O documento discute a questão complexa do cânone bíblico, especialmente do Antigo Testamento, e porque os cristãos não conseguem concordar sobre sua extensão. Apresenta também as seções e matérias que serão abordadas na edição, como mensagens, adoração, vida em família, serviço social e igrejas pelo mundo.
O documento descreve um festival de evangelismo chamado Festival de Esperança que será realizado em Belo Horizonte. O festival ocorrerá por quatro noites e contará com shows musicais e pregações do evangelista Franklin Graham com o objetivo de alcançar não cristãos e fortalecer a unidade entre igrejas. O texto convida os leitores a participarem orando e apoiando o evento.
Informativo das CEBs - agosto 2010 Mês vocacionalBernadetecebs .
O documento apresenta informações sobre o encerramento do 1o Sínodo Diocesano da Diocese de São José dos Campos, que teve como objetivo refletir sobre a missão evangelizadora na diocese. Também discute a importância da família como base da sociedade e Igreja, e anuncia a 16a Romaria da Pastoral da Juventude do Estado de São Paulo.
1) O documento discute como viver a Quaresma de 2013, enfatizando a reconciliação, jejum, oração e esmola.
2) Apresenta a Campanha da Fraternidade de 2013, que terá como tema "Fraternidade e Juventude".
3) Traz uma mensagem de Dom Pedro Brito aos Institutos Seculares, destacando a importância da vida consagrada secular.
O documento discute a espiritualidade cristã e o acolhimento na Igreja. No resumo:
1) A espiritualidade cristã tem Cristo como seu centro, não crendices ou superstições.
2) Na Igreja, devemos acolher uns aos outros como Cristo nos acolheu, cobrindo nossos pecados com seu amor.
3) A Igreja deve continuar a obra de Cristo, buscando e salvando os perdidos, desprezados e humildes.
1) O documento discute os desafios enfrentados pela Igreja Católica hoje em dia, incluindo novas formas de comunicação e a necessidade de se adaptar às mudanças culturais.
2) É sugerido que a Igreja foque em comunicar uma mensagem de esperança baseada nos pilares da dignidade humana, bem comum, subsidiariedade e solidariedade.
3) Novas tecnologias como redes sociais são identificadas como desafios e oportunidades para a Igreja compartilhar sua fé de forma aut
[1] O documento discute a importância da juventude e da missionariedade na Igreja. [2] Pede que os jovens se unam na Campanha da Fraternidade de 2013 para acolher os necessitados com palavras e alimentos. [3] Destaca o mês de outubro como mês das missões para compartilhar a fé com todos.
Este documento fornece informações sobre a publicação "Balada da União", órgão oficial da Associação de Jovens Cristãos CONVÍVIOS-FRATERNOS. A publicação é bimestral e tem como objetivo apoiar jovens em situação de risco através de formação cultural, humana, cívica, religiosa e profissional. O documento também lista várias visitas de estudo planejadas pela organização para jovens de diferentes dioceses.
[1] O documento é um informativo das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) que discute o significado da Quaresma e da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010. [2] Pede que a Quaresma seja vivida não apenas em dimensões individuais, mas também sociais, promovendo uma conversão para maior fraternidade e solidariedade. [3] O tema da Campanha da Fraternidade, economia, desafia a sociedade e a Igreja a refletirem sobre como servir a Deus, e não ao dinhe
O documento descreve um festival de evangelismo chamado Festival de Esperança que será realizado em Belo Horizonte. O festival ocorrerá por quatro noites e contará com shows musicais e pregações do evangelista Franklin Graham com o objetivo de alcançar não cristãos e fortalecer a unidade entre igrejas. O texto convida os leitores a participarem orando e apoiando o evento.
Informativo das CEBs - agosto 2010 Mês vocacionalBernadetecebs .
O documento apresenta informações sobre o encerramento do 1o Sínodo Diocesano da Diocese de São José dos Campos, que teve como objetivo refletir sobre a missão evangelizadora na diocese. Também discute a importância da família como base da sociedade e Igreja, e anuncia a 16a Romaria da Pastoral da Juventude do Estado de São Paulo.
1) O documento discute como viver a Quaresma de 2013, enfatizando a reconciliação, jejum, oração e esmola.
2) Apresenta a Campanha da Fraternidade de 2013, que terá como tema "Fraternidade e Juventude".
3) Traz uma mensagem de Dom Pedro Brito aos Institutos Seculares, destacando a importância da vida consagrada secular.
O documento discute a espiritualidade cristã e o acolhimento na Igreja. No resumo:
1) A espiritualidade cristã tem Cristo como seu centro, não crendices ou superstições.
2) Na Igreja, devemos acolher uns aos outros como Cristo nos acolheu, cobrindo nossos pecados com seu amor.
3) A Igreja deve continuar a obra de Cristo, buscando e salvando os perdidos, desprezados e humildes.
1) O documento discute os desafios enfrentados pela Igreja Católica hoje em dia, incluindo novas formas de comunicação e a necessidade de se adaptar às mudanças culturais.
2) É sugerido que a Igreja foque em comunicar uma mensagem de esperança baseada nos pilares da dignidade humana, bem comum, subsidiariedade e solidariedade.
3) Novas tecnologias como redes sociais são identificadas como desafios e oportunidades para a Igreja compartilhar sua fé de forma aut
[1] O documento discute a importância da juventude e da missionariedade na Igreja. [2] Pede que os jovens se unam na Campanha da Fraternidade de 2013 para acolher os necessitados com palavras e alimentos. [3] Destaca o mês de outubro como mês das missões para compartilhar a fé com todos.
Este documento fornece informações sobre a publicação "Balada da União", órgão oficial da Associação de Jovens Cristãos CONVÍVIOS-FRATERNOS. A publicação é bimestral e tem como objetivo apoiar jovens em situação de risco através de formação cultural, humana, cívica, religiosa e profissional. O documento também lista várias visitas de estudo planejadas pela organização para jovens de diferentes dioceses.
[1] O documento é um informativo das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) que discute o significado da Quaresma e da Campanha da Fraternidade Ecumênica de 2010. [2] Pede que a Quaresma seja vivida não apenas em dimensões individuais, mas também sociais, promovendo uma conversão para maior fraternidade e solidariedade. [3] O tema da Campanha da Fraternidade, economia, desafia a sociedade e a Igreja a refletirem sobre como servir a Deus, e não ao dinhe
O documento discute a importância da participação consciente dos cristãos no processo eleitoral. Em 3 frases:
1) Explica que os votos para vereador não elegem diretamente os candidatos, mas somam para definir as vagas dos partidos.
2) Defende a importância de conhecer os demais candidatos do partido escolhido para evitar distorções no sistema representativo.
3) Reflete sobre como a politicagem pode usar falsos candidatos para alavancar políticos, prejudicando a comunidade local.
1) O documento discute a importância da comunicação pastoral e a necessidade de se estruturar uma Pastoral da Comunicação na paróquia.
2) Será realizado no dia 25 de agosto o 1o Encontro Paroquial de Comunicação para pensar em como melhorar a comunicação entre as pastorais, equipes e a comunidade.
3) O texto também lista os horários das missas, serviços, liturgias e demais atividades na paróquia.
Este documento é uma mensagem pastoral do pastor Bruno Martins para a Igreja Metodista em Caldas Novas. Ele reflete sobre aproveitar o tempo de forma significativa e viver de acordo com os propósitos de Deus. O pastor também convida os leitores a refletirem sobre como têm vivido e experimentado a Deus nos últimos meses.
Informativo das CEBs - Diocese de São José dos Campos - SPBernadetecebs .
O documento fornece informações sobre as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Diocese de São José dos Campos. Em 3 frases:
1) Apresenta as atividades e eventos realizados pelas CEBs, incluindo uma romaria, baile anual e formação para animadores.
2) Discute a espiritualidade das CEBs baseada na reflexão bíblica e no seguimento de Jesus, com ênfase na inserção no mundo e compromisso com os pobres.
3) Fornece depoimentos sobre uma romaria recente
Jornal das CEBs - Diocese de São José dos Campos - SP - novembro de 2011Bernadetecebs .
Este documento fornece informações sobre uma reunião de lideranças eclesiásticas regionais no Brasil. Ele discute a identidade das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), a importância da Palavra de Deus, e formas de promover a evangelização.
1) O documento resume a revista "Faço Parte" da Rede Catedral de Comunicação Católica da Arquidiocese de Belo Horizonte.
2) A revista celebra os 55 anos da Rádio América e apresenta histórias de apresentadores como Rosemar de Oliveira.
3) Também destaca o trabalho da recepcionista Patrícia Suarez na Rádio Cultura e o poder da fotografia no Jornal de Opinião.
O documento resume as atividades e objetivos do Movimento das Equipes de Nossa Senhora na região de Goiás Centro, Brasil. Em três frases:
1) O movimento busca formar casais cristãos através de encontros, oração e estudo bíblico para fortalecer a fé conjugal e familiar.
2) O tema de estudos de 2011 é a "Formação para amar e servir como Jesus" para tornar as comunidades mais atuantes.
3) A região de Goiás Centro está organizada em equipes locais e
Este boletim da Igreja Pentecostal Assembleia de Deus anuncia:
1) Atividades para jovens como teste bíblico, dia de atividades e culto dos talentos nos dias 07, 21 e 29 de julho.
2) Sermão sobre o relativismo e a igreja cristã no dia 21 de julho.
3) Escola bíblica de férias para crianças de 12 a 14 de julho.
O documento discute a necessidade de renovação da paróquia diante dos desafios atuais, propondo o modelo de "Comunidade de Comunidades" onde pequenos grupos se unem em torno da Palavra de Deus. A perspectiva bíblica mostra Jesus estabelecendo uma nova comunidade baseada no Reino de Deus. Transformar as estruturas paroquiais é necessário para transmitir a fé em novas linguagens aos desafios do contexto atual.
Este boletim trimestral fornece informações sobre as Equipes de Nossa Senhora na região de Goiás Centro, Brasil. O documento discute o Encontro Anual dos Casais Responsáveis realizado em fevereiro de 2013 e seu foco na espiritualidade conjugal. Também fornece o tema de estudo para 2013 sobre o caminho da vida espiritual em casal e artigos sobre a importância da fé familiar.
O documento discute a importância de alcançar povos não evangelizados, destacando que 19% da população mundial ainda não ouviu o evangelho. Menciona que muitos povos indígenas brasileiros não têm a Bíblia traduzida ou presença missionária, e que igrejas brasileiras estão adotando povos para evangelizá-los. Também anuncia campanhas da Igreja Metodista Livre de Rio Casca para arrecadação de fundos e oração.
O documento discute a importância das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) na divulgação da Bíblia Sagrada e na evangelização. Ele também aborda a formação de animadores das CEBs, destacando a importância da Palavra de Deus e da leitura bíblica comunitária. Por fim, anuncia eventos e atividades futuras relacionadas às CEBs.
O documento resume:
1) A igreja realizou uma Tarde Feliz para as crianças com bons resultados;
2) Um retiro de casais será realizado em dezembro com preletores convidados;
3) Uma profecia sobre o fim do mundo não se concretizou causando frustração.
1) A Fraternitas realizou seu 34o Encontro Nacional em Fátima para discutir o futuro do movimento e a Igreja que querem construir.
2) Participaram 38 pessoas no encontro onde discutiram estratégias regionais e elegeram um novo assistente espiritual, bispo D. Jacinto Botelho.
3) Membros refletiram sobre como manter a Fraternitas viva e relevante nos próximos 20 anos desde sua fundação.
O documento discute a conversão pastoral necessária para as paróquias diante dos novos contextos sociais e religiosos. Apresenta os desafios atuais como o secularismo, individualismo e pluralismo religioso. Defende que as paróquias devem se renovar para se tornarem mais acolhedoras, missionárias e centradas na Palavra de Deus, inspirando-se no modelo das primeiras comunidades cristãs.
1) O documento discute a necessidade de conversão pastoral nas paróquias para que se tornem verdadeiras comunidades de discípulos. 2) É preciso revisar a formação de pequenas comunidades, os ministérios ordenados e leigos, e ampliar a acolhida. 3) A conversão exige voltar às fontes bíblicas, celebrar melhor a liturgia, e fazer da paróquia um lugar de caridade que acolha a todos.
O documento relata sobre a formatura de um curso de auxiliar de escritório promovido pelo SENAC, com a presença de 26 formandos, responsáveis pelo SENAC e assistentes sociais. Também menciona a programação de cultos e atividades da Igreja Metodista do Matão, como o culto das crianças e reunião com a liderança dos grupos caseiros.
