Este documento discute os desafios e oportunidades para a investigação médica em Portugal. Apresenta testemunhos sobre as dificuldades enfrentadas por médicos-investigadores, incluindo falta de tempo protegido para pesquisa e reconhecimento insuficiente da produção científica. No entanto, também destaca iniciativas recentes para apoiar a investigação clínica, como bolsas para internos-doutorandos. Permanece a necessidade de mais financiamento e incentivos para que os médicos possam conduzir pesquis
1) A Revista Angolana de Ciências da Saúde foi lançada em 30 de julho de 2020 para contribuir para a pesquisa científica na área da saúde em Angola.
2) A revista é revisada por pares e adota padrões internacionais para publicar artigos científicos de alta qualidade produzidos por profissionais de saúde, estudantes e pesquisadores angolanos.
3) A pesquisa científica na área da saúde é importante porque melhora os resultados dos pacientes, orienta polí
1. O fortalecimento da pesquisa clínica no Brasil requer a criação de novos centros de pesquisa e a recuperação dos hospitais universitários.
2. A pesquisa clínica deve interagir com a pesquisa básica e biomédica para gerar conhecimento sobre questões específicas de saúde e apoiar o desenvolvimento do setor de biotecnologia.
3. As mudanças demográficas e epidemiológicas no Brasil exigem que a pesquisa clínica foque em
O ensino-e-o-aprendizado-das-habilidades-clinicas-e-competencias-medicas-kira...PROIDDBahiana
Este artigo discute como o ensino médico de graduação deve visar o aprendizado de habilidades clínicas e competências médicas, não apenas de conhecimentos. Sugere que o currículo médico incorpore tendências contemporâneas como o treinamento ambulatorial e a abordagem multiprofissional do tratamento. Também reflete sobre estratégias para ensinar raciocínio clínico, como uma combinação de reconhecimento de padrões e raciocínio hipotético-dedutivo.
Este documento discute a ética da pesquisa médica em países em desenvolvimento. Populações nesses países são vulneráveis à exploração devido ao baixo acesso à saúde e compreensão de riscos. Além disso, os benefícios das pesquisas geralmente vão para países desenvolvidos. É necessário proteger os indivíduos e minimizar os riscos de exploração.
1. O documento apresenta as normas de submissão e publicação da Revista Brasileira de Análises Clínicas (RBAC), órgão oficial da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC).
2. A RBAC publica artigos científicos trimestralmente nas áreas de análises clínicas e patologia clínica veterinária.
3. As normas detalham os requisitos éticos e metodológicos para submissão de artigos originais, revisões, relatos de caso e
Este trabalho apresenta um levantamento bibliométrico e infométrico para comparar as temáticas de pesquisa na área da saúde entre a comunicação científica e magazines. Os resultados mostraram que as temáticas mais populares na comunidade científica são parcialmente divulgadas nas revistas, com foco em assuntos de apelo emocional. Além disso, a maioria dos estudos reportados nas revistas são de origem estrangeira.
09 03 principais delineamentos aplicados em estudos epidemiológicosRaquel Guerra
Este documento descreve os principais delineamentos aplicados em estudos epidemiológicos, incluindo:
1) Epidemiologia descritiva, que descreve características de doenças em populações; 2) Epidemiologia analítica, que testa hipóteses sobre associações entre exposições e doenças; 3) Epidemiologia experimental, que avalia intervenções por meio de estudos prospectivos controlados.
O Laboratório na Prática da Saúde PúblicaBruno Castro
O contributo dos laboratórios em Saúde Pública já há muito tempo é conhecido, contudo nem sempre totalmente esclarecido. Com este trabalho, fazemos uma retrospetiva e traçamos as linhas orientadoras para os laboratórios do futuro.
1) A Revista Angolana de Ciências da Saúde foi lançada em 30 de julho de 2020 para contribuir para a pesquisa científica na área da saúde em Angola.
2) A revista é revisada por pares e adota padrões internacionais para publicar artigos científicos de alta qualidade produzidos por profissionais de saúde, estudantes e pesquisadores angolanos.
3) A pesquisa científica na área da saúde é importante porque melhora os resultados dos pacientes, orienta polí
1. O fortalecimento da pesquisa clínica no Brasil requer a criação de novos centros de pesquisa e a recuperação dos hospitais universitários.
2. A pesquisa clínica deve interagir com a pesquisa básica e biomédica para gerar conhecimento sobre questões específicas de saúde e apoiar o desenvolvimento do setor de biotecnologia.
3. As mudanças demográficas e epidemiológicas no Brasil exigem que a pesquisa clínica foque em
O ensino-e-o-aprendizado-das-habilidades-clinicas-e-competencias-medicas-kira...PROIDDBahiana
Este artigo discute como o ensino médico de graduação deve visar o aprendizado de habilidades clínicas e competências médicas, não apenas de conhecimentos. Sugere que o currículo médico incorpore tendências contemporâneas como o treinamento ambulatorial e a abordagem multiprofissional do tratamento. Também reflete sobre estratégias para ensinar raciocínio clínico, como uma combinação de reconhecimento de padrões e raciocínio hipotético-dedutivo.
Este documento discute a ética da pesquisa médica em países em desenvolvimento. Populações nesses países são vulneráveis à exploração devido ao baixo acesso à saúde e compreensão de riscos. Além disso, os benefícios das pesquisas geralmente vão para países desenvolvidos. É necessário proteger os indivíduos e minimizar os riscos de exploração.
1. O documento apresenta as normas de submissão e publicação da Revista Brasileira de Análises Clínicas (RBAC), órgão oficial da Sociedade Brasileira de Análises Clínicas (SBAC).
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3. As normas detalham os requisitos éticos e metodológicos para submissão de artigos originais, revisões, relatos de caso e
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09 03 principais delineamentos aplicados em estudos epidemiológicosRaquel Guerra
Este documento descreve os principais delineamentos aplicados em estudos epidemiológicos, incluindo:
1) Epidemiologia descritiva, que descreve características de doenças em populações; 2) Epidemiologia analítica, que testa hipóteses sobre associações entre exposições e doenças; 3) Epidemiologia experimental, que avalia intervenções por meio de estudos prospectivos controlados.
O Laboratório na Prática da Saúde PúblicaBruno Castro
O contributo dos laboratórios em Saúde Pública já há muito tempo é conhecido, contudo nem sempre totalmente esclarecido. Com este trabalho, fazemos uma retrospetiva e traçamos as linhas orientadoras para os laboratórios do futuro.
