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História do Jogo de Botões... Futebol de Mesa
Futebol de Mesa o antigo jogo de botão é hoje um esporte de alto rendimento reconhecido pelo
Ministério dos Esportes e por uma legião de praticantes no Brasil e no exterior, porem não se sabe
com certeza, onde e como surgiu o “jogo de botões”, aquilo que se tornaria o esporte difundido e
amado por praticantes e admiradores, com sua diversidade de regras e materiais, vamos tentar falar
um pouco do esporte que tanto amamos.
Duas brincadeiras de criança que podem ter dado origem ao esporte também:
O jogo da pulga, muito praticado na Europa, principalmente na Inglaterra que, consistia em
pressionar uma ficha com outra fazendo com que esta saltasse para um determinado alvo, o gol, que
seria um recipiente feito de vidro, madeira, plástico ou até papelão, sobre uma superfície lisa
coberta por um tecido. Este jogo foi destaque no livro “Os Melhores Jogos do Mundo” da editora
Abril. Veja abaixo uma breve descrição extraída do referido livro:
“Este jogo de destreza é muito popular em vários países da Europa e nos Estados Unidos, tanto
entre as crianças como entre os adultos. Na Inglaterra, por exemplo, existem vários clubes e
associações que se destinam exclusivamente à sua prática. Um dos maiores jogadores do país é o
Príncipe Charles. A semelhança estaria no fato de que essa ficha pressionada por outra, seria o
botão pressionado pela palheta, com a diferença que no jogo da pulga a ficha salta em direção ao
alvo, e no futebol de mesa, o botão desliza sobre a mesa para acertar a bola e fazer com que esta,
sim, vá até o seu destino que seria a baliza, tendo ainda que transpor uma barreira que é o
goleiro.”
A outra hipótese, é que poderia ser derivado de um jogo com três tampinhas de garrafa, no qual com
o dedo da mão fazia-se com que esta tampinha passasse entre duas outras, por três vezes, sem
esbarrar
nas
demais
até
chegar
ao
seu
alvo,
que
seria
o
gol.
A explicação para este jogo evoluir até o futebol de mesa seria que ao invés de empurrar a tampa
com o dedo, passou-se a usar uma outra tampa, que seria a palheta, e no lugar da primeira tampa, o
botão. E a exemplo do jogo da pulga, onde a ficha altava para o gol, nesse jogo a tampa seria
também impulsionada para o gol. Diferentemente do futebol de mesa, o botão atinge a bola para que
esta chegue ao gol.
Mas o futebol, esporte mais popular do mundo, é quem foi o grande inspirador para a criação do
futebol de mesa. Botões de qualquer tipo de roupa, casacos e camisas, foram as primeiras peças
utilizadas para se jogar, por isso o nome de futebol de botão. Botões maiores se transformavam nos
“zagueiros” e menores viravam “atacantes”, fazendo uma analogia com o futebol.
Jogava-se inicialmente nas calçadas que passaram a ser os campos, riscava-se com giz o desenho do
campo, porém não deslizavam muito bem e posteriormente passou a se jogar em pisos de cerâmica
ou mármore até chegarmos às mesas de jantar, que eram grandes e não precisava se jogar agachado
no chão.
Geraldo Cardoso Décourt é um dos grandes precursores do que nós conhecemos hoje como futebol
de mesa no Brasil; por volta de 1928, Décourt denominou de Celotex, que era o material usado para
a confecção dos botões, ao jogo, que ali tinha o seu início enquanto esporte, inclusive com o
lançamento do primeiro livro de regras.
A regra de futebol de mesa escrita por Geraldo Cardoso Décourt:
Vale salientar que ela não é mais utilizada, ela foi inclusive aprimorada e foi fundamental para o
esporte. Ela foi noticiada pelo jornal A Noite Esportiva em 1930 em uma reportagem sobre o
Celotex:
“ O Football Celotex é um sport de mesa, no qual, em cada jogo, tomam parte dois amadores, que
por sua vez representam dois teams formados por onze botões, assim distribuídos: um guardião,
dois zagueiros, três médios e cinco deanteiros. Como se vê, o número de botões é idêntico ao
número de players do Football Association. Para ser iniciado cada match é necessário que os vinte
e dois botões estejam nas respectivas posições em mesa e, então, o desfavorecido pelo “toss” dará
o “kick-off”, com o centro avante, o qual estenderá um passe para um dos lados, onde um outro
botão do mesmo team impulsionará a bola, dando assim início ao jogo.
Como se vê, enquanto um segundo botão do team favorecido com a saída inicial não tocar na bola,
não valerá goal. Procedida a saída, o outro amador, chamado de B, jogará com um de seus botões
uma vez e assim, sucessivamente, um de cada vez até que seja registrada alguma falta. A única
ocasião em que cada amador poderá jogar duas vezes seguidas é, pois, no momento da saída do
centro. Depois de cada goal a bola deverá ser colocada no centro da mesa, e o team que tiver sido
vasado dará a saída. No Football Celotex considera-se foul quando um botão do team A roçar
noutro do team B, sem que antes tenha “tocado” na bola.
Considera-se hands (coisa raríssima) quando um botão do team A ficar sobre a bola. Neste caso,
se for o guardião o infractor, proceder-se-á ordenando um “carring”, valendo goal direto. No foul
e no hands valem goals directos, e se as respectivas penalidades forem consignadas dentro da área
perigosa ordena-se um penalty. O “out-ball” é batido no lugar onde sair a bola, sendo que para
ser valido um goal, procedente desta pena, é preciso que a bola toque em qualquer outro botão,
antes de entrar na linha de goal. Nas saídas de goal ou, melhor, nos goal kicks, não será
consignado o ponto proveniente da referida falta diretamente, mas sim depois que a bola tenha
sido tocada propositalmente. Sempre que houver qualquer falta, os botões poderão ser removidos
ou colocados pelas mãos dos patrões em lugares da mesa que este julguem convenientes. Os
botões-guardiões só impulsionam a bola nos goal-kicks, e fora disso eles poderão ser colocados
pelos patrões em qualquer momento da partida, mas antes que seja desferido o tiro a goal e não
depois do tiro ser dado.
