SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 12
Gnose e suacondenaçãona Bíblia
Retiradodolivroque desmascarao códigoda vinci,que é tambémtotalmente gnóstico.
Capítulo14
Gnose:total perversãodamoral
"Nãovos enganeis:nemosimpuros,nemosidólatras,
nemos adúlteros,nemosefeminados,
nemos devassos...hãode possuiro Reinode Deus".
I Coríntios,6,9-10.
Toda éticaou moral temuma base filosóficae/outeológica.Assim,aéticae a moral gnósticas
são frutode sua cosmovisão,de sua"teologia".Suasconcepçõese "percepções"arespeitode
Deus,do universoe dohomemtêmconseqüênciasnefastassobre oagirhumano;e,como
resultado,sobre avidasocial.
Completoamoralismo
Se,de acordo com a Gnose,a causa domal é a matéria,parao homemomal moral vemde
seucorpo; de onde ficareliminadatodaanoção de responsabilidadepessoal.Maisainda:para
o gnóstico,oaperfeiçoamentomoral é conseqüênciadaaquisiçãode umsabermágico, de
uma iluminaçãoque põe ohomememcontatodiretocoma divindade.Daícair por terra a
necessidadede boasobrase da práticada virtude:e basta apenaso conhecimento( gnose ) .
Por fim,se a verdadeiraessênciadohomemestánapartícula divinaaprisionadanele,nadado
que faça de bom ou maupode alterarpara melhoroupioressasua natureza.De onde se
segue que tantofaz praticaro bemcomo o mal moral;existe umaliberdade semfreios.
SantoIrineude Lião (130-202), emseucélebre livroContraasHeresias(AdversusHaereses),
apresentaa argumentaçãodosgnósticosparajustificarseuamoralismo:
Elesafirmamque as boasobras são necessáriasanósoutros,do contrárioé impossível salvar-
nos.Mas, para elesmesmos,julgamque estãoindubitavelmentesalvos,nãoporcausade sua
conduta,mas porque elessãoespirituais(pneumáticos)pornatureza.Porque,assimcomoé
impossível que asubstânciamaterial compartilhe dasalvação,assimtambémé impossível
para a substânciaespiritual (pelaqual elesse designamasi mesmos) sercorrompida,sejam
quaisforemas açõesque pratiquem.Eexemplificam que,assimcomooourotombadona
lamanão perde seuvalore beleza,damesmaformaelesnãopodemsofrerdanoouperdera
belezade suasubstânciaespiritual,quaisquerque sejamasaçõesnas quaisestejam
envolvidos.[1]
Não se trata de meraliberdade ou permissãoparaagirdeste ou daquele modo.Essa
licenciosidadeé requeridacomoummeiode liberara partículadivina,conforme explicaHans
Jonas:
Essa liberdade,entretanto,é maisdoque meramente permissiva;suapráticaestáligadaa um
interesse metafísico..Existe umpositivodeverde realizarqualquertipode ação,de não deixar
de explorarnenhumapossibilidade,de realizartudooque forpossível,como fimde esgotar
todasas capacidadesdanatureza;somente assimé que se pode finalizarociclo das
reencarnações.
Duas vertentesdaGnose:libertinageme ascetismo
De acordocom as psicologiasindividuais,esse desprezopelamatériaconduzadoisextremos
aparentementecontraditórios,masque narealidade se complementam:de umladoa
completalibertinagem( Gnose libertina);de outro,o maisrigorosoascetismo(Gnose
ascética).Naprimeiramodalidade,amatériaé achincalhadaporpráticassexuaisaberrantes;
na segunda,amatériaé castigadapor maceraçõesdesequilibradase pelaproibiçãoou
limitaçãode todoo contatocarnal. Em ambas o fimé o mesmo:evitara procriaçãoe a
conseqüente multiplicaçãode partículasdivinasaprisionadas.[2]
É o que explicaomesmoHansJonas:
"Nestavida,ospneumáticos(comoospossuidoresdagnose chamam-se asi mesmos)
colocam-se comoseresàparte emrelaçãoao restoda humanidade.A iluminaçãoimediata
não somente tornaa pessoasoberananaesferadopensamento,...mastambémnada ação.
De ummodo geral,a moralidade pneumáticaé determinadapelahostilidade emrelaçãoao
mundo(a matéria) e o desprezopelasobrigaçõesmundanas.Deste princípio,entretanto,são
estabelecidasduasconclusõescontraditórias,ambasasquaisencontramseusrepresentantes
extremos:aascéticae a libertina.A primeiradeduzdaposse dagnose a obrigaçãode evitar
qualquercontaminaçãocomo mundo,e portantoreduzirao mínimoseuscontatosmundanos;
a segundaderivadamesmaposse o privilégiodaliberdade desenfreada."
A "ascese"praticadana Gnose nada tememcomum com a ascese cristã.[3] Aocontrário
desta,estátotalmente desvinculadadaperfeiçãomoral,tendocomofinalidadedestruira
ligaçãocom a matéria,aviltaro corpohumanoe impedirapropagaçãoda espécie.Éo que está
afirmadoemartigodivulgadoonline em2000 peloInstitute forGnosticStudies:
A finalidadedavidagnósticaé a libertação[dapartícula divina],e não o moralismo.Nosso
focoé o retornoao Reinoda Luz (Pleroma),nãoa sustentaçãode padrõesmorais.Mesmoque
a gnose não aceite totalmente aafirmaçãode que osfinsjustificamosmeios,elachega
extremamente perto disso.Aindaque amoral e a éticatenhamsuarazão de serpara a classe
dos hílicos,entretanto,paraaquelesque estãoacimadamassa da humanidade,sejam
psíquicos,sejampneumáticos,a moralidade e asleisdeste mundomaterialtêmparaeles
poucovalor . ...Ascetismoouindulgênciasãoparte domesmoprocesso..Enquantoa gnose
rejeitade todoo coração a famíliae a reprodução,foradistoo usoda sexualidadeoudo
ascetismoé umaescolhaque o estudante pode fazeraolongodocaminho.
Violara lei moral poródioa Deus
Em seuestudosobre o Gnosticismo,oPe.J.P.Arendzenescreve arespeitodosgnósticosdos
primeirostemposdoCristianismo:
"Comoa lei moral tinhasidodadapeloDeusdosjudeus,eraumdever[paraos gnósticos]
violaressalei comosinal de oposiçãoa esse mesmoDeus.Assimensinavaaseitados
nicolaítas,existente nostemposapostólicos,cujoprincípio,segundoOrígenes,era
parachresthai te sarki (deve-seabusardacarne)."
Moral de perdição
Ninguémdotadode sãojulgamentopode deixarde concordaremque a disseminaçãodo
Gnosticismoe de sua negaçãoda moral conduznecessariamenteàdestruiçãodavidasocial
organizada.Poisa moral é a força que mantémcoesaa sociedade,permitindoaoshomens
viveremharmoniae colaboraçãoentre si.
Em vezda humildade,dacastidade e daobediênciacristãs,oorgulho,asensualidadee a
revoltapropugnadospeloGnosticismotransformamohomemnuminimigode seu
semelhante,numhomohomini lupus,numlobovorazemrelaçãoa outrohomem, noqual vê
tão-somente ummeiode satisfazeraseusdesejose vantagens.
[1] SantoIrineu,AdversusHaereses,LivroI,Capítulo6, nº 2, in
http://www.newadvent.org/fathers/0103106.htm.
[2] Objetivamentefalando,e semjulgarintenções,nãose pode deixarde vercertofundo
gnósticoemcampanhassistemáticascontraa procriação - sejapelacontracepção,peloaborto
ou peladisseminaçãodohomossexualismo - aindaquandoaspessoasenvolvidasnãose dêem
conta disso.
[3] "Eiso sentidoprofundodaascese cristã.'Ascese':aprópriapalavra evocaa imagemdo
subirpara metaselevadas.Istoexigenecessariamente sacrifíciose renúncias.De fato,convém
levarsó o equipamentoessencial paraque a viagemnãose torne pesada;estardispostosa
enfrentartodas as dificuldadese superarqualquerobstáculoparaalcançaro objetivo
estabelecido.Parasermosautênticosdiscípulosde Cristo,é precisorenunciarasi mesmo,
tomar a própriacruz todos osdias e segui-lo(cf.Lc9, 23). É o caminhodifícil dasantidade,que
cada cristão estáchamadoa percorrer"( HomiliadopapaJoão PauloIIna quarta-feirade
cinzas, 25 de fevereirode 2004 in
http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/homilies/2004/documents/hf_jp-
ii_hom_20040225_ash-wednesday_po.html).
Capítulo15
Gnose:tentativade infiltrar-se naIgreja
Por muitotempopensou-se que aGnose fosse umaheresiacristã,umavezque tão logoa
Igrejafoi fundadae começoua difundir-se,essesistemareligiosopagãotentouinfiltrar-se
nela.Paratanto adotavamuma linguagemcristã,que serviade invólucroparaencobrirsuas
reaisdoutrinase lhespermitiaservir-sedoCristianismoparapropagá-las.
Temposapostólicos
A lutada Igrejacontra o Gnosticismo,nosprimeirostempos,foi renhida.
Essa luta,entretanto,nãofoi infrutífera - assinalaoPe.JulesLebreton -,poisdeumaiorvigorà
autoridade daIgrejae maior precisãoaodogma.
Tomamosconhecimentodessaluta,jánostemposapostólicos,atravésdostextosdoNovo
Testamento,dosescritosdosPadresdaIgrejae dos EscritoresEclesiásticos.
Os AtosdosApóstolos(At8,9-25) falam-nosde SimãoMago,o qual,por suasartes diabólicas,
seduziaopovoda Samaria . Graças à pregaçãodo diáconoFilipe,e depoisdosApóstolosSão
Pedroe São João, o povo se converteu.Simão,tendovistoosprodígiosoperadospeloEspírito
Santo,aproximou-sedosApóstolose ofereceu-lhesdinheiroparaque obtivessemosmesmos
donspara ele.
São Justino,emsuaPrimeiraApologia,escreve que esseSimãoposteriormentefoi adorado
como umdeusem Roma,e eraseguidoporuma mulherde nome Helena,umaex-prostituta
que ele afirmavaterlibertadodessavidapeloseupoder.
InfiltraçãognósticaemCorinto
Temsidoobservadoque certaspassagensdascartas de São Pauloparecemreferir-se aos
gnósticos.Emespecial,escrevendoaoscoríntios,oApóstolodenunciaapresençade libertinos
e blasfemadores,osquaischegamadizer" Jesussejamaldito".
Ora, como poderiaalguémpretender-secristão,e aomesmotempomaldizeroSalvador?
Encontramosa respostaa essa perguntanatentativadosgnósticosde se infiltraremnaIgreja.
