O documento discute a necessidade de mudança na cultura de participação cívica em Portugal. Apresenta dados sobre dimensões culturais de Hofstede e sugere que iniciativas transformacionais múltiplas e articuladas podem levar a uma mudança de paradigma através de um "estado nascente" de metanóia coletiva.
Slides da Apresentação "Existe uma falta generalizada de participação cívica em Portugal?", no encontro (R)Evolucionar Portugal, 15-16/Março/2012.
A apresentação oral a que estes slides serviram de suporte pode ser encontrada em https://www.youtube.com/watch?v=jMQqyWo0mrs&index=4&list=PL6D69B658A9573CBE, e tem a duração de 22 minutos
Slides da Apresentação "Existe uma falta generalizada de participação cívica em Portugal?", no encontro (R)Evolucionar Portugal, 15-16/Março/2012.
A apresentação oral a que estes slides serviram de suporte pode ser encontrada em https://www.youtube.com/watch?v=jMQqyWo0mrs&index=4&list=PL6D69B658A9573CBE, e tem a duração de 22 minutos
A influência das mídias sociais nas manifestações públicas em junho/2013
- Os jovens estão cada vez mais propensos a “fazer a diferença”
- As mídias sociais facilitam e incentivam a mobilização e o engajamento em causas em prol da sociedade
- Mesmo aqueles que não concordam em ir para as ruas mostram-se a favor das manifestações e das mudanças propostas
- A internet, em especial as mídias sociais, mostram o outro lado dos protestos: é possível identificar quem é “do bem” e quem é “do mal”
- A participação popular contribui para a produção e propagação de informações sobre os acontecimentos
- Não há mais um editor, um influenciador, uma única opinião: as mídias sociais permitem que todos tenham voz
Profissionais da Sustentabilidade e Diversidade
“Finalmente, diz Reinaldo Bulgarelli, a agenda de sustentabilidade está trabalhando o tema da valorização da diversidade com um pouco mais de desenvoltura. A dimensão cultural do desenvolvimento sustentável está sendo melhor entendida e os profissionais da sustentabilidade, sobretudo nas empresas ou consultorias, precisam ficar atentos e se atualizar. O que mudou nos últimos anos? Quais os desafios que ainda permanecem? Qual o papel dos profissionais que trabalham o tema da sustentabilidade frente à nova realidade da valorização, promoção e gestão da diversidade nas empresas?”
O presente material foi elaborado para subsidiar o diálogo com os participantes do 1º Clube ABRAPS de 2015. Ele visa registrar algumas ideias sobre o momento atual do tema da valorização, promoção e gestão da diversidade no Brasil, apresenta as novidades, boas práticas e também os desafios, na minha visão, sobre o que precisa ser melhorado, sobretudo nas práticas empresariais.
Reinaldo Bulgarelli
Sócio-Diretor da Txai C&E
Serviço social na área da educação perspectivas e desafiosCRESS-MG
Apresentação de Simone Lessa, doutora em Serviço Social pela UFRJ e professora no Centro Universitário Uniabeu (RJ), utilizada durante o Seminário Estadual Serviço Social na Educação. O evento foi realizado em Belo Horizonte, no dia 29 de março de 2012.
Primeira parte de um texto que mostra que aprender não é educar, nem ser ensinado, e que implica sempre a participação activa do sujeito aprendente, mas só raramente implica um "sujeito ensinante".
Este Regulamento, que aliás foi sofrendo ligeiras alterações com o tempo, estava disponível na página dos Portfolios no site do IST, o qual desapareceu lamentavelmente com a mudança de regência e de filosofia dos mesmos.