[1] O documento discute os desafios da publicação científica no campo da saúde em Angola, notando um aumento significativo no número de artigos publicados por autores angolanos nos últimos 10 anos.
[2] Apesar dos avanços, ainda existem desafios como a capacitação de profissionais em métodos de pesquisa científica e o uso de ferramentas tecnológicas.
[3] A revista RACSaúde tem um papel importante na difusão de pesquisas científicas de Angola e
[1] O documento discute os desafios da publicação científica no campo da saúde em Angola, notando que embora a produção científica do país tenha aumentado significativamente nos últimos anos, ainda há espaço para melhorias, como capacitar mais profissionais e incentivar a pesquisa.
[2] Apesar do crescimento do número de revistas científicas em Angola, é necessário melhorar o domínio dos métodos de pesquisa entre profissionais.
[3] A revista RACSaúde pode desempenhar um pap
Agenda de investigação em medicina geral e familiar e cuidados de saúde primá...João Pedro Batista Tomaz
Este documento discute a importância da investigação em medicina geral e familiar na Europa e propõe uma agenda de investigação. Apresenta as diversas etapas de desenvolvimento da capacidade de investigação nesta área em diferentes países europeus e identifica algumas áreas prioritárias como a gestão de cuidados primários, cuidados centrados no paciente e abordagens holísticas. Defende que a investigação em medicina geral é essencial para melhorar a qualidade dos cuidados de saúde.
Workshop Avaliação Quantitativa em Bioequivalência e BiossimilaridadePharmaCongress
O documento descreve um evento promovido pela Revista Pharmaceutical Technology e pelo Instituto de Ciências Farmacêuticas sobre avaliação quantitativa em bioequivalência e biossimilaridade. O evento contou com palestras de renomados especialistas internacionais e teve grande interesse do público de São Paulo e Brasília. O ICF também anunciou uma nova parceria com a Advance Pharma para oferecer o ciclo completo de produção farmacêutica.
Este editorial discute a pandemia da Covid-19 e como ela afetou a sociedade, levando a desafios na comunicação de informações científicas. A revista destaca a importância de editores filtrarem informações baseadas em evidência científica. O editorial apresenta alguns artigos da revista que abordam tópicos relacionados ao contexto da pandemia.
O documento discute as principais fontes de informação em Ciências da Saúde, dividindo-as em fontes primárias e secundárias. Apresenta bases de dados importantes como MEDLINE e LILACS e recursos de síntese como Saúde Baseada em Evidências. Também aborda métodos de estudo como revisão sistemática e prática clínica baseada em evidências.
Paulo gadelha novos concursados 2015 - completamanococs
Este documento descreve a história da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desde sua fundação em 1902 como Instituto Soroterápico Federal até os dias atuais. Ele destaca os principais marcos como a descoberta da doença de Chagas em 1909, a consolidação institucional no início do século XX, e os desafios enfrentados durante períodos políticos turbulentos como a ditadura militar de 1964-1985. O documento também discute o papel atual da Fiocruz no sistema de saúde brasileiro e em programas governament
Este artigo discute o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) no sistema de saúde brasileiro. O PEP pode otimizar o trabalho médico ao permitir acesso rápido a informações do paciente, mas também apresenta desafios como questões éticas e falta de padronização. Apesar das dificuldades, a implementação de sistemas de informação que incluam o PEP é importante para melhorar a qualidade da assistência à saúde no Brasil.
02 perfil da pesquisa clínica no brasil 2012gisa_legal
O documento descreve a pesquisa clínica no Brasil nos últimos 10 anos. Ele explica que a pesquisa clínica tem crescido no país devido a fatores como a população diversificada e o sistema público de saúde. A pesquisa clínica é realizada em fases para testar a segurança e eficácia de novos tratamentos. As principais cidades brasileiras que conduzem pesquisas clínicas são São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
1. O documento analisa a produção científica brasileira sobre células-tronco entre 2000-2013 indexada na Web of Science.
2. Os resultados mostram um crescimento significativo na produção, com predomínio de artigos em inglês. As universidades de São Paulo e Rio de Janeiro foram as mais produtivas.
3. As áreas de hematologia e transplante receberam destaque na classificação temática. A colaboração internacional atingiu 31,3%, com destaque para os EUA, Alemanha e França.
O estudo analisou a cobertura de saúde em dois jornais brasileiros durante um mês. Foi observada a frequência com que a saúde aparece como tema, geralmente em destaque, com cerca de um texto por dia. Também foi notada a ênfase dada às doenças crônicas e à "lógica do risco", incentivando a prevenção, assim como a abordagem de "novas doenças" ligadas à saúde mental.
O documento discute a produção científica da enfermagem brasileira e estratégias para aumentar seu impacto internacional, como melhorar a formação de recursos humanos, incentivar a pesquisa e publicar em revistas indexadas. Ele analisa o ranking do Brasil em produção científica e lista as principais revistas de enfermagem indexadas no ISI, com seus respectivos fatores de impacto.
1) O documento discute a relação entre epidemiologia e saúde bucal coletiva no Brasil, analisando esforços para estabelecer modelos de pesquisa epidemiológica e construir uma base de dados nacional.
2) Também analisa como o conhecimento epidemiológico tem sido transformado em produção científica, contribuindo para consolidar a saúde bucal coletiva.
3) Conclui que a epidemiologia se estabeleceu como área de conhecimento científico no Brasil, fornecendo fer
2021 Jornal de Investigação Médica - v2 n1 vaz de almeida & gomesISCSP
Este editorial discute a importância da abordagem transdisciplinar na saúde, integrando aspectos físicos, mentais e sociais. Apesar de ser uma tendência, falta transferir o conhecimento transdisciplinar para a prática. O número apresenta 4 artigos sobre comunicação em saúde, autoestima, rabdomiólise em exercícios e efeitos do exercício na hipertensão.
1. O documento discute as diretrizes globais para o diagnóstico, tratamento e prevenção da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
2. A DPOC é uma causa importante de morbidade e mortalidade ao redor do mundo. O documento fornece informações sobre a epidemiologia, fatores de risco, patologia e conduta clínica da DPOC.
3. O objetivo é ampliar o conhecimento sobre a DPOC e melhorar o tratamento e prevenção da doença.
O documento descreve o 3o Congresso Nacional de Saúde realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais entre 3 e 5 de setembro de 2014. O congresso contou com a participação de 1165 pessoas e teve como objetivo discutir temas relacionados à saúde contemporânea. Os resumos publicados no documento foram apresentados no congresso e abordam pesquisas de iniciação científica, mestrado e doutorado de diversas instituições de ensino.
