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Página 16 JUBILAI
Carvalho Araújo, Visconde de
Santarém e o Bairro Social
do Arco do Cego onde surge
então a denominação Rua do
Arco do Cego, com as defini-
ções que hoje lhe conhece-
mos entre a Avenida Viscon-
de Valmor e o Campo Peque-
no.
Padrão comemorativo da inter-
venção da Rainha Santa Isabel
no reencontro de Dom Dinis
com o filho Dom Afonso, na Rua
do Arco do Cego, em 1949.
Como já foi anunciado,
todas as actividades da
Sociedade de Senhoras pro-
gramadas para este ano fo-
ram suspensas a partir do
passado mês de Março e
sem data para o seu reco-
meço. A nova programação
dependerá da evolução epi-
demiológica e do levanta-
mento das restrições a que
o país se encontra neste
momento..
Assim, a direcção deste De-
partamento decidiu fazer
uma oferta de aniversário à
Igreja no valor de 3.000,00 €
porque não se efectuou a
semana das senhoras
(ofertas aos pastores convi-
dados), não temos posto flo-
res gasto dinheiro com flo-
res, não se concretizou o
passeio (e almoço), nem
iremos promover o almoço
anual. Podemos assim com
essa poupança colmatar de
algum modo a diminuição
das ofertas que se tem veri-
ficado principalmente no pe-
ríodo em que estivemos im-
pedidos de celebrar o culto
presencial.
Lembramos ainda que se-
gundo a programação das
actividades para este ano,
ontem teria tido lugar a Fes-
ta dos Talentos.
Porém, todas as irmãs que
tenham reunido talentos de-
verão entregá-los à Tesou-
reira , a nossa irmã Emília
Mendes.
As pazes entre D. Diniz e o
seu filho Afonso, feitas
em 1323 por intermédio da
Rainha Santa Isabel, foram
assinaladas no local com
um arco de pedra na via que
passou a ser conhecida como
Estrada do Arco do Cego.
No entanto, Norberto de Araú-
jo questiona se foi aqui o local
onde esteve para se dar a ba-
talha de “Alvalade”, pelo que
a colocação do padrão neste
sítio, no século XVII, pode ter
sido apenas uma circunstância
de comodidade.
Contudo, séculos mais tarde a
estreiteza desse ar-
co dificultava a passagem dos
coches e carruagens. Assim,
quando em Maio de 1742, D.
João V adoeceu e os seus mé-
dicos resolveram que ele fosse
a banhos para as Caldas da
Rainha, verificou-se que o seu
coche real não passava de
modo algum e o rei mandou
demolir o arco.
Enquanto topónimo o Arco do
Cego surge em 1858 como
Estrada do Arco do Cego, na
cartografia de Filipe Folque.
Em 1894, encontra-se um or-
çamento para o calcetamento
do passeio da Estrada do Arco
do Cego, ao Lumiar, entre o
Arco do Cego e a Quinta do
Conde das Galveias. E já no
séc. XX, foi aprovado em ses-
são de Câmara de 21 de Maio
de 1936 um projecto de novos
arruamentos entre a Avenida
Defensores de Chaves, ruas
ARCO DO CEGO
al Mérida (na Estremadura
Espanhola). Foi município ro-
mano, sendo os seus cida-
dãos romanos apesar de não
serem de ascendência roma-
na, devido à aliança que o go-
verno da cidade empreendeu
com Roma.
Olisipo (em latim: Olisippo;
em grego: Ολισσιπο; trans-
literação: Olissipo; ou
Ολισσιπόνα, Olissopóna)
foi o nome romano da capi-
tal portuguesa, Lisboa. A
cidade era uma das mais
importantes da Lusitânia
romana, contudo não era a
sua capital, que ficava
em Emerita Augusta a actu-
Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha tecto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela, não
Porque a casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque a casa
Não tinha parede
… etc
Estes versos são da
autoria de Vinícius de
Moraes os quais se
tornaram numa letra
de música infantil há
mais de trinta anos.
Trata-se de uma casa
hipotética. Não vem
mal algum ao mundo
e serve apenas para
as crianças cantarem
e se divertirem.
Agora, apliquemos
estes versos a outras
realidades.
A primeira instituição
criada por Deus foi a
família. Ele deu instru-
ções específicas ao
primeiro chefe de fa-
mília e à sua mulher,
Adão e Eva, ordenan-
do que fossem obedi-
entes. A família é um
projecto de Deus. Ele
foi Seu Criador, e nós
temos a obrigação de
cooperar com Deus
na sua preservação.
Como toda base que
se constrói, assim é a
(Continua na página 2)
Editorial
Do Pastor...
Na verdade, os
desígnios de
Deus são insondá-
veis! Quanto mais
procuramos perscrutá
-los, mais incompre-
ensíveis e maravilho-
sos se revelam aos
nossos olhos.
Aí temos esta pande-
mia que alterou radi-
calmente a nossa vi-
da em todas as suas
áreas, não só a nível
individual, mas tam-
bém a nível social,
incluindo o modo co-
mo celebramos agora
os nossos cultos. Esta
realidade atípica que
vivemos veio mostrar-
nos de forma indubitá-
vel como todos os
nossos planos são
frágeis. É certo que
temos de continuar a
planear muitas das
nossas actividades.
Isso não pode ser
posto em causa. O
que esta pandemia
veio revelar é que por
detrás de todos os
nossos planos está o
propósito de Deus, a
Sua vontade sobera-
na para todas as
áreas da nossa vida.
De facto, a nossa res-
ponsabilidade consis-
te em pensar no me-
lhor modo de cumprir-
mos todos os nossos
deveres para com
Deus e para com os
homens, o que impli-
ca a necessidade de
um planeamento raci-
onal da nossa vida. O
mal está em pensar-
(Continua na página 2)
Editorial / Do Pastor... 1
Gestão Nominal / O Calvinismo é o Evangelho 3
Motivos de Oração 3
As Boas Obras 4
O Coronavírus e o Lembrete da Nossa Fragilidade 6
Em Tempos de Pandemia / I.I.E.P.D. 7
Este Tempo de Pandemia / Tempos de Mudança 8
Nesta edição:
Ano XXIII, Número 91
Data do boletim
6 Setembro 2020
Publicação
Trimestral
propriedade da
Sociedade de
Senhoras da
I Igreja Baptista
de Lisboa.
Descansai / A Reforma de Genève 11
O Rugido do Leão 12
Mais Perto / Pensa Nisto... 13
O Vestuário do Crente 14
Avançai 15
Conhecer Lisboa 16
Nome Antigo / Importante 16A Pandemia e o Inevitável...Confinamento 9
Em Caixa / Aniversários 10
família, se esta for desestrutu-
rada e frágil, estaremos a
construir uma sociedade do-
ente e desequilibrada.
São muitos os males que po-
dem levar a sociedade à auto-
destruição: epidemias, confli-
tos, guerras etc. Mas infeliz-
mente, o ataque à família, afi-
gura-se-nos como o pior dos
males do nosso tempo.
Hoje o agregado familiar tor-
nou-se descartável. O marido
(ou a esposa) deixou de ter
“interesse”? Troca-se por ou-
tro! Uniões homossexuais?
Que mal tem isso? Uma gravi-
dez indesejável? Mata-se a
criança! Idosos? Não tenho
tempo para cuidar deles...
Porque não escolhem a euta-
násia?
Se a família, a base da socie-
dade, for destruída toda a hu-
manidade sofrerá a terrível
consequência… e os pilares
da sociedade vão também
sendo destruídos.
Na educação as crianças / jo-
vens são “violentados” com
um ensino errático ao sabor
das filosofias da época e não
baseados na verdade. Tornam
-se adultos sem disciplina,
sentido do dever, egoístas,
atropelando tudo e todos para
conseguirem os seus objecti-
vos.
O que é que vemos na área
da saúde? Teorias economi-
cistas e de oligopólio (oligo -
“poucos” e polio - “vendedor”).
Não se formam os médicos
necessários (numerus clausus
no acesso a este curso) para
manter privilégios, em detri-
(Continuação da página 1)
Página 2 JUBILAI
mos e vivermos como se tudo
dependesse das nossas deci-
sões e dos nossos planos. Ar-
rogantemente vivemos como
se fossemos os senhores do
nosso próprio destino e, por
consequência, pensarmos que
tudo quanto decidimos se irá
concretizar tal como o planeá-
mos.
Agora podemos ver quão in-
sensata e perversa é tal atitu-
de. Esta pandemia veio tornar
bem visível que não somos
nós, mas sim Deus Quem de-
termina os nossos dias em ca-
da um dos seus momentos e
em cada circunstância da nos-
sa vida.
Sob esta óptica podemos, tal-
vez, vislumbrar um desígnio
Divino para os acontecimentos
que estamos a viver: tornar-nos
conscientes da nossa depen-
dência de Deus em todos os
momentos e circunstâncias da
nossa vida. Na realidade, a
consciência desta dependência
é fundamental na vivência cris-
tã.
Já no Velho Testamento, uma
das grandes lições que Deus
quis dar ao Seu povo, após tê-
lo libertado da escravidão do
Egipto, e ao longo da sua pere-
grinação pelo deserto, foi preci-
samente a de que a vida de to-
do o povo e de cada um em
particular dependia totalmente
de Deus.
Na verdade, só o conhecimento
desta realidade torna o homem
humilde e capaz de louvar,
exaltar e glorificar Aquele de
Quem depende desde a sua
própria gestação no seio mater-
no.
Se esta pandemia nos levar a
um tal conhecimento, então de-
vemos dar graças a Deus por
ela.
Pr Celestino Torres de Oliveira
(Continuação da página 1)
Do Pastor...Editorial mento das necessidades reais
na saúde pública.
Que dizer da Justiça? A ima-
gem da venda nos olhos
da Justiça é muito bonita.
Quer significar que ela não
julga segundo as aparências
ou influências de terceiros.
Dá para rir, não?
Que vemos nalguns julgamen-
tos que de tanto tempo a se-
rem resolvidos acabam por
chegar ao fim sem passar pe-
lo julgamento, por prescrição
dos prazos (perda do direito
do Estado de punir o autor de
um crime pelo seu acto, pois
não houve o exercício da ac-
ção judicial dentro do prazo
legal estipulado por lei). E se o
arguido tiver sido preso pre-
ventivamente ainda pode pedir
ao estado uma indemnização
por danos morais e materiais.
Que importa a verdade dos
factos? Os processos adminis-
trativos falam mais alto e
aqueles que praticam advoca-
cia sabem muito bem como
tirar partido dessas situações
na defesa dos seus clientes.
Tal como aquela casa esta
sociedade não tem chão (a
família) não tem paredes
(saúde, educação, justiça).
Porquê? Porque lhe falta o
principal: o tecto.
Sem a presença de Deus (a
sociedade moderna repudia a
ideia de Deus) esta sociedade
não tem tecto, não tem telha-
do protector e irá ruir a todo o
momento se não arrepiar ca-
minho?
Conhecem algum país com
este tipo de sociedade?
Eu conheço!
AVO
ANO XXII, NÚMERO 91 Página 15
gelho que caminhamos para o
céu.
João 14-27
In “Os mananciais do deserto”
de Lettie Cowman
Compilado por Emília Mendes
OBispo Moule, já falecido
relatou um episódio que
ocorreu Certa vez numa ocasi-
ão de guerra. Num determina-
do dia houve uma programação
para os soldados que iriam par-
tir para a guerra. Ele o fez com
palavras espirituosas e bem
humoradas. De repente, como
se houvesse lembrado de algo,
ele acrescentou num tom dife-
rente: “Em breve partiremos
para as trincheiras, talvez até
para a morte. Será que alguém
nos pode dizer como se deve
encarar a morte?”
Seguiu-se um longo silêncio
carregado de tensão. Final-
mente veio uma resposta. Le-
vantou.se uma cantora, foi à
frente e pôs-se simplesmente a
cantar uma ária da oratória Eli-
as intitulada “Descansa em
Deus”. Quando ela terminou
havia poucos olhos enxutos na-
quele salão.
Nesta vida, nos combates que
enfrentamos o que mais neces-
sitamos é de um coração que
aprendeu a descansar em
Deus e uma vontade totalmen-
te submissa ao Senhor.
Esse é o grande segredo da
vida cristã. Só isso nos capaci-
ta a chegar ao fim da nossa
existência com honra, e sem
que fiquemos desanimados.
Então o capitão disse aos mú-
sicos: “Toquem o nosso
‘Glória’. E os sons daquela me-
lodia infundiram um novo âni-
mo aos soldados, que se puse-
ram a avançar triunfalmente.
Irmãos seja qual for o nosso
problema olhemos para o nos-
so amado Senhor e cantemos
“Glória”.
É ao som da música do Evan-
poupou do pecado de tal atitu-
de.
Em 1541 aconteceu uma nova
mudança política em Genève,
na qual os defensores dos Re-
formadores ganharam nova-
mente o poder. O resultado foi
um pedido urgente para que
Farel, Calvino e Viret voltas-
sem para a cidade. Farel não
seria dispensado da igreja em
Neufchatel.
A sua primeira meta foi colocar
em ordem a instituição da igre-
ja. Calvino demonstrou que
não somente as doutrinas da
igreja, mas também a forma
de governo da igreja, devem
vir da Escritura. Ele imediata-
mente obteve o consentimento
do Senado em Genève para
uma reforma de política ecle-
siástica que fosse derivada da
Palavra de Deus, e da qual
não deveria ser permitido que
nem ministros nem pessoas se
apartassem.
A pregação ocupava o lugar
principal na reforma da Igreja
em Genève. Na Catedral de
São Pedro, onde Calvino ge-
ralmente pregava, os serviços
de adoração do Domingo eram
realizados ao amanhecer, no-
vamente às 9 da manhã, e
mais uma vez às 3 da tarde.
As crianças eram trazidas à
tarde para instrução. Cultos
com pregações menores eram
também realizados nas ma-
nhãs de Segunda, Quarta e
Sexta-feira.
Deste ponto de vista, a refor-
ma espiritual de Genève foi
apenas um microcosmo da-
quela obra poderosa de Deus
por todo o continente da Euro-
pa e pelo mundo fora, visto
que o Espírito da verdade con-
tinuava a guiar a Sua igreja —
e assim Ele ainda o faz hoje,
nas nossas próprias igrejas
Steven Key
Resumido por AVO
vino e os reformadores. A
expulsão dos servos de
Deus de Genève, em 22 de
Abril de 1538, nem sequer
dois anos após Calvino ter
começado os seus trabalhos
na cidade, veio de uma dis-
puta em relação ao exercí-
cio da disciplina cristã.
Calvino viu que o exercício
bíblico da disciplina cristã
era uma marca crítica da
verdadeira igreja. À medida
que a disputa entre os pas-
tores e o concílio se agra-
vou, Calvino e Farel recusa-
ram-se a celebrar a Ceia do
Senhor. O concílio, por sua
vez, ordenou que eles pa-
rassem de pregar e, quando
eles recusaram, expulsou-os
da cidade. Foram-lhes da-
dos três dias para partirem.
