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Messyas Rhennyk
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Messyas Rhennyk
O fim do mosquito da dengue
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Copyright © por Messyas Rhennyk
Texto registrado na Fundação Biblioteca Nacional - Escritório de Direitos Autorais
N° Registro: 656.335 Livro: 1263 Folha: 359
É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio e para qualquer
fim, sem a autorização prévia, por escrito, do autor.
Obra protegida pela Lei de Direitos Autorais. Os infratores serão penalizados conforme
previsto em lei.
Caso tenha gostado do texto e queira usa-lo, basta pedir a devida autorização do autor.
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O Fim do mosquito da dengue
Introdução
O fim do mosquito da dengue é peça teatral que conta de forma dramática a história de
uma família humilde que vive na zona rural, uma comédia muito engraçada! Eles por
de falta de prevenção acabam atraindo o Aedes aegypyt, mosquito transmissor da
dengue e Chiquim o filho mais novo de seu Hortenço e dona Toinha acaba contraindo a
doença. Dardor sua irmã mais velha se desespera juntamente com seus pais pois pensa
que seu irmãozinho iria morrer, é quando os agentes de saúde chegam a tempo e os
orientam como tomar as devidas providencias e graças à campanha de combate a este
perigoso inimigo no final da história quem acaba tendo um fim é o mosquito da dengue.
Atenção: O autor usou e abusou da licença poética, sendo assim o texto está em sua
forma original, sem correção ortográfica.
“ Licença poética é uma incorreção de linguagem permitida na poesia. Em sentido mais amplo, são
opiniões, afirmações, teorias e situações que não seriam aceitáveis fora do campo da literatura.
A poesia pode fazer uso da chamada licença poética, que é a permissão para extrapolar o uso da norma
culta da língua, tomando a liberdade necessária para utilizar recursos como o uso de todas as figuras de
linguagem, desvios da norma ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a utilização de
figuras de estilo como a hipérbole ou outras que assumem o carácter "fingidor" da poesia, de acordo com
a conhecida fórmula de Fernando Pessoa ("O poeta é um fingidor"). A licença poética é permitida para
que o escritor tenha toda a liberdade para manipular as palavras, para que ele possa passar tudo o que
pensa ao leitor”.
Cenário:
Casa humilde composta de mesa e cadeiras de madeira e utensílios simples. Na frente
da casa tem pneus, garrafas de boca para cima, tampinhas de garrafas, latas vazias de
manteiga, sardinha e óleo, dentre outras, e muito lixo.
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Messyas Rhennyk
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Perfil dos personagens:
Dramatização:
Mosquito da dengue
Parte 1
Eu sou o Aedes aegypt, vim para matar, qualquer um que vacilar o sangue vou sugar.
Não quero nem saber, posso atacar a qualquer momento! Hum, aonde encontrarei água
parada para repousar? Voei por algumas casas mais não encontrei. Será se é a população
que está fazendo campanha para me combater? Ah, mas eu vou sair voando até
encontrar, sei que sempre tem uma pessoa desleixada que deixa a caixa d`água aberta,
água nos suportes das plantas, pneus descobertos, garrafas de boca para cima, tampinhas
de garrafas e latas jogadas no quintal. Esses objetos acumulam água da chuva, o lugar
ideal para mim...
Parte 2
(Enquanto isso, é quase meio dia, dona Toinha está fazendo o almoço em fogo de lenha,
Dardor está sentada à mesa muito inquieta) ...
Dardor
Ê mãe termina logo de apreparar o rango, tou com fome muié, ave!
Toinha
Personagem Perfil Figurino
Hortenço O pai. Senhor caipira de trinta a
quarenta anos.
Calça remendada, camisa
quadriculada, chapéu de palha e
chinelos de couro.
Toinha A mãe. Senhora caipira de vinte
a trinta anos. Está grávida.
Vestido de chita, pano na
cabeça, chinelos de couro.
Dardor A filha mais velha do casal, tem
mais ou menos uns dez anos.
Vestido de chita, chinelos de
couro.
Chiquim O filho mais novo do casal.
Tem mais ou menos uns sete
anos.
Short simples, camisa, chupeta
na boca, chinelos de couro.
Ana Agente de saúde. Uniforme padrão de agente de
saúde.
Messias Agente de saúde. Uniforme padrão de agente de
saúde.
Aedes aegipty O mosquito da dengue. Fantasia do mosquito da
dengue.
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Messyas Rhennyk
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Eita minina morta de fome, credo! Num sei donde tu bota tanta comida, tu acabou de
incher o bucho com farofa de rabo de porco e café preto muié e já tá quereno o dicumer
do armoço, cruz credo pé de pato, nem eu que tou buchuda de seis mês vivo com a fome
dessa minina!
Dardor
Mas mãe, a farofa com café era só uma merendinha, tou com o estombo brocado de
fome.
Toinha
Dexa de olho grande. Tu parece que é mais antiga do que a fome.
Dardor
A sinhora mermo que falou que eu e Chiquim deve comer muito, mode que nós tamo
em faze de crescimento.
Toinha
Péra só um pouco mais, só tá faltano eu abrir a lata da sardinha. (Ela abre a lata e joga
na frente da casa) Teu pai num gosta de galeto, por isso tive que cumprar sardinha pra
ele.
Parte 3
(Hortenço entra em cena reclamando da vida.)
Hortenço
Ai que solo quente dos inferno, ai que dor nas minha cadeira, eita que gosto de merda
na boca!
Na feira que rem eu tenho que mandar cumpade Chico dos porco arrancar este dente
pode.
(A menina corre e abraça o pai)
Dardor
Pain o sinhor chegou!
Hortenço
Sim minha fia é hora do rango, minhas tripa tá rueno, a broca no bucho da grande!
Toinha o rango rá tá pronto?
Toinha
Sim Hortenço acabei de apreparar, só tava esperano tu chegar!