O tamanho oficial da mesa é de 1m,20 de largura por 2m,40 de comprimento. Essas medidas são
de dentro do campo, sendo que a parte que ficar externando a marcação quanto maior for melhor
será. As mesas devem ser feitas com um material americano feito das fibras do bagaço da cana-deaçúcar ou, então, de madeira coberta com um pano verde, próprio para cobrir mesas de jogo.
Aconselho estes dois exemplos pelo fato de ser necessário que a superfície não seja escorregadia.”
Décourt conquistou o reconhecimento e admiração de uma legião de praticantes pela sua incansável
dedicação em colocar esse esporte ao lado dos entretenimentos mais populares do Brasil. Nascido
em Campinas/SP, foi pintor, escritor, compositor e ainda o inventor do futebol de botão. O dia 14
de fevereiro de 1911, dia do seu nascimento, foi oficializado pelo governador Geraldo Alckmin, em
São Paulo, no ano de 2001, como o "Dia do Botonista".
Como foi segundo informou Izo Goldmann
Em 1998 o Departamento de Futebol de Mesa d’ A Hebraica encaminhou à Federação Paulista de
Futebol de Mesa a sugestão para que o dia 14 de fevereiro (data de nascimento de Geraldo Décourt)
fosse oficializado como “DIA DO BOTONISTA”. Em 11 de junho do mesmo ano, durante o X
Campeonato Brasileiro de Futebol de Mesa, a F.P.F.M. oficializou a data.
Em junho de 1999, durante o XI Campeonato Brasileiro de Futebol de Mesa a Federação
Paranaense apoiou oficialmente a idéia.
Aí começou um trabalho que envolveu o Della Torre, Dona Edda Décourt, Célia Atienza (irmã do
Geraldo Atienza) e eu (Izo Goldman).
Em 2000 o Deputado Ramiro Meves apresentou o Projeto de Lei 169/2000 que instituía o “Dia do
Botonista” a ser comemorado em 14 de fevereiro. Finalmente a Lei Nº 10.833 de 02 de julho de
2001 dizia:
“Institui o “Dia do Botonista”
O Governador do Estado de São Paulo
Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei:
Artigo 1º - Fica instituído o “Dia do Botonista”, a ser comemorado, anualmente, no dia 14 de
fevereiro.
Artigo 2º - Esta lei entra em vigor no dia de sua publicação.
Palácio dos Bandeirantes, 02 de julho de 2001.
Geraldo Alckmin
Marcos Arbaitman – Secretário de Esportes e Turismo
João Caramez - Secretário Chefe da Casa Civil
Antonio Angarita - Secretário do Governo e Gestão Estratégica.
Publicado na Assessoria Técnico-Legislativa aos 02 de julho de 2001
Décourt foi um incansável divulgador e organizador de
eventos de futebol de mesa, o que propiciou o desenvolvimento do esporte, assim como sua
popularização. Ao mesmo tempo Geraldo tem como grande aliado e colaborador Antonio Maria
Della Torre que arregaça as mangas e trabalhando como um apaixonado pelo esporte, que era, ajuda
a divulgar e fomentar o esporte pelo Brasil afora nas modalidades já existentes sendo que na região
norte e nordeste praticava-se a pastilha 1 toque também chamada regra baiana, já na região sudeste
e sul praticava-se a modalidade 12 toques então chamada de Regra Paulista e na região sul e sudeste
praticava-se a 3 toque sou chamada regra carioca ou confederada.
Della Torre foi o grande responsável pelo reconhecimento do Futebol de Mesa como esporte pelo
órgão responsável a época o CND, através da Resolução N.º 14, de 29 de setembro de 1988,
acatando ao Of. N.º 542/88 e ao Processo N.º 23005.000885/87-18, baseado na Lei N.º 6.251, de 8
de outubro de 1975 e no Decreto N.º 80.228, de 25 de agosto de 1977, assinada pelo seu então
Conselheiro-Presidente Manoel José Gomes Tubino, o CND (Conselho Nacional de Desportos)
reconhece o Futebol de Mesa como modalidade desportiva praticada no Brasil, como uma vertente
dos esportes de salão, no qual se incluem o xadrez e o bilhar, por exemplo. O Futebol de Mesa é
praticado oficialmente em três modalidades; três oficiais (Disco, Bola 12 Toques, Bola 3 Toques).
Paralelamente a esse incremento de regras e desenvolvimento de materiais cada vez mais adequados
à execução do jogo, em diversas regiões do Brasil, mormente nas décadas de 1930 a 1980, várias
modalidades eram praticadas, usando-se diversos tipos de botões e superfícies onde os mesmos
deslizavam, desde o piso das casas, mesas de jantar, até o famoso “Estrelão”, mesa de jogo sem
cavaletes, produzida pela fábrica Estrela, durante os anos 70.
Muito famosos ficaram os “botões de osso ou de paletó”, que nada mais eram que os botões
retirados dos antigos ternos sociais; dentre esses, uma classe de botões conhecida como “Paulo
Caminha” marcou época; depois vieram as “capas de relógios”, que nada mais eram que os “vidros”
substituídos dos relógios que iam para conserto e tinham os “vidros” trocados; finalmente, na
década de 1950, surgiram os botões industrializados, de plástico, com adesivos colados ao centro,
contendo os escudos ou mesmo as faces dos jogadores dos times famosos do Brasil.
Os Botões BRIANEZI
Foram muito famosos e utilizados em campeonatos promovidos pelo próprio fabricante, que foi um
grande incentivador do futebol de mesa.