Este documento é uma edição do mês de setembro de 2010 da revista Mensageiro Luterano. Ele discute a dupla cidadania dos cristãos como cidadãos terrenos e celestes, e convida os leitores a participar ativamente nas eleições de outubro. O documento também anuncia o 2o Fórum de Ação Social da AESI em Toledo.
1) O documento discute a entrevista com João Wilson Faustini, pioneiro da música sacra evangélica no Brasil, por ocasião do Dia do Músico Evangélico.
2) Faustini estudou música no Brasil e nos EUA, onde se formou em regência coral e composição. Ele compôs e traduziu diversos hinos para o português.
3) Na entrevista, Faustini descreve seus estudos musicais e experiências como regente coral e organista no Brasil e nos EUA, além de discut
O documento resume:
1) A IELB celebra o mês de junho para dar ênfase à evangelização.
2) O artigo de capa discute o que é a verdadeira Igreja Cristã de acordo com a Bíblia e a Confissão de Augsburgo.
3) O encarte traz notícias sobre as atividades das congregações, departamentos e membros da IELB pelo Brasil.
O documento discute a importância de se comer para a sobrevivência humana. Comer é um direito básico de todo ser humano, pois sem comida não há vida. Além disso, tanto os que não creem na Bíblia quanto os cristãos reconhecem que os alimentos são dádivas da natureza ou de Deus, respectivamente, para que as pessoas possam viver de forma abundante.
Este documento discute três temas principais:
1) A Reforma liderada por Lutero que se sustentou na pregação da Palavra de Deus.
2) Artigos sobre educação em diferentes contextos como família, escola e igreja.
3) Um depoimento sobre a fé de uma criança que faleceu e agora está com Deus.
O documento discute a importância da participação consciente dos cristãos no processo eleitoral. Em 3 frases:
1) Explica que os votos para vereador não elegem diretamente os candidatos, mas somam para definir as vagas dos partidos.
2) Defende a importância de conhecer os demais candidatos do partido escolhido para evitar distorções no sistema representativo.
3) Reflete sobre como a politicagem pode usar falsos candidatos para alavancar políticos, prejudicando a comunidade local.
1) O documento discute a importância da comunicação pastoral e a necessidade de se estruturar uma Pastoral da Comunicação na paróquia.
2) Será realizado no dia 25 de agosto o 1o Encontro Paroquial de Comunicação para pensar em como melhorar a comunicação entre as pastorais, equipes e a comunidade.
3) O texto também lista os horários das missas, serviços, liturgias e demais atividades na paróquia.
Este documento é uma mensagem pastoral do pastor Bruno Martins para a Igreja Metodista em Caldas Novas. Ele reflete sobre aproveitar o tempo de forma significativa e viver de acordo com os propósitos de Deus. O pastor também convida os leitores a refletirem sobre como têm vivido e experimentado a Deus nos últimos meses.
Informativo das CEBs - Diocese de São José dos Campos - SPBernadetecebs .
O documento fornece informações sobre as Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) da Diocese de São José dos Campos. Em 3 frases:
1) Apresenta as atividades e eventos realizados pelas CEBs, incluindo uma romaria, baile anual e formação para animadores.
2) Discute a espiritualidade das CEBs baseada na reflexão bíblica e no seguimento de Jesus, com ênfase na inserção no mundo e compromisso com os pobres.
3) Fornece depoimentos sobre uma romaria recente
Jornal das CEBs - Diocese de São José dos Campos - SP - novembro de 2011Bernadetecebs .
Este documento fornece informações sobre uma reunião de lideranças eclesiásticas regionais no Brasil. Ele discute a identidade das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), a importância da Palavra de Deus, e formas de promover a evangelização.
1) O documento resume a revista "Faço Parte" da Rede Catedral de Comunicação Católica da Arquidiocese de Belo Horizonte.
2) A revista celebra os 55 anos da Rádio América e apresenta histórias de apresentadores como Rosemar de Oliveira.
3) Também destaca o trabalho da recepcionista Patrícia Suarez na Rádio Cultura e o poder da fotografia no Jornal de Opinião.
O documento resume as atividades e objetivos do Movimento das Equipes de Nossa Senhora na região de Goiás Centro, Brasil. Em três frases:
1) O movimento busca formar casais cristãos através de encontros, oração e estudo bíblico para fortalecer a fé conjugal e familiar.
2) O tema de estudos de 2011 é a "Formação para amar e servir como Jesus" para tornar as comunidades mais atuantes.
3) A região de Goiás Centro está organizada em equipes locais e
Este boletim da Igreja Pentecostal Assembleia de Deus anuncia:
1) Atividades para jovens como teste bíblico, dia de atividades e culto dos talentos nos dias 07, 21 e 29 de julho.
2) Sermão sobre o relativismo e a igreja cristã no dia 21 de julho.
3) Escola bíblica de férias para crianças de 12 a 14 de julho.
O documento discute a necessidade de renovação da paróquia diante dos desafios atuais, propondo o modelo de "Comunidade de Comunidades" onde pequenos grupos se unem em torno da Palavra de Deus. A perspectiva bíblica mostra Jesus estabelecendo uma nova comunidade baseada no Reino de Deus. Transformar as estruturas paroquiais é necessário para transmitir a fé em novas linguagens aos desafios do contexto atual.
Este boletim trimestral fornece informações sobre as Equipes de Nossa Senhora na região de Goiás Centro, Brasil. O documento discute o Encontro Anual dos Casais Responsáveis realizado em fevereiro de 2013 e seu foco na espiritualidade conjugal. Também fornece o tema de estudo para 2013 sobre o caminho da vida espiritual em casal e artigos sobre a importância da fé familiar.
O documento discute a importância de alcançar povos não evangelizados, destacando que 19% da população mundial ainda não ouviu o evangelho. Menciona que muitos povos indígenas brasileiros não têm a Bíblia traduzida ou presença missionária, e que igrejas brasileiras estão adotando povos para evangelizá-los. Também anuncia campanhas da Igreja Metodista Livre de Rio Casca para arrecadação de fundos e oração.
O documento discute a importância das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs) na divulgação da Bíblia Sagrada e na evangelização. Ele também aborda a formação de animadores das CEBs, destacando a importância da Palavra de Deus e da leitura bíblica comunitária. Por fim, anuncia eventos e atividades futuras relacionadas às CEBs.
O documento resume:
1) A igreja realizou uma Tarde Feliz para as crianças com bons resultados;
2) Um retiro de casais será realizado em dezembro com preletores convidados;
3) Uma profecia sobre o fim do mundo não se concretizou causando frustração.
1) A Fraternitas realizou seu 34o Encontro Nacional em Fátima para discutir o futuro do movimento e a Igreja que querem construir.
2) Participaram 38 pessoas no encontro onde discutiram estratégias regionais e elegeram um novo assistente espiritual, bispo D. Jacinto Botelho.
3) Membros refletiram sobre como manter a Fraternitas viva e relevante nos próximos 20 anos desde sua fundação.
O documento discute a conversão pastoral necessária para as paróquias diante dos novos contextos sociais e religiosos. Apresenta os desafios atuais como o secularismo, individualismo e pluralismo religioso. Defende que as paróquias devem se renovar para se tornarem mais acolhedoras, missionárias e centradas na Palavra de Deus, inspirando-se no modelo das primeiras comunidades cristãs.
1) O documento discute a necessidade de conversão pastoral nas paróquias para que se tornem verdadeiras comunidades de discípulos. 2) É preciso revisar a formação de pequenas comunidades, os ministérios ordenados e leigos, e ampliar a acolhida. 3) A conversão exige voltar às fontes bíblicas, celebrar melhor a liturgia, e fazer da paróquia um lugar de caridade que acolha a todos.
O documento relata sobre a formatura de um curso de auxiliar de escritório promovido pelo SENAC, com a presença de 26 formandos, responsáveis pelo SENAC e assistentes sociais. Também menciona a programação de cultos e atividades da Igreja Metodista do Matão, como o culto das crianças e reunião com a liderança dos grupos caseiros.
Este documento é uma edição do mês de setembro de 2010 da revista Mensageiro Luterano. Ele discute a dupla cidadania dos cristãos como cidadãos terrenos e celestes, e convida os leitores a participar ativamente nas eleições de outubro. O documento também anuncia o 2o Fórum de Ação Social da AESI em Toledo.
1) O documento discute a entrevista com João Wilson Faustini, pioneiro da música sacra evangélica no Brasil, por ocasião do Dia do Músico Evangélico.
2) Faustini estudou música no Brasil e nos EUA, onde se formou em regência coral e composição. Ele compôs e traduziu diversos hinos para o português.
3) Na entrevista, Faustini descreve seus estudos musicais e experiências como regente coral e organista no Brasil e nos EUA, além de discut
O documento resume:
1) A IELB celebra o mês de junho para dar ênfase à evangelização.
2) O artigo de capa discute o que é a verdadeira Igreja Cristã de acordo com a Bíblia e a Confissão de Augsburgo.
3) O encarte traz notícias sobre as atividades das congregações, departamentos e membros da IELB pelo Brasil.
O documento discute a importância de se comer para a sobrevivência humana. Comer é um direito básico de todo ser humano, pois sem comida não há vida. Além disso, tanto os que não creem na Bíblia quanto os cristãos reconhecem que os alimentos são dádivas da natureza ou de Deus, respectivamente, para que as pessoas possam viver de forma abundante.
Este documento discute três temas principais:
1) A Reforma liderada por Lutero que se sustentou na pregação da Palavra de Deus.
2) Artigos sobre educação em diferentes contextos como família, escola e igreja.
3) Um depoimento sobre a fé de uma criança que faleceu e agora está com Deus.
O documento é uma edição do Mensageiro Luterano, órgão oficial da Igreja Evangélica Luterana do Brasil (IELB). O conteúdo inclui uma mensagem do presidente da IELB, compartilhando experiências de vida com Deus, incluindo visitas a cultos e paróquias. Há também artigos sobre alienação parental, comportamento cristão, fé e tecnologia e ações sociais da IELB.
Este documento é uma edição do Mensageiro Luterano de abril de 2011. Contém artigos sobre a ressurreição de Cristo, inclusão de pessoas com necessidades especiais, perdão, casamento, falta de pastores e acolhimento na Igreja. O editorial enfatiza que a ressurreição confirma as promessas de Deus e dá sentido à vida dos cristãos.
O documento discute vários aspectos relacionados à morte, incluindo:
1) As cinco etapas comuns que as pessoas passam ao lidar com a morte própria ou de entes queridos (negação, raiva, negociação, depressão, aceitação);
2) Como ajudar pessoas nas diferentes etapas do luto;
3) Experiências de quase-morte e a percepção ampliada de si mesmo que algumas pessoas relatam nessas situações.
O documento discute as semelhanças entre os símbolos de Martinho Lutero e os Rosacruzes e a possibilidade de influência mútua entre seus pensamentos. Apesar das diferenças nos símbolos, ambos enfatizam a cruz e a rosa mística. Isso levanta questões sobre as ligações entre Lutero e os Rosacruzes e suas ideias semelhantes de contestar o dogmatismo da Igreja Católica na época.
1) O documento discute como viver a Quaresma de 2013, enfatizando a reconciliação, jejum, oração e esmola.
2) Apresenta a Campanha da Fraternidade de 2013, que terá como tema "Fraternidade e Juventude".
3) Traz uma mensagem de Dom Pedro Brito aos Institutos Seculares, destacando a importância da vida consagrada secular.
Catequese e Liturgia na Iniciação CristãSergio Cabral
Este capítulo discute a importância da Iniciação Cristã e como ela foi compreendida e vivida na Igreja primitiva. Explica que a Iniciação Cristã é um processo que envolve separação, noviciado e incorporação, com o uso de ritos e símbolos para revelar significados espirituais. Finalmente, defende a necessidade de resgatar o método catecumenal dos primeiros séculos, com ênfase na catequese mistagógica, para que a formação da fé ocorra de forma mais profunda hoje.
Ao celebrarmos os 500 anos da Reforma Protestante, incluímos duas lições comemorativas nesta revista e percebemos que um dos grandes legados da Reforma é a afirmação de que a Igreja como uma comunidade, pertence a todos os membros, e não só a uma classe exclusiva de sacerdotes. O sacerdócio é de todos.