O documento discute a importância do prontuário médico para proteger médicos éticos, ameaçar aqueles sem escrúpulos, e proteger contra reclamações de pacientes insatisfeitos.
O documento discute a produção científica envolvendo aplicações dos dados do Sistema de Informação Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) na Saúde Coletiva no Brasil entre 1984 e 2003. Foram encontrados 76 trabalhos que analisaram qualidade das informações, estratégias de uso dos dados, padrões de morbidade e mortalidade hospitalar, vigilância epidemiológica e avaliação do desempenho hospitalar. A produção cresceu nesse período, concentrada em poucas instituições, e indic
Artigo: Conversas sobre Ciência - À procura da felicidadescmed
O documento discute a felicidade com especialistas, investigadores e cientistas. A felicidade não é apenas sentir-se bem, mas sim um estado complexo influenciado por relações sociais e virtudes pessoais. Embora a ciência ainda saiba pouco sobre a felicidade, sabe-se que doenças reduzem o bem-estar e que países desenvolvidos tendem a ter níveis mais baixos de felicidade entre os 40-50 anos.
António Coutinho - Carta a um Cientista Futuroscmed
A carta resume os requisitos para ser um cientista bem-sucedido: 1) ter uma questão fundamental e única na qual pensar continuamente, 2) encontrar as continuações mais acertadas para responder à questão, 3) seguir a questão de acordo com a sua natureza e objetivos, seja até convencer todos ou até encontrar novas questões. Se não conseguir cumprir estes requisitos, é melhor escolher outra carreira.
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[2] Apesar dos avanços, ainda existem desafios como a capacitação de profissionais em métodos de pesquisa científica e o uso de ferramentas tecnológicas.
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[2] Apesar do crescimento do número de revistas científicas em Angola, é necessário melhorar o domínio dos métodos de pesquisa entre profissionais.
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Este editorial discute a pandemia da Covid-19 e como ela afetou a sociedade, levando a desafios na comunicação de informações científicas. A revista destaca a importância de editores filtrarem informações baseadas em evidência científica. O editorial apresenta alguns artigos da revista que abordam tópicos relacionados ao contexto da pandemia.
O documento discute as principais fontes de informação em Ciências da Saúde, dividindo-as em fontes primárias e secundárias. Apresenta bases de dados importantes como MEDLINE e LILACS e recursos de síntese como Saúde Baseada em Evidências. Também aborda métodos de estudo como revisão sistemática e prática clínica baseada em evidências.
Paulo gadelha novos concursados 2015 - completamanococs
Este documento descreve a história da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) desde sua fundação em 1902 como Instituto Soroterápico Federal até os dias atuais. Ele destaca os principais marcos como a descoberta da doença de Chagas em 1909, a consolidação institucional no início do século XX, e os desafios enfrentados durante períodos políticos turbulentos como a ditadura militar de 1964-1985. O documento também discute o papel atual da Fiocruz no sistema de saúde brasileiro e em programas governament
Este artigo discute o Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP) no sistema de saúde brasileiro. O PEP pode otimizar o trabalho médico ao permitir acesso rápido a informações do paciente, mas também apresenta desafios como questões éticas e falta de padronização. Apesar das dificuldades, a implementação de sistemas de informação que incluam o PEP é importante para melhorar a qualidade da assistência à saúde no Brasil.
02 perfil da pesquisa clínica no brasil 2012gisa_legal
O documento descreve a pesquisa clínica no Brasil nos últimos 10 anos. Ele explica que a pesquisa clínica tem crescido no país devido a fatores como a população diversificada e o sistema público de saúde. A pesquisa clínica é realizada em fases para testar a segurança e eficácia de novos tratamentos. As principais cidades brasileiras que conduzem pesquisas clínicas são São Paulo, Porto Alegre, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
1. O documento analisa a produção científica brasileira sobre células-tronco entre 2000-2013 indexada na Web of Science.
2. Os resultados mostram um crescimento significativo na produção, com predomínio de artigos em inglês. As universidades de São Paulo e Rio de Janeiro foram as mais produtivas.
3. As áreas de hematologia e transplante receberam destaque na classificação temática. A colaboração internacional atingiu 31,3%, com destaque para os EUA, Alemanha e França.
O estudo analisou a cobertura de saúde em dois jornais brasileiros durante um mês. Foi observada a frequência com que a saúde aparece como tema, geralmente em destaque, com cerca de um texto por dia. Também foi notada a ênfase dada às doenças crônicas e à "lógica do risco", incentivando a prevenção, assim como a abordagem de "novas doenças" ligadas à saúde mental.
O documento discute a produção científica da enfermagem brasileira e estratégias para aumentar seu impacto internacional, como melhorar a formação de recursos humanos, incentivar a pesquisa e publicar em revistas indexadas. Ele analisa o ranking do Brasil em produção científica e lista as principais revistas de enfermagem indexadas no ISI, com seus respectivos fatores de impacto.
1) O documento discute a relação entre epidemiologia e saúde bucal coletiva no Brasil, analisando esforços para estabelecer modelos de pesquisa epidemiológica e construir uma base de dados nacional.
2) Também analisa como o conhecimento epidemiológico tem sido transformado em produção científica, contribuindo para consolidar a saúde bucal coletiva.
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2021 Jornal de Investigação Médica - v2 n1 vaz de almeida & gomesISCSP
Este editorial discute a importância da abordagem transdisciplinar na saúde, integrando aspectos físicos, mentais e sociais. Apesar de ser uma tendência, falta transferir o conhecimento transdisciplinar para a prática. O número apresenta 4 artigos sobre comunicação em saúde, autoestima, rabdomiólise em exercícios e efeitos do exercício na hipertensão.
1. O documento discute as diretrizes globais para o diagnóstico, tratamento e prevenção da Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC).
2. A DPOC é uma causa importante de morbidade e mortalidade ao redor do mundo. O documento fornece informações sobre a epidemiologia, fatores de risco, patologia e conduta clínica da DPOC.
3. O objetivo é ampliar o conhecimento sobre a DPOC e melhorar o tratamento e prevenção da doença.
O documento descreve o 3o Congresso Nacional de Saúde realizado pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais entre 3 e 5 de setembro de 2014. O congresso contou com a participação de 1165 pessoas e teve como objetivo discutir temas relacionados à saúde contemporânea. Os resumos publicados no documento foram apresentados no congresso e abordam pesquisas de iniciação científica, mestrado e doutorado de diversas instituições de ensino.