Os botões do Luiz Gonçalves
Era um fabricante artezão que fazia os botões em uma loja da 24 de maio no centro de São Paulo.

Os "Bolagol"
Eram botões fabricados pela "Plásticos Santa Marina" tendo de início o nome "Futebol Miniatura";
vinham em caixas de time simples ou em caixas de times duplos, as caixas eram assim:
Caixa dupla com o nome antigo de "Futebol Miniatura"
Caixa "BOLAGOL" simples, já com o nome Bolagol
Os fabricantes de botões "BOLAGOL" primaram em fazer uma das maiores coleções de times do
Brasil e estrangeiros de que se tem notícia, ninguém fabricou tamanha diversificação de times de
tantos estados brasileiros; a coleção é composta por aproximadamente 130 equipes entre brasileiras,
seleções e estrangeiras.
Coleção "Onze de Ouro"
A "coleção onze de ouro" foi feita em homenagem às seleções brasileiras de 1958 e 1962, equipes
campeãs mundiais, e os times que possuíam jogadores nestas seleções e que tinham maior destaque
à época no Brasil, que eram os paulistas; Palmeiras, Santos, São Paulo, Portuguesa e Corinthians; e
os cariocas; Flamengo, Botafogo, Vasco, Fluminense e América.
Esta coleção teve duas etapas, a primeira em 1964 e a segunda em 1965; eram botões vendidos em
bancas de jornal, em pacotinhos com um botão dentro e para se conseguir as palhetas (apertadeiras
e outros nomes dependendo do estado), goleiros e as traves (goleiras no sul) era preciso trocar
"jogadores chaves" pelos mesmos. A coleção até hoje é procurada pelos colecionadores sedentos
por possuir os grandes jogadores de uma época de ouro de nosso futebol.

Os botões "Estrela"
A Estrela lançou, na década de 50 os conhecidos e procurados "canoinha" que eram botões com o
rosto do jogador em preto e branco eram times de São Paulo e Rio de Janeiro, eram lançados
inúmeros times com escalações alteradas, houveram casos de jogadores que foram publicados em
uns três times diferentes.

Já na década de 1970 a estrela criou um novo botão, mais alto, porem mais barato e de menor
qualidade que o famoso "canoinha", eram eles "o estrela chutador" ou "panelinha", após a "Estrela"
lançou a mesma série com escudos dos clubes de futebol do Brasil.
O botão de "Banca de Jornal"
Quase que concomitante ao lançamento dos botões Onze de Ouro, a febre do jogo de botão invadiu
o Brasil e foram lançadas algumas séries denominadas "Craques da Pelota", onde existiam os
"patente requerida" e "marca registrada", brincadeira derivada do fato de vir escrito atrás da
chapinha que prendia o rosto do jogador, estas palavras. Também criaram a série "Ídolos do
Futebol" que além de ser vendida em bancas de jornal, era encontrada também nos grandes
magazines.

O botão "Gulliver"
O último modelo que saiu com o rosto dos jogadores de futebol era a série Gulliver, que veio com
algumas variações, dentre elas um botão chamado "cristal". Estes dois últimos modelos são
vendidos ainda hoje em grandes magazines, porém, apenas com os distintivos de grandes clubes de
futebol e seleções.

Encontramos também os botões de plástico que são dados as crianças para a pratica do jogo de
botão.
Entidades do esporte

A CBFM (Confederação Brasileira de Futebol de Mesa) regula e orienta a prática do esporte no
Brasil. Uma das principais lutas dos praticantes é fazer com que o esporte seja conhecido pelos
leigos como Futebol de Mesa e não como Jogo de Botão, pois essa associação faz com que o
esporte esteja ligado à prática de um jogo infantil o que dificulta seu reconhecimento público como
esporte
e,
consequentemente,
seu
desenvolvimento.
Após o reconhecimento institucional do Futebol de Mesa como esporte, as modalidades passaram
por um crescimento estrutural e conceitual sem precedentes. As federações estaduais foram
organizando-se e ganhando "status" semi-profissional e atualmente, existe uma interligação
estrutural entre os eventos promovidos pelas federações estaduais. A Confederação e as federações
de futebol de mesa (futmesa), desenvolvem campeonatos nacionais e estaduais individuais e por
equipes. Os grandes clubes de futebol têm equipes participando, como Corinthians, Círculo Militar,
Maria Zélia, Nacional, Palmeiras, Rio Branco e Santos em São Paulo e América, Botafogo, Bangu,
Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama no Rio de Janeiro, Goiás em Goiás, curitibanos, Grêmio
Londrinense, Londrina no Paraná,

ALGUMAS FEDERAÇÕES ESTADUAIS
As modalidades - Vide a seção serviços (regras) para ver cada modalidade detalhadamente.

Modalidade Bola 12 Toques
Inicialmente conhecida como "Regra Paulista". Cada partida tem a duração de 20 (vinte) minutos e
é disputada em 2 (duas) fases de 10 (dez) minutos, com intervalo máximo de 5 (cinco) minutos
entre a primeira e segunda fases. Estando um jogador com a posse de bola, este terá direito a um
limite coletivo de 12 (doze) toques, sendo que se até o 12º toque não houver chute a gol, será
punido com tiro livre indireto cobrado do local onde a bola estiver estacionada. Cada botão.
oedecido o limite coletivo de 12 (doze) toques, terá direito a 3 (três) toques ou acionamentos
consecutivos. Se ocorrer um quarto acionamento consecutivo, será punido com tiro livre indireto
cobrado onde ocorreu o toque excedente.
O Campeonato Brasileiro Individual da modalidade Bola 12 Toques é disputado desde o final dos
anos 80, mais precisamente em 1989, dele participam os melhores botonistas da modalidade de
cada Estado do Brasil, que classificam-se para o evento mediante um sistema de "cotas" distribuídas
pela Confederação Brasileira de Futebol de Mesa às federações estaduais.