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Hortenço
Oxente, e donde tá Chinquim?
Toinha
Chiquim anda no mundo, mais cumpoca ele chega, deve de tá bricano lá na casa de
cumade Chica da ferida braba.
Hortenço
De novo nas porta aleia na hora do armoço? Ah, mas eu ainda dou uma piza nele por
causa disso.
Dardor
É pain ele todo dia vive nas porta das casa aleia ispiano a cumida dos outro.
Toinha
Dexa de ser fuxiquera e vai lá chamar o Chiquin Dardor!
Dardor
Tabom mãe...
Hortenço
(Sentado à mesa, abre uma lata de manteiga e diz) Toinha, a manteiga já acabou?
Toinha
E tu quer que uma lata de manteiga dure um ano é? Tu mermo sabe que esses minino
come mais do que um bando de porco morta fome!
Hortenço
(Joga a lata vazia na frente da casa) Derte jeito quero ver se tem dinheiro que aguente.
(As crianças chegam, Chiquim entra brincando com um pneu)
Chiquim
Mãe, pain , cheguei!
Mãe bota meu dicumer tou com fome!
Hortenço
(Reclamando) Chiquin, essa é hora de tá no mundo? Eu só tou te avisano, ainda vou te
dar uma piza daquelas que até o cão rai ter pena, já te disse que hora de armoço num é
hora de tá nas porta aleia!
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Chiquim
Não pain, eu tava era lá no bueiro bricano com o Zezin!
Hortenço
É verdade Dardor?
Dardor
Hum...
Toinha
Num mente não sua fuxiqueira, se tu inventar história aqui, tua rai ver o que é bom pra
tosse!
Dardor
É pai, ele tava no bueiro mermo.
Hortenço
Quero é ver tu nas casa aleia...Tira essa chupeta da boca que tu rá tá grande e joga esse
pneu no mato que aqui né monturo não!
Chiquim
(Chora escandalosamente). Não... minha chupeta não.... Meu pneu não... É meu
brinquedim, eu achei, é meu... Mãe, o pai quer tomar minha chupeta e jogar meu
brinquedim no mato.
Toinha
Ô Hortenço deixa o mininu com o brinquedim dele.
Dardor
Também todo lixo que esse olho de bomba traz da rua a mãe deixa ele jogar no quintá.
Chiquim
Cala tua boca sua venta de porco!
Dardor
Calo a boca se eu quiser, abaixa a crista seu mané! Quem manda na minha boca é eu...
Toinha
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Para todo mundo com essa confusão agora mermo! Gente é hora do armoço, a hora
mais sagrada que Deus deixou...
Hortenço
Ninguém aqui tá fazenu confusão, quem manda tu dá muito dengo pra esse mininu.
Toinha
Hortenço, dexa o mininu .... Vem neném, pode deixar seu brinquedim no quintá!
Chiquim
(Olha para Dardor e dar língua) Tá venu abestada mamãe deixou... (Dar vaias e joga o
pneu no quintal).
Dardor
Pain o Chiquim tá me danu língua!
Hortenço
Para de caçar conversa com tua irmã Chiquim.
Chiquim
É mentira da Dardor pai! Eita minina mentirosa, caçadora de conversa.
Hortenço
Para de caçar conversa com teu irmão Dardor...
Toinha
Pessoá, rocês rão cumer ou não? Ramu deixar de briga e umbora incher o bucho.
Hortenço
Toinha pode botar o dicomer.
Toinha
Vamo todo mundo se abancar na mesa...
Chiquim
(Brigando com a Dardor) O percoço do galeto é meu...
Dardor
É meu, eu peguei primeiro e tu já ganhou onte!
Chiquim
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Mãe a Dardor quer robar o percoço , hoje esse pedaço é meu.
Hortenço
Rocês quer apanhar na hora do armoço é?
Toinha
Minha fia como tu é caçadora de conversa, tu num sabe que hoje o percoço é do
Chiquim muié?!
Dardor
Ave! O percoço é o pedaço que eu mais gosto!
Hortenço
Mas hoje o pedaço é do Chiquim! Rumbora, deixa de encrenca e come outro pedaço.
Dardor
Apois mãe me dar os pé e o subricú...
Toinha
Toma, amanhã mamãe dá o percoço pra minha fia, tabom!?
(Sobe uma trilha sonora enquanto eles almoçam e de repente som de chuva)
Hortenço
Rum, Hum, Hum! Duma hora pra outra começou a chover, o céu num tava nem bonito
de chuva...
Toinha
É chuva passageira, já, já, acaba!
Hortenço
Com chuva ou com solo nós ramo pra roça hoje de tarde.
Chiquim
Eu num quero ir pra roça não, tou cansado.
Dardor
Cansado... Tu tá é com priguiça nos coro.
Chiquim
Tou cansado sim sua dentuça, olho de bomba!
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Dardor
Cansado de fazer o que mermo? Eu sim é que tou cansada, ajudei a mãe incher as
cocheiras tudim buscano água lá na cacimba e tu num fez nadinha, só ficou brincano lá
na grota com aquele pneu sujo. Eu é que rou ficar aqui em casa deitada a tarde toda, né
pain?
Hortenço
Tu rai ficar aonde mermo? Tu né dona do teu nariz não viu e nem tu Chiquim, tu num te
governa não. Rai todo mundo me ajudar na roça hoje e ramo se apressar pra num perder
tempo.
Toinha
É isso mermo, agora umbora trabaiá...
Hortenço
Chiquim pega a enxada e o ciscador pra mim... (Chiquim se levanta e sai pisoteando
com má vontade). Tá veno Toinha? Esse minino tá muito pra frente, na hora que eu
pegar ele com o cipó de tamarina ele rai ver.
Chiquim
Aqui pai.
