O filme Equilibrium retrata uma sociedade distópica onde sentimentos são proibidos e as pessoas são obrigadas a tomar drogas diariamente para isso. O filme explora conceitos como ideologia, fé, etnocentrismo e comunicação de massa através de um governo autoritário que controla a população pela repetição da mesma informação e supressão de sentimentos e arte.
Equilibrium: um filme repleto de conceitos filosóficos
1. Equilibrium
Este filme retrata uma sociedade onde a regra é não ter sentimentos,
onde para isso todas as pessoas precisam injetar uma droga todos os dias por
lei, e todos os livros devem ser queimados pelos bombeiros, este filme é
baseado no livro de ficção-científica “Fahrenheit 451”, onde também já tinha-se
feito outro filme, com o mesmo nome do livro, mais o mais interessante é o
grande aglomerado de conceitos filosóficos que ele sustenta como, ideologia,
fé, etnocentrismo, sentimentos humanos e o que eles nos proporcionam,
alguns conceitos de comunicação como manutenção do poder pela repetição
diária da mesma informação.
Este filme tem um forte conceito de ideologia, onde esta ideologia tem
todas as características de um governo autoritário, muito parecido com o
instaurado na Alemanha nos “reich”, até mesmo seu símbolo, amostra em
todos os cantos da cidade também se parece muito com a suástica nazista,
uma ideologia que acredita realmente que o sentimento das pessoas foi a
causa das guerras, assim, sem sentimentos não haverá guerra, como
realmente não houve, mas a que preço, quantas pessoas morreram para que
este regime continuasse em vigor, como todo governo autoritário, é usada a
força para se instaurar e manter este regime, e ainda mais quando há um
grupo anti-regime, que não toma suas drogas, e tem um relacionamento íntimo
tanto pessoal como com as artes, tudo o que o governo pregava contra.
Outro conceito muito comum e interessante que o filme aborda é o
etnocentrismo, que seria uma sociedade querer pautar todas as outras com o
seu modo de ver, com a sua conduta, que é o que o articulador do sistema (o
“pai”, que posteriormente se descobre que ele morreu e logicamente não
2. mandava mais nada) estava fazendo, pode-se chama-lo de um “etnocentrista”,
disseminando o seu etnocentrismo há maior parte da sociedade, que
consequentemente se tornavam “etnocentristas” também, como uma doença
que se espalha por um grupo levando à desordem e ao caos, que voltando ao
conceito de ideologia, acaba-se por levar à guerra, e assim tudo foi em vão.
O conceito de comunicação e toda a sua eficácia é um conceito que foi
muito abordado, não por apenas coincidência, por hitler e goebbels (ministro da
propaganda do III Reich) na Alemanha e também no nosso curso quase que
essencialmente, por ser uma das maneiras muito eficazes de se controlar um
povo, onde sem violência física se controla toda uma população, pelo menos a
grande maioria, que acontece até hoje na nossa sociedade, este é o verdadeiro
papel dos maiores veículos “midiáticos”, os “mass media”, onde por eles se
introduz uma idéia na cabeça das pessoas deixando-as entorpecidas com a
informação muito bem colocada de uma forma que deixa as pessoas
totalmente alienadas.
Outra coisa muito interessante é o conceito de fé do filme, começando
por cenas que quando aparecia o homem que teoricamente subordinava o
“pai”, estava sempre uma grande janela em forma de cruz, dando a ele uma
imagem de grandiosidade, e também o fato de a grande maioria da população
acreditava fielmente no “pai”, onde se confirma mais uma vez o forte conceito
de fé do filme. Ainda se referindo aos que mandavam no poder, um fato muito
chocante do filme, que da para ser percebido no decorrer do filme, mas no fim
fica mais declarado, o fato de o subordinado do “pai” ter sentimentos, de ele
não tomar as drogas como deveriam ser tomadas, ele no filme inteiro teve algo
diferente dos outros personagens, ele sentia raiva, de certos acontecimentos
3. do filme, e isto o declarava não tomador das drogas, mais a discussão, porque
o poder máximo do governo não fazia o que impunha com tanto vigor à todos
fazerem, ele gostava de sentir, mais gostava também do poder, à uma
associação que podemos fazer com a nossa vida cotidiana, deste fato de os
líderes não seguirem o que impõe, que é o exemplo de “todas” as igrejas, que
impõe aos seus fiéis a seguirem à risca todos os mandamentos divinos, mais
será que eles mesmo seguem, ou será que ainda acontece como em um
passado não muito distante onde a igreja por meio de seus representantes
como bispos, e padres, apenas enganam a população, fazendo-os acreditar
que seguindo estas regras irão receber a paz eterna depois de sua morte, mais
por baixo dos panos apenas alienam as pessoas para que elas continuem
seguindo a risca o governo, e conseguindo dinheiro para dar uma vida boa ao
alto clero, tão não está muito longe esta possibilidade que se pode voltar a
atenção ao líder máximo da igreja católica, o papa, e ver toda a sua riqueza e
como ele vive bem, em uma via regrada de benefícios e esbanjando os
recursos quase que ilimitados da igreja católicas, de seus fiéis, bem diferente
do que ele prega e de como vivem seus fiéis.
Concluindo, o filme equilibrium assim como vários outros filmes está
repleto de conceitos filosóficos que podem ser muito bem discutidos, refletidos
e transmitir, as lições para o mundo real, o filme é uma obra de ficção onde o
maior intuito é nos colocar em situações críticas e resolve-las, para depois
estas lições serem levadas para a vida.