SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 26
Baixar para ler offline
LEVANTAMENTO E INTERPRETAÇÃO DE SONDAGENS COM
CAMADAS RESISTENTES NA ZONA NORTE DO RECIFE
Ruth Maria da Silva Santos
TEMA 02: SOLOS DA RMR
Orientador: Eduardo Antonio Maia Lins, DSc.
Co-orientador: Pedro Eugênio de Oliveira, MSc.
INTRODUÇÃO
• O Recife possui um subsolo complexo e
diversificado.
• Foi realizado um levantamento investigativo de
sondagens que apresentavam camadas resistentes
ou impenetráveis.
• Oliveira (2008), já havia identificado a ocorrência
de arenito entre 10 e 15 m de profundidade no
Parnamirim.
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
• Geologia do Recife
Fonte: Gusmão Filho (1995)
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
• Subsolo do Recife
O subsolo da cidade do Recife é muito diversificado, logo é muito
importante a prospecção geotécnica para os projetos de fundações na cidade.
(GUSMÃO FILHO, 1995).
• Prática de fundações
A limitação do conhecimento do desempenho do solo de uma
fundação é a parte frágil do sistema solo-fundação-estrutura (GUSMÃO
FILHO, 1995).
• Sondagem
No Brasil a investigação dos solos para projetos de fundações de
estruturas é usualmente feita mediante sondagens que permitem conhecer a
variação da resistência do solo com a profundidade através de descrições e
índices das diversas camadas” (VELOZO, 2010, p 51).
METODOLOGIA
• Caracterização da área de estudo
Fonte – A autora (2019)
METODOLOGIA
• Materiais
– Quadro de sondagens à percussão do tipo SPT e
mistas, fornecidas por empresas de fundações na
cidade do Recife.
BAIRRO Nº DE SONDAGENS Nº DE SONDAGENS POR BAIRRO
1 OBRA 1 CASA AMARELA 6
2 OBRA 4 CASA AMARELA 5
3 OBRA 5 CASA AMARELA 3
4 OBRA 8 CASA AMARELA 5
5 OBRA 2 TAMARINEIRA 7
6 OBRA 6 TAMARINEIRA 35
7 OBRA 7 TAMARINEIRA 5
8 OBRA 9 JAQUEIRA 1
9 OBRA 10 JAQUEIRA 1
10 OBRA 3 PARNAMIRIM 6 6
TOTAL 74
OBRA
RESUMO DAS SONDAGENS
19
2
47
Fonte – A autora (2019)
METODOLOGIA
• Métodos
– Critério para a escolha do material resistente
• Nspt a partir de 19 golpes/0,30m (NBR 7250/1982)
• Na descrição da sondagem o material ser considerado como
rocha ou alteração de rocha.
– Critérios para desenho dos perfis típicos
• Análise visual qualitativa ( comparação das sondagens )
– Critérios para analise estatística
• Profundidade da camada resistente;
• Espessura da camada resistente;
• Textura do material.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Análise do material resistente
– Nspt verificados nas sondagens variaram entre 50/1 e
22 golpes/0,30m.
≤ 4 FOFA (O)
5 A 8 POUCO COMPACTA (O)
9 A 18 MEDIANAMENTE COMPACTA(O)
19 A 40 COMPACTA (O)
> 40 MUITO COMPACTA (O)
≤ 2 MUITO MOLE
3 A 5 MOLE
6 A 10 MÉDIA (O)
11 A 19 RIJA (O)
> 19 DURA( O)
AREIA E SILTE ARENOSO
ARGILA E SILTE ARGILOSO
SOLO
INDICE DE
RESISTENCIA À
PENETRAÇÃO
DESIGNAÇÃO
Fonte – NBR 7250/1982
RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Análise do material resistente encontrado:
– Materiais encontrados nas 74 sondagens
N° GOLPES TIPO DE MATERIAL DESCRIÇÃO DO MATERIAL
45/7 Calcário, amarelo.
45/1 Arenito (rocha sedimentar), cinza claro c/ mto. pcos. Veios creme.
20/5 Arenito, marrom, muito compacto.
30/4 Provável arenito, cinza claro.
50/1 Arenito, escuro, muito compacto.
45/9 Cálcario(rocha sedimentar) ,cinza (Calcarenito)
45/3 Fragmentos de rocha, cinza escuro.
15/3 Areia fina concrecionada, marrom, de compacta a muito compacta.
