O documento descreve uma história inspirada no álbum "Murder Ballads" de Nick Cave & The Bad Seeds. O protagonista é um detetive que investiga o caso de um homem encontrado morto com um cacto atravessado no coração. Após a investigação, o detetive reflete sobre a vida, a morte e o amor enquanto lida com problemas dentários.
O documento discute o maior milagre que as pessoas podem realizar, que é "voltar dos mortos", ou seja, ressuscitar espiritualmente ao recuperar a esperança, os sonhos e a vontade de viver melhor. O autor argumenta que muitas pessoas vivem como "mortos-vivos" após perderem sua autoestima e que os livros mencionados contêm segredos para que as pessoas possam realizar qualquer coisa e alcançar as verdadeiras riquezas da vida.
O documento apresenta o Manifesto do Surrealismo de André Breton defendendo a libertação da imaginação e a rejeição da atitude realista e positivista. Breton critica a literatura convencional e defende que a imaginação deve ser liberta das amarras da lógica e da utilidade imediata para acessar novas verdades sobre o espírito humano.
O documento discute a imaginação e a liberdade do espírito humano. Critica a atitude realista e o positivismo por serem hostis à liberação intelectual e moral. Também critica romances por seus personagens medíocres e descrições vazias, argumentando que a imaginação deve ter liberdade para explorar além da experiência imediata.
O documento apresenta resumos de 3 arcanos do Tarot: [1] O Louco representa o começo e fim de tudo, sendo o embrião de um novo tempo. [2] O Mago representa o domínio do saber e a retidão do sapiente. [3] A Sacerdotisa representa a intuição, sensação e os sentimentos.
O documento descreve a história de Erasmino, um homem que começou a ter experiências estranhas como vozes e visões. Ele procurou médicos e psicólogos, mas não conseguiu explicação. Sua mãe e irmã acreditam que ele pode ser médium e o convencem a visitar um centro espírita para tratamento. A vizinha D. Ione frequenta o local e oferece ajuda.
O documento descreve a história de Erasmino, um homem que começou a ter experiências estranhas como vozes e visões. Ele procurou médicos sem sucesso e sua condição piorou, levando a crises onde falava com vozes diferentes. Sua mãe e vizinha acreditam que ele pode ser médium e o levam a um centro espírita para tratamento, na esperança de ajudá-lo.
O documento é um conto de Machado de Assis chamado "A Segunda Vida". Ele conta a história de um homem chamado José Maria que alega ter renascido após a morte com a experiência de sua vida anterior. Ele visita um padre chamado Monsenhor Caldas para contar sua história e pedir conselhos sobre um dilema amoroso atual.
Conto apresentado no Concurso "Quem conta um conto... ao modo de Saramago?" edição 2014/2015, pela aluna do 12º ano, Rafaela Madaleno Pedro, da Escola Secundária da Amadora, escola sede do Agrupamento de Escolas pioneiros da Aviação Portuguesa.
O documento discute o maior milagre que as pessoas podem realizar, que é "voltar dos mortos", ou seja, ressuscitar espiritualmente ao recuperar a esperança, os sonhos e a vontade de viver melhor. O autor argumenta que muitas pessoas vivem como "mortos-vivos" após perderem sua autoestima e que os livros mencionados contêm segredos para que as pessoas possam realizar qualquer coisa e alcançar as verdadeiras riquezas da vida.
O documento apresenta o Manifesto do Surrealismo de André Breton defendendo a libertação da imaginação e a rejeição da atitude realista e positivista. Breton critica a literatura convencional e defende que a imaginação deve ser liberta das amarras da lógica e da utilidade imediata para acessar novas verdades sobre o espírito humano.
O documento discute a imaginação e a liberdade do espírito humano. Critica a atitude realista e o positivismo por serem hostis à liberação intelectual e moral. Também critica romances por seus personagens medíocres e descrições vazias, argumentando que a imaginação deve ter liberdade para explorar além da experiência imediata.
O documento apresenta resumos de 3 arcanos do Tarot: [1] O Louco representa o começo e fim de tudo, sendo o embrião de um novo tempo. [2] O Mago representa o domínio do saber e a retidão do sapiente. [3] A Sacerdotisa representa a intuição, sensação e os sentimentos.
O documento descreve a história de Erasmino, um homem que começou a ter experiências estranhas como vozes e visões. Ele procurou médicos e psicólogos, mas não conseguiu explicação. Sua mãe e irmã acreditam que ele pode ser médium e o convencem a visitar um centro espírita para tratamento. A vizinha D. Ione frequenta o local e oferece ajuda.
O documento descreve a história de Erasmino, um homem que começou a ter experiências estranhas como vozes e visões. Ele procurou médicos sem sucesso e sua condição piorou, levando a crises onde falava com vozes diferentes. Sua mãe e vizinha acreditam que ele pode ser médium e o levam a um centro espírita para tratamento, na esperança de ajudá-lo.
O documento é um conto de Machado de Assis chamado "A Segunda Vida". Ele conta a história de um homem chamado José Maria que alega ter renascido após a morte com a experiência de sua vida anterior. Ele visita um padre chamado Monsenhor Caldas para contar sua história e pedir conselhos sobre um dilema amoroso atual.
Conto apresentado no Concurso "Quem conta um conto... ao modo de Saramago?" edição 2014/2015, pela aluna do 12º ano, Rafaela Madaleno Pedro, da Escola Secundária da Amadora, escola sede do Agrupamento de Escolas pioneiros da Aviação Portuguesa.
Este documento apresenta um resumo de três contos de Dostoievski traduzidos para o português por Ruth Guimarães e publicados pela editora Edições de Ouro em 1970. O primeiro conto resumido é "O Subsolo", que descreve as reflexões de um homem insatisfeito consigo mesmo sobre sua vida e consciência.