O documento fala sobre a Quaresma como um tempo de reconciliação com Deus e com os outros. A circular da CNIS (Conferência Nacional dos Institutos Seculares no Brasil) convida os jovens a responderem "Eis-me aqui, envia-me!" ao chamado de Deus e destaca a importância da oração pelas vocações. A assembleia anual da CNIS ocorrerá em novembro em Atibaia para atualizar os estatutos e eleger o novo conselho.
Apresentação sobre "Evangelização e Devoção Mariana", no X Congresso Mariológico de Aparecida. Análise dos elementos positivos e limites da devoção mariana.
O documento anuncia diversas atividades para jovens de uma igreja evangélica, incluindo uma gincana bíblica, um sábado com atividades especiais e um culto de talentos. Ele também discute os perigos do relativismo e como a igreja deve se posicionar diante dessa ideologia.
O documento discute a importância dos grupos bíblicos em família como uma forma de evangelização e presença da Igreja nas casas. Ele descreve os grupos bíblicos como um meio de valorizar a vida e a dignidade humana, promovendo a solidariedade e o testemunho cristão. O texto também explica como esses grupos ajudam as pessoas a descobrirem seus dons e a colocá-los a serviço da comunidade, seguindo o modelo das primeiras comunidades cristãs.
Lição 13 - A Igreja do Século 21 - EBD Jovens - 3 Trimestre 2015 - CPADboasnovassena
O documento descreve as características da Igreja do primeiro século como sendo comunitária, carismática e dirigida pelo Espírito Santo através de homens de Deus. Também discute os desafios da Igreja do século 21 como manter a essência, fortalecer a educação cristã e não negociar a identidade bíblica.
Este capítulo discute a necessidade da multiplicação de discípulos. A Palavra de Deus crescia e se multiplicava em Jerusalém à medida que mais pessoas se tornavam discípulos. Muitos pastores enfrentam o desafio de treinar obreiros à medida que suas igrejas crescem rapidamente. É necessário treinar os novos convertidos para que se tornem discípulos e, posteriormente, obreiros, de modo a apoiar o crescimento saudável da igreja.
Jv cat (TEMA: “Do Catecismo da Igreja católica aos Catecismos Nacionais”)Paroquia Cucujaes
1) O documento discute a importância dos catecismos na catequese e como os novos catecismos nacionais foram elaborados para propor um modelo renovado de catequese.
2) Os novos catecismos visam oferecer uma iniciação cristã exigente e atrativa que ajude as crianças a se converterem para Deus através de experiências religiosas estruturantes.
3) A catequese deve envolver os pais, partir da comunidade cristã e contar com catequistas dedicados e formados.
1) O documento discute a identidade e finalidade das Comunidades Eclesiais de Base (CEBs), destacando a centralidade da Palavra de Deus e o compromisso sócio-transformador das CEBs.
2) A formação de animadores é abordada, com foco nos quatro elementos estruturais das CEBs: a leitura bíblica, a celebração semanal, o conselho pastoral comunitário e o compromisso sócio-transformador.
3) A dimensão carismática das CEBs é mencionada, indo além
Justiça e esperança para hoje a mensagem dos profetas menoEtson Borges
O profeta Oséias viveu a infidelidade da esposa Gomer, que o levou a uma profunda crise pessoal. Através desta experiência, Deus mostrou a Oséias como o povo de Israel havia se desviado d'Ele através da idolatria e da imoralidade. Oséias deu nomes simbólicos aos seus filhos para transmitir a mensagem de julgamento sobre Israel, apesar da promessa futura de redenção.
Este documento é uma revista informativa e cultural do livre pensamento. Contém três artigos sobre mudanças e a necessidade de adaptação a novos tempos, além de informações sobre eventos, livros e outras notícias culturais.
Este documento fornece um resumo da história da maçonaria, desde suas origens na Idade Média até o século XVII. Aponta William Schaw, arquiteto escocês do século XVI, como o fundador da maçonaria moderna, ao elaborar os Estatutos Schaw em 1598 que regulamentaram as lojas maçônicas na Escócia. No século XVII, as lojas escocesas passaram a receber não-operários, dando início à transição para a maçonaria especulativa.
O documento resume as informações sobre a Igreja Metodista para o biênio de 2012-2013, cujo tema é "Discípulas e Discípulos nos caminhos da missão". O documento destaca a convocação para que todos os metodistas estejam envolvidos na missão de proclamar o amor de Deus revelado em Jesus Cristo. Além disso, fornece informações sobre eventos, aniversariantes e pedidos de oração na igreja.
Jornal comunhão agosto 2012 - Diocese de GuaxupéBernadetecebs .
O documento discute a educação cristã na escola. Aborda os desafios de promover valores cristãos em um mundo influenciado por mídia contraditória e a importância de professores assumirem sua vocação de formação integral dos estudantes com autoestima, sonhos e capacidade de protagonismo. Também destaca a pedagogia de Jesus como modelo a ser seguido de encontro com os excluídos e promoção da libertação por meio do diálogo e solidariedade.
O documento discute a importância dos profetas e como eles nos guiam para Deus. Também fala sobre o trabalho das professoras visitantes e sobre o livro Filhas em Meu Reino.
O documento discute a missão de Paulo como apóstolo de anunciar o evangelho e doar a própria vida, além de resumir alguns artigos da revista sobre a primeira carta de Paulo aos Tessalonicenses.
O documento resume as principais informações do boletim paroquial de dezembro de 2011 da Paróquia São Filipe em Cachoeiro de Itapemirim, ES. O editorial comenta sobre as edições do jornal no ano, a segurança pública, e a importância do voto. A carta do pastor fala sobre o encontro diocesano de CEBs e a missão das comunidades de base em promover a vida de forma sustentável. A entrevista é com o acólito José Carlos.
O documento resume as atividades e eventos da Igreja Metodista do Matão para a semana, incluindo um culto das crianças, uma reunião de liderança dos grupos caseiros, e um passeio da terceira idade. Também fornece detalhes sobre o Halloween, aniversariantes, orações e programação.
Calendário 2014 da Congregação Evangélica Luterana Cristo Uberlândia/MGjpferreira78
O documento apresenta o calendário de atividades de um pastor luterano no período de fevereiro a novembro de 2014, incluindo cultos, visitas pastorais, reuniões e encontros.
Este documento fornece informações sobre os cultos e eventos da Igreja Evangélica Luterana Cristo de Uberlândia para o mês de novembro, incluindo datas e horários dos cultos, leituras bíblicas, organização de tarefas e eventos especiais como encontro de casais e reunião com pais de pré-confirmandos.
Este documento fornece informações sobre os cultos e eventos da Igreja Evangélica Luterana Cristo de Uberlândia para o mês de novembro, incluindo horários dos cultos, leituras bíblicas, organização de serviços e eventos como encontro de casais e reunião com pais de pré-confirmandos.
Este documento apresenta o calendário de atividades da Comunidade Evangélica Luterana Cristo de Uberlândia para o mês de novembro de 2011, incluindo cultos, estudos bíblicos, visitas pastorais, reuniões de grupos e ensaios do coral.
Este documento fornece o calendário de cultos e atividades da Igreja Evangélica Luterana do Brasil em Uberlândia para o mês de outubro de 2011, incluindo datas e horários dos cultos, leituras bíblicas, organização de tarefas e aniversariantes.
Este informativo fornece o cronograma de atividades da Comunidade Evangélica Luterana Cristo de Uberlândia para o mês de outubro de 2011, incluindo cultos aos domingos, estudos bíblicos, visitas pastorais, aulas de inglês, coral, música e oração. O mês também inclui instrução para confirmandos e reuniões da diretoria.
O documento fornece o calendário de cultos e atividades da Igreja Evangélica Luterana do Brasil em Uberlândia para o mês de setembro de 2011, incluindo datas e horários dos cultos, leituras bíblicas, organização dos cultos, culto infantil, projeto missionário em Uberaba, reuniões programadas e aniversariantes do mês.
Este informativo fornece o calendário de atividades da Comunidade Evangélica Luterana Cristo de Uberlândia para o mês de setembro de 2011, incluindo cultos, visitas pastorais, estudos bíblicos, reuniões de grupos musicais e de oração.
O documento fornece o calendário de cultos e atividades da Igreja Evangélica Luterana do Brasil em Uberlândia para o mês de setembro de 2011, incluindo datas e horários dos cultos, leituras bíblicas, organização de tarefas, projetos missionários e aniversariantes.
Este informativo fornece o calendário de atividades da Comunidade Evangélica Luterana Cristo de Uberlândia para o mês de setembro de 2011, incluindo cultos, visitas pastorais, estudos bíblicos, reuniões de grupos musicais e de oração.
O documento fornece informações sobre os cultos e eventos da Igreja Evangélica Luterana do Brasil em Uberlândia entre julho e agosto de 2011, incluindo datas e horários dos cultos, leituras bíblicas, organização de tarefas e aniversariantes do período.
1) O documento fornece informações sobre os cultos e eventos da Igreja Evangélica Luterana do Brasil em Uberlândia em junho, incluindo datas, horários e leituras bíblicas.
2) Também lista os preparativos para uma festa junina em 4 de junho e fornece detalhes sobre estudos bíblicos, cursos de música e aniversariantes do mês.
3) Pede para os membros participarem de uma reunião de servos em 18 de junho para discutir um congresso e encontro
O documento apresenta o calendário de atividades da Comunidade Evangélica Luterana Cristo de Uberlândia para o mês de junho de 2011, incluindo cultos, celebrações ecumênicas, visitas pastorais, estudos bíblicos, ensaios musicais e outras atividades.
Este informativo lista as atividades da Comunidade Evangélica Luterana Cristo de Uberlândia durante o mês de maio de 2011, incluindo cultos aos domingos, estudos bíblicos, visitas pastorais, aulas de inglês, coral, grupo de música e reuniões.
O documento apresenta a programação das atividades religiosas e comunitárias da Igreja Evangélica Luterana Cristo de Uberlândia para o mês de abril de 2011, incluindo cultos, reuniões, visitas pastorais, estudos bíblicos, aulas de inglês e coral. Destaca a visita do Rev. Geraldo Schüler no início do mês e o culto de 22 anos da igreja no dia 2 de abril.
O documento discute a questão complexa do cânone bíblico, especialmente do Antigo Testamento, e porque os cristãos não conseguem concordar sobre sua extensão. Apresenta também as seções e matérias que serão abordadas na edição, como mensagens, adoração, vida em família e serviço social.
O artigo discute a importância de honrar os idosos na sociedade e na Igreja, conforme o mandamento bíblico. Os cabelos grisalhos antecipam a coroa da glória eterna. Os idosos que amam a Deus brilham como o sol, aguardando a vida celestial. Durante o Natal, celebramos o nascimento de Jesus, que trouxe a todos a mensagem da paz e da salvação.
Este documento é uma edição do mês de setembro de 2010 da revista Mensageiro Luterano. O documento discute a dupla cidadania dos cristãos, tanto terrena quanto celestial, e incentiva os leitores a participar ativamente da vida política e social buscando sempre o melhor para todos. O documento também anuncia o 2o Fórum de Ação Social da AESI em Toledo.
O documento é um folheto de divulgação do livro "Castelo Forte 2011", contendo 365 reflexões diárias inspiradas na Bíblia. O folheto oferece descontos especiais para a compra do livro e informa como realizar pedidos à Editora Concórdia, com opções de pagamento à vista ou a prazo.
3. Mens aGeiR o LUteRano | ano 94 | nº 1.154
Dezembro2010 Leia nesta eDição
16
A complexa questão do cânone. Num certo sentido, é
chocante ver que os cristãos não conseguem concordar
quanto à extensão da Bíblia, especialmente do Antigo
Testamento. Por que isso é assim?
