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INTRODUÇÃO
- Mercado de ações – gerador de lucros âmbito mundial.
- Característica principal: oscilação dos preços (volatilidade).
- Não se trata de um investimento misterioso, mas sim de negócios que utilizam técnicas.
- Em cada transação o operador faz uma projeção dos preços, visando auferir lucros com o
acréscimo ou decréscimo de preço de um ativo.


                                  O QUE É UMA AÇÃO?
- Título de renda variável, emitido por sociedades anônimas e que representa a menor fração do
capital da empresa.
- Conversíveis em dinheiro a qualquer tempo pela negociação na bolsa de valores.
- Os preços das ações de maneira geral oscilam de acordo com a previsão de crescimento ou de
retorno de lucros da empresa.

                                               Insider

                           Profissional                     Fundamentalista




                       Investidor de                             Investidor de
                        longo prazo           PREÇO               curto prazo




                                 Técnico                     Especulador


                                               Leigo


- Negociadas em lotes (100, 1000, etc), podendo ser negociadas também em frações menores
(mercado fracionário).
- Normalmente uma ação é conhecida pela sua sigla. Ex: PETR4, VALE5, GGBR4, BBAS3,
USIM5, POMO4, etc, que indica a empresa e o tipo de ação (ordinária – ON ou preferencial – PN).
       o AÇÕES ORDINÁRIAS (ON): participação nos resultados da empresa e direito de
               voto em assembléias gerais. Menos líquidas.
       o AÇÕES PREFERENCIAIS (PN): prioridade no recebimento de dividendos e
               reembolso de capital no caso de dissolução ou falência. Mais líquidas.
- De maneira geral, faz-se dinheiro na bolsa de valores comprando uma ação quando o preço está
baixo e vendendo-a quando o preço está alto.
- Além de compra e venda simples, há outras formas de se negociar. Exemplo: aluguel de ações e
vendas a descoberto (métodos para ganhar com a queda do preço de um ativo), compra e venda de
opções, mercado a termo, negociação de índice / mini-índice, commodities, etc.
- Mercado acionário é suscetível a várias influências (bolsas externas, política, fatos marcantes,
etc). Mas os gráficos refletem tudo, melhor ainda, muitas vezes antecipadamente.
- Lidando com ações, existe um fato: para alguém ganhar, alguém tem que perder (jogo de soma
zero).
- Faltam as respostas para duas perguntas:

                                          QUANDO COMPRAR?
                                           QUANDO VENDER?
ESCOLAS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO
- ESCOLA FUNDAMENTALISTA – avalia ações considerando basicamente as informações
contábeis (lucro, receita, faturamento, entre outras) e os indicadores da empresa (produção,
investimentos em infra-estrutura, ampliação e recursos humanos). Utilizando-se de um método de
cálculo denominado Fluxo de Caixa Descontado, os analistas determinam o chamado preço justo de
uma ação.
           o Características: dificuldade p/ obter, analisar e interpretar as informações
              (conhecimento), seriedade das análises, tempo hábil da informação e seriedade das
              mesmas, dificuldade em se admitir as crises, custos mais elevados. Se bem realizada,
              a análise dá bons retornos.

- ESCOLA TÉCNICA – Concentra-se em estudar o comportamento dos preços das ações,
interpretando os gráficos. A base teórica da Análise Técnica é que a cotação das ações possui um
padrão de tendências que se repetem. Considera também que os gráficos refletem tudo. É
importante nessa avaliação a observação e a interpretação do histórico das cotações.
           o Características: Dificuldade para interpretação (conhecimento), custos baixos,
               análise de grande número de empresas, timing baixo.


                                  ANÁLISE TÉCNICA
- “É o estudo do movimento do mercado, principalmente através do uso de gráficos, com o
propósito de prever a tendência futura dos preços.” (John J. Murphy)
- Oriente: Munehisa Homma (1724 – 1803) – Início da utilização de gráficos “candlestick” no
Japão.
- Bolsa de arroz de Osaka – 1654. A partir de 1710, passaram a ser negociados “cupons de arroz”
ou “cestas vazias”, que não necessariamente significavam a posse do arroz físico (primeiro mercado
futuro).
- Início no ocidente: Charles Henry Dow (1851 – 1902) – Lançou as bases da análise técnica.
Associou-se com Edward Jones em 1882 e fundaram a “Dow Jones & Company”, divulgando em
um informe financeiro cotações e notícias sobre o mercado da bolsa de NY. Passou a utilizar em
1884 a média de preços de um grupo de ações para prever a tendência de mercado como um todo.
- Teoria de Dow: determina mudanças nos movimentos principais ou de longo prazo do mercado.
Preocupa-se com a direção do movimento, não com sua duração ou amplitude.
- Samuel A. Nelson: após a morte de Dow, compilou tudo a respeito de sua teoria e lançou em
livros a base da Teoria de Dow.




                                    TEORIA DE DOW
   1.   As médias e os preços descontam tudo.
   2.   Há três tipos de movimento: curto prazo, médio prazo e longo prazo.
   3.   As tendências do mercado são divididas em: primária, secundária e terciária.
   4.   O mercado de alta compõe-se de três fases: acumulação, alta e euforia. Ex: FJTA4.




