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Efeitos da Música Sobre as Plantas


Uma série de experiências interessantes e eventualmente muito controversas sobre os efeitos da música sobre
as plantas começou em 1968 quando Dorothy Retallack, uma organista profissional e mezzo-soprano, que deu
concertos no Beacon Club de Denver, entre 1947 e 1952, sentiu-se deslocada quando seus oito filhos foram para
a faculdade. Para não ser o único membro da família sem um diploma, a Sra. Retallack surpreendeu sua própria
família com a sua própria inscrição para o curso de música na Faculdade Temple Buel. Sendo solicitada a
produzir uma experiência de laboratório na área de biologia, a Sra. Retallack lembrou-se vagamente de haver lido
um artigo sobre Goerg Smith haver tocado discos em campos de milho.

Seguindo o exemplo do Sr. Smith ela juntou-se a um colega de estudos, cuja família providenciou um quarto
vazio em sua casa e criou dois grupos [de plantas], os quais incluíam filodendros, milho, rabanetes, gerânios e
violetas africanas. Os cientistas novatos suspenderam luzes Grolux sobre um grupo e tocaram gravações das
notas musicais Si e Ré, tocadas ao piano a cada segundo, alternando com cinco minutos de silêncio. A gravação
era tocada continuamente por doze horas por dia. Durante a primeira semana, as violetas africanas, que haviam
murchado no início da experiência, reviveram e começaram a florescer. Por dez dias todas as plantas pareciam
estar se desenvolvendo bem; mas no final da terceira semana todas as plantas, como se atingidas por um vento
forte, morreram, com a notável exceção das violetas africanas, as quais permaneceram de alguma forma sem
serem afetadas exteriormente. O grupo de controle, que foi deixado crescer em paz, floresceu.

Quando ela relatou estes resultados ao seu professor de biologia, e perguntou se poderia realizar uma
experiência com um controle mais elaborado para o crédito no curso, ele concordou relutantemente. “A idéia me
fez resmungar um pouco,” disse mais tarde o Prof.Browan, ”mas era uma novidade e decidi aceitá-la, embora a
maioria dos outros estudantes tenha rido alto.” Browan disponibilizou para a Sra. Retallack três Câmaras
Ambientais Bitronic Mark3, de quinze metros de comprimento, compradas recentemente pelo seu departamento,
semelhantes em formato a aquários caseiros, mas muito maiores, as quais permitiam um controle preciso da luz,
temperatura e umidade.

Separando um grupo como controle, Retallack usou as mesmas plantas que na primeira experiência, com
exceção das violetas. Tentando encontrar a nota musical mais apropriada à sobrevivência [das plantas], a cada
dia ela tentou uma nota Fá, tocada continuamente por oito horas em uma câmara e três horas intermitentemente
em outra. Na primeira câmara suas plantas estavam completamente mortas dentro de duas semanas. Na
segunda câmara as plantas estavam muito mais saudáveis do que as [da câmara de controle] que foram
deixadas em silêncio.

A Sra. Retallack e o Prof.Browan ficaram confusos com estes resultados, pois não tinham idéia do que poderia
estar causando as reações divergentes e não ajudaria em nada ficar se perguntando se as plantas haviam
sucumbido a fadiga, ou tédio ou se tinham simplesmente “ficado malucas”. As experiências precisas levantaram
uma onde de controvérsia no departamento, pois tanto estudantes quanto professores ou rejeitavam todo este
esforço como sendo espúrio, ou ficavam intrigados pelos resultados inexplicáveis. Dois estudantes fizeram uma
experiência de oito semanas com abóboras de verão, tocando música de duas estações de rádio de Denver nas
suas câmaras, uma rádio especializada em música rock fortemente acentuada e outra em música clássica.

As trepadeiras não ficaram indiferentes às duas formas musicais: aquelas que foram expostas a Hadyn,
Beethoven, Brahms, Schubert e outros mestres europeus dos séculos dezoito e dezenove cresceram na direção
do rádio transistorizado, uma delas até mesmo enroscando-se gentilmente em volta dele. As outras abóboras
cresceram afastando-se da transmissão do rock e até tentaram subir mas paredes escorregadias de sua caixa de
vidro.