Do verão de 1538 até ao ve-
rão de 1541, Calvino passou
três anos abençoados em
Estrasburgo. Deus deu-lhe
tempo para o desenvolvi-
mento, e lhe deu preparação
adicional para a obra que
ainda estava diante dele. E
embora alguém pudesse
pensar que a sua expulsão
de Genève torná-lo-ia um
homem amargo, Deus o
(Continuação da página 11)
Página 14 JUBILAI
Em questões de vestuário e
adornos há linhas mestras
que se aplicam a todos os
crentes, tanto a homens como
a mulheres. Um primeiro princi-
pio é o custo. Quanto gastamos
nós em vestuário? Tudo o que
adquirimos é absolutamente
necessário? Poderia o dinheiro
ali empregue ser usado em me-
lhores fins?
Em primeiro lugar 1 Tim. 2:9
proíbe vestuário caro: «não
com ... vestidos preciosos».
Não se trata da questão de po-
dermos ou não adquiri-los. É
um pecado um crente gastar
dinheiro em vestuário caro, por-
que a Palavra de Deus o proí-
be. A compaixão também o
proíbe. O aperto desesperado
do nosso próximo noutros paí-
ses, as suas enormes necessi-
dades espirituais e físicas, evi-
denciam insensibilidade o es-
banjar dinheiro sem necessida-
de em vestuário.
Isto não se aplica apenas à
qualidade do vestuário que ad-
quirimos mas também à quanti-
dade. Os roupeiros de alguns
crentes parecem-se com arma-
zéns de pronto a vestir. Muitas
vezes, quando viajam de férias,
a quantidade de vestidos, cami-
sas, e fatos que levam consigo
rivaliza com o vestuário dos
marinheiros embarcados.
Porque é que o fazemos? Não
para nós de muitas maneiras.
Usar vestes fora de moda tam-
bém chama a atenção. O cren-
te também deve evitar usar
vestuário que seja extraordina-
riamente grosseiro, escandalo-
so, ou excêntrico.
Finalmente, o crente - e isto
pode constituir um problema
para o jovem crente - deve evi-
tar vestimentas que sejam insi-
nuantes ou provocantes. Já
nos referimos às modas que
são reveladoras. No entanto o
vestuário pode cobrir todo o
corpo e apesar disso despertar
desejos impuros nos outros. As
modas modernas não são con-
cebidas para encorajar a espiri-
tualidade. Pelo contrário, reflec-
tem a obsessão pelo sexo - tão
característica do nosso século.
O crente nunca deve usar rou-
pas que incitem às paixões ou
que tornem difícil para os ou-
tros viver a vida Cristã.
Certamente que o grande pro-
blema é a enorme pressão so-
cial para a conformidade. Isto
foi e sempre será verdade. Os
crentes precisam de muita ver-
ticalidade para resistirem aos
extremos da moda, para rema-
rem contra a torrente da opini-
ão pública, e para se vestirem
duma forma que beneficie o
Evangelho.
Se fizermos de Cristo o Senhor
do nosso guarda-roupa, tudo
ficará bem.
William MacDonald
será uma manifestação de or-
gulho? Gostamos muito de ser
elogiados pelo nosso bom gos-
to, e a nossa aparência impe-
cável. Os gastos envolvidos na
compra de vestuário é apenas
um princípio que nos deve ori-
entar na sua escolha.
Um outro princípio é a modés-
tia. Paulo diz «com pudor e mo-
déstia». A palavra pudor signi-
fica «decência». Uma das fun-
ções do vestuário é esconder a
nudez do homem. Pelo menos,
foi com esse objectivo que ele
foi introduzido no princípio.
Contudo, agora, o vestuário pa-
rece ser concebido para revelar
cada vez maiores áreas anató-
micas. O homem gloria-se as-
sim na sua vergonha. Não ad-
mira vermos homens ímpios
fazerem isto, todavia é muito
chocante apercebermo-nos de
crentes que os imitam.
Mas modesto também pode
significar atractivo. Isto sugere
que o crente se deve vestir as-
seadamente. Não há qualquer
virtude na miséria, na falta de
asseio. Oswald Chambers dis-
se que a porcaria é um insulto
ao Espírito Santo. As vestes do
crente devem ser limpas, ali-
nhadas, em boas condições e
assentarem bem.
Em geral, o crente deve evitar
modas que atraiam a atenção
para si. Não é esta a sua fun-
ção na vida. Ele não está na
terra como adorno, mas como
vara frutífera da Videira. Nós
podemos chamar a atenção
ANO XXII, NÚMERO 91 Página 3
 Pela forma de enfrentar
estes tempos menos agra-
dáveis de restrições devi-
do à pandemia
 Irmãos arrefecidos espiri-
tualmente
 Irmãos doentes e fragiliza-
dos.
 Crescimento espiritual dos
membros da igreja.
 Pelo país e seus gover-
nantes.
 Pelos oficiais da igreja e
responsáveis dos Departa-
mentos.
 Pelos nossos familiares.
 Pelo nosso testemunho
em cada dia.
 Pelos irmãos nos diversos
lares da “terceira idade”.
 Pela Beneficência da nos-
sa Igreja
 Pelo Pastor Tiago Oliveira
e família nos Estados Uni-
dos.
 Pela área financeira da
Igreja
Um cristão nominal é um
cristão apenas no nome.
É alguém que acha que é cris-
tão, e se diz cristão; talvez a
sua cultura, família e antepas-
sados, sejam cristãos – talvez
até vá à igreja; mas não há fo-
me espiritual na sua vida, não
há desejo de conhecer melhor a
Deus. Ele não encontra prazer
em ler a Bíblia, ou em ouvir o
que ela ensina. Ele não se de-
leita em Deus. Ele vive para ou-
tras coisas. Não tem a sua vida
guiada por Deus. Não se chega
a Deus para obter perdão. Tudo
isto é sinal de alguém que é um
cristão nominal, que diz ser cris-
tão em palavras, mas essa não
é a realidade..
Jesus disse que quando Ele vol-
tar para julgar o mundo, haverá
um grande grupo de pessoas
que O chamará Senhor. Eles
dirão "Senhor, Senhor", e eles
terão feito coisas incríveis em
nome de Deus, e vão achar que
Jesus é seu amigo. Mas Jesus
dirá a essas pessoas: "Apartai-
vos de mim, nunca vos conhe-
ci." Não é suficiente dizer que
se é cristão, não é suficiente
dizer que algures no tempo fiz
uma oração ou fui baptizado e,
por isso sou cristão.
A pergunta é: conhece Jesus?
Ama-O? Virou as costas ao pe-
cado e confia n’Ele nesse preci-
so momento?
Mike McKinley
Internautas Cristãos
Eu pessoalmente acredito
que não seja possível
pregar a Cristo e Ele crucifi-
cado, a menos que estejamos
pregando o que hoje é conhe-
cido como calvinismo. O cal-
vinismo é apenas um apelido;
o calvinismo é o Evangelho e
nada mais. Eu não creio que
possamos pregar o Evange-
lho se não pregarmos a justifi-
cação pela fé sem obras, nem
podemos pregá-lo, a menos
que preguemos a soberania
de Deus em Sua dispensação
de graça, nem a menos que
exaltemos o amor imutável,
eterno, eletivo e conquistador
de Javé. Eu também não
acredito que possamos pre-
gar o Evangelho, a menos
que nos baseemos na reden-
ção especial e particular do
povo eleito de Deus, reden-
ção essa efetuada por Cristo
na cruz; nem tampouco com-
preendo um evangelho que
permita que os santos ve-
nham a cair depois de terem
sido chamados, e admita que
os filhos de Deus sejam quei-
mados no fogo da condena-
ção.
Citações
C. H. Spurgeon
Por isso, vos digo que
tudo o que pedirdes,
orando, crede que o re-
cebereis, e tê-lo-eis.
Marcos 11:24
Página 4 JUBILAI
A. Uma Obra de Fé é uma
Boa Obra.
Fazer o que Deus manda, só
porque Ele o manda, é uma
boa obra. Uma obra de fé só
é possível aos que têm fé. As
obras de fé geralmente são
opostas à razão humana. O
capítulo 11 de Hebreus é
cheio de obras de fé. A razão
humana não determinou os
actos de Noé, Abraão e ou-
tros mencionados neste capí-
tulo. A única razão por detrás
de uma obra de fé é que Deus
diz para fazê-la. E isto é tor-
nar-se tolo aos olhos do mun-
do. Foi só porque Noé creu
em Deus, que ele construiu a
arca.
B. Uma Obra de Amor é
uma Boa Obra.
Cristo disse: “Se me amais,
guardai os meus mandamen-
tos” (João 14:15). I Coríntios,
capítulo 13, enfatiza a neces-
sidade do amor como ingredi-
ente nas boas obras. A fé age
por amor (Gálatas 5:6). A fé e
o amor são graças gémeas
dadas por Deus, e onde exis-
tirem certamente haverá boas
obras.
O perdido, até onde vai actos
externos, pode fazer uma boa
obra; contudo, o motivo inter-
no tanto quanto o acto exter-
no são essenciais para uma
boa obra diante de Deus. Um
pouco de água dado em no-
me de um discípulo de Cristo,
é uma boa obra, ao passo
que um presente de milhões
de euros para uma boa cau-
sa, talvez não seja considera-
do como tal. Eis o teste deci-
sivo para cada boa obra: ela é
feita para a glória de Deus e
por amor a Cristo? Se for…
a. Ela não é feita em troca de
recompensas humanas. Era
este o motivo dos fariseus ao
(Continua na página 5)
As Escrituras têm muito a
dizer sobre as boas obras.
Fomos criados em Cristo Jesus
para as boas obras (Efésios
2:10). Os crentes devem ter o
cuidado de manter as boas
obras (Tito 3:8). Os ricos deste
mundo devem ser ricos em bo-
as obras, prontos a repartir os
seus bens com os necessita-
dos (I Timóteo 6:18).
Nosso Senhor testificou que as
boas obras do mundo são más
(João 7:7). Ele também testifi-
cou em relação aos fariseus,
dizendo que as obras que fazi-
am eram feitas para receberem
elogios dos homens (Mateus
23:5). Lemos também, na Bí-
blia, sobre obras mortas, obras
da carne e obras do diabo. As-
sim, precisamos compreender
discernir com sabedoria sobre
este assunto.
1. A Qualificação para as Bo-
as Obras.
Quem pode realizar uma boa
obra diante de Deus? A Bíblia
torna claro que ninguém, a não
ser o salvo pode fazê-la
(Efésios 2:10, Romanos 8:8,
Hebreus 11:6).
As boas obras são o fruto do
Espírito e somente os salvos
têm o Espírito. As boas obras
são o resultado da salvação e
não sua causa. A ordem divina
é primeiro salvação, depois o
serviço. Somos salvos para
servir a Deus e aos outros. Em
cada plano, excepto na mecâ-
nica, tem que haver vida antes
de haver actividade. Cada ho-
mem, por natureza, está morto
nos seus pecados e alienado
da vida de Deus. Crer que um
pecador pode trabalhar para
ser salvo é uma grande here-
sia. Ver Tito 3:5, II Timóteo 1:9,
Efésios 2:8-9. Tudo o que o
perdido pode fazer, a fim de
agradar e receber o favor de
Deus é sem valor e precisa de
arrependimento. Não há meio
de obter o favor de Deus, a não
ser por Seu Filho. “Mas agora
em Cristo Jesus, vós, que an-
tes estáveis longe, já pelo san-
gue de Cristo chegastes perto”.
(Efésios 2:13).
2. A Natureza das Boas
Obras.
Uma boa obra no sentido bíbli-
co, que é o único sentido ver-
dadeiro, é aquela que agrada a
Deus e traz sobre quem a fez a
aprovação e bênção de Deus.
Um homem pode realizar um
acto que seja considerado bom
na concepção humana, mas
Deus pode vê-lo de outra ma-
neira. O que os homens talvez
considerem bom, Deus pode
rejeitar como mau. Os homens
podem recompensar algo que
Deus vai censurar.
Como se pode saber se o que
fazemos é bom? Esta é uma
pergunta muito importante.
Multidões vivem no afã da tão
chamada actividade cristã, exe-
cutando nervosamente progra-
mas criados por homens, para
no fim colherem apenas um ter-
rível despertar e um grande de-
sapontamento. Ler Mateus
7:22-23.
Não é nosso objectivo enume-
rar as boas obras que o crente
pode fazer. Pelo contrário, que-
remos mostrar os elementos
necessários em qualquer obra
que a tornam uma boa obra à
vista de Deus. Como indiví-
duos, aquilo que fazemos em
particular pode variar, de acor-
do com nosso relacionamento
com a sociedade e com nossas
oportunidades. Observe:
ANO XXII, NÚMERO 91 Página 13
culto como congregação; fo-
mos impedidos de adorar cor-
porativamente.
Qual será, então, a nossa res-
posta? A seguir ofereço seis
exortações:
1) Não olhe para aqueles que
sofrem com um olhar de justi-
ça própria. Comece consigo
mesmo; arrependa-se (Lc 13:1
-5). Arrependa-se, individual-
mente, dos seus pecados; e
arrependa-se, corporativa-
mente, dos pecados da Igreja
e do nosso país.
2) Busque a graça santificado-
ra de Deus para a sua própria
vida. Não desperdice a sua
tribulação. Ore para que Deus
trabalhe na sua vida por meio
desta provação. Lembre-se de
que o Senhor prometeu que
tudo isso coopera para o seu
bem (Rm 8:28).
3) Peça a Deus que, na Sua
ira, se lembre da misericórdia.
Ore para que Ele retenha a
Sua mão de juízo e conceda
graça. Ore para que muitos
venham ao conhecimento sal-
vífico do Senhor Jesus Cristo
através dessa pandemia. Ore
pedindo oportunidades de fa-
lar com os seus vizinhos sobre
a santidade e a graça de
Deus.
4) Ore pelas pessoas que, em
todo o mundo, estão agora
gravemente doentes. Ore para
que Deus poupe essas vidas.
Ore por aqueles que não dis-
põem de provisão das suas
necessidades básicas para a
vida diária. Ore para que não
haja uma recessão económica
(Continuação da página 12)
mundial.
5) Não fique ansioso. Deus
cuidará de si (Mt 6:25-44; Fp
4:4-7). Descanse no cuidado
amoroso do Seu soberano Sal-
vador. Agradeça a Deus por
tudo o que Ele está operando.
6) Durante este período de al-
teração da normalidade pode-
mos aumentar a empatia pelos
nossos irmãos e irmãs em todo
o mundo que não têm condi-
ções de se reunir no Dia do
Senhor para a adoração corpo-
rativa por causa da persegui-
ção. O que para nós é algo co-
mum, para eles seria um privi-
légio. Portanto, lembre-se de-
les e ore por eles.
In Os Puritanos
Dr. Joseph A. Pipa, Jr.,
Presidente e Professor de
Teologia Sistemática
e Homilética do Greenville
Presbyterian Theological
a voz de Deus na hora da ora-
ção?