                                                                                                2
“Mercados altistas nascem do pessimismo, crescem no ceticismo,
                                                amadurecem no otimismo e morrem na euforia.”
                                                                           Sir John Templeton

   5. O mercado de baixa compõe-se de três fases: distribuição, baixa e pânico. Ex: EMBR3.




   6. As médias devem se confirmar.
   7. O volume acompanha a tendência (tendência forte – volume forte, tendência fraca – volume
      fraco).
   8. Usar somente preços de fechamento.
   9. Deve-se presumir que uma tendência será mantida até que se tenha uma sinalização
      definitiva de sua reversão.
                                      O GRÁFICO
- Principal ferramenta da análise técnica. Representação da atividade do preço de um ativo
durante um período de tempo.
- Gráfico cartesiano, sendo a abscissa (x) o tempo e a ordenada (y) o preço.
- Obs: em qualquer gráfico, o preço mais importante é o de FECHAMENTO.
- Tipos de gráficos:


                                                                                             3
GRÁFICO DE LINHA




       o Representa somente o preço de fechamento de cada período. É pouco utilizado. Ex:
         PCAR4.

GRÁFICO DE BARRAS




       o Era o único gráfico no mercado ocidental até a década de 90. Ex: VALE5.
       o Cada barra vertical representa um determinado período.




                              Máxima
                                                    Fechamento

                           Abertura
                                                  Mínima


       o Corpo da barra: oscilação do preço ocorrida no período (visualização do preço
         máximo e mínimo).
       o Preço de abertura e fechamento expressos respectivamente à esquerda e direita da
         barra por um traço horizontal.

                                                                                       4
GRÁFICO CANDLESTICK




          o Existente no Japão desde o século XVIII. Foi introduzido no mercado ocidental na
            década de 90. Ex: VALE5.
          o Segue o raciocínio do de linha e é o mais utilizado e mais eficiente.
          o Cada candle representa um determinado período, de acordo com o perfil do analista.

                  Máxima                    Sombra                    Máxima
                Fechamento                  superior
                                                                      Abertura

                                            Corpo do
                                             candle

                 Abertura                                            Fechamento
                                            Sombra
                  Mínima                    inferior                   Mínima

          o Preços máximos e mínimos normalmente representados pelas sombras superior e
              inferior.
          o Corpo do candle: indica o intervalo entre os preços de abertura e fechamento do
              período. Normalmente usa as cores branco x preto ou verde x vermelho.
          o Quando o fechamento é mais alto do que a abertura, o corpo é de cor positiva.
Quando a abertura é mais alta do que o fechamento, a cor é negativa.


                                       ESCALAS
- O gráfico pode utilizar dois tipos de escala:
         o ESCALA ARITMÉTICA OU LINEAR: intervalos de preços iguais são
             representados com tamanhos iguais. Ex: de 1 para 2 = de 3 para 4. É a que fica
             melhor pra visualizar as projeções.
         o ESCALA LOGARÍTMICA OU SEMI-LOGARÍTMICA: tamanhos iguais
             representam porcentagens iguais. Ex: de 1 para 2 = de 2 para 4 (100%). Ex: VALE5.




                                                                                            5
Escala arirmética                            Escala logarítmica



                                  PERIODICIDADES
- Os gráficos podem ter periodicidades distintas:
      - MENSAL
         - SEMANAL
            - DIÁRIA
               - INTRADIÁRIA




          Gráfico mensal – PCAR4                    Gráfico semanal – GOLL4




                                                                                6
Gráfico diário – BISA3                      Gráfico intradiário (15 min) – ELET6

- Dependendo da estratégia de negociação (longo / médio / curto / curtíssimo prazo) cada
periodicidade será mais adequada.
- Convém que seja analisado o gráfico com a periodicidade da estratégia considerada e a
imediatamente superior a esta. Ex: se vamos fazer uma operação de curto prazo, verificamos o
gráfico diário e o semanal; se for de curtíssimo prazo, verificamos o gráfico intradiário e o diário.


                                          VOLUME
- O volume de negócios é uma informação das mais importantes e é estudado juntamente com a
variação dos preços. Verifica-se a liquidez de um papel pelo volume negociado. Através da relação
do volume com o preço e com as formações gráficas diversas, conclusões podem ser tiradas visando
projetar os preços. Ex: CSNA3.




                           SUPORTES E RESISTÊNCIAS
- SUPORTES são níveis de preço onde as compras são fortes o suficientes para interromper ou
até reverter um processo de queda, gerando um ponto de retorno. Ex: GOLL4.




                                                                                                   7
- RESISTÊNCIAS: o inverso dos suportes. As vendas são fortes e interrompem ou revertem uma
alta. Ex: NATU3.




- Os níveis de suporte e resistência são justificados pela memória do mercado, ou dos
investidores, que mantém os níveis de preço em determinado ponto.
- Quando o preço se alterna entre um suporte e uma resistência cria-se uma CONGESTÃO.
- Quanto mais longa for uma área de suporte ou resistência, maior será sua força.
- Quanto maior a amplitude, maior a força da congestão.
- O volume confirma os níveis de suporte e resistência. Volume forte – nível forte.