30/8 Silte arenoso, concrecionado, cinza escuro, muito compacto.
35/20 Areia fina concrecionada, marrom, muito compacta.
25 Areia fina e média concrecionada, escura, de compacta a muito compacta.
30/3 Areia média e fina siltosa, amarela, muito compacta.
35/15 Silte argiloso, cinza escuro, muito duro.
42/23
Areia média com pouca areia fina com muito pouca areia grossa com muito
pouco pedregulhos (ɸ <5mm), muito pouco argilosa, muito compacta,
creme.
54 Silte arenoso, cinza escuro, muito compacto.
20/5 Pedregulhos com areia grossa, marrom, muito compacta.
30/8 Areia grossa, média e fina, marron. Muito compacta.
39
Areia fina e média siltosa, muito argilosa com pedregulhos, cinca,
compacta.
45 Areia fina com fragmentos de conchas, morron escura, muito compacta.
35/2 Silte argilo-arenoso, variegado, duro.
40/20 Silte argiloso, pouco arenoso, micáceo, escuro, duro.
ROCHA/ALTERAÇÃO DE
ROCHA
MATERIAL
CONCRECIONADO
MATERIAL MUITO
COMPACTO/DURO/RIJO
Fonte – A autora (2019)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Análise do material resistente encontrado:
– Estratigrafia da cidade do Recife.
Fonte – Alheiros et al. (1990) apud Oliveira (2018)
MATERIAL RESISTENTE FORMAÇÃO GEOLOGICA
TERRAÇO MARINHO PLEISTOCÊNICO (CAMADA INICIAL)
FORMAÇÃO BEBERIBE (CAMADA INTERMEDIÁRIA)
CALCÁRIO ( CALCARENITO) FORMAÇÃO GRAMAME
TERRAÇOS MARINHOS PLEISTOCÊNICOS MODIFICADOS
(CAMADA INICIAL)
FORMAÇÃO BEBERIBE (CAMADA INTERMEDIÁRIA E FINAL)
ARENITO
MATERIAL
CONCRECIONADO E
MATERIAL
COMPACTO/MUITO
COMPACTO/ RIJO/DURO
Fonte – A autora (2019)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Análise dos perfis típicos de cada obra:
– Níveis de águas superficiais, entre 0,89 e 3,90m;
– Camada de aterro comum nos perfis analisados;
RESULTADOS E DISCUSSÃO
BAIRRO FORMAÇÃO GEOLÓGICA FONTE MATERIAL TÍPICO ENCONTRADO
PARNAMIRIM
TAMARINEIRA
JAQUEIRA
CASA AMARELA
FORMAÇÃO BARREIRAS - (MORROS)
TERRAÇO MARINHO PLEISTOCÊNIOCO
MODIFICADO - (PLANÍCE)
SILTES ARGILOSOS OUARENOSOS, INTERCALADOS POR
CAMADAS DE AREIA (FINA, MÉDIA, GROSSAS, COM
PEDREGULHOS)
AREIAS (FINAS, MÉDIAS, GROSSAS, COMPEDREGULHO)
TERRAÇO MARINHO PLEISTOCÊNIOCO
MODIFICADO
ALHEIROS
(1995)
Fonte – A autora (2019)
– Considerando a localização das obras:
RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Análise dos perfis típicos por tipo de material:
TIPODEMATERIAL DESCRIÇÃODOMATERIAL OBRA BAIRRO PROFUNDIDADE(M) ESPESSURA(M) N°GOLPES
OBRA1 CASAAMARELA 12,85a13,30 0,45 45/7
9,50a11,85 2,23 45/9
13,63a14,93 1,3 45/3
ROCHA/ALTERAÇÃODE
ROCHA OBRA9 JAQUEIRA
CALCÁRIO/CALCARENITO
Fonte – A autora (2019)
Fonte – A autora (2019)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Analise dos perfis típicos:
TIPO DE MATERIAL DESCRIÇÃO DO MATERIAL OBRA BAIRRO PROFUNDIDADE (M) ESPESSURA (M) N° GOLPES
OBRA 3 PARNAMIRIM 9,49 a 10,05 0,56 45/1
OBRA 5 CASA AMARELA 1,30 a 1,80 0,5 20/5
OBRA 6 TAMARINEIRA 20,8 FINAL DE SONDAGEM 30/4
3,70 a 4,50 0,8 20/5
13,55 a 14,00 0,45 50/1
ROCHA/ALTERAÇÃO DE
ROCHA
OBRA 8 CASA AMARELA
ARENITO
Fonte – A autora (2019)
Fonte – A autora (2019)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Analise dos perfis típicos:
TIPO DE MATERIAL DESCRIÇÃO DO MATERIAL OBRA BAIRRO PROFUNDIDADE (M) ESPESSURA (M) N° GOLPES
OBRA 3 PARNAMIRIM 9,49 a 10,05 0,56 45/1
OBRA 5 CASA AMARELA 1,30a 1,80 0,5 20/5
OBRA 6 TAMARINEIRA 20,8 FINAL DE SONDAGEM 30/4
3,70 a 4,50 0,8 20/5
13,55a 14,00 0,45 50/1