O documento discute a importância do prontuário médico para proteger médicos éticos, ameaçar aqueles sem escrúpulos, e proteger contra reclamações de pacientes insatisfeitos.
O documento discute a produção científica envolvendo aplicações dos dados do Sistema de Informação Hospitalar do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) na Saúde Coletiva no Brasil entre 1984 e 2003. Foram encontrados 76 trabalhos que analisaram qualidade das informações, estratégias de uso dos dados, padrões de morbidade e mortalidade hospitalar, vigilância epidemiológica e avaliação do desempenho hospitalar. A produção cresceu nesse período, concentrada em poucas instituições, e indic
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Artigo: Conversas sobre Ciência - À procura da felicidadescmed
O documento discute a felicidade com especialistas, investigadores e cientistas. A felicidade não é apenas sentir-se bem, mas sim um estado complexo influenciado por relações sociais e virtudes pessoais. Embora a ciência ainda saiba pouco sobre a felicidade, sabe-se que doenças reduzem o bem-estar e que países desenvolvidos tendem a ter níveis mais baixos de felicidade entre os 40-50 anos.
António Coutinho - Carta a um Cientista Futuroscmed
A carta resume os requisitos para ser um cientista bem-sucedido: 1) ter uma questão fundamental e única na qual pensar continuamente, 2) encontrar as continuações mais acertadas para responder à questão, 3) seguir a questão de acordo com a sua natureza e objetivos, seja até convencer todos ou até encontrar novas questões. Se não conseguir cumprir estes requisitos, é melhor escolher outra carreira.
Artigo - Conversas sobre Ciência - Protagonistas clínicosscmed
Rui Victorino e Moisés Mallo começaram suas carreiras em Portugal do zero, construindo seus próprios laboratórios sem muitos recursos. Ambos são premiados investigadores, com Rui Victorino tendo recebido o Prêmio Pfizer diversas vezes. Existe boa ciência sendo produzida em Portugal, mas é necessário mais apoio para que mais médicos possam se dedicar simultaneamente à pesquisa clínica e básica.
Alexandre Quintanilha - Carta a um Cientista Futuroscmed
«E este caminho pode ser feito em todos os domínios do conhecimento. Desde as áreas consideradas mais abstratas como a matemática ou a filosofia, passando pela física, a química, a biologia, a sociologia, a psicologia e a linguística,
até às que por muitos são consideradas mais concretas como a medicina, a engenharia, a arquitetura, o direito, o desporto, a jardinagem ou até a culinária.
Treinar a curiosidade, a imaginação e a paixão é fundamental e garanto-vos que é também extremamente gratificante.
E nunca se esqueçam que as certezas são o pior inimigo de qualquer cientista.»
// 60 anos dos Prémios Pfizer \\
Artigo: Conversas sobre Ciência - A curiosidade que dá lugar à ciênciascmed
O documento descreve a premiação de dois investigadores portugueses, João Barata e Luís Gonçalves Sobrinho, nos Prémios Pfizer, que distinguem os melhores trabalhos de investigação básica e clínica em Portugal. Ao longo de 60 anos, os prémios já premiaram mais de 600 investigadores e incentivam o desenvolvimento da investigação médica no país.
Artigo: Conversas sobre Ciência - Ciência no femininoscmed
Têm dedicado a sua vida à investigação e marcado a
actividade de mulheres na ciência em Portugal. Maria Emília
Monteiro e Leonor Saúde seguiram rumos diferentes mas partilham da mesma paixão: descobrir algo que não se conhece.»
// 60 anos dos Prémios Pfizer \\
Na carta, Castro Caldas aconselha o cientista do futuro a: 1) aprender com os avanços dos cientistas que o precederam; 2) ter a coragem de afirmar novas ideias, mesmo que contrariem o estabelecido; e 3) usar métodos rigorosos e compartilhar resultados com humildade para melhorar o mundo.
Maria do Carmo Fonseca - Carta a um Cientista Futuroscmed
«Pessoalmente, considero que o maior privilégio na vida é poder ser livre para escolher ao que me quero dedicar.
Ser cientista permite-me essa liberdade e dificilmente me imagino a exercer outra profissão.»
// 60 anos dos Prémios Pfizer \\
Cerimónia de Entrega do Prémio SCM/MSD em Epidemiologia Clínica - 4ª ediçãoscmed
A Cerimónia de entrega do Prémio realizou-se no dia 23 de Janeiro, às 18h, na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa e contou com a presença do Secretário de Estado Adjunto do Ministro da Saúde, Fernando Leal da Costa.
O trabalho de investigação liderado por Paula Ravasco, do Instituto de Medicina Molecular, foi o vencedor do Prémio.
Saber mais: http://bit.ly/1cYF7IC
Vencedores dos Prémios Pfizer/SCML 2012 - Cerimónia de Entrega de Prémios (28...scmed
A empresa de tecnologia anunciou um novo smartphone com câmera aprimorada, maior tela e bateria de longa duração. O dispositivo também possui processador mais rápido e armazenamento expansível. O novo telefone será lançado em outubro por um preço inicial de US$799.
Regulamento Prémio SCML/MSD em Epidemiologia Clínica - 4ª ediçãoscmed
1) A Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa e a MSD Portugal conferem anualmente um Prémio em Epidemiologia Clínica para estimular a investigação em ciências da saúde em Portugal.
2) O prémio no valor de 20.000€ distingue o melhor trabalho de investigação em epidemiologia clínica realizado total ou parcialmente em instituições portuguesas.
3) O regulamento estabelece os critérios e procedimentos para a apresentação, avaliação e atribuição do prémio.
Estatutos da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboascmed
Este documento apresenta os estatutos da Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa. Define a sua denominação, sede, símbolos e objetivos, que incluem o aperfeiçoamento dos conhecimentos médicos. Descreve também as categorias de sócios, seus direitos e deveres, e os procedimentos para admissão e demissão. Apresenta ainda os diferentes órgãos da sociedade - Assembleia Geral, Direção, Conselho Consultivo e Conselho Fiscal - e define suas composições e funções.