                                   TENDÊNCIAS
- Os preços têm sempre uma inércia, que chamamos de tendência. Normalmente não há quebras
abruptas na continuidade dos preços.
- TENDÊNCIA DE ALTA: sucessão de topos e fundos ascendentes.




                                                                                        8
- TENDÊNCIA DE BAIXA: sucessão de topos e fundos descendentes.




- TENDÊNCIA LATERAL OU DE LADO: topos e fundos de mesmo nível (congestão).




- PERIODICIDADES DAS TENDÊNCIAS CONFLITANTES: dentro das tendências primária,
secundária e terciária podemos visualizar diferentes movimentos (longo, médio e curto prazo). Ex:
CSNA3.




- LINHAS DE TENDÊNCIA: podem ser de ALTA ou de BAIXA.
       o LINHA DE TENDÊNCIA DE ALTA (LTA) é a reta de suporte inclinada que mostra
          a subida dos preços, sendo direcionada para cima.
       o LINHA DE RETORNO: juntamente com a LTA ou LTB forma um canal, que pode
          ser de alta ou baixa. Ex: ALLL11.




          o LINHA DE TENDÊNCIA DE BAIXA (LTB) é a reta de resistência inclinada para
            baixo. Ex: BISA3.


                                                                                               9
- Qual a importância das tendências?
           o Elas irão dizer, em linhas gerais, se é hora de entrar, sair ou se manter no mercado.
               Desta forma consegue-se fazer o capital subir.
- O bom investidor aproveita bem a tendência corrente e sabe identificar corretamente os
momentos de reversão.
- Importante lembrar que é teoricamente impossível comprar na mínima e vender na máxima; só
se consegue isso por acaso.
- Para identificar melhor estes momentos de reversão há diversas ferramentas, que serão a tônica
de nosso estudo.
- Como aproveitar as tendências?

          o O sinal é dado quando a linha de tendência é rompida. Ex: BISA3.




          o Após o rompimento, a tendência pode reverter de vez ou entrar em tendência lateral
            antes disso.
          o Confirmar a mudança de tendência com outro indicador.


                                 ONDAS DE ELLIOT
- Ralph Nelson Elliot desenvolveu sua teoria das ondas na década de 30. Segundo ele, o
movimento do preço sempre segue o seguinte padrão:
         o A tendência principal é composta por cinco ondas (três de alta e duas de baixa);
         o A correção da tendência principal tem três ondas.

                                                                                               10
5        b
                                                      a
                                                              c
                                      3    4


                             1
                                  2

          o Um ciclo completo é, portanto, composto por oito ondas.
          o Esta estrutura existe na alta e na baixa.



                            FORMAÇÕES GRÁFICAS
- Ao registrar os preços, o gráfico desenha diversas formações que podem significar padrões de
continuidade ou reversão de uma tendência.
- A tendência inercial dos preços normalmente não é quebrada abruptamente, salvo em alguns
casos de desdobramentos ou agrupamentos de ações ou ainda por GAPS (situação de
descontinuidade dos preços).
- Não há fórmula exata para identificação de figuras. O gráfico nos induz a um raciocínio que
tende a acontecer.

                        PADRÕES COM ALVOS DEFINIDOS

- TRIÂNGULOS – São áreas de congestão de preços cujos limites convergem para a direita.
Normalmente o volume de negócios cai. Ao se aproximar do vértice, o preço rompe para um dos
lados.
        o Projeção de preços: num triângulo, depois que um dos limites é rompido, o preço
            projeta-se na direção do rompimento no mesmo valor da maior amplitude vertical do
            triângulo.
        o Os triângulos podem ser:
                    Triângulo simétrico: lados com mesmo ângulo de inclinação. Ex: USIM5.




                     Triângulo ascendente: lado superior paralelo ao eixo X.
                     Triângulo descendente: lado inferior paralelo ao eixo X. Ex: UOLL4.




                                                                                           11
- RETÂNGULOS – São áreas de congestão de preços bem delimitadas em suportes e resistências.
Reflete grande equilíbrio no mercado entre as forças oponentes. Ex: SDIA4.




          o Volume diminui durante a formação do retângulo.
          o Pode aparecer também como padrão de reversão de tendência.
          o Projeção de preços: pode-se estabelecer como objetivo mínimo após o rompimento
            do suporte ou resistência a projeção de sua amplitude de preços.

- CUNHAS – Flutuações de preços que ocorrem dentro de linhas convergentes inclinadas na
mesma direção, para cima ou para baixo. Rompimento geralmente ocorre na direção oposta à
cunha. Ex: FJTA4.




                                                                                        12
o Uma cunha inclinada para cima (cunha ascendente) é baixista; para baixo (cunha
            descendente) é altista.
          o Projeção de preços: amplitude a partir do início da cunha até seu vértice a partir do
            rompimento.

- BANDEIRAS E FLÂMULAS – São resistências dentro de um canal de alta, após uma
subida/descida rápida dos preços (mastro).
           o As bandeiras e flâmulas demoram de uma a três semanas para se formar e o volume
              diminui durante a formação.
           o Projeção de preços: tamanho do mastro a partir do rompimento, ficando a bandeira
              ou flâmula no meio do caminho. Ex: GGBR4.