05 MENSAGEM DO PRESIDENTE
ADORAÇãO E LOUVOR
06 VIDA COM DEUS VIDA EM FAMÍLIA
A comunhão horizontal Os elementos
07
08 MEDITAÇãO
11 EM FOCO da Santa Ceia
12 CAPA
15 MÚSICA NA IGREJA
SERVIÇO DE CAPELANIA
23 IELB 2011
28 Hospital: um
32
SERVIÇO SOCIAL
30 EDUCAÇãO TEOLÓGICA
lugar diferente
e desafiador
31 PERGUNTA
34 TESTEMUNHO
IGREJAS PELO MUNDO
41 RESPINGOS DA HISTÓRIA
St Paul,
44
46 IELB NO MUNDO
Des Peres
38
47 DIA DA BÍBLIA
48 BÍBLIA HOJE
50 VIRANDO A PÁGINA Mensageiro | DezeMbro 2010 3
5. | MENSAGEM DO PRESIDENTE |
Egon Kopereck
Pastor Presidente da IELB| presidente@ielb.org.br
A Bíblia é fundamental
para a vida cristã
A
FOTO: ArquivO eDiTOrA COnCórDiA
cabo de voltar de uma viagem
pela Europa. Tive o privilégio de
me encontrar, rapidamente, com
os pastores e alguns congrega-
dos da Igreja em Portugal e, pude participar
da reunião do Comitê Executivo do Interna-
tional Lutheran Council (ILC), na Alemanha,
cidade de Wittenberg. Foi uma emoção muito
grande andar pelas ruas, ver coisas, igrejas,
a universidade onde o reformador Martinho
Lutero andou, viveu e lutou pela “Verdade
que liberta”. Nesta reunião da ILC, mais uma
vez destacamos a importância da Bíblia, a
Palavra de Deus na vida da Igreja.
BíBliA SAgrADA
Quando Martinho Lutero iniciou a sua
luta, todo o seu labor, a sua defesa e os seus
argumentos estavam sempre fundamentados,
firmados e alicerçados na Bíblia Sagrada. Ela
era e é fonte de toda a doutrina, verdade, fé
e vida. Não é diferente em nossos dias. Muito
mais importante do que discutirmos e pole- Queridos irmãos, queridas irmãs! Não é NAtAl
mizarmos qual a melhor tradução da Bíblia é menosprezemos este tesouro que Deus E assim nos preparamos para festejar o
incentivarmos, lutarmos e nos empenharmos deixou a nossa disposição. Não andemos Natal. Nestes dias de tanta correria, não permi-
no sentido de que os cristãos leiam a Bíblia, no escuro. Usemos a luz que quer clarear tamos que as coisas do mundo, os preparativos,
usem as Sagradas Escrituras, busquem nelas os nossos caminhos. Busquemos nela o a festa, os presentes e os enfeites, encubram
a força, o fundamento, a luz para iluminar consolo, o conforto, o guia e a bênção. o verdadeiro sentido, o verdadeiro motivo – o
seus caminhos e argumentos. Pratiquemos o que ela diz. E como Deus aniversariante. Deixemos, acima de tudo, Jesus
Neste mês de dezembro, lembramos o “Dia disse para Josué, também na nossa vida Cristo brilhar, sobressair e ser lembrado.
da Bíblia”. Nós cantamos com tanta força, com há de se revelar: “Medita nele dia e noite, Jesus é e deve ser o centro da nossa festa,
tanto orgulho: “Santa Bíblia meu prazer, meu para que tenhas cuidado de fazer segundo dos nossos preparativos. Se não for assim, o
tesouro deves ser. Tu me dizes o que sou, donde tudo quanto nele está escrito; então, farás nosso Natal estará cheio de futilidades, correria
vim e aonde vou” (HL 247). Nós repetimos mui- prosperar o teu caminho e serás bem suce- e preocupações, mas vazio do seu verdadeiro
tas vezes a bela definição do salmista, dizendo: dido” (Js 1.8). significado para esta vida e para a eternidade.
“Lâmpada para os meus pés é a tua Palavra,
e luz para os meus caminhos” (SL 119.105).
Porém, será que esse tesouro é devidamente
valorizado por nós? De fato temos usado esta Feliz Natal a todos! O Natal do meu, do teu,
lâmpada para iluminar nosso caminho rumo do nosso Salvador Jesus!
à vida eterna? Onde está a nossa Bíblia? Ela é
usada diariamente por nós? m
Mensageiro | DezeMbro 2010 5
6. | VIDA COM DEUS |
Luisivan Vellar Strelow
Pastor da IELB | lstrelow@hotmail.com
Diante dos cabelos grisalhos te levantarás, e honrarás
a face do ancião, e temerás o teu Deus. Lv 19.32
Os que te amam brilham como o sol quando se levanta
no seu esplendor. Jz 5.31
Idosos: honra,
bênção e glória
FOTO: ArquivO eDiTOrA COnCórDiA
O
s cabelos grisalhos, para os jamais passará. Os idosos que amam a Deus da terra: “Não temais; eis aqui vos trago
que confiam nas promessas do brilham como o sol no amanhecer, porque boa-nova de grande alegria, que o será para
Senhor, antecipam a coroa de aguardam não tanto o entardecer da vida todo o povo: é que hoje vos nasceu, na cidade
glória eterna. O profeta Daniel terrena como, muito mais, o amanhecer da de Davi, o Salvador, que é Cristo, o Senhor”
descreveu Deus como “o Ancião de dias” (Dn vida celestial. (Lc 2.10,11). Pela fé que temos em Jesus, a
7.9,13), uma expressão poética para referir-se Na Bahia, ainda hoje, os mais novos Palavra criadora de Deus que se fez carne (Jo
ao Eterno em termos da experiência humana, dizem aos mais velhos: “a bênção, meu vô”, 1.14), vemos a glória de Deus: “um menino
com relação à passagem do tempo. Também “a bênção, minha vó”. Os mais velhos, por nos nasceu, um filho se nos deu [...] e o seu
muitos pintores retrataram o Criador como sua vez, respondem “Deus te abençoe, meu nome será [...] Pai da Eternidade, Príncipe da
um homem grisalho. Ao honrar os idosos, filho”, “Deus te abençoe, minha filha”. Hon- Paz” (Is 9.6). Nasceu o menino que é o Pai da
honramos ao Deus Eterno. rar os idosos é agradável a Deus, porque o Eternidade, que nos traz a maior de todas as
Os cabelos grisalhos são, por um lado, Criador quis ser honrado por intermédio da bênçãos – o perdão, a ressurreição para a vida
sinal da brevidade da vida na terra. O cin- honra que damos aos mais velhos. E estes, e a imortalidade – o qual recebe a mais elevada
za dos cabelos nos lembra que somos honra (2 Tm 1.10; Fp 2.9-11). Quem crê em
criaturas feitas de pó, que a morte tudo Jesus Cristo agrada a Deus; é aprovado
reduz a cinzas. Por outro lado, os cabelos
“Os idosos que amam a Deus brilham por Deus; recebe de Deus o bom testemu-
grisalhos são símbolo da longevidade e como o sol no amanhecer, porque nho – o testemunho de ser justo e de se
da eternidade. A cor prata dos cabelos tornar herdeiro da justiça que vem da fé,
antecipa a coroa da salvação (Hb 11.6).
aguardam não tanto o entardecer herdeiro da pátria celestial, herdeiro da
Os idosos são um sinal para os jovens, da vida terrena como, muito mais, o ressurreição; para contemplar a Jesus, o
tanto da brevidade da vida terrena amanhecer da vida celestial”. Filho do Homem, assentado no Trono de
quanto da longevidade da vida eterna. Deus (Hb 11.1-12.2).
Os cabelos grisalhos nos ensinam que A vida terrena se conta por dias que
a nossa vida é como a das flores do campo, por não terem outros mais idosos do que amanhecem e se perdem no anoitecer. A
mas que Deus é eterno e seus dias e a sua eles aos quais honrar, dão honra e glória vida com Deus se conta pelo amanhecer da
misericórdia não têm fim. Separados de Deus, ao Deus Eterno. Da mesma forma, os mais fé, quando brilha para nós o Sol da Graça de
já perdemos a vida. Em comunhão com Deus, velhos abençoam os mais novos, até que os Deus, Jesus Cristo, Filho de Deus, misericor-
já vencemos a morte, pois nada poderá nos bebês que não têm a quem abençoar, são eles dioso com todos os pecadores (Lm 3.22; Hb
separar do amor de Deus em Cristo. mesmos, para cada família, a mais preciosa 4.14-16). O brilho de cada dia logo passa, o
Os cabelos grisalhos nos chamam à bênção do Criador e Doador da vida. brilho do dia da salvação é eterno, e os que
reflexão sobre a vida terrena, que passa O Natal é a notícia da bênção mais preciosa aguardam o amanhecer da glória eterna tam-
rapidamente, e sobre a vida com Deus, que que não alegra uma, mas todas as famílias bém brilharão por toda a eternidade. m
6 Mensageiro | DezeMbro 2010
7. | ADORAÇãO E LOUVOR |
Os elementos da
Santa Ceia FOTO: ArquivO eDiTOrA COnCórDiA
DaviD Karnopp
Membro da Comissão de Culto da IELB
Pastor em Vacaria, RS
N
o Catecismo Menor, aprendemos guardavam em re-
que “a Santa Ceia é o verdadeiro cipientes lacrados
corpo e sangue de nosso Senhor e depois o coloca-
Jesus Cristo, para ser comido e vam submersos
bebido, sob o pão e o vinho...”. Pão e vinho são em poços de água
os elementos visíveis da Santa Ceia. Porém, as em temperatura
igrejas que proíbem qualquer bebida alcoólica abaixo de 10ºC,
usam vários motivos para justificar o uso do que o conservava
suco em vez do vinho. Há também os que justifi- por vários meses.
cam outros elementos em lugar do pão. A seguir, Esta seria mais
vamos conhecer os principais argumentos. uma comprovação
de que Jesus teria
FrUtO DA viDeirA usado o suco. No
Quando o Senhor Jesus instituiu a Santa entanto, ainda que o mosto fosse consumi- POr qUe USAmOS PãO e viNHO?
Ceia, usou a expressão: “deste fruto da videira” do, o vinho velho, chamado de vinho bom, Quanto ao uso do pão
(Mt 26.29). Esta era uma expressão usada pelos sempre era preferido (Lc 2.1-10). Está claro nas palavras da instituição:
judeus para designar o vinho usado em festas “tomou o pão” (Mt 26.26). Portanto não é
solenes e casamentos. Muitos alegam que esta A FermeNtAçãO possível usar outro elemento em lugar do pão.
é uma expressão genérica que se refere a todos Jesus instituiu a Ceia durante a Páscoa. Jesus usou pães que estavam à disposição, ou
os derivados da uva, como o suco e até mesmo A lei da Páscoa (Ex 12.14-20; 13.7) proibia o seja, o pão sem fermento, pois era festa dos
o refrigerante a base de uva. uso do fermento durante o evento. A fermen- pães asmos (Lc 22.7). O pão com fermento era
tação era símbolo da corrupção pecaminosa proibido só na Páscoa; em outras épocas, ele
SUCO De UvA (Mt 16.6,12; 1Co 5.7,8). Apenas o pão asmo, era usado. E os discípulos continuaram cele-
Há os que alegam que a palavra grega para ou seja, o pão sem fermento, era permitido. brando a Santa Ceia com os pães que tinham
vinho, oinos, teria o significado tanto de vinho, Muitos alegam que o vinho, sendo bebida à disposição, entre eles, o pão fermentado.
como de suco de uva, este também chamado fermentada, também era proibido. Porém, o Assim, não está errado usar pão com fermen-
de mosto ou vinho novo. Com isso, querem fermento citado é o do pão acrescentado à fa- to, mas, por coerência, é bom usar sempre a
dizer que Jesus teria usado suco e não vinho. rinha, e não o do vinho que é natural dele. hóstia que é um pão sem fermento.
Porém, em Israel, a colheita da uva acontece
por volta de setembro e outubro, e a Páscoa em CUltUrA JUDAiCA Quanto ao uso do vinho
março e abril. Assim, não havia como impedir a Há também os que alegam que o pão e o Nas festas sagradas e nos casamentos, os
fermentação do vinho durante esse espaço de vinho eram ingredientes da cultura judaica. judeus usavam vinho fermentado. A Bíblia o
tempo. Além disso, o mosto era armazenado em Logo, Jesus teria usado elementos ligados a cita como “bebida forte” (Lv 10.9; Lc 1.15), ou
odres feitos de couro de cabrito, ou em vazilhas uma cultura, mas não teria atrelado a Santa seja, vinho mesmo, não suco. A Bíblia condena
de barro, onde naturalmente fermentava. O Ceia a elementos daquela cultura. Os adeptos a embriaguez, mas não o uso do vinho. Além
sacolejo do transporte e a alta temperatura não desta interpretação dizem que pode-se usar disso, em Coríntio, os cristãos usaram vinho na
evitava o processo de fermentação. elementos de qualquer cultura. Assim, numa Santa Ceia com teor alcoólico, o que até gerou
região produtora de cana de açúcar, poderia casos de embriaguez (1Co 11.21).