ROCHA/ALTERAÇÃO DE
ROCHA
OBRA 8 CASA AMARELA
ARENITO
Fonte – A autora (2019)
Fonte – A autora (2019)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Analise dos perfis típicos:
TIPO DE MATERIAL DESCRIÇÃO DO MATERIAL OBRA BAIRRO PROFUNDIDADE (M) ESPESSURA (M) N° GOLPES
Areia fina concrecionada, marrom,
de compacta a muito compacta.
OBRA 2 TAMARINEIRA 1,30 a 3,45 2,15 15/3
Silte arenoso, concrecionado, cinza
escuro, muito compacto.
OBRA 4 CASA AMARELA 12,00 a 14,25 2,25 30/8
MATERIAL
CONCRECIONADO
Fonte – A autora (2019)
Fonte – A autora (2019)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Analise dos perfis típicos
TIPO DE MATERIAL DESCRIÇÃO DO MATERIAL OBRA BAIRRO PROFUNDIDADE (M) ESPESSURA (M) N° GOLPES
Areia média e fina siltosa com pedregulhos, cinza
clara, compacta.
OBRA 7 TAMARINEIRA 3,95 a 5,85 1,9 30/12
Areia fina e média siltosa, muito argilosa com
pedregulhos, cinca, compacta.
OBRA 10 JAQUEIRA 12,46 a 14,37 1,91 39
MATERIAL MUITO
COMPACTO/DURO/RIJO
Fonte – A autora (2019)
Fonte – A autora (2019)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Perfis Panorâmicos
Perfil 1 (NO-SE)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Perfis Panorâmicos
Perfil 2 (NO-SE)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Analise estatística
– Profundidade da camada resistente
Profundidade (m) Ocorrência Taxa de Ocorrência (%)
0 a 12 48 28,9
12 a19 81 48,8
>19 37 22,3
TOTAL 166 100,0
Fonte – A autora (2019)
Fonte – A autora (2019)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Analise estatística
– Espessura da camada resistente
Fonte – A autora (2019)
RESULTADOS E DISCUSSÃO
• Analise estatística
– Textura do material
Fonte – A autora (2019)
CONCLUSÕES
• As camadas resistentes encontradas foram rochas,
alteração de rochas, areias e siltes arenosos
compactos a muito compactos, siltes e argilas
duros/rijos.
• Considerando os parâmetros descritos nas sondagens
as camadas eram das formações geológicas
Gramame, Beberibe, Barreiras, Terraço Marinho
Pleistocênico e Terraço Marinho Pleistocênico
Modificado.
• As camadas resistentes estavam concentradas a uma
profundidade intermediaria (12-19m), com espessura
média de 2,2m, a espessura máxima em geral não
ultrapassou 5m.
• A ocorrência de rochas e alteração de rochas
representou a menor parcela dos tipos de camadas
resistentes encontradas.
• A partir do estudo realizado foi possível conhecer
um pouco mais do subsolo do Recife e colaborar
com os dados geológico-geotécnicos da cidade.
CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
• ALHEIROS, Margareth; FERREIRA, Maria da Graça; LIMA FILHO,
Mario. Mapa Geológico do Recife. Recife 3ª Divisão de Levantamento/
MEx ,1995.
• GUSMÃO FILHO, Jaime de Azevedo. Contribuição à prática de
fundações: a experiência do Recife. Recife, 1995. Tese para Concurso
de Professor Titular UFPE.
• OLIVEIRA, Joaquim, Perfis típicos do subsolo na planície do Recife –
Brasil: estudo de caso. Recife,2008. Disponível em:
<https://www.abms.com.br/wp-content/uploads/2014/04/NRNE-Artigo-
perfis-GEO2008-Portugal.pdf>. Acesso em:01 nov. 2018.
• VELOZO, Liliane. Metodização do Estudo das Fundações para
Suportes de Linhas de Transmissão. Rio de Janeiro, 2010. Tese de
Doutorado PUC-Rio. Disponível em: <www.civ.puc-rio.br/wp-
content/view/down_pdf.php?pdf=../pdf/2010...pdf>. Acesso em:31 out.
2018.
OBRIGADA!
E-mail: ruth_rms@hotmail.com