                            Flâmula e bandeira – CNFB4 e BBAS13


                    PADRÕES DE REVERSÃO DE TENDÊNCIA

                                                                                              13
- OMBRO – CABEÇA – OMBRO (OCO) – Formação gráfica que indica que os preços perderam
a força da tendência que seguiam, tendendo a mudar de rumo.
            o Em um OCO, mostra-se que a sucessão de topos / fundos foi interrompida,
               formando-se um topo/fundo no sentido contrário, que é o segundo ombro.
            o Projeção de preços: amplitude do topo da cabeça até a linha de pescoço projetada a
               partir do rompimento da linha de pescoço dá o objetivo mínimo. Ex: BOBR4.




- TOPOS E FUNDOS DUPLOS E TRIPLOS – Formação gráfica semelhante ao OCO, que indica
perda na força da tendência corrente.
           o A subida / descida de preços se depara com um suporte/resistência, indicando que o
               preço perdeu a força que seguia, entrando em congestão (tendência lateral) até
               reverter a tendência. É o modo natural da reversão de uma tendência.
           o Projeção de preços: amplitude do vale entre os topos e fundos da formação projetada
               a partir do rompimento do canal dá o objetivo mínimo. Ex: BRKM5.




- GAP: “salto” de preços; intervalo de valores onde não houve negociação de ativos. Ex:
VAGV4.




                                                                                             14
Gaps




          o Pode ser de quatro tipos:
              - Gap de área
                  - Gap de fuga (ou de perfuração ou de corte)
                      - Gap de medida (ou continuação)
                         - Gap de exaustão


                       Gap de exaustão
                                                            Gap de fuga
                       Gap de medida



                      Gap de fuga
                                                                 resistência

                                              Gap de área

                                                                 suporte

          o Pode ser difícil de se verificar o tipo de gap (medida ou exaustão).
          o Contextualizar junto a outros indicadores. Importante entender o motivo e prováveis
            consequências de um gap.
          o Muitos analistas dizem que um gap sempre tende a ser fechado.

- ILHA DE REVERSÃO – Congestão pequena e compacta, isolada do movimento que leva à sua
formação por um gap de exaustão e do movimento da direção oposta por um gap de fuga. Não é
muito comum.
          o Projeção de preços: a ilha de reversão muda o movimento corrente no mesmo
             tamanho do movimento terciário que o antecedeu.




                                                                                            15
Ilha de
                       Gap de exaustão                         reversão

                                                              Gap de fuga




                                   Ilha de reversão – TNLP4


                                TIPOS DE CANDLES
- DIAS LONGOS (LONG DAYS): forte movimento de preço da abertura até o fechamento.
Indica alta volatilidade.




- MARUBOZU: expressão japonesa que significa “careca”. Candle sem sombras. Predomínio
completo de forças compradoras (alta) ou vendedoras (baixa). Se acompanhar a tendência vigente,
deve-se esperar continuidade do movimento. Se contrário, pode-se esperar que haja reversão do
movimento.




- DIAS CURTOS (SHORT DAYS): equilíbrio no mercado, indefinição.


                                                                                            16
- SPINNING TOPS (PEÃO GIRATÓRIO): equilíbrio entre compradores e vendedores com forte
oscilação de preços. Alta volatilidade e instabilidade.




- DOJI: Preços de abertura e fechamento iguais. Significa instabilidade no mercado; a massa está
definindo para onde vai. Pode ser tipo star, tumba (gravestone) ou libélula (dragonfly).




- MARTELO E ENFORCADO: candles com corpos pequenos e sombras inferiores grandes
(dobro do corpo). Se num fundo, chama-se martelo; se num topo, chama-se enforcado.




          o Se o martelo for de alta e o enforcado for de baixa, há maior probabilidade de
            reversão.
          o Se o volume for alto, o significado é maior.
          o Melhor aguardar a confirmação da mudança.

- ESTRELA CADENTE E MARTELO INVERTIDO: inverso dos martelos e enforcados. Se num
fundo, chama-se martelo invertido; se num topo, chama-se estrela cadente.




    SINAIS DE REVERSÃO MOSTRADOS POR CANDLES COMBINADOS
- Candles combinados podem significar reversão de tendência.
- Obs: não significam reversão imediata. Um dia pode não significar nada.
- Para que se considerem formações de candles, é necessário que se entenda qual é o significado
de mercado e o novo impulso que estas formações trazem.
- São mais importantes para o curto prazo (swing-trade e day-trade). A longo prazo perdem sua
importância.


                                                                                             17
o ENGOLFO: Combinação de dois candles: um primeiro menor e um segundo que
  “engole” o anterior, revertendo a tendência vigente. Preço abre em gap e reverte. Os
  dois candles são de cores diferentes.