Para elesaEncarnação, Paixãoe Morte de NossoSenhoreramuma"loucura".
Trata-se dos mesmos"cristãos"condenadosporSãoJoão,quandodizque aquelesque negam
a JesusCristosão mentirosos.
São Paulocondenoucomvigoressesgnósticos,mostrandoque sótemoEspíritode Deus
quemaceitaJesusCristo,e que estaaceitaçãoé um efeitodagraça de Deus,dispensadapelo
Paráclito:
"Por isso,euvosdeclaro:ninguém,falandosobaação divina,pode dizer:Jesussejamaldito;e
ninguémpode dizer:Jesusé oSenhor,senãosoba ação doEspírito Santo.(1Cor 12,3)
Se alguémnão amar o Senhor,sejamaldito!(1Cor16,23)"
CondenaçõesnasEpístolas,nosEvangelhose noApocalipse
As EpístolasdosApóstolos,osEvangelhose oApocalipsede SãoJoãodenunciame condenam
os errosgnósticos.
São Judasfalade certoshomensque se infiltramsecretamente nascomunidadescristãs,e que
não têma graça de Deus.Trata-se de revoltososque renegamagraça divinae a soberana
autoridade de NossoSenhor:
Poiscertoshomensímpiosse introduziramfurtivamente entrenós,osquaisdesde muito
tempoestãodestinadosparaeste julgamento;elestransformamemdissoluçãoagraça de
nossoDeuse negamJesusCristo,nossoúnicoMestre e Senhor.
São Joãotem palavrasde fogocontra esses"cristãos"que rejeitamadivindade de Cristo
negandoque Ele sejaumsó com o Pai.A essestaisele chama"anticristos".
O autor do Apocalipse condenaespecialmente osnicolaítas,gnósticosque iamcontratodaa
lei moral por ódioao"Deusda Bíblia".Tais"cristãos"não sãoverdadeiroscristãos,antes
pertencemà"sinagogade Satanás".
São Pedrodeixaclaroque oscristãosnão se baseiamem"hábeisfábulas",masnotestemunho
diretodosApóstolos:
Na realidade,nãoé baseando-nosemhábeisfábulasimaginadasque nósvostemosfeito
conhecero podere a vindade nossoSenhorJesusCristo,masportermosvistoa sua
majestade comnossosprópriosolhos.
São Paulocaracterizaas loucurasgnósticascomo"doutrinasdiabólicas"que proíbemo
casamentoe as coisas legítimascriadasporDeuspara os homens.
Por fim,São Tiago condenaessapretensa"sabedoria":
Esta não é a sabedoriaque vemdoalto,mas é uma sabedoriaterrena,humana,diabólica.
Evangelhode SãoJoão:refutaçãodo Gnosticismo
SegundoSãoJerônimo,oApóstoloSãoJoãofoi solicitadoaescreverseu sublime Evangelho
para refutaros gnósticos:
O últimoapóstolo,JoãoEvangelista - aquemJesusdedicouespecial dileção,e que,reclinado
sobre o peitodoSenhor,hauriuumrio de puríssimadoutrina,oqual foi o únicoque mereceu
ouvirjuntoà Cruz as palavras"Eisa tua mãe" - estandonaÁsia,quandojá pululavamas
sementesdosheregescerintanose ebionitas,e de outrosque negamhaverCristovindoao
mundoemcarne, osquaisforam por ele qualificadosde anticristosemsuaepístola,e
constantemente combatidospeloapóstoloPaulo,foi instadopelosbisposdaÁsiae por
representantesde muitasigrejasaescreversobre adivindadedoSalvador,e paratal,como
direi,formularcomtemeridadetantoaudazquantofelizoque é o Verbode Deus.Donde
narrar a HistóriaEclesiásticaque,pressionadoporseusirmãosaescrever,respondeuque
escreveriacasofizessemtodoselesemconjuntoumjejumparaimprecara Deus.Tendofeitoo
jejum,saturadopelaRevelação,exprimiuaspalavrasiniciaisvindasdoCéu:" No princípioera
o Verbo,e o Verboestavajuntode Deuse o Verboera Deus".
• Ante as fantasiasgnósticassegundoasquaisomundoteriasidocriadopor uma "semi-
divindade",odemiurgo;que JesusnãoeraDeus,masapenasuméon,um mensageiro;e que
não tomoua naturezahumana,mas apenasa sua aparência, SãoJoão proclama:Jesusé o
Verbode Deus,consubstancial comEle,e o Criadorde todas as coisas,oqual se fezhomem
para nos salvar:
No princípioerao Verbo,e o Verboestavajuntode Deuse o Verboera Deus.Ele estavano
princípiojuntode Deus.Tudofoi feitoporele,e semele nadafoi feito.Nelehaviaavida,e a
vidaera a luzdos homens....
E o Verbose fezcarne e habitouentre nós,e vimossuaglória,a glóriaque o Filhoúnicorecebe
do seuPai,cheiode graça e de verdade.
• Contra as fantasiasgnósticasde umdeusaprisionadoemnós,oque nosfaria divinospor
nossapróprianatureza,ele proclamaa verdadeiraparticipaçãonavidadivina,pormeioda
graça, a filiaçãoadotivade Deus:
[O Verbo] eraa verdadeiraluzque,vindoaomundo,iluminatodohomem.Estavanomundoe
o mundofoi feitoporele,e omundonão o reconheceu.Veioparaoque era seu,masos seus
não o receberam.Masa todosaquelesque oreceberam, aosque crêemnoseunome,deu-
lhesopoderde se tornaremfilhosde Deus,osquaisnãonasceramdo sangue,nemda vontade
da carne,nemda vontade do homem, massimde Deus....
Todosnós recebemosdasuaplenitude graçasobre graça.
O testemunhodaverdade e do sangue
O CristianismoderrotouaGnose nãoapenaspelaforçasobrenatural daRevelaçãodivina,pela
sabedoriae zelodosApóstolose dosDoutores,pelabelezade suamoral e sublimidadede sua
fé.Tudoissoseriamagnífico,mas insuficiente casonãofosse capazde despertarum
entusiasmoque levasse aoheroísmodomartírio.Só ama inteiramente averdade aquele que
estádispostoa lutare a morrerpor ela.
A Igrejanasceunosangue divinodoRedentore vicejounosangue dosmártires,acomeçar
pelodosApóstolos,osquais,coma exceçãode SãoJoão, morreramemtestemunhodafé.
Em três séculosde perseguiçõescruentas(damorte de Cristoaté o éditode tolerânciade
Constantino,em313),milharesde cristãosde todasas condiçõesuniram-se aesse
testemunho:eruditosfilósofos,comoSãoJustino;donzelasdamaisaltanobreza,comoSanta
Cecília;soldadosendurecidospelasbatalhas,comoaLegiãoTebana;sacerdotes,bispos,papas.
A sublimidade desse testemunhodosangue move asalmas,comoescreve muito bemDaniel-
Ropssobre a Igrejaprimitiva:
Há algo que arrasta no heroísmo,aoqual a almahumana,emborapossanão conter grande
dose de nobreza,é muitosuscetível..Dessaforma,a epopéiadosmártires[dosprimeiros
séculos] nãoé apenasum episódiono tempo,perdidonopassado,numperíododefinidoda
História.Elaé um fatode importânciaúnica,que jazno própriocoração da fé católica,estando
ligadocomo mais essencial dosdogmascristãos.
Em suma,a Igrejanãovenceuo Gnosticismopeloauxílio - aliás,tardioe incompleto - de
Constantino,maspelaforçaintrínsecade sua doutrina,peloseuelevadoensinamentomoral e
pelotestemunhode seusmártires.ComoPe.JulesLebreton,S.J.,dizemosque ascausasda
vitóriadoCristianismosobre aGnose podemserreduzidasauma:
O Cristianismotrouxeumarespostaàsmaisprofundasaspiraçõesdahumanidade,aresposta
que elanunca tinharecebidoantes.
[1] JulesLebreton,ChristianLife atthe Endof the FirstCentury,p.359.
[2]Padres daIgreja (ou SantosPadres) ?São certosescritoreseclesiásticosantigos,que se
distinguirampelapurezade doutrinae santidade de vidae sãoreconhecidospelaIgrejacomo
testemunhasdaTradiçãodivina.Entre estes,distinguem-seosPadresapostólicos,osquais
viveramporvoltade finsdo século1° ou da primeirametade doséculo2°(incluídostambém
os autoresanônimosde certosescritosdamesmaépoca),que se julgateremconhecidoos
Apóstolose recebidodelessuadoutrina.Destacam-se:SãoClemente de Roma,discípuloe
terceirosucessorde SãoPedro;SantoInácio,Bispode Antioquia,e SãoPolicarpo,Bispode
Esmirnae discípulode SãoJoão Evangelista.Osprincipaisescritosanônimossão:A Doutrina
dos Doze Apóstolos(ouDidaqué) ;OPastor de Hermase o SímbolodosDoze Apóstolos(todos
do século2º).
EscritoresEclesiáticos?Sãoescritoressacrosdosprimeirosséculosnotáveisporseusaber,aos
quais,porém,faltaalgumadascaracterísticas dosSantosPadres,a saber,santidade de vidaou
purezada doutrina.OsprincipaissãoTertulianoe Orígenes.Naquiloque têmde ortodoxo,eles
são testemunhasdaTradiçãoe,emboranão tenhama mesmaautoridade dosPadresdaIgreja,
são citadospelospapase pelosteólogos.
Act 8,9-25.
De onde vema palavrasimonia,paradesignarotráficode coisassagradas.
São Justino,PrimeiraApologia,Cap.26,1-3, inVeritatisSplendor- Patrística,
http://www.veritatis.com.br/conteudo.asp?pubid=333
Cfr.Walter Schmithals,GnosticisminCorinth,AbingdonPress,New York,1971.
1Cor 12,3.
1Cor 1,18 e 23.
1Jo 2,22. Cfr. WalterSchmithals,GnosticisminCorinth,p.127.
1Cor 12,3.
Jd v.4.
1Jo 2,18-22.
Ap 2,9; 3,9.
2 Pe 1,16.
1Tm 4,1-3.
Tg 3,15.
"Os cerintianosdistinguiamentre Jesuse Cristo;este último,umdosmaisaltoséons,desceu
sobre Jesus,ofilhododemiurgo,e depoisabandonou-oe retornouparao Pleroma"(Jules
Lebreton,The GnosisandMontanism, inLebretone Zeiler,op.cit.,v.II,p.620, nota7).
"Asdoutrinasdestaseita,de acordocom Santo Irineu,sãosemelhantesàsdoscerintianose às
dos carpocratianos.Elesnegavamadivindade e onascimentovirginal de Cristo;aferravam-se
emmantera Lei judaica;viamSão Paulocomoum apóstata,e usavamapenaso Evangelho
segundoS.Mateus(Adv. Haer.,I, xxvi,2;III,xxi,2; IV,xxxiii,4;V,i,3)." (J.P. Arendzen,
Ebionites,inThe CatholicEncyclopedia,s.v.,NewAdvent.org-CatholicEncyclopediaonCD-
ROM.
ApudCornelii aLapide,ComentariusinEvangeliumS.Joannis,inCommentaria inScripturam
Sacram, Parisiis,MDCCCLXXXI,TomusDecimusSextus,p.288.
Jo 1,1-4, 14
Jo 1,9-13, 16.
Henri Daniel-Rops,The Churchof ApostlesAndMartyrs,Image Books,GardenCity,NY,1960,
pp.248-149, 253.
Lebreton-Zeiller,The Historyof the Primitive Church,t.II,p.1228.