Mais conteúdo relacionado

Semelhante a Levantamento e interpretação de sondagens com camadas resistentes na Zona Norte do Recife

1º bbbb desempenho de revestimentos de argamassa com entulho reciclado
1º bbbb desempenho de revestimentos de argamassa com entulho reciclado1º bbbb desempenho de revestimentos de argamassa com entulho reciclado
1º bbbb desempenho de revestimentos de argamassa com entulho reciclado
Petiano Camilo Bin
 
3.1 análise granulométrica
3.1 análise granulométrica3.1 análise granulométrica
3.1 análise granulométrica
karolpoa
 

Semelhante a Levantamento e interpretação de sondagens com camadas resistentes na Zona Norte do Recife (13)

Aula sobre Agregados (1).pptx
Aula sobre Agregados (1).pptxAula sobre Agregados (1).pptx
Aula sobre Agregados (1).pptx
 
1º bbbb desempenho de revestimentos de argamassa com entulho reciclado
1º bbbb desempenho de revestimentos de argamassa com entulho reciclado1º bbbb desempenho de revestimentos de argamassa com entulho reciclado
1º bbbb desempenho de revestimentos de argamassa com entulho reciclado
 
Aula 2 - Investigação do subsolo.pdf
Aula 2 - Investigação do subsolo.pdfAula 2 - Investigação do subsolo.pdf
Aula 2 - Investigação do subsolo.pdf
 
Solos 4
Solos 4Solos 4
Solos 4
 
Aula Prática - Granulometria e Morfoscópia dos Sedimentos
Aula Prática - Granulometria  e Morfoscópia dos SedimentosAula Prática - Granulometria  e Morfoscópia dos Sedimentos
Aula Prática - Granulometria e Morfoscópia dos Sedimentos
 
gpr cont 1.ppt
gpr cont 1.pptgpr cont 1.ppt
gpr cont 1.ppt
 
Mec solo ms
Mec solo msMec solo ms
Mec solo ms
 
Artigo cobertura de aterro.pdf
Artigo cobertura de aterro.pdfArtigo cobertura de aterro.pdf
Artigo cobertura de aterro.pdf
 
Modelagem avo
Modelagem avoModelagem avo
Modelagem avo
 
Ensaios Laboratoriais e de Campo- Eng. Antonio S. D. Penna
Ensaios Laboratoriais e de Campo- Eng. Antonio S. D. PennaEnsaios Laboratoriais e de Campo- Eng. Antonio S. D. Penna
Ensaios Laboratoriais e de Campo- Eng. Antonio S. D. Penna
 
Variabilidade espacial da textura de um latossolo sob cultivo de citros
Variabilidade  espacial  da  textura  de  um  latossolo sob  cultivo  de  citrosVariabilidade  espacial  da  textura  de  um  latossolo sob  cultivo  de  citros
Variabilidade espacial da textura de um latossolo sob cultivo de citros
 
CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAL MINERAL DA REGIÃO DO PARACURI COMO ADSORVENTE
CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAL MINERAL DA REGIÃO DO PARACURI COMO ADSORVENTECARACTERIZAÇÃO DE MATERIAL MINERAL DA REGIÃO DO PARACURI COMO ADSORVENTE
CARACTERIZAÇÃO DE MATERIAL MINERAL DA REGIÃO DO PARACURI COMO ADSORVENTE
 
3.1 análise granulométrica
3.1 análise granulométrica3.1 análise granulométrica
3.1 análise granulométrica
 

Mais de LabGeo Unicap

Mais de LabGeo Unicap (6)

Análise de probabilidade de ruína e confiabiliade de fundações profundas com ...
Análise de probabilidade de ruína e confiabiliade de fundações profundas com ...Análise de probabilidade de ruína e confiabiliade de fundações profundas com ...
Análise de probabilidade de ruína e confiabiliade de fundações profundas com ...
 
Influência de Ecxentricidade Executiva de Estacas sobre a Redistribuição de c...
Influência de Ecxentricidade Executiva de Estacas sobre a Redistribuição de c...Influência de Ecxentricidade Executiva de Estacas sobre a Redistribuição de c...
Influência de Ecxentricidade Executiva de Estacas sobre a Redistribuição de c...
 
Mapeamento de riscos e perigo de escoramento em encostas com ocupação desorde...
Mapeamento de riscos e perigo de escoramento em encostas com ocupação desorde...Mapeamento de riscos e perigo de escoramento em encostas com ocupação desorde...
Mapeamento de riscos e perigo de escoramento em encostas com ocupação desorde...
 
Habitação Social: Proposta de Solução Modular em Área de Morro
Habitação Social: Proposta de Solução Modular em Área de MorroHabitação Social: Proposta de Solução Modular em Área de Morro
Habitação Social: Proposta de Solução Modular em Área de Morro
 
Desempenho de fundação profunda com ponta em solo resistente na Zona Norte do...
Desempenho de fundação profunda com ponta em solo resistente na Zona Norte do...Desempenho de fundação profunda com ponta em solo resistente na Zona Norte do...
Desempenho de fundação profunda com ponta em solo resistente na Zona Norte do...
 
Mapeamento de Solos Moles do Centro Expandido do Recife
Mapeamento de Solos Moles do Centro Expandido do RecifeMapeamento de Solos Moles do Centro Expandido do Recife
Mapeamento de Solos Moles do Centro Expandido do Recife
 

Levantamento e interpretação de sondagens com camadas resistentes na Zona Norte do Recife

