que temos de resolver, vai ficar na Os passos seguintes passam pela trabalhadores de duas unidades fabris
história do nosso mandato, é uma das consulta pública e abertura de con- concentrados junto aos Paços do
peças chave para o desenvolvimento curso para elaboração do Plano de Concelho - assegurou que, com ele no
urbanístico de Coimbra”, frisou o Urbanização, que João Rebelo prevê executivo, Coimbra deixaria de ser um
autarca. possa estar concluído “em finais de “cemitério de empresas”.
Carlos Encarnação lembrou que 2004”. Questionado sobre a evolução da
“faltava há uma série de anos” um “O que precisamos claramente economia regional e a oferta de emprego
Plano de Urbanização em Coimbra: hoje em Coimbra é ter um desenho de no último ano, desde as eleições
“Anteriores trabalhos tiveram até cidade”, sublinhou em declarações à autárquicas, o sindicalista considerou
financiamento comunitário, foi até agência Lusa o vereador. que Coimbra “tem sido um desastre
consultado um especialista e acabou Os termos de referência hoje total”.
aprovados tiveram o voto favorável Responsabilizando pela situação
da oposição socialista que considerou sucessivos governos e lideranças
tudo nas cascas!”, disse. proposta, destaca-se a necessidade de o novo plano de urbanização “uma municipais, António Moreira disse que
peça importantíssima”. o encerramento de empresas não tem
TRIBUNAL JUDICIAL Segundo o documento discu-
tido na autarquia “desde 1970 a gestão
“estabelecer uma identidade e ideia
de cidade entendida num espaço “Que este PU possa ter como cessado na cidade e no distrito.
urbanística da cidade foi-se apoiando metropolitano regional, nacional e objectivo final aquilo que em A lista da USC inclui a unidade de
DA COMARCA parcialmente em estudos produzidos internacional”. Coimbra todos dizemos mas ninguém enchimento da Central de Cervejas, a
- plano de ordenamento do Concelho A autarquia pretende ainda consegue fazer: uma política de solos, Proter (têxtil), a Bagir (têxtil) e a
DE LEIRIA e de Urbanização da cidade - embora “estudar a criação de uma área para que os preços baixem e Coimbra Pastelaria Briosa - só no concelho de
nenhum deles tenha chegado a ser metropolitana” abrangendo, numa possa ser competitiva a nível Coimbra -, além da CIV (têxtil) e da JLC
5.° Juízo Cível formalmente aprovado”. primeira instância, para além de nacional”, salientou o vereador Luís (calçado), em Miranda do Corvo, e da
Vilar. Scottwool (têxtil), na Figueira da Foz.
ANÚNCIO “E desde 1994 pelo Plano
Director Municipal, instrumento que,
Coimbra, os concelhos de Monte-
mor-o-Velho, Figueira da Foz, O autarca do PS deixou ainda a O encerramento destas fábricas
traduziu-se na perda de 700 postos de
por definição, não se pode considerar Cantanhede, Soure, Mealhada, Pena- sugestão que no rol de entidades a
1.ª PUBLICAÇÃO de gestão urbanística”, refere igual- cova, Poiares, Lousã, Miranda do ouvir acerca da proposta fossem trabalho em apenas 12 meses, mas,
mente o documento. Corvo, Penela e Condeixa-a-Nova. incluídas as cooperativas de habi- segundo estimativas do dirigente
Processo: 541/2002 De entre os vários objectivos e tação. “Talvez sejam as que melhor sindical, o total de empregos perdidos
Execução Ordinária
“Conter a expansão urbana e
intenções para a elaboração do novo definir zonas de intervenção urba- poderão intervir nesta área”, con- deverá ascender, pelo menos, ao milhar.
Exequente: Companhia Geral de
Crédito Predial Português PU, incluídos nas 40 páginas da nística prioritária em que se destaque cluiu. Em 2002, a USC revelou que a
Executado: MARTHA MARIA DA região de Coimbra perdeu em dez anos
GRAÇA SOARES e outros... 5.000 postos de trabalho, a maioria dos
quais em indústrias tradicionais,
Correm éditos de 20 dias para designadamente no sector têxtil.
citação dos credores desconhecidos que
gozem de garantia real sobre os bens
penhorados aos executados abaixo
indicados, para reclamarem o pagamento
Sindicato teme salto no escuro
1
“Coimbra vai oferecer condições,
lutar pela instalação de empresas e
apostar no desenvolvimento econó-
mico”, defendeu Carlos Encarnação, no
dos respectivos créditos pelo produto de
tais bens, no prazo de 15 dias, findo o dos
éditos, que se começará a contar da
segunda e última publicação do presente
na “empresarialização” dos SMASC seu discurso de posse, a 15 de Janeiro.