Este capítulo resume a infância do autor e suas precoces experiências espirituais, incluindo a capacidade de recordar vidas passadas e ter visões durante a meditação. Ele também discute seus primeiros contatos com a religião oficial em que foi educado e conceitos espirituais comuns a diferentes tradições religiosas, como os nove céus e infernos.
O documento é um resumo de três contos de Dostoievski, incluindo "O Subsolo". O conto descreve um homem doente que vive em Petersburgo e se sente incapaz de ser bom ou mau. Ele se tortura por sua consciência aguda e deseja ser um inseto para escapar de sua mente.
O documento discute a questão da sobrevivência da alma após a morte do corpo físico. Ele apresenta o caso de uma mãe que perdeu seu filho amado e pede ajuda a Camille Flammarion para encontrar respostas sobre a vida após a morte, em busca de consolo para sua grande dor. Flammarion introduz o tema, afirmando que investigar a questão da sobrevivência da alma é importante para aliviar o sofrimento humano.
O documento contém vários poemas e textos curtos que exploram temas como saudade, passagem do tempo, amor e natureza. Os poemas usam imagens e descrições evocativas para transmitir sentimentos e reflexões sobre a vida.
I. O documento introduz a história de Sam Collins, um infectologista que acorda confuso em meio ao caos após uma ameaça biológica em seu prédio de trabalho. Ele encontra Susan Meyer, que o ajuda a escapar pulando de uma janela. II. Sam desmaia após a explosão do prédio. Ao acordar ferido, ele busca suprimentos em uma farmácia intacta pertencente à sua empresa. III. Dentro da farmácia, Susan cuida dos ferimentos de Sam.
O jornalista-entediado-lous-rondon-16-11-2013v12-arial12-margin1-letterlousrondon
O documento apresenta trechos do diário de um jornalista chamado L. Rondon. Ele expressa seu tédio e desânimo com a vida, além de relatos violentos e fantasias sobre matar e mutilar mulheres. O autor também descreve uma experiência em que paga por sexo, mas acaba estrangulando a prostituta.
O jornalista-entediado-lous-rondon-16-11-2013-arial12-margin1-letterv2lousrondon
O documento apresenta trechos do diário de um jornalista chamado L. Rondon. Ele expressa seu tédio com a vida e fantasias violentas envolvendo assassinato e estupro. Em um trecho, ele contrata os serviços de uma prostituta chamada Ana, mas fica enfadado e a estrangula. Nos capítulos seguintes, ele bebe em um bar lotado e expressa desejo de morrer para escapar de sua angústia.
Excerto do livro contos arcanos uma chance para o perdão - a estrelaFrank De Oliveira
Um homem vai ter uma leitura de tarô feita por uma cigana mais jovem. A carta da Estrela é revelada, representando o perdão e equilíbrio. A cigana explica que a carta indica que ele poderá superar culpas do passado e encontrar amor. No final, ele percebe que a cigana pode ser a pessoa que estava procurando.
1) A peça conta a história de Velho Brás, que encontra Satanás em sua casa e os dois se tornam amigos.
2) Micaela aparece e tenta ajudar Brás quando Satanás tranca os dois em um quarto.
3) O filho de Brás, Ferrabrás, aparece e provoca brigas com insultos a Micaela e seu pai.
O documento conta a história de Tico, um menino esperto e apaixonado por futebol que morava próximo da casa do narrador na infância. Tico passava os dias entre a escola e jogando bola com outras crianças do bairro. Ele tinha grande habilidade com a bola e liderava o time local, chamado Real Futebol Clube. Sonhava em ser jogador profissional, mas teve de abandonar esse sonho para ajudar a sustentar a família.
Este documento apresenta o resumo da primeira parte do livro "O Diário da Nossa Paixão" de Nicholas Sparks. Começa descrevendo o protagonista como um homem de 80 anos que lê diariamente um diário de apontamentos para uma mulher de idade numa casa de repouso, na esperança de que ela recorde a história de amor que viveram.
O capítulo descreve a noite de V. após se alimentar. Ele reflete sobre seu vício em controlar os outros através de sessões sadomasoquistas em seu loft, onde mantém equipamentos para tortura. Uma fêmea chega e ele planeja uma sessão dolorosa com ela, se alimentando dela ao fim.
1) Raquel acaba de se aposentar antecipadamente da empresa onde trabalhou por 30 anos devido à crise financeira da empresa. Ela enfrenta um período de angústia e vazio por não saber o que fazer com seu tempo;
2) Sua mãe adoece gravemente e fica entre a vida e morte por meses, aumentando a angústia de Raquel. Neste período ela reencontra Pedro, um amigo de longa data, e desenvolve sentimentos por ele apesar de ser casada com Jorge há muitos anos;
3) Para
Este documento apresenta a introdução e os três primeiros casos do livro "Casos do Romualdo", de João Simões Lopes Neto. A introdução descreve o propósito do livro de contar histórias populares. O primeiro caso narra a recepção misteriosa de um pacote. O segundo apresenta Romualdo se defendendo de quem duvida de suas histórias. O terceiro conta sobre as tentativas falhas de Romualdo cultivar abóboras em sua nova propriedade.
Miguel Ribeiro descreve sua rotina semanal de transportar bombas de um local para outro por 500 euros cada. Ele sente que sua vida está presa a esta rotina vazia e sem sentido, apenas continuando porque precisa do dinheiro. No caminho, ele reflete sobre a mecânica de seu corpo e mente funcionando como máquinas.
Rose está presa, acusada do assassinato da Rainha Tatiana. Seu julgamento foi
reagendado para duas semanas, o que significa que ela pode ser condenada à morte em
pouco tempo. Seu pai Abe visita para avisá-la da nova data e admite que será difícil
encontrar novas evidências que provem sua inocência antes do julgamento.