Hortenço
Tou só juntano tuas malcriação... Vamu , vamu pra roça trabaiá.
(Eles saem de cena e entra o mosquito)
Parte 4
Mosquito da dengue
Oba achei, olha quanta sujeira neste quintal! É assim que eu gosto, pois desta forma eu
e meus amigos poderemos proliferar. Hum, vou pousar aqui neste pneu e quando o sol
esfriar um pouco procurarei uma pessoa para sugar o sangue, afinal, tenho que me
alimentar (Dar gargalhadas) ...
Parte 5
(Um tempinho depois a família retorna da roça)
Toinha
Ai minhas costas, tou com uma dor horrivi nas minhas cadeira!
Hortenço
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Mia fia num te preocupa, quando nós chegar em casa rou fazer um chá de bosta seca de
cachorro pra tu, é tiro e queda!
Chiquim
Chá de bosta de cachorro? Eca!
Hortenço
Ecá o que ? Pra dor nas cadeira num tem chá mió do que chá de bosta de cachorro, mas
tem que ser bosta seca.
Dardor
Eu odeio chá, e de bosta, só de pensar me dar vontade de baldear, eca!
Chiquim
Pelo menos uma vez na vida tu concordou comigo.
Dardor
Mas chá de bosta de cachorro deve de ser horrive mermo!
Mosquito da dengue
Olha só, lá vem gente! É agora que vou picar alguém! (O mosquito vai em direção a
Chiquim e o pica).
Parte 6
(Em casa)
Chiquim
Ai mãe, minha cabeça tá dueno, meus zoi também e tou com uma moleza no corpo!
Dardor
Deixa de inventar doença pra num trabaiá seu preguiçoso!
Toinha
Valei-me minha nossa sinhora! Hortenço, Chiquim tá queimano de febre!
Chiquim
(Chorando) Ai, mãe...
Toinha
Meu Deus, o que será que este minino tem?
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Hortenço
Eita Toinha o negoço aqui é sério, ele tá muito má!
Dardor
Ele tá duente de verdade é papai?
Hortenço
Sim minha fia!
Dardor
(Chorando escandalosamente) Ai minha nossa sinhora Dardor, meu irmãozim vai
morrer!
Chiquim
(Chorando) Ai minha cabeça, ai meus zoi, ai minhas cadeira, ai...
Hortenço
Num chora não meu fiinho...
Dardor
(Chorando) Chiquim meu irmaozim tu num vai morrer, não! Ô meu Deus num dexa
meu irmaozim morrer, eu gosto tanto dele!
Toinha
Deixa de agouro minina, ele num vai morrer não, rum! (Chorando).
(Neste momento os agentes de saúde entram em cena com cartazes e informativos sobre
a Dengue).
Parte 7
Messias
Ana, já passamos em todas as casas deste setor, só falta a casa da dona Toinha.
Ana
Sim... É impressionante como muita gente ainda não está combatendo a dengue, a
dengue pode até matar! (Eles chegam na casa da dona Toinha).
Messias
Olha Ana, veja quanta sujeira na frente desta casa!
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Messyas Rhennyk
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Ana
Sujeira e muita água parada nestes recipientes.
Messias
Ô de casa! Dona Toinha, seu Hortenço!
Dador
Pai, mãe, é o pessoá da saúde.
Toinha
Hortenço, é os agente de saúde!
Hortenço
Dotor, dotora, graças a Deus rocês apareceu, venha vê meu Chiquim, ele tá duente...
Ana
Mas o que ele tem?
Toinha
Num sei dotora ele tá muito má!
Messias
Pode me dizer o que ele está sentindo?
Hortenço
Ele tá com dor de cabeça, dor nos zoi, nas juntas, e muita febre!
Ana
Eita dona Toinha, seu filho está é com os sintomas da dengue!
Toinha
(Chorando) Ai meu Deus, meu fiim tá dengoso! E agora dotora, ele vai morrer é?
Messias
Calma dona Toinha...
Dardor
Dotor dar um remedi pra o meu irmãozin!
Hortenço
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Sim Dotor o sinhor tem ai algum comprimido pra meu meninu? Pode ser AAS,
melhorá, ou dorir!
Ana
Seu Hortenço a pessoa com dengue não pode tomar remédios à base de ácido acetil
salicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal e outros similares.
Toinha
Não? Mas mode que?
Messias
Como eles têm um efeito anticoagulante, podem promover sangramentos.
Toinha
(Chorando) Ai, meu Deus e agora?
Ana
Acalme-se dona Toinha, esta doença tem tratamento!
Hortenço
Apois nos diga, só num deixa meu mininim bater as bota.
Toinha
Pelas contas do rosário!
Messias
O tratamento da dengue requer bastante repouso e a ingestão de muito líquido, como
água, sucos naturais ou chá. No tratamento, também são usados medicamentos
antitérmicos que devem ser recomendados por um médico.
Ana
É preciso ficar alerta para os quadros mais graves da doença. Se aparecerem sintomas,
como dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes, tonturas ao levantar,
alterações na pressão arterial, fígado e baço dolorosos, vômitos hemorrágicos ou
presença de sangue nas fezes, extremidades das mãos e dos pés frias e azuladas, pulso
rápido e fino, diminuição súbita da temperatura do corpo, agitação, fraqueza e
desconforto respiratório, o doente deve ser levado imediatamente ao médico.
Toinha
Mas como esta doença infame veio atacar logo meu fiim, dotora?
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Ana
É, dona Toinha infelizmente vocês aqui contribuíram e muito para a proliferação do
Aedes aegipyt mosquito transmissor da dengue!
Hortenço
Nóis comtribuiu, como?
Messias
Sim... Veja a situação do quintal de vocês; olha só: pneu, latas, água parada nestes
vasos, folhas com água da chuva, sacos plásticos, por fim quanto lixo neste quintal.
