O documento discute como as coisas e pessoas que amamos parecem eternas até certo ponto, mas na verdade duram apenas o tempo que conseguimos aspirar a eternidade. Eventualmente nos cansamos de buscar a imortalidade e passamos a ver o amor como algo passageiro e utilitário. Resta apenas uma sensação amarga de quando sonhamos com a eternidade.

2. As coisas que amamos, as pessoas que amamos são eternas até certo ponto. Duram o infinito variável no limite de nosso poder de respirar a eternidade.

3. Pensá-las é pensar que não acabam nunca, dar-lhes moldura de granito. De outra matéria se tornam, absoluta, numa outra (maior) realidade.

4. Começam a esmaecer quando nos cansamos, e todos nós cansamos, por um outro itinerário, de aspirar a resina do eterno.

5. Já não pretendemos que sejam imperecíveis. Restituímos cada ser e coisa à condição precária, rebaixamos o amor ao estado de utilidade.

6. Do sonho de eterno fica esse gosto ocre na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.

7. AUTORIA: Carlos Drummond de Andrade FORMATAÇÃO: Mima (Wilma) Badan [email_address] MÚSICA: Cenário (Roberto Carlos) Execução: Eduardo Lages IMAGEM: de Rob Hefferan (Repasse com os devidos créditos) BLOGS: www.mimabadan.blogspot.com wwwrecantodepalavras .blogspot.com wwwrecantodasreceitas .blogspot.com wwwcasadavovomima .blogspot.com wwwpurezadoutrinaria .blogspot.com PPSs e ESTÓRIAS INFANTIS em: www.slideshare.net/mimabadan