Cerimónia de Entrega dos Prémios SCML/MSD em Epidemiologia Clínica 2011scmed
Local: Salão Nobre da Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa
Data: 26 de Junho de 2012
Projecto Vencedor:
Projecto: "Prognostic factors of outpatient treatment on alcohol dependent patients: cohort study with six months of treatment follow-up"
Autores: Pedro Aguiar, Domingos Neto, Rita Lambaz, Jonathan Chick e Paulo Ferrinho
Instituições: Escola Nacional de Saúde Pública (Universidade Nova de Lisboa), Clínica Princípio. Psiquiatria e Psicologia Lda., Unidade de Alcoologia de Lisboa, Ministério da Saúde, Edinburgh University, Instituto de Higiene e Medicina Tropical (Universidade Nova de Lisboa)
1) Este documento descreve o regulamento para os Prémios Pfizer de Investigação, que visam promover a investigação em ciências da saúde em Portugal.
2) São atribuídos dois prémios anuais de 20.000 euros cada: um para investigação básica e outro para investigação clínica.
3) Os candidatos devem submeter os trabalhos até setembro e serão avaliados por especialistas quanto à originalidade, qualidade e utilidade dos resultados.
A Colina de Sant´Ana e as Ciências Médicas: Ciclo de Conferências no âmbito ...scmed
Conjunto de cinco sessões, que terão lugar entre os próximos dias 15 de Novembro e 17 de Abril, às 18h00, na Sala dos Actos Grandes da Faculdade de Ciências Médicas.
1) Este documento descreve o regulamento para os Prémios Pfizer de Investigação, conferidos anualmente pela Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa e pelos Laboratórios Pfizer.
2) São atribuídos dois prémios: um para a melhor investigação básica e outro para a melhor investigação clínica, no valor de 20.000 euros cada.
3) As candidaturas devem ser submetidas até Setembro e serão avaliadas por especialistas de acordo com critérios como originalidade e qualidade.
Debate: "Ensinar Medicina no Século XXI: a articulação entre Unidades de Saúd...scmed
"Ensinar Medicina no Século XXI: a articulação entre Unidades de Saúde e Faculdades de Medicina" é o título do debate organizado pela Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa (SCML) e agendado para o dia 26 de Maio, às 18h, na Faculdade de Ciências Médicas da Universidade NOVA de Lisboa.
A iniciativa pretende reunir especialistas de escolas médicas e de unidades de saúde para identificar os constrangimentos e propor soluções adequadas ao contexto actual do ensino de Medicina em Portugal.
Entrega do Prémio SCML/MSD em Epidemiologia Clínica 2010
Investigação Médica em Portugal: Oportunidades e Constrangimentos.
1. Investigação Médica em Portugal: Oportunidades e Constrangimentos.
21 de Junho de 2010
Anfiteatro Cid dos Santos. Faculdade de Medicina de Lisboa
Em 1997, Joseph Goldstein e Michael Brown, num artigo intitulado "The Clinical Investigator:
Bewitched, Bothered, and Bewildered - But Still Beloved"1, analisavam as causas do declínio progressivo
dos clínicos-investigadores nos EUA - "an endangered species", como já lhes tinha chamado, 16 anos
antes, James Wyngaarden, num célebre Editorial do New England Journal of Medicine2. O crescente
divórcio entre o clínico e a investigação parecia resultar, em grande parte, da convergência de dois outros
fenómenos, observáveis em todos os países desenvolvidos: o extraordinário desenvolvimento, a partir dos
anos 60, da ciência biomédica fundamental (exercida por "profissionais" de ciência) e a crescente
complexidade e exigência da prática clínica moderna, em tempos de fortes restrições financeiras. As
soluções propostas, bem como as recomendações ao National Institute of Health e instituições académicas
apontavam, todas elas, para a necessidade de estratégias concertadas, "sistémicas", susceptíveis de
estimular, recompensar, proteger, a prática da investigação pelo médico clínico. Recomendações, aliás,
que viriam a ser implementadas pelo NIH, em parceria com instituições públicas e privadas, nos anos que
se seguiram3.
Não terá sido, também, por acaso, que Goldstein e Brown incluíram o adjectivo "beloved" na sua
descrição do clínico-investigador. De facto, durante a primeira metade do século XX, o clínico-
investigador, para quem o doente é o primeiro e último objectivo da sua actividade de investigação, tinha
constituído o agente fundamental da transposição para a clínica das descobertas da ciência e o motor real
de uma agenda de investigação médica verdadeiramente útil ao doente. Aliás, a percepção societal da
importância da investigação médica é, ela própria, muito significativa, a avaliar pelos resultados a
inquéritos populacionais recentes: por exemplo, nos EUA, mais de 90% da população considera a
investigação em saúde como uma prioridade nacional (a par com a segurança do país, segurança social,
segurança na saúde e educação); 82% afirmam preferir Hospitais onde os profissionais de saúde se
envolvem activamente em investigação médica e no ensino4. Numa outra esfera, a da política de saúde,
países como a Finlândia, por exemplo, introduzem actualmente a produtividade científica (em quantidade
e qualidade) nos critérios de diferenciação dos Hospitais para alocação de financiamento público.
Em Portugal, a situação da investigação médica feita por Médicos é, em vários aspectos, singular. O
progresso do país nos últimos 20 anos em ciências biomédicas tem sido, a todos os títulos, notável, não
apenas pelo crescimento exponencial de recursos humanos altamente qualificados (na sua vasta maioria
cientistas não médicos) mas, também, pela criação de laboratórios de excelência devotados à investigação
1
Joseph oldstein & Michael Brown. "The Clinical Investigator: Bewitched, Bothered, and Bewildered - But Still Beloved". J. Clin. Invest. 99:2803-2812,1997.
2
James Wyngaarden. The clinical investigator as an endangered species. N. Engl. J. Med. 301:1254–1259., 1981.
3
Varki A, Rosenberg LE. Emerging opportunities and career paths for the young physician-scientist. Nat. Med. 8:437-439, 2002.
4
Woolley M & Propst SM. Public attitudes and perceptions about health-related research. JAMA, 294:1380-1384, 2005.
2. de matérias da maior importância para a Medicina5. Por outras palavras, nunca como hoje os médicos
portugueses dispuseram de ecologias tão favoráveis ao estabelecimento de parcerias frutuosas entre a
clínica e a ciência biomédica fundamental. Por outro lado, ainda que tardias, políticas de ciência
especificamente dirigidas ao incentivo da prática de investigação por médicos começam agora a surgir no
país - são disso exemplo o regulamento do interno-doutorando, criado em 2008, bem como a abertura de
concursos (apenas um até à data!) para financiamento de investigação médica pela Fundação para a
Ciência e Tecnologia. A estas iniciativas juntam-se outras, de Fundações privadas e das Universidades,
que procuram proporcionar qualificação científica avançada à novas gerações de médicos do país.