O autarca, que sucedeu ao
socialista Manuel Machado, criticou
anúncio. aceites e adianta serem desco- Coimbra. então “a afirmação repetida de que
O Sindicato dos Trabalhadores nhecidos “aspectos organizativos É remetido para 2003 a nego- Coimbra não necessitava de indústrias,
Bem penhorado: da Administração Pública fundamentais, tais como a estrutura e ciação com o Sindicato filiado na UGT mas de serviços apenas”, concluindo
Fracção autónoma designada pela a orgânica da empresa (Águas de de um acordo de empresa. que “a tentação facilitada de deixar
letra “G” do prédio urbano sito na freguesia (SINTAP) advertiu, no Coimbra, EM), horários de funcio- No mesmo ofício foram enviados morrer as empresas para se lhes substituir
de Marrazes, inscrito na respectiva matriz domingo, que a namento e de trabalho, mecanismos os estatutos já aprovados, queixando- a especulação imobiliária ajudou ao
da referida freguesia sob o art.° 3025.°,
descrito na 2.ª Conservatória do Registo «empresarialização» dos de admissão de novos trabalhadores, -se o SINTAP de os representantes desastre”.
Predial de Leiria com o n° 3431/ Marrazes. Serviços Municipalizados de tabelas salariais”, apesar de “já se dos trabalhadores não terem sido António Moreira defendeu que o
conhecer a administração e as ouvidos, o que, entende, pode con- governo, perante vultuosas dívidas de
Executados:
Águas e Saneamento de remunerações que vão auferir”. figurar ilegalidades. empresas ao Fisco à Segurança Social,
Executado: MARTHA MARIA DA Coimbra (SMASC) constitui “O SINTAP sempre se mostrou Para a estrutura sindical, o pro- “deveria intervir nos momentos
GRAÇA SOARES, separada judicialmente um “salto no escuro”, por disponível para uma negociação que tocolo salvaguarda “alguns aspectos cruciais”. “Há encerramentos e falências
residente: Urb. Quinta da Alçada, Lote 32, permitisse aos trabalhadores conhecer que decorrem da lei, mas poder-se-ia fraudulentos”, assegurou, salientando
3.° Dt.°, Sismaria, Marrazes, 2400 – LEIRIA faltar ainda regulamentar as as regras futuras, antes da entrada em ter ido mais além, protegendo, de que o tecido industrial da zona de
condições de trabalho. funcionamento da nova empresa, em forma mais clara e transparente, os Coimbra continuou a degradar-se, em
Executado: MANUEL AGOSTINHO
DOMINGUES ALDEIA, solteiro, residente
2003”, adianta. direitos dos actuais trabalhadores”. relação a 2002, e “as soluções não têm
Cabanas, Orbacém, 4910-ORBACÉM “A transformação dos SMASC O conselho de administração dos Apesar de se congratular com a aparecido”.
na empresa municipal Águas de SMASC comunicou, através de “disponibilidade e abertura” mani- Na sua opinião, compete às autar-
Leiria, 18-12-2002 Coimbra acaba por se traduzir, ofício, ao SINTAP a conclusão da festada pelo conselho de adminis- quias garantir alguns dos incentivos à
N/Referência: 656534 imediatamente e de alguma forma, negociação do protocolo a estabe- tração dos SMASC, o Sindicato avisa instalação de novas indústrias.
num salto para o escuro, por falta de lecer entre a Câmara de Coimbra e a que os trabalhadores estão dispostos António Moreira realçou que em
A Juiz de Direito, regulamentação das condições de recém-criada empresa municipal, que a lutar e a desenvolver todas as formas Coimbra, os parques industriais “não
Ana Cristina Batalha Cardoso trabalho”, sustenta o secretariado define a forma como os actuais de luta, incluindo a greve, caso não oferecem condições para cativar os
regional do Centro do SINTAP. trabalhadores transitam para o quadro se conheçam “rapidamente, de forma empresários”, enquanto o município de
O Oficial de Justiça,
Helena Silva
Em comunicado divulgado de pessoal da autarquia, sendo clara e transparente, as regras de Cantanhede, por exemplo, tem na sua
domingo, a estrutura alega ter apre- posteriormente requisitados para funcionamento e as suas próprias opinião, uma política mais adequada a
“O Despertar”, N.º 8185, 03/01/03 sentado propostas que não foram desempenhar funções na Águas de condições de trabalho”. esse fim.
