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MINHAS HOMENAGENS A ALBERT EINSTEIN QUE REVOLUCIONOU A
CIÊNCIA MODERNA
Fernando Alcoforado*
Este artigo tem por objetivo homenagear Albert Einstein que revolucionou a ciência
moderna. Celebramos no dia 14 de março o Dia Internacional da Matemática, mas
coincidentemente foi, também, o dia em que nasceu um dos maiores gênios da
humanidade, Albert Einstein, que nasceu em Ulm em 1879, no Reino de Würtenberg,
Império Alemão (atual Baden- Würtenberg). Albert Einstein foi um físico teórico alemão
que ficou famoso por desenvolver a teoria da relatividade geral, um dos pilares da física
moderna ao lado da mecânica quântica. Einstein foi laureado com o Prêmio Nobel de
Física de 1921 por suas contribuições à física teórica e, especialmente, por sua descoberta
da lei do efeito fotoelétrico, que foi fundamental no nascimento da mecânica quântica.
Nascido em uma família de judeus alemães, mudou-se para a Suíça ainda jovem e iniciou
seus estudos na Escola Politécnica de Zurique. Obteve um cargo no escritório de patentes
suíço, enquanto ingressava no curso de doutorado da Universidade de Zurique.
Em 1905, Albert Einstein publicou cinco artigos científicos que causaram um forte impacto
no mundo da Física, quebrando alguns paradigmas estabelecidos por Galileu Galilei e Isaac
Newton no século 17. As teorias da Relatividade Restrita, publicada em 1905, e da
Relatividade Geral, em 1915, mudaram para sempre a maneira como entendemos o Universo.
Espaço e tempo deixam de ser independentes e Einstein cria um novo conceito revolucionário
na Física, o de espaço-tempo relativo. O espaço, no qual medimos distâncias, e o tempo, que
quantificamos com os relógios, não são nem absolutos, nem independentes: eles estão unidos
e formam um universo a quatro dimensões. É este novo espaço-tempo que possui uma
unidade. Na teoria da relatividade, o tempo pode ser afetado pela gravidade e pela
velocidade.
De acordo com a Teoria da Relatividade, corpos que se deslocam em velocidades
próximas à da luz (300.000 Km /s) apresentarão um encurtamento do seu comprimento
em relação a um observador externo a ele. As únicas dimensões de seu tamanho que
sofrem encurtamento são aquelas que coincidem com a direção de seu movimento. Em
quaisquer direções perpendiculares a essa direção, as dimensões dos corpos não sofrerão
alterações. Considere que uma pessoa viaje com velocidade equivalente a 80% da
velocidade da luz com relação a um referencial como a Terra. Ao término de sua viagem
a pessoa verifica em seu relógio que gastou 5 horas para concluí-la, enquanto na Terra,
um relógio teria medido o tempo desta viagem como sendo 8 h 19 min (em valor
aproximado). Em outras palavras, qualquer corpo que se desloca com velocidades
próximas à da luz sofre encurtamento (contração no espaço) e no tempo (contração no
tempo).
A ideia de que a Física deve ser a mesma para observadores que se movem uns em relação aos
outros de modo uniforme, ou seja, com velocidade constante, era aceita e defendida por
Galileu Galilei (1564-1642) e constitui-se na essência do Princípio da Relatividade de Galileu.
Tal princípio foi aplicada, também, à Mecânica de Isaac Newton (1642-1727). Até o final do
século 19, a Mecânica newtoniana era considerada o paradigma de teoria na Física, e o espaço
e o tempo eram considerados absolutos e independentes um do outro. A teoria da Relatividade
Restrita, elaborada por Albert Einstein, em 1905, forja com a Mecânica Quântica um novo
observador que se afasta significativamente daquele privilegiado do mecanicismo de Newton,
ao perder sua principal característica: poder observar o mundo de forma quase absoluta, como
se estivesse fora dele e fosse incapaz de perturbá-lo durante o ato de observar.