Vide nossa seção de Campeões Brasileiros de Futebol de Mesa modalidade 12 Toques.
O Campeonato Brasileiro de Clubes da modalidade Bola 12 Toques é disputado desde 2007 com
clubes dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Alagoas e Piauí. Nas três
vezes que foi disputado (2007, 2008 e 2009) a Sociedade Esportiva Palmeiras sagrou-se campeã.
Em 2009 foi realizado na cidade de Budapeste (Hungria) o primeiro Campeonato Mundial da
modalidade Bola 12 Toques, sendo o Brasil campeão por equipes e o atleta Marcos Paulo Liparini
Zuccato, mais conhecido como Quinho, campeão mundial individual.
Modalidade Bola 3 Toques
Inicialmente conhecida como "Regra Carioca". O Campeonato Brasileiro Individual da modalidade
Bola 3 Toques é disputado desde o início do anos 80.
Vide seção dos Campeões Brasileiros de Futebol de Mesa modalidade Bola 3 Toques.
Em 2005 foram criadas as Copas do Brasil Individual e de Clubes sendo Vander Felipe(MG) o 1º
campeão individual, em 2006 Altanir Junior (RJ), em 2007 Lorival Ribeiro (MG), 2008 Evandro
Gomes (MG) e em 2009 Marcus Motta (MG). Na competição de Clubes a Portuguesa (MG)
conquistou o 1º titulo em 2005, em seguida a ACFB (RJ) venceu nos anos de 2006 e 2007, em 2008
o Grêmio Mineiro (MG) e em 2009 o Rio Branco de Americana, deu o primeiro titulo nacional para
o estado de São Paulo.
Modalidade Disco
Inicialmente conhecida como "Regra Baiana". O Campeonato Brasileiro Individual da modalidade
Bola 3 Toques é disputado desde o início do anos 70. Vide a seção dos Campeões Brasileiros de
Futebol de Mesa modalidade disco.
Exterior
O Futebol de Mesa, tal como ele é jogado no Brasil e suas variações, é praticado em diferentes
países, entre eles, Argentina, Uruguai, Chile, Espanha, Hungria, Romênia, República Tcheca,
Sérvia, Croácia, Suíça, Rússia, Ucrânia e Japão.
Sectorball
É um esporte praticado notadamente no leste da Europa com muitos pontos em comum com o
Futebol de Mesa praticado no Brasil. Já foram disputados cinco campeonatos mundiais de
Sectorball sendo o último realizado na Hungria no ano de 2009 pela Federação Internacional de
Sectorball, que estará em 2011 provavelmente promovendo no Brasil junto com a CBFM o 6º
Mundial de Sectorball e o 2º Mundial de Futmesa modalidade 12 toques que hoje é a regra que foi
internacionalizada pela similaridade que existe entre o sector e as modalidades 1 e 3 toques
brasileiros.

Material utilizado

Não fica difícil imaginar porque o nome futebol de mesa é lógico, já que é um futebol com botões
jogado em cima de uma mesa. Então a partir daí se encontrou o material ideal para se jogar, a
madeira. O material utilizado para confecção das mesas hoje é chamado de aglomerado, uma placa
prensada e resistente constituída de partículas da madeira. Com o tempo os botões foram evoluindo
e deixaram de ser apenas botões de roupas e passaram a ser feitos de coco, tampas de relógio, osso,
plástico, fichas de pôquer, galalite até chegarmos aos dias de hoje em que são feitos de acrílico ou
madrepérola sob medida, dependendo do gosto e técnica de cada botonista. Os botões hoje são
feitos em diversas cores, formatos e tamanhos, sempre dentro das medidas mínimas e máximas de
cada regra, alcançando um alto grau de requinte e sofisticação, até mesmo com escudos de times
famosos embutidos. Fazendo com que hoje existam diversas lojas nos estados que praticam a
modalidade especializadas no esporte. Apesar de toda essa evolução, nunca perderam o nome de
botões. Os goleiros também no passado sempre foram sempre improvisados, principalmente com
caixas de fósforo nas quais eram colocados todo tipo de material para que ficasse pesado, como
pedras, barro, chumbo derretido e pilhas usadas. Posteriormente se cobria a caixa de fósforo com
fitas crepes ou isolantes dando um formato bonito ao goleiro, que hoje também é feito com o
mesmo material utilizado nos botões. Já as traves foram os componentes que menos se
transformaram, anteriormente feitas de madeira, cujo material continua sendo utilizado por algumas
modalidades e hoje utiliza-se também o arame feito de ferro galvanizado, pintado de branco. As
redes são feitas de filó. E as palhetas que também eram os próprios botões, depois passaram a ser as
fichas de pôquer ou até tampas de maionese, pois era necessário que fossem mais finas para acionar
os botões. Também são feitas de acrílico ou madrepérola hoje assim como os botões.
A bola mesmo chegou a ser um botão, claro que dos menores, mas depois passou-se a utilizar miolo
de pão, papel laminado e hoje são feitas de feltro ou plástico sob medida também de acordo com
cada regra, podendo ser esféricas ou achatadas.
Hino do botonista

Letra e Música: Geraldo Cardoso Décourt
Esta partitura foi encomendada ao músico Sérgio de Oliveira de Moraes em 1995, exclusivamente
para o livro Botoníssimo, de Ubirajara Godoy Bueno. O MIDI foi gravado pelo músico Hermes
Monteiro, de São Bernardo do Campo - SP.
Botonista eu sou com justo orgulho
Boto muita fé no meu botão
Botonista eu sou com muita honra
Isto é verdade, eu não me arrependo não
Botonista eu sou com persistência
Jogo a qualquer hora com prazer
Pois jogando em qualquer regra! Eu vou praticando o meu lazer - bis Eu jogo limpo, jogo sério sem esbulho,
Pois pra mim adversário considero como irmão
Aviso logo para quem jogar comigo que somente me vencendo poderá ser campeão – bis.