A CONServAçãO então se usar cachaça e rapadura na Santa Assim, pela tradição da Igreja e crença lute-
Outros alegam que os judeus tinham téc- Ceia – os mineiros poderiam usar leite e rana, na Santa Ceia, usamos o pão e o vinho, de
nicas de conservação do suco de uva. Eles o pãozinho de queijo. preferência um vinho de boa qualidade. m
Mensageiro | DezeMbro 2010 7
8. | MEDITAÇãO |
É Natal...
FOTOs: ArquivO eDiTOrA COnCórDiA
ELTon JUnGES
Pastor em Cosmópolis, SP
C
omo é bonita esta época de final de ano. Como é bonita
esta época de Natal. É maravilhoso andar pelas ruas e
ver praças e casas enfeitadas, cheias de luzes brilhantes;
ver as pessoas mais compreensivas e solidárias. Todos
querem e fazem questão de estar com a família, com os amigos…
É um corre-corre para todo o lado: compra de presentes, comidas
e bebidas para que a família possa passar um bom Natal. Nesse
corre-corre, a maioria das pessoas acabam por esquecer o verdadeiro
sentido do Natal e o verdadeiro preparo para celebrar o Natal. Muitos
ficam chateados, e lamentam-se porque o seu Natal será pobre. Há
também quem pense que, se não sair o 13º, não tiver pinheiro, não
tiver presente e não puder comer e beber à vontade, não é Natal.
A princípio, o Natal não requer sofisticação e fartura em co-
midas e bebidas, e nem gastos exagerados em presentes. Pois o
Natal aconteceu de uma forma bem simples… É um tesouro que
veio revestido de humildade.
“A virgem ficará grávida e terá um filho que receberá o nome
de Emanuel, que quer dizer ‘Deus está conosco’” (Mateus 1.23).
Natal é Deus Conosco! Que maravilhoso saber que Deus veio
morar conosco!
tODOS OS DiAS
O Natal é a paz vinda para ficar com a humanidade. Jesus, o
príncipe da paz, quer estar conosco todos os dias, quer fortalecer
e confortar nosso coração diariamente. Um dia é muito pouco para
o Senhor do tempo. Um templo é muito pequeno para o Senhor
da imensidão. Como é maravilhoso o Natal! Como é maravilhoso
o nosso Deus!
O Natal das multidões Emanuel é Deus conosco, para sempre, durante todo o ano,
todos os dias, todas as horas – perdoando, salvando, socorrendo,
é uma vez por ano. amparando e confortando. O Natal das multidões é uma vez por
ano. O Natal dos Cristãos é todos os dias. Quando o Natal chega
O Natal dos Cristãos em nossos corações e lares, um sentimento terno e emotivo toma
conta de grandes e pequenos.
é todos os dias. “Hoje mesmo, na cidade de Davi, nasceu o Salvador de vocês
– o Messias, o Senhor” (Lucas 2.11).
Quando o Natal Acima de tudo, o Natal é uma festa de fé e confiança na vinda
humilde do nosso Salvador, e na certeza de que ele virá novamente
chega em nossos em glória. Por isso, prepare o seu coração para o Natal. É Natal
mais uma vez!
corações e lares, Mostremos que Jesus não nasceu em vão. Pois, ainda que Cristo
nasça mil vezes, se não nascer em seu coração, o seu Natal será ilusão,
um sentimento terno será vazio, e a sua festa será uma festa pagã. Jesus é e deve ser sempre o
motivo de nossa festa. Jesus quer que nos alegremos por sua vinda.
e emotivo toma conta Neste Natal, festeje você também a vinda de Cristo ao mundo
e ao seu coração. Festeje a vitória que Jesus lhe trouxe. Festeje a
de grandes e pequenos. salvação. Festeje a vida.
8 Mensageiro | DezeMbro 2010
9. O verDADeirO PreSeNte do amor; é a chegada do Filho de Deus! E sua
Batam os sinos, cantem, dancem de alegria, vinda deve ser festejada e compartilhada.
pois nasceu o seu Salvador, Jesus, o Senhor! O Natal é a renovação da esperança. O Natal
Com Jesus, a festa da vida é para sempre! é a festa da Salvação. O Natal é a festa dos salvos,
E mesmo que você não possa dar presentes dos que creem que Jesus é o único Senhor e Sal-
caros e nem venha a receber presentes caros, Nes- vador de sua vida. É muito mais emocionante,
lembre-se que o verdadeiro presente de Natal te Natal, empolgante e confortante comemorar o Natal na
não é aquele que nós trocamos uns com os permita que certeza de que Jesus é o nosso Salvador.
outros. O verdadeiro presente de Natal é dado o amor de Cris- Acenda as luzes como manifestação de fé
por Deus: Jesus a cada coração. Junto com ele, to faça com que você perdoe aquela mágoa, e alegria em Deus, o Salvador. O Natal é a luz
vem paz, amor, perdão, esperança, comunhão, aquele ressentimento, aquele aborrecimento que se acende e brilha em meio à escuridão
felicidade e vida eterna. que alguém lhe causou. Deixe o orgulho de da nossa vida. “Eu sou a Luz do mundo”,
Assim como Jesus, o Deus Filho, está co- lado e ofereça desculpas ou peça desculpas disse Jesus. O Natal é a certeza de que a Luz
nosco, nos ajuda em nossas fraquezas, nossas caso tenha magoado alguém. Isso é Natal! Pois de Cristo brilha em nossos corações. É um
atribulações, e diariamente nos abençoa com Natal é a festa do amor e do perdão recebidos convite para sermos luz para o mundo em
toda a sorte de bênçãos, vamos também de Deus e compartilhados com as pessoas. todas as ocasiões. Alegre-se com a vinda do
compartilhar a alegria do Natal diariamente: Este é o maior presente que podemos dar às seu Salvador e festeje o Natal em grande
auxiliando o próximo em suas fraquezas e di- pessoas, repartir o amor de Jesus com elas. estilo; festeje com Cristo no coração, e per-
ficuldades, perdoando e cooperando para que mita a ele guiá-lo pelo caminho da paz, pelo
caminhe com Jesus – o Deus conosco. A CHegADA DO AmOr caminho da luz. Alegre-se, filho de Deus, pois
É Natal! É hora de repensar sobre a nossa O Natal chegou. O Natal é o cumprimento em Jesus a sua glória está garantida. É Natal,
vida, deixar as coisas insignificantes de lado da maior e mais confortadora promessa. Deus vamos dar as mãos e festejar com alegria no
e valorizar a fé, a vida com Jesus. prometeu e Deus cumpriu... Natal é a chegada coração. Feliz Natal! m
Mensageiro | DezeMbro 2010 9
10. | MEDITAÇãO |
FOTOs: ArquivO eDiTOrA COnCórDiA
O Natal é
a filantropia
de Deus
“Glória a Deus nas maiores alturas do céu! E paz na terra para
ELmEr TEoDoro JaGnow
Pastor em Marechal Candido Rondon, PR as pessoas a quem ele quer bem!” Deus enviou Jesus ao mundo
porque “quer bem” às pessoas.
O
uve-se falar de entidade filantró- ramou com generosidade o seu Espírito Santo A FilANtrOPiA DOS HOmeNS
pica. Mas o que é uma entidade sobre nós, por meio de Jesus Cristo, o nosso Os seres humanos não são dados à filan-
filantrópica? A origem da palavra Salvador. E fez isso para que, pela sua graça, tropia. Nos dias atuais, as pessoas estão num
pode ajudar a entender o sentido. nós sejamos aceitos por Deus e recebamos corre-corre interminável e o individualismo
Filantropia tem a sua origem na língua grega a vida eterna que esperamos”(Tt 3.3a-7). Os está cada vez maior. Ninguém tem tempo para
e é formada por duas palavras: filos (amigo) e anjos em seu cântico expressam isto: “Glória o próximo. As pessoas estão em seu mundinho
antropos (ser humano, pessoa). Literalmente, o a Deus nas maiores alturas do céu! E paz na pessoal, onde nem se tem tempo para uma
sentido seria “amigo do ser humano” ou “ami- terra para as pessoas a quem ele quer bem!”(Lc palavra de conforto para o semelhante, muito
go das pessoas”. Ela era usada para expressar 2.14). Deus enviou Jesus ao mundo porque menos dispor tempo ou dinheiro para ajudar
a bondade de alguém (At 28.2). “quer bem” às pessoas. Importante perceber alguém. Porém, pode-se mudar sendo tocados
No Brasil, o termo passou a ser usado para que a iniciativa é de Deus. pela filantropia de Deus.
entidades que prestam serviços à sociedade e Ele envia Jesus para trazer perdão para Que esta filantropia de Deus nos faça mais
não cobram por estes serviços. Por exemplo: nossos erros. Deus não pede nada em troca. É amigos de nosso semelhante e dispostos a ajudar
entidades que ajudam as pessoas carentes ou um gesto de puro amor pela humanidade. nosso próximo com gestos de amor autêntico.
ajudam na recuperação de pessoas dependen-
tes de drogas, etc. Estas têm incentivo gover-
namental com isenção de alguns impostos.
A FilANtrOPiA De DeUS
Pode-se afirmar que o Natal é a demons-
tração da filantropia de Deus. O apóstolo Paulo
afirma em sua carta a Tito: “Os outros tinham
ódio de nós, e nós tínhamos ódio deles. Porém,
quando Deus, o nosso Salvador, mostrou a sua
bondade e o seu amor por todos (filantropia),
ele nos salvou porque teve compaixão de nós, e
não porque nós tivéssemos feito alguma coisa
boa. Ele nos salvou por meio do Espírito Santo,
que nos lavou, fazendo com que nascêssemos
de novo e dando-nos uma nova vida. Deus der-
10 M ensageiro | DezeMbro 2010
11. | EM FOCO |
Marcos Schmidt
Pastor em Novo Hamburgo, RS| marsch@terra.com.br
Quinquilharias
do Natal
E
xiste uma explicação para este armário anda abarrotado e, apesar disso,
sentimento de melancolia nes- você tem sempre a impressão de que não há
ta época do ano. É que somos nada adequado à ocasião para vestir? Com
bombardeados por votos de paz, a chegada do Natal e do fim de ano, é uma
felicidade, esperança, mas, que na realidade, boa hora de dar uma reciclada em tudo. Doe
não é o que experimentamos. O Natal e o fim todas as peças que não usou nenhuma vez
de ano, apesar das festas, confraternizações, no ano...”.
família reunida, presentes, comida e bebida, Deveríamos fazer algo parecido no coração,
carregam um sentimento de velório, solidão, sempre entulhado com coisas que nunca usa-
perda, fome e sede. Por isso, é zona de alto mos, ou que não deveríamos usar. Começando
risco ao suicídio. com aquilo que recomenda Paulo: “Livrem-se
“Eu quero paz”, suplicou Leila Lopes, de tudo isto: da raiva, da paixão e dos senti-
uma artista de novela que tirou a própria mentos de ódio [...] Vistam-se de misericórdia,
vida às vésperas do Natal passado. Numa de bondade, de humildade, de delicadeza e de
carta de despedida, ela desabafou: paciência” (Colossenses 3.8,12).
– Estou cansada, cansada da cabeça! Contudo, isso não é fácil. Aliás, é impossível
Não aguento mais pensar, pagar contas, quando se busca dentro do próprio armário o
resolver problemas. poder da decisão e a coragem para a arrumação.
Na verdade, esse é um sentimento co- O milagre vem de fora. Ou como diz a Bíblia:
mum neste período do calendário, bem dife- “Pensem nas coisas lá do alto e não nas que
rente das mensagens nos cartões natalinos. são aqui da terra. Porque vocês já morreram,
O Natal e o fim de ano Mas, pensando bem, o Natal só tem sen- e a vida de vocês está escondida com Cristo,
carregam este sentimento tido onde a vida está sem sentido. Ou então que está unido com Deus. Cristo é a verdadeira
acontece aquilo que disse um teólogo: “O vida de vocês” (Colossenses 3.2-4). “Pensar nas
contraditório... “Jesus está Senhor Jesus veio a uma humanidade tão coisas lá do alto” é deixar de lado os badulaques
no mundo. Está nos braços de acostumada com a miséria e a desgraça, e deste mundo e priorizar o presente do Natal.
feliz numa situação na qual ninguém pode Algo parecido com a história dos 33 mineiros
Simeão. Está no caminho de ser feliz – a menos que não esteja certo da chilenos que só queriam sair daquele buraco.
todo ser humano. Não pode cabeça”. Este é o problema na Terra. Não é Por isso, o Natal e o fim de ano carregam
o aquecimento global pela fumaça que vai este sentimento contraditório. Ou como escre-
ser ignorado. Não pode ser para cima, é o esfriamento espiritual que veu o meu professor no Seminário, Otto Goerl:
contornado. Qual rocha no impede o amor para baixo. Problema antigo “Jesus está no mundo. Está nos braços de
meio da corrente que faz as já no primeiro Natal, pois “aquele que é a Simeão. Está no caminho de todo ser humano.