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Huberto Rohden - Filosofia Univérsica
Huberto Rohden - Filosofia UnivérsicaHuberto Rohden - Filosofia Univérsica
Huberto Rohden - Filosofia Univérsicauniversalismo-7
 
Huberto Rohden - Catecismo da Filosofia
Huberto Rohden - Catecismo da FilosofiaHuberto Rohden - Catecismo da Filosofia
Huberto Rohden - Catecismo da Filosofiauniversalismo-7
 
A impecabilidade de cristo
A impecabilidade de cristoA impecabilidade de cristo
A impecabilidade de cristoWandersonLo
 
Princípios para uma cosmovisão bíblica
Princípios para uma cosmovisão bíblicaPrincípios para uma cosmovisão bíblica
Princípios para uma cosmovisão bíblicaMauro RS
 
Huberto Rohden - Que vos Parece do Cristo
Huberto Rohden - Que vos Parece do CristoHuberto Rohden - Que vos Parece do Cristo
Huberto Rohden - Que vos Parece do Cristouniversalismo-7
 
92611424 pascal-huberto-rohden
92611424 pascal-huberto-rohden92611424 pascal-huberto-rohden
92611424 pascal-huberto-rohdenJuliano Garcia
 
Huberto Rohden - O Quinto Evangelho Segundo Tomé
Huberto Rohden - O Quinto Evangelho Segundo ToméHuberto Rohden - O Quinto Evangelho Segundo Tomé
Huberto Rohden - O Quinto Evangelho Segundo Toméuniversalismo-7
 
Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980
Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980
Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980Blog VALDERI
 