Ana
Por causa da água parada que tem aqui seu filho poderia até morrer!
Toinha
Discujuro pé de pato! Donde tá a madeira pra eu bater minha gente?
Ana
Estamos aqui para fazermos o acompanhamento do seu filho, não se preocupe ele ficará
bem.
Dardor
(Abraçando o Chiquim) Oba, meu irmãozin rai ficar bom, ô mininu lindo!
Chiquim
Sai daqui sua falsa, tu só vive fuxicano pra pain me bater!
Dardor
Eu caço conversa com tu, mas eu te gosto venta de porco!
Chiquim
Olho de bomba! (Eles se abraçam).
Toinha
Ta veno dotora, esses mininos é igual cachorro e gato, mas eles se gostam muito!
Ana
Criança é assim mesmo dona Toinha, brigam mais se amam!
Hortenço
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Messyas Rhennyk
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E o tratamento da doença do minino como rai ficar?
Ana
Iremos fazer os devidos procedimentos...
Messias
Mas tudo será em vão se vocês não contribuírem, vamos limpar este quintal agora
mesmo!
Toinha
Vamo Dardor, vamo Hortenço, vamo alimpar o quintá.
Ana
Pois vamos minha gente, vamos todos juntos dar um fim no mosquito da dengue!
(Colocar uma música bem animada de combate à dengue enquanto eles fazem a
limpeza).
Messias
Agora sim, com um local limpo, arrumado e organizado, não há espaço para a dengue,
desse jeito quero ver se o mosquito tem vez!
Hortenço
Nesta casa a partir de hoje mais nunca vamo deixar nada que faça aparecer este
mosquito infame.
Toinha
É isso mermo!
Messias
Muito bem, se toda a população agir dessa forma daremos um fim no mosquito da
dengue!
Ana
Então por hoje cumprimos nossa missão aqui, amanhã retornaremos para continuarmos
o acompanhamento do seu filho dona Toinha.
Toinha
Agradicida dotora, agradicida dotor!
Ana
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Por nada...
Messias
Por nada dona Toinha, mas só lembrando eu e a Ana somos apenas agentes de saúde,
vocês insistem em nos chamar de doutores (Risos).
Hortenço
Pra mim é tudo a merma coisa... Agradicido dotor!
Messias
Não há de que, esse é nosso dever! (Dizendo à plateia). Nunca se esqueçam para
combater a dengue devemos:
-Não deixar água parada em pneus fora de uso. O ideal é fazer furos nestes pneus para
evitar o acúmulo de água;
Ana
Não deixar água acumulada sobre a laje de sua residência;
Messias
Não deixar a água parada nas calhas da residência. Remover folhas, galhos ou qualquer
material que impeça a circulação da água.
Ana
A vasilha que fica abaixo dos vasos de plantas não pode ter água parada. Vocês devem
deixar estas vasilhas sempre secas ou cobri-las com areia;
Messias
Caixas de água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem
vedadas. O mesmo vale para poços artesianos ou qualquer outro tipo de reservatório de
água;
Ana
Vasilhas que servem para animais beberem não devem ficar mais do que um dia sem
trocar;
Messias
As piscinas devem ter tratamento de água com cloro (sempre na quantidade
recomendada). Piscinas não utilizadas devem ser desativadas e permanecer sempre
secas;
Ana
18
Messyas Rhennyk
(86) 9 9501-0420
Garrafas ou outros recipientes semelhantes devem ser armazenados em locais cobertos e
sempre de cabeça para baixo. Se não forem usados devem ser embrulhados em sacos e
descartados no lixo.
Messias
Não descartar lixo em terrenos baldios e manter a lata de lixo sempre bem fechada;
Ana
As bromélias costumam acumular água entre suas folhas. Para evitar a reprodução do
mosquito, o ideal é regar esta planta com uma mistura de 1 litro de água e uma colher de
água sanitária.
Messias
E sempre que observar alguma situação que você não possa resolver, avisar
imediatamente um agente público de saúde para que uma medida eficaz seja tomada.
Toinha
É isso aí, nós daqui de casa ramo seguir todas essas dica! O fim do mosquito da dengue
chegou!
Chiquim
Assim nem eu e nem as outras crianças iremos pegar dengue...
Dardor
Vem meu irmaozin, vem eu vou cuidar de tu.
Ana
Até mais pessoal, espero que vocês tenham aprendido a lição.
A família
Tchau!
(Os agentes vão embora, a família entra na casa e o mosquito retorna).
Mosquito da dengue
Mas o que está acontecendo? Rodei a cidade inteira e não achei água parada em
nenhum lugar... Ah! Já sei, vou voltar lá para aquela casa cheia de lixo e água
acumulada, pois lá é do jeito que eu gosto...
Mas aqui também está tudo limpo, não acredito! (Gritando) Socorro, socorro, socorro,
estou sem forças, voei tanto e não encontrei água parada... Ai, estou me sentido muito
mal... Não tenho como me proliferar mais... Socorro! Toda a população está contra
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Messyas Rhennyk
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mim, socorroooo.... Hoje é o meu último dia, é o fim do mosquito da dengue! (Ele dar
um grito bem alto e morre, colocar a trilha animada de combate à dengue).
Fim
Biografia
Messyas Rhennyk é:
 Ator pela Escola Técnica Estadual de Teatro Professor Gomes Campos.
(Registro profissional de artista: DRT N°0000351-PI);
 Bacharel em Teologia, Licenciado em História e pós-graduado em gestão e
docência do ensino superior pela Faculdade FAEPI;
 Empresário na Rhennyk – a marca da natureza;
 Instrutor e educador social em instituições sociais e culturais;
 Autor dos livros:
 Cursos de Produtos artesanais, Editora Livre Expressão, Rio de Janeiro,
2011.
 Como rezar, Editora Apollo, Teresina-PI, 2014.