Onde estamos nós?
Chegue-se mais ao Senhor.
Mais perto do Senhor. E a Gló-
ria do Senhor Jesus vai sendo
cada vez mais sobre nós
Génesis 3
Compilado por Emília Mendes
Que terrível foi a tarde
daquele dia após a
queda, quando Deus passe-
ava no jardim. Já não havia
alegria neste encontro.
Os primeiros pecadores do
mundo escondiam-se da
presença do seu Senhor. O
pecado quebrara-lhes a co-
munhão com o Pai. Fugiam
da Sua presença.
No silêncio do jardim a voz
soou: “Onde estás?”
E nós? Onde está a nossa
relação com Deus? Espera-
mos nós ouvir alegremente
Este é o propósito universal
de Deus para todo o sofri-
mento cristão: mais contenta-
mento n’Ele e menos satisfa-
ção no mundo.
John Piper
Quem não teve tribulações
para suportar, é porque não
começou a ser cristão para
valer.
Santo Agostinho
Você é realmente um cristão
ou apenas faz parte do circo
chamado igreja evangélica
moderna?
Paul Washer
O facto de ser mulher, não
me torna um tipo diferente de
cristão. Mas, o facto de ser
cristã, me faz um tipo dife-
rente de mulher.
Elisabeth Elliot
-se-á a trombeta na cidade, e o
povo não estremecerá?”. Em
seguida, o profeta faz uma re-
lação com as obras de Deus:
“Sucederá algum mal na cida-
de sem que o Senhor o tenha
feito? Certamente o Senhor
não fará coisa alguma, sem
primeiro revelar o Seu segredo
aos Seus servos, os profetas.
Rugiu o leão, quem não teme-
rá? Falou o Senhor Deus,
quem não profetizará?” (Am
3:3-8).
Deus está rugindo e Ele já re-
velou coisas na Sua Palavra
nas quais devemos pensar e
falar.
Primeiro, Deus está agindo
através desta "calamidade na-
tural" com todas as suas reper-
cussões para proclamar Seu
santo juízo. De facto, o Senhor
é longânimo e tardio em irar-
se, mas, ao longo da História,
Ele age periodicamente atra-
vés dos Seus juízos temporais.
É correcto dizer que nada des-
sa magnitude mundial aconte-
cia desde a II Guerra Mundial.
Deus está julgando as nações
por causa da sua idolatria e
corrupção. Mas, vamos consi-
derar a situação actual do
mundo. Só nos EUA foram re-
alizados aproximadamente
140.000 abortos, desde 1 de
Janeiro de 2020 (não será mui-
to diferente em todos os outros
países em que esta prática es-
tá legalizada). Pervertemos a
santa aliança do casamento
com promiscuidade sexual,
adultério, pornografia e sodo-
mia. Entre nossos muitos ído-
los estão , por exemplo, figuras
do desporto e o materialismo.
O leão está rugindo? Com cer-
teza. Deus ruge.
Segundo, Deus está corrigin-
do e instruindo o Seu povo. Os
cristãos não estão isentos dos
Página 12 JUBILAI
sofrimentos causados por esse
vírus. O apóstolo Pedro ensina
que o juízo começa com a famí-
lia de Deus (1 Pe 4:17). Para
nós, no entanto, não é um julga-
mento de castigo e punição,
mas de disciplina: “Filho meu,
não rejeites a disciplina do Se-
nhor, nem te enfades da sua
repreensão. Porque o Senhor
repreende a quem ama, assim
como o pai, ao filho a quem
quer bem.” (Pv 3:11, 12). Essa
correcção é corporativa e indivi-
dual; pode ser por pecados es-
pecíficos ou, de modo geral, pa-
ra corrigir e purificar. Individual-
mente, devemos examinar a
nossa própria vida para ver se
Deus está a corrigir-nos indivi-
dualmente por pecados especí-
ficos. Caso venhamos a discer-
nir atitudes ou acções específi-
cas que têm relação directa
com as consequências provoca-
das pelo vírus, então arrepen-
damo-nos e busquemos a graça
de Deus. Caso não haja uma
relação específica, busquemos
a graça santificadora de Deus
por meio do sofrimento que po-
de acometer-nos.
Corporativamente, Deus está a
purificar a Sua Igreja. Como
cristãos, de modo rebelde e rei-
terado profanamos o Santo Dia
do Senhor com trabalho e entre-
tenimento (que Deus relaciona
com a idolatria, Ez 20:13-16);
por causa do vírus, agora mui-
tos estiveram proibidos de sair
para trabalhar ou se divertir em
todos os dias da semana.
Cada vez mais a Igreja substitui
a santa adoração pelo entreteni-
mento. Deus fechou as portas
das nossas igrejas. O povo de
Deus parece estar satisfeito em
ter apenas um culto no Dia do
Senhor; então, Deus removeu
todos os cultos. Temos recebido
levianamente os privilégios do
(Continua na página 13)
Podemos afirmar com base
nas Escrituras que tudo o
que está ocorrendo em relação
à pandemia que assola em to-
do o mundo faz parte do bom e
soberano propósito de Deus.
Deus preordenou tudo o que
acontece, e Ele executa os
Seus decretos mediante a Sua
providência (Dn 4:34-35; Sl
135:6). Ao asseverar os decre-
tos absolutos de Deus, não ex-
cluímos as causas secundá-
rias, mas confessamos que a
causa primária é a boa vontade
de Deus. O bom propósito de
Deus abrange cada doença,
cada morte, além de todas as
crises sociais e económicas.
Além disso, Cristo, como Rei e
Mediador, está na direcção de
todas as coisas para o bem e
por amor à Sua Igreja (Ef 1:22,
23). A realidade do controlo so-
berano de Deus sobre esta no-
vela Coronavírus e a sua disse-
minação, tem influência directa
no nosso pensamento, no nos-
so modo de falar e no nosso
comportamento diante disso.
Como esta pandemia está de
acordo com a santa vontade de
Deus, precisamos nos pergun-
tar: "O que é que Deus está a
faze?". Por meio de perguntas
retóricas sobre causa e efeito,
o profeta Amós expõe a rela-
ção entre um e outro: “Andarão
dois juntos se não houver entre
eles acordo? Rugirá o leão no
bosque, sem que tenha presa?
Levantará o leãozinho no seu
covil a sua voz, se nada tiver
apanhado? Cairá a ave no laço
em terra, se não houver arma-
dilha para ela? Levantar-se-á
da terra o laço, sem que tenha
apanhado alguma coisa? Tocar
ANO XXII, NÚMERO 91
darem esmolas. Temo que
muitos crentes professos quei-
ram as suas recompensas aqui
e agora e portanto, o seu moti-
vo é agradar aos homens e
não a Deus. Este autor deve
confessar que a sua maior ten-
tação é pregar para agradar os
homens … algo que já foi con-
fessado diante de Deus. Ele
não se atreve a reivindicar um
motivo santo para tudo o que
já fez. Uma boa obra é feita
para a glória de Deus e será
recompensada por Ele no dia
do juízo. Não é errado agradar
aos homens, se eles ficam
contentes em ver a nossa bus-
ca para agradar a Deus.
b. Uma boa obra de amor não
é feita por inveja nem conten-
da. “O amor é sofredor, é beni-
gno; o amor não é invejoso; o
amor não trata com levianda-
de, não se ensoberbece. Não
se porta com indecência, não
busca os seus interesses, não
se irrita, não suspeita mal” (I
Coríntios 13:4-5).
c. Ela não será feita em busca
de prémios, aplausos, etc. To-
dos os tipos de meios são usa-
dos hoje, a fim de manter os
membros da igreja activos nal-
guma forma de actividade cris-
tã. O que é necessário hoje é a
pregação fiel da Palavra, falar
a verdade em amor e depen-
der completamente do Espírito
Santo em relação aos resulta-
dos.
d. Um culto aceitável tem de
fluir de uma comunhão íntima
com Cristo. Se não tivermos
aprendido a adorar em secre-
to, não podemos adorar em
público. Se Cristo não é real
para nós; se não andamos
nem temos comunhão com
(Continuação da pá. 4)
Página 5
Ele, é apenas zombaria falar
sobre Ele aos outros. Só quan-
do Jesus Cristo é precioso pa-
ra nós é que podemos sincera-
mente apontá-lO aos outros.
Paulo disse que a cristandade
nos últimos dias seria caracte-
rizada por pessoas “tendo a
aparência de piedade, mas ne-
gando a eficácia dela” (II Timó-
teo 3:5). Este é o resultado
certo de muito culto público
sem muita oração em secreto.
ILUSTRAÇÃO
Conta-se a história que, quan-
do Handley Page fazia um vôo
para o Oriente, ele e os com-
panheiros desceram em Kho-
bar na Arábia. Um rato, atraído
pelo cheiro da comida, entrou
no avião. Ao levantar vôo, o sr.
Page descobriu a presença do
rato ao ouvir o som que fazia
ao roer as coisas. O piloto pen-
sou horrorizado no estrago que
aqueles dentes inclementes
poderiam fazer nalguma parte
vital do avião. O que fazer ago-
ra? De repente, veio-lhe ao
pensamento que um rato não
aguenta a altitude; ele foi feito
para viver na superfície ou em
tocas abaixo do chão. Por isso,
o sr. Page decidiu voar bem
alto; tão alto que ele próprio
estava achando difícil respirar.
Depois, apurou o ouvido para
ver se ouvia algum som e para
imensa alegria, encontrou o
rato morto. Bem, há pestes
morais na natureza da concu-
piscência carnal que guerreiam
contra a alma: diversões mun-
danas de várias formas. Estas
coisas mundanas não aguen-
tam o ar do céu. Elas morrem
na presença de Cristo, que
morreu por nós. Orar e ler a
Bíblia leva-nos a uma altitude
acima demais das diversões
mundanas.
A IMPORTÂNCIA DAS BOAS
OBRAS
As boas obras são importantes
e também evidências necessá-
rias da salvação. Elas não pro-
duzem a salvação, mas a mani-
festam. Não são a causa, mas
o efeito do novo nascimento.
“Porque somos feitura sua, cria-
dos em Cristo Jesus para as
boas obras, as quais Deus pre-
parou para que andássemos
nelas” (Efésios 2:10).
As obras do crente, no tribunal
de Cristo, serão rejeitadas ou
recompensadas. Isto não é ver-
dade em relação aos pecados
do crente; eles foram levados
por Cristo, no Seu próprio cor-
po, na cruz. Em relação à sal-
vação, os pecados do crente
foram colocados sobre Cristo e
julgados n’Ele. Em relação à
correcção, são tratados nesta
vida (Hebreus 12:5-11). O cren-
te será recompensado pelas
suas boas obras quando Cristo
vier. “Portanto, nada julgueis
antes de tempo, até que o Se-
nhor venha, o qual também tra-
rá à luz as coisas ocultas das
trevas, e manifestará os desíg-
nios dos corações; e então ca-
da um receberá de Deus o lou-
vor” (I Coríntios 4:5).
Vamos nós trabalhar,
somos servos de Deus,
Com o Mestre seguir
no caminho dos céus;
Com o seu bom conselho
o vigor renovar,
E fazer prontamente
o que Cristo mandar!
Vamos nós trabalhar,
os famintos fartar;
Para a fonte os sedentos
depressa levar;
Só na cruz do Senhor
nossa glória será,
Pois Jesus salvação
pela graça nos dá!
(Continua na página 6)
Página 6 JUBILAI
que o nosso Senhor deseja li-
vrar-nos de todo medo (I João
4:18), mas quão poucos crêem
na Sua Palavra.
Há algum tempo a OMS decla-
rou pandemia no caso do Coro-
navírus. Isso fez-me lembrar de
uma frase do Pr. Mark Oden,
que está a servir a Deus em
Itália, um dos lugares mais
afectados pelo vírus: “A nossa
espécie, de acordo com Jesus,
vive nas garras de um surto de
pandemia chamado pecado.
Qual é a sua esperança diante
desse vírus?”
Nós como cristãos sempre de-
cláramos, pela fé, que Deus
tem cuidado de nós. Entendo
que o cuidado de Deus por nós
não tem a ver com o facto de
sermos resguardados de tragé-
dias ou pandemias. O cuidado
de Deus por nós está relacio-
nado com o nosso destino, Ele
já nos garantiu: “Eu sou a res-
surreição e a vida; quem crê
em mim, ainda que esteja mor-
to, viverá” (Jo 11:25). Aconteça
o que acontecer com o cristão,
Ele estará seguro nos braços
do Pai. Jesus nos deu essa ga-
rantia, nada pode nos tirar essa
certeza. (Rm 8:35-39).
In Revista Fiel
João Eduardo da Cruz
Ocoronavírus parece ser
mais um daqueles lem-
bretes da nossa fragilidade,
nós não nos bastamos a nós
mesmos. Mais uma vez preci-
samos que Deus intervenha na
história ou simplesmente pere-
ceremos, seja pela doença em
si, ou pelo caos na economia
que a mesma poderá gerar.
Não é à toa que as Escrituras
Sagradas nos dizem que são
as misericórdias do Senhor
que nos impedem de sermos
consumidos (Lm 3:22). Somos
todos envoltos por uma graça
que nos sustenta. Não nos po-
demos assegurar nem dos
nossas próprios corpos. Carre-
gamos em nós possibilidades
de enfermidades tanto no nos-
so organismo como fora dele.
Se estamos vivos, é porque
um Deus amoroso rege este
universo que vai desde o ma-
cro ao micro.
Assim sen-
do, além
dos cuida-
dos com a
higiene
que nos
cabem – e
que signifi-
cam a pru-
dência e o
cuidado que devemos ter para
com a vida que nos foi dada –
dependemos também de Deus,
para que por meio da Sua in-
tervenção gloriosa cesse aqui-
lo que nada podemos fazer pe-
los nossos parcos esforços.
Deus está a convidar o mundo
para se prostrar em oração,
mas infelizmente a única lin-
guagem que parecem compre-
ender é a do medo. É verdade
Vamos nós trabalhar
para Cristo, o Senhor,
Contra o reino das trevas
será vencedor,
Ele então para sempre
exaltado será,
Pois real salvação
pela graça nos dá!
Vamos nós trabalhar,
ajudados por Deus,
Que coroa real
nos dará lá nos céus;
Na mansão dos fiéis
o descanso será,
Pois Jesus salvação
pela graça nos dá!
Coro
No labor com fervor,
A servir a Jesus,
Com esperança e fé
E com oração,
Até que volte o Redentor.
Cantor Cristão – Trabalho
Cristão, Nº 422
In Palavra Prudente
William Howard Done,
(Continuação da página 5)
Cristão frio não é aquele
que não grita, não pula,
não gira e não faz barulho.
Cristão frio é aquele que
ao escutar a Verdade do
Evangelho não a coloca em
prática no seu dia-a-dia.