O Estudo da Bíblia e a Pós-Modernidade
O Estudo da Bíblia e a Pós-ModernidadeO Estudo da Bíblia e a Pós-Modernidade
O Estudo da Bíblia e a Pós-ModernidadeAprofundamento Bíblico
 
Trindade como história
Trindade como históriaTrindade como história
Trindade como históriaWesley Santos
 

Mais procurados (15)

Huberto Rohden - Filosofia Univérsica
Huberto Rohden - Filosofia UnivérsicaHuberto Rohden - Filosofia Univérsica
Huberto Rohden - Filosofia Univérsica
 
Huberto Rohden - Catecismo da Filosofia
Huberto Rohden - Catecismo da FilosofiaHuberto Rohden - Catecismo da Filosofia
Huberto Rohden - Catecismo da Filosofia
 
A impecabilidade de cristo
A impecabilidade de cristoA impecabilidade de cristo
A impecabilidade de cristo
 
Princípios para uma cosmovisão bíblica
Princípios para uma cosmovisão bíblicaPrincípios para uma cosmovisão bíblica
Princípios para uma cosmovisão bíblica
 
Huberto Rohden - Que vos Parece do Cristo
Huberto Rohden - Que vos Parece do CristoHuberto Rohden - Que vos Parece do Cristo
Huberto Rohden - Que vos Parece do Cristo
 
92611424 pascal-huberto-rohden
92611424 pascal-huberto-rohden92611424 pascal-huberto-rohden
92611424 pascal-huberto-rohden
 
Huberto Rohden - O Quinto Evangelho Segundo Tomé
Huberto Rohden - O Quinto Evangelho Segundo ToméHuberto Rohden - O Quinto Evangelho Segundo Tomé
Huberto Rohden - O Quinto Evangelho Segundo Tomé
 
Dives in Misericordia
Dives in MisericordiaDives in Misericordia
Dives in Misericordia
 
Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980
Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980
Dives in misericordia - 30 de novembro de 1980
 
# Ivan r franzolim - dicas para estudar o evangelho - [ espiritismo]
#   Ivan r franzolim - dicas para estudar o evangelho - [ espiritismo]#   Ivan r franzolim - dicas para estudar o evangelho - [ espiritismo]
# Ivan r franzolim - dicas para estudar o evangelho - [ espiritismo]
 
Pedagogia de Jesus
 Pedagogia de Jesus Pedagogia de Jesus
Pedagogia de Jesus
 
JESUS, MESTRE DA EDUCAÇÃO
JESUS, MESTRE DA EDUCAÇÃOJESUS, MESTRE DA EDUCAÇÃO
JESUS, MESTRE DA EDUCAÇÃO
 
O Estudo da Bíblia e a Pós-Modernidade
O Estudo da Bíblia e a Pós-ModernidadeO Estudo da Bíblia e a Pós-Modernidade
O Estudo da Bíblia e a Pós-Modernidade
 
ReuniÕEs CristÃS
ReuniÕEs CristÃSReuniÕEs CristÃS
ReuniÕEs CristÃS
 
Trindade como história
Trindade como históriaTrindade como história
Trindade como história
 

Destaque

Annie Besant - Os Mestres
Annie Besant - Os MestresAnnie Besant - Os Mestres
Annie Besant - Os Mestresuniversalismo-7
 
H. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - 2. Fenômenos e Forças
H. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - 2. Fenômenos e ForçasH. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - 2. Fenômenos e Forças
H. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - 2. Fenômenos e Forçasuniversalismo-7
 
Jorge Adoum - A Magia do Verbo
Jorge Adoum - A Magia do Verbo  Jorge Adoum - A Magia do Verbo
Jorge Adoum - A Magia do Verbo universalismo-7
 
António rodrigues radiestesia prática ilustrada
António rodrigues   radiestesia prática ilustradaAntónio rodrigues   radiestesia prática ilustrada
António rodrigues radiestesia prática ilustradageraldo016
 

Destaque (11)

Se Permanecerdes...
Se Permanecerdes...Se Permanecerdes...
Se Permanecerdes...
 
Devemos sabaer
Devemos sabaerDevemos sabaer
Devemos sabaer
 
Órion e as Piramides.
Órion e as Piramides.Órion e as Piramides.
Órion e as Piramides.
 
Antigos simbolos misticos
Antigos simbolos misticosAntigos simbolos misticos
Antigos simbolos misticos
 
Annie Besant - Os Mestres
Annie Besant - Os MestresAnnie Besant - Os Mestres
Annie Besant - Os Mestres
 
H. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - 2. Fenômenos e Forças
H. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - 2. Fenômenos e ForçasH. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - 2. Fenômenos e Forças
H. P. Blavatsky - Ísis sem Véu - 2. Fenômenos e Forças
 
Jorge Adoum - A Magia do Verbo
Jorge Adoum - A Magia do Verbo  Jorge Adoum - A Magia do Verbo
Jorge Adoum - A Magia do Verbo
 
Venus 2013
Venus 2013Venus 2013
Venus 2013
 
Os símbolos mágicos
Os símbolos mágicosOs símbolos mágicos
Os símbolos mágicos
 
António rodrigues radiestesia prática ilustrada
António rodrigues   radiestesia prática ilustradaAntónio rodrigues   radiestesia prática ilustrada
António rodrigues radiestesia prática ilustrada
 
2 capítulo 1_-__o_que_é_gnose
2 capítulo 1_-__o_que_é_gnose2 capítulo 1_-__o_que_é_gnose
2 capítulo 1_-__o_que_é_gnose
 

Semelhante a Gnose e sua condenação na Bíblia

Luz e-espiritismo
Luz e-espiritismoLuz e-espiritismo
Luz e-espiritismoFatoze
 
Cosmovisão cristã ( As Lentes da Fé )
Cosmovisão cristã ( As Lentes da Fé )Cosmovisão cristã ( As Lentes da Fé )
Cosmovisão cristã ( As Lentes da Fé )Carlos Silva
 
Teologia moral frei oton - aula 1
Teologia moral   frei oton - aula 1Teologia moral   frei oton - aula 1
Teologia moral frei oton - aula 1Zé Vitor Rabelo
 
Teologia moral frei oton - aula 1
Teologia moral   frei oton - aula 1Teologia moral   frei oton - aula 1
Teologia moral frei oton - aula 1Zé Vitor Rabelo
 
Divaldo Franco - Nos Bastidores da Obsessão.pdf
Divaldo Franco - Nos Bastidores da Obsessão.pdfDivaldo Franco - Nos Bastidores da Obsessão.pdf
Divaldo Franco - Nos Bastidores da Obsessão.pdfVIEIRA RESENDE
 
O que é uma Cosmovisão - Atos29.pptx
O que é uma Cosmovisão - Atos29.pptxO que é uma Cosmovisão - Atos29.pptx
O que é uma Cosmovisão - Atos29.pptxCleiton Melo
 
Nudismo e Naturismo - Escopolismo - Exibicionismo
Nudismo e Naturismo - Escopolismo - ExibicionismoNudismo e Naturismo - Escopolismo - Exibicionismo
Nudismo e Naturismo - Escopolismo - ExibicionismoPastor Robson Colaço
 
Dualismo ocidental e seus desafios (Nancy Pearcey)
Dualismo ocidental e seus desafios (Nancy Pearcey)Dualismo ocidental e seus desafios (Nancy Pearcey)
Dualismo ocidental e seus desafios (Nancy Pearcey)Jean Francesco
 
O gnosticismo cristão http
O gnosticismo cristão         httpO gnosticismo cristão         http
O gnosticismo cristão httpantonio ferreira
 
Jornal A Família Católica, 27 edição. agosto 2015
Jornal A Família Católica, 27 edição. agosto 2015Jornal A Família Católica, 27 edição. agosto 2015
Jornal A Família Católica, 27 edição. agosto 2015Thiago Guerino
 
BOLETIM O PAE - JUNHO/2016
BOLETIM O PAE   -  JUNHO/2016BOLETIM O PAE   -  JUNHO/2016
BOLETIM O PAE - JUNHO/2016O PAE PAE
 