03/01/03
4. coimbra 4
Assembleia Municipal denuncia Paróquia de S. José
situações de ruptura no CHC A Ceia de Natal
Situações de ruptura
no Centro Hospitalar
dos “sem família”
de Coimbra (CHC) podem pôr Joaquim Fonseca universal... No próximo domingo três
em causa o apoio às crianças Padres nativos de Benguela... vão
transplantadas no Hospital Organizada, como habitualmente, começar a trabalhar na nossa diocese
pelo Conselho Pastoral, com a de Coimbra! É bonita esta colaboração
Pediátrico e a escala colaboração dos Vicentinos locais, mútua: os nossos estiveram em
de cardiologistas na Urgência dando, assim, continuidade ao que – Moçambique, Angola... Agora são os
dos Covões, denunciou a todos os títulos louvável - vem de lá que vêm celebrar connosco,
o deputado municipal sucedendo, nesta Paróquia, há mais presidem às nossas celebrações. Que
de 20 anos, no último dia 20 teve maravilha!
Armando Gonçalves. lugar, no Salão Polivalente de S. José, Na refeição tomaram parte,
a “ceia” de Natal dos “sem família”, aproximadamente, 140/150 pessoas.
O médico, representante da facto que acontece anualmente na Destas, obviamente, bastantes eram de
Assembleia Municipal de Coimbra quadra natalícia, proporcionando, Coimbra... Algumas dezenas de
no Conselho Geral do CHC, é o autor deste modo, um pouco de calor africanos, originários dos PALOPs,
de uma moção, aprovada por unani- humano aos “deslocados”. A Tradição marcaram presença. Também compa-
midade na sexta-feira, que alerta para implica que o Natal seja a festa da receram uns 20 imigrantes dos países
a agudização dos problemas no família e é com gestos destes que as de Leste: Ucrânia, Rússia, Bielorrusia,
complexo hospitalar, gerando pessoas, longe dos seus, sentem menos Roménia... Estes são alguns dos que
“situações de ruptura” nos três a falta do aconchego doméstico!... residem na área de Coimbra e têm apoio
hospitais que o integram: Pediátrico, Antes do repasto, às 19h, foi a no ensino da Língua, etc., em S. José.
Hospital Geral (Covões) e Materni- celebração da Eucaristia, na igreja de Os cânticos litúrgicos da Missa
dade Bissaya-Barreto. S. José, à qual se associaram muitos foram interpretados pelos africanos
Armando Gonçalves revelou no paroquianos. Esta Missa (efectiva- com as suas indumentárias, música,
sábado à agência Lusa que no mente havia festa!) foi celebrada por: letra, etc., dos seus países de origem.
Hospital Pediátrico de Coimbra (HPC) dois Missionários Combonianos, do Simplesmente comovente!!!
o apoio às crianças transplantadas Seminário do Arieiro (área da Embora a cor da pele fosse (ou
“está ameaçado pela deficiência do Paróquia) tendo um deles perma- seja) mais clara e mais escura existia,
quadro”, com apenas um médico a necido algum tempo em Moçambique certamente, o mesmo objectivo, sen-
assegurar esta valência. e o outro no México, Pe. Paulo da Cruz tindo-nos, pelo facto, mais irmanados
“Por outro lado, a Urgência do Monteiro e o Pároco, Pe. João Marques a viver o verdadeiro espírito do Natal
HPC pode entrar em ruptura já no Castelhano, que presidiu à Cerimónia e a aprender a Lição do Presépio.
próximo mês (Janeiro) por falta de com paramentos sudaneses, dando Muito sinceramente, desejamos
médicos”, sustenta o director do mais universalidade ao Acto. que iniciativas destas se mantenham,
Serviço de Cardiologia do Hospital Das oportunas e eloquentes cada vez mais vivas, pois elas são de
Geral na moção, à qual deram o palavras do Rv.° Pe. João, ao intróito e suma importância.