O escafandro-e-a-borboleta-jean-dominique-baubySilvana Eloisa
O filme narra a história de Jean-Dominique Bauby, um jornalista bem-sucedido, editor da revista Elle que, aos 43 anos de idade, sofreu um acidente vascular cerebral. Em conseqüência desse ataque, Jean-Do, como era chamado, desenvolveu uma síndrome rara, denominada síndrome do encarceramento, a qual deixou seu corpo totalmente paralisado. Ele só podia movimentar o olho esquerdo. A partir de então, Bauby tem de aprender a conviver naquele estado.
O estudante encontra o arrumador de livros da biblioteca morto e começa a investigar o caso. Ele descobre pistas em um livro que o levam a desvendar um esquema criminoso envolvendo seu professor de botânica, que envenenou o arrumador por ter descoberto um plano de assalto. A polícia chega a tempo de impedir mais crimes.
O autor acorda assustado com a presença da sogra morta em seu quarto, que diz ter vindo para ficar. Ele busca ajuda para se livrar do "encosto". Em outro conto, Satanás reflete sobre os problemas de ser pai e lidar com as novas ideias do filho. Por fim, uma criança é submetida a uma cirurgia difícil no hospital enquanto o pai observa à distância.
Um espírito cético que morreu há 30 anos conversa com outro espírito recentemente falecido no cemitério. Ele se lembra dos detalhes do funeral do outro espírito e critica a religião, sociedade e condições de vida no Rio de Janeiro. Apesar das tentativas do outro espírito para convencê-lo, o espírito cético permanece descrente em tudo.
Este documento apresenta um resumo de três contos de Dostoievski traduzidos para o português por Ruth Guimarães e publicados pela editora Edições de Ouro em 1970. O primeiro conto resumido é "O Subsolo", que descreve as reflexões de um homem insatisfeito consigo mesmo sobre sua vida e consciência.
Este capítulo resume a infância do autor e suas precoces experiências espirituais, incluindo a capacidade de recordar vidas passadas e ter visões durante a meditação. Ele também discute seus primeiros contatos com a religião oficial em que foi educado e conceitos espirituais comuns a diferentes tradições religiosas, como os nove céus e infernos.
O documento é um resumo de três contos de Dostoievski, incluindo "O Subsolo". O conto descreve um homem doente que vive em Petersburgo e se sente incapaz de ser bom ou mau. Ele se tortura por sua consciência aguda e deseja ser um inseto para escapar de sua mente.
O documento discute a questão da sobrevivência da alma após a morte do corpo físico. Ele apresenta o caso de uma mãe que perdeu seu filho amado e pede ajuda a Camille Flammarion para encontrar respostas sobre a vida após a morte, em busca de consolo para sua grande dor. Flammarion introduz o tema, afirmando que investigar a questão da sobrevivência da alma é importante para aliviar o sofrimento humano.
O documento contém vários poemas e textos curtos que exploram temas como saudade, passagem do tempo, amor e natureza. Os poemas usam imagens e descrições evocativas para transmitir sentimentos e reflexões sobre a vida.
I. O documento introduz a história de Sam Collins, um infectologista que acorda confuso em meio ao caos após uma ameaça biológica em seu prédio de trabalho. Ele encontra Susan Meyer, que o ajuda a escapar pulando de uma janela. II. Sam desmaia após a explosão do prédio. Ao acordar ferido, ele busca suprimentos em uma farmácia intacta pertencente à sua empresa. III. Dentro da farmácia, Susan cuida dos ferimentos de Sam.
O jornalista-entediado-lous-rondon-16-11-2013v12-arial12-margin1-letterlousrondon
O documento apresenta trechos do diário de um jornalista chamado L. Rondon. Ele expressa seu tédio e desânimo com a vida, além de relatos violentos e fantasias sobre matar e mutilar mulheres. O autor também descreve uma experiência em que paga por sexo, mas acaba estrangulando a prostituta.
O jornalista-entediado-lous-rondon-16-11-2013-arial12-margin1-letterv2lousrondon
O documento apresenta trechos do diário de um jornalista chamado L. Rondon. Ele expressa seu tédio com a vida e fantasias violentas envolvendo assassinato e estupro. Em um trecho, ele contrata os serviços de uma prostituta chamada Ana, mas fica enfadado e a estrangula. Nos capítulos seguintes, ele bebe em um bar lotado e expressa desejo de morrer para escapar de sua angústia.
Excerto do livro contos arcanos uma chance para o perdão - a estrelaFrank De Oliveira
Um homem vai ter uma leitura de tarô feita por uma cigana mais jovem. A carta da Estrela é revelada, representando o perdão e equilíbrio. A cigana explica que a carta indica que ele poderá superar culpas do passado e encontrar amor. No final, ele percebe que a cigana pode ser a pessoa que estava procurando.
1) A peça conta a história de Velho Brás, que encontra Satanás em sua casa e os dois se tornam amigos.
2) Micaela aparece e tenta ajudar Brás quando Satanás tranca os dois em um quarto.
3) O filho de Brás, Ferrabrás, aparece e provoca brigas com insultos a Micaela e seu pai.
O documento conta a história de Tico, um menino esperto e apaixonado por futebol que morava próximo da casa do narrador na infância. Tico passava os dias entre a escola e jogando bola com outras crianças do bairro. Ele tinha grande habilidade com a bola e liderava o time local, chamado Real Futebol Clube. Sonhava em ser jogador profissional, mas teve de abandonar esse sonho para ajudar a sustentar a família.
Este documento apresenta o resumo da primeira parte do livro "O Diário da Nossa Paixão" de Nicholas Sparks. Começa descrevendo o protagonista como um homem de 80 anos que lê diariamente um diário de apontamentos para uma mulher de idade numa casa de repouso, na esperança de que ela recorde a história de amor que viveram.
O capítulo descreve a noite de V. após se alimentar. Ele reflete sobre seu vício em controlar os outros através de sessões sadomasoquistas em seu loft, onde mantém equipamentos para tortura. Uma fêmea chega e ele planeja uma sessão dolorosa com ela, se alimentando dela ao fim.