Semelhante a Gnose e sua condenação na Bíblia (20)

Huberto rohden assim dizia o mestre
Huberto rohden    assim dizia o mestreHuberto rohden    assim dizia o mestre
Huberto rohden assim dizia o mestre
 
Luz e-espiritismo
Luz e-espiritismoLuz e-espiritismo
Luz e-espiritismo
 
Huberto Rohden Entre Dois Mundos
Huberto Rohden   Entre Dois MundosHuberto Rohden   Entre Dois Mundos
Huberto Rohden Entre Dois Mundos
 
Cosmovisão cristã ( As Lentes da Fé )
Cosmovisão cristã ( As Lentes da Fé )Cosmovisão cristã ( As Lentes da Fé )
Cosmovisão cristã ( As Lentes da Fé )
 
Teologia moral frei oton - aula 1
Teologia moral   frei oton - aula 1Teologia moral   frei oton - aula 1
Teologia moral frei oton - aula 1
 
Teologia moral frei oton - aula 1
Teologia moral   frei oton - aula 1Teologia moral   frei oton - aula 1
Teologia moral frei oton - aula 1
 
A Caverna de Platão e o cinema
A Caverna de Platão e o cinemaA Caverna de Platão e o cinema
A Caverna de Platão e o cinema
 
Divaldo Franco - Nos Bastidores da Obsessão.pdf
Divaldo Franco - Nos Bastidores da Obsessão.pdfDivaldo Franco - Nos Bastidores da Obsessão.pdf
Divaldo Franco - Nos Bastidores da Obsessão.pdf
 
O que é uma Cosmovisão - Atos29.pptx
O que é uma Cosmovisão - Atos29.pptxO que é uma Cosmovisão - Atos29.pptx
O que é uma Cosmovisão - Atos29.pptx
 
Evangelho de escândalo
Evangelho de escândaloEvangelho de escândalo
Evangelho de escândalo
 
Nudismo e Naturismo - Escopolismo - Exibicionismo
Nudismo e Naturismo - Escopolismo - ExibicionismoNudismo e Naturismo - Escopolismo - Exibicionismo
Nudismo e Naturismo - Escopolismo - Exibicionismo
 
Dualismo ocidental e seus desafios (Nancy Pearcey)
Dualismo ocidental e seus desafios (Nancy Pearcey)Dualismo ocidental e seus desafios (Nancy Pearcey)
Dualismo ocidental e seus desafios (Nancy Pearcey)
 
O gnosticismo cristão http
O gnosticismo cristão         httpO gnosticismo cristão         http
O gnosticismo cristão http
 
Codigo Da Vinci Anjos E Demonios
Codigo Da Vinci Anjos E DemoniosCodigo Da Vinci Anjos E Demonios
Codigo Da Vinci Anjos E Demonios
 
Jornal A Família Católica, 27 edição. agosto 2015
Jornal A Família Católica, 27 edição. agosto 2015Jornal A Família Católica, 27 edição. agosto 2015
Jornal A Família Católica, 27 edição. agosto 2015
 
Cosmovisao
CosmovisaoCosmovisao
Cosmovisao
 
A missao de jesus
A missao de jesusA missao de jesus
A missao de jesus
 
Anthropologia cordis
Anthropologia cordisAnthropologia cordis
Anthropologia cordis
 
BOLETIM O PAE - JUNHO/2016
BOLETIM O PAE   -  JUNHO/2016BOLETIM O PAE   -  JUNHO/2016
BOLETIM O PAE - JUNHO/2016
 
Boletim o pae junho
Boletim o pae   junho Boletim o pae   junho
Boletim o pae junho
 

Mais de antonio ferreira

kathryn-kuhlman-nada-e-impossivel-para-Deus
  kathryn-kuhlman-nada-e-impossivel-para-Deus   kathryn-kuhlman-nada-e-impossivel-para-Deus
kathryn-kuhlman-nada-e-impossivel-para-Deus antonio ferreira
 
A unçao dos ancioes ..O pai o filho o espirito santo transmissores de gloria
 A unçao dos ancioes ..O pai o filho o espirito santo transmissores de gloria  A unçao dos ancioes ..O pai o filho o espirito santo transmissores de gloria
A unçao dos ancioes ..O pai o filho o espirito santo transmissores de gloria antonio ferreira
 
Don gossett há poder em suas palavras
Don gossett   há poder em suas palavrasDon gossett   há poder em suas palavras
Don gossett há poder em suas palavrasantonio ferreira
 
como-deus-pode-e-vai-salvar-seu-casamento
  como-deus-pode-e-vai-salvar-seu-casamento  como-deus-pode-e-vai-salvar-seu-casamento
como-deus-pode-e-vai-salvar-seu-casamentoantonio ferreira
 
jorge-linhares-artimanhas-das-trevas-e-do-o-inimigo
  jorge-linhares-artimanhas-das-trevas-e-do-o-inimigo  jorge-linhares-artimanhas-das-trevas-e-do-o-inimigo
jorge-linhares-artimanhas-das-trevas-e-do-o-inimigoantonio ferreira
 
evidencia-que-exige-um-veredito-josh-mc-dowell
 evidencia-que-exige-um-veredito-josh-mc-dowell evidencia-que-exige-um-veredito-josh-mc-dowell
evidencia-que-exige-um-veredito-josh-mc-dowellantonio ferreira
 
Características do sacerdócio de samuel
Características do sacerdócio de samuelCaracterísticas do sacerdócio de samuel
Características do sacerdócio de samuelantonio ferreira
 
Caracteristicas da pessoa sob influência de jezabel
Caracteristicas da pessoa sob influência de jezabelCaracteristicas da pessoa sob influência de jezabel
Caracteristicas da pessoa sob influência de jezabelantonio ferreira
 
Campanha obede edom terceira semana
Campanha obede edom terceira semanaCampanha obede edom terceira semana
Campanha obede edom terceira semanaantonio ferreira
 
Buscar me-eis e me achareis
Buscar me-eis e me achareisBuscar me-eis e me achareis
Buscar me-eis e me achareisantonio ferreira
 
Benefícios da obediência
Benefícios da obediênciaBenefícios da obediência
Benefícios da obediênciaantonio ferreira
 
Benção e maldição ml 1
Benção e maldição ml 1Benção e maldição ml 1
Benção e maldição ml 1antonio ferreira
 
Benção das alianças 2010
Benção das alianças 2010Benção das alianças 2010
Benção das alianças 2010antonio ferreira
 
Avidaquevence 110324204737-phpapp02
Avidaquevence 110324204737-phpapp02Avidaquevence 110324204737-phpapp02
Avidaquevence 110324204737-phpapp02antonio ferreira
 

Mais de antonio ferreira (20)

kathryn-kuhlman-nada-e-impossivel-para-Deus
  kathryn-kuhlman-nada-e-impossivel-para-Deus   kathryn-kuhlman-nada-e-impossivel-para-Deus
kathryn-kuhlman-nada-e-impossivel-para-Deus
 
A unçao dos ancioes ..O pai o filho o espirito santo transmissores de gloria
 A unçao dos ancioes ..O pai o filho o espirito santo transmissores de gloria  A unçao dos ancioes ..O pai o filho o espirito santo transmissores de gloria
A unçao dos ancioes ..O pai o filho o espirito santo transmissores de gloria
 
Don gossett há poder em suas palavras
Don gossett   há poder em suas palavrasDon gossett   há poder em suas palavras
Don gossett há poder em suas palavras
 
como-deus-pode-e-vai-salvar-seu-casamento
  como-deus-pode-e-vai-salvar-seu-casamento  como-deus-pode-e-vai-salvar-seu-casamento
como-deus-pode-e-vai-salvar-seu-casamento
 
jorge-linhares-artimanhas-das-trevas-e-do-o-inimigo
  jorge-linhares-artimanhas-das-trevas-e-do-o-inimigo  jorge-linhares-artimanhas-das-trevas-e-do-o-inimigo
jorge-linhares-artimanhas-das-trevas-e-do-o-inimigo
 
evidencia-que-exige-um-veredito-josh-mc-dowell
 evidencia-que-exige-um-veredito-josh-mc-dowell evidencia-que-exige-um-veredito-josh-mc-dowell
evidencia-que-exige-um-veredito-josh-mc-dowell
 