          Nos engolfos, o primeiro candle segue a tendência corrente com um candle
          curto e o segundo a reverte com um candle longo.
          Se “fagocita” até as sombras do anterior, seu significado é mais importante.
          Quanto maior a diferença entre os corpos, maior será a tendência de reversão.

o NUVEM NEGRA (TOPO) E LINHA PENETRANTE ou PIERCING (FUNDO):
  São dois candles longos. O 1º dia segue a tendência, o 2º dia abre com gap no
  sentido da tendência e a reverte até mais da metade do corpo do 1º candle, indicando
  virada na dominância do mercado, fechando o dia com corpo de cor oposta ao
  primeiro.




o HARAMI (MULHER GRÁVIDA): Combinação de dois candles que são o inverso
  dos engolfos; também reverte movimentos de alta ou de baixa. O primeiro candle é
  maior e segue a tendência; o segundo é um candle curto e de cor oposta ao primeiro.
  O segundo candle pode ser um Doji.




o ESTRELAS: Combinação de 3 candles. O 1º é longo, seguindo a tendência; o 2º é
  um candle curto em gap e o 3º é de cor inversa à do primeiro. Quando em um fundo,
  é “estrela da manhã” e quando num topo é “estrela da tarde”.




                          VAMO QUE VAMO!


                                                                                    18

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Grafismo

  • 1. INTRODUÇÃO - Mercado de ações – gerador de lucros âmbito mundial. - Característica principal: oscilação dos preços (volatilidade). - Não se trata de um investimento misterioso, mas sim de negócios que utilizam técnicas. - Em cada transação o operador faz uma projeção dos preços, visando auferir lucros com o acréscimo ou decréscimo de preço de um ativo. O QUE É UMA AÇÃO? - Título de renda variável, emitido por sociedades anônimas e que representa a menor fração do capital da empresa. - Conversíveis em dinheiro a qualquer tempo pela negociação na bolsa de valores. - Os preços das ações de maneira geral oscilam de acordo com a previsão de crescimento ou de retorno de lucros da empresa. Insider Profissional Fundamentalista Investidor de Investidor de longo prazo PREÇO curto prazo Técnico Especulador Leigo - Negociadas em lotes (100, 1000, etc), podendo ser negociadas também em frações menores (mercado fracionário). - Normalmente uma ação é conhecida pela sua sigla. Ex: PETR4, VALE5, GGBR4, BBAS3, USIM5, POMO4, etc, que indica a empresa e o tipo de ação (ordinária – ON ou preferencial – PN). o AÇÕES ORDINÁRIAS (ON): participação nos resultados da empresa e direito de voto em assembléias gerais. Menos líquidas. o AÇÕES PREFERENCIAIS (PN): prioridade no recebimento de dividendos e reembolso de capital no caso de dissolução ou falência. Mais líquidas. - De maneira geral, faz-se dinheiro na bolsa de valores comprando uma ação quando o preço está baixo e vendendo-a quando o preço está alto. - Além de compra e venda simples, há outras formas de se negociar. Exemplo: aluguel de ações e vendas a descoberto (métodos para ganhar com a queda do preço de um ativo), compra e venda de opções, mercado a termo, negociação de índice / mini-índice, commodities, etc. - Mercado acionário é suscetível a várias influências (bolsas externas, política, fatos marcantes, etc). Mas os gráficos refletem tudo, melhor ainda, muitas vezes antecipadamente. - Lidando com ações, existe um fato: para alguém ganhar, alguém tem que perder (jogo de soma zero). - Faltam as respostas para duas perguntas: QUANDO COMPRAR? QUANDO VENDER?
  • 2. ESCOLAS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTO - ESCOLA FUNDAMENTALISTA – avalia ações considerando basicamente as informações contábeis (lucro, receita, faturamento, entre outras) e os indicadores da empresa (produção, investimentos em infra-estrutura, ampliação e recursos humanos). Utilizando-se de um método de cálculo denominado Fluxo de Caixa Descontado, os analistas determinam o chamado preço justo de uma ação. o Características: dificuldade p/ obter, analisar e interpretar as informações (conhecimento), seriedade das análises, tempo hábil da informação e seriedade das mesmas, dificuldade em se admitir as crises, custos mais elevados. Se bem realizada, a análise dá bons retornos. - ESCOLA TÉCNICA – Concentra-se em estudar o comportamento dos preços das ações, interpretando os gráficos. A base teórica da Análise Técnica é que a cotação das ações possui um padrão de tendências que se repetem. Considera também que os gráficos refletem tudo. É importante nessa avaliação a observação e a interpretação do histórico das cotações. o Características: Dificuldade para interpretação (conhecimento), custos baixos, análise de grande número de empresas, timing baixo. ANÁLISE TÉCNICA - “É o estudo do movimento do mercado, principalmente através do uso de gráficos, com o propósito de prever a tendência futura dos preços.” (John J. Murphy) - Oriente: Munehisa Homma (1724 – 1803) – Início da utilização de gráficos “candlestick” no Japão. - Bolsa