Augustus Nicodemus
ANO XXII, NÚMERO 91 Página 11
OSenhor Jesus levou os
seus apóstolos a um lugar
deserto pois estavam cansados;
e lhes disse: “Vinde, repousai
um pouco à parte”.
Quando eles estavam cansados,
o Senhor nunca exercia pressão
alguma sobre eles. E Ele próprio
quando se sentiu cansado sen-
tou-se junto à fonte. Iria descan-
sar na casa de Marta e Maria.
A Bíblia mostra que Jesus tinha
esse costume.
O Senhor nos diz para deixar-
mos para amanhã as preocupa-
ções e vivermos só os males de
hoje: “Aquietai-vos!”
Esta palavra não significa ape-
nas ficar quieto diante de Deus
em meditação. Ela significa: sol-
tar as tensões desta vida, assim
como se solta o cabo de aço
que mantém um navio ancorado
ao cai, deixando que ele siga o
seu próprio curso.
John Timothy Stone
Compilado por Emília Mendes
não lucraria nada com seus
rogos, então lançou sobre mim
sua imprecação, dizendo que
Deus haveria de amaldiçoar o
meu isolamento e a tranquili-
dade dos estudos que eu tanto
buscava, caso me esquivasse
e recusasse dar minha assis-
tência, quando a necessidade
era em extremo premente.
Sob o impacto de tal impreca-
ção, eu me sentir tão abalado
de terror, que desisti da via-
gem que havia começado.”
A obra de Calvino em Genève
começou no verão de 1536.
Ele começou sua obra ali co-
mo um professor, um professor
notável, o autor da Christianae
religionis insitutio, as Institutas
da Religião Cristã, publicada
uns poucos meses antes.
A tarefa de reforma em Genè-
ve era assombrosa. Calvino
entendeu que tal reforma en-
volveria reorganizar a igreja de
acordo com a Palavra de
Deus, defender a autonomia
da igreja em relação aos ma-
gistrados civis (por si mesma
uma tarefa nada fácil), bem
como trazer uma mudança pa-
ra a mentalidade das pessoas
com respeito tanto à doutrina
como aos seus efeitos sobre a
moral e a vida cristã.
Calvino diz-nos no prefácio ao
seu comentário sobre os Sal-
mos que quatro meses haviam
quase passado quando Sata-
nás levantou a sua horrível ca-
beça em Genève com intensi-
dade. Havia problemas em du-
as direcções. Primeiro, havia
uma influência Anabatista na
cidade, que estragaria a Refor-
ma com extremismo. Esta in-
fluência Anabatista foi logo
afastada quando Calvino e os
seus colegas completa e publi-
camente refutaram os seus en-
sinos pela Palavra de Deus.
De uma direção diferente vie-
ram outros assaltos sobre Cal-
(Continua na página 15)
Opapel de João Calvino na
reforma de Genève foi
divinamente ordenado. O pró-
prio Calvino não o procurou.
Na sua provavelmente maior
anotação auto-biográfica, en-
contrada no prefácio do seu
Comentário sobre o Livro de
Salmos, ele apontou que ele
não tinha intenção de perma-
necer em Genève mais do que
uma simples noite, e muito me-
nos de se tornar uma figura de
liderança ali.
O plano de Calvino era ir para
Estrasburgo. O seu coração
estava posto numa vida isola-
da de estudos privados. Ele
acabou por passar por Genè-
ve, porque, na providência ma-
ravilhosa de Deus, o caminho
directo de Paris para Estras-
burgo estava bloqueado, tor-
nando-se necessário para Cal-
vino tomar uma rota diferente,
muito mais longa e tortuosa
para o sul. Assim, ele chegou
em Genève sem aviso prévio.
Mas, embora com somente 27
anos de idade, Calvino era um
erudito e professor bem conhe-
cido neste tempo, e alguns que
o reconheceram fizeram saber
a Farel que o autor da Institutio
estava na cidade.
Foi assim, o Reformador e
pastor Guillaume (William) Fa-
rel se tornou o instrumento de
Deus para colocar Calvino
num caminho diferente. Calvi-
no escreveu que “Farel imedia-
tamente pôs em acção toda a
sua energia a fim de deter-me.
E, ao descobrir que o meu co-
ração estava completamente
devotado aos meus próprios
estudos pessoais, para os
quais desejava conservar-me
livre de quaisquer outras ocu-
pações, e percebendo ele que
Setembro
1 - Ir. Ana Isabel Coelho
20 - Ir. Cidália Leonardo
20 - Ir. Sílvia Mourão
Outubro
8 - Ir. Maria Helena Pereira
11 - Ir. Joana Oliveira
16 - Ir. Alzira Viriato Oliveira
Novembro
4 - Ir. Selma Tabita Oliveira
7 - Ir. Fernanda Lopes
Página 10 JUBILAI
Em caixa...
Resumo de Junho a Agosto 2020
Sócias da Sociedade de Senhoras
RECEITAS DESPESAS
Saldo Maio 9.997,26 Oferta de Aniversário à Igreja 3.000,00
Contribuições 70,00
3.000,00
Saldo p/ Setembro 7.067,26
10.067,26 10.067,26
Resumo:
Dep. Prazo 3.600,00
Dep. Ordem 3.174,68
Caixa 292,58 7.067,26
ANO XXII, NÚMERO 91 Página 7
Antes do Covid-19. No fim
de Janeiro deste ano tinha
acabado de fazer um curso de
costura, do qual gostei muito,
pois sempre gostei de costura
desde pequenina, e pensava
que seria útil num futuro próxi-
mo ou a nível profissional.
No entanto, como este curso
durou apenas 3 meses, preten-
di tirar outro, para consolidar
mais os meus conhecimentos e
técnica de costura.
Foi então que surgiu o Covid-
19, com todos os seus impedi-
mentos e restrições, e logo me
disseram que não iriam fazer
mais cursos a curto prazo…
Senti-me perdida...Na altura foi
difícil ver-me de novo em casa,
contudo o Senhor não me dei-
xou ao acaso, pois Ele foi pro-
videnciando alguns trabalhi-
nhos de costura, que me deram
o sustento e onde pude exercer
o meu talento.
Deus fez-me ver que a nossa
vida profissional ou pessoal
não está nas nossas mãos e
fez-me aproveitar e ver coisas
simples da vida à minha volta.
Devemos confiar sempre n’E-
LE, servi-lo, nunca temer o fu-
turo e dizer como o salmista no
salmo 91-1,2:
“Aquele que habita no escon-
derijo do Altíssimo à sombra do
Omnipotente descansará. Direi
do Senhor ELE é o meu Deus,
o meu Refúgio, a minha fortale-
za e n’ELE confiarei”
Que Deus nos proteja e aben-
çoe.
Dora Duarte
assim a terra produz o seu fru-
to para alimento dos animais
(racionais e irracionais), as
estações sucedem-se e a vida
se renova à face da terra.
O Senhor capacita homens e
mulheres, dá-lhes inteligência
e poder criativo (eleitos e não
eleitos) para que exerçam as
actividades necessárias em
todas as áreas do saber.
O salmista no salmo 136 re-
corda-nos uma verdade e a
repete ao longo de todo o sal-
mo: “porque a Sua benignida-
de é para sempre”.
Por isso, aconteça o que
acontecer à nossa volta e na
nossa vida continuemos a
confiar no Senhor porque nós
os crentes, nascidos de novo
fomos alcançados pela graça
salvadora em Jesus Cristo
nosso Senhor e somos conti-
nuamente bafejados com to-
das as bênçãos celestiais.
Nestes tempos de perplexida-
de, lembremo-nos de que o
plano de Deus, determinado
antes da fundação dos sécu-
los, se está cumprindo, evi-
denciando que a Palavra de
Deus é fiel e digna de toda a
aceitação.
Mas, perguntar-me-ão: que
significa I.I.P.E.D.?
Simplesmente: Interrupção
Involuntária de Professora da
Escola Dominical.
Sofri “outras interrupções”, co-
mo sejam os cultos semanais,
o canto coral, lições de músi-
ca…
Mas a I.I.P.E.D. “doeu” bas-
tante.
Que Deus seja com cada uma
de nós.
AVO
Há meses atrás sofri uma
“I.I.P.E.D.”, algo que
nunca me tinha acontecido.
Por isso, este episódio deixou-
me triste e perplexa. E agora?
Aquilo que durante mais de
quatro décadas me deu prazer
em realizar tornara-se uma
impossibilidade. E quando is-
so acontece logo vem à nossa
mente a vulgar interrogação:
porquê?
Queremos ter uma explicação
para tudo, e por isso indaga-
mos, analisamos...mas a mai-
or parte das vezes não temos
resposta para as interroga-
ções que sobem à nossa men-
te.
E é bom que assim aconteça
porque aprendemos dia a dia
a depender da graça de Deus.
A graça é a bondade de Deus
para connosco, apesar de não
a merecermos.
A Bíblia refere-se à graça de
Deus de duas maneiras distin-
tas. Uma é a graça salvadora.
Essa graça é referida, por
exemplo, em textos como Efé-
sios 2:8-10 e Romanos 9-11.
É uma graça especial porque
apenas os eleitos são alcan-
çado por ela. Não porque eles
sejam melhores que as outras
pessoas, mas simplesmente
porque Deus no Seu conselho
eterno decidiu salvar o Seu
povo.
Por outro lado, a graça co-
mum refere-se à bondade de
Deus para com todas as pes-
soas. É comum porque todos,
eleitos e não-eleitos, benefici-
am dela. Deus “faz que o Seu
sol se levante sobre maus e
bons, e a chuva desça sobre
justos e injustos” (Mt 5:45), e
Página 8 JUBILAI
O coração do homem traça o
caminho mas o Senhor lhe
dirige os passos Pv. 16:9
Oque mudou na minha vi-
da com a pandemia?
Bem a minha vida mudou bas-
tante desde a pandemia.
Quem me conhece bem sabe
que sou uma mulher de pla-
nos. Gosto de planear a longo
prazo e gosto de cumprir es-
ses mesmos planos. Sou ani-
madora sociocultural de profis-
são e isso também me obriga
a fazer esses tais planos. O
que mais mudou na minha vida
foi mesmo a nível profissional
onde todos os planos que tinha
estipulado no início do ano ti-
veram de ser adiados e outros
mesmos cancelados, muitos
passeios, muitas actividades
no exterior, muitas actividades
a envolver pessoas vindas de
fora e familiares, tiveram de
deixar de acontecer devido a
esta pandemia.
A pandemia veio trazer uma
nova forma de estar e de tra-
balhar.
O trabalho tornou-se mais de-
safiante, pelo facto de ter de
ser suporte emocional para os
utentes, para a equipa e tam-
bém para os familiares. Para
além disso, todos os dias ten-
to procurar forma de amenizar
a falta dos familiares, dos pas-
seios na rua, dos almoços em
família, através de vídeo-
chamadas, de visitas no pata-
mar das escadas e de activida-
des que procurem distrair a
sua mente e trazer alguma
normalidade à sua rotina e
também algum conforto.
(Continua na página 9)
Que Deus permite que acon-
teça, é para mostrar ao
mundo, que o homem é arro-
gante, indisponível em empatia
para o seu semelhante, não se
preocupando com o ambiente,
estragando todas maravilhas
que pôs à nossa disposição.
Mas irmãos está escrito todas
estas dores de cabeça e Deus
é fiel não mente.
Posto isto;
Esta anormalidade que vive-
mos, que se tornou na nova
realidade.
Não prevendo quando e como
saímos da mesma, se é que
isso vai acontecer. está a ser
muito complicada para mim.
A nível pessoal, é muito difícil
usar a máscara, derivado ao
meu problema de saúde, prefi-
ro ficar em casa, a ter que pôr
a máscara.
Socialmente é incomodativo o
uso da mesma para estar com
quem quer que seja.
A nível familiar, é um desatino
os nossos Séniores estarem
privados da companhia dos
seus ante queridos, sendo que
os netos são de quem têm
mais saudade, mas há que ter
prevenção, sendo que são um
grupo de risco, á que fazer es-
te sacrifício.
Espero que as pessoas que
têm várias patologias em comi-
tente, que se previnam, pois
independentemente da idade,
são também um grupo de ris-
co, no qual me incluo.
Falando de economia, o mun-
do está de rastos os países
mais pobres são o que sofrem
mais, existe falta de tudo.
O aproveitamento da crise
pandémica, que segundo al-
guns entendidos na matéria
passou a crise endémica, ser-
viu para a falta de caracter de
algumas entidades patronais,
fecharem as portas, criando
um avultado número de de-
sempregados, contudo houve
pessoas que dado aos servi-
ços prestados e não tendo su-
porte financeiro tiveram mes-
mo que encerrar as suas ativi-
dades.
Daí que, quem ainda está de
saúde, que tem os seus em-
pregos, que pode manter a sua
casa.
Deve agradecer a Deus por
essa bênção.
E se está menos bem, que não
desanime e confie no Senhor,
a começar por mim, que Deus
nos dê força necessária para
não perecermos na fé.
Peço eu Fernanda, que ore-
mos por nós, irmãos em Cristo
e sobretudo pelos nossos fami-
liares e amigos, que não sendo
crentes, não percebem a dádi-
va que Deus lhes deu.
Espero ansiosamente o tempo,
em que possa ouvir os cânti-
cos de louvor ao Senhor na
sua casa de oração.
Considerem-se osculados ir-
mãos com bom ósculo.
Fernanda Lopes
ANO XXII, NÚMERO 91 Página 9
Como devem calcular o meu
trabalho também afectou a
minha vida pessoal. Ao traba-
lhar com pessoas mais vulne-
ráveis os cuidados têm de ser
maiores porque o risco de
contaminação pode implicar
vidas. Ao longo destes me-
ses, por causa desta nova
realidade passei a estar mais
isolada dos meus, numa roti-
na louca de casa-trabalho-
casa. Se a solidão já era algo
que me afectava antes da
pandemia, esta realidade veio
aumentar o sentimento de so-
lidão. Só há pouco mais de 1
mês, é que retomei a visita
aos meus pais e algum con-
tacto com amigos.
Mas nem tudo é mau no meio
da pandemia o facto de estar
com muito menos trabalho e
por isso com menos rendi-
mentos tem feito a minha fé
crescer e a minha confiança
em Deus também. Deus é fiel
sempre e tem suprido as mi-
nhas necessidades quer fi-
nanceiras quer emocionais.
Com maior tempo livre tenho
tido mais tempo para estudar
a palavra e por isso tenho
crescido na fé. Tenho tido al-
gum tempo para meditar e
para estar a sós com Deus.
Deus tem me dado oportuni-
dade de falar sobre a minha
fé com utentes meus que se
sentem mais abatidos e isso
tem trazido consolo às suas
vidas. É bom ver o cuidado
de Deus e ver que os Seus
planos são sempre melhores
que os nossos, mesmo no
meio de uma pandemia.
Joana Louro
(Continuação da página 8)
Pandemia, Covid-19, Confi-
namento”! Três palavras
praticamente ausentes, até há
bem poucos meses, do nosso
vocabulário mas que repenti-
namente passaram a fazer
parte das nossas conversas.