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Com a Teoria da Relatividade, espaço e tempo deixam, portanto, de ser independentes e
Einstein cria um novo conceito revolucionário na Física, o de espaço-tempo relativo. O espaço
e o tempo não são nem absolutos nem independentes porque eles estão unidos e formam um
universo a quatro-dimensões e é este novo espaço-tempo que possui uma unidade. As medidas
de espaço e de tempo dependem essencialmente das condições de movimento dos
observadores. Einstein deu, assim, ao princípio da relatividade um alcance mais universal,
estendendo-o aos fenômenos eletromagnéticos e a qualquer movimento. Einstein deixa claro
que sua Teoria da Relatividade não invalidava a teoria de Newton. Ele afirmava que, quando
as velocidades envolvidas em um fenômeno são pequenas comparadas com a velocidade da
luz, a mecânica newtoniana poderia ser aplicada não havendo, portanto, a necessidade de usar
a Relatividade de Einstein para sua descrição correta. Quando se aborda fenômenos físicos
com velocidades próximas á da luz deve-se utilizar a teoria da relatividade geral de Einstein.
Com a Teoria da Relatividade Geral, Einstein estende o princípio da Relatividade Restrita,
como ficou conhecida a Teoria da Relatividade de 1905, aos movimentos acelerados, do que
resulta uma nova teoria da Gravitação e a base teórica de uma Cosmologia Científica. A
contribuição da Teoria da Relatividade de Einstein tem sido fundamental, não apenas para
conhecer os segredos do Universo, mas também, no desenvolvimento, por exemplo, da
eletrônica. Sem a Teoria da Relatividade não se entenderiam as propriedades dos
semicondutores, que são materiais essenciais para a indústria de componentes eletrônicos. Não
haveria, processadores como os de hoje, muito menos a própria internet. Seria, portanto, um
mundo sem computador e sem uma parte expressiva das conquistas tecnológicas modernas,
como a Inteligência Artificial. Só esse exemplo prático já dá uma dimensão do legado de
Einstein, sem falar do desenvolvimento da energia nuclear. Sua concepção de que massa e
energia, que não são conhecimentos independentes, está na origem do desenvolvimento da
física nuclear, com suas consequências negativas e positivas que todos conhecem: a bomba
atômica de um lado, a geração de energia e a preparação de radioisótopos de uso médico de
outro.
Outro legado que Einstein pretendia deixar para a humanidade foi o de uma teoria unificada
das forças da natureza, isto é a teoria do campo unificado, em que ele procuraria explicar e
conectar em uma só estrutura teórica todos os fenômenos físicos juntando a mecânica
quântica e a teoria da relatividade geral em um único tratamento teórico e matemático.
Até sua morte em 1955, Albert Einstein procurou desenvolver uma formulação
geométrica que não só explicasse os fenômenos eletromagnéticos, mas também os
unificasse com a gravitação e não conseguiu. A ideia de unificação é fundamental em
física. O poder ou eficácia de uma teoria pode ser medido pela quantidade de fenômenos
diversos que ela pode explicar. Newton unificou a física dos fenômenos gravitacionais
celestes com a dos fenômenos gravitacionais terrestres. No século 19, Faraday, Maxwell
e outros mostraram que fenômenos elétricos e magnéticos podem ser descritos
conjuntamente pelo campo eletromagnético. Em Física, uma teoria do campo
unificado permitiria que todas as forças fundamentais sejam descritas em termos de um
único campo. Não há ainda nenhuma teoria do campo unificado aceita, e este assunto
permanece como um campo aberto para a pesquisa.