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História do Futebol de Mesa

  • 1. História do Jogo de Botões... Futebol de Mesa Futebol de Mesa o antigo jogo de botão é hoje um esporte de alto rendimento reconhecido pelo Ministério dos Esportes e por uma legião de praticantes no Brasil e no exterior, porem não se sabe com certeza, onde e como surgiu o “jogo de botões”, aquilo que se tornaria o esporte difundido e amado por praticantes e admiradores, com sua diversidade de regras e materiais, vamos tentar falar um pouco do esporte que tanto amamos. Duas brincadeiras de criança que podem ter dado origem ao esporte também: O jogo da pulga, muito praticado na Europa, principalmente na Inglaterra que, consistia em pressionar uma ficha com outra fazendo com que esta saltasse para um determinado alvo, o gol, que seria um recipiente feito de vidro, madeira, plástico ou até papelão, sobre uma superfície lisa coberta por um tecido. Este jogo foi destaque no livro “Os Melhores Jogos do Mundo” da editora Abril. Veja abaixo uma breve descrição extraída do referido livro: “Este jogo de destreza é muito popular em vários países da Europa e nos Estados Unidos, tanto entre as crianças como entre os adultos. Na Inglaterra, por exemplo, existem vários clubes e associações que se destinam exclusivamente à sua prática. Um dos maiores jogadores do país é o Príncipe Charles. A semelhança estaria no fato de que essa ficha pressionada por outra, seria o botão pressionado pela palheta, com a diferença que no jogo da pulga a ficha salta em direção ao alvo, e no futebol de mesa, o botão desliza sobre a mesa para acertar a bola e fazer com que esta, sim, vá até o seu destino que seria a baliza, tendo ainda que transpor uma barreira que é o goleiro.” A outra hipótese, é que poderia ser derivado de um jogo com três tampinhas de garrafa, no qual com o dedo da mão fazia-se com que esta tampinha passasse entre duas outras, por três vezes, sem esbarrar nas demais até chegar ao seu alvo, que seria o gol. A explicação para este jogo evoluir até o futebol de mesa seria que ao invés de empurrar a tampa com o dedo, passou-se a usar uma outra tampa, que seria a palheta, e no lugar da primeira tampa, o botão. E a exemplo do jogo da pulga, onde a ficha altava para o gol, nesse jogo a tampa seria também impulsionada para o gol. Diferentemente do futebol de mesa, o botão atinge a bola para que esta chegue ao gol. Mas o futebol, esporte mais popular do mundo, é quem foi o grande inspirador para a criação do futebol de mesa. Botões de qualquer tipo de roupa, casacos e camisas, foram as primeiras peças utilizadas para se jogar, por isso o nome de futebol de botão. Botões maiores se transformavam nos “zagueiros” e menores viravam “atacantes”, fazendo uma analogia com o futebol. Jogava-se inicialmente nas calçadas que passaram a ser os campos, riscava-se com giz o desenho do campo, porém não deslizavam muito bem e posteriormente passou a se jogar em pisos de cerâmica ou mármore até chegarmos às mesas de jantar, que eram grandes e não precisava se jogar agachado no chão.
  • 2. Geraldo Cardoso Décourt é um dos grandes precursores do que nós conhecemos hoje como futebol de mesa no Brasil; por volta de 1928, Décourt denominou de Celotex, que era o material usado para a confecção dos botões, ao jogo, que ali tinha o seu início enquanto esporte, inclusive com o lançamento do primeiro livro de regras. A regra de futebol de mesa escrita por Geraldo Cardoso Décourt: Vale salientar que ela não é mais utilizada, ela foi inclusive aprimorada e foi fundamental para o esporte. Ela foi noticiada pelo jornal A Noite Esportiva em 1930 em uma reportagem sobre o Celotex: “ O Football Celotex é um sport de mesa, no qual, em cada jogo, tomam parte dois amadores, que por sua vez representam dois teams formados por onze botões, assim distribuídos: um guardião, dois zagueiros, três médios e cinco deanteiros. Como se vê, o número de botões é idêntico ao número de players do Football Association. Para ser iniciado cada match é necessário que os vinte e dois botões estejam nas respectivas posições em mesa e, então, o desfavorecido pelo “toss” dará o “kick-off”, com o centro avante, o qual estenderá um passe para um dos lados, onde um outro botão do mesmo team impulsionará a bola, dando assim início ao jogo. Como se vê, enquanto um segundo botão do team favorecido com a saída inicial não tocar na bola, não valerá goal. Procedida a saída, o outro amador, chamado de B, jogará com um de seus botões uma vez e assim, sucessivamente, um de cada vez até que seja registrada alguma falta. A única ocasião em que cada amador poderá jogar duas vezes seguidas é, pois, no momento da saída do centro. Depois de cada goal a bola deverá ser colocada no centro da mesa, e o team que tiver sido vasado dará a saída. No Football Celotex considera-se foul quando um botão do team A roçar noutro do team B, sem que antes tenha “tocado” na bola. Considera-se hands (coisa raríssima) quando um botão do team A ficar sobre a bola. Neste caso, se for o guardião o infractor, proceder-se-á ordenando um “carring”, valendo goal direto. No foul e no hands valem goals directos, e se as respectivas penalidades forem consignadas dentro da área perigosa ordena-se um penalty. O “out-ball” é batido no lugar onde sair a bola, sendo que para ser valido um goal, procedente desta pena, é preciso que a bola toque em qualquer outro botão, antes de entrar na linha de goal. Nas saídas de goal ou, melhor, nos goal kicks, não será