seu acordo os deputados munici- taxas de ocupação inadmissíveis, Assembleia Municipal de Coimbra, homilia, extraimos: “(...) Louvado
pais de todos os partidos repre- superiores a 90% - são necessárias Manuel Lopes Porto, fica incumbido sejais, Senhor, pelos povos de toda a Os Vicentinos vão
sentados na Assembleia Municipal obras urgentes na MBB, nomea- de dar conhecimento da situação do terra... Hoje representamos aqui os completar 70 anos
de Coimbra. damente no Serviço de Ginecologia”, CHC e das moções aprovadas na Povos de toda a Terra, irmanados na Como é sabido, a Paróquia de S. José
O adiamento sucessivo da sendo também preciso dar andamento instituição aos presidentes das Câ- mesma Fé em Jesus Cristo, no Qual foi criada, em 16 de Julho de 1932, por
aprovação do quadro médico do ao Plano Director dos Covões e maras e Assembleias dos concelhos todos nós nos tornámos filhos do decreto do então Bispo de Coimbra, D.
CHC tem produzido “graves reper- concretizar o novo HPC. de Castelo Branco, Figueira da Foz, mesmo Deus (...)”. Mais à frente Manuel Luís Coelho da Silva. O 1.º
cussões no funcionamento de todos A moção defende o empenho da Montemor-o-Velho, Pombal, Soure e vincou: “... O “Glória” que foi cantado Pároco, Pe. Ricardo Gonçalves, to-
os serviços do Hospital dos Covões, Assembleia Municipal e da Câmara Condeixa. pelos africanos presentes, que os Anjos mou posse em 22/Out./932.
sendo de referir, pela sua gravidade, a de Coimbra em obter uma audiência, A Assembleia Municipal de cantaram no Presépio “Paz na terra...” Os continuadores de S. Vicente
situação no Serviço de Cardiologia”. há muito pedida, com a comissão Coimbra tinha já aprovado, em Junho Dava a sensação de um grito ao Céu... de Paulo: Conferência Masculina (S.
Com a saída, este mês, de dois parlamentar da Saúde, formando uma de 2001, moções, por unanimidade a Deus não poderá ficar insensível aos Francisco Xavier) e Conferência
dos quatro médicos que ocupavam delegação conjunta para a reunião. aclamação, àcerca dos problemas do gritos dos seus filhos que clamam pelo Feminina (St.ª Teresinha), iniciaram as
vagas carenciadas, a Cardiologia terá No texto é vincado também que Centro Hospitalar, tendo pedido, fim da guerra; que clamam por PAZ na suas actividades em 8 de Janeiro de
de desmarcar cerca de 30 consultas a “ruptura no CHC afecta doentes de desde essa altura, audiências à terra para todos os homens! Hoje 1933; certamente o 1.º Organismo da
por semana. vários hospitais da zona Centro”. comissão parlamentar da Saúde, que pedimos essa Paz para todos... Paróquia!...
A concretizar-se a saída dos Neste sentido, o presidente da não chegaram a concretizar-se. Felizmente, este ano os nossos irmãos A Conferência Jovem (S. João
outros dois assistentes eventuais, “a de Angola já podem estar um pouco Bosco) é muito mais recente.
ruptura será completa”, obrigando a mais tranquilos, depois de 20 ou 30 As Conferências de S. José têm,
diminuir para cerca de dois terços o anos de guerra. presentemente, 57 elementos assim
número de estudos hemodinâmicos,
com “graves prejuízos para os
doentes dos hospitais distritais”, que
constituem cerca de 60 por cento do
AM aprova orçamento Na mesma ordem, referiu-se,
depois, a Moçambique, Cabo Verde,
S. Tomé, Guiné... Também não foram
distribuidos: Senhoras, 33; Homens,
15 e Jovens, 9.
Como já foi dito, os Vicentinos
A Assembleia Municipal de Coimbra aprovou na sexta feira, esquecidos os imigrantes, do Leste irão ter uma Casa Nova. A Venda de
total dos pacientes estudados neste Europeu, que aqui vivem e trabalham Natal deste ano deu, para os Vicentinos,
sector do Serviço de Cardiologia. por maioria, as Grandes Opções do Plano e Orçamento para (...)”. No mesmo âmbito ecuménico, a um saldo de 11.630,53 euros ou seja,
“Com esta situação será impos- 2003, com um montante de 186 milhões de euros. terminar, salientou: “(...) Hoje a Igreja na moeda antiga, cerca de 2.327
sível manter a escala de cardiologistas de Jesus Cristo torna-se cada vez mais contos. Parabéns!!!
ao Serviço de Urgência do Hospital O documento foi aprovado com 29 votos favoráveis dos deputados
dos Covões, com graves repercussões da coligação (PSD/PP/PPM), 18 votos contra dos eleitos do PS e da CDU e
para os doentes”, salienta Armando 13 abstenções, de presidentes de juntas de freguesia.