Einstein estava nos Estados Unidos quando o nazismo chegou ao poder na Alemanha, em
1933, e não voltou para o seu país de origem, onde tinha sido professor da Academia de
Ciências de Berlim. Naturalizou-se cidadão dos Estados Unidos em 1940. Einstein alertou
o presidente Franklin Delano Roosevelt que a Alemanha poderia estar desenvolvendo
uma arma atômica, recomendando ao governo norte-americano começar uma pesquisa
semelhante, o que levou ao que se tornaria o Projeto Manhattan. Apoiou as forças aliadas
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na 2ª Guerra Mundial, denunciando no entanto a utilização da bomba atômica como uma
arma de guerra. Assinou com Bertrand Russell o Manifesto Russell-Einstein que destacou
o perigo das armas nucleares. Albert Einstein nos deixou a imagem de um cientista íntegro,
eticamente envolvido com o progresso da sociedade em que vivia, capaz de se rebelar contra
o nazismo e qualquer forma de opressão. Foi afiliado ao Instituto de Estudos Avançados da
Universidade de Princeton, onde trabalhou até sua morte em 1955 aos 76 anos. Suas
grandes conquistas intelectuais e originalidade fizeram da palavra "Einstein" sinônimo de
gênio. Em 1999, foi eleito por 100 físicos renomados o mais memorável físico de todos
os tempos. No mesmo ano, a revista Time, em uma compilação com as pessoas mais
importantes e influentes, classificou-o a personalidade do século XX.
* Fernando Alcoforado, 84, condecorado com a Medalha do Mérito da Engenharia do Sistema
CONFEA/CREA, membro da Academia Baiana de Educação, da SBPC- Sociedade Brasileira para o
Progresso da Ciência e do IPB- Instituto Politécnico da Bahia, engenheiro pela Escola Politécnica da UFBA
e doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona,
professor universitário (Engenharia, Economia e Administração) e consultor nas áreas de planejamento
estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, foi
Assessor do Vice-Presidente de Engenharia e Tecnologia da LIGHT S.A. Electric power distribution
company do Rio de Janeiro, Coordenador de Planejamento Estratégico do CEPED- Centro de Pesquisa e
Desenvolvimento da Bahia, Subsecretário de Energia do Estado da Bahia, Secretário do Planejamento de
Salvador, é autor dos livros Globalização (Editora Nobel, São Paulo, 1997), De Collor a FHC- O Brasil e
a Nova (Des)ordem Mundial (Editora Nobel, São Paulo, 1998), Um Projeto para o Brasil (Editora Nobel,
São Paulo, 2000), Os condicionantes do desenvolvimento do Estado da Bahia (Tese de doutorado.
Universidade de Barcelona,http://www.tesisenred.net/handle/10803/1944, 2003), Globalização e
Desenvolvimento (Editora Nobel, São Paulo, 2006), Bahia- Desenvolvimento do Século XVI ao Século XX
e Objetivos Estratégicos na Era Contemporânea (EGBA, Salvador, 2008), The Necessary Conditions of
the Economic and Social Development- The Case of the State of Bahia (VDM Verlag Dr. Müller
Aktiengesellschaft & Co. KG, Saarbrücken, Germany, 2010), Aquecimento Global e Catástrofe Planetária
(Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo, São Paulo, 2010), Amazônia Sustentável- Para o
progresso do Brasil e combate ao aquecimento global (Viena- Editora e Gráfica, Santa Cruz do Rio Pardo,
São Paulo, 2011), Os Fatores Condicionantes do Desenvolvimento Econômico e Social (Editora CRV,
Curitiba, 2012), Energia no Mundo e no Brasil- Energia e Mudança Climática Catastrófica no Século XXI
(Editora CRV, Curitiba, 2015), As Grandes Revoluções Científicas, Econômicas e Sociais que Mudaram o
Mundo (Editora CRV, Curitiba, 2016), A Invenção de um novo Brasil (Editora CRV, Curitiba,
2017), Esquerda x Direita e a sua convergência (Associação Baiana de Imprensa, Salvador, 2018, em co-
autoria), Como inventar o futuro para mudar o mundo (Editora CRV, Curitiba, 2019), A humanidade
ameaçada e as estratégias para sua sobrevivência (Editora Dialética, São Paulo, 2021), A escalada da
ciência e da tecnologia ao longo da história e sua contribuição ao progresso e à sobrevivência da
humanidade (Editora CRV, Curitiba, 2022), de capítulo do livro Flood Handbook (CRC Press, Boca Raton,
Florida, United States, 2022), How to protect human beings from threats to their existence and avoid the
extinction of humanity (Generis Publishing, Europe, Republic of Moldova, Chișinău, 2023) e A revolução
da educação necessária ao Brasil na era contemporânea (Editora CRV, Curitiba, 2023).