Carta de amor de deus
Carta de amor de deusCarta de amor de deus
Carta de amor de deus
 
Características do sacerdócio de samuel
Características do sacerdócio de samuelCaracterísticas do sacerdócio de samuel
Características do sacerdócio de samuel
 
Caracteristicas da pessoa sob influência de jezabel
Caracteristicas da pessoa sob influência de jezabelCaracteristicas da pessoa sob influência de jezabel
Caracteristicas da pessoa sob influência de jezabel
 
Cara de leão
Cara de leãoCara de leão
Cara de leão
 
Campanha obede edom terceira semana
Campanha obede edom terceira semanaCampanha obede edom terceira semana
Campanha obede edom terceira semana
 
Buscar me-eis e me achareis
Buscar me-eis e me achareisBuscar me-eis e me achareis
Buscar me-eis e me achareis
 
Caminho no meio do mar
Caminho no meio do marCaminho no meio do mar
Caminho no meio do mar
 
Benefícios da obediência
Benefícios da obediênciaBenefícios da obediência
Benefícios da obediência
 
Bençãos em cristo
Bençãos em cristoBençãos em cristo
Bençãos em cristo
 
Benção e maldição ml 1
Benção e maldição ml 1Benção e maldição ml 1
Benção e maldição ml 1
 
Benção das alianças 2010
Benção das alianças 2010Benção das alianças 2010
Benção das alianças 2010
 
Avidaquevence 110324204737-phpapp02
Avidaquevence 110324204737-phpapp02Avidaquevence 110324204737-phpapp02
Avidaquevence 110324204737-phpapp02
 