  • 3. consignado o ponto proveniente da referida falta diretamente, mas sim depois que a bola tenha sido tocada propositalmente. Sempre que houver qualquer falta, os botões poderão ser removidos ou colocados pelas mãos dos patrões em lugares da mesa que este julguem convenientes. Os botões-guardiões só impulsionam a bola nos goal-kicks, e fora disso eles poderão ser colocados pelos patrões em qualquer momento da partida, mas antes que seja desferido o tiro a goal e não depois do tiro ser dado. O tamanho oficial da mesa é de 1m,20 de largura por 2m,40 de comprimento. Essas medidas são de dentro do campo, sendo que a parte que ficar externando a marcação quanto maior for melhor será. As mesas devem ser feitas com um material americano feito das fibras do bagaço da cana-deaçúcar ou, então, de madeira coberta com um pano verde, próprio para cobrir mesas de jogo. Aconselho estes dois exemplos pelo fato de ser necessário que a superfície não seja escorregadia.” Décourt conquistou o reconhecimento e admiração de uma legião de praticantes pela sua incansável dedicação em colocar esse esporte ao lado dos entretenimentos mais populares do Brasil. Nascido em Campinas/SP, foi pintor, escritor, compositor e ainda o inventor do futebol de botão. O dia 14 de fevereiro de 1911, dia do seu nascimento, foi oficializado pelo governador Geraldo Alckmin, em São Paulo, no ano de 2001, como o "Dia do Botonista". Como foi segundo informou Izo Goldmann Em 1998 o Departamento de Futebol de Mesa d’ A Hebraica encaminhou à Federação Paulista de Futebol de Mesa a sugestão para que o dia 14 de fevereiro (data de nascimento de Geraldo Décourt) fosse oficializado como “DIA DO BOTONISTA”. Em 11 de junho do mesmo ano, durante o X Campeonato Brasileiro de Futebol de Mesa, a F.P.F.M. oficializou a data. Em junho de 1999, durante o XI Campeonato Brasileiro de Futebol de Mesa a Federação Paranaense apoiou oficialmente a idéia. Aí começou um trabalho que envolveu o Della Torre, Dona Edda Décourt, Célia Atienza (irmã do Geraldo Atienza) e eu (Izo Goldman). Em 2000 o Deputado Ramiro Meves apresentou o Projeto de Lei 169/2000 que instituía o “Dia do Botonista” a ser comemorado em 14 de fevereiro. Finalmente a Lei Nº 10.833 de 02 de julho de 2001 dizia: “Institui o “Dia do Botonista” O Governador do Estado de São Paulo Faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu promulgo a seguinte lei: Artigo 1º - Fica instituído o “Dia do Botonista”, a ser comemorado, anualmente, no dia 14 de fevereiro. Artigo 2º - Esta lei entra em vigor no dia de sua publicação. Palácio dos Bandeirantes, 02 de julho de 2001. Geraldo Alckmin Marcos Arbaitman – Secretário de Esportes e Turismo João Caramez - Secretário Chefe da Casa Civil Antonio Angarita - Secretário do Governo e Gestão Estratégica. Publicado na Assessoria Técnico-Legislativa aos 02 de julho de 2001
  • 4. Décourt foi um incansável divulgador e organizador de eventos de futebol de mesa, o que propiciou o desenvolvimento do esporte, assim como sua popularização. Ao mesmo tempo Geraldo tem como grande aliado e colaborador Antonio Maria Della Torre que arregaça as mangas e trabalhando como um apaixonado pelo esporte, que era, ajuda a divulgar e fomentar o esporte pelo Brasil afora nas modalidades já existentes sendo que na região norte e nordeste praticava-se a pastilha 1 toque também chamada regra baiana, já na região sudeste e sul praticava-se a modalidade 12 toques então chamada de Regra Paulista e na região sul e sudeste praticava-se a 3 toque sou chamada regra carioca ou confederada. Della Torre foi o grande responsável pelo reconhecimento do Futebol de Mesa como esporte pelo órgão responsável a época o CND, através da Resolução N.º 14, de 29 de setembro de 1988, acatando ao Of. N.º 542/88 e ao Processo N.º 23005.000885/87-18, baseado na Lei N.º 6.251, de 8 de outubro de 1975 e no Decreto N.º 80.228, de 25 de agosto de 1977, assinada pelo seu então Conselheiro-Presidente Manoel José Gomes Tubino, o CND (Conselho Nacional de Desportos) reconhece o Futebol de Mesa como modalidade desportiva praticada no Brasil, como uma vertente dos esportes de salão, no qual se incluem o xadrez e o bilhar, por exemplo. O Futebol de Mesa é praticado oficialmente em três modalidades; três oficiais (Disco, Bola 12 Toques, Bola 3 Toques). Paralelamente a esse incremento de regras e desenvolvimento de materiais cada vez mais adequados à execução do jogo, em diversas regiões do Brasil, mormente nas décadas de 1930 a 1980, várias modalidades eram praticadas, usando-se diversos tipos de botões e superfícies onde os mesmos deslizavam, desde o piso das casas, mesas de jantar, até o famoso “Estrelão”, mesa de jogo sem cavaletes, produzida pela fábrica Estrela, durante os anos 70. Muito famosos ficaram os “botões de osso ou de paletó”, que nada mais eram que os botões retirados dos antigos ternos sociais; dentre esses, uma classe de botões conhecida como “Paulo Caminha” marcou época; depois vieram as “capas de relógios”, que nada mais eram que os “vidros” substituídos dos relógios que iam para conserto e tinham os “vidros” trocados; finalmente, na década de 1950, surgiram os botões industrializados, de plástico, com adesivos colados ao centro, contendo os escudos ou mesmo as faces dos jogadores dos times famosos do Brasil.