Impressionada pelo sucesso de seus amigos, a Sra. Retallack executou uma série de experimentos similares no
início de 1969 com milho, abóboras, petúnias, zínias e malmequeres; ela notou o mesmo efeito. A música rock ou
fazia com que as plantas a princípio crescessem de muito, de forma anormal e com muito poucas folhas ou
permanecessem mirradas. Dentro de duas semanas todos os malmequeres haviam morrido, mas a apenas dois
metros de distância malmequeres idênticos. Desfrutando dos sons clássicos, estavam florescendo. Ainda mais
interessante, a Sra. Retallack descobriu que mesmo durante a primeira semana, as plantas estimuladas pelo rock
estavam usando muito mais água do que a vegetação que era entretida pela música clássica, mas
aparentemente tirava manos proveito disso, uma vez que o exame das raízes no décimo oitavo dia revelou que o
seu crescimento no solo era pequeno no primeiro grupo, medindo apenas cerva de uma polegada, enquanto que
no segundo grupo elas eram grossas, curvadas e cerca de quatro vezes mais longas.

Neste ponto, vários críticos sugeriram que as experiências eram inválidas, por causa de variáveis tais como o
zumbido dos sessenta ciclos, o “ruído branco” ouvido de um rádio sintonizado em uma freqüência não ocupada
por uma estação radio transmissora, ou as vozes dos apresentadores de propagandas, emitidas pelos aparelhos
de rádio, não haviam sido levadas em conta. Tara satisfazer a estas críticas, Retallack gravou música rock a partir
de discos. Ela selecionou as execuções de rock extremamente percussivo de Led Zepplin, Vanilla Fudge and Jimi
Hendrix. Quando as plantas se afastaram desta cacofonia, Retallack girou todos os vasos em 180 graus, apenas
para ver as plantas inclinarem-se na direção oposta. Isto convenceu a maior parte dos críticos de que as plantas
estavam definitivamente reagindo aos sons da música rock.

Tentando determinar o que havia na música rock que perturbava tanto as plantas, Retallack supôs que poderia
ser o componente percussivo da música e começou ainda uma outra experiência no outono. Selecionando a
conhecida música espanhola “La Paloma”, ela tocou uma versão desta música executada em tambores de aço
em uma câmara e outra versão desta música tocada com cordas na segunda. A percussão causou nas plantas de
Retallack uma inclinação de dez graus com relação à vertical, mas nada comparável ao rock. As plantas que
ouviam as cordas inclinaram-se quinze graus em direção à fonte da música.


Bibliografia:

Livro: "The Secret Life of Plants"
de: Peter Tompkins and Christopher Bird.
Editores: Harpers and Row.
Trechos extraídos do capítulo 10 "A Vida Harmônica das Plantas"


Traduzido por Levi de Paula Tavares em Dezembro/2004

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Efeitos Da MúSica Sobre As Plantas