  • 1. LEVANTAMENTO E INTERPRETAÇÃO DE SONDAGENS COM CAMADAS RESISTENTES NA ZONA NORTE DO RECIFE Ruth Maria da Silva Santos TEMA 02: SOLOS DA RMR Orientador: Eduardo Antonio Maia Lins, DSc. Co-orientador: Pedro Eugênio de Oliveira, MSc.
  • 2. INTRODUÇÃO • O Recife possui um subsolo complexo e diversificado. • Foi realizado um levantamento investigativo de sondagens que apresentavam camadas resistentes ou impenetráveis. • Oliveira (2008), já havia identificado a ocorrência de arenito entre 10 e 15 m de profundidade no Parnamirim.
  • 3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA • Geologia do Recife Fonte: Gusmão Filho (1995)
  • 4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA • Subsolo do Recife O subsolo da cidade do Recife é muito diversificado, logo é muito importante a prospecção geotécnica para os projetos de fundações na cidade. (GUSMÃO FILHO, 1995). • Prática de fundações A limitação do conhecimento do desempenho do solo de uma fundação é a parte frágil do sistema solo-fundação-estrutura (GUSMÃO FILHO, 1995). • Sondagem No Brasil a investigação dos solos para projetos de fundações de estruturas é usualmente feita mediante sondagens que permitem conhecer a variação da resistência do solo com a profundidade através de descrições e índices das diversas camadas” (VELOZO, 2010, p 51).
  • 5. METODOLOGIA • Caracterização da área de estudo Fonte – A autora (2019)
  • 6. METODOLOGIA • Materiais – Quadro de sondagens à percussão do tipo SPT e mistas, fornecidas por empresas de fundações na cidade do Recife. BAIRRO Nº DE SONDAGENS Nº DE SONDAGENS POR BAIRRO 1 OBRA 1 CASA AMARELA 6 2 OBRA 4 CASA AMARELA 5 3 OBRA 5 CASA AMARELA 3 4 OBRA 8 CASA AMARELA 5 5 OBRA 2 TAMARINEIRA 7 6 OBRA 6 TAMARINEIRA 35 7 OBRA 7 TAMARINEIRA 5 8 OBRA 9 JAQUEIRA 1 9 OBRA 10 JAQUEIRA 1 10 OBRA 3 PARNAMIRIM 6 6 TOTAL 74 OBRA RESUMO DAS SONDAGENS 19 2 47 Fonte – A autora (2019)
  • 7. METODOLOGIA • Métodos – Critério para a escolha do material resistente • Nspt a partir de 19 golpes/0,30m (NBR 7250/1982) • Na descrição da sondagem o material ser considerado como rocha ou alteração de rocha. – Critérios para desenho dos perfis típicos • Análise visual qualitativa ( comparação das sondagens ) – Critérios para analise estatística • Profundidade da camada resistente; • Espessura da camada resistente; • Textura do material.
  • 8. RESULTADOS E DISCUSSÃO • Análise do material resistente – Nspt verificados nas sondagens variaram entre 50/1 e 22 golpes/0,30m. ≤ 4 FOFA (O) 5 A 8 POUCO COMPACTA (O) 9 A 18 MEDIANAMENTE COMPACTA(O) 19 A 40 COMPACTA (O) > 40 MUITO COMPACTA (O) ≤ 2 MUITO MOLE 3 A 5 MOLE 6 A 10 MÉDIA (O) 11 A 19 RIJA (O) > 19 DURA( O) AREIA E SILTE ARENOSO ARGILA E SILTE ARGILOSO SOLO INDICE DE RESISTENCIA À PENETRAÇÃO DESIGNAÇÃO Fonte – NBR 7250/1982