 Nascimento de Jesus- O Messias, Câmara Brasileira de Jovens
Escritores, Rio de Janeiro, 2016.
Texto registrado na Fundação Biblioteca Nacional - Escritório de Direitos Autorais
N° Registro: 656.335 Livro: 1263 Folha: 359
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Contatos: (86) 9 9501-0420

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Messyas rhennyk o fim do mosquito da dengue

  • 1. 1 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 Messyas Rhennyk O fim do mosquito da dengue
  • 2. 2 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 Copyright © por Messyas Rhennyk Texto registrado na Fundação Biblioteca Nacional - Escritório de Direitos Autorais N° Registro: 656.335 Livro: 1263 Folha: 359 É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio e para qualquer fim, sem a autorização prévia, por escrito, do autor. Obra protegida pela Lei de Direitos Autorais. Os infratores serão penalizados conforme previsto em lei. Caso tenha gostado do texto e queira usa-lo, basta pedir a devida autorização do autor.
  • 3. 3 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 O Fim do mosquito da dengue Introdução O fim do mosquito da dengue é peça teatral que conta de forma dramática a história de uma família humilde que vive na zona rural, uma comédia muito engraçada! Eles por de falta de prevenção acabam atraindo o Aedes aegypyt, mosquito transmissor da dengue e Chiquim o filho mais novo de seu Hortenço e dona Toinha acaba contraindo a doença. Dardor sua irmã mais velha se desespera juntamente com seus pais pois pensa que seu irmãozinho iria morrer, é quando os agentes de saúde chegam a tempo e os orientam como tomar as devidas providencias e graças à campanha de combate a este perigoso inimigo no final da história quem acaba tendo um fim é o mosquito da dengue. Atenção: O autor usou e abusou da licença poética, sendo assim o texto está em sua forma original, sem correção ortográfica. “ Licença poética é uma incorreção de linguagem permitida na poesia. Em sentido mais amplo, são opiniões, afirmações, teorias e situações que não seriam aceitáveis fora do campo da literatura. A poesia pode fazer uso da chamada licença poética, que é a permissão para extrapolar o uso da norma culta da língua, tomando a liberdade necessária para utilizar recursos como o uso de todas as figuras de linguagem, desvios da norma ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a utilização de figuras de estilo como a hipérbole ou outras que assumem o carácter "fingidor" da poesia, de acordo com a conhecida fórmula de Fernando Pessoa ("O poeta é um fingidor"). A licença poética é permitida para que o escritor tenha toda a liberdade para manipular as palavras, para que ele possa passar tudo o que pensa ao leitor”. Cenário: Casa humilde composta de mesa e cadeiras de madeira e utensílios simples. Na frente da casa tem pneus, garrafas de boca para cima, tampinhas de garrafas, latas vazias de manteiga, sardinha e óleo, dentre outras, e muito lixo.
  • 4. 4 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 Perfil dos personagens: Dramatização: Mosquito da dengue Parte 1 Eu sou o Aedes aegypt, vim para matar, qualquer um que vacilar o sangue vou sugar. Não quero nem saber, posso atacar a qualquer momento! Hum, aonde encontrarei água parada para repousar? Voei por algumas casas mais não encontrei. Será se é a população que está fazendo campanha para me combater? Ah, mas eu vou sair voando até encontrar, sei que sempre tem uma pessoa desleixada que deixa a caixa d`água aberta, água nos suportes das plantas, pneus descobertos, garrafas de boca para cima, tampinhas de garrafas e latas jogadas no quintal. Esses objetos acumulam água da chuva, o lugar ideal para mim... Parte 2 (Enquanto isso, é quase meio dia, dona Toinha está fazendo o almoço em fogo de lenha, Dardor está sentada à mesa muito inquieta) ... Dardor Ê mãe termina logo de apreparar o rango, tou com fome muié, ave! Toinha Personagem Perfil Figurino Hortenço O pai. Senhor caipira de trinta a quarenta anos. Calça remendada, camisa quadriculada, chapéu de palha e chinelos de couro. Toinha A mãe. Senhora caipira de vinte a trinta anos. Está grávida. Vestido de chita, pano na cabeça, chinelos de couro. Dardor A filha mais velha do casal, tem mais ou menos uns dez anos. Vestido de chita, chinelos de couro. Chiquim O filho mais novo do casal. Tem mais ou menos uns sete anos. Short simples, camisa, chupeta na boca, chinelos de couro. Ana Agente de saúde. Uniforme padrão de agente de saúde. Messias Agente de saúde. Uniforme padrão de agente de saúde. Aedes aegipty O mosquito da dengue. Fantasia do mosquito da dengue.
  • 5. 5 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 Eita minina morta de fome, credo! Num sei donde tu bota tanta comida, tu acabou de incher o bucho com farofa de rabo de porco e café preto muié e já tá quereno o dicumer do armoço, cruz credo pé de pato, nem eu que tou buchuda de seis mês vivo com a fome dessa minina! Dardor Mas mãe, a farofa com café era só uma merendinha, tou com o estombo brocado de fome. Toinha Dexa de olho grande. Tu parece que é mais antiga do que a fome. Dardor A sinhora mermo que falou que eu e Chiquim deve comer muito, mode que nós tamo em faze de crescimento. Toinha Péra só um pouco mais, só tá faltano eu abrir a lata da sardinha. (Ela abre a lata e joga na frente da casa) Teu pai num gosta de galeto, por isso tive que cumprar sardinha pra ele. Parte 3 (Hortenço entra em cena reclamando da vida.) Hortenço Ai que solo quente dos inferno, ai que dor nas minha cadeira, eita que gosto de merda na boca! Na feira que rem eu tenho que mandar cumpade Chico dos porco arrancar este dente pode. (A menina corre e abraça o pai) Dardor Pain o sinhor chegou! Hortenço Sim minha fia é hora do rango, minhas tripa tá rueno, a broca no bucho da grande! Toinha o rango rá tá pronto? Toinha Sim Hortenço acabei de apreparar, só tava esperano tu chegar!