Hoje em dia, já nem é neces-
sário consultar o dicionário pa-
ra ficar a saber-se o significado
deste trio de palavras que an-
tes até poderíamos achar um
tanto esquisitas ...
Contrariamente a muitas das
nossas irmãs na fé que lerão
estas linhas, eu não tenho ne-
nhuma «experiência extraordi-
nária» que tenha vivido duran-
te o confinamento a que as au-
toridades sanitárias nos obri-
garam.
Lá em casa, o Senhor guardou
-nos, até hoje, do Corona-
vírus; estamos-Lhe muito gra-
tos; mas, igualmente, cientes
de que nada acontece aos
crentes sem que o nosso Pai
Celestial o permita.
Porém, para nós, o confina-
mento foi relativamente fácil de
suportar. Apenas saíamos do
domicílio para compras inevitá-
veis e para tratar de assuntos
urgentes e inadiáveis: tal como
era permitido.
Houve tempo livre de sobra
para os afazeres domésticos,
as rotinas habituais ... mas
também para ler e meditar,
mais calma e sossegadamen-
te, a Palavra de Deus.
Amiudadas vezes, dei comigo
a pensar na minha vida passa-
da (e que já vai sendo longa),
como o Senhor, desde a mi-
nha meninice, me dirigiu,
guardou, guiou, livrou do mal
(em seus variados aspectos),
me admoestou através da lei-
tura e meditação pessoal da
Santa Palavra de Deus mas
também utilizando os conduto-
res espirituais: Missionários e
Pastores fidedignos que me
aconselharam segundo a Bí-
blia.
Foi como um filme cujos vá-
rios episódios «desfilaram» na
minha mente, alguns lembran-
do-me «dias sombrios»; ou-
tros recordando-me «dias en-
solarados e felizes», todos
eles fazendo parte da minha
Vida Cristã. Mas em todos
eles a Mão do Senhor esteve
sobre mim. E do fundo do meu
coração estou maravilhada e
agradecida ao meu Salvador e
Senhor.
Lam.Jeremias 3:21-23.
Acho que apesar de tudo, o
confinamento teve facetas po-
sitivas para a vida do crente,
pelo menos para mim!!!
SALMO 103:1-22
«Ainda que a MINHA MENTE
e o MEU CORPO enfraque-
çam, DEUS é a minha força,
ELE é tudo o que SEMPRE
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  • 1. Página 16 JUBILAI Carvalho Araújo, Visconde de Santarém e o Bairro Social do Arco do Cego onde surge então a denominação Rua do Arco do Cego, com as defini- ções que hoje lhe conhece- mos entre a Avenida Viscon- de Valmor e o Campo Peque- no. Padrão comemorativo da inter- venção da Rainha Santa Isabel no reencontro de Dom Dinis com o filho Dom Afonso, na Rua do Arco do Cego, em 1949. Como já foi anunciado, todas as actividades da Sociedade de Senhoras pro- gramadas para este ano fo- ram suspensas a partir do passado mês de Março e sem data para o seu reco- meço. A nova programação dependerá da evolução epi- demiológica e do levanta- mento das restrições a que o país se encontra neste momento.. Assim, a direcção deste De- partamento decidiu fazer uma oferta de aniversário à Igreja no valor de 3.000,00 € porque não se efectuou a semana das senhoras (ofertas aos pastores convi- dados), não temos posto flo- res gasto dinheiro com flo- res, não se concretizou o passeio (e almoço), nem iremos promover o almoço anual. Podemos assim com essa poupança colmatar de algum modo a diminuição das ofertas que se tem veri- ficado principalmente no pe- ríodo em que estivemos im- pedidos de celebrar o culto presencial. Lembramos ainda que se- gundo a programação das actividades para este ano, ontem teria tido lugar a Fes- ta dos Talentos. Porém, todas as irmãs que tenham reunido talentos de- verão entregá-los à Tesou- reira , a nossa irmã Emília Mendes. As pazes entre D. Diniz e o seu filho Afonso, feitas em 1323 por intermédio da Rainha Santa Isabel, foram assinaladas no local com um arco de pedra na via que passou a ser conhecida como Estrada do Arco do Cego. No entanto, Norberto de Araú- jo questiona se foi aqui o local onde esteve para se dar a ba- talha de “Alvalade”, pelo que a colocação do padrão neste sítio, no século XVII, pode ter sido apenas uma circunstância de comodidade. Contudo, séculos mais tarde a estreiteza desse ar- co dificultava a passagem dos coches e carruagens. Assim, quando em Maio de 1742, D. João V adoeceu e os seus mé- dicos resolveram que ele fosse a banhos para as Caldas da Rainha, verificou-se que o seu coche real não passava de modo algum e o rei mandou demolir o arco. Enquanto topónimo o Arco do Cego surge em 1858 como Estrada do Arco do Cego, na cartografia de Filipe Folque. Em 1894, encontra-se um or- çamento para o calcetamento do passeio da Estrada do Arco do Cego, ao Lumiar, entre o Arco do Cego e a Quinta do Conde das Galveias. E já no séc. XX, foi aprovado em ses- são de Câmara de 21 de Maio de 1936 um projecto de novos arruamentos entre a Avenida Defensores de Chaves, ruas ARCO DO CEGO al Mérida (na Estremadura Espanhola). Foi município ro- mano, sendo os seus cida- dãos romanos apesar de não serem de ascendência roma- na, devido à aliança que o go- verno da cidade empreendeu com Roma. Olisipo (em latim: Olisippo; em grego: Ολισσιπο; trans- literação: Olissipo; ou Ολισσιπόνα, Olissopóna) foi o nome romano da capi- tal portuguesa, Lisboa. A cidade era uma das mais importantes da Lusitânia romana, contudo não era a sua capital, que ficava em Emerita Augusta a actu- Era uma casa Muito engraçada Não tinha tecto Não tinha nada Ninguém podia Entrar nela, não Porque a casa Não tinha chão Ninguém podia Dormir na rede Porque a casa Não tinha parede … etc Estes versos são da autoria de Vinícius de Moraes os quais se tornaram numa letra de música infantil há mais de trinta anos. Trata-se de uma casa hipotética. Não vem mal algum ao mundo e serve apenas para as crianças cantarem e se divertirem. Agora, apliquemos estes versos a outras realidades. A primeira instituição criada por Deus foi a família. Ele deu instru- ções específicas ao primeiro chefe de fa- mília e à sua mulher, Adão e Eva, ordenan- do que fossem obedi- entes. A família é um projecto de Deus. Ele foi Seu Criador, e nós temos a obrigação de cooperar com Deus na sua preservação. Como toda base que se constrói, assim é a (Continua na página 2) Editorial Do Pastor... Na verdade, os desígnios de Deus são insondá- veis! Quanto mais procuramos perscrutá -los, mais incompre- ensíveis e maravilho- sos se revelam aos nossos olhos. Aí temos esta pande- mia que alterou radi- calmente a nossa vi- da em todas as suas áreas, não só a nível individual, mas tam- bém a nível social, incluindo o modo co- mo celebramos agora os nossos cultos. Esta realidade atípica que vivemos veio mostrar- nos de forma indubitá- vel como todos os nossos planos são frágeis. É certo que temos de continuar a planear muitas das nossas actividades. Isso não pode ser posto em causa. O que esta pandemia veio revelar é que por detrás de todos os nossos planos está o propósito de Deus, a Sua vontade sobera- na para todas as áreas da nossa vida. De facto, a nossa res- ponsabilidade consis- te em pensar no me- lhor modo de cumprir- mos todos os nossos deveres para com Deus e para com os homens, o que impli- ca a necessidade de um planeamento raci- onal da nossa vida. O mal está em pensar- (Continua na página 2) Editorial / Do Pastor... 1 Gestão Nominal / O Calvinismo é o Evangelho 3 Motivos de Oração 3 As Boas Obras 4 O Coronavírus e o Lembrete da Nossa Fragilidade 6 Em Tempos de Pandemia / I.I.E.P.D. 7 Este Tempo de Pandemia / Tempos de Mudança 8 Nesta edição: Ano XXIII, Número 91 Data do boletim 6 Setembro 2020 Publicação Trimestral propriedade da Sociedade de Senhoras da I Igreja Baptista de Lisboa. Descansai / A Reforma de Genève 11 O Rugido do Leão 12 Mais Perto / Pensa Nisto... 13 O Vestuário do Crente 14 Avançai 15 Conhecer Lisboa 16 Nome Antigo / Importante 16A Pandemia e o Inevitável...Confinamento 9 Em Caixa / Aniversários 10
  • 2. família, se esta for desestrutu- rada e frágil, estaremos a construir uma sociedade do- ente e desequilibrada. São muitos os males que po- dem levar a sociedade à auto- destruição: epidemias, confli- tos, guerras etc. Mas infeliz- mente, o ataque à família, afi- gura-se-nos como o pior dos males do nosso tempo. Hoje o agregado familiar tor- nou-se descartável. O marido (ou a esposa) deixou de ter “interesse”? Troca-se por ou- tro! Uniões homossexuais? Que mal tem isso? Uma gravi- dez indesejável? Mata-se a criança! Idosos? Não tenho tempo para cuidar deles... Porque não escolhem a euta- násia? Se a família, a base da socie- dade, for destruída toda a hu- manidade sofrerá a terrível consequência… e os pilares da sociedade vão também sendo destruídos. Na educação as crianças / jo- vens são “violentados” com um ensino errático ao sabor das filosofias da época e não baseados na verdade. Tornam -se adultos sem disciplina, sentido do dever, egoístas, atropelando tudo e todos para conseguirem os seus objecti- vos. O que é que vemos na área da saúde? Teorias economi- cistas e de oligopólio (oligo - “poucos” e polio - “vendedor”). Não se formam os médicos necessários (numerus clausus no acesso a este curso) para manter privilégios, em detri- (Continuação da página 1) Página 2 JUBILAI mos e vivermos como se tudo dependesse das nossas deci- sões e dos nossos planos. Ar- rogantemente vivemos como se fossemos os senhores do nosso próprio destino e, por consequência, pensarmos que tudo quanto decidimos se irá concretizar tal como o planeá- mos. Agora podemos ver quão in- sensata e perversa é tal atitu- de. Esta pandemia veio tornar bem visível que não somos nós, mas sim Deus Quem de- termina os nossos dias em ca- da um dos seus momentos e em cada circunstância da nos- sa vida. Sob esta óptica podemos, tal- vez, vislumbrar um desígnio Divino para os acontecimentos que estamos a viver: tornar-nos conscientes da nossa depen- dência de Deus em todos os momentos e circunstâncias da nossa vida. Na realidade, a consciência desta dependência é fundamental na vivência cris- tã. Já no Velho Testamento, uma das grandes lições que Deus quis dar ao Seu povo, após tê- lo libertado da escravidão do Egipto, e ao longo da sua pere- grinação pelo deserto, foi preci- samente a de que a vida de to- do o povo e de cada um em particular dependia totalmente de Deus. Na verdade, só o conhecimento desta realidade torna o homem humilde e capaz de louvar, exaltar e glorificar Aquele de Quem depende desde a sua própria gestação no seio mater- no. Se esta pandemia nos levar a um tal conhecimento, então de- vemos dar graças a Deus por ela. Pr Celestino Torres de Oliveira (Continuação da página 1) Do Pastor...Editorial mento das necessidades reais na saúde pública. Que dizer da Justiça? A ima- gem da venda nos olhos da Justiça é muito bonita. Quer significar que ela não julga segundo as aparências ou influências de terceiros. Dá para rir, não? Que vemos nalguns julgamen- tos que de tanto tempo a se- rem resolvidos acabam por chegar ao fim sem passar pe- lo julgamento, por prescrição dos prazos (perda do direito do Estado de punir o autor de um crime pelo seu acto, pois não houve o exercício da ac- ção judicial dentro do prazo legal estipulado por lei). E se o arguido tiver sido preso pre- ventivamente ainda pode pedir ao estado uma indemnização por danos morais e materiais. Que importa a verdade dos factos? Os processos adminis- trativos falam mais alto e aqueles que praticam advoca- cia sabem muito bem como tirar partido dessas situações na defesa dos seus clientes. Tal como aquela casa esta sociedade não tem chão (a família) não tem paredes (saúde, educação, justiça). Porquê? Porque lhe falta o principal: o tecto. Sem a presença de Deus (a sociedade moderna repudia a ideia de Deus) esta sociedade não tem tecto, não tem telha- do protector e irá ruir a todo o momento se não arrepiar ca- minho? Conhecem algum país com este tipo de sociedade? Eu conheço! AVO ANO XXII, NÚMERO 91 Página 15 gelho que caminhamos para o céu. João 14-27 In “Os mananciais do deserto” de Lettie Cowman Compilado por Emília Mendes OBispo Moule, já falecido relatou um episódio que ocorreu Certa vez numa ocasi- ão de guerra. Num determina- do dia houve uma programação para os soldados que iriam par- tir para a guerra. Ele o fez com palavras espirituosas e bem humoradas. De repente, como se houvesse lembrado de algo, ele acrescentou num tom dife- rente: “Em breve partiremos para as trincheiras, talvez até para a morte. Será que alguém nos pode dizer como se deve encarar a morte?” Seguiu-se um longo silêncio carregado de tensão. Final- mente veio uma resposta. Le- vantou.se uma cantora, foi à frente e pôs-se simplesmente a cantar uma ária da oratória Eli- as intitulada “Descansa em Deus”. Quando ela terminou havia poucos olhos enxutos na- quele salão. Nesta vida, nos combates que enfrentamos o que mais neces- sitamos é de um coração que aprendeu a descansar em Deus e uma vontade totalmen- te submissa ao Senhor. Esse é o grande segredo da vida cristã. Só isso nos capaci- ta a chegar ao fim da nossa existência com honra, e sem que fiquemos desanimados. Então o capitão disse aos mú- sicos: “Toquem o nosso ‘Glória’. E os sons daquela me- lodia infundiram um novo âni- mo aos soldados, que se puse- ram a avançar triunfalmente. Irmãos seja qual for o nosso problema olhemos para o nos- so amado Senhor e cantemos “Glória”. É ao som da música do Evan- poupou do pecado de tal atitu- de. Em 1541 aconteceu uma nova mudança política em Genève, na qual os defensores dos Re- formadores ganharam nova- mente o poder. O resultado foi um pedido urgente para que Farel, Calvino e Viret voltas- sem para a cidade. Farel não seria dispensado da igreja em Neufchatel. A sua primeira meta foi colocar em ordem a instituição da igre- ja. Calvino demonstrou que não somente as doutrinas da igreja, mas também a forma de governo da igreja, devem vir da Escritura. Ele imediata- mente obteve o consentimento do Senado em Genève para uma reforma de política ecle- siástica que fosse derivada da Palavra de Deus, e da qual não deveria ser permitido que nem ministros nem pessoas se apartassem. A pregação ocupava o lugar principal na reforma da Igreja em Genève. Na Catedral de São Pedro, onde Calvino ge- ralmente pregava, os serviços de adoração do Domingo eram realizados ao amanhecer, no- vamente às 9 da manhã, e mais uma vez às 3 da tarde. As crianças eram trazidas à tarde para instrução. Cultos com pregações menores eram também realizados nas ma- nhãs de Segunda, Quarta e Sexta-feira. Deste ponto de vista, a refor- ma espiritual de Genève foi apenas um microcosmo da- quela obra poderosa de Deus por todo o continente da Euro- pa e pelo mundo fora, visto que o Espírito da verdade con- tinuava a guiar a Sua igreja — e assim Ele ainda o faz hoje, nas nossas próprias igrejas Steven Key Resumido por AVO vino e os reformadores. A expulsão dos servos de Deus de Genève, em 22 de Abril de 1538, nem sequer dois anos após Calvino ter começado os seus trabalhos na cidade, veio de uma dis- puta em relação ao exercí- cio da disciplina cristã. Calvino viu que o exercício bíblico da disciplina cristã era uma marca crítica da verdadeira igreja. À medida que a disputa entre os pas- tores e o concílio se agra- vou, Calvino e Farel recusa- ram-se a celebrar a Ceia do Senhor. O concílio, por sua vez, ordenou que eles pa- rassem de pregar e, quando eles recusaram, expulsou-os da cidade. Foram-lhes da- dos três dias para partirem. Do verão de 1538 até ao ve- rão de 1541, Calvino passou três anos abençoados em Estrasburgo. Deus deu-lhe tempo para o desenvolvi- mento, e lhe deu preparação adicional para a obra que ainda estava diante dele. E embora alguém pudesse pensar que a sua expulsão de Genève torná-lo-ia um homem amargo, Deus o (Continuação da página 11)
