Gestão de projetos e ativos no centro da operação da indústria naval
BYOD na Defesa
1. tecnologia
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INTERNACIONAL
Adoção do BYOD: como
isso se aplica na área
aeroespacial e de defesa?
Com o mundo consumidor cada
dia mais incapaz de funcionar sem um
smartphone ou tablet, e com o aumen-to
do uso dos dispositivos pessoais no
trabalho - o chamado BYOD, da sigla
em inglês Bring Your Own Device -
como parte dessa tendência, a grande
questão em debate é qual será o futuro
dos aplicativos móveis em uma estra-tégia
de defesa e se será inevitável que
os militares eventualmente sigam o
mundo dos consumidores no que ser
refere ao BYOD.
Há vários exemplos onde tendên-cias
de tecnologia começaram em um
ambiente social antes de se moverem
para a indústria civil, para então mi-grar
para o militar. Aplicativos móveis
– apenas um ótimo exemplo de um
desenvolvimento que foi orientado
aos consumidores – estão começando
a ter um impacto importante na área
aeroespacial e de defesa (A&D) como
parte de várias iniciativas governamen-tais
no mundo.
A&D na adoção de dispositivos
móveis e aplicativos
O Mercado de defesa já está ado-tando
ativamente o dispositivo móvel.
O Pentágono testou nova tecnologia
móvel durante sua Avaliação de Integração de Rede e consi-derou
o uso de smartphones com rede como parte da missão
do Afeganistão. Ao mesmo tempo, o Departamento de Defe-sa
(DOD), a Administração de Serviços Gerais e a NASA estão
construindo lojas de aplicativos online, onde usuários podem
encontrar e fazer download de ferramentas de mobilidade
para auxiliar em seu trabalho.
Em maio de 2013, o Departamento de Defesa dos EUA
lançou sua Estratégia de Defesa Móvel, com o objetivo de
criar “uma força de trabalho altamente móvel, equipada
com acesso seguro à informação e poder de computação
em qualquer lugar, a qualquer hora, para uma eficácia maior
da missão.”
Da mesma maneira, o Ministério da Defesa do Reino
Unido desenvolveu um aplicativo para smartphones para for-necer
uma alternativa de treinamento de pessoal baseado em
computadores, e no ano passado, o Governo da Austrália soli-citou
aos líderes da indústria informações sobre a viabilidade
de fornecer tablets e smartphones seguros para uso militar.
E o mesmo deve acontecer na indústria de Defesa Aé-rea.
As vantagens de usar tecnologia de aplicativos móveis
no campo – assim como dentro das organizações em si – é
potencialmente enorme. A habilidade de pessoas em acessar
informação para manutenção de missão-crítica no campo
forneceria uma resposta muito mais ágil para uma situação
de mudança tática.
Aplicativos de Campo
Corporações na indústria de A&D, como a IFS, também
incorporaram o potencial da tecnologia de aplicativos móveis.
Um exemplo é o Aplicativo da IFS, Flight Log App, que rastreia
informação critica nos ativos aéreos e terrestres do usuário.
Um diário de bordo sincronizado e consolidado, incluindo
detalhes de voo, ruptura, defeitos, a tripulação associada
com o voo, e inspeções pré ou pós voos, podem agora estar
nas mãos daqueles posicionados nas linhas de frente.
Esses aplicativos estão se tornando populares, já que o
soldado em campo não quer – ou precisa – ser incomodado
com funcionalidades complexas e gestão de informação
impulsionada pelo avanço da tecnologia de rede aprimo-rada.
O empreendimento completo
pode significar, por um lado, que um
soldado pode ser sobrecarregado pela
funcionalidade apoio e informação,
ao passo que no outro, ele precisa se
concentrar em sua tarefa operacional.
A abordagem IFS é que os aplicativos
móveis devem:
Dar aos soldados apenas as seções
de funcionalidade do aplicativo que
eles precisam para a tarefa especifica
que eles devem completar.
Oferecer a funcionalidade apenas
na forma que eles estão familiares
– por exemplo, um aplicativo de dis-positivo
móvel, já que ele aumenta a
eficiência e eficácia.
Ser amigáveis e touchscreen no
cenário operacional. Ser ágeis e fáceis
de criar/adaptar para que o soldado
possa obter um aplicativo novo ou
aprimorado para cada campanha.
Evitar desordem – não sobrecar-regar
o soldado com informações
supérfluas.
Mas o que isso significa para
a área de defesa?
Muitos departamentos de defesa
ou instituições militares podem fugir
dessa tendência por razões de segu-rança,
preocupações com dados e
problemas de coordenação, e é impro-vável
que isso venha a tomar conta da
área de defesa a curto prazo.
Mas será que o predomínio de tal
tecnologia e desejo de possibilidade no
ambiente civil significa que a tendência
BYOD poderá seguir o mesmo caminho
de seu antecessor, os aplicativos de
dispositivos móveis?
Departamentos de Defesa já es-tão
falando de BYOD e de como tais
políticas podem ser implementadas
efetivamente. O Departamento de
Defesa Australiano, por exemplo, já
criou um plano BYOD chamado “cor-porate
owner and personally enabled”
(COPE), que vai ser apoiado por uma loja de aplicativos da
área de defesa.
Portanto, a resposta é sim – o BYOD provavelmente
acontecerá na área de defesa, mas o caminho para isso pro-vavelmente
será progressivo e seletivo para garantir uma
segurança ideal.
Definir políticas de BYOD e a conceber as prioridades
do desenvolvimento de aplicativos móveis são desafios para
qualquer organização, mas esses problemas são obviamente
ampliados no ambiente altamente crítico de Defesa. Essa
natural reticência é compreensível, mas está claro que o
BYOD está aqui para ficar, e será inevitável no futuro quando
desenvolvimentos tecnológicos fizerem disso uma realidade
na área de defesa.
Por: Jeff Pike, chefe de estratégia & marketing do Centro
de Excelência da IFS A&D.
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