  • 5. Os Botões BRIANEZI Foram muito famosos e utilizados em campeonatos promovidos pelo próprio fabricante, que foi um grande incentivador do futebol de mesa. Os botões do Luiz Gonçalves Era um fabricante artezão que fazia os botões em uma loja da 24 de maio no centro de São Paulo. Os "Bolagol" Eram botões fabricados pela "Plásticos Santa Marina" tendo de início o nome "Futebol Miniatura"; vinham em caixas de time simples ou em caixas de times duplos, as caixas eram assim: Caixa dupla com o nome antigo de "Futebol Miniatura" Caixa "BOLAGOL" simples, já com o nome Bolagol Os fabricantes de botões "BOLAGOL" primaram em fazer uma das maiores coleções de times do Brasil e estrangeiros de que se tem notícia, ninguém fabricou tamanha diversificação de times de tantos estados brasileiros; a coleção é composta por aproximadamente 130 equipes entre brasileiras, seleções e estrangeiras.
  • 6. Coleção "Onze de Ouro" A "coleção onze de ouro" foi feita em homenagem às seleções brasileiras de 1958 e 1962, equipes campeãs mundiais, e os times que possuíam jogadores nestas seleções e que tinham maior destaque à época no Brasil, que eram os paulistas; Palmeiras, Santos, São Paulo, Portuguesa e Corinthians; e os cariocas; Flamengo, Botafogo, Vasco, Fluminense e América. Esta coleção teve duas etapas, a primeira em 1964 e a segunda em 1965; eram botões vendidos em bancas de jornal, em pacotinhos com um botão dentro e para se conseguir as palhetas (apertadeiras e outros nomes dependendo do estado), goleiros e as traves (goleiras no sul) era preciso trocar "jogadores chaves" pelos mesmos. A coleção até hoje é procurada pelos colecionadores sedentos por possuir os grandes jogadores de uma época de ouro de nosso futebol. Os botões "Estrela" A Estrela lançou, na década de 50 os conhecidos e procurados "canoinha" que eram botões com o rosto do jogador em preto e branco eram times de São Paulo e Rio de Janeiro, eram lançados inúmeros times com escalações alteradas, houveram casos de jogadores que foram publicados em uns três times diferentes. Já na década de 1970 a estrela criou um novo botão, mais alto, porem mais barato e de menor qualidade que o famoso "canoinha", eram eles "o estrela chutador" ou "panelinha", após a "Estrela" lançou a mesma série com escudos dos clubes de futebol do Brasil.
  • 7. O botão de "Banca de Jornal" Quase que concomitante ao lançamento dos botões Onze de Ouro, a febre do jogo de botão invadiu o Brasil e foram lançadas algumas séries denominadas "Craques da Pelota", onde existiam os "patente requerida" e "marca registrada", brincadeira derivada do fato de vir escrito atrás da chapinha que prendia o rosto do jogador, estas palavras. Também criaram a série "Ídolos do Futebol" que além de ser vendida em bancas de jornal, era encontrada também nos grandes magazines. O botão "Gulliver" O último modelo que saiu com o rosto dos jogadores de futebol era a série Gulliver, que veio com algumas variações, dentre elas um botão chamado "cristal". Estes dois últimos modelos são vendidos ainda hoje em grandes magazines, porém, apenas com os distintivos de grandes clubes de futebol e seleções. Encontramos também os botões de plástico que são dados as crianças para a pratica do jogo de botão.
  • 8. Entidades do esporte A CBFM (Confederação Brasileira de Futebol de Mesa) regula e orienta a prática do esporte no Brasil. Uma das principais lutas dos praticantes é fazer com que o esporte seja conhecido pelos leigos como Futebol de Mesa e não como Jogo de Botão, pois essa associação faz com que o esporte esteja ligado à prática de um jogo infantil o que dificulta seu reconhecimento público como esporte e, consequentemente, seu desenvolvimento. Após o reconhecimento institucional do Futebol de Mesa como esporte, as modalidades passaram por um crescimento estrutural e conceitual sem precedentes. As federações estaduais foram organizando-se e ganhando "status" semi-profissional e atualmente, existe uma interligação estrutural entre os eventos promovidos pelas federações estaduais. A Confederação e as federações de futebol de mesa (futmesa), desenvolvem campeonatos nacionais e estaduais individuais e por equipes. Os grandes clubes de futebol têm equipes participando, como Corinthians, Círculo Militar, Maria Zélia, Nacional, Palmeiras, Rio Branco e Santos em São Paulo e América, Botafogo, Bangu, Flamengo, Fluminense e Vasco da Gama no Rio de Janeiro, Goiás em Goiás, curitibanos, Grêmio Londrinense, Londrina no Paraná, ALGUMAS FEDERAÇÕES ESTADUAIS
  • 9. As modalidades - Vide a seção serviços (regras) para ver cada modalidade detalhadamente. Modalidade Bola 12 Toques Inicialmente conhecida como "Regra Paulista". Cada partida tem a duração de 20 (vinte) minutos e é disputada em 2 (duas) fases de 10 (dez) minutos, com intervalo máximo de 5 (cinco) minutos entre a primeira e segunda fases. Estando um jogador com a posse de bola, este terá direito a um limite coletivo de 12 (doze) toques, sendo que se até o 12º toque não houver chute a gol, será punido com tiro livre indireto cobrado do local onde a bola estiver estacionada. Cada botão. oedecido o limite coletivo de 12 (doze) toques, terá direito a 3 (três) toques ou acionamentos consecutivos. Se ocorrer um quarto acionamento consecutivo, será punido com tiro livre indireto cobrado onde ocorreu o toque excedente. O Campeonato Brasileiro Individual da modalidade Bola 12 Toques é disputado desde o final dos anos 80, mais precisamente em 1989, dele participam os melhores botonistas da modalidade de cada