  • 9. RESULTADOS E DISCUSSÃO • Análise do material resistente encontrado: – Materiais encontrados nas 74 sondagens N° GOLPES TIPO DE MATERIAL DESCRIÇÃO DO MATERIAL 45/7 Calcário, amarelo. 45/1 Arenito (rocha sedimentar), cinza claro c/ mto. pcos. Veios creme. 20/5 Arenito, marrom, muito compacto. 30/4 Provável arenito, cinza claro. 50/1 Arenito, escuro, muito compacto. 45/9 Cálcario(rocha sedimentar) ,cinza (Calcarenito) 45/3 Fragmentos de rocha, cinza escuro. 15/3 Areia fina concrecionada, marrom, de compacta a muito compacta. 30/8 Silte arenoso, concrecionado, cinza escuro, muito compacto. 35/20 Areia fina concrecionada, marrom, muito compacta. 25 Areia fina e média concrecionada, escura, de compacta a muito compacta. 30/3 Areia média e fina siltosa, amarela, muito compacta. 35/15 Silte argiloso, cinza escuro, muito duro. 42/23 Areia média com pouca areia fina com muito pouca areia grossa com muito pouco pedregulhos (ɸ <5mm), muito pouco argilosa, muito compacta, creme. 54 Silte arenoso, cinza escuro, muito compacto. 20/5 Pedregulhos com areia grossa, marrom, muito compacta. 30/8 Areia grossa, média e fina, marron. Muito compacta. 39 Areia fina e média siltosa, muito argilosa com pedregulhos, cinca, compacta. 45 Areia fina com fragmentos de conchas, morron escura, muito compacta. 35/2 Silte argilo-arenoso, variegado, duro. 40/20 Silte argiloso, pouco arenoso, micáceo, escuro, duro. ROCHA/ALTERAÇÃO DE ROCHA MATERIAL CONCRECIONADO MATERIAL MUITO COMPACTO/DURO/RIJO Fonte – A autora (2019)
  • 10. RESULTADOS E DISCUSSÃO • Análise do material resistente encontrado: – Estratigrafia da cidade do Recife. Fonte – Alheiros et al. (1990) apud Oliveira (2018) MATERIAL RESISTENTE FORMAÇÃO GEOLOGICA TERRAÇO MARINHO PLEISTOCÊNICO (CAMADA INICIAL) FORMAÇÃO BEBERIBE (CAMADA INTERMEDIÁRIA) CALCÁRIO ( CALCARENITO) FORMAÇÃO GRAMAME TERRAÇOS MARINHOS PLEISTOCÊNICOS MODIFICADOS (CAMADA INICIAL) FORMAÇÃO BEBERIBE (CAMADA INTERMEDIÁRIA E FINAL) ARENITO MATERIAL CONCRECIONADO E MATERIAL COMPACTO/MUITO COMPACTO/ RIJO/DURO Fonte – A autora (2019)
  • 11. RESULTADOS E DISCUSSÃO • Análise dos perfis típicos de cada obra: – Níveis de águas superficiais, entre 0,89 e 3,90m; – Camada de aterro comum nos perfis analisados;
  • 12. RESULTADOS E DISCUSSÃO BAIRRO FORMAÇÃO GEOLÓGICA FONTE MATERIAL TÍPICO ENCONTRADO PARNAMIRIM TAMARINEIRA JAQUEIRA CASA AMARELA FORMAÇÃO BARREIRAS - (MORROS) TERRAÇO MARINHO PLEISTOCÊNIOCO MODIFICADO - (PLANÍCE) SILTES ARGILOSOS OUARENOSOS, INTERCALADOS POR CAMADAS DE AREIA (FINA, MÉDIA, GROSSAS, COM PEDREGULHOS) AREIAS (FINAS, MÉDIAS, GROSSAS, COMPEDREGULHO) TERRAÇO MARINHO PLEISTOCÊNIOCO MODIFICADO ALHEIROS (1995) Fonte – A autora (2019) – Considerando a localização das obras:
  • 13. RESULTADOS E DISCUSSÃO • Análise dos perfis típicos por tipo de material: TIPODEMATERIAL DESCRIÇÃODOMATERIAL OBRA BAIRRO PROFUNDIDADE(M) ESPESSURA(M) N°GOLPES OBRA1 CASAAMARELA 12,85a13,30 0,45 45/7 9,50a11,85 2,23 45/9 13,63a14,93 1,3 45/3 ROCHA/ALTERAÇÃODE ROCHA OBRA9 JAQUEIRA CALCÁRIO/CALCARENITO Fonte – A autora (2019) Fonte – A autora (2019)
  • 14. RESULTADOS E DISCUSSÃO • Analise dos perfis típicos: TIPO DE MATERIAL DESCRIÇÃO DO MATERIAL OBRA BAIRRO PROFUNDIDADE (M) ESPESSURA (M) N° GOLPES OBRA 3 PARNAMIRIM 9,49 a 10,05 0,56 45/1 OBRA 5 CASA AMARELA 1,30 a 1,80 0,5 20/5 OBRA 6 TAMARINEIRA 20,8 FINAL DE SONDAGEM 30/4 3,70 a 4,50 0,8 20/5 13,55 a 14,00 0,45 50/1 ROCHA/ALTERAÇÃO DE ROCHA OBRA 8 CASA AMARELA ARENITO Fonte – A autora (2019) Fonte – A autora (2019)
  • 15. RESULTADOS E DISCUSSÃO • Analise dos perfis típicos: TIPO DE MATERIAL DESCRIÇÃO DO MATERIAL OBRA BAIRRO PROFUNDIDADE (M) ESPESSURA (M) N° GOLPES OBRA 3 PARNAMIRIM 9,49 a 10,05 0,56 45/1 OBRA 5 CASA AMARELA 1,30a 1,80 0,5 20/5 OBRA 6 TAMARINEIRA 20,8 FINAL DE SONDAGEM 30/4 3,70 a 4,50 0,8 20/5 13,55a 14,00 0,45 50/1 ROCHA/ALTERAÇÃO DE ROCHA OBRA 8 CASA AMARELA ARENITO Fonte – A autora (2019) Fonte – A autora (2019)