Os tempos são, portanto, de oportunidade. Contudo, os obstáculos operacionais ao envolvimento do
Médico-clínico na prática quotidiana de uma investigação inovadora, internacionalmente competitiva, são
reais e exigem solução urgente.
Foi este o mote do primeiro de uma série de debates que a Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa irá
dedicar ao tema "Investigação Médica em Portugal". O objectivo deste primeiro debate foi o de colher,
em registo informal, o testemunho de pessoas que pela sua própria experiência, institucional ou pessoal,
conhecem, “no terreno”, as dificuldades da prática de investigação médica por médicos, pedindo-lhes a
opinião sobre possíveis soluções para essas dificuldades. Assim, no dia 21 de Junho de 2010, no
Anfiteatro Cid dos Santos da Faculdade de Medicina de Lisboa, perante uma audiência constituída por
internos, jovens especialistas, alunos de Medicina, cientistas biomédicos e vários convidados João
Sentiero, Presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), e Maria do Céu Machado, Alta
Comissária da Saúde, ouviram e comentaram as intervenções de Rui Victorino, Presidente do Conselho
Científico da Faculdade de Medicina de Lisboa e membro do Conselho Científico para as Ciências da
Saúde da FCT, João Correia da Cunha, Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar de
Lisboa Norte, Ana Isabel Lopes, Chefe de Serviço de Pediatria e Nuno Figueiredo, jovem interno-
doutorando de Cirurgia Geral.
Rui Victorino fez um resumo breve do que tem sido a evolução da ciência biomédica no país e lembrou
que a vasta maioria das candidaturas a Bolsas de Doutoramento ou pós-Doutoramento na área das
Ciências da Saúde aprovadas pela FCT nos últimos 20 anos, corresponde a projectos de investigação
biomédica básica, não envolvendo estudos de doentes ou de material humano. Facto que justifica que
após 20 anos de investimento prioritário em ciência biomédica fundamental, seja a altura de introduzir
políticas sustentadas de apoio à investigação clínica de qualidade. Lembrou, igualmente, que várias
recomendações sobre esta matéria foram incluídas no livro "Governação dos Hospitais", publicado em
20096, das quais salientou:
1. a necessidade de aumentar o financiamento de projectos de investigação clínica de qualidade, não
esquecendo as áreas de "Outcomes Research" e Epidemiologia clínica, pelo que a FCT deverá proceder à
abertura regular de concursos semelhantes ao de 2007, no qual foram aprovados 60 projectos de parceria
entre clínicos e cientistas básicos, num total de 360 candidaturas.
5
Nos últimos 20 anos, as duas áreas científicas que mais contribuiram para a internacionalização da ciência portuguesa foram, precisamente,
as "Ciências da Saúde" e a "Biologia" (21% e 43% das publicações em revistas internacionais, respectivamente). Resultados tanto mais
impressionantes quanto a parcela que lhes coube do investimento total em I&D, no mesmo período, foi apenas de 24% (10% no caso
específico das Ciências da Saúde), um valor substancialmente inferior ao de outras áreas, em particular as Ciências da Engenharia e
Sociais [ver: Produção Científica Portuguesa, 1990 - 2009: Séries Estatísticas (http://www.gpeari.mctes.pt/?idc=103)].
6
Victorino RMM. A investigação no Hospital. in Governação dos Hospitais. Ed. Luis Campos,M. Borges e R. Portugal. Casa das Letras, 2009.
3. 2. a necessidade da criação de condições que permitam às instituições de saúde contribuir para o
florescimento de investigação clínica e de translação de qualidade.
3. a importância de identificar aqueles que, nos Hospitais, têm mostrado capacidade de liderar iniciativas
orientadas para a investigação de doentes, proporcionando-lhes as condições necessárias ao
desenvolvimento da sua actividade de investigação.
4. a importância da criação de "Clinical Translational Centres" em Hospitais de referência, bem como um
programa de "Fellowships" para médicos que desenvolvam actividades de investigação clínica ou de
translação .
5. a criação de oportunidades de qualificação científica para jovens especialistas, semelhantes ao espírito
do regulamento do "Interno-Doutorando".
João Correia da Cunha começou por referir a confusão geralmente existente entre investigação clínica e
ensaios clínicos e a necessidade de reconhecer as respectivas diferenças. Os últimos, na sua maioria
liderados pela indústria farmacêutica, a qual remunera a instituição e os investigadores, têm-se
desenvolvido sem problemas especiais em muitos hospitais do país (por exemplo, em 2009, tiveram lugar
75 ensaios clínicos, só no Centro Hospitalar Lisboa Norte). O mesmo não se passa com outros tipos de
investigação clínica, pura ou de translação. Salientando a enorme importância da investigação clínica de
qualidade na própria operação das unidades de saúde, particularmente nos grandes hospitais de ensino,
apontou como principais constrangimentos à prática da investigação por médicos:
1. A reduzida importância atribuída ao curriculum científico nos concursos para posições hospitalares,
considerando ser indispensável uma rápida mudança nesta matéria.
2. Actividade hospitalar sob fortes restrições orçamentais não sendo valorizada a investigação, mesmo em
hospitais universitários, situação que importa alterar.
3. Deficiente articulação no funcionamento de diferentes serviços do SNS.
3. Difícil articulação entre clínicos e cientistas biomédicos, situação que espera vir a ser alterada, no caso
do Hospital de Santa Maria (HSM), pelo estabelecimento da parceria formal entre o Hospital, a Faculdade
de medicina e o Instituto de Medicina Molecular, aquando da criação do Centro Académico de Medicina
de Lisboa.
Ana Isabel Lopes descreveu o seu percurso de investigação, como Médica que nunca interrompeu a
actividade clínica, considerando-o como ilustrativo do que não deve ser o desenvolvimento científico de
um investigador clínico. Licenciada em 1980 pela FMUL, seguiu-se actividade hospitalar no HSM, tendo
tido sempre um especial interesse pela investigação, o que a levou a iniciar uma colaboração com o
Instituto de Microbiologia durante a pré-graduação. Confrontou-se, posteriormente, com a dificuldade de
conciliar a exigente formação do internato de especialidade de Pediatria, com a prática da investigação.