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- A internet, em especial as mídias sociais, mostram o outro lado dos protestos: é possível identificar quem é “do bem” e quem é “do mal”
- A participação popular contribui para a produção e propagação de informações sobre os acontecimentos
- Não há mais um editor, um influenciador, uma única opinião: as mídias sociais permitem que todos tenham voz
Profissionais da Sustentabilidade e Diversidade
“Finalmente, diz Reinaldo Bulgarelli, a agenda de sustentabilidade está trabalhando o tema da valorização da diversidade com um pouco mais de desenvoltura. A dimensão cultural do desenvolvimento sustentável está sendo melhor entendida e os profissionais da sustentabilidade, sobretudo nas empresas ou consultorias, precisam ficar atentos e se atualizar. O que mudou nos últimos anos? Quais os desafios que ainda permanecem? Qual o papel dos profissionais que trabalham o tema da sustentabilidade frente à nova realidade da valorização, promoção e gestão da diversidade nas empresas?”
O presente material foi elaborado para subsidiar o diálogo com os participantes do 1º Clube ABRAPS de 2015. Ele visa registrar algumas ideias sobre o momento atual do tema da valorização, promoção e gestão da diversidade no Brasil, apresenta as novidades, boas práticas e também os desafios, na minha visão, sobre o que precisa ser melhorado, sobretudo nas práticas empresariais.
Reinaldo Bulgarelli
Sócio-Diretor da Txai C&E
Serviço social na área da educação perspectivas e desafiosCRESS-MG
Apresentação de Simone Lessa, doutora em Serviço Social pela UFRJ e professora no Centro Universitário Uniabeu (RJ), utilizada durante o Seminário Estadual Serviço Social na Educação. O evento foi realizado em Belo Horizonte, no dia 29 de março de 2012.
Primeira parte de um texto que mostra que aprender não é educar, nem ser ensinado, e que implica sempre a participação activa do sujeito aprendente, mas só raramente implica um "sujeito ensinante".
Este Regulamento, que aliás foi sofrendo ligeiras alterações com o tempo, estava disponível na página dos Portfolios no site do IST, o qual desapareceu lamentavelmente com a mudança de regência e de filosofia dos mesmos.
Este Regulamento, que aliás foi sofrendo ligeiras alterações ao longo do tempo, estava online no site respectivo do IST, mais deixou de lá constar com a mudança da regência e filosofia dos mesmos.
Slides of a presentation on "Innovation and Organizacional Learning" to the IST's "Seminars on Innovation and Sustainable Development", 2014.
Note: some slides are still in Portuguese. Sorry...
Slides preparados (e depois não usados) para uma apresentação convidada, sobre "Mudança e Questões Sociais nas Organizações", no Encontro da APOGEP. em Setembro de 2009
Publicado nos Cadernos INA, Nº 2, 1982 e já esgotado.
Descreve-se a metodologia de Reunião em Espaço Aberto - Open Space Technology (OST) - criada por Harrison Owen e as primeiras etntativas da sua aplicação em Portugal. Foi o primeiro texto publicado em português sobre tal metodologia.
On raconte un parcours personnel qui a conduit à la découverte par l’auteur du Forum Ouvert. On montre comment l’esprit du Forum Ouvert a été appliqué au cours d’expériences d’innovation pédagogique dans le cadre de l’enseignement universitaire. Et comment la méthodologie du FO a été appliquée dans beaucoup de cas au Portugal et sa contribution à promouvoir la résilience et l’apprentissage organisationnels
This paper summarizes an experience in helping undergraduate Engineering students to learn Management skills. The aim was to enable, motivate, lead and coach students in learning management skills and concepts through their engagement in organizational and management work. This was closely associated with their reflection on such practice, and was complemented with theoretical studies, mostly self-directed and carried out in a cooperative environment – as though each class was a learning organization. We describe the pedagogical design, the projects and the activities developed with and by the students, and the way practical projects and theoretical studies interrelated. We also describe the cooperative learning environment that was built around class and mailing list discussions, the dissemination of information on paper, and the use of the Web. Students have been evaluated, through projects and papers, as they would in real work situations. Every moment of evaluation led to further learning and there was no need to resort to conventional examinations.