  • 6. 6 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 Hortenço Oxente, e donde tá Chinquim? Toinha Chiquim anda no mundo, mais cumpoca ele chega, deve de tá bricano lá na casa de cumade Chica da ferida braba. Hortenço De novo nas porta aleia na hora do armoço? Ah, mas eu ainda dou uma piza nele por causa disso. Dardor É pain ele todo dia vive nas porta das casa aleia ispiano a cumida dos outro. Toinha Dexa de ser fuxiquera e vai lá chamar o Chiquin Dardor! Dardor Tabom mãe... Hortenço (Sentado à mesa, abre uma lata de manteiga e diz) Toinha, a manteiga já acabou? Toinha E tu quer que uma lata de manteiga dure um ano é? Tu mermo sabe que esses minino come mais do que um bando de porco morta fome! Hortenço (Joga a lata vazia na frente da casa) Derte jeito quero ver se tem dinheiro que aguente. (As crianças chegam, Chiquim entra brincando com um pneu) Chiquim Mãe, pain , cheguei! Mãe bota meu dicumer tou com fome! Hortenço (Reclamando) Chiquin, essa é hora de tá no mundo? Eu só tou te avisano, ainda vou te dar uma piza daquelas que até o cão rai ter pena, já te disse que hora de armoço num é hora de tá nas porta aleia!
  • 7. 7 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 Chiquim Não pain, eu tava era lá no bueiro bricano com o Zezin! Hortenço É verdade Dardor? Dardor Hum... Toinha Num mente não sua fuxiqueira, se tu inventar história aqui, tua rai ver o que é bom pra tosse! Dardor É pai, ele tava no bueiro mermo. Hortenço Quero é ver tu nas casa aleia...Tira essa chupeta da boca que tu rá tá grande e joga esse pneu no mato que aqui né monturo não! Chiquim (Chora escandalosamente). Não... minha chupeta não.... Meu pneu não... É meu brinquedim, eu achei, é meu... Mãe, o pai quer tomar minha chupeta e jogar meu brinquedim no mato. Toinha Ô Hortenço deixa o mininu com o brinquedim dele. Dardor Também todo lixo que esse olho de bomba traz da rua a mãe deixa ele jogar no quintá. Chiquim Cala tua boca sua venta de porco! Dardor Calo a boca se eu quiser, abaixa a crista seu mané! Quem manda na minha boca é eu... Toinha
  • 8. 8 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 Para todo mundo com essa confusão agora mermo! Gente é hora do armoço, a hora mais sagrada que Deus deixou... Hortenço Ninguém aqui tá fazenu confusão, quem manda tu dá muito dengo pra esse mininu. Toinha Hortenço, dexa o mininu .... Vem neném, pode deixar seu brinquedim no quintá! Chiquim (Olha para Dardor e dar língua) Tá venu abestada mamãe deixou... (Dar vaias e joga o pneu no quintal). Dardor Pain o Chiquim tá me danu língua! Hortenço Para de caçar conversa com tua irmã Chiquim. Chiquim É mentira da Dardor pai! Eita minina mentirosa, caçadora de conversa. Hortenço Para de caçar conversa com teu irmão Dardor... Toinha Pessoá, rocês rão cumer ou não? Ramu deixar de briga e umbora incher o bucho. Hortenço Toinha pode botar o dicomer. Toinha Vamo todo mundo se abancar na mesa... Chiquim (Brigando com a Dardor) O percoço do galeto é meu... Dardor É meu, eu peguei primeiro e tu já ganhou onte! Chiquim
  • 9. 9 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 Mãe a Dardor quer robar o percoço , hoje esse pedaço é meu. Hortenço Rocês quer apanhar na hora do armoço é? Toinha Minha fia como tu é caçadora de conversa, tu num sabe que hoje o percoço é do Chiquim muié?! Dardor Ave! O percoço é o pedaço que eu mais gosto! Hortenço Mas hoje o pedaço é do Chiquim! Rumbora, deixa de encrenca e come outro pedaço. Dardor Apois mãe me dar os pé e o subricú... Toinha Toma, amanhã mamãe dá o percoço pra minha fia, tabom!? (Sobe uma trilha sonora enquanto eles almoçam e de repente som de chuva) Hortenço Rum, Hum, Hum! Duma hora pra outra começou a chover, o céu num tava nem bonito de chuva... Toinha É chuva passageira, já, já, acaba! Hortenço Com chuva ou com solo nós ramo pra roça hoje de tarde. Chiquim Eu num quero ir pra roça não, tou cansado. Dardor Cansado... Tu tá é com priguiça nos coro. Chiquim Tou cansado sim sua dentuça, olho de bomba!