de arroz de Osaka – 1654. A partir de 1710, passaram a ser negociados “cupons de arroz” ou “cestas vazias”, que não necessariamente significavam a posse do arroz físico (primeiro mercado futuro). - Início no ocidente: Charles Henry Dow (1851 – 1902) – Lançou as bases da análise técnica. Associou-se com Edward Jones em 1882 e fundaram a “Dow Jones & Company”, divulgando em um informe financeiro cotações e notícias sobre o mercado da bolsa de NY. Passou a utilizar em 1884 a média de preços de um grupo de ações para prever a tendência de mercado como um todo. - Teoria de Dow: determina mudanças nos movimentos principais ou de longo prazo do mercado. Preocupa-se com a direção do movimento, não com sua duração ou amplitude. - Samuel A. Nelson: após a morte de Dow, compilou tudo a respeito de sua teoria e lançou em livros a base da Teoria de Dow. TEORIA DE DOW 1. As médias e os preços descontam tudo. 2. Há três tipos de movimento: curto prazo, médio prazo e longo prazo. 3. As tendências do mercado são divididas em: primária, secundária e terciária. 4. O mercado de alta compõe-se de três fases: acumulação, alta e euforia. Ex: FJTA4. 2
  • 3. “Mercados altistas nascem do pessimismo, crescem no ceticismo, amadurecem no otimismo e morrem na euforia.” Sir John Templeton 5. O mercado de baixa compõe-se de três fases: distribuição, baixa e pânico. Ex: EMBR3. 6. As médias devem se confirmar. 7. O volume acompanha a tendência (tendência forte – volume forte, tendência fraca – volume fraco). 8. Usar somente preços de fechamento. 9. Deve-se presumir que uma tendência será mantida até que se tenha uma sinalização definitiva de sua reversão. O GRÁFICO - Principal ferramenta da análise técnica. Representação da atividade do preço de um ativo durante um período de tempo. - Gráfico cartesiano, sendo a abscissa (x) o tempo e a ordenada (y) o preço. - Obs: em qualquer gráfico, o preço mais importante é o de FECHAMENTO. - Tipos de gráficos: 3
  • 4. GRÁFICO DE LINHA o Representa somente o preço de fechamento de cada período. É pouco utilizado. Ex: PCAR4. GRÁFICO DE BARRAS o Era o único gráfico no mercado ocidental até a década de 90. Ex: VALE5. o Cada barra vertical representa um determinado período. Máxima Fechamento Abertura Mínima o Corpo da barra: oscilação do preço ocorrida no período (visualização do preço máximo e mínimo). o Preço de abertura e fechamento expressos respectivamente à esquerda e direita da barra por um traço horizontal. 4
  • 5. GRÁFICO CANDLESTICK o Existente no Japão desde o século XVIII. Foi introduzido no mercado ocidental na década de 90. Ex: VALE5. o Segue o raciocínio do de linha e é o mais utilizado e mais eficiente. o Cada candle representa um determinado período, de acordo com o perfil do analista. Máxima Sombra Máxima Fechamento superior Abertura Corpo do candle Abertura Fechamento Sombra Mínima inferior Mínima o Preços máximos e mínimos normalmente representados pelas sombras superior e inferior. o Corpo do candle: indica o intervalo entre os preços de abertura e fechamento do período. Normalmente usa as cores branco x preto ou verde x vermelho. o Quando o fechamento é mais alto do que a abertura, o corpo é de cor positiva. Quando a abertura é mais alta do que o fechamento, a cor é negativa. ESCALAS - O gráfico pode utilizar dois tipos de escala: o ESCALA ARITMÉTICA OU LINEAR: intervalos de preços iguais são representados com tamanhos iguais. Ex: de 1 para 2 = de 3 para 4. É a que fica melhor pra visualizar as projeções. o ESCALA LOGARÍTMICA OU SEMI-LOGARÍTMICA: tamanhos iguais representam porcentagens iguais. Ex: de 1 para 2 = de 2 para 4 (100%). Ex: VALE5. 5
  • 6. Escala arirmética Escala logarítmica PERIODICIDADES - Os gráficos podem ter periodicidades distintas: - MENSAL - SEMANAL - DIÁRIA - INTRADIÁRIA Gráfico mensal – PCAR4 Gráfico semanal – GOLL4 6
  • 7. Gráfico diário – BISA3 Gráfico intradiário (15 min) – ELET6 - Dependendo da estratégia de negociação (longo / médio / curto / curtíssimo prazo) cada periodicidade será mais adequada. - Convém que seja analisado o gráfico com a periodicidade da estratégia considerada e a imediatamente superior a esta. Ex: se vamos fazer uma operação de curto prazo, verificamos o gráfico diário e o semanal; se for de curtíssimo prazo, verificamos o gráfico intradiário e o diário. VOLUME - O volume de negócios é uma informação das mais importantes e é estudado juntamente com a variação dos preços. Verifica-se a liquidez de um papel pelo volume negociado. Através da relação do volume com o preço e com as formações gráficas diversas, conclusões podem ser tiradas visando projetar os preços. Ex: CSNA3. SUPORTES E RESISTÊNCIAS - SUPORTES são níveis de preço onde as compras são fortes o suficientes para interromper ou até reverter um processo de queda, gerando um ponto de retorno. Ex: GOLL4. 7