I will begin this story in 1996, some two or three years before I heard about Open Space Technology or about a guy called Harrison Owen. In 1996, I joined the University of Coimbra as an Invited Professor. Among my responsibilities I was to completely reorganize and run a two-semester course on "Management" for Information Systems Engineering Students, that until then consisted mainly of theoretical classes on general and financial management and "practical" classes on pencil and paper (or computer) financial assignments.
With support from the Dean, I changed almost everything and defined that my responsibility should be to create a context where students could learn to do organizational work and to manage, through their own organization of one large event (the full 40-something students of the class acting as the organizing committee), a lot of other smaller events organized in small groups - and some theoretical classes and assignments, of course. And everything only with as little rules and guidance as I could. Students loved the course, had a lot of fun and learned a lot, both individually and as a group. And the story was repeatable, and has been repeated several years. I will not describe the full story here (that is described elsewhere), but any Open Spacer can understand what happened - either by chance (most probably) or by experience and intuition (as sometimes I like to think) I had stumbled upon "self organizing systems" at work.
In a real business if you have done a good job, you
We present and analyse a work experience, now in its fifth year, to help students in developing soft skills, through execution and reporting, during a period of six semesters, of extra-curricular activities that are validated and evaluated by the faculty and, in a certain way, integrated in the curriculum throughout in the form of a ‘Personal Portfolio’. The global objective of the Personal Portfolio is to develop the student’s soft skills through the practice of extra-curricular activities and the reflection on that practice. In this paper we clarify the initial design of the learning environment, the objectives and regulation of Personal Portfolio, the information system that supports the activities and the evolution of students’ numbers and of the faculty. We comment on the major activities that have been developed, the main results obtained, the differences between the experiences in two campuses and the evolution of the Portfolio concept resulting from the adoption of the Bologna Agreement.
This paper summarizes an experience in helping undergraduate Engineering students in learning "Management ". The aim was to enable, motivate, lead and coach students in learning management skills and concepts through their engagement in organizational and management work. This was closely associated with their reflection on such practice, and was complemented with theoretical studies, mostly self-directed and carried out in a cooperative environment – as though each class was a learning organization. We describe the pedagogical design, the projects and the activities developed with and by the students, and the way practical projects and theoretical studies interrelated. We also describe the cooperative learning environment that was built around class and mailing list discussions, the dissemination of information on paper, and the use of the Web. Students have been evaluated, through projects and papers, as they would in real work situations. Every moment of evaluation led to further learning and there was no need to resort to conventional examinations.
Apresentação que visa mostrar que fazer "mais do mesmo" não resulta. O recurso à Metodologia de Reunião em Espaço Aberto (OST) pode ser uma das soluções e pode abrir novas perspectivas.
Sistema de Bibliotecas UCS - Chronica do emperador Clarimundo, donde os reis ...Biblioteca UCS
A biblioteca abriga, em seu acervo de coleções especiais o terceiro volume da obra editada em Lisboa, em 1843. Sua exibe
detalhes dourados e vermelhos. A obra narra um romance de cavalaria, relatando a
vida e façanhas do cavaleiro Clarimundo,
que se torna Rei da Hungria e Imperador
de Constantinopla.
livro para professor da educação de jovens e adultos analisarem- do 4º ao 5º ano.
Livro integrado para professores da eja analisarem, como sugestão para ser adotado nas escolas que oferecem a educação de jovens e adultos.
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O Egito Antigo foi formado a partir da mistura de diversos povos, a população era dividida em vários clãs, que se organizavam em comunidades chamadas nomos. Estes funcionavam como se fossem pequenos Estados independentes.
Por volta de 3500 a.C., os nomos se uniram formando dois reinos: o Baixo Egito, ao Norte e o Alto Egito, ao Sul. Posteriormente, em 3200 a.C., os dois reinos foram unificados por Menés, rei do alto Egito, que tornou-se o primeiro faraó, criando a primeira dinastia que deu origem ao Estado egípcio.
Começava um longo período de esplendor da civilização egípcia, também conhecida como a era dos grandes faraós.