Tal só lhe viria a ser possível após conclusão do treino de especialidade, tendo então iniciado os seu
projecto de investigação relacionado com a infecção por H. pilorii, para o qual obteve pequenos
financiamentos do Ministério da Saúde e do próprio Hospital tendo estabelecido colaborações
internacionais. Concluiria a sua tese de Doutoramento 26 anos após a licenciatura e 16 anos após
obtenção do grau de Especialista. Viveu, através da sua experiência pessoal, as dificuldades com a
obtenção de uma colecção significativa de material biológico (7-8 anos para aquisição de dados
suficientes) bem como a inexistência de tempo protegido para investigação. Concluiu que um percurso
deste tipo, semelhante ao de muitos outros clínicos, é inaceitavelmente longo e incompatível com o
desenvolvimento de projectos de investigação internacionalmente competitivos.
Nuno Figueiredo, licenciado em 2001, interno do 6º ano de Cirurgia Geral, deu conta da sua experiência
como interno-doutorando, desde que foi admitido à 1ª edição do Programa de Formação Médica
Avançada, criado pela Fundação Gulbenkian em 2008, em parceria com a Fundação Champalimaud e
4. FCT. Referiu a importância da componente curricular do programa na sua formação científica,
salientando a vantagem de ter beneficiado de uma Bolsa da FCG, que lhe permitiu ser exposto durante 6
meses consecutivos, em regime de full-time, a uma grande diversidade de conteúdos formativos, bem
como ao contacto diário com cientistas nacionais e internacionais de alto nível. Salientou a importância
do apoio do Director de Serviço, mas também, as resistências que sentiu por parte de outros colegas à
adaptação das suas actividades clínicas ao regime de interno-doutorando, após 6 meses de interrupção de
internato. Considerou, em contrapartida, instrumental, a colaboração do grupo de cientistas biomédicos
com os quais iniciou o seu projecto de investigação. Chamou a atenção para a necessidade de um melhor
enquadramento jurídico do regulamento do interno-doutorando que mitigue a disparidade com que o
mesmo é levado à prática em diferentes hospitais. Salientou, igualmente, que a dúvida que se coloca,
agora que existem programas de protecção para internos/doutorandos, é se virão a existir programas
subsequentes que apoiem especialistas/post-docs.
Debate
Diogo Lucena, Administrador do Serviço de Ciência da Fundação Calouste Gulbenkian, exprimiu uma
inquietação institucional quanto ao retorno do investimento feito na formação dos médicos admitidos ao
Programa apoiado pela Fundação. Considerou que o investimento será desperdiçado caso não se verifique
uma continuidade deste esforço por parte das instituições e chamou a atenção para a importância de uma
resposta adequada por parte do Sistema Nacional de Saúde. Constatando a dificuldade actual dos
hospitais académicos em assegurar investigação clínica de qualidade, receia que dificuldades muito
maiores se verifiquem em outros hospitais. Mencionou, também, que a experiência acumulada nesta e em
outras medidas de incentivo à formação científica avançada de médicos clínicos levanta um problema de
"scalability" da intervenção. A Fundação apoia actualmente 10 médicos por ano, mas é previsível que o
país necessite de muitos mais (70 por ano?), se se quiser evitar um fenómeno de diluição/neutralização
dos mesmos no próprio sistema de saúde. Reforçou ainda a absoluta necessidade de apostar na qualidade
de programas deste tipo.
José Ducla Soares, Professor da Faculdade de Medicina de Lisboa, chamou a atenção para dois
problemas relacionados com o desenvolvimento de investigação clínica nos hospitais: o facto de o
recrutamento de internos pelos hospitais ser actualmente feito à total revelia dos serviços onde vão
trabalhar, não considerando, portanto, os objectivos dos mesmos, situação que impede a selecção de
internos com vocação para investigação. Por outro lado, o facto de as instituições hospitalares não
disporem de incentivos que as levem a fomentar actividades de investigação, o que faz com que esta não
seja valorizada nos respectivos os contratos- programa.
João Correia da Cunha, lembrou que já existem índices de complexidade clínica que permitem
diferenciação do financiamento a unidades de saúde, sendo de admitir que possam vir a existir incentivos
económicos para actividades de investigação clínica.
José Miguel Caldas de Almeida, Director da Faculdade de Ciências Médicas, chamou a atenção para a
necessidade de não se desperdiçarem as oportunidades actuais para o desenvolvimento da investigação
clínica e a urgência de conferir aos Directores de Serviços clínicos, condições de flexibilidade
institucional que lhes permitam não desperdiçar vocações uma vez que, na estrutura actual de
funcionamento hospitalar, é difícil a um Director dispensar um clínico um ou dois dias por semana para
actividades não assistenciais. Reforçou ainda a necessidade de não negligenciar a investigação em
Outcomes Research, como instrumento de melhoria do próprio sistema de saúde.
Fernando Martins Vale, Professor da Faculdade de Medicina de Lisboa, insistiu na necessidade de
5. reformulação das carreiras hospitalar e de docência no sentido de um maior peso das actividades de
investigação.
Jorge Soares, Director do Serviço de Saúde e Desenvolvimento da Fundação Gulbenkian, chamou a
atenção para várias dificuldades no que respeita à investigação por médicos nos hospitais: conflitos de
interesse, entre o investigador e a própria equipa de trabalho; o facto de as instituições não serem
devidamente recompensadas pela investigação que realizam; falta de uma efectiva valorização das
actividades de investigação nas carreiras médicas; ausência de flexibilidade na estrutura de
funcionamento hospitalar; a existência de dificuldades jurídicas à utilização de dados de doentes em
investigação, pela Comissão Nacional de Protecção de Dados. Alertou, ainda, para a banalização de
programas de doutoramento para médicos nas universidades, com reduzidos graus de exigência.
Rui Victorino, na mesma perspectiva, salientou que seria um péssimo serviço à investigação médica
atribuir bolsas a programas de doutoramento que não garantam qualidade elevada.
Maria Gomes da Silva, Professora da Faculdade de Ciências Médicas e Especialista de Hematologia do
IPO-Lisboa, lembrou que a discussão da prática de investigação clínica não se esgota, nem se deve
centrar, na discussão de programas de doutoramento mas, sim, na criação de condições que permitam a
prática de investigação nos hospitais, sendo essencial investir em estruturas organizadas e eficientes que
suportem investigação clínica de qualidade nas unidades de saúde.
Leonor Parreira reforçou esta ideia, acrescentando que, uma outra medida indispensável, sem a qual a
investigação clínica não poderá florescer, mesmo que existam Centros de Investigação nos Hospitais, é a
criação de bases de dados clínicos e biobancos bem estruturados e em rede, há muito prometidos mas
ainda inexistentes no país.