Gonçalves, adiantando que o pre- JESUS CRISTO É O SALVADOR
A construção do novo Estádio Municipal de Coimbra representa cerca
sidente da Administração Regional de 25,5 por cento das despesas de investimento do documento, que têm um
da Saúde do Centro foi informado valor total de 118 milhões de euros. “E em nenhum outro há salvação, “Porque há um só Deus, e um só
destas dificuldades “há mais de meio Para as despesas correntes está previsto um montante de 67,8 milhões porque também debaixo do Céu, Mediador entre Deus e os homens,
ano”. de euros. nenhum outro nome há, dado Jesus Cristo homem”.
Na Maternidade Bissaya Barreto Acessibilidades, habitação, cultura, apoio às actividades económicas entre os homens, pelo qual I Timóteo 2:5
(MBB) “são vários os problemas por e verbas para as freguesias foram as áreas destacadas pelo presidente da devemos ser salvos”.
não se ter consumado o alargamento Câmara, Carlos Encarnação, na sua intervenção. Actos 4:12 Roga-Lhe - F.R. Santos
do quadro de pessoal, assumindo “O Estádio limita-nos muito neste documento, mas não reduzimos
particular gravidade a situação no nada do que é essencial e dedicamo-nos às áreas de preocupação essencial
Serviço de Neonatologia: quatro dos para os munícipes de Coimbra”, frisou Carlos Encarnação.
12 lugares vagaram, sem que seja João Silva (PS) caracterizou o documento como “uma desilusão” e AGÊNCIA FUNERÁRIA
autorizada a abertura de concurso para
ADELINO MARTINS, LDA.
criticou a maioria por não ter “qualquer projecto próprio e coerente para
os ocupar”. Coimbra”, enquanto o seu colega da bancada socialista Manuel Claro
“A manutenção desta situação alertou para “um aumento significativo da despesa corrente com o pes-
obrigará a reduzir ou mesmo eliminar soal”. O ORGULHO DE BEM SERVIR DESDE 1940
trabalho de rotina, a começar pelas
consultas externas”, é sublinhado na
Mário Nogueira (CDU) admitiu “compreender os condicionalismos” FUNERAIS – FLORES – TRASLADAÇÕES
na elaboração do Plano e Orçamento, mas adiantou que a coligação “não
moção. se revê” neste documento.
No que respeita às condições de Pedro Saraiva (PSD) aludiu à “tremenda restrição” imposta pela SERVIÇO PERMANENTE
internamento, devido ao “envelhe- construção do novo estádio, para considerar o documento “muito bem
cimento e desactualização da estru- Telefs. 239 824 825 - 239 820 406
suportado tecnicamente e com apostas bem claras” nas acessibilidades,
tura física dos três hospitais e à enorme habitação, cultura e descentralização. R. Corpo de Deus, 118-120 3000 COIMBRA
procura por parte dos doentes - com
03/01/03
5. coimbra 5
Carlos Encarnação defende autoridade
Entre Santa Clara e os Olivais
Espera dos Reis é recriada metropolitana de transportes
domingo em Coimbra O presidente da Câmara
Municipal de Coimbra,
Coimbra e perceber que isto só poderá
melhorar com a criação de uma
autoridade metropolitana de trans-
ponível no orçamento para as referidas
intervenções “passa de 2,7 milhões de
euros em 2001 para 3,5 milhões em
Centenas de figurantes e com cânticos natalícios e a entrega Carlos Encarnação, portes”, frisou o autarca. 2003”, Carlos Encarnação aponta
elementos de vários de ofertas pelos ranchos folclóricos O trânsito e acessibilidades é uma ainda como decisão para a melhoria
participantes. defendeu, no final da das rubricas do Plano e Orçamento do trânsito na cidade “o aumento do
agrupamentos folclóricos São oferecidos produtos hortí- semana passada, a criação para 2003, discutido no dia 27 na número de transportes colectivos”.