  • 8. - RESISTÊNCIAS: o inverso dos suportes. As vendas são fortes e interrompem ou revertem uma alta. Ex: NATU3. - Os níveis de suporte e resistência são justificados pela memória do mercado, ou dos investidores, que mantém os níveis de preço em determinado ponto. - Quando o preço se alterna entre um suporte e uma resistência cria-se uma CONGESTÃO. - Quanto mais longa for uma área de suporte ou resistência, maior será sua força. - Quanto maior a amplitude, maior a força da congestão. - O volume confirma os níveis de suporte e resistência. Volume forte – nível forte. TENDÊNCIAS - Os preços têm sempre uma inércia, que chamamos de tendência. Normalmente não há quebras abruptas na continuidade dos preços. - TENDÊNCIA DE ALTA: sucessão de topos e fundos ascendentes. 8
  • 9. - TENDÊNCIA DE BAIXA: sucessão de topos e fundos descendentes. - TENDÊNCIA LATERAL OU DE LADO: topos e fundos de mesmo nível (congestão). - PERIODICIDADES DAS TENDÊNCIAS CONFLITANTES: dentro das tendências primária, secundária e terciária podemos visualizar diferentes movimentos (longo, médio e curto prazo). Ex: CSNA3. - LINHAS DE TENDÊNCIA: podem ser de ALTA ou de BAIXA. o LINHA DE TENDÊNCIA DE ALTA (LTA) é a reta de suporte inclinada que mostra a subida dos preços, sendo direcionada para cima. o LINHA DE RETORNO: juntamente com a LTA ou LTB forma um canal, que pode ser de alta ou baixa. Ex: ALLL11. o LINHA DE TENDÊNCIA DE BAIXA (LTB) é a reta de resistência inclinada para baixo. Ex: BISA3. 9
  • 10. - Qual a importância das tendências? o Elas irão dizer, em linhas gerais, se é hora de entrar, sair ou se manter no mercado. Desta forma consegue-se fazer o capital subir. - O bom investidor aproveita bem a tendência corrente e sabe identificar corretamente os momentos de reversão. - Importante lembrar que é teoricamente impossível comprar na mínima e vender na máxima; só se consegue isso por acaso. - Para identificar melhor estes momentos de reversão há diversas ferramentas, que serão a tônica de nosso estudo. - Como aproveitar as tendências? o O sinal é dado quando a linha de tendência é rompida. Ex: BISA3. o Após o rompimento, a tendência pode reverter de vez ou entrar em tendência lateral antes disso. o Confirmar a mudança de tendência com outro indicador. ONDAS DE ELLIOT - Ralph Nelson Elliot desenvolveu sua teoria das ondas na década de 30. Segundo ele, o movimento do preço sempre segue o seguinte padrão: o A tendência principal é composta por cinco ondas (três de alta e duas de baixa); o A correção da tendência principal tem três ondas. 10
  • 11. 5 b a c 3 4 1 2 o Um ciclo completo é, portanto, composto por oito ondas. o Esta estrutura existe na alta e na baixa. FORMAÇÕES GRÁFICAS - Ao registrar os preços, o gráfico desenha diversas formações que podem significar padrões de continuidade ou reversão de uma tendência. - A tendência inercial dos preços normalmente não é quebrada abruptamente, salvo em alguns casos de desdobramentos ou agrupamentos de ações ou ainda por GAPS (situação de descontinuidade dos preços). - Não há fórmula exata para identificação de figuras. O gráfico nos induz a um raciocínio que tende a acontecer. PADRÕES COM ALVOS DEFINIDOS - TRIÂNGULOS – São áreas de congestão de preços cujos limites convergem para a direita. Normalmente o volume de negócios cai. Ao se aproximar do vértice, o preço rompe para um dos lados. o Projeção de preços: num triângulo, depois que um dos limites é rompido, o preço projeta-se na direção do rompimento no mesmo valor da maior amplitude vertical do triângulo. o Os triângulos podem ser: Triângulo simétrico: lados com mesmo ângulo de inclinação. Ex: USIM5. Triângulo ascendente: lado superior paralelo ao eixo X. Triângulo descendente: lado inferior paralelo ao eixo X. Ex: UOLL4. 11
  • 12. - RETÂNGULOS – São áreas de congestão de preços bem delimitadas em suportes e resistências. Reflete grande equilíbrio no mercado entre as forças oponentes. Ex: SDIA4. o Volume diminui durante a formação do retângulo. o Pode aparecer também como padrão de reversão de tendência. o Projeção de preços: pode-se estabelecer como objetivo mínimo após o rompimento do suporte ou resistência a projeção de sua amplitude de preços. - CUNHAS – Flutuações de preços que ocorrem dentro de linhas convergentes inclinadas na mesma direção, para cima ou para baixo. Rompimento geralmente ocorre na direção oposta à cunha. Ex: FJTA4. 12
  • 13. o Uma cunha inclinada para cima (cunha ascendente) é baixista; para baixo (cunha descendente) é altista. o Projeção de preços: amplitude a partir do início da cunha até seu vértice a partir do rompimento. - BANDEIRAS E FLÂMULAS – São resistências dentro de um canal de alta, após uma subida/descida rápida dos preços (mastro). o As bandeiras e flâmulas demoram de uma a três semanas para se formar e o volume diminui durante a formação. o Projeção de preços: tamanho do mastro a partir do rompimento, ficando a bandeira ou flâmula no meio do caminho. Ex: GGBR4. Flâmula e bandeira – CNFB4 e BBAS13 PADRÕES DE REVERSÃO DE TENDÊNCIA 13