1) Raquel acaba de se aposentar antecipadamente da empresa onde trabalhou por 30 anos devido à crise financeira da empresa. Ela enfrenta um período de angústia e vazio por não saber o que fazer com seu tempo;
2) Sua mãe adoece gravemente e fica entre a vida e morte por meses, aumentando a angústia de Raquel. Neste período ela reencontra Pedro, um amigo de longa data, e desenvolve sentimentos por ele apesar de ser casada com Jorge há muitos anos;
3) Para
Este documento apresenta a introdução e os três primeiros casos do livro "Casos do Romualdo", de João Simões Lopes Neto. A introdução descreve o propósito do livro de contar histórias populares. O primeiro caso narra a recepção misteriosa de um pacote. O segundo apresenta Romualdo se defendendo de quem duvida de suas histórias. O terceiro conta sobre as tentativas falhas de Romualdo cultivar abóboras em sua nova propriedade.
Miguel Ribeiro descreve sua rotina semanal de transportar bombas de um local para outro por 500 euros cada. Ele sente que sua vida está presa a esta rotina vazia e sem sentido, apenas continuando porque precisa do dinheiro. No caminho, ele reflete sobre a mecânica de seu corpo e mente funcionando como máquinas.
Rose está presa, acusada do assassinato da Rainha Tatiana. Seu julgamento foi
reagendado para duas semanas, o que significa que ela pode ser condenada à morte em
pouco tempo. Seu pai Abe visita para avisá-la da nova data e admite que será difícil
encontrar novas evidências que provem sua inocência antes do julgamento.
O escafandro-e-a-borboleta-jean-dominique-baubySilvana Eloisa
O filme narra a história de Jean-Dominique Bauby, um jornalista bem-sucedido, editor da revista Elle que, aos 43 anos de idade, sofreu um acidente vascular cerebral. Em conseqüência desse ataque, Jean-Do, como era chamado, desenvolveu uma síndrome rara, denominada síndrome do encarceramento, a qual deixou seu corpo totalmente paralisado. Ele só podia movimentar o olho esquerdo. A partir de então, Bauby tem de aprender a conviver naquele estado.
O estudante encontra o arrumador de livros da biblioteca morto e começa a investigar o caso. Ele descobre pistas em um livro que o levam a desvendar um esquema criminoso envolvendo seu professor de botânica, que envenenou o arrumador por ter descoberto um plano de assalto. A polícia chega a tempo de impedir mais crimes.
O autor acorda assustado com a presença da sogra morta em seu quarto, que diz ter vindo para ficar. Ele busca ajuda para se livrar do "encosto". Em outro conto, Satanás reflete sobre os problemas de ser pai e lidar com as novas ideias do filho. Por fim, uma criança é submetida a uma cirurgia difícil no hospital enquanto o pai observa à distância.
Um espírito cético que morreu há 30 anos conversa com outro espírito recentemente falecido no cemitério. Ele se lembra dos detalhes do funeral do outro espírito e critica a religião, sociedade e condições de vida no Rio de Janeiro. Apesar das tentativas do outro espírito para convencê-lo, o espírito cético permanece descrente em tudo.
O documento apresenta poemas e reflexões sobre temas como a noite, a loucura, os sonhos e a liberdade. Em três frases ou menos, o documento explora diferentes perspectivas sobre esses temas de forma poética e filosófica.
Três frases ou menos que fornecem as informações essenciais do documento:
O documento descreve a infância do autor, onde era muito protegido pela mãe devido a ser filho único. Seu pai era sério e não demonstrava afeto, apesar do autor tentar chamar sua atenção com atos de rebeldia. A relação com a mãe protetora e distante com o pai podem ter influenciado o desenvolvimento psicológico posterior do autor.
O documento apresenta três situações distintas: 1) A descrição detalhada da higiene pessoal de uma mulher chamada Célia; 2) A entrada de Estefânio no quarto de Célia e suas observações sobre a falta de higiene; 3) Uma reflexão sobre como todos precisam lidar com odores e sujeiras inevitáveis.
O COLETIVO ZINE É UMA AÇÃO CONJUNTA. A PROPOSTA É REUNIR DIVERSOS FANZINEIROS OU CRIADORES INDEPENDENTES E PRODUZIR UM TRABALHO COLETIVO. CADA PARTICIPANTE CONTRIBUI DA FORMA COMO PUDER, SEJA NA CRIAÇÃO, MONTAGEM, EDIÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, DIVULGAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, SEM PRECISAR ASSUMIR NENHUM COMPROMISSO. TODO O TRABALHO DEVE FLUIR DE FORMA NATURAL. O IMPORTANTE É SOMAR ESFORÇOS. E ASSIM MULTIPLICAR A DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DE CADA AUTOR E DIVIDIR O TRABALHO.
O COLETIVO ZINE É UMA AÇÃO CONJUNTA. A PROPOSTA É REUNIR DIVERSOS FANZINEIROS OU CRIADORES INDEPENDENTES E PRODUZIR UM TRABALHO COLETIVO. CADA PARTICIPANTE CONTRIBUI DA FORMA COMO PUDER, SEJA NA CRIAÇÃO, MONTAGEM, EDIÇÃO, ADMINISTRAÇÃO, DIVULGAÇÃO, DISTRIBUIÇÃO, SEM PRECISAR ASSUMIR NENHUM COMPROMISSO. TODO O TRABALHO DEVE FLUIR DE FORMA NATURAL. O IMPORTANTE É SOMAR ESFORÇOS. E ASSIM MULTIPLICAR A DIVULGAÇÃO DO TRABALHO DE CADA AUTOR E DIVIDIR O TRABALHO.