LIVRO MPARADIDATICO SOBRE BULLYING PARA TRABALHAR COM ALUNOS EM SALA DE AULA OU LEITURA EXTRA CLASSE, COM FOCO NUM PROBLEMA CRUCIAL E QUE ESTÁ TÃO PRESENTE NAS ESCOLAS BRASILEIRAS. OS ALUNOS PODEM LER EM SALA DE AULA. MATERIAL EXCELENTE PARA SER ADOTADO NAS ESCOLAS
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Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e MateusMary Alvarenga
A música 'Tem Que Sorrir', da dupla sertaneja Jorge & Mateus, é um apelo à reflexão sobre a simplicidade e a importância dos sentimentos positivos na vida. A letra transmite uma mensagem de superação, esperança e otimismo. Ela destaca a importância de enfrentar as adversidades da vida com um sorriso no rosto, mesmo quando a jornada é difícil.
Atividade - Letra da música "Tem Que Sorrir" - Jorge e Mateus
Existe uma falta generalizada de participação cívica em Portugal?
1.
2. Introdução – Base desta apresentação
• Prática reflexiva (Schön) com base em:
– Projectos de intervenção cívica entre 1965 e 1975
– Projecto “Reinventar Portugal”, Diário Económico e Portugalnet
(1996)
– Experiência Profissional de 20 anos como Systems Engineer da
IBM e 10 anos como CEO de uma empresa de consultoria, com
projectos e estadias prolongadas em diversos países e
continentes
• Leituras e investigação sobre culturas nacionais e
organizacionais e sobre processos de mudança e
aprendizagem transformacional, a vários níveis
(individual, organizacional, de comunidades e social)
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2
3. Geert Hofstede: Culturas Nacionais
• Principais dimensões das culturas nacionais
(em princípio, de 0 a 100):
– Acesso ou Distância ao poder (distância
hierárquica)
– Medo da Incerteza (“Uncertainty avoidance”)
– Grau de Individualismo (versus colectivismo)
– Grau de Masculinidade (versus feminilidade)
– Orientação a curto ou longo prazo
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3
4. Geert Hofstede
• Acesso ou Distância
ao Poder
– EUA - 91
– GB - 89
– Espanha - 51
– Brasil - 38
– Portugal - 27
– Venezuela - 12
– Guatemala - 6
• Medo da Incerteza
– Grécia - 112
– Portugal - 104
– Uruguai - 100
– França - 86
– Brasil - 76
– Suécia - 58
– EUA - 46
– Singapura - 8
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5. Geert Hofstede
• Grau de Individualismo
– EUA - 91
– Suécia - 71
– Espanha - 51
– Brasil - 38
– Portugal - 27
– Guatemala - 6
• Grau de Masculinidade
– Japão - 95
– EUA - 62
– Países Árabes - 53
– Portugal - 31
– Finlândia - 26
– Suécia - 5
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5
6. Geert Hofstede
• Orientação a curto ou Longo Prazo
– China - 118
– Brasil - 65
– Países Baixos - 44
– Portugal - 30
– EUA - 29
– Nigéria - 16
– Paquistão - 0
Ver também: http://geert-hofstede.com/portugal.html
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6
7. Coimbra de Matos, Entrevista in Pública,
Jornal Público, 4/03/2012
• “Somos inseguros, imaturos, praticantes da
transgressão na sombra, além de
desorganizados, individualistas, garbosos,
disponíveis. Nós, os portugueses, o que
esperamos do chefe, do pai, do protector, é que
decida por nós, que assuma a responsabilidade
por nós, que saiba sempre a resposta.”
• O autor refere ainda a influência de “não termos
feito a revolução industrial”, “não termos feito a
reforma protestante”, e termos, portanto, os
“vícios do catolicismo”
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7
8. Falta generalizada de Participação Cívica e
de Civismo em Portugal? Sim!