  • 14. - OMBRO – CABEÇA – OMBRO (OCO) – Formação gráfica que indica que os preços perderam a força da tendência que seguiam, tendendo a mudar de rumo. o Em um OCO, mostra-se que a sucessão de topos / fundos foi interrompida, formando-se um topo/fundo no sentido contrário, que é o segundo ombro. o Projeção de preços: amplitude do topo da cabeça até a linha de pescoço projetada a partir do rompimento da linha de pescoço dá o objetivo mínimo. Ex: BOBR4. - TOPOS E FUNDOS DUPLOS E TRIPLOS – Formação gráfica semelhante ao OCO, que indica perda na força da tendência corrente. o A subida / descida de preços se depara com um suporte/resistência, indicando que o preço perdeu a força que seguia, entrando em congestão (tendência lateral) até reverter a tendência. É o modo natural da reversão de uma tendência. o Projeção de preços: amplitude do vale entre os topos e fundos da formação projetada a partir do rompimento do canal dá o objetivo mínimo. Ex: BRKM5. - GAP: “salto” de preços; intervalo de valores onde não houve negociação de ativos. Ex: VAGV4. 14
  • 15. Gaps o Pode ser de quatro tipos: - Gap de área - Gap de fuga (ou de perfuração ou de corte) - Gap de medida (ou continuação) - Gap de exaustão Gap de exaustão Gap de fuga Gap de medida Gap de fuga resistência Gap de área suporte o Pode ser difícil de se verificar o tipo de gap (medida ou exaustão). o Contextualizar junto a outros indicadores. Importante entender o motivo e prováveis consequências de um gap. o Muitos analistas dizem que um gap sempre tende a ser fechado. - ILHA DE REVERSÃO – Congestão pequena e compacta, isolada do movimento que leva à sua formação por um gap de exaustão e do movimento da direção oposta por um gap de fuga. Não é muito comum. o Projeção de preços: a ilha de reversão muda o movimento corrente no mesmo tamanho do movimento terciário que o antecedeu. 15
  • 16. Ilha de Gap de exaustão reversão Gap de fuga Ilha de reversão – TNLP4 TIPOS DE CANDLES - DIAS LONGOS (LONG DAYS): forte movimento de preço da abertura até o fechamento. Indica alta volatilidade. - MARUBOZU: expressão japonesa que significa “careca”. Candle sem sombras. Predomínio completo de forças compradoras (alta) ou vendedoras (baixa). Se acompanhar a tendência vigente, deve-se esperar continuidade do movimento. Se contrário, pode-se esperar que haja reversão do movimento. - DIAS CURTOS (SHORT DAYS): equilíbrio no mercado, indefinição. 16
  • 17. - SPINNING TOPS (PEÃO GIRATÓRIO): equilíbrio entre compradores e vendedores com forte oscilação de preços. Alta volatilidade e instabilidade. - DOJI: Preços de abertura e fechamento iguais. Significa instabilidade no mercado; a massa está definindo para onde vai. Pode ser tipo star, tumba (gravestone) ou libélula (dragonfly). - MARTELO E ENFORCADO: candles com corpos pequenos e sombras inferiores grandes (dobro do corpo). Se num fundo, chama-se martelo; se num topo, chama-se enforcado. o Se o martelo for de alta e o enforcado for de baixa, há maior probabilidade de reversão. o Se o volume for alto, o significado é maior. o Melhor aguardar a confirmação da mudança. - ESTRELA CADENTE E MARTELO INVERTIDO: inverso dos martelos e enforcados. Se num fundo, chama-se martelo invertido; se num topo, chama-se estrela cadente. SINAIS DE REVERSÃO MOSTRADOS POR CANDLES COMBINADOS - Candles combinados podem significar reversão de tendência. - Obs: não significam reversão imediata. Um dia pode não significar nada. - Para que se considerem formações de candles, é necessário que se entenda qual é o significado de mercado e o novo impulso que estas formações trazem. - São mais importantes para o curto prazo (swing-trade e day-trade). A longo prazo perdem sua importância. 17
  • 18. o ENGOLFO: Combinação de dois candles: um primeiro menor e um segundo que “engole” o anterior, revertendo a tendência vigente. Preço abre em gap e reverte. Os dois candles são de cores diferentes. Nos engolfos, o primeiro candle segue a tendência corrente com um candle curto e o segundo a reverte com um candle longo. Se “fagocita” até as sombras do anterior, seu significado é mais importante. Quanto maior a diferença entre os corpos, maior será a tendência de reversão. o NUVEM NEGRA (TOPO) E LINHA PENETRANTE ou PIERCING (FUNDO): São dois candles longos. O 1º dia segue a tendência, o 2º dia abre com gap no sentido da tendência e a reverte até mais da metade do corpo do 1º candle, indicando virada na dominância do mercado, fechando o dia com corpo de cor oposta ao primeiro. o HARAMI (MULHER GRÁVIDA): Combinação de dois candles que são o inverso dos engolfos; também reverte movimentos de alta ou de baixa. O primeiro candle é maior e segue a tendência; o segundo é um candle curto e de cor oposta ao primeiro. O segundo candle pode ser um Doji. o ESTRELAS: Combinação de 3 candles. O 1º é longo, seguindo a tendência; o 2º é um candle curto em gap e o 3º é de cor inversa à do primeiro. Quando em um fundo, é “estrela da manhã” e quando num topo é “estrela da tarde”. VAMO QUE VAMO! 18