1. O prefácio critica livros anteriores sobre magia por obscurecerem o assunto e encorajarem práticas ridículas. A Bíblia Satânica pretende apresentar uma visão objetiva.
2. O livro introduz conceitos satânicos de uma perspectiva satânica verdadeira, rejeitando deuses e religiões anteriores. A era de Satã agora começa.
3. As Nove Declarações Satânicas definem os princípios do satanismo, como indulgência em vez de abstinência e existência vital em
Este documento apresenta o início da história "A Mão do Hindu", de Arthur Conan Doyle. Sir Dominick Holden, um cirurgião aposentado da Índia, confessa ao Dr. Hardacre que ele e sua esposa estão sendo perturbados por um fenômeno misterioso que ameaça destruir seus nervos. Sir Holden espera que o Dr. Hardacre, como observador psíquico, possa investigar o fenômeno sem se impressionar de forma desastrosa.
O texto descreve uma cidade triste no país de Alefbey onde a tristeza é fabricada em fábricas e enviada para o mundo. Uma pessoa chamada Xá do Blá-blá-blá é eleita para governar a cidade e tenta melhorar o humor dos cidadãos falando sem parar.
Quatro amigos decidem explorar uma floresta assombrada no Halloween. Enquanto se preparam, Rebeka tem uma visão estranha em seu espelho quebrado. Na floresta, eles começam a explorar, mas eventos macabros podem colocar fim aos seus desejos e planos.
Laura é uma órfã de 17 anos que vive em São Paulo desenhando caricaturas para sobreviver. Ela tem uma cicatriz misteriosa em seu pescoço e sonha repetidamente com uma mulher pálida e sangrenta. Uma noite, a mesma mulher aparece e revela que é uma caçadora de corações que matou a família de Laura há 12 anos atrás. Uma luta ocorre e Laura consegue matar a caçadora, mas fica sozinha e sem esperança no mundo.
Laura é uma órfã de 17 anos que vive em São Paulo desenhando caricaturas para sobreviver. Ela tem uma cicatriz misteriosa em seu pescoço e sonha repetidamente com uma mulher pálida e assustadora. Uma noite, a mesma mulher aparece e revela que é uma caçadora de corações que matou a família de Laura há 12 anos. Uma luta ocorre e Laura consegue matar a caçadora, mas fica devastada ao descobrir a verdade sobre seu passado.
A história começa com a narradora queixando-se de baratas. Uma senhora dá a ela uma receita para matá-las, que envolve açúcar, farinha e gesso. Na manhã seguinte, a narradora encontra as baratas mortas, endurecidas pela mistura, assumindo formas estranhas. Ela reflete sobre as consequências de seus atos e decide não continuar envenenando as baratas.
2. Alguns discos não necessitam de palavra alguma para defini-los. Imagine
então alguém se atrever a não só defini-los, mas também criar um enredo
sobre a magia que os discos possuem. Essa é a proposta da MOJO Books,
queacreditaquebonsdiscos,boamúsica,podemrendermaisdoqueaqueles
doces acordes que penetram na mente; podem se transformar num trabalho
literário que brinque com todos os segredos escondidos nas escalas e nas
letras.
Mojo working. Escritores oriundos dos mais diferentes lugares, com
influências e estilos únicos, aceitaram esta árdua tarefa: escolher um disco e
vertê-lo para a mais pura literatura contemporânea.
Danilo Corci
organizador
3. 3
MURDER BALLADS
JORGE ROCHA
uma história inspirada por
MURDER BALLADS
NICK CAVE & THE BAD SEEDS
SÃO PAULO, DEZEMBRO DE 2008
1a
Edição
5. 5
MURDER BALLADS
NICK CAVE & THE BAD SEEDS
lançamento: 1996
selo: MURDER records
Song of Joy
Stagger Lee
Henry Lee
Lovely creature
Where the wild roses grow
The curse of millhaven
Crow Jane
O’Malley’s Bar
Death is not the end
PLAYLIST ORIGINAL
DO ÁLBUM
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
6. MURDER BALLADS
JORGE ROCHA
Dedico este livro à Ana Elisa Ribeiro.
She leaned herself against a fence
Just for a kiss or two
And with a little pen-knife held in her hand
She plugged him through and through
– Nick Cave
7. 7
Sangre de la herida, compreende?
Estava quase terminando o expediente. Que alguém se lembre de aben-
çoar a existência do Valium, do Prozac e da benzina. Há urgência no ar. Foi
quando recebi o chamado. Mesmo sem ouvir a respiração peculiar, era fácil
saber que era ele mesmo ali. Estatelado no chão, estava o corpo do Homem
Com Um Cacto Atravessado no Coração, À Vista de Todos os Transeuntes. Na
autópsia, irão descobrir o que eu já havia deduzido: o cacto crescia de dentro
para fora. E não fora espetado nele, como se supunha até então.
Carninha desfraldada balança. Como se fossem bandeirolas de pele ace-
nando tchau. Vê? Eu não tenho buracos em minhas mãos. Assim que fechei
os olhos do Homem Com Um Cacto Atravessado no Coração, À Vista de Todos
os Transeuntes, tive uma dúvida: quem avisará as pessoas por e-mail quando
eu morrer?
Senti-me um girininho. Parte de uma família de batráquios. Batráquios.
Batra kills.
Apreendi que, para lidar com o Homem Com Um Cacto Atravessado no
Coração, À Vista de Todos os Transeuntes, era preciso deixar de lado a des-
confiança em relação aos flashbacks e quebras nas linhas da narrativa. Essa
era sua prerrogativa. Farejei esse traço de sua personalidade, como uma carta
TEM FORMA DE ARAME FARPADO
[UMA LEMBRANCINHA]
8. 8
de intenções, no exato momento em que ele cruzou a porta do meu gabinete.
Conhece aquelas histórias de feras encurraladas?