Estado do Brasil, que classificam-se para o evento mediante um sistema de "cotas" distribuídas pela Confederação Brasileira de Futebol de Mesa às federações estaduais. Vide nossa seção de Campeões Brasileiros de Futebol de Mesa modalidade 12 Toques. O Campeonato Brasileiro de Clubes da modalidade Bola 12 Toques é disputado desde 2007 com clubes dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Alagoas e Piauí. Nas três vezes que foi disputado (2007, 2008 e 2009) a Sociedade Esportiva Palmeiras sagrou-se campeã. Em 2009 foi realizado na cidade de Budapeste (Hungria) o primeiro Campeonato Mundial da modalidade Bola 12 Toques, sendo o Brasil campeão por equipes e o atleta Marcos Paulo Liparini Zuccato, mais conhecido como Quinho, campeão mundial individual. Modalidade Bola 3 Toques Inicialmente conhecida como "Regra Carioca". O Campeonato Brasileiro Individual da modalidade Bola 3 Toques é disputado desde o início do anos 80. Vide seção dos Campeões Brasileiros de Futebol de Mesa modalidade Bola 3 Toques. Em 2005 foram criadas as Copas do Brasil Individual e de Clubes sendo Vander Felipe(MG) o 1º campeão individual, em 2006 Altanir Junior (RJ), em 2007 Lorival Ribeiro (MG), 2008 Evandro Gomes (MG) e em 2009 Marcus Motta (MG). Na competição de Clubes a Portuguesa (MG) conquistou o 1º titulo em 2005, em seguida a ACFB (RJ) venceu nos anos de 2006 e 2007, em 2008 o Grêmio Mineiro (MG) e em 2009 o Rio Branco de Americana, deu o primeiro titulo nacional para o estado de São Paulo. Modalidade Disco Inicialmente conhecida como "Regra Baiana". O Campeonato Brasileiro Individual da modalidade Bola 3 Toques é disputado desde o início do anos 70. Vide a seção dos Campeões Brasileiros de Futebol de Mesa modalidade disco. Exterior O Futebol de Mesa, tal como ele é jogado no Brasil e suas variações, é praticado em diferentes países, entre eles, Argentina, Uruguai, Chile, Espanha, Hungria, Romênia, República Tcheca, Sérvia, Croácia, Suíça, Rússia, Ucrânia e Japão.
  • 10. Sectorball É um esporte praticado notadamente no leste da Europa com muitos pontos em comum com o Futebol de Mesa praticado no Brasil. Já foram disputados cinco campeonatos mundiais de Sectorball sendo o último realizado na Hungria no ano de 2009 pela Federação Internacional de Sectorball, que estará em 2011 provavelmente promovendo no Brasil junto com a CBFM o 6º Mundial de Sectorball e o 2º Mundial de Futmesa modalidade 12 toques que hoje é a regra que foi internacionalizada pela similaridade que existe entre o sector e as modalidades 1 e 3 toques brasileiros. Material utilizado Não fica difícil imaginar porque o nome futebol de mesa é lógico, já que é um futebol com botões jogado em cima de uma mesa. Então a partir daí se encontrou o material ideal para se jogar, a madeira. O material utilizado para confecção das mesas hoje é chamado de aglomerado, uma placa prensada e resistente constituída de partículas da madeira. Com o tempo os botões foram evoluindo e deixaram de ser apenas botões de roupas e passaram a ser feitos de coco, tampas de relógio, osso, plástico, fichas de pôquer, galalite até chegarmos aos dias de hoje em que são feitos de acrílico ou madrepérola sob medida, dependendo do gosto e técnica de cada botonista. Os botões hoje são feitos em diversas cores, formatos e tamanhos, sempre dentro das medidas mínimas e máximas de cada regra, alcançando um alto grau de requinte e sofisticação, até mesmo com escudos de times famosos embutidos. Fazendo com que hoje existam diversas lojas nos estados que praticam a modalidade especializadas no esporte. Apesar de toda essa evolução, nunca perderam o nome de botões. Os goleiros também no passado sempre foram sempre improvisados, principalmente com caixas de fósforo nas quais eram colocados todo tipo de material para que ficasse pesado, como pedras, barro, chumbo derretido e pilhas usadas. Posteriormente se cobria a caixa de fósforo com fitas crepes ou isolantes dando um formato bonito ao goleiro, que hoje também é feito com o mesmo material utilizado nos botões. Já as traves foram os componentes que menos se transformaram, anteriormente feitas de madeira, cujo material continua sendo utilizado por algumas modalidades e hoje utiliza-se também o arame feito de ferro galvanizado, pintado de branco. As redes são feitas de filó. E as palhetas que também eram os próprios botões, depois passaram a ser as fichas de pôquer ou até tampas de maionese, pois era necessário que fossem mais finas para acionar os botões. Também são feitas de acrílico ou madrepérola hoje assim como os botões. A bola mesmo chegou a ser um botão, claro que dos menores, mas depois passou-se a utilizar miolo de pão, papel laminado e hoje são feitas de feltro ou plástico sob medida também de acordo com cada regra, podendo ser esféricas ou achatadas.
  • 11. Hino do botonista Letra e Música: Geraldo Cardoso Décourt Esta partitura foi encomendada ao músico Sérgio de Oliveira de Moraes em 1995, exclusivamente para o livro Botoníssimo, de Ubirajara Godoy Bueno. O MIDI foi gravado pelo músico Hermes Monteiro, de São Bernardo do Campo - SP. Botonista eu sou com justo orgulho Boto muita fé no meu botão Botonista eu sou com muita honra Isto é verdade, eu não me arrependo não Botonista eu sou com persistência Jogo a qualquer hora com prazer Pois jogando em qualquer regra! Eu vou praticando o meu lazer - bis Eu jogo limpo, jogo sério sem esbulho, Pois pra mim adversário considero como irmão Aviso logo para quem jogar comigo que somente me vencendo poderá ser campeão – bis.