• Falta de sentido cívico nas relações interpessoais
– Exemplo típico: a condução automóvel…
• Uso e abuso de sinais de “status”
– Exemplo típico: o parque automóvel…
• Poucas actividades/organizações/projectos cívicos e
pouca participação nos mesmos, bem como pouca
articulação entre os que existem
• Falta de Responsabilidade e de Autoconfiança
– Medo do correr riscos e de errar
– Pouca inovação
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8
9. Falta generalizada de Participação Cívica
em Portugal
• O abuso das qualificações académicas, em vez do
que as pessoas fizeram e das competência que têm,
ou não, para o fim em vista, em praticamente todos
os tipos de debate
– Exemplo: Debates políticos nos jornais e nas entrevistas:
• Dr. Mário Soares, Arqª Helena Roseta, Eng. Sócrates, Prof. Cavaco Silva
• Versus Monsieur Sarkosy, Madame Martine Aubry; Mister Blair; Herr
Kohl, Frau Merkel, etc.
– Um grau de advocacia, engenharia ou economia, um doutoramento em
química quântica (Merkel) ou um posto académico são irrelevantes em
política e não provam que uma pessoa seja um bom governante, um bom
gestor ou um bom lider
• A confiança crédula nos “especialistas” e “dirigentes”
na procura de soluções para problemas complexos,
em vez de envolver nelas todos os cidadãos
interessados
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10. Falta generalizada de Participação Cívica
em Portugal
• Falta generalizada de ética
– Abusos de poder, cunhas, mordomias, etc., por quem quer
que tenha um “bocadinho de poder“
– A normalidade com que toda a gente aceita as
mordomias, cunhas e mesmo a corrupção, sem
grandes protestos e “se encolhe” perante as injustiças,
por vezes indignas, a que são obrigados
– Dificuldade dos líderes ou facilitadores de
movimentos que podiam ser transformacionais em
“perderem o controlo” e se “apagarem” para
permitirem a auto-organização dos liderados ou
“facilitados”
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11. Falta generalizada de Participação Cívica
em Portugal
• A constante preocupação com o “sistema de ensino”
muito mais do que com a aprendizagem e com “aprender
a aprender” e a adaptar-se às mudanças exteriores, em
permanência, aos níveis individual, das comunidades e
do país
• A convicção de que a baixa produtividade do país se deve
à baixa qualificação dos trabalhadores, ou à sua preguiça,
sem perceber que ela se deve principalmente aos
dirigentes e gestores incompetentes e que os mesmos
trabalhadores quando vão para o estrangeiro e são bem
geridos têm logo muito maior produtividade
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12. Falta generalizada de Participação Cívica
em Portugal
• A existência esporádica de Conferências ou outros
Eventos interessantes que, independentemente da
sua qualidade e interesse, constituem
frequentemente “fogachos”, por não terem
continuidade regular, não gerando, por isso,
movimentos transformacionais
• O uso predominante de formatos de eventos e de
facilitação hierarquizados e controlados, por receio
de métodos baseados na auto-organização, mais
adequados à sociedade do conhecimento
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13. Esta situação é inevitável ou podemos
mudar a cultura nacional a este respeito?
• É sempre possível mudar a cultura! E é mesmo
indispensável fazê-lo!
• Mas não é um processo fácil… Está na fronteira do
caos e não há garantias de sucesso…
• Para ser possível exige
– Uma multiplicidade de iniciativas profundamente
transformacionais
– a sua articulação num “estado nascente” que
produza uma radical “mudança de paradigma”
civilizacional da nação
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14. Pistas para a transformação: Alberoni
• Em “Génese”, Alberoni estudou o “estado nascente”
de múltiplos movimentos de transformação
civilizacional
• Caracteriza desenvolvidamente tais "estados
nascentes" civilizacionais enquanto “processos de
metanóia colectiva”
• Esses movimentos podem levar a uma profunda
mudança dos paradigmas culturais dominantes e à
interiorização de novos paradigmas e “modelos
mentais” ou, caso o não consigam, conduzem à
estagnação dos movimentos.