  • 3. Página 14 JUBILAI Em questões de vestuário e adornos há linhas mestras que se aplicam a todos os crentes, tanto a homens como a mulheres. Um primeiro princi- pio é o custo. Quanto gastamos nós em vestuário? Tudo o que adquirimos é absolutamente necessário? Poderia o dinheiro ali empregue ser usado em me- lhores fins? Em primeiro lugar 1 Tim. 2:9 proíbe vestuário caro: «não com ... vestidos preciosos». Não se trata da questão de po- dermos ou não adquiri-los. É um pecado um crente gastar dinheiro em vestuário caro, por- que a Palavra de Deus o proí- be. A compaixão também o proíbe. O aperto desesperado do nosso próximo noutros paí- ses, as suas enormes necessi- dades espirituais e físicas, evi- denciam insensibilidade o es- banjar dinheiro sem necessida- de em vestuário. Isto não se aplica apenas à qualidade do vestuário que ad- quirimos mas também à quanti- dade. Os roupeiros de alguns crentes parecem-se com arma- zéns de pronto a vestir. Muitas vezes, quando viajam de férias, a quantidade de vestidos, cami- sas, e fatos que levam consigo rivaliza com o vestuário dos marinheiros embarcados. Porque é que o fazemos? Não para nós de muitas maneiras. Usar vestes fora de moda tam- bém chama a atenção. O cren- te também deve evitar usar vestuário que seja extraordina- riamente grosseiro, escandalo- so, ou excêntrico. Finalmente, o crente - e isto pode constituir um problema para o jovem crente - deve evi- tar vestimentas que sejam insi- nuantes ou provocantes. Já nos referimos às modas que são reveladoras. No entanto o vestuário pode cobrir todo o corpo e apesar disso despertar desejos impuros nos outros. As modas modernas não são con- cebidas para encorajar a espiri- tualidade. Pelo contrário, reflec- tem a obsessão pelo sexo - tão característica do nosso século. O crente nunca deve usar rou- pas que incitem às paixões ou que tornem difícil para os ou- tros viver a vida Cristã. Certamente que o grande pro- blema é a enorme pressão so- cial para a conformidade. Isto foi e sempre será verdade. Os crentes precisam de muita ver- ticalidade para resistirem aos extremos da moda, para rema- rem contra a torrente da opini- ão pública, e para se vestirem duma forma que beneficie o Evangelho. Se fizermos de Cristo o Senhor do nosso guarda-roupa, tudo ficará bem. William MacDonald será uma manifestação de or- gulho? Gostamos muito de ser elogiados pelo nosso bom gos- to, e a nossa aparência impe- cável. Os gastos envolvidos na compra de vestuário é apenas um princípio que nos deve ori- entar na sua escolha. Um outro princípio é a modés- tia. Paulo diz «com pudor e mo- déstia». A palavra pudor signi- fica «decência». Uma das fun- ções do vestuário é esconder a nudez do homem. Pelo menos, foi com esse objectivo que ele foi introduzido no princípio. Contudo, agora, o vestuário pa- rece ser concebido para revelar cada vez maiores áreas anató- micas. O homem gloria-se as- sim na sua vergonha. Não ad- mira vermos homens ímpios fazerem isto, todavia é muito chocante apercebermo-nos de crentes que os imitam. Mas modesto também pode significar atractivo. Isto sugere que o crente se deve vestir as- seadamente. Não há qualquer virtude na miséria, na falta de asseio. Oswald Chambers dis- se que a porcaria é um insulto ao Espírito Santo. As vestes do crente devem ser limpas, ali- nhadas, em boas condições e assentarem bem. Em geral, o crente deve evitar modas que atraiam a atenção para si. Não é esta a sua fun- ção na vida. Ele não está na terra como adorno, mas como vara frutífera da Videira. Nós podemos chamar a atenção ANO XXII, NÚMERO 91 Página 3  Pela forma de enfrentar estes tempos menos agra- dáveis de restrições devi- do à pandemia  Irmãos arrefecidos espiri- tualmente  Irmãos doentes e fragiliza- dos.  Crescimento espiritual dos membros da igreja.  Pelo país e seus gover- nantes.  Pelos oficiais da igreja e responsáveis dos Departa- mentos.  Pelos nossos familiares.  Pelo nosso testemunho em cada dia.  Pelos irmãos nos diversos lares da “terceira idade”.  Pela Beneficência da nos- sa Igreja  Pelo Pastor Tiago Oliveira e família nos Estados Uni- dos.  Pela área financeira da Igreja Um cristão nominal é um cristão apenas no nome. É alguém que acha que é cris- tão, e se diz cristão; talvez a sua cultura, família e antepas- sados, sejam cristãos – talvez até vá à igreja; mas não há fo- me espiritual na sua vida, não há desejo de conhecer melhor a Deus. Ele não encontra prazer em ler a Bíblia, ou em ouvir o que ela ensina. Ele não se de- leita em Deus. Ele vive para ou- tras coisas. Não tem a sua vida guiada por Deus. Não se chega a Deus para obter perdão. Tudo isto é sinal de alguém que é um cristão nominal, que diz ser cris- tão em palavras, mas essa não é a realidade.. Jesus disse que quando Ele vol- tar para julgar o mundo, haverá um grande grupo de pessoas que O chamará Senhor. Eles dirão "Senhor, Senhor", e eles terão feito coisas incríveis em nome de Deus, e vão achar que Jesus é seu amigo. Mas Jesus dirá a essas pessoas: "Apartai- vos de mim, nunca vos conhe- ci." Não é suficiente dizer que se é cristão, não é suficiente dizer que algures no tempo fiz uma oração ou fui baptizado e, por isso sou cristão. A pergunta é: conhece Jesus? Ama-O? Virou as costas ao pe- cado e confia n’Ele nesse preci- so momento? Mike McKinley Internautas Cristãos Eu pessoalmente acredito que não seja possível pregar a Cristo e Ele crucifi- cado, a menos que estejamos pregando o que hoje é conhe- cido como calvinismo. O cal- vinismo é apenas um apelido; o calvinismo é o Evangelho e nada mais. Eu não creio que possamos pregar o Evange- lho se não pregarmos a justifi- cação pela fé sem obras, nem podemos pregá-lo, a menos que preguemos a soberania de Deus em Sua dispensação de graça, nem a menos que exaltemos o amor imutável, eterno, eletivo e conquistador de Javé. Eu também não acredito que possamos pre- gar o Evangelho, a menos que nos baseemos na reden- ção especial e particular do povo eleito de Deus, reden- ção essa efetuada por Cristo na cruz; nem tampouco com- preendo um evangelho que permita que os santos ve- nham a cair depois de terem sido chamados, e admita que os filhos de Deus sejam quei- mados no fogo da condena- ção. Citações C. H. Spurgeon Por isso, vos digo que tudo o que pedirdes, orando, crede que o re- cebereis, e tê-lo-eis. Marcos 11:24
  • 4. Página 4 JUBILAI A. Uma Obra de Fé é uma Boa Obra. Fazer o que Deus manda, só porque Ele o manda, é uma boa obra. Uma obra de fé só é possível aos que têm fé. As obras de fé geralmente são opostas à razão humana. O capítulo 11 de Hebreus é cheio de obras de fé. A razão humana não determinou os actos de Noé, Abraão e ou- tros mencionados neste capí- tulo. A única razão por detrás de uma obra de fé é que Deus diz para fazê-la. E isto é tor- nar-se tolo aos olhos do mun- do. Foi só porque Noé creu em Deus, que ele construiu a arca. B. Uma Obra de Amor é uma Boa Obra. Cristo disse: “Se me amais, guardai os meus mandamen- tos” (João 14:15). I Coríntios, capítulo 13, enfatiza a neces- sidade do amor como ingredi- ente nas boas obras. A fé age por amor (Gálatas 5:6). A fé e o amor são graças gémeas dadas por Deus, e onde exis- tirem certamente haverá boas obras. O perdido, até onde vai actos externos, pode fazer uma boa obra; contudo, o motivo inter- no tanto quanto o acto exter- no são essenciais para uma boa obra diante de Deus. Um pouco de água dado em no- me de um discípulo de Cristo, é uma boa obra, ao passo que um presente de milhões de euros para uma boa cau- sa, talvez não seja considera- do como tal. Eis o teste deci- sivo para cada boa obra: ela é feita para a glória de Deus e por amor a Cristo? Se for… a. Ela não é feita em troca de recompensas humanas. Era este o motivo dos fariseus ao (Continua na página 5) As Escrituras têm muito a dizer sobre as boas obras. Fomos criados em Cristo Jesus para as boas obras (Efésios 2:10). Os crentes devem ter o cuidado de manter as boas obras (Tito 3:8). Os ricos deste mundo devem ser ricos em bo- as obras, prontos a repartir os seus bens com os necessita- dos (I Timóteo 6:18). Nosso Senhor testificou que as boas obras do mundo são más (João 7:7). Ele também testifi- cou em relação aos fariseus, dizendo que as obras que fazi- am eram feitas para receberem elogios dos homens (Mateus 23:5). Lemos também, na Bí- blia, sobre obras mortas, obras da carne e obras do diabo. As- sim, precisamos compreender discernir com sabedoria sobre este assunto. 1. A Qualificação para as Bo- as Obras. Quem pode realizar uma boa obra diante de Deus? A Bíblia torna claro que ninguém, a não ser o salvo pode fazê-la (Efésios 2:10, Romanos 8:8, Hebreus 11:6). As boas obras são o fruto do Espírito e somente os salvos têm o Espírito. As boas obras são o resultado da salvação e não sua causa. A ordem divina é primeiro salvação, depois o serviço. Somos salvos para servir a Deus e aos outros. Em cada plano, excepto na mecâ- nica, tem que haver vida antes de haver actividade. Cada ho- mem, por natureza, está morto nos seus pecados e alienado da vida de Deus. Crer que um pecador pode trabalhar para ser salvo é uma grande here- sia. Ver Tito 3:5, II Timóteo 1:9, Efésios 2:8-9. Tudo o que o perdido pode fazer, a fim de agradar e receber o favor de Deus é sem valor e precisa de arrependimento. Não há meio de obter o favor de Deus, a não ser por Seu Filho. “Mas agora em Cristo Jesus, vós, que an- tes estáveis longe, já pelo san- gue de Cristo chegastes perto”. (Efésios 2:13). 2. A Natureza das Boas Obras. Uma boa obra no sentido bíbli- co, que é o único sentido ver- dadeiro, é aquela que agrada a Deus e traz sobre quem a fez a aprovação e bênção de Deus. Um homem pode realizar um acto que seja considerado bom na concepção humana, mas Deus pode vê-lo de outra ma- neira. O que os homens talvez considerem bom, Deus pode rejeitar como mau. Os homens podem recompensar algo que Deus vai censurar. Como se pode saber se o que fazemos é bom? Esta é uma pergunta muito importante. Multidões vivem no afã da tão chamada actividade cristã, exe- cutando nervosamente progra- mas criados por homens, para no fim colherem apenas um ter- rível despertar e um grande de- sapontamento. Ler Mateus 7:22-23. Não é nosso objectivo enume- rar as boas obras que o crente pode fazer. Pelo contrário, que- remos mostrar os elementos necessários em qualquer obra que a tornam uma boa obra à vista de Deus. Como indiví- duos, aquilo que fazemos em particular pode variar, de acor- do com nosso relacionamento com a sociedade e com nossas oportunidades. Observe: ANO XXII, NÚMERO 91 Página 13 culto como congregação; fo- mos impedidos de adorar cor- porativamente. Qual será, então, a nossa res- posta? A seguir ofereço seis exortações: 1) Não olhe para aqueles que sofrem com um olhar de justi- ça própria. Comece consigo mesmo; arrependa-se (Lc 13:1 -5). Arrependa-se, individual- mente, dos seus pecados; e arrependa-se, corporativa- mente, dos pecados da Igreja e do nosso país. 2) Busque a graça santificado- ra de Deus para a sua própria vida. Não desperdice a sua tribulação. Ore para que Deus trabalhe na sua vida por meio desta provação. Lembre-se de que o Senhor prometeu que tudo isso coopera para o seu bem (Rm 8:28). 3) Peça a Deus que, na Sua ira, se lembre da misericórdia. Ore para que Ele retenha a Sua mão de juízo e conceda graça. Ore para que muitos venham ao conhecimento sal- vífico do Senhor Jesus Cristo através dessa pandemia. Ore pedindo oportunidades de fa- lar com os seus vizinhos sobre a santidade e a graça de Deus. 4) Ore pelas pessoas que, em todo o mundo, estão agora gravemente doentes. Ore para que Deus poupe essas vidas. Ore por aqueles que não dis- põem de provisão das suas necessidades básicas para a vida diária. Ore para que não haja uma recessão económica (Continuação da página 12) mundial. 5) Não fique ansioso. Deus cuidará de si (Mt 6:25-44; Fp 4:4-7). Descanse no cuidado amoroso do Seu soberano Sal- vador. Agradeça a Deus por tudo o que Ele está operando. 6) Durante este período de al- teração da normalidade pode- mos aumentar a empatia pelos nossos irmãos e irmãs em todo o mundo que não têm condi- ções de se reunir no Dia do Senhor para a adoração corpo- rativa por causa da persegui- ção. O que para nós é algo co- mum, para eles seria um privi- légio. Portanto, lembre-se de- les e ore por eles. In Os Puritanos Dr. Joseph A. Pipa, Jr., Presidente e Professor de Teologia Sistemática e Homilética do Greenville Presbyterian Theological a voz de Deus na hora da ora- ção? Onde estamos nós? Chegue-se mais ao Senhor. Mais perto do Senhor. E a Gló- ria do Senhor Jesus vai sendo cada vez mais sobre nós Génesis 3 Compilado por Emília Mendes Que terrível foi a tarde daquele dia após a queda, quando Deus passe- ava no jardim. Já não havia alegria neste encontro. Os primeiros pecadores do mundo escondiam-se da presença do seu Senhor. O pecado quebrara-lhes a co- munhão com o Pai. Fugiam da Sua presença. No silêncio do jardim a voz soou: “Onde estás?” E nós? Onde está a nossa relação com Deus? Espera- mos nós ouvir alegremente Este é o propósito universal de Deus para todo o sofri- mento cristão: mais contenta- mento n’Ele e menos satisfa- ção no mundo. John Piper Quem não teve tribulações para suportar, é porque não começou a ser cristão para valer. Santo Agostinho Você é realmente um cristão ou apenas faz parte do circo chamado igreja evangélica moderna? Paul Washer O facto de ser mulher, não me torna um tipo diferente de cristão. Mas, o facto de ser cristã, me faz um tipo dife- rente de mulher. Elisabeth Elliot