vão recriar, no domingo (5 colas (batatas, cebolas, feijão) e doces de uma autoridade reunião da Assembleia Municipal de Outra solução que o autarca
de Janeiro), em Coimbra, a tradicionais, que são colocados junto Coimbra, tendo o executivo liderado considera “importante” para o trânsito
de um presépio ao vivo, para a metropolitana de transportes metropolitano e circulação no centro
por Carlos Encarnação destinado cerca
“Espera dos Reis”, uma paróquia distribuir pelos mais e a participação dos de 22 por cento do orçamento de da cidade diz respeito ao futuro metro-
tradição que esteve carenciados. Esta tradição tinha sido municípios vizinhos para investimento (despesas de capital) - politano de superfície.
interrompida durante mais interrompida nos anos trinta e foi solucionar os problemas de cujo valor total ultrapassa 118 milhões Esperando que o concurso
reposta, a partir de 2000, pela de euros - para “projectos e obras” nesse público para concretização daquele
de seis décadas e que foi Associação de Folclore e Etnografia trânsito que afectam a capítulo. meio de transporte “possa ser lançado
retomada há dois anos. da Região do Mondego. cidade. “Já na campanha eleitoral tinha em 2003”, Carlos Encarnação disse ter
O evento é organizado também alertado que a não realização no agendado com a administração da
O Cortejo dos Reis realiza-se a com o apoio da Câmara de Coimbra, Em declarações à agência Lusa, passado de um conjunto de obras no sociedade Metro Mondego uma
partir das 19:30, num percurso entre Governo Civil, Juntas de Freguesia Carlos Encarnação considerou que o trânsito e acessibilidades iria provocar reunião para esclarecimento de
Santa Clara (junto ao Portugal dos de Santa Clara e de Santo António trânsito em Coimbra “é um problema problemas graves” lembrou o autarca, algumas questões relacionadas com o
Pequenitos) e a Igreja de Santo dos Olivais e Delegação de Coimbra metropolitano que resulta de fluxos incluindo no conjunto de projectos e projecto. “A secretaria de Estado do
António dos Olivais, envolvendo 17 do INATEL. externos para a cidade e para fora trabalhos a levar a efeito “as circulares, Tesouro levantou uma série de dúvidas
agrupamentos de folclore. Colaboram igualmente o Grupo desta”. parques periféricos, passagens infe- a que a Metro Mondego deu resposta
É neste templo que decorre, de Teatro do Sobral de Ceira, a PSP e “Temos de juntar na resolução riores e rotundas”, entre outros. e nós pretendemos ser informados”
pelas 21:30, uma cerimónia alusiva, a GNR de Coimbra. do problema os municípios à volta de Frisando que o montante dis- justificou o autarca.
Filomena Alvarez na festa de Natal da Santix
Produtividade cresceu 3,6 por cento relativamente ao ano de 2001
em 1900, mas nos dias que correm menor exigência de técnica e know
Numa altura em que aumenta a nossa dependência perante how, para aumentar a produção de
aflitivamente se constata o um povo que tem na alma uma forma casacos, nomeadamente para países
fecho de unidades industriais de pensar e agir que tem raízes na como Alemanha. Na globalidade, cerca
solidária ajuda que aprenderam a de 90 por cento da produção da Santix
no distrito de Coimbra que fomentar em tempos de guerra. vai para o mercado externo, mas
marcaram épocas e Enquanto os portugueses não Filomena Alvarez, não nega que o pro-
sucessivas gerações, foi com assimilarem que comprar português duto que sai da unidade industrial sita
significa gerar a riqueza nacional com no Picoto dos Barbados, na Mata de
natural contentamento e que o estado haverá de pagar os subsí- Vale de Canas em Coimbra, também
pontinha de orgulho, que a dios de desemprego, reformas, saúde, regressa a Portugal para ser comer-
administradora da Santix, obras públicas etc, permaneceremos cializado com elevadas margens em
acorrentados a uma exponencial casas “monomarcas” que, pelos vistos,
Filomena Alvarez, revelou na dependência que vai cavando fossos vão conquistando a preferência dos
festa de Natal perante os seus de desigualdade concorrencial nos portugueses. Quer dizer, o produto
cerca de três centenas de planos industrial e comercial. português se for vendido por estran-
funcionários que a empresa Mas, questiona Filomena Alva- geiros, é óptimo!