Dor de cabeça. Um ex-boxeador filipino. Abacaxi cortado ao meio. Sobras
diárias de restaurantes chiques. Codornas e saracuras. Eu estava, mentalmente,
fazendo testes de Rorschach na primeira vez em que vi o Homem Com Um Cacto
Atravessado no Coração, À Vista de Todos os Transeuntes. E estava fazendo o
mesmo enquanto olhava para aquele cadáver, enquanto as pessoas ao redor do
corpo falavam comigo. Traqueotomia. Rato esparramado num bico de Bunsen.
Sal grosso em um prato de barro, em uma encruzilhada, em plena sexta-feira.
Não que eu não estivesse prestando atenção em toda a cena. Por três vezes, pedi
licença para ir ao banheiro e escarrei plaquinhas em forma de fumo de rolo.
Assim que ele entrou em meu gabinete, pensei que o Homem Com Um
Cacto Atravessado no Coração, À Vista de Todos os Transeuntes havia errado
a porta, que se tratava de um caso médico, de uma intervenção cirúrgica com
instrumentos perfuro-cortantes de última geração, e não algo relativo ao meu
departamento e jurisdição. E meu negócio era — como ainda é, a despeito
dos meus detratores: bang! — segurança, proteção e vigilância. Apesar de ter
falhado com todas as letras nesse caso. Depois que ele se apresentou, fiz um
muxoxo e mandei:
— Estes são meus amigos, Mr. Smith e Mr. Wesson. Irmãos em armas.
A partir de então, só posso recorrer às minhas anotações. Vai perdoando,
que eu estou na enxurrada e na torrente. Chuá.
[limpando a garganta]
No colégio de padre onde ele foi criado, teve lá suas manias de rei: ensejou
9. 9
arame farpado entrelaçado. No Monte Calvário de sua cabeça. Num processo de
autofagia intelectual, determinou — sim, o termo exato é esse — que, quando a
chibata da vida-víbora repica nas costas e não há o menor cacoete masoquista,
para cada lanho, um ponto a mais na certeza e na crença da raiva e do rancor.
Mistura essa intragável e quase sólida, subindo do estômago e travando na
garganta, para depois se espalhar — espelhar? — pelo corpo todo. Evidenciei:
quem sente isso nem pensa em esboçar arrepio. Toda eletricidade convertida em
produção. A isto, incautos — porque eles existem e, ai ai, se reproduzem ... —
teimam em chamar de vivência.
[pigarro]
Vivência ... Vivência é a puta que os pariu. Agora eu sabia.
Depois de olhar durante horas para o cadáver do Homem Com Um Cacto
Atravessado no Coração, À Vista de Todos os Transeuntes, aprendi a enxergar
com o canto dos olhos com a mesma nitidez que vejo o que está bem à minha
frente. Mr. Smith e Mr. Wesson vão se recolher. Sabem que, nesta empreitada,
o melhor a fazer é ficarem caladinhos. Conhecimento é forca: nós três com-
preendemos que aquilo que fere e cansa se manifesta por diferentes formas.
Repolhos roxos. Cotovias ressecadas no asfalto. Pimentões vermelhos em
outdoors. Sim. Estou ecoando o senso de urgência. O que importa, como
diriam os filósofos — se não estivessem todos mortos agora — é a entrega.
Como se entrega. Quanto se entrega.
Isso é insanidade, isso pode ser o fim. Foi pensando justamente nisso
que tornei exemplar um modo de me identificar – para que não esqueçam de
mandar os devidos e-mails, ao menos. Com pontas de arame farpado, tatuei
10. 10
i believe in miracles no meu ombro esquerdo, enquanto o Homem Com Um
Cacto Atravessado no Coração, À Vista de Todos os Transeuntes era baixado
aos devidos palmos na terra plana. Do meu bunker passei a escutar o vento
balbuciar uma intenção nas persianas.
Aaaa ... liceee?
Quase.
11. 11
Penso em meus dentes cariados toda vez em que sou acometido por essa
intenção. Hoje eu tenho certeza de que dentes serrilhados são causados pelo
rock’n’roll. Ouié. Tamanho apuro eu obtive de um tempo em que lidava com
audiências, soundtracks e outros atos inglórios — a base de sustentação de
um homem é por demais volátil. Também aprendi a exercer fascínio e aguçar
curiosidade com a mão esquerda. Desconhecendo as letrinhas miúdas dos
sentimentos, desde essa época, eu trincava os dentes. Hoje, nada no contrato
impede que buracos quase cheguem até as gengivas, ecoando outros sons
que não os meus, dentro da minha cachola. A saber: o mantra ad nauseum
contra-indicado à tarja preta. Vá se tratar. Vá se tratar. Vááááá se traaataaar.
Conselho-ricochete de cáries suicidas, latejando e fugindo da pulsão emotiva
que anda me acometendo. Intitulei o comboio de Picárietas e tentei cuidar de
mim mesmo com samambaias.
Sem sucesso.
Isso porque, na contramão da História, estas cáries estão desejosas por
extração e fechamento de tampas de sarcófagos. Um processo sintomático,
pela própria natureza. Vá falar isso para a minha bílis enquanto marca o
compasso do meu organismo desregulado. Ardendo em febre e ressonância,
vim parar nessa rua, onde há dois consultórios: um de dentista e o outro, de
irei comer seu umbigo
[da série “canções que o crooner
dissidente fez em co-autoria”]
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um psiquiatra. Lado a lado. Na porta de um deles, um cachorro preto se deita.
Chego a cogitar que suas pulgas mandam alôs intermitentes — em código
Morse, of course — para os inquilinos dos meus caninos. Maldita hora para
atos simbólicos! Escolho uma porta e se torna impossível não notar a clássica
imagem de São Jorge Guerreiro espetando o dragão, mantida num dos cantos
da sala de espera. Um deles é um bicho mordido, que tem sua espontaneidade
sob controle. Assim como eu. Assim como eu. Um sujeitinho coordenado por
tempo regulamentado.