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15. Pistas para a transformação: Alexander
• Alexander concebeu um conjunto de padrões
para planear e construir regiões, cidades, ou
edifícios que sejam “vivos” (“alive”) e possam
suportar comunidades identicamente “vivas”
• Os padrões de Alexander são aliás reconhecidos
noutras áreas e aceites como inspiradores pelos
movimentos de permacultura, de
sustentabilidade e de transição, bem como pelos
movimentos “Occupy” em vários países
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16. Pistas para a transformação: Alexander
• Muitos outros padrões de Alexander também
podiam ser úteis, como por exemplo:
– 12 – Community of 7000
– 18 – Network of Learning
– 43 – University as Marketplace
– 67 – Common Land
– 80 – Self-governing Workshops and Offices
– Etc.
– Etc.
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17. Pistas para a transformação: Naisbitt
• “Estamos a viver uma das raras
épocas da História em que se
encontram presentes dois elementos
cruciais para a transformação
social - novos valores e necessidade
económica. “ (Naisbitt, 1985)
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18. Pistas para a transformação: Ciclos de
Desenvolvimento – Curvas em S
“It’s one of the paradoxes of
success that the things and
the ways which got you
where you are, are seldom
the things that keep you
there.”
Charles Handy
Time
Achievements
A
A
’B
B
’
Fontes: Mendes, 2012, Handy, 1997, Pallete et al, 1988
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19. Pistas para a transformação: Para uma mudança
de Paradigma da Ética e Cidadania em Portugal
• Criação/Dinamização de múltiplos projectos
transformacionais e de movimentos de entreajuda ou
protesto de carácter cívico
• Articulação (e sinergias) entre projectos criando
movimentos transformacionais metanóicos
• Utilização preferencial de metodologias de
reunião/facilitação assentes na auto-organização de
grupos/projectos/comunidades e em lideres que “se
apagam” - Exemplo: Open Space Technology (OST)
• Uso de plataformas colaborativas, segundo o modelo da
Web 2.0, mas articuladas, e não completamente
separadas entre si.
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20. Pistas para a transformação: Para uma mudança
de Paradigma de Ética e Cidadania em Portugal
A Crise pode ajudar!
• Vai impor um novo modo de viver e de pensar, atento
aos processos de transição, sustentabilidade e
resiliência
• Vai impor um questionamento da democracia (dita)
“representativa” em favor de modelos participativos
• Não se pode fazer face à crise com modelos antigos,
hierarquizados, de “comando e controlo”, mas com a
compreensão dos sistemas complexos, emergentes e
auto-organizados
• Pode assentar nas características positivas da cultura
nacional (baixo individualismo e alta feminilidade)
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21. Pistas para a transformação: Para uma mudança de
Paradigma de Ética e Cidadania em Portugal
• Que valores éticos, de convivencialidade e de
criatividade estão já estão presentes nas empresas,
comunidades e organizações de hoje que passarão
para o futuro?
• Que valores éticos, estéticos e científicos estão hoje
presentes em milhões de pessoas em todo o mundo
e, através dos “padrões das sua práticas” (e através
dos amigos, colegas, alunos, filhos,…) passarão para
o futuro e que "contra-valores" ou “anti-padrões”
(que não passarão para o futuro) habitam noutros?
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22. Pistas para a transformação: Reinventar o
Sistema de Ensino/Aprendizagem
• Vale a pena recordar princípios já afirmados há muito
(Unesco, "A Educação do Futuro", 1975) e perceber
que, independentemente das reformas curriculares e
de gestão escolar, ou da introdução das TIC no ensino,
o mais importante é criar uma nova ética de
ensino/aprendizagem, reciclar os pais e professores
que o puderem ser e criar sistemas de aprendizagem
assentes no respeito pelos sujeitos aprendentes e na
criação de contextos facilitadores da aprendizagem e
de docentes e lideres que os dinamizem e que não
sejam apenas, nem principalmente, “transmissores de
conhecimentos” para receptores passivos. Viver é
aprender em permanência!
(Fontes: Silva, 1991; IFF, 2009)
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23. Pistas para a transformação: Para uma mudança
de Paradigma da Ética e Cidadania em Portugal
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24. Lao Tse, Tao Te King, XVII
O Mestre eminente é ignorado pelo povo.