  • 10. 10 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 Dardor Cansado de fazer o que mermo? Eu sim é que tou cansada, ajudei a mãe incher as cocheiras tudim buscano água lá na cacimba e tu num fez nadinha, só ficou brincano lá na grota com aquele pneu sujo. Eu é que rou ficar aqui em casa deitada a tarde toda, né pain? Hortenço Tu rai ficar aonde mermo? Tu né dona do teu nariz não viu e nem tu Chiquim, tu num te governa não. Rai todo mundo me ajudar na roça hoje e ramo se apressar pra num perder tempo. Toinha É isso mermo, agora umbora trabaiá... Hortenço Chiquim pega a enxada e o ciscador pra mim... (Chiquim se levanta e sai pisoteando com má vontade). Tá veno Toinha? Esse minino tá muito pra frente, na hora que eu pegar ele com o cipó de tamarina ele rai ver. Chiquim Aqui pai. Hortenço Tou só juntano tuas malcriação... Vamu , vamu pra roça trabaiá. (Eles saem de cena e entra o mosquito) Parte 4 Mosquito da dengue Oba achei, olha quanta sujeira neste quintal! É assim que eu gosto, pois desta forma eu e meus amigos poderemos proliferar. Hum, vou pousar aqui neste pneu e quando o sol esfriar um pouco procurarei uma pessoa para sugar o sangue, afinal, tenho que me alimentar (Dar gargalhadas) ... Parte 5 (Um tempinho depois a família retorna da roça) Toinha Ai minhas costas, tou com uma dor horrivi nas minhas cadeira! Hortenço
  • 11. 11 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 Mia fia num te preocupa, quando nós chegar em casa rou fazer um chá de bosta seca de cachorro pra tu, é tiro e queda! Chiquim Chá de bosta de cachorro? Eca! Hortenço Ecá o que ? Pra dor nas cadeira num tem chá mió do que chá de bosta de cachorro, mas tem que ser bosta seca. Dardor Eu odeio chá, e de bosta, só de pensar me dar vontade de baldear, eca! Chiquim Pelo menos uma vez na vida tu concordou comigo. Dardor Mas chá de bosta de cachorro deve de ser horrive mermo! Mosquito da dengue Olha só, lá vem gente! É agora que vou picar alguém! (O mosquito vai em direção a Chiquim e o pica). Parte 6 (Em casa) Chiquim Ai mãe, minha cabeça tá dueno, meus zoi também e tou com uma moleza no corpo! Dardor Deixa de inventar doença pra num trabaiá seu preguiçoso! Toinha Valei-me minha nossa sinhora! Hortenço, Chiquim tá queimano de febre! Chiquim (Chorando) Ai, mãe... Toinha Meu Deus, o que será que este minino tem?
  • 12. 12 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 Hortenço Eita Toinha o negoço aqui é sério, ele tá muito má! Dardor Ele tá duente de verdade é papai? Hortenço Sim minha fia! Dardor (Chorando escandalosamente) Ai minha nossa sinhora Dardor, meu irmãozim vai morrer! Chiquim (Chorando) Ai minha cabeça, ai meus zoi, ai minhas cadeira, ai... Hortenço Num chora não meu fiinho... Dardor (Chorando) Chiquim meu irmaozim tu num vai morrer, não! Ô meu Deus num dexa meu irmaozim morrer, eu gosto tanto dele! Toinha Deixa de agouro minina, ele num vai morrer não, rum! (Chorando). (Neste momento os agentes de saúde entram em cena com cartazes e informativos sobre a Dengue). Parte 7 Messias Ana, já passamos em todas as casas deste setor, só falta a casa da dona Toinha. Ana Sim... É impressionante como muita gente ainda não está combatendo a dengue, a dengue pode até matar! (Eles chegam na casa da dona Toinha). Messias Olha Ana, veja quanta sujeira na frente desta casa!
  • 13. 13 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 Ana Sujeira e muita água parada nestes recipientes. Messias Ô de casa! Dona Toinha, seu Hortenço! Dador Pai, mãe, é o pessoá da saúde. Toinha Hortenço, é os agente de saúde! Hortenço Dotor, dotora, graças a Deus rocês apareceu, venha vê meu Chiquim, ele tá duente... Ana Mas o que ele tem? Toinha Num sei dotora ele tá muito má! Messias Pode me dizer o que ele está sentindo? Hortenço Ele tá com dor de cabeça, dor nos zoi, nas juntas, e muita febre! Ana Eita dona Toinha, seu filho está é com os sintomas da dengue! Toinha (Chorando) Ai meu Deus, meu fiim tá dengoso! E agora dotora, ele vai morrer é? Messias Calma dona Toinha... Dardor Dotor dar um remedi pra o meu irmãozin! Hortenço
  • 14. 14 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 Sim Dotor o sinhor tem ai algum comprimido pra meu meninu? Pode ser AAS, melhorá, ou dorir! Ana Seu Hortenço a pessoa com dengue não pode tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal e outros similares. Toinha Não? Mas mode que? Messias Como eles têm um efeito anticoagulante, podem promover sangramentos. Toinha (Chorando) Ai, meu Deus e agora? Ana Acalme-se dona Toinha, esta doença tem tratamento! Hortenço Apois nos diga, só num deixa meu mininim bater as bota. Toinha Pelas contas do rosário! Messias O tratamento da dengue requer bastante repouso e a ingestão de muito líquido, como água, sucos naturais ou chá. No tratamento, também são usados medicamentos antitérmicos que devem ser recomendados por um médico. Ana É preciso ficar alerta para os quadros mais graves da doença. Se aparecerem sintomas, como dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes, tonturas ao levantar, alterações na pressão arterial, fígado e baço dolorosos, vômitos hemorrágicos ou presença de sangue nas fezes, extremidades das mãos e dos pés frias e azuladas, pulso rápido e fino, diminuição súbita da temperatura do corpo, agitação, fraqueza e desconforto respiratório, o doente deve ser levado imediatamente ao médico. Toinha Mas como esta doença infame veio atacar logo meu fiim, dotora?