Em outra consulta, coração enfiado em uma churrasqueira, entrei e saí
acreditando em piração e insanidade. Reabilitado por outro tipo de terapia
— consumatum est numa primavera livresca, ahá! —, compreendo hoje que
pirando, mantenho o fogo aceso no topo e ensandecendo, posso remeter a
sendero e/ou fogo aceso contido. Tudo vem do fogo. Um pensamento — que é
dela, é claro —, sendo repetido em uníssono pelas cáries, em busca de refúgio
ou exorcismo. Percebo que o dragão palita os dentes com a lança empunhada
por São Jorge Guerreiro. Antes que um deles pisque pra mim — em cumpli-
cidade —, retiro todos os confeitos dos meus bolsos para pagar a conta. Por
antecipação. Na mesa de fórmica rodopiam chapinhas arredondadas de níquel
cinzelado — sim, eu decorei a tabela periódica dos elementos antes de ler a
Bíblia duas vezes. Antes de ler a Bíblia duas vezes.
Tem fé? Você?
A mocinha-atendente é crédula e passa recibo. Broca estrebucha. Segundo as
últimas notícias e os analistas de plantão, devo ter passado boa parte da minha
existência metido em porões. Feio. Forte. Formol. A broca vai zumbizando serra
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elétrica, enquanto eu comprovo que precisava mesmo era de anestesia. Era de
anestesia. No lugar de samambaias: alegorias. Clamores atendidos. Ahhhhhh.
Óbolo dentário: zumbido substituído nas caraminholas. Com diamantes.
Me arranco do consultório — temendo ser chamado de volta para averiguar a
tal piscadela da qual estou fugindo —, sabendo que me assemelho a uma figura
saída diretamente de uma pintura de Hyeronimus Bosch. Um sujeito-ilustração
que, acreditando ter se recuperado das britadeiras intracranianas, resolveu
bater um papinho consigo mesmo sobre redenção da alma, maniqueísmo
como esporte e otras cositas más de prateleira transcendental. Talvez com a
boca um pouco torta.
Me ensina? Como lidar com Saudade?
Estou ardendo em febre, eu sei. Febre e ressonância. Febre e ressonância.
Faço as contas e me certifico que possuo fósforo suficiente para fabricar 2.200
palitos. Quem sente isso queima ao toque. E para remediar? No coração-
almofada de alfinetes, tão furado quanto meus dentes, cogito juntar amor
incondicional ao pacote. Até então, eu afirmava que isso — sim, isso é amor;
agora eu posso dizer — era como um ovo de urubu. O que sai dali alimenta-
se de carniça desde que nasce. Um horror. Um câncer a ser extirpado do seio
da sociedade. Daí o surgimento das cáries. Uma limusine branca passa bem
devagar e elimina qualquer vestígio de brocas.
Musiquinha, musiquinha. Sentencia um trecho:
///agora é aposta & gosto///
Minha voz grave e melancólica — ao fundo, um piano poltergeist acompanha
o tom – quebra as casquinhas do tal ovo de urubu. E me certifico de que não
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há nenhuma imagem de São Jorge Guerreiro pelas redondezas. Arregalo os
olhos, em mira, além do horizonte, além da praça, além do verde. Apuro que
se trata da música-tema de meu armagedom intimista: quando começarão a
me atazanar as sete últimas pragas? Uma é indelével, eu sei. Cismei que estou
sendo perseguido pelo fantasma cantante e fumegante de Serge Gainsbourg
— dá até para sentir o Gitanes de longe.
Santifica meu amor, pessoinha? Anda de mãos dadas comigo?
Atraído pela balbúrdia de física quântica, um urubu sobrevoa a limusine,
carregando ainda algumas cascas de ovo em seu corpo. Num vôo rasante, evo-
cando ipiaiê ipiaiô, me ataca com um beijo na boca. Eu sou a carniça. A curra
pela imagem. Caio no chão, em desespero dúbio de cárie agulhada, e a limusine
branca passa por cima de mim, tornando-me assim.
Cinza.
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Com a roupa do corpo, solto na estrada. Não mais a limusine branca. Um
Chevette 77 é meu pastor. A estrada como guia. Antena vergada numa só dire-
ção, mesmo nas curvas. Estática anda comigo. Meu nome está na farpa fincada
no dedo e na cicatriz que lembra a batalha travada. Conversão: antes vigilância
e proteção; agora homem de mídia e matador. Um homem com uma missão. E,
por executá-la como quem concebe obras de arte, procurado.
Eu poderia não ter nascido na década de 70.
Talvez nem mesmo Mellita, a estudante de Latim. Eu a havia convencido
a se sentar no banco do carona usando uma tática simples: um bem aplicado
puxão de cabelos — como rédeas; um ensaio para fazê-la de ponygirl. Eficácia.
Rodamos, enquanto eu aplicava nela pequenas doses de um método sossega-
leão — nesse momento, ao me lembrar, automaticamente coloco a mão na
fivela em alto-relevo catracada no cinto; um ornamento que convence, sendo
bem utilizado. Rodamos. Modificando a paisagem enquanto cruzávamos: no
porta-luvas, perto das gaitas, uma caixinha de prata guarda três línguas.
Manja aquelas histórias de feras encurraladas?
No quinto dia, paramos em um posto de gasolina. Foi quando eu rezei para
São Abdul, o protetor dos dias obscuros. Mellita, já no terceiro dia, dava claros
sinais de que se entendera com sua atual situação — nenhum traço de civilidade
ou adaptação, na verdade; mas não era isso que eu queria? Percepção requer
NÃO FALARÁS!
[SAMPLE GRAND GUIGNOL INTERCEPTADO]
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cumplicidade. Isso eu chamo de entroncamento. Uma música de Francisco F e
as Idéias Perigosas em falta de sintonia: o rádio do carro chia com a estática.