  • 5. -se-á a trombeta na cidade, e o povo não estremecerá?”. Em seguida, o profeta faz uma re- lação com as obras de Deus: “Sucederá algum mal na cida- de sem que o Senhor o tenha feito? Certamente o Senhor não fará coisa alguma, sem primeiro revelar o Seu segredo aos Seus servos, os profetas. Rugiu o leão, quem não teme- rá? Falou o Senhor Deus, quem não profetizará?” (Am 3:3-8). Deus está rugindo e Ele já re- velou coisas na Sua Palavra nas quais devemos pensar e falar. Primeiro, Deus está agindo através desta "calamidade na- tural" com todas as suas reper- cussões para proclamar Seu santo juízo. De facto, o Senhor é longânimo e tardio em irar- se, mas, ao longo da História, Ele age periodicamente atra- vés dos Seus juízos temporais. É correcto dizer que nada des- sa magnitude mundial aconte- cia desde a II Guerra Mundial. Deus está julgando as nações por causa da sua idolatria e corrupção. Mas, vamos consi- derar a situação actual do mundo. Só nos EUA foram re- alizados aproximadamente 140.000 abortos, desde 1 de Janeiro de 2020 (não será mui- to diferente em todos os outros países em que esta prática es- tá legalizada). Pervertemos a santa aliança do casamento com promiscuidade sexual, adultério, pornografia e sodo- mia. Entre nossos muitos ído- los estão , por exemplo, figuras do desporto e o materialismo. O leão está rugindo? Com cer- teza. Deus ruge. Segundo, Deus está corrigin- do e instruindo o Seu povo. Os cristãos não estão isentos dos Página 12 JUBILAI sofrimentos causados por esse vírus. O apóstolo Pedro ensina que o juízo começa com a famí- lia de Deus (1 Pe 4:17). Para nós, no entanto, não é um julga- mento de castigo e punição, mas de disciplina: “Filho meu, não rejeites a disciplina do Se- nhor, nem te enfades da sua repreensão. Porque o Senhor repreende a quem ama, assim como o pai, ao filho a quem quer bem.” (Pv 3:11, 12). Essa correcção é corporativa e indivi- dual; pode ser por pecados es- pecíficos ou, de modo geral, pa- ra corrigir e purificar. Individual- mente, devemos examinar a nossa própria vida para ver se Deus está a corrigir-nos indivi- dualmente por pecados especí- ficos. Caso venhamos a discer- nir atitudes ou acções específi- cas que têm relação directa com as consequências provoca- das pelo vírus, então arrepen- damo-nos e busquemos a graça de Deus. Caso não haja uma relação específica, busquemos a graça santificadora de Deus por meio do sofrimento que po- de acometer-nos. Corporativamente, Deus está a purificar a Sua Igreja. Como cristãos, de modo rebelde e rei- terado profanamos o Santo Dia do Senhor com trabalho e entre- tenimento (que Deus relaciona com a idolatria, Ez 20:13-16); por causa do vírus, agora mui- tos estiveram proibidos de sair para trabalhar ou se divertir em todos os dias da semana. Cada vez mais a Igreja substitui a santa adoração pelo entreteni- mento. Deus fechou as portas das nossas igrejas. O povo de Deus parece estar satisfeito em ter apenas um culto no Dia do Senhor; então, Deus removeu todos os cultos. Temos recebido levianamente os privilégios do (Continua na página 13) Podemos afirmar com base nas Escrituras que tudo o que está ocorrendo em relação à pandemia que assola em to- do o mundo faz parte do bom e soberano propósito de Deus. Deus preordenou tudo o que acontece, e Ele executa os Seus decretos mediante a Sua providência (Dn 4:34-35; Sl 135:6). Ao asseverar os decre- tos absolutos de Deus, não ex- cluímos as causas secundá- rias, mas confessamos que a causa primária é a boa vontade de Deus. O bom propósito de Deus abrange cada doença, cada morte, além de todas as crises sociais e económicas. Além disso, Cristo, como Rei e Mediador, está na direcção de todas as coisas para o bem e por amor à Sua Igreja (Ef 1:22, 23). A realidade do controlo so- berano de Deus sobre esta no- vela Coronavírus e a sua disse- minação, tem influência directa no nosso pensamento, no nos- so modo de falar e no nosso comportamento diante disso. Como esta pandemia está de acordo com a santa vontade de Deus, precisamos nos pergun- tar: "O que é que Deus está a faze?". Por meio de perguntas retóricas sobre causa e efeito, o profeta Amós expõe a rela- ção entre um e outro: “Andarão dois juntos se não houver entre eles acordo? Rugirá o leão no bosque, sem que tenha presa? Levantará o leãozinho no seu covil a sua voz, se nada tiver apanhado? Cairá a ave no laço em terra, se não houver arma- dilha para ela? Levantar-se-á da terra o laço, sem que tenha apanhado alguma coisa? Tocar ANO XXII, NÚMERO 91 darem esmolas. Temo que muitos crentes professos quei- ram as suas recompensas aqui e agora e portanto, o seu moti- vo é agradar aos homens e não a Deus. Este autor deve confessar que a sua maior ten- tação é pregar para agradar os homens … algo que já foi con- fessado diante de Deus. Ele não se atreve a reivindicar um motivo santo para tudo o que já fez. Uma boa obra é feita para a glória de Deus e será recompensada por Ele no dia do juízo. Não é errado agradar aos homens, se eles ficam contentes em ver a nossa bus- ca para agradar a Deus. b. Uma boa obra de amor não é feita por inveja nem conten- da. “O amor é sofredor, é beni- gno; o amor não é invejoso; o amor não trata com levianda- de, não se ensoberbece. Não se porta com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal” (I Coríntios 13:4-5). c. Ela não será feita em busca de prémios, aplausos, etc. To- dos os tipos de meios são usa- dos hoje, a fim de manter os membros da igreja activos nal- guma forma de actividade cris- tã. O que é necessário hoje é a pregação fiel da Palavra, falar a verdade em amor e depen- der completamente do Espírito Santo em relação aos resulta- dos. d. Um culto aceitável tem de fluir de uma comunhão íntima com Cristo. Se não tivermos aprendido a adorar em secre- to, não podemos adorar em público. Se Cristo não é real para nós; se não andamos nem temos comunhão com (Continuação da pá. 4) Página 5 Ele, é apenas zombaria falar sobre Ele aos outros. Só quan- do Jesus Cristo é precioso pa- ra nós é que podemos sincera- mente apontá-lO aos outros. Paulo disse que a cristandade nos últimos dias seria caracte- rizada por pessoas “tendo a aparência de piedade, mas ne- gando a eficácia dela” (II Timó- teo 3:5). Este é o resultado certo de muito culto público sem muita oração em secreto. ILUSTRAÇÃO Conta-se a história que, quan- do Handley Page fazia um vôo para o Oriente, ele e os com- panheiros desceram em Kho- bar na Arábia. Um rato, atraído pelo cheiro da comida, entrou no avião. Ao levantar vôo, o sr. Page descobriu a presença do rato ao ouvir o som que fazia ao roer as coisas. O piloto pen- sou horrorizado no estrago que aqueles dentes inclementes poderiam fazer nalguma parte vital do avião. O que fazer ago- ra? De repente, veio-lhe ao pensamento que um rato não aguenta a altitude; ele foi feito para viver na superfície ou em tocas abaixo do chão. Por isso, o sr. Page decidiu voar bem alto; tão alto que ele próprio estava achando difícil respirar. Depois, apurou o ouvido para ver se ouvia algum som e para imensa alegria, encontrou o rato morto. Bem, há pestes morais na natureza da concu- piscência carnal que guerreiam contra a alma: diversões mun- danas de várias formas. Estas coisas mundanas não aguen- tam o ar do céu. Elas morrem na presença de Cristo, que morreu por nós. Orar e ler a Bíblia leva-nos a uma altitude acima demais das diversões mundanas. A IMPORTÂNCIA DAS BOAS OBRAS As boas obras são importantes e também evidências necessá- rias da salvação. Elas não pro- duzem a salvação, mas a mani- festam. Não são a causa, mas o efeito do novo nascimento. “Porque somos feitura sua, cria- dos em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus pre- parou para que andássemos nelas” (Efésios 2:10). As obras do crente, no tribunal de Cristo, serão rejeitadas ou recompensadas. Isto não é ver- dade em relação aos pecados do crente; eles foram levados por Cristo, no Seu próprio cor- po, na cruz. Em relação à sal- vação, os pecados do crente foram colocados sobre Cristo e julgados n’Ele. Em relação à correcção, são tratados nesta vida (Hebreus 12:5-11). O cren- te será recompensado pelas suas boas obras quando Cristo vier. “Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Se- nhor venha, o qual também tra- rá à luz as coisas ocultas das trevas, e manifestará os desíg- nios dos corações; e então ca- da um receberá de Deus o lou- vor” (I Coríntios 4:5). Vamos nós trabalhar, somos servos de Deus, Com o Mestre seguir no caminho dos céus; Com o seu bom conselho o vigor renovar, E fazer prontamente o que Cristo mandar! Vamos nós trabalhar, os famintos fartar; Para a fonte os sedentos depressa levar; Só na cruz do Senhor nossa glória será, Pois Jesus salvação pela graça nos dá! (Continua na página 6)
  • 6. Página 6 JUBILAI que o nosso Senhor deseja li- vrar-nos de todo medo (I João 4:18), mas quão poucos crêem na Sua Palavra. Há algum tempo a OMS decla- rou pandemia no caso do Coro- navírus. Isso fez-me lembrar de uma frase do Pr. Mark Oden, que está a servir a Deus em Itália, um dos lugares mais afectados pelo vírus: “A nossa espécie, de acordo com Jesus, vive nas garras de um surto de pandemia chamado pecado. Qual é a sua esperança diante desse vírus?” Nós como cristãos sempre de- cláramos, pela fé, que Deus tem cuidado de nós. Entendo que o cuidado de Deus por nós não tem a ver com o facto de sermos resguardados de tragé- dias ou pandemias. O cuidado de Deus por nós está relacio- nado com o nosso destino, Ele já nos garantiu: “Eu sou a res- surreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja mor- to, viverá” (Jo 11:25). Aconteça o que acontecer com o cristão, Ele estará seguro nos braços do Pai. Jesus nos deu essa ga- rantia, nada pode nos tirar essa certeza. (Rm 8:35-39). In Revista Fiel João Eduardo da Cruz Ocoronavírus parece ser mais um daqueles lem- bretes da nossa fragilidade, nós não nos bastamos a nós mesmos. Mais uma vez preci- samos que Deus intervenha na história ou simplesmente pere- ceremos, seja pela doença em si, ou pelo caos na economia que a mesma poderá gerar. Não é à toa que as Escrituras Sagradas nos dizem que são as misericórdias do Senhor que nos impedem de sermos consumidos (Lm 3:22). Somos todos envoltos por uma graça que nos sustenta. Não nos po- demos assegurar nem dos nossas próprios corpos. Carre- gamos em nós possibilidades de enfermidades tanto no nos- so organismo como fora dele. Se estamos vivos, é porque um Deus amoroso rege este universo que vai desde o ma- cro ao micro. Assim sen- do, além dos cuida- dos com a higiene que nos cabem – e que signifi- cam a pru- dência e o cuidado que devemos ter para com a vida que nos foi dada – dependemos também de Deus, para que por meio da Sua in- tervenção gloriosa cesse aqui- lo que nada podemos fazer pe- los nossos parcos esforços. Deus está a convidar o mundo para se prostrar em oração, mas infelizmente a única lin- guagem que parecem compre- ender é a do medo. É verdade Vamos nós trabalhar para Cristo, o Senhor, Contra o reino das trevas será vencedor, Ele então para sempre exaltado será, Pois real salvação pela graça nos dá! Vamos nós trabalhar, ajudados por Deus, Que coroa real nos dará lá nos céus; Na mansão dos fiéis o descanso será, Pois Jesus salvação pela graça nos dá! Coro No labor com fervor, A servir a Jesus, Com esperança e fé E com oração, Até que volte o Redentor. Cantor Cristão – Trabalho Cristão, Nº 422 In Palavra Prudente William Howard Done, (Continuação da página 5) Cristão frio não é aquele que não grita, não pula, não gira e não faz barulho. Cristão frio é aquele que ao escutar a Verdade do Evangelho não a coloca em prática no seu dia-a-dia. Augustus Nicodemus ANO XXII, NÚMERO 91 Página 11 OSenhor Jesus levou os seus apóstolos a um lugar deserto pois estavam cansados; e lhes disse: “Vinde, repousai um pouco à parte”. Quando eles estavam cansados, o Senhor nunca exercia pressão alguma sobre eles. E Ele próprio quando se sentiu cansado sen- tou-se junto à fonte. Iria descan- sar na casa de Marta e Maria. A Bíblia mostra que Jesus tinha esse costume. O Senhor nos diz para deixar- mos para amanhã as preocupa- ções e vivermos só os males de hoje: “Aquietai-vos!” Esta palavra não significa ape- nas ficar quieto diante de Deus em meditação. Ela significa: sol- tar as tensões desta vida, assim como se solta o cabo de aço que mantém um navio ancorado ao cai, deixando que ele siga o seu próprio curso. John Timothy Stone Compilado por Emília Mendes não lucraria nada com seus rogos, então lançou sobre mim sua imprecação, dizendo que Deus haveria de amaldiçoar o meu isolamento e a tranquili- dade dos estudos que eu tanto buscava, caso me esquivasse e recusasse dar minha assis- tência, quando a necessidade era em extremo premente. Sob o impacto de tal impreca- ção, eu me sentir tão abalado de terror, que