  • 1. Efeitos da Música Sobre as Plantas Uma série de experiências interessantes e eventualmente muito controversas sobre os efeitos da música sobre as plantas começou em 1968 quando Dorothy Retallack, uma organista profissional e mezzo-soprano, que deu concertos no Beacon Club de Denver, entre 1947 e 1952, sentiu-se deslocada quando seus oito filhos foram para a faculdade. Para não ser o único membro da família sem um diploma, a Sra. Retallack surpreendeu sua própria família com a sua própria inscrição para o curso de música na Faculdade Temple Buel. Sendo solicitada a produzir uma experiência de laboratório na área de biologia, a Sra. Retallack lembrou-se vagamente de haver lido um artigo sobre Goerg Smith haver tocado discos em campos de milho. Seguindo o exemplo do Sr. Smith ela juntou-se a um colega de estudos, cuja família providenciou um quarto vazio em sua casa e criou dois grupos [de plantas], os quais incluíam filodendros, milho, rabanetes, gerânios e violetas africanas. Os cientistas novatos suspenderam luzes Grolux sobre um grupo e tocaram gravações das notas musicais Si e Ré, tocadas ao piano a cada segundo, alternando com cinco minutos de silêncio. A gravação era tocada continuamente por doze horas por dia. Durante a primeira semana, as violetas africanas, que haviam murchado no início da experiência, reviveram e começaram a florescer. Por dez dias todas as plantas pareciam estar se desenvolvendo bem; mas no final da terceira semana todas as plantas, como se atingidas por um vento forte, morreram, com a notável exceção das violetas africanas, as quais permaneceram de alguma forma sem serem afetadas exteriormente. O grupo de controle, que foi deixado crescer em paz, floresceu. Quando ela relatou estes resultados ao seu professor de biologia, e perguntou se poderia realizar uma experiência com um controle mais elaborado para o crédito no curso, ele concordou relutantemente. “A idéia me fez resmungar um pouco,” disse mais tarde o Prof.Browan, ”mas era uma novidade e decidi aceitá-la, embora a maioria dos outros estudantes tenha rido alto.” Browan disponibilizou para a Sra. Retallack três Câmaras Ambientais Bitronic Mark3, de quinze metros de comprimento, compradas recentemente pelo seu departamento, semelhantes em formato a aquários caseiros, mas muito maiores, as quais permitiam um controle preciso da luz, temperatura e umidade. Separando um grupo como controle, Retallack usou as mesmas plantas que na primeira experiência, com exceção das violetas. Tentando encontrar a nota musical mais apropriada à sobrevivência [das plantas], a cada dia ela tentou uma nota Fá, tocada continuamente por oito horas em uma câmara e três horas intermitentemente em outra. Na primeira câmara suas plantas estavam completamente mortas dentro de duas semanas. Na segunda câmara as plantas estavam muito mais saudáveis do que as [da câmara de controle] que foram deixadas em silêncio. A Sra. Retallack e o Prof.Browan ficaram confusos com estes resultados, pois não tinham idéia do que poderia estar causando as reações divergentes e não ajudaria em nada ficar se perguntando se as plantas haviam sucumbido a fadiga, ou tédio ou se tinham simplesmente “ficado malucas”. As experiências precisas levantaram uma onde de controvérsia no departamento, pois tanto estudantes quanto professores ou rejeitavam todo este esforço como sendo espúrio, ou ficavam intrigados pelos resultados inexplicáveis. Dois estudantes fizeram uma experiência de oito semanas com abóboras de verão, tocando música de duas estações de rádio de Denver nas suas câmaras, uma rádio especializada em música rock fortemente acentuada e outra em música clássica. As trepadeiras não ficaram indiferentes às duas formas musicais: aquelas que foram expostas a Hadyn, Beethoven, Brahms, Schubert e outros mestres europeus dos séculos dezoito e dezenove cresceram na direção do rádio transistorizado, uma delas até mesmo enroscando-se gentilmente em volta dele. As outras abóboras cresceram afastando-se da transmissão do rock e até tentaram subir mas paredes escorregadias de sua caixa de vidro. Impressionada pelo sucesso de seus amigos, a Sra. Retallack executou uma série de experimentos similares no início de 1969 com milho, abóboras, petúnias, zínias e malmequeres; ela notou o mesmo efeito. A música rock ou fazia com que as plantas a princípio crescessem de muito, de forma anormal e com muito poucas folhas ou permanecessem mirradas. Dentro de duas semanas todos os malmequeres haviam morrido, mas a apenas dois metros de distância malmequeres idênticos. Desfrutando dos sons clássicos, estavam florescendo. Ainda mais interessante, a Sra. Retallack descobriu que mesmo durante a primeira semana, as plantas estimuladas pelo rock estavam usando muito mais água do que a vegetação que era entretida pela música clássica, mas
  • 2. aparentemente tirava manos proveito disso, uma vez que o exame das raízes no décimo oitavo dia revelou que o seu crescimento no solo era pequeno no primeiro grupo, medindo apenas cerva de uma polegada, enquanto que no segundo grupo elas eram grossas, curvadas e cerca de quatro vezes mais longas. Neste ponto, vários críticos sugeriram que as experiências eram inválidas, por causa de variáveis tais como o zumbido dos sessenta ciclos, o “ruído branco” ouvido de um rádio sintonizado em uma freqüência não ocupada por uma estação radio transmissora, ou as vozes dos apresentadores de propagandas, emitidas pelos aparelhos de rádio, não haviam sido levadas em conta. Tara satisfazer a estas críticas, Retallack gravou música rock a partir de discos. Ela selecionou as execuções de rock extremamente percussivo de Led Zepplin, Vanilla Fudge and Jimi Hendrix. Quando as plantas se afastaram desta cacofonia, Retallack girou todos os vasos em 180 graus, apenas para ver as plantas inclinarem-se na direção oposta. Isto convenceu a maior parte dos críticos de que as plantas estavam definitivamente reagindo aos sons da música rock. Tentando determinar o que havia na música rock que perturbava tanto as plantas, Retallack supôs que poderia ser o componente percussivo da música e começou ainda uma outra experiência no outono. Selecionando a conhecida música espanhola “La Paloma”, ela tocou uma versão desta música executada em tambores de aço em uma câmara e outra versão desta música tocada com cordas na segunda. A percussão causou nas plantas de Retallack uma inclinação de dez graus com relação à vertical, mas nada comparável ao rock. As plantas que ouviam as cordas inclinaram-se quinze graus em direção à fonte da música. Bibliografia: Livro: "The Secret Life of Plants" de: Peter Tompkins and Christopher Bird. Editores: Harpers and Row. Trechos extraídos do capítulo 10 "A Vida Harmônica das Plantas" Traduzido por Levi de Paula Tavares em Dezembro/2004