Palavra veio para o seu próprio país, mas o Não pode ser ignorado. Não pode ser contorna-
águas se partirem – correm à seu povo não o recebeu” (João 1.11). do. Qual rocha no meio da corrente que faz as
direita, correm à esquerda – Por isso, Jesus afirmou que bem-aven- águas se partirem – correm à direita, correm à
turados, felizes, são os pobres de espírito, esquerda – assim Jesus divide as pessoas, os sé-
assim Jesus divide as pessoas, os que choram, os humildes, os que têm culos, os pensamentos, os destinos eternos”.
os séculos, os pensamentos, os fome e sede. Não é por nada todo este sentimento no
Certa vez, encontrei a seguinte dica Natal... É Deus mexendo intensamente no
destinos eternos”. de uma consultora de organização: “Seu coração das pessoas. m
Mensageiro | DezeMbro 2010 11
12. | CAPA |
FOTO: ArquivO eDiTOrA COnCórDiA
No N
LinDoLfo piEpEr
Pastor emérito, Jaru, RO
E
ra uma vez, um rei muito cari- Em Cristo, DEus assumE graça para socorro em ocasião oportuna”
doso que procurava governar a naturEza humana (Hebreus 4.15-16).
o seu país da melhor maneira Foi isso o que Deus fez na pessoa de No Natal, lembramos a humanação de
possível. Porém, apesar de Jesus, por ocasião do primeiro Natal. Ele Jesus, quando o Verbo se fez carne e habitou
todos os seus esforços, ele assumiu a identidade humana; renunciou entre nós. Neste dia, o rei Jesus deixou o
não conseguia agradar o povo. Sempre havia ao trono da glória para conquistar o co- trono da glória para se fazer um ser humano
muita reclamação entre os seus súditos. ração dos seres humanos. Diz o apóstolo como cada um de nós, a fim de cumprir a
Ele, então, procurou conselho junto aos Paulo na carta aos Filipenses: “Tende Lei em nosso lugar, evangelizar os povos e
sábios da corte, a fim de saber o que fazer em vós o mesmo sentimento que houve morrer pelos pecados de todos.
para conseguir agradar a população. Os também em Cristo Jesus, pois ele, sub- Durante o tempo em que Jesus esteve
sábios se reuniram e chegaram à conclusão sistindo em forma de Deus, não julgou aqui na terra, ele, embora fosse o Emanuel,
que para o rei entender os anseios do povo como usurpação ser igual a Deus; antes a o Deus encarnado, se comportou como um
e fazer um governo que os agradasse só si mesmo se esvaziou, assumindo a forma simples ser humano, mostrando a sua divin-
haveria uma maneira: ele tinha que descer de servo, tornando-se em semelhança de dade apenas algumas vezes quando realizava
do trono, se juntar ao povo e se tornar homem; e, reconhecido em figura huma- os seus milagres e fazia os seus discursos.
igual a eles. na, a si mesmo se humilhou, tornando-se Se nós formos olhar para a vida de Je-
O rei fez conforme lhe aconselharam. obediente até à morte, e morte de cruz” sus, parece que tudo deu errado. Primeiro,
Saiu do palácio, vestiu-se como um colono (Filipenses 2.5-8). ele nasceu numa estrebaria, num curral de
e foi morar entre as pessoas comuns. Assim, E o autor da carta aos Hebreus escreve, gado. Era de se esperar que Jesus nascesse
começou a sentir o que o povo sentia e ouvir dizendo: “Porque não temos um sumo sacer- num palácio, afinal, ele era o Filho de Deus,
as reclamações que o povo tinha a fazer. Ele dote que não possa compadecer-se de nossas o Rei dos reis e o Senhor dos senhores.
viu que o que povo queria não era grandes fraquezas; antes, ele [Jesus] foi tentado em Foi por isso que os magos do oriente,
obras, mas, sim, boas estradas, saúde, educa- todas as coisas, a nossa semelhança, mas quando vieram adorar o Menino Jesus, o
ção e segurança. Segundo a lenda, depois de sem pecado. Aproximemo-nos, portanto, procuraram no palácio do rei Herodes em
um ano, ele voltou novamente ao palácio e, a confiantemente junto ao trono da graça a Jerusalém. Porém, lá não havia ninguém. O
partir de então, fez um grande governo. fim de recebermos misericórdia e acharmos rei Herodes nem sabia do seu nascimento,
12 M ensageiro | DezeMbro 2010
13. No plano de Deus, a nossa salvação passa pela humanação
de seu único Filho Jesus Cristo, o qual não deixou de ser Deus,
mas assumiu também a natureza humana
Natal, Deus veio habitar entre nós
“
tampouco o povo de Jerusalém. nos planos de Deus: desde o seu humilde
Depois, no seu ministério, ele foi rejei- nascimento, até a sua morte na cruz. Isso
tado e desprezado. Ele não foi bem aceito tudo havia sido predito pelos profetas. Esse
pelos homens. Diz o apóstolo João: “Ele era o plano de Deus para salvar o mundo. O
veio para os seus, mas os seus não o recebe- No Natal, lembramos a profeta Isaías, por exemplo, depois de des-
ram” (João 1.11). crever em minúcias o seu sofrimento e morte
Às vezes, ele não tinha nem lugar para
humanação de Jesus, no capítulo 53 do seu livro, conclui dizendo:
dormir, para descansar o corpo. Por isso, quando o Verbo se fez “Quando ele [Jesus] olhou para trás e viu o
num certo lugar dos Evangelhos, ele recla- carne e habitou entre fruto do seu trabalho, ficou satisfeito”.
ma, dizendo: “As raposas têm os seus covis, Jesus, segundo o plano de Deus, veio na
as aves dos céus, ninhos; mas o Filho do nós. Neste dia, o rei Jesus plenitude dos tempos. Ele nasceu na cidade
homem não tem nem onde reclinar a sua deixou o trono da glória de Belém, de acordo com o que Deus plane-
cabeça” (Mateus 8.20). jara. Viveu na Judéia e morreu em Jerusalém,
E, no fim de sua vida, ele foi humilhado, para se fazer um ser tudo segundo a santa vontade de Deus. E,
desprezado e colocado numa cruz, como um humano como cada um de acordo com o plano de Deus, Jesus um
criminoso, como um marginal, como um dia voltará. Isso vai acontecer quando o
bandido. Parecia que ele estava sozinho, que
de nós, a fim de cumprir Evangelho for pregado em todo o mundo…
até o próprio Deus o havia abandonado. Por a Lei em nosso lugar, Então virá o fim.
isso, como que desesperado, ele clama no Ele não virá mais como um bebê inde-
evangelizar os povos
alto da cruz: “Deus meu, Deus meu, porque feso, mas em glória e majestade. Virá para
me desamparaste?” (Mateus 27.46). e morrer pelos pecados julgar os vivos e os mortos, quando “ao
de todos. nome de Jesus se dobrará todo o joelho,
”
Tudo era plano de deus, nos céus, na terra e debaixo da terra, e
nada foi improvisado toda língua confessará que Jesus Cristo
No entanto, Deus não o havia desam- é o Senhor, para a glória de Deus Pai”
parado. Tudo o que acontecia com ele estava (Filipenses 2.10,11).
Mensageiro | DezeMbro 2010 13
14. | CAPA |
Estamos esperando, portanto, a sua ele vier na segunda vez, em majestade e glória, bendito aquele que vem em nome do Senhor.
vinda em glória, para julgar os vivos e os quem o desprezar será condenado ao fogo do Hosana, hosana, hosana nas alturas!” (Hi-
mortos, para levar junto consigo os que nele inferno. Para que isso não aconteça, Deus nário Luterano, página 39).
creem e se preparam para a sua vinda. envia mensageiros, à semelhança de João
Batista, a fim de que prepara o nosso coração a súplica de naTal
o naTal foi mediante a pregação do Evangelho, dizendo: O livro de Apocalipse é o que mais fala
desfigurado “Arrependei-vos, porque está próximo o do retorno de Cristo. Por isso, o saudoso
Hoje, muitas pessoas, em vez de se reino dos céus” (Mateus 3.2). professor Dr. Johannes H. Rottmann intitu-
prepararem para celebrar o Natal de Jesus, É necessário que nos arrependamos dos lou o livro que escreveu sobre o Apocalipse
estão se preocupando com coisas externas, nossos pecados para que o Rei da Glória de Vem, Senhor Jesus. Pois, no capítulo 5
que nada tem a ver com o nascimento de entre, conforme o Salmo 24. Apenas quem de Apocalipse, encontramos o conhecido
Jesus. Enfeitam a casa, mas não adornam tem o seu coração purificado mediante o Cântico do Cordeiro, onde toda criatura,
o seu coração. Compram presentes para os sangue de Cristo derramado na cruz é que no céu e na terra, exalta a Cristo, dizendo:
seus filhos, mas não reconhecem em Jesus pode receber com dignidade o Rei Jesus “Digno é o Cordeiro que foi morto de rece-
um presente de Deus. Chamam um velhinho vindo em glória. O povo de Jerusalém, ao ber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e
inexistente de Papai Noel quando o nosso ver Jesus entrando na cidade, estendeu as honra, e glória, e louvor”. E o apóstolo João
verdadeiro Pai é Deus. suas vestes e ramos de árvores pelo cami- conclui, dizendo: “Então ouvi toda criatura
O comércio tem se aproveitando deste dia nho por onde ele passava, dizendo: “Ho- que há no céu e sobre a terra, debaixo da
para aumentar os seus lucros através de gran- sana, ao filho de Davi, bendito o que vem terra e sobre o mar, e tudo o que neles há,
des vendas, fazendo com que muitas pessoas em nome do Senhor! Hosana nas alturas!” estava dizendo: Aquele que está sentado
gastem mais do que podem. Depois, elas ficam (Mateus 21.9). no trono e ao Cordeiro, será o louvor, e a
quase o ano todo pagando prestações. Na Santa Ceia, quando lembramos a honra, e a glória, e o domínio pelos séculos
Precisamos novamente recuperar o morte de Jesus, cantamos: “É verdadeira- dos séculos” (Apocalipse 5.12,13).
verdadeiro sentido do Natal. Precisamos mente digno, justo e do nosso dever, que em Por isso, neste Natal, como em todos
nos conscientizar do que é realmente im- todos os tempos e em todos os lugares te de- os dias da nossa vida, preparemos o nosso
portante no Natal e do que é secundário. mos graças, ó Senhor, santo Pai, onipotente, coração, orando como o poeta sacro: “Enche
Do contrário, podemos ser surpreendidos eterno Deus. Mediante Jesus Cristo, nosso os nossos corações com o teu real poder. De
como o povo de Israel, que se esqueceu de Senhor. Portanto, com os anjos e arcanjos pecados e tentações, vem, Jesus, nos defen-
tal modo do Messias Prometido que, em e com toda a companhia celeste louvamos e der. Pois nós somos tua grei. Glória, glória a
vez de recebê-lo como um rei, o receberam magnificamos o teu glorioso nome, exaltan- ti, ó Rei!” (Hinário Luterano 124.1).
como um mendigo, deixando-o nascer numa do-te sempre, dizendo: santo, santo, santo Então, um dia na eternidade, poderemos
estrebaria, num curral de gado. é o Senhor Deus dos Exércitos. Os céus e a cantar junto com o grande coro dos anjos:
Quando Cristo veio pela primeira vez, ele terra estão cheios de sua glória. Hosana, ho- “Glória a Deus nas maiores alturas e paz [...]
pôde ser desprezado e morto. Porém, quando sana, hosana nas alturas! Bendito, bendito, entre os homens, a quem ele quer bem”. m
“
“Jesus, segundo o plano de Deus, veio na plenitude dos
tempos. Ele nasceu na cidade de Belém, segundo o que Deus
planejara. Viveu na Judéia e morreu em Jerusalém, tudo
segundo a santa vontade de Deus. E, segundo o plano de Deus,
Jesus um dia voltará. Isso vai acontecer quando o Evangelho
”
for pregado em todo mundo. Então virá o fim”.