Benção apostólica
Benção apostólicaBenção apostólica
Benção apostólica
 
Autoridade
AutoridadeAutoridade
Autoridade
 

Gnose e sua condenação na Bíblia

  • 1. Gnose e suacondenaçãona Bíblia Retiradodolivroque desmascarao códigoda vinci,que é tambémtotalmente gnóstico. Capítulo14 Gnose:total perversãodamoral "Nãovos enganeis:nemosimpuros,nemosidólatras, nemos adúlteros,nemosefeminados, nemos devassos...hãode possuiro Reinode Deus". I Coríntios,6,9-10. Toda éticaou moral temuma base filosóficae/outeológica.Assim,aéticae a moral gnósticas são frutode sua cosmovisão,de sua"teologia".Suasconcepçõese "percepções"arespeitode Deus,do universoe dohomemtêmconseqüênciasnefastassobre oagirhumano;e,como resultado,sobre avidasocial. Completoamoralismo Se,de acordo com a Gnose,a causa domal é a matéria,parao homemomal moral vemde seucorpo; de onde ficareliminadatodaanoção de responsabilidadepessoal.Maisainda:para o gnóstico,oaperfeiçoamentomoral é conseqüênciadaaquisiçãode umsabermágico, de uma iluminaçãoque põe ohomememcontatodiretocoma divindade.Daícair por terra a necessidadede boasobrase da práticada virtude:e basta apenaso conhecimento( gnose ) . Por fim,se a verdadeiraessênciadohomemestánapartícula divinaaprisionadanele,nadado que faça de bom ou maupode alterarpara melhoroupioressasua natureza.De onde se segue que tantofaz praticaro bemcomo o mal moral;existe umaliberdade semfreios.
  • 2. SantoIrineude Lião (130-202), emseucélebre livroContraasHeresias(AdversusHaereses), apresentaa argumentaçãodosgnósticosparajustificarseuamoralismo: Elesafirmamque as boasobras são necessáriasanósoutros,do contrárioé impossível salvar- nos.Mas, para elesmesmos,julgamque estãoindubitavelmentesalvos,nãoporcausade sua conduta,mas porque elessãoespirituais(pneumáticos)pornatureza.Porque,assimcomoé impossível que asubstânciamaterial compartilhe dasalvação,assimtambémé impossível para a substânciaespiritual (pelaqual elesse designamasi mesmos) sercorrompida,sejam quaisforemas açõesque pratiquem.Eexemplificam que,assimcomooourotombadona lamanão perde seuvalore beleza,damesmaformaelesnãopodemsofrerdanoouperdera belezade suasubstânciaespiritual,quaisquerque sejamasaçõesnas quaisestejam envolvidos.[1] Não se trata de meraliberdade ou permissãoparaagirdeste ou daquele modo.Essa licenciosidadeé requeridacomoummeiode liberara partículadivina,conforme explicaHans Jonas: Essa liberdade,entretanto,é maisdoque meramente permissiva;suapráticaestáligadaa um interesse metafísico..Existe umpositivodeverde realizarqualquertipode ação,de não deixar de explorarnenhumapossibilidade,de realizartudooque forpossível,como fimde esgotar todasas capacidadesdanatureza;somente assimé que se pode finalizarociclo das reencarnações. Duas vertentesdaGnose:libertinageme ascetismo De acordocom as psicologiasindividuais,esse desprezopelamatériaconduzadoisextremos aparentementecontraditórios,masque narealidade se complementam:de umladoa completalibertinagem( Gnose libertina);de outro,o maisrigorosoascetismo(Gnose ascética).Naprimeiramodalidade,amatériaé achincalhadaporpráticassexuaisaberrantes; na segunda,amatériaé castigadapor maceraçõesdesequilibradase pelaproibiçãoou limitaçãode todoo contatocarnal. Em ambas o fimé o mesmo:evitara procriaçãoe a conseqüente multiplicaçãode partículasdivinasaprisionadas.[2] É o que explicaomesmoHansJonas: "Nestavida,ospneumáticos(comoospossuidoresdagnose chamam-se asi mesmos) colocam-se comoseresàparte emrelaçãoao restoda humanidade.A iluminaçãoimediata não somente tornaa pessoasoberananaesferadopensamento,...mastambémnada ação.
  • 3. De ummodo geral,a moralidade pneumáticaé determinadapelahostilidade emrelaçãoao mundo(a matéria) e o desprezopelasobrigaçõesmundanas.Deste princípio,entretanto,são estabelecidasduasconclusõescontraditórias,ambasasquaisencontramseusrepresentantes extremos:aascéticae a libertina.A primeiradeduzdaposse dagnose a obrigaçãode evitar qualquercontaminaçãocomo mundo,e portantoreduzirao mínimoseuscontatosmundanos; a segundaderivadamesmaposse o privilégiodaliberdade desenfreada." A "ascese"praticadana Gnose nada tememcomum com a ascese cristã.[3] Aocontrário desta,estátotalmente desvinculadadaperfeiçãomoral,tendocomofinalidadedestruira ligaçãocom a matéria,aviltaro corpohumanoe impedirapropagaçãoda espécie.Éo que está afirmadoemartigodivulgadoonline em2000 peloInstitute forGnosticStudies: A finalidadedavidagnósticaé a libertação[dapartícula divina],e não o moralismo.Nosso focoé o retornoao Reinoda Luz (Pleroma),nãoa sustentaçãode padrõesmorais.Mesmoque a gnose não aceite totalmente aafirmaçãode que osfinsjustificamosmeios,elachega extremamente perto disso.Aindaque amoral e a éticatenhamsuarazão de serpara a classe dos hílicos,entretanto,paraaquelesque estãoacimadamassa da humanidade,sejam psíquicos,sejampneumáticos,a moralidade e asleisdeste mundomaterialtêmparaeles poucovalor . ...Ascetismoouindulgênciasãoparte domesmoprocesso..Enquantoa gnose rejeitade todoo coração a famíliae a reprodução,foradistoo usoda sexualidadeoudo ascetismoé umaescolhaque o estudante pode fazeraolongodocaminho. Violara lei moral poródioa Deus Em seuestudosobre o Gnosticismo,oPe.J.P.Arendzenescreve arespeitodosgnósticosdos primeirostemposdoCristianismo: "Comoa lei moral tinhasidodadapeloDeusdosjudeus,eraumdever[paraos gnósticos] violaressalei comosinal de oposiçãoa esse mesmoDeus.Assimensinavaaseitados nicolaítas,existente nostemposapostólicos,cujoprincípio,segundoOrígenes,era parachresthai te sarki (deve-seabusardacarne)." Moral de perdição Ninguémdotadode sãojulgamentopode deixarde concordaremque a disseminaçãodo Gnosticismoe de sua negaçãoda moral conduznecessariamenteàdestruiçãodavidasocial
  • 4. organizada.Poisa moral é a força que mantémcoesaa sociedade,permitindoaoshomens viveremharmoniae colaboraçãoentre si. Em vezda humildade,dacastidade e daobediênciacristãs,oorgulho,asensualidadee a revoltapropugnadospeloGnosticismotransformamohomemnuminimigode seu semelhante,numhomohomini lupus,numlobovorazemrelaçãoa outrohomem, noqual vê tão-somente ummeiode satisfazeraseusdesejose vantagens. [1] SantoIrineu,AdversusHaereses,LivroI,Capítulo6, nº 2, in http://www.newadvent.org/fathers/0103106.htm. [2] Objetivamentefalando,e semjulgarintenções,nãose pode deixarde vercertofundo gnósticoemcampanhassistemáticascontraa procriação - sejapelacontracepção,peloaborto ou peladisseminaçãodohomossexualismo - aindaquandoaspessoasenvolvidasnãose dêem conta disso. [3] "Eiso sentidoprofundodaascese cristã.'Ascese':aprópriapalavra evocaa imagemdo subirpara metaselevadas.Istoexigenecessariamente sacrifíciose renúncias.De fato,convém levarsó o equipamentoessencial paraque a viagemnãose torne pesada;estardispostosa enfrentartodas as dificuldadese superarqualquerobstáculoparaalcançaro objetivo estabelecido.Parasermosautênticosdiscípulosde Cristo,é precisorenunciarasi mesmo, tomar a própriacruz todos osdias e segui-lo(cf.Lc9, 23). É o caminhodifícil dasantidade,que cada cristão estáchamadoa percorrer"( HomiliadopapaJoão PauloIIna quarta-feirade cinzas, 25 de fevereirode 2004 in http://www.vatican.va/holy_father/john_paul_ii/homilies/2004/documents/hf_jp- ii_hom_20040225_ash-wednesday_po.html). Capítulo15
  • 5. Gnose:tentativade infiltrar-se naIgreja Por muitotempopensou-se que aGnose fosse umaheresiacristã,umavezque tão logoa Igrejafoi fundadae começoua difundir-se,essesistemareligiosopagãotentouinfiltrar-se nela.Paratanto adotavamuma linguagemcristã,que serviade invólucroparaencobrirsuas reaisdoutrinase lhespermitiaservir-sedoCristianismoparapropagá-las. Temposapostólicos A lutada Igrejacontra o Gnosticismo,nosprimeirostempos,foi renhida. Essa luta,entretanto,nãofoi infrutífera - assinalaoPe.JulesLebreton -,poisdeumaiorvigorà autoridade daIgrejae maior precisãoaodogma. Tomamosconhecimentodessaluta,jánostemposapostólicos,atravésdostextosdoNovo Testamento,dosescritosdosPadresdaIgrejae dos EscritoresEclesiásticos. Os AtosdosApóstolos(At8,9-25) falam-nosde SimãoMago,o qual,por suasartes diabólicas, seduziaopovoda Samaria . Graças à pregaçãodo diáconoFilipe,e depoisdosApóstolosSão Pedroe São João, o povo se converteu.Simão,tendovistoosprodígiosoperadospeloEspírito Santo,aproximou-sedosApóstolose ofereceu-lhesdinheiroparaque obtivessemosmesmos donspara ele. São Justino,emsuaPrimeiraApologia,escreve que esseSimãoposteriormentefoi adorado como umdeusem Roma,e eraseguidoporuma mulherde nome Helena,umaex-prostituta que ele afirmavaterlibertadodessavidapeloseupoder. InfiltraçãognósticaemCorinto Temsidoobservadoque certaspassagensdascartas de São Pauloparecemreferir-se aos gnósticos.Emespecial,escrevendoaoscoríntios,oApóstolodenunciaapresençade libertinos e blasfemadores,osquaischegamadizer" Jesussejamaldito".