Em seguida vem aquele que o povo ama e louva.
Depois aquele que teme.
Por fim, aquele que despreza.
Se o mestre não tem senão confiança limitada no seu povo
também este suspeitará dele.
O mestre eminente evita falar
E quando a sua obra está pronta e o seu esforço acabado
o povo diz: “Isto foi feito pelas nossas próprias mãos.”
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24
25. Bibliografia
Alberoni, Francesco. 1990. Génese. Venda Nova: Bertrand Editora.
Alexander, Chris. 1979. The Timeless Way of Building. New York: Oxford University Press.
Alexander, Chris , Sara Ishikawa, Murray Siverstein, et. al. 1977. A Pattern Language – Towns, Buildings,
Constructions. New York: Oxford University Press.
Brangwyn, Ben e Rob Hopkins. 2008. Manual das Iniciativas de Transição.
http://gaiabrasil.net/TransitionInitiativePrimer-Portuguese.pdf (Março 2012).
Coimbra de Matos, António. 2012. “Paciente: Portugal. Diagnóstico: depressão desamparada”. In Pública,
Jornal O Público, 4/03/2012.
Handy, Charles. The Empty Raincoat – Making Sense of the Future. London: Random House Business Books.
Hofstede, Geert. 1997. Cultura e Organizações – Compreender a nossa Programação Mental. Lisboa: Edições
Sílabo.
International Futures Forum. 2003. “Ten Things to Do in a Conceptual Emergence”. IFF.
International Futures Forum. 2009. “Transformative Innovation in Education: a Playbook for Pragmatic
Visionaries”. IFF
Khun, Thomas. 1962. The Structure of Scientific Revolutions. Chicago: University of Chicago Press.
Pallete, Felipe G., Rafael Calvo, Artur Silva e Henrique Marcelino. 1988. “Una Oportunidad para las Empresas
Ibéricas”. Actas do 5º Congresso Português de Informática, 528-550. Lisboa: Bloco Editorial da API.
Mendes, Carlos. 2012. “Innovation 2.0”. Apresentação nos 9º Seminários do IST-Taguspark, Porto Salvo, Março
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Owen, Harrison, 1997. Open Space Technology – a User’s Guide. San Francisco: Berrett-Koelher Publishers, Inc.
Rogers, Carl R. 1984. Tornar-se Pessoa. Lisboa: Moraes Editores.
Schön, Donald . 1983. The Reflective Practitioner – How Professionals Think in Action. USA: Basic Books.
Silva, Artur. 2002. “Metodologia de Reunião em Espaço Aberto”. In Cadernos INA, nº 2. Oeiras: INA.
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27. Anexo - A experiência do “Reinventar Portugal”
(Ver http://www.archive.org/ Pesquisar por
www.portugalnet.pt/portugal e escolher 1998 ou 1999)
Pode concluir-se sobre essa experiência e
outras similares subsequentes que:
• Questionar a Reinvenção de um país, sendo
indispensável, é insuficiente, num mundo cada vez mais
global, em que as mudanças de paradigma, para serem
sustentáveis, e terem potencial para criar um mundo
melhor, têm de ser vistas como fractais em várias escalas
- local, regional, nacional e global;
• Usar como base artigos de pessoas convidadas ou
autopropostas, ocupando uma fracção maioritária do
espaço ou do tempo, é limitativo,
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28. Anexo - A experiência do “Reinventar
Portugal”
• A correcta selecção dos media a usar e do tipo de
plataforma é essencial
– No caso, o Diário Económico só chegava a um
sector da população e a Portugalnet só tinha
fóruns e era usado principalmente para
mensagens de carácter pessoal
• Existem hoje múltiplas plataformas colaborativas que
podem ser usadas antes, depois e durante eventos
presenciais, para preparar, alargar ou continuar
diálogos e processos de convergência, a nível local,
regional, nacional e transnacional.
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