14 M ensageiro | DezeMbro 2010
15. | MÚSICA NA IGREJA |
Música, também
uma forma de orar
FOTO: ArquivO eDiTOrA COnCórDiA
paULo BrUm
Membro da Comissão de Culto da IELB
Pastor e capelão de música da ULBRA
A
ssim como hoje as pessoas não
pensaram sempre da mesma
forma. A visão que o ser humano
possui do mundo, e de seu lugar
dentro dele, tem variado em função do avanço
nas diversas áreas do conhecimento. Ao longo
da história, muitos foram os conceitos e as
funções atribuídas à Música. A proposta deste
texto é lembrar algumas das abordagens feitas
para a Música Sacra.
Para os gregos antigos, a Música era
compreendida como uma manifestação divi-
na entre os mortais, e, por sua ausência ou Na Sociologia, a Música é encarada como usadas para o mal como para o bem. A Mu-
qualidade de presença, era possível descobrir um elemento de encadeamento social, isto sicoterapia, por exemplo, dedica-se a curar
a natureza do caráter dos seres humanos. é, como ela é e pode ser usada nas relações distúrbios psicológicos e doenças mentais
Durante as épocas de tendência racionalista entre os diversos agrupamentos humanos. pela utilização adequada da Música. Tais
(Século XVII), a Música A propaganda a ser- fenômenos, da mesma forma, tem grande
nada mais era do que viço do consumismo, relação com a Música Sacra.
o resultado de uma “O cântico congregacional o condicionamento Na Teologia, o assunto tem sido descuida-
elaboração estética, e o convívio musical à alienação social, do. Grandes teólogos têm reconhecido o valor
cuja matéria-prima política e religiosa, e da Música no desenvolvimento da fé e do
era o som. Por outro são indispensáveis e outras doutrinações louvor. Entretanto, na maioria das vezes, as
lado, nas épocas mais insubstituíveis para a união de toda ordem são reflexões permanecem superficiais. O cântico
românticas (século a grande exploração congregacional e o convívio musical, de uma
XIX), a Música era en-
entre as pessoas de uma negativa das possi- forma geral, são indispensáveis e insubsti-
tendida como algo comunidade. Não apenas bilidades da Música. tuíveis para a união entre as pessoas de uma
etéreo, poderoso e que comunidade. Não apenas como divertimento
como divertimento ou fator A Sociologia estuda
não se submetia à ra- tais fenômenos que ou fator de instrução, mas como processo de
zão. Essas tendências de instrução, mas como muito teriam a cola- aproximação de Deus. Cantar ou tocar com
de natureza filosófica processo de aproximação borar com a Música alegria e simplicidade também é uma forma
conflitante convivem se usados de forma de orar. A execução musical em conjunto
com o sentido utili- de Deus. Cantar ou tocar positiva. promove comunhão no louvor a Deus e é uma
tarista da Música no com alegria e simplicidade Na Psicologia, a experiência que transcende a ostentação que
século XX. Música é estudada costuma determinar o clima na maioria das
A Música também
também é uma forma com o objetivo de salas de espetáculo.
tem sido envolvida de orar”. chegar às estruturas O cultivo musical das igrejas não só deve-
nas diversas áreas do do pensamento hu- ria ter maiores responsabilidades artísticas,
conhecimento, como a Sociologia, a Psicologia mano, a fim de compreender como as pessoas como deveria superar tais meras experiências
e a Teologia, além dos domínios científicos sentem e pensam. A partir daí já tem surgido estéticas na busca de algo muito mais profun-
ditos exatos, como a Física, por exemplo. algumas descobertas, que tanto podem ser do: a dimensão da fé. m
Mensageiro | DezeMbro 2010 15
16. | ESCRITURAS SAGRADAS |
A complexa
questão do
cânone
I
magine-se na situação de um líder da Dr. viLSon SchoLz adicional, o Salmo 151? A solução encontrada
Sociedade Bíblica, num país como a Professor de Teologia Exegética foi colocá-los na mesma seção de livros entre
Turquia, com a tarefa de publicar uma Consultor de Traduções da SBB os dois testamentos, só que depois daqueles
nova tradução da Bíblia que possa ser que são aceitos tanto por católicos
aceita por evangélicos, pela Igreja Católica quanto por ortodoxos. A ordem dos
FOTO: ArquivO eDiTOrA COnCórDiA
Romana, e pelas várias igrejas da tradição livros ficou assim: Tobias, Judite, Ester
ortodoxa, entre elas a Igreja Ortodoxa Grega. (grego), Sabedoria, Siraque, Baruque,
O que você faria? Como é sabido, esses três Carta de Jeremias, A oração de Azarias
grupos de cristãos não publicam a Bíblia com e o Cântico dos três jovens, Susana, Bel
a mesma configuração, ou o mesmo número e o dragão, 1 Macabeus, 2 Macabeus, 3
de livros, especialmente no que diz respeito Macabeus, 1 Esdras (3 Esdras, na Vulga-
ao Antigo Testamento. ta), 4 Esdras, A oração de Manassés, Salmo
Uma saída fácil seria dizer: publique-se 151 e 4 Macabeus.
uma Bíblia para cada confissão ou igreja! No A colocação dos livros apócrifos num
entanto, os cristãos são minoria absoluta na bloco à parte é aceitável a (muitos) protes-
Turquia, formando um por cento da popula- tantes; a colocação de livros como Tobias,
ção. Três edições diferentes da Bíblia seriam Judite, Sabedoria, Siraque no topo da lista
inviáveis do ponto de vista econômico. O agrada a católicos-romanos; e a inclusão de
que fazer? outros livros, ainda que ao final, atende aos
Um consultor de traduções das Socieda- anseios das igrejas ortodoxas. E, na prática,
des Bíblicas Unidas encontrou uma solução, cada Igreja lê os livros que quiser.
em diálogo com as igrejas envolvidas e, por Claro, tal solução para um problema bem
fim, com a concordância delas. A primeira concreto num país de maioria muçulmana e
decisão foi colocar os livros que os pro- minoria cristã seria totalmente inaceitável
testantes chamam de apócrifos e que os para, quem sabe, a maioria dos evangélicos
católicos denominam de deuterocanônicos no Brasil. Mas ela coloca diante de nossos
(Tobias, Sabedoria, Judite, etc.) numa seção olhos a complexa questão do cânone.
à parte, entre o Antigo Testamento e o Novo
Testamento. Tal procedimento, que já havia A HiStóriA DOS CâNONeS
sido adotado por Martinho Lutero, no século Em se tratando de cânone, existem duas
16, é aceitável à Igreja Católica Romana, em histórias que precisam ser contadas: a do
se tratando de edições interconfessionais. cânone do Antigo Testamento, e a do câno-
Há um documento, assinado conjuntamente ne do Novo Testamento. O cânone do Novo
pelas Sociedades Bíblicas Unidas e o Vatica- Testamento é, de modo geral, o mesmo em
no, datado de 1987, que trata desta questão. todas as denominações cristãs: são aqueles
Mas o que fazer com aqueles livros a mais, 27 livros e ponto final. Porém, no caso do
fora da lista dos apócrifos, que são aceitos Antigo Testamento, as opiniões se dividem.
apenas pelas igrejas ortodoxas? Sim, livros Num certo sentido, é chocante ver que
como 3 Macabeus, 4 Macabeus, e um salmo os cristãos não conseguem concordar quanto
16 M ensageiro | DezeMbro 2010
17. à extensão da Bíblia, especialmente do Antigo igrejas, ou, então, da Igreja em que se é mem- divisões da Bíblia Hebraica. Em outras palavras,
Testamento. Por que isso é assim? Essencial- bro. O cânone que se aceita é o cânone usado a primeira parte a ser reconhecida como canôni-
mente, porque a própria Bíblia não fecha esta na Igreja. Na realidade, foi isso o que aconteceu ca teria sido a Lei ou o Pentateuco, seguida dos
questão. Ela não nos dá a extensão do cânone. E ao longo da história do povo de Deus. Quando Profetas e dos Escritos. Segundo esta teoria, Da-
por que a Bíblia não define essa questão, quem pessoas e concílios se pronunciaram, em geral, niel e Crônicas, que, na Bíblia Hebraica, fazem
aceita o princípio do “somente a Escritura” ratificaram o que vinha sendo a prática da parte dos Escritos, teriam sido “canonizados”
precisa conviver com essa indefinição. Para Igreja em sua vida de culto. num período mais recente ou próximo a nós.
quem aceita a autoridade de concílios, como é o Se a Escritura não delimita o cânone, e No entanto, isto não passa de hipótese. Não há
caso da Igreja Católica Romana, a questão está os concílios e teólogos não são suficientes nenhum registro histórico de que isto tenha,
definida, pelo menos desde o Concílio de Trento, para suprir essa “lacuna”, quem poderia nos de fato, acontecido assim.
em 1546. Para quem se norteia pela Confissão auxiliar nesta questão? Em outras palavras, Em busca de uma pista, muitos olham
para a comunidade essênia dos arredores de
Qumran e para os manuscritos que ali foram
O cânone que se aceita é o cânone usado na Igreja. descobertos entre 1947 e 1956. No entanto,
aquela comunidade judaica dissidente não
Na realidade, foi isso o que aconteceu ao longo nos deixou nenhuma declaração a respeito dos
da história do povo de Deus. Quando pessoas livros que eram considerados sagrados. Entre
e concílios se pronunciaram, em geral, ratificaram os manuscritos ou rolos do mar Morto, como
vieram a ser conhecidos, foram encontrados
o que vinha sendo a prática da Igreja fragmentos de Tobias, que é um livro apócrifo
em sua vida de culto. ou deuterocanônico, e também dos livros de
Enoque e de Jubileus, entre outros, que não
fazem parte de nenhum cânone bíblico hoje em
de Westminster, de 1647, a questão também se o cânone não é uma questão de doutrina, o dia. Significa isto que esses livros também eram
está resolvida na medida em que esta confissão que seria então? vistos como canônicos? Não temos uma respos-
cita os livros aceitos como canônicos, e que são Normalmente, afirma-se que o cânone é ta, embora tudo indique que os essênios tinham
os livros que hoje, de modo geral, aparecem uma questão histórica. Em outras palavras, essencialmente o mesmo cânone dos fariseus e
em todas as edições protestantes da Bíblia. olha-se para a história em busca de alguma saduceus, ou seja, o cânone da Bíblia Hebraica,
Outros evangélicos, quando perguntados sobre pista ou orientação. No entanto, ao fazermos que é também o cânone protestante.
a extensão do cânone, só podem responder que uma investigação histórica, temos mais pergun-
“os livros canônicos são os livros inspirados por tas do que respostas. Temos algumas supostas livrOS DeUterOCâNONiCOS
Deus, e que os livros inspirados por Deus são os verdades que não passam de hipóteses. Outras Por vezes, também se afirma ou se dá a
livros canônicos”. Eles se abstêm de serem mais respostas que vêm da história são incompletas entender que os livros apócrifos ou deuteroca-
específicos, porque a Bíblia silencia a respeito ou incertas. E existem fatos que ainda não co- nônicos, escritos originalmente em grego ou
desta questão. nhecemos. Vejamos alguns exemplos. preservados em tradução grega, faziam parte
Se a Bíblia não define a questão, uma alter- Geralmente se afirma que a canonização de um cânone dos judeus de Alexandria que
nativa é aceitar o que tem sido a prática das do Antigo Testamento se deu conforme as três falavam grego. Alexandria, é bom lembrar,
Parabéns, Mensageiro Luterano, pelos
93 anos de circulação ininterrupta!
A Hora Luterana se alegra por
fazer parte desta edição especial,
e parabeniza a todos que participam
da produção do Mensageiro, um dos
HORA LUTERANA principais meios de comunicação da nossa
Parceira da Igreja no evangelismo Igreja Evangélica Luterana do Brasil.