  • 6. Ora, como poderiaalguémpretender-secristão,e aomesmotempomaldizeroSalvador? Encontramosa respostaa essa perguntanatentativadosgnósticosde se infiltraremnaIgreja. Para elesaEncarnação, Paixãoe Morte de NossoSenhoreramuma"loucura". Trata-se dos mesmos"cristãos"condenadosporSãoJoão,quandodizque aquelesque negam a JesusCristosão mentirosos. São Paulocondenoucomvigoressesgnósticos,mostrandoque sótemoEspíritode Deus quemaceitaJesusCristo,e que estaaceitaçãoé um efeitodagraça de Deus,dispensadapelo Paráclito: "Por isso,euvosdeclaro:ninguém,falandosobaação divina,pode dizer:Jesussejamaldito;e ninguémpode dizer:Jesusé oSenhor,senãosoba ação doEspírito Santo.(1Cor 12,3) Se alguémnão amar o Senhor,sejamaldito!(1Cor16,23)" CondenaçõesnasEpístolas,nosEvangelhose noApocalipse As EpístolasdosApóstolos,osEvangelhose oApocalipsede SãoJoãodenunciame condenam os errosgnósticos. São Judasfalade certoshomensque se infiltramsecretamente nascomunidadescristãs,e que não têma graça de Deus.Trata-se de revoltososque renegamagraça divinae a soberana autoridade de NossoSenhor: Poiscertoshomensímpiosse introduziramfurtivamente entrenós,osquaisdesde muito tempoestãodestinadosparaeste julgamento;elestransformamemdissoluçãoagraça de nossoDeuse negamJesusCristo,nossoúnicoMestre e Senhor. São Joãotem palavrasde fogocontra esses"cristãos"que rejeitamadivindade de Cristo negandoque Ele sejaumsó com o Pai.A essestaisele chama"anticristos".
  • 7. O autor do Apocalipse condenaespecialmente osnicolaítas,gnósticosque iamcontratodaa lei moral por ódioao"Deusda Bíblia".Tais"cristãos"não sãoverdadeiroscristãos,antes pertencemà"sinagogade Satanás". São Pedrodeixaclaroque oscristãosnão se baseiamem"hábeisfábulas",masnotestemunho diretodosApóstolos: Na realidade,nãoé baseando-nosemhábeisfábulasimaginadasque nósvostemosfeito conhecero podere a vindade nossoSenhorJesusCristo,masportermosvistoa sua majestade comnossosprópriosolhos. São Paulocaracterizaas loucurasgnósticascomo"doutrinasdiabólicas"que proíbemo casamentoe as coisas legítimascriadasporDeuspara os homens. Por fim,São Tiago condenaessapretensa"sabedoria": Esta não é a sabedoriaque vemdoalto,mas é uma sabedoriaterrena,humana,diabólica. Evangelhode SãoJoão:refutaçãodo Gnosticismo SegundoSãoJerônimo,oApóstoloSãoJoãofoi solicitadoaescreverseu sublime Evangelho para refutaros gnósticos: O últimoapóstolo,JoãoEvangelista - aquemJesusdedicouespecial dileção,e que,reclinado sobre o peitodoSenhor,hauriuumrio de puríssimadoutrina,oqual foi o únicoque mereceu ouvirjuntoà Cruz as palavras"Eisa tua mãe" - estandonaÁsia,quandojá pululavamas sementesdosheregescerintanose ebionitas,e de outrosque negamhaverCristovindoao mundoemcarne, osquaisforam por ele qualificadosde anticristosemsuaepístola,e constantemente combatidospeloapóstoloPaulo,foi instadopelosbisposdaÁsiae por representantesde muitasigrejasaescreversobre adivindadedoSalvador,e paratal,como direi,formularcomtemeridadetantoaudazquantofelizoque é o Verbode Deus.Donde narrar a HistóriaEclesiásticaque,pressionadoporseusirmãosaescrever,respondeuque escreveriacasofizessemtodoselesemconjuntoumjejumparaimprecara Deus.Tendofeitoo jejum,saturadopelaRevelação,exprimiuaspalavrasiniciaisvindasdoCéu:" No princípioera o Verbo,e o Verboestavajuntode Deuse o Verboera Deus".
  • 8. • Ante as fantasiasgnósticassegundoasquaisomundoteriasidocriadopor uma "semi- divindade",odemiurgo;que JesusnãoeraDeus,masapenasuméon,um mensageiro;e que não tomoua naturezahumana,mas apenasa sua aparência, SãoJoão proclama:Jesusé o Verbode Deus,consubstancial comEle,e o Criadorde todas as coisas,oqual se fezhomem para nos salvar: No princípioerao Verbo,e o Verboestavajuntode Deuse o Verboera Deus.Ele estavano princípiojuntode Deus.Tudofoi feitoporele,e semele nadafoi feito.Nelehaviaavida,e a vidaera a luzdos homens.... E o Verbose fezcarne e habitouentre nós,e vimossuaglória,a glóriaque o Filhoúnicorecebe do seuPai,cheiode graça e de verdade. • Contra as fantasiasgnósticasde umdeusaprisionadoemnós,oque nosfaria divinospor nossapróprianatureza,ele proclamaa verdadeiraparticipaçãonavidadivina,pormeioda graça, a filiaçãoadotivade Deus: [O Verbo] eraa verdadeiraluzque,vindoaomundo,iluminatodohomem.Estavanomundoe o mundofoi feitoporele,e omundonão o reconheceu.Veioparaoque era seu,masos seus não o receberam.Masa todosaquelesque oreceberam, aosque crêemnoseunome,deu- lhesopoderde se tornaremfilhosde Deus,osquaisnãonasceramdo sangue,nemda vontade da carne,nemda vontade do homem, massimde Deus.... Todosnós recebemosdasuaplenitude graçasobre graça. O testemunhodaverdade e do sangue O CristianismoderrotouaGnose nãoapenaspelaforçasobrenatural daRevelaçãodivina,pela sabedoriae zelodosApóstolose dosDoutores,pelabelezade suamoral e sublimidadede sua fé.Tudoissoseriamagnífico,mas insuficiente casonãofosse capazde despertarum
  • 9. entusiasmoque levasse aoheroísmodomartírio.Só ama inteiramente averdade aquele que estádispostoa lutare a morrerpor ela. A Igrejanasceunosangue divinodoRedentore vicejounosangue dosmártires,acomeçar pelodosApóstolos,osquais,coma exceçãode SãoJoão, morreramemtestemunhodafé. Em três séculosde perseguiçõescruentas(damorte de Cristoaté o éditode tolerânciade Constantino,em313),milharesde cristãosde todasas condiçõesuniram-se aesse testemunho:eruditosfilósofos,comoSãoJustino;donzelasdamaisaltanobreza,comoSanta Cecília;soldadosendurecidospelasbatalhas,comoaLegiãoTebana;sacerdotes,bispos,papas. A sublimidade desse testemunhodosangue move asalmas,comoescreve muito bemDaniel- Ropssobre a Igrejaprimitiva: Há algo que arrasta no heroísmo,aoqual a almahumana,emborapossanão conter grande dose de nobreza,é muitosuscetível..Dessaforma,a epopéiadosmártires[dosprimeiros séculos] nãoé apenasum episódiono tempo,perdidonopassado,numperíododefinidoda História.Elaé um fatode importânciaúnica,que jazno própriocoração da fé católica,estando ligadocomo mais essencial dosdogmascristãos. Em suma,a Igrejanãovenceuo Gnosticismopeloauxílio - aliás,tardioe incompleto - de Constantino,maspelaforçaintrínsecade sua doutrina,peloseuelevadoensinamentomoral e pelotestemunhode seusmártires.ComoPe.JulesLebreton,S.J.,dizemosque ascausasda vitóriadoCristianismosobre aGnose podemserreduzidasauma: O Cristianismotrouxeumarespostaàsmaisprofundasaspiraçõesdahumanidade,aresposta que elanunca tinharecebidoantes. [1] JulesLebreton,ChristianLife atthe Endof the FirstCentury,p.359. [2]Padres daIgreja (ou SantosPadres) ?São certosescritoreseclesiásticosantigos,que se distinguirampelapurezade doutrinae santidade de vidae sãoreconhecidospelaIgrejacomo testemunhasdaTradiçãodivina.Entre estes,distinguem-seosPadresapostólicos,osquais viveramporvoltade finsdo século1° ou da primeirametade doséculo2°(incluídostambém os autoresanônimosde certosescritosdamesmaépoca),que se julgateremconhecidoos
  • 10. Apóstolose recebidodelessuadoutrina.Destacam-se:SãoClemente de Roma,discípuloe terceirosucessorde SãoPedro;SantoInácio,Bispode Antioquia,e SãoPolicarpo,Bispode Esmirnae discípulode SãoJoão Evangelista.Osprincipaisescritosanônimossão:A Doutrina dos Doze Apóstolos(ouDidaqué) ;OPastor de Hermase o SímbolodosDoze Apóstolos(todos do século2º). EscritoresEclesiáticos?Sãoescritoressacrosdosprimeirosséculosnotáveisporseusaber,aos quais,porém,faltaalgumadascaracterísticas dosSantosPadres,a saber,santidade de vidaou purezada doutrina.OsprincipaissãoTertulianoe Orígenes.Naquiloque têmde ortodoxo,eles são testemunhasdaTradiçãoe,emboranão tenhama mesmaautoridade dosPadresdaIgreja, são citadospelospapase pelosteólogos. Act 8,9-25. De onde vema palavrasimonia,paradesignarotráficode coisassagradas. São Justino,PrimeiraApologia,Cap.26,1-3, inVeritatisSplendor- Patrística, http://www.veritatis.com.br/conteudo.asp?pubid=333 Cfr.Walter Schmithals,GnosticisminCorinth,AbingdonPress,New York,1971. 1Cor 12,3. 1Cor 1,18 e 23. 1Jo 2,22. Cfr. WalterSchmithals,GnosticisminCorinth,p.127. 1Cor 12,3. Jd v.4.
  • 11. 1Jo 2,18-22. Ap 2,9; 3,9. 2 Pe 1,16. 1Tm 4,1-3. Tg 3,15. "Os cerintianosdistinguiamentre Jesuse Cristo;este último,umdosmaisaltoséons,desceu sobre Jesus,ofilhododemiurgo,e depoisabandonou-oe retornouparao Pleroma"(Jules Lebreton,The GnosisandMontanism, inLebretone Zeiler,op.cit.,v.II,p.620, nota7). "Asdoutrinasdestaseita,de acordocom Santo Irineu,sãosemelhantesàsdoscerintianose às dos carpocratianos.Elesnegavamadivindade e onascimentovirginal de Cristo;aferravam-se emmantera Lei judaica;viamSão Paulocomoum apóstata,e usavamapenaso Evangelho segundoS.Mateus(Adv. Haer.,I, xxvi,2;III,xxi,2; IV,xxxiii,4;V,i,3)." (J.P. Arendzen, Ebionites,inThe CatholicEncyclopedia,s.v.,NewAdvent.org-CatholicEncyclopediaonCD- ROM. ApudCornelii aLapide,ComentariusinEvangeliumS.Joannis,inCommentaria inScripturam Sacram, Parisiis,MDCCCLXXXI,TomusDecimusSextus,p.288. Jo 1,1-4, 14 Jo 1,9-13, 16. Henri Daniel-Rops,The Churchof ApostlesAndMartyrs,Image Books,GardenCity,NY,1960, pp.248-149, 253.
  • 12. Lebreton-Zeiller,The Historyof the Primitive Church,t.II,p.1228.