desisti da via- gem que havia começado.” A obra de Calvino em Genève começou no verão de 1536. Ele começou sua obra ali co- mo um professor, um professor notável, o autor da Christianae religionis insitutio, as Institutas da Religião Cristã, publicada uns poucos meses antes. A tarefa de reforma em Genè- ve era assombrosa. Calvino entendeu que tal reforma en- volveria reorganizar a igreja de acordo com a Palavra de Deus, defender a autonomia da igreja em relação aos ma- gistrados civis (por si mesma uma tarefa nada fácil), bem como trazer uma mudança pa- ra a mentalidade das pessoas com respeito tanto à doutrina como aos seus efeitos sobre a moral e a vida cristã. Calvino diz-nos no prefácio ao seu comentário sobre os Sal- mos que quatro meses haviam quase passado quando Sata- nás levantou a sua horrível ca- beça em Genève com intensi- dade. Havia problemas em du- as direcções. Primeiro, havia uma influência Anabatista na cidade, que estragaria a Refor- ma com extremismo. Esta in- fluência Anabatista foi logo afastada quando Calvino e os seus colegas completa e publi- camente refutaram os seus en- sinos pela Palavra de Deus. De uma direção diferente vie- ram outros assaltos sobre Cal- (Continua na página 15) Opapel de João Calvino na reforma de Genève foi divinamente ordenado. O pró- prio Calvino não o procurou. Na sua provavelmente maior anotação auto-biográfica, en- contrada no prefácio do seu Comentário sobre o Livro de Salmos, ele apontou que ele não tinha intenção de perma- necer em Genève mais do que uma simples noite, e muito me- nos de se tornar uma figura de liderança ali. O plano de Calvino era ir para Estrasburgo. O seu coração estava posto numa vida isola- da de estudos privados. Ele acabou por passar por Genè- ve, porque, na providência ma- ravilhosa de Deus, o caminho directo de Paris para Estras- burgo estava bloqueado, tor- nando-se necessário para Cal- vino tomar uma rota diferente, muito mais longa e tortuosa para o sul. Assim, ele chegou em Genève sem aviso prévio. Mas, embora com somente 27 anos de idade, Calvino era um erudito e professor bem conhe- cido neste tempo, e alguns que o reconheceram fizeram saber a Farel que o autor da Institutio estava na cidade. Foi assim, o Reformador e pastor Guillaume (William) Fa- rel se tornou o instrumento de Deus para colocar Calvino num caminho diferente. Calvi- no escreveu que “Farel imedia- tamente pôs em acção toda a sua energia a fim de deter-me. E, ao descobrir que o meu co- ração estava completamente devotado aos meus próprios estudos pessoais, para os quais desejava conservar-me livre de quaisquer outras ocu- pações, e percebendo ele que
  • 7. Setembro 1 - Ir. Ana Isabel Coelho 20 - Ir. Cidália Leonardo 20 - Ir. Sílvia Mourão Outubro 8 - Ir. Maria Helena Pereira 11 - Ir. Joana Oliveira 16 - Ir. Alzira Viriato Oliveira Novembro 4 - Ir. Selma Tabita Oliveira 7 - Ir. Fernanda Lopes Página 10 JUBILAI Em caixa... Resumo de Junho a Agosto 2020 Sócias da Sociedade de Senhoras RECEITAS DESPESAS Saldo Maio 9.997,26 Oferta de Aniversário à Igreja 3.000,00 Contribuições 70,00 3.000,00 Saldo p/ Setembro 7.067,26 10.067,26 10.067,26 Resumo: Dep. Prazo 3.600,00 Dep. Ordem 3.174,68 Caixa 292,58 7.067,26 ANO XXII, NÚMERO 91 Página 7 Antes do Covid-19. No fim de Janeiro deste ano tinha acabado de fazer um curso de costura, do qual gostei muito, pois sempre gostei de costura desde pequenina, e pensava que seria útil num futuro próxi- mo ou a nível profissional. No entanto, como este curso durou apenas 3 meses, preten- di tirar outro, para consolidar mais os meus conhecimentos e técnica de costura. Foi então que surgiu o Covid- 19, com todos os seus impedi- mentos e restrições, e logo me disseram que não iriam fazer mais cursos a curto prazo… Senti-me perdida...Na altura foi difícil ver-me de novo em casa, contudo o Senhor não me dei- xou ao acaso, pois Ele foi pro- videnciando alguns trabalhi- nhos de costura, que me deram o sustento e onde pude exercer o meu talento. Deus fez-me ver que a nossa vida profissional ou pessoal não está nas nossas mãos e fez-me aproveitar e ver coisas simples da vida à minha volta. Devemos confiar sempre n’E- LE, servi-lo, nunca temer o fu- turo e dizer como o salmista no salmo 91-1,2: “Aquele que habita no escon- derijo do Altíssimo à sombra do Omnipotente descansará. Direi do Senhor ELE é o meu Deus, o meu Refúgio, a minha fortale- za e n’ELE confiarei” Que Deus nos proteja e aben- çoe. Dora Duarte assim a terra produz o seu fru- to para alimento dos animais (racionais e irracionais), as estações sucedem-se e a vida se renova à face da terra. O Senhor capacita homens e mulheres, dá-lhes inteligência e poder criativo (eleitos e não eleitos) para que exerçam as actividades necessárias em todas as áreas do saber. O salmista no salmo 136 re- corda-nos uma verdade e a repete ao longo de todo o sal- mo: “porque a Sua benignida- de é para sempre”. Por isso, aconteça o que acontecer à nossa volta e na nossa vida continuemos a confiar no Senhor porque nós os crentes, nascidos de novo fomos alcançados pela graça salvadora em Jesus Cristo nosso Senhor e somos conti- nuamente bafejados com to- das as bênçãos celestiais. Nestes tempos de perplexida- de, lembremo-nos de que o plano de Deus, determinado antes da fundação dos sécu- los, se está cumprindo, evi- denciando que a Palavra de Deus é fiel e digna de toda a aceitação. Mas, perguntar-me-ão: que significa I.I.P.E.D.? Simplesmente: Interrupção Involuntária de Professora da Escola Dominical. Sofri “outras interrupções”, co- mo sejam os cultos semanais, o canto coral, lições de músi- ca… Mas a I.I.P.E.D. “doeu” bas- tante. Que Deus seja com cada uma de nós. AVO Há meses atrás sofri uma “I.I.P.E.D.”, algo que nunca me tinha acontecido. Por isso, este episódio deixou- me triste e perplexa. E agora? Aquilo que durante mais de quatro décadas me deu prazer em realizar tornara-se uma impossibilidade. E quando is- so acontece logo vem à nossa mente a vulgar interrogação: porquê? Queremos ter uma explicação para tudo, e por isso indaga- mos, analisamos...mas a mai- or parte das vezes não temos resposta para as interroga- ções que sobem à nossa men- te. E é bom que assim aconteça porque aprendemos dia a dia a depender da graça de Deus. A graça é a bondade de Deus para connosco, apesar de não a merecermos. A Bíblia refere-se à graça de Deus de duas maneiras distin- tas. Uma é a graça salvadora. Essa graça é referida, por exemplo, em textos como Efé- sios 2:8-10 e Romanos 9-11. É uma graça especial porque apenas os eleitos são alcan- çado por ela. Não porque eles sejam melhores que as outras pessoas, mas simplesmente porque Deus no Seu conselho eterno decidiu salvar o Seu povo. Por outro lado, a graça co- mum refere-se à bondade de Deus para com todas as pes- soas. É comum porque todos, eleitos e não-eleitos, benefici- am dela. Deus “faz que o Seu sol se levante sobre maus e bons, e a chuva desça sobre justos e injustos” (Mt 5:45), e
  • 8. Página 8 JUBILAI O coração do homem traça o caminho mas o Senhor lhe dirige os passos Pv. 16:9 Oque mudou na minha vi- da com a pandemia? Bem a minha vida mudou bas- tante desde a pandemia. Quem me conhece bem sabe que sou uma mulher de pla- nos. Gosto de planear a longo prazo e gosto de cumprir es- ses mesmos planos. Sou ani- madora sociocultural de profis- são e isso também me obriga a fazer esses tais planos. O que mais mudou na minha vida foi mesmo a nível profissional onde todos os planos que tinha estipulado no início do ano ti- veram de ser adiados e outros mesmos cancelados, muitos passeios, muitas actividades no exterior, muitas actividades a envolver pessoas vindas de fora e familiares, tiveram de deixar de acontecer devido a esta pandemia. A pandemia veio trazer uma nova forma de estar e de tra- balhar. O trabalho tornou-se mais de- safiante, pelo facto de ter de ser suporte emocional para os utentes, para a equipa e tam- bém para os familiares. Para além disso, todos os dias ten- to procurar forma de amenizar a falta dos familiares, dos pas- seios na rua, dos almoços em família, através de vídeo- chamadas, de visitas no pata- mar das escadas e de activida- des que procurem distrair a sua mente e trazer alguma normalidade à sua rotina e também algum conforto. (Continua na página 9) Que Deus permite que acon- teça, é para mostrar ao mundo, que o homem é arro- gante, indisponível em empatia para o seu semelhante, não se preocupando com o ambiente, estragando todas maravilhas que pôs à nossa disposição. Mas irmãos está escrito todas estas dores de cabeça e Deus é fiel não mente. Posto isto; Esta anormalidade que vive- mos, que se tornou na nova realidade. Não prevendo quando e como saímos da mesma, se é que isso vai acontecer. está a ser muito complicada para mim. A nível pessoal, é muito difícil usar a máscara, derivado ao meu problema de saúde, prefi- ro ficar em casa, a ter que pôr a máscara. Socialmente é incomodativo o uso da mesma para estar com quem quer que seja. A nível familiar, é um desatino os nossos Séniores estarem privados da companhia dos seus ante queridos, sendo que os netos são de quem têm mais saudade, mas há que ter prevenção, sendo que são um grupo de risco, á que fazer es- te sacrifício. Espero que as pessoas que têm várias patologias em comi- tente, que se previnam, pois independentemente da idade, são também um grupo de ris- co, no qual me incluo. Falando de economia, o mun- do está de rastos os países mais pobres são o que sofrem mais, existe falta de tudo. O aproveitamento da crise pandémica, que segundo al- guns entendidos na matéria passou a crise endémica, ser- viu para a falta de caracter de algumas entidades patronais, fecharem as portas, criando um avultado número de de- sempregados, contudo houve pessoas que dado aos servi- ços prestados e não tendo su- porte financeiro tiveram mes- mo que encerrar as suas ativi- dades. Daí que, quem ainda está de saúde, que tem os seus em- pregos, que pode manter a sua casa. Deve agradecer a Deus por essa bênção. E se está menos bem, que não desanime e confie no Senhor, a começar por mim, que Deus nos dê força necessária para não perecermos na fé. Peço eu Fernanda, que ore- mos por nós, irmãos em Cristo e sobretudo pelos nossos fami- liares e amigos, que não sendo crentes, não percebem a dádi- va que Deus lhes deu. Espero ansiosamente o tempo, em que possa ouvir os cânti- cos de louvor ao Senhor na sua casa de oração. Considerem-se osculados ir- mãos com bom ósculo. Fernanda Lopes ANO XXII, NÚMERO 91 Página 9 Como devem calcular o meu trabalho também afectou a minha vida pessoal. Ao traba- lhar com pessoas mais vulne- ráveis os cuidados têm de ser maiores porque o risco de contaminação pode implicar vidas. Ao longo destes me- ses, por causa desta nova realidade passei a estar mais isolada dos meus, numa roti- na louca de casa-trabalho- casa. Se a solidão já era algo que me afectava antes da pandemia, esta realidade veio aumentar o sentimento de so- lidão. Só há pouco mais de 1 mês, é que retomei a visita aos meus pais e algum con- tacto com amigos. Mas nem tudo é mau no meio da pandemia o facto de estar com muito menos trabalho e por isso com menos rendi- mentos tem feito a minha fé crescer e a minha confiança em Deus também. Deus é fiel sempre e tem suprido as mi- nhas necessidades quer fi- nanceiras quer emocionais. Com maior tempo livre tenho tido mais tempo para estudar a palavra e por isso tenho crescido na fé. Tenho tido al- gum tempo para meditar e para estar a sós com Deus. Deus tem me dado oportuni- dade de falar sobre a minha fé com utentes meus que se sentem mais abatidos e isso tem trazido consolo às suas vidas. É bom ver o cuidado de Deus e ver que os Seus planos são sempre melhores que os nossos, mesmo no meio de uma pandemia. Joana Louro (Continuação da página 8) Pandemia, Covid-19, Confi- namento”! Três palavras praticamente ausentes, até há bem poucos meses, do nosso vocabulário mas que repenti- namente passaram a fazer parte das nossas conversas. Hoje em dia, já nem é neces- sário consultar o dicionário pa- ra ficar a saber-se o significado deste trio de palavras que an- tes até poderíamos achar um tanto esquisitas ... Contrariamente a muitas das nossas irmãs na fé que lerão estas linhas, eu não tenho ne- nhuma «experiência extraordi- nária» que tenha vivido duran- te o confinamento a que as au- toridades sanitárias nos obri- garam. Lá em casa, o Senhor guardou -nos, até hoje, do Corona- vírus; estamos-Lhe muito gra- tos; mas, igualmente, cientes de que nada acontece aos crentes sem que o nosso Pai Celestial o permita. Porém, para nós, o confina- mento foi relativamente fácil de suportar. Apenas saíamos do domicílio para compras inevitá- veis e para tratar de assuntos urgentes e inadiáveis: tal como era permitido. Houve tempo livre de sobra para os afazeres domésticos, as rotinas habituais ... mas também para ler e meditar, mais calma e sossegadamen- te, a Palavra de Deus. Amiudadas vezes, dei comigo a pensar na minha vida passa- da (e que já vai sendo longa), como o Senhor, desde a mi- nha meninice, me dirigiu, guardou, guiou, livrou do mal (em seus variados aspectos), me admoestou através da lei- tura e meditação pessoal da Santa Palavra de Deus mas também utilizando os conduto- res espirituais: Missionários e Pastores fidedignos que me aconselharam segundo a Bí- blia. Foi como um filme cujos vá- rios episódios «desfilaram» na minha mente, alguns lembran- do-me «dias sombrios»; ou- tros recordando-me «dias en- solarados e felizes», todos eles fazendo parte da minha Vida Cristã. Mas em todos eles a Mão do Senhor esteve sobre mim. E do fundo do meu coração estou maravilhada e agradecida ao meu Salvador e Senhor. Lam.Jeremias 3:21-23. Acho que apesar de tudo, o confinamento teve facetas po- sitivas para a vida do crente, pelo menos para mim!!! SALMO 103:1-22 «Ainda que a MINHA MENTE e o MEU CORPO enfraque- çam, DEUS é a minha força, ELE é tudo o que SEMPRE PRECISO» SALMO 73:26 Emília Marques