António Oliveira, estudante da Faculdade de Medicina de Lisboa, exprimiu a sua inquietação pelo facto
de não existir um sistema que permita o desenvolvimento de uma carreira de investigação clínica,
constatando que, actualmente, o sucesso individual de um clínico-investigador continua a depender de um
factor “acaso” – o clínico encontrar a “pessoa certa” no “momento certo”.
João Sentieiro, Presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia, declarou ter apreciado
especialmente os testemunhos de Ana Isabel Lopes e Nuno Figueiredo por lhe terem revelado as
dificuldades vividas pelos clínicos que desejam conciliar actividades de investigação com a prática clínica
- uma realidade de que não tinha conhecimento pleno. Afirmou o interesse da FCT em contribuir para o
desenvolvimento da investigação clínica, lembrando as iniciativas do Programa Harvard-Portugal bem
como a do Concurso/FCT de 2007, específico para investigação clínica. Reconhecendo que o país se
confronta ainda com um problema quantitativo de massa crítica, salientou que a FCT se preocupa com a
qualidade das iniciativas que apoia. Especificamente, no que respeita ao estatuto de interno-doutorando,
informou que foram introduzidas modificações, já enviadas para publicação em Diário da República, que
permitirão monitorizar a qualidade dos projectos de investigação dos candidatos. Informou, igualmente,
que a FCT irá abrir novo concurso para projectos de investigação clínica até ao final de 2010.
Maria de Belém Roseira, Vice-Presidente do grupo Parlamentar do PS, salientou a importância da
sustentabilidade das políticas de apoio à formação científica de Médicos. Lembrou que mesmo que não
haja capacidade de haver programas de qualidade nas nove escolas médicas do país, é provável que a
melhor massa crítica de cada uma possa ser integrada em programas de formação de qualidade. Reforçou,
ainda, a importância de co-optar o interesse da sociedade civil para o problema da investigação médica,
nomeadamente através das Associações de Doentes.
6. Maria do Céu Machado, Alta Comissária da Saúde, comentou as várias intervenções, lembrando que a
participação do clínico em investigação pode ter lugar em qualquer momento da sua carreira profissional,
salientando a importância da maturidade clínica para o desenvolvimento de projectos de investigação com
relevância para o doente. Lembrou a importância dos “role-models” na preparação profissional do
médico, considerando que o modelo clássico do investigador-médico “free-lancer” não está esgotado,
interrogando-se sobre a vantagem de interrupção da actividade clínica para qualificação científica do
médico. Considerou, ainda, que grande parte dos constrangimentos hospitalares à prática de investigação
pode ser a consequência de a governação dos hospitais estar hoje entregue a gestores que se baseiam
exclusivamente em índices de produtividade assistencial. Esse problema é, na sua opinião, agravado pelo
facto os directores de serviço serem forçados a responder pela produtividade clínica, muitas vezes não
tendo tido eles próprios a oportunidade de fazer investigação. Tal poderá explicar que estejam menos
receptivos a facilitar o desenvolvimento de investigação clínica nos seus serviços. No que respeita às
bases nacionais de dados clínicos, constatou a sua inexistência, desconhecendo quando será possível criá-
las, mencionando as dificuldades de nível organizacional do próprio sistema de Saúde, tais como
incompatibilidades de sistemas informáticos entre Unidades de Saúde, a organização não uniforme do
processo clínico em diferentes hospitais, o desperdício de informação resultante da falta de coordenação
sistémica e a rigidez da legislação actual que impede o próprio Instituto Nacional de Estatística de
fornecer dados relativos à investigação médica, quando lhe são solicitados pelo Alto Comissariado da
Saúde, para fins de preparação do Plano Nacional de Saúde.
Conclusão e recomendações
Os obstáculos a uma prática consistente de investigação por médicos-clínicos em Portugal, são múltiplos,
embora tenha sido patente nas várias intervenções, que a maioria resulta da própria estrutura
organizacional e funcional das Unidades do Sistema Nacional de Saúde. A modificação da situação actual
impõe, à semelhança do praticado em outros países, 1) a adopção de medidas de incentivo dirigidas às
instituições de saúde; 2) o reforço das actuais iniciativas dirigidas à formação científica pós-graduada de
médicos-clínicos; 3) o reforço e regularidade no financiamento de projectos de investigação orientados
para o doente; 4) a criação no país dos instrumentos essenciais para uma investigação médica de
qualidade – bases de dados clínicos e biobancos.
1 - Modificação da cultura institucional das unidades de saúde do SNS:
a) Iniciativas políticas que incentivem a prática de investigação orientada para o doente, incluindo critérios
de produção científica na diferenciação das unidades de saúde.
b) Incentivos à criação de uma ecologia fértil ao envolvimento do Médico em investigação, criando “Clinical
Translation Research Centres” de qualidade nos hospitais de referência.
c) Valorização significativa do curriculum científico na carreira médica, especialmente no âmbito dos
recrutamentos para posições em Hospitais académicos.
2 - Continuação do investimento na qualificação científica do Médico-clínico:
a) Melhoria das iniciativas políticas de apoio à formação científica de jovens internos.
b) Introdução de medidas similares mas especificamente dirigidas a jovens especialistas, com criação de
“Clinical/Translational Research Fellowships” para Especialistas.
3. Reforço e continuidade do apoio financeiro à investigação clínica:
a) Abertura regular de concursos FCT especificamente dirigidos ao financiamento de projectos de
7. investigação clínica de qualidade.
b) Envolvimento da sociedade civil neste objectivo, nomeadamente co-optando a participação de
Associações de Doentes.
4. Bases de dados e biobancos:
A constatação das dificuldades operacionais do próprio SNS, no que respeita ao registo de dados clínicos
nas suas unidades de saúde, é reveladora de uma situação que não só prejudica a operacionalidade do
próprio Sistema como dificulta a criação de registos nacionais de dados para fins de investigação. Por
outro lado, o tempo não permitiu que fossem discutidas as medidas em curso para a criação de um
Biobanco nacional, estruturado em rede e em conectividade com estruturas congéneres de outros países.
Estas matérias serão, portanto, o tema que a Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa procurará trazer à
discussão no próximo debate sobre “Investigação Médica em Portugal”, a realizar no 1º trimestre de
2011.
Leonor Parreira
Presidente
Sociedade das Ciências Médicas de Lisboa