rez, ao invés disso, assistimos ao Com 280 funcionários, Filo-
registou neste ano um encerramento de fábricas em que, por mena Alvarez que herdou de seu pai,
Perante as cerca de três centenas de funcionários da Santix, Filomena
crescimento de produção Alvarez anunciou orgulhosa que a empresa registou em 2002 um
vezes, os trabalhadores preferem Eládio Alvarez, a fábrica Santix que
industrial na ordem lamentar-se à porta, beneficiar do continua a constituir imagem de marca
crescimento de produção industrial na ordem dos 3,6 por cento subsídio de desemprego e iniciar inconfundível no fabrico do pronto a
dos 3,6 por cento actividades laborais em que na maior vestir, não faz futurologia e também
relativamente a 2001. patamar invejável neste sector de desalento no campo da auto-estima de parte dos casos “fogem” a todos os não quis adiantar previsões para 2003.
actividade. ser português. impostos. Ou seja, não geramos riqueza Contudo, garantiu-nos que a Santix
Na resenha em forma de balanço Confiante no futuro da empresa O slogan - o que é português é bom e defraudamos o mesmíssimo estado vem situando a sua facturação anual
anual que nesta época festiva mas apreensiva quanto às políticas -, é rigorosamente verdade, mas “acon- não pagando impostos e auferindo na casa dos 4.500.00 euros (cerca de
tradicionalmente é feito pela Santix nacionais e de conjuntura interna- tece que este povo à beira mar plantado rendimentos. “É uma questão cultural 900.000 contos) estará sempre atenta
em festa que, assumidamente, se cional que ao sector se vierem a deparar, vai dando de flanco, com as boas-vindas que procura o comodismo como refú- a novos produtos e mercados, pelo que
reveste de cariz peculiarmente familiar, Filomena Alvarez não deixou de a grupos estrangeiros, embarcando no gio, num crescente fenómeno de desres- nesta casa continua a residir um capital
Filomena Alvarez salientou a “O assinalar que os 102 anos de actividade fenómeno mono-marca, em que o no- ponsabilização individual no quadro de esperança desde há mais de um
Despertar” que este êxito se fica a dever industrial da Santix deveriam merecer me de uma casa comercial vende tudo de uma florescente e encapotada século e que tem a ver com o facto de
ao empenhamento de todo o pessoal dos portugueses a mesma atenção que, que quiser com margens de comercia- economia paralela”, sustenta Filo- “nunca ter havido despedimentos.”
que aceitou e contribuiu decisiva- por exemplo, os espanhóis têm para lização que poderão situar-se na casa mena Alvarez. A crise está por toda a parte, pelo
mente para a implantação de um plano com os seus próprios produtos, no dos 150 por cento.” A produção da Santix vai evo- que desta tradicional festa de Natal
de prémios de produtividade, o que âmbito de um salutar bairrismo que lhes Enquanto isso, as magras mar- luindo conforme os mercados e resultou ainda mais ânimo e reforço
foi decisivo para que se alcançasse um dá força e nos vai aumentando o gens da indústria “vão-se esfumando margens de comercialização, pelo que no desempenho do quotidiano na cer-
numa gritante falta de auto-estima atendendo aos baixíssimos custos de teza de que o futuro da Santix também
enferma de um défice cultural que nos mão de obra dos países do leste, optou depende de todos quantos trabalham nu-
impede de gostarmos e termos orgu- por baixar o fabrico de calças com ma fábrica de referência para Coimbra.
lho de sermos portugueses.”
“Como se compreende que
possamos comprar laranja da Anda-
luzia e não a do nosso Algarve? Como
se compreende que existam grandes
superfícies comerciais que só vendam
fruta estrangeira?” E, no entanto,
desabafa, Filomena Alvarez, os es-
panhóis compram (mais) produtos
espanhóis, pelo que nesta lógica “eles
se vão agigantando perante o defi-
nhamento da nossa pequenez.”
Ora, foi justamente nesta pers-
pectiva que a administradora da
Santix, recordando a memória de seu
Filomena Alvarez, na companhia de Maria de Oliveira, a funcionária avô de nacionalidade espanhola
mais antiga da empresa (44anos), exibe com indisfarçável orgulho a Santiago Alvarez Mendes, confessou
jóia que lhe foi oferecida pelos seus trabalhadores que a união ibérica aconteceu de facto Panorâmica geral do almoço de Natal da Santix
03/01/03