Visite-nos na Internet: www.horaluterana.org.br ou blog.horaluterana.org.br
Mensageiro | DezeMbro 2010 17
18. | ESCRITURAS SAGRADAS |
FOTO: ArquivO eDiTOrA COnCórDiA
A Bíblia de Genebra, de 1560, tradução feita por teólogos
reformados que haviam se refugiado em Genebra, era idêntica
à Bíblia de Lutero, na questão dos apócrifos. Contudo, a
exemplo de Lutero, os editores deixaram claro que esses livros
não podiam ser usados para confirmar doutrina.
foi o contexto em que surgiu a Septuaginta apócrifos, mesmo que não fizessem campanha Outro dado pouco conhecido é que durante
ou tradução grega do Antigo Testamento. No em prol da supressão dos apócrifos. Atanásio a Idade Média, mesmo no Ocidente, houve
entanto, não se tem notícia concreta de que os pensava que estes livros não fazem parte do teólogos que sustentavam o ponto de vista
judeus de Alexandria tivessem um cânone mais cânone, mas que foram indicados, desde os de Jerônimo, ou seja, faziam distinção entre
amplo do que a Bíblia Hebraica. O simples fato tempos antigos, como leitura para recém-con- livros canônicos e outros livros. Isto significa
de que a Septuaginta acabou tendo um grupo vertidos que, nas palavras de Atanásio, “querem que Lutero não tirou esta distinção do ar. O
adicional de livros, que não fazem parte da ser instruídos na religião verdadeira”. A maioria cardeal Cajetano, encarregado pelas autorida-
Bíblia Hebraica, não significa que essa já era a dos eruditos das igrejas ortodoxas (orientais) des de Roma a dialogar com Lutero, pensava
situação verificada na comunidade judaica. Filo segue Atanásio, colocando os livros que a Septu- exatamente como Jerônimo.
de Alexandria, um filósofo judeu que viveu mais aginta tem a mais em relação à Bíblia Hebraica É verdade que Lutero colocou os apócrifos
ou menos na mesma época do apóstolo Paulo, num nível inferior de autoridade. numa seção à parte, depois de Malaquias e an-
não dá indícios de que aceitasse a autoridade Jerônimo, que prezava aquilo que chamou tes de Mateus, mas ele não foi o único a fazer
dos livros que denominamos de apócrifos. de veritas hebraica (verdade hebraica), traduziu isso. A Bíblia de Genebra, de 1560, tradução
Às vezes, pensa-se que os Pais da Igreja o Antigo Testamento do original hebraico. No feita por teólogos reformados que haviam se
eram todos ardorosos defensores dos apócrifos entanto, isto não significou que ele deu início a refugiado em Genebra, era idêntica à Bíblia de
ou deuterocanônicos. É verdade que homens uma “cruzada” contra os apócrifos. Entendia que Lutero na questão dos apócrifos. Contudo, a
como Orígenes, Atanásio e Jerônimo conheciam esses livros podiam ser lidos para a edificação exemplo de Lutero, os editores deixaram claro
os apócrifos. No entanto, também é verdade do povo, embora não devessem ser usados para que esses livros não podiam ser usados para
que faziam distinção entre os canônicos e os estabelecer doutrinas ou dogmas eclesiásticos. confirmar doutrina.
18 M ensageiro | DezeMbro 2010
19. A renomada tradução inglesa co-
nhecida como King James Version, de Em conclusão, cabe relembrar que,
1611, incluía os apócrifos. Na época, em se tratando do cânone do Antigo
o arcebispo de Cantuária proibiu a Testamento, a diferença entre católicos
publicação e venda de Bíblias sem os e protestantes se explica pelo fato de
apócrifos. A pena prevista para os in- terem os protestantes, no tempo da
fratores era um ano de prisão. Depois, Reforma do século 16, entendido que os
é claro, os apócrifos foram tirados da livros canônicos eram, a rigor, os que es-
King James. tavam na Bíblia Hebraica. Em resposta, a
E que dizer da famosa Bíblia de Mary Igreja Católica Romana canonizou livros
Jones, a menina galesa que inspirou o que tinham aceitação na Igreja desde
movimento das Sociedades Bíblicas? tempos antigos. Esta é a situação que,
Essa Bíblia que Mary Jones adquiriu com provavelmente, permanecerá inalterada
tanto sacrifício foi preservada. E ela traz no futuro próximo.
os apócrifos, pois a assinatura de Mary Entretanto, também precisa ser
Jones aparece na última página dos dito que a diferença fundamental entre
livros de Macabeus. Aliás, a Sociedade as confissões religiosas ou igrejas não
Bíblica Britânica e Estrangeira, fundada reside no cânone. As reais diferenças de-
em 1804, só deixou de publicar Bíblias correm de interpretações divergentes de
com os apócrifos em 1826, ou seja, textos que, sem sombra de dúvida, são
22 anos depois de sua fundação. Já a canônicos, como, por exemplo, Mateus
Bíblia de Almeida, que teve o Antigo 16.18, as palavras da instituição da ceia
Testamento publicado em 1748 (o Novo FOTO: leAnDrO r. CAMArATTA do Senhor, e textos que tratam da relação
Testamento havia sido lançado em 1681), nunca entre fé e obras.
incluiu os apócrifos. Além disso, por mais importante que seja
A diferença entre católicos a questão do cânone, a pergunta fundamental
ler PArA CONHeCer ainda é a do próprio Jesus, em Mateus 16.15:
e protestantes se explica pelo “Quem vocês dizem que eu sou?” Esta pergunta
Com respeito aos apócrifos, muitos pre-
ferem a atitude do “não li e não gostei”. Uma fato de terem os protestantes, não pode ficar sem resposta. As perguntas mais
complexas relacionadas com o cânone podem
maior disponibilidade e familiaridade com estes no tempo da Reforma do ficar para depois, para o dia em que, como diz
livros poderiam ajudar o leitor a avaliar estes
textos e, quem sabe, ter uma compreensão mais
século 16, entendido que Paulo em 1 Co 13.12, “veremos face a face” e
adequada das questões envolvidas na delimita- os livros canônicos eram, “conheceremos perfeitamente”. m
ção do cânone do Antigo Testamento.
a rigor, os que estavam na nota da rEdação
Nesse sentido, é interessante uma página
da vida de John Bunyan, o famoso autor de O Bíblia Hebraica. Publicado originalmente na revista a
Bíblia no Brasil, nº 229 - Outubro a
Peregrino. Por volta de 1652, num tempo de
Dezembro de 2010 – Ano 62
profunda depressão, Bunyan encontrou consolo
num texto que lhe veio à mente: “Pensem nas
gerações passadas e reparem bem: será que
alguém que confiou no Senhor ficou desiludi-
do?” Passada a crise, Bunyan não conseguia
se lembrar de onde vinha esse texto, não con-
seguiu localizá-lo em sua Bíblia, e não houve
quem pudesse lhe indicar a referência. Um ano
depois, ele escreve: “Voltando meus olhos para
os apócrifos, encontrei o texto em Siraque (ou
Eclesiástico) 2.10. A princípio, isto me deixou
um pouco perplexo, pois não fazia parte dos
textos que chamamos de santos e canônicos;
entretanto, como essa frase era o resumo e
conteúdo de muitas das promessas, era meu
dever tirar consolo dela. E eu agradeço a Deus
por essa palavra, pois foi boa para mim”.
Mensageiro | DezeMbro 2010 19
20. | ESCRITURAS SAGRADAS |
Lu ter oea
uçã o da
trad
B íblia
as Es-
s Sagrad
L
utero tr aduziu a ovo
gua do p
para a lín Jesus
crituras u Senhor
“por am or de me írito
ue o “Esp
abendo q s
Cristo”. S Deus e do
alavra de
e atr avés da P ia que o
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ensageiro | DezeMbro 2010
21. O Antigo Testamento foi traduzido ao longo tos da Dieta de Augsburgo. Na época em que
dos anos. Enquanto o Novo Testamento foi tra- escreveu a carta, estava empenhado na tradução
Não basta o dom
duzido apenas por Lutero – o Antigo Testamento dos livros proféticos do Antigo Testamento e já
foi traduzido com o apoio de Melanchthon, Bu- linguístico para traduzir tinha mais de dez anos de experiência em maté-
genhagen, Justus Jonas, Cruciger, Aurogallus e bem, disse Lutero. Traduzir ria de traduzir. Seu primeiro ensaio de tradução
Roerer. Dada a sua extensão, os livros do Antigo de textos bíblicos é de 1517, em seu primeiro
Testamento foram publicados em quatro volu- bem é graça e dom especial escrito, Os Sete Salmos Penitenciais. Nessa primei-
mes, assim que iam sendo traduzidos. de Deus. ra tentativa já se afasta da Vulgata, conforme
Porém, foi em 1534 que a tradução com- se lê no prefácio ao escrito mencionado, onde
pleta da Bíblia foi impressa. Esta é considerada diz que ultrapassou nostra translatio.
a impressão mais fina do Século XVI, realizada rer, consideram a tradução de Lutero o maior A parte da carta que interessa ao nosso
pelo editor Hans Luft, de Wittenberg. Neste acontecimento literário do século XVI. tema é a resposta de Lutero a uma crítica feita
ano de 1984, pois, a Igreja Cristã “comemora Lutero tinha consciência aguda dos proble- a sua tradução de Rm 3.28. Em vez de traduzir:
os 450 anos da impressão da Bíblia, tradução de mas envolvidos na tarefa de traduzir e do que é “... o homem é justificado pela fé, sem as obras
Lutero, considerada ‘a mais perfeita e completa necessário para traduzir bem. Não basta o dom da lei”, Lutero traduziu: “sem as obras da lei,
até hoje’”. linguístico para traduzir bem, disse ele. Traduzir somente pela fé” (“ohne des Gesetzes Werke, allein
Não foi obra pequena, nem fácil, traduzir a bem é graça e dom especial de Deus. Depois de durch den Glauben”). É na defesa de sua tradução
Bíblia para a língua do povo. Em sua Carta Aberta iniciar a empresa de traduzir a Bíblia em alemão, desse texto que Lutero enuncia os princípios a
sobre a Tradução, Lutero elabora e defende sete escreveu que, se não o tivesse tentado, poderia que aludimos. Nosso objeto não é analisar os
princípios básicos para fazer uma boa tradução. ter morrido com a ideia errônea de que era argumentos de Lutero a favor de sua tradução
O professor Arnaldo Schüller traduziu e um erudito, acrescentando que deveriam fazer de Rm 3.28, mas sublinhar os princípios de
comenta estes princípios de tradução de Lu- algum trabalho dessa natureza todos os que tradução que ele estabelece ao longo da defesa
tero, num estudo apresentado no Congresso se julgam eruditos. Com referência ao livro de de sua tradução e acrescentar ilustrações, dele
Luterano de Comunicação em São Leopoldo. Jó, informa que Melanchthon, Aurogallus e ele ou de outros.
Eis o estudo: algumas vezes mal conseguiram traduzir três
linhas em quatro dias. Muitas vezes ficavam du- PrimeirO PriNCíPiO
PriNCíPiOS De trADUçãO rante um mês inteiro à procura de uma palavra O tradutor deve atender a natureza da língua
Cresce o número de pessoas que se mos- e nem sempre a encontravam. Por outro lado, receptora, isto é, da língua para a qual traduz.
tram conscientes da necessidade de tornar a uma das muitas evidências da extraordinária Lutero observa que no texto grego nenhu-
Escritura Sagrada inteligível ao homem comum. capacidade de Lutero para traduzir a Bíblia é o ma palavra corresponde ao “somente” de sua
A reflexão sobre essa necessidade nos leva aos fato dele haver traduzido o Novo Testamento tradução, acrescentando, no estilo polêmico
problemas da arte de traduzir. Lutero é uma das em menos de três meses. da época, que seus críticos olhavam a palavra
figuras que logo nos acodem à memória quan- Os princípios de tradução defendidos e allein como a vaca olha para um portão novo.
do pensamos sobre a arte de traduzir a Bíblia. seguidos por Lutero estão sendo adotados Quando falamos de duas coisas, uma das quais
Homens como Oskar Thulin, Heinz Bluhm e E.G. ainda hoje. Serão o objeto de nossos breves é afirmada e a outra negada, é próprio da língua
Schwiebert entendem que a tradução da Bíblia comentários os princípios de que ele fala em sua alemã, argumenta ele, acrescentar a palavra
foi a realização máxima, o magnum opus de sua Carta Aberta Sobre Tradução, escrita em 1530, na allein, para que fique tanto mais completa e
vida. Outros, como, por exemplo, Wilhelm Sche- Coburg, de onde acompanhava os acontecimen- clara a negativa ou exclusiva anterior.
Mensageiro | DezeMbro 2010 21