  • 16. RESULTADOS E DISCUSSÃO • Analise dos perfis típicos: TIPO DE MATERIAL DESCRIÇÃO DO MATERIAL OBRA BAIRRO PROFUNDIDADE (M) ESPESSURA (M) N° GOLPES Areia fina concrecionada, marrom, de compacta a muito compacta. OBRA 2 TAMARINEIRA 1,30 a 3,45 2,15 15/3 Silte arenoso, concrecionado, cinza escuro, muito compacto. OBRA 4 CASA AMARELA 12,00 a 14,25 2,25 30/8 MATERIAL CONCRECIONADO Fonte – A autora (2019) Fonte – A autora (2019)
  • 17. RESULTADOS E DISCUSSÃO • Analise dos perfis típicos TIPO DE MATERIAL DESCRIÇÃO DO MATERIAL OBRA BAIRRO PROFUNDIDADE (M) ESPESSURA (M) N° GOLPES Areia média e fina siltosa com pedregulhos, cinza clara, compacta. OBRA 7 TAMARINEIRA 3,95 a 5,85 1,9 30/12 Areia fina e média siltosa, muito argilosa com pedregulhos, cinca, compacta. OBRA 10 JAQUEIRA 12,46 a 14,37 1,91 39 MATERIAL MUITO COMPACTO/DURO/RIJO Fonte – A autora (2019) Fonte – A autora (2019)
  • 18. RESULTADOS E DISCUSSÃO • Perfis Panorâmicos Perfil 1 (NO-SE)
  • 19. RESULTADOS E DISCUSSÃO • Perfis Panorâmicos Perfil 2 (NO-SE)
  • 20. RESULTADOS E DISCUSSÃO • Analise estatística – Profundidade da camada resistente Profundidade (m) Ocorrência Taxa de Ocorrência (%) 0 a 12 48 28,9 12 a19 81 48,8 >19 37 22,3 TOTAL 166 100,0 Fonte – A autora (2019) Fonte – A autora (2019)
  • 21. RESULTADOS E DISCUSSÃO • Analise estatística – Espessura da camada resistente Fonte – A autora (2019)
  • 22. RESULTADOS E DISCUSSÃO • Analise estatística – Textura do material Fonte – A autora (2019)
  • 23. CONCLUSÕES • As camadas resistentes encontradas foram rochas, alteração de rochas, areias e siltes arenosos compactos a muito compactos, siltes e argilas duros/rijos. • Considerando os parâmetros descritos nas sondagens as camadas eram das formações geológicas Gramame, Beberibe, Barreiras, Terraço Marinho Pleistocênico e Terraço Marinho Pleistocênico Modificado.
  • 24. • As camadas resistentes estavam concentradas a uma profundidade intermediaria (12-19m), com espessura média de 2,2m, a espessura máxima em geral não ultrapassou 5m. • A ocorrência de rochas e alteração de rochas representou a menor parcela dos tipos de camadas resistentes encontradas. • A partir do estudo realizado foi possível conhecer um pouco mais do subsolo do Recife e colaborar com os dados geológico-geotécnicos da cidade. CONCLUSÕES
  • 25. REFERÊNCIAS • ALHEIROS, Margareth; FERREIRA, Maria da Graça; LIMA FILHO, Mario. Mapa Geológico do Recife. Recife 3ª Divisão de Levantamento/ MEx ,1995. • GUSMÃO FILHO, Jaime de Azevedo. Contribuição à prática de fundações: a experiência do Recife. Recife, 1995. Tese para Concurso de Professor Titular UFPE. • OLIVEIRA, Joaquim, Perfis típicos do subsolo na planície do Recife – Brasil: estudo de caso. Recife,2008. Disponível em: <https://www.abms.com.br/wp-content/uploads/2014/04/NRNE-Artigo- perfis-GEO2008-Portugal.pdf>. Acesso em:01 nov. 2018. • VELOZO, Liliane. Metodização do Estudo das Fundações para Suportes de Linhas de Transmissão. Rio de Janeiro, 2010. Tese de Doutorado PUC-Rio. Disponível em: <www.civ.puc-rio.br/wp- content/view/down_pdf.php?pdf=../pdf/2010...pdf>. Acesso em:31 out. 2018.