  • 15. 15 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 Ana É, dona Toinha infelizmente vocês aqui contribuíram e muito para a proliferação do Aedes aegipyt mosquito transmissor da dengue! Hortenço Nóis comtribuiu, como? Messias Sim... Veja a situação do quintal de vocês; olha só: pneu, latas, água parada nestes vasos, folhas com água da chuva, sacos plásticos, por fim quanto lixo neste quintal. Ana Por causa da água parada que tem aqui seu filho poderia até morrer! Toinha Discujuro pé de pato! Donde tá a madeira pra eu bater minha gente? Ana Estamos aqui para fazermos o acompanhamento do seu filho, não se preocupe ele ficará bem. Dardor (Abraçando o Chiquim) Oba, meu irmãozin rai ficar bom, ô mininu lindo! Chiquim Sai daqui sua falsa, tu só vive fuxicano pra pain me bater! Dardor Eu caço conversa com tu, mas eu te gosto venta de porco! Chiquim Olho de bomba! (Eles se abraçam). Toinha Ta veno dotora, esses mininos é igual cachorro e gato, mas eles se gostam muito! Ana Criança é assim mesmo dona Toinha, brigam mais se amam! Hortenço
  • 16. 16 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 E o tratamento da doença do minino como rai ficar? Ana Iremos fazer os devidos procedimentos... Messias Mas tudo será em vão se vocês não contribuírem, vamos limpar este quintal agora mesmo! Toinha Vamo Dardor, vamo Hortenço, vamo alimpar o quintá. Ana Pois vamos minha gente, vamos todos juntos dar um fim no mosquito da dengue! (Colocar uma música bem animada de combate à dengue enquanto eles fazem a limpeza). Messias Agora sim, com um local limpo, arrumado e organizado, não há espaço para a dengue, desse jeito quero ver se o mosquito tem vez! Hortenço Nesta casa a partir de hoje mais nunca vamo deixar nada que faça aparecer este mosquito infame. Toinha É isso mermo! Messias Muito bem, se toda a população agir dessa forma daremos um fim no mosquito da dengue! Ana Então por hoje cumprimos nossa missão aqui, amanhã retornaremos para continuarmos o acompanhamento do seu filho dona Toinha. Toinha Agradicida dotora, agradicida dotor! Ana
  • 17. 17 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 Por nada... Messias Por nada dona Toinha, mas só lembrando eu e a Ana somos apenas agentes de saúde, vocês insistem em nos chamar de doutores (Risos). Hortenço Pra mim é tudo a merma coisa... Agradicido dotor! Messias Não há de que, esse é nosso dever! (Dizendo à plateia). Nunca se esqueçam para combater a dengue devemos: -Não deixar água parada em pneus fora de uso. O ideal é fazer furos nestes pneus para evitar o acúmulo de água; Ana Não deixar água acumulada sobre a laje de sua residência; Messias Não deixar a água parada nas calhas da residência. Remover folhas, galhos ou qualquer material que impeça a circulação da água. Ana A vasilha que fica abaixo dos vasos de plantas não pode ter água parada. Vocês devem deixar estas vasilhas sempre secas ou cobri-las com areia; Messias Caixas de água devem ser limpas constantemente e mantidas sempre fechadas e bem vedadas. O mesmo vale para poços artesianos ou qualquer outro tipo de reservatório de água; Ana Vasilhas que servem para animais beberem não devem ficar mais do que um dia sem trocar; Messias As piscinas devem ter tratamento de água com cloro (sempre na quantidade recomendada). Piscinas não utilizadas devem ser desativadas e permanecer sempre secas; Ana
  • 18. 18 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 Garrafas ou outros recipientes semelhantes devem ser armazenados em locais cobertos e sempre de cabeça para baixo. Se não forem usados devem ser embrulhados em sacos e descartados no lixo. Messias Não descartar lixo em terrenos baldios e manter a lata de lixo sempre bem fechada; Ana As bromélias costumam acumular água entre suas folhas. Para evitar a reprodução do mosquito, o ideal é regar esta planta com uma mistura de 1 litro de água e uma colher de água sanitária. Messias E sempre que observar alguma situação que você não possa resolver, avisar imediatamente um agente público de saúde para que uma medida eficaz seja tomada. Toinha É isso aí, nós daqui de casa ramo seguir todas essas dica! O fim do mosquito da dengue chegou! Chiquim Assim nem eu e nem as outras crianças iremos pegar dengue... Dardor Vem meu irmaozin, vem eu vou cuidar de tu. Ana Até mais pessoal, espero que vocês tenham aprendido a lição. A família Tchau! (Os agentes vão embora, a família entra na casa e o mosquito retorna). Mosquito da dengue Mas o que está acontecendo? Rodei a cidade inteira e não achei água parada em nenhum lugar... Ah! Já sei, vou voltar lá para aquela casa cheia de lixo e água acumulada, pois lá é do jeito que eu gosto... Mas aqui também está tudo limpo, não acredito! (Gritando) Socorro, socorro, socorro, estou sem forças, voei tanto e não encontrei água parada... Ai, estou me sentido muito mal... Não tenho como me proliferar mais... Socorro! Toda a população está contra
  • 19. 19 Messyas Rhennyk (86) 9 9501-0420 mim, socorroooo.... Hoje é o meu último dia, é o fim do mosquito da dengue! (Ele dar um grito bem alto e morre, colocar a trilha animada de combate à dengue). Fim Biografia Messyas Rhennyk é:  Ator pela Escola Técnica Estadual de Teatro Professor Gomes Campos. (Registro profissional de artista: DRT N°0000351-PI);  Bacharel em Teologia, Licenciado em História e pós-graduado em gestão e docência do ensino superior pela Faculdade FAEPI;  Empresário na Rhennyk – a marca da natureza;  Instrutor e educador social em instituições sociais e culturais;  Autor dos livros:  Cursos de Produtos artesanais, Editora Livre Expressão, Rio de Janeiro, 2011.  Como rezar, Editora Apollo, Teresina-PI, 2014.  Nascimento de Jesus- O Messias, Câmara Brasileira de Jovens Escritores, Rio de Janeiro, 2016. Texto registrado na Fundação Biblioteca Nacional - Escritório de Direitos Autorais N° Registro: 656.335 Livro: 1263 Folha: 359 É proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio e para qualquer fim, sem a autorização prévia, por escrito, do autor. Obra protegida pela Lei de Direitos Autorais. Os infratores serão penalizados conforme previsto em lei. Caso tenha gostado do texto e queira usa-lo, basta pedir a devida autorização do autor. Contatos: (86) 9 9501-0420