Desço do carro e olho em volta. Paisagens. E escapes.
É com isso que eu lido. Por isso, precisamos parar. Para remodelar. Preciso
absorver: sociopatia, politicagem e — ah, sim — cultura. Por isso, entro nesse
bar — marcado no meu mapa como ponto de caminhoneiros. Enquanto faço
os pedidos e me entupo com as proposições, modelos e imagens mentais
que o local faz circular, rabisco minhas iniciais no balcão. Sou o inverso do
nexo: disse isso para Mellita, depois que ela decretou que eu sempre falo
em paisagens. O rádio vibra e meus olhos se viram para cima. E para dentro.
Talento de quem faz parte de uma espécie em extinção: híbrido. Aprendi a
enxergar com o canto dos olhos. A zoeira radiofônica interfere.
///estática///
When the air was full of such promises
I looked into Life’s hard concrete rules
estática
Descobri-me como algo fantástico numa mesa de bar. Disseram uma vez
que este tipo de descoberta é feita ao acaso, sem o menor indício de busca.
Antes disso, eu rezava, chiando: para que meus inimigos tenham pernas e não
me alcancem. Agora, nesse ponto, penso em amputação e morfina; e peço, em
oração, a desgraça como fonte de inspiração para modificar a paisagem. Uma
musa que me sopre convencimento nos ouvidos. Daqui de dentro, é possível
perceber que Mellita ainda não conseguiu achar a sintonia desse rádio.
///estática///
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Don´t know if I looked into her eyes
But I can fell when the sun is shinning
estática
Mensagens superpostas assim, em histeria radiofônica, fazem meus dentes
tremer. Saio da lanchonete, disposto a dar uns puxões no cabelo de Mellita.
Coloco as mãos no cinto e me lembro. A fivela em alto-relevo catracada no
cinto deixou marcas na pele de Mellita. Marcas que ficaram roxas em menos
de cinco minutos. Manipular é um termo visto como essencialmente ruim — o
que é um engano. O estalo que faz quando bate naquele couro liso alimenta
meu interesse em saber o que há por trás das mensagens. Os ruídos. Os ruídos.
Os ruídos. Quando começo a depurá-los, um velho comete uma interferência no
meu caminho. Todos os dentes à mostra; nenhuma cárie, nenhuma obturação,
nada de tártaro. Mordendo uma pilha.
Dááá din-eeeeiruuu, moço.
Mellita sai do carro, sem acertar a transmissão, e remexe os olhos para
nós dois: o velho com todos os dentes e eu, com as mãos na fivela do cinto. Um
duelo: a estática emulando the good, the bad, the ugly. As regras do inimigo são
bem claras. Pensei logo na minha coleção estalada na caixinha de prata.
Dááá din-eeeeiruuu, moço.
Meus olhos. Para cima. E para dentro. Os melhores modos de expressão que
o homem descobriu dizem respeito a lanhos, rasgos e bifurcações. Particular-
mente, não vejo necessidade de uma língua numa boca que masca uma pilha
gasta — sou um esteta; certos vícios não se perdem. O mais sensato a fazer é
mesmo navalhá-la e com ela escrever o novo mandamento.
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Não Falarás!
Mellita estala os dedos e
sussurra bem dentro do meu ouvido:
sola lingua bona est lingua mortua.
Aperto minhas mãos naquela cabeça branca de dentes perfeitos; vão dos
dedos como frestas de máscara de ferro — para a entrada de ácaros e partículas
de poeiras que rodopiam no ar. Combustão espontânea: a 1.400 graus Celsius.
Faço pressão que vai chegando aos 55.000 quilobares. O velho com todos os
dentes sai do ar, com a boca arreganhada: sintonia fina. Enquanto rasgo, com a
navalha que trago sempre na bota, o tecido que mantinha aquela língua ligada
à boca de lábios leporinos, meus olhos se voltam para fora e para baixo, admi-
rando a obra. Língua: a puta-que-manda. Segundo me disse João F dia desses,
cravado de raiva, respeito e razão.
Dááá din-eeeeiruuu, moço.
O gargarejo abafado se confunde com o pecado não-confessado ao padre.
Três passos atrás de mim, um tom de voz que eu conheço bem estala e estrila
e estanca:
Recedite, plebe!
Quanta raiva tem Mellita.
A língua pendurada entre meus dedos: um talismã a mais na coleção.
Um rosto roxo salpicado de futuros coágulos no chão. A estática do maldito
rádio.
///estática///
Memories like corpses and bourbon
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And there’s no more a grinning man
Looking to me inside that mirror
estática
A busca de olhos pelas frestas da humanidade. A língua macilenta e roxa rola
da minha mão para o bolso da calça. Mellita me disse uma vez, quando saímos
em disparada no Chevette 77: “é a minha forma de reagir a estas paisagens. Ver
o que há por detrás das mensagens.” Do ruído. Do ruído. Do ruído.
Habetis bona deum:
Mellita me encara nos olhos e dispara diferentes níveis de tradução.
Sabe aonde chega? Aos intestinos. Aos intestinos. É nos intestinos que faço
meu bunker. Desejando a vertigem contagiosa abaixo da terra. No que acabo
sendo prontamente atendido. Por um grupo de caminhoneiros que se deixou
constituir minha audiência privilegiada. Minha cara estampada nas retinas. Mi-
nha obra: ao vivo e a cores. Transmissão em tempo real — eu consegui. Depois
que descobrem meu nome rabiscado no balcão, aproveitam o ensejo para me
cartografar na agonia, sacando suas armas. Novamente recorro a João F: a di-
versidade é tamanha que só de pensar me dá náusea. Há uma recompensa pelo
meu escalpo. Estou em Barcelona. Estouro em Nova York. Estanco no Brasil.
O ruído. O ruído. O ruído.
Meu nome é Shane.
Eu levei um tiro.