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INVENTÁRIO
DE EMISSÕES
DE GASES DE
EFEITO ESTUFA
CONCEITOS BÁSICOS E PASSO A PASSO
Definição
3
Principais referências
4
Conceitos básicos
5
Princípios de contabilização e elaboração do inventário
6
Passo a passo
8
Benefícios da elaboração do Inventário de Emissões de GEE
19
Conclusão: Inventário como ferramenta de gestão GEE
20
Como o Climas pode ser um importante aliado nessa jornada?
21
Conheça alguns cases dos nossos clientes
23
Referências bibliográficas
24
S
U
M
Á
R
I
O
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
Definição
O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é um
documento que permite o mapeamento das fontes de
emissão de GEE de uma atividade, processo, organização,
setor econômico, cidade, estado ou até mesmo de um
país, seguida da quantificação, monitoramento e registro
dessas emissões.
Serealizadoperiodicamenteecomossistemas adequados,
pode ser uma poderosa ferramenta de gestão, que
possibilita a identificação do perfil das emissões de GEE da
entidadeinventarianteeguiaasoportunidadesdemitigação
e compensação. Geralmente, os Inventários de GEE
corporativos são realizados com recortes temporais anuais,
facilitando o seu planejamento e a sua comparabilidade.
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
3
Principais referências
NORMAS E DIRETRIZES
VERIFICAÇÃO DE INFORMAÇÕES
Para a elaboração de um inventário de GEE é necessário
seguir protocolos e normas disponíveis para a sua
compilação. Atualmente, a norma mais utilizada é o
Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol), que é compatível
com a ISO 14.064. Para fins de métodos de quantificação, a
referência mais importante é o IPCC Guidelines for National
Greenhouse Gas Inventories.
Os Inventários de GEE também são passíveis de
verificação por terceiros. Essa medida tem o objetivo de
atestar a acuidade e a qualidade dos dados apresentados,
assegurando uma avaliação do quantitativo de emissões
de gases de efeito estufa da organização.
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
4
INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GEE
Conceitos básicos
De maneira geral, as normas definem os requisitos
mínimos de um Inventário de GEE como, por exemplo, o
estabelecimento de um ano-base, a definição dos limites
operacionais e organizacionais, a exclusão de fontes e
sumidouros, entre outros.
Asnormastambémindicamfronteirasderesponsabilidade
sobre as emissões de GEE, empregando um conceito
fundamental na realização de Inventários de GEE: o Escopo
de Emissão. Para tanto, fontes e sumidouros de gases de
efeito estufa são caracterizadas em emissões diretas ou
indiretas.
Mais detalhes a partir da página 8.
INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GEE
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
5
Princípios de contabilização
e elaboração do inventário
A contabilização, quantificação, elaboração e publicação de inventário de GEE* deve estar em conformidade
com os cinco princípios de contabilização de GEE apresentados no GHG Protocol Corporate Standard e na
norma Organização Internacional para Padronização: ISO 14.064.
Assegurar que o inventário de GEE reflita apropriadamente
as emissões do processo em foco e que atenda às
necessidades de tomada de decisão de seus usuários.
Para fins de métodos de quantificação, a referência mais
importante é o IPCC Guidelines for National Greenhouse
Gas Inventories.
Registrar todas as fontes e atividades emissoras de GEE
dentro dos limites selecionados do inventário. Documentar
e justificar quaisquer exclusões específicas.
RELEVÂNCIA: COMPLETUDE:
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
6
*O Programa Brasileiro GHG Protocol baseia-se nesses padrões.
Tratar todos os assuntos relevantes
de forma coerente e factual, alicerçada
em evidências objetivas. Revelar
quaisquer suposições relevantes, bem
como fazer referência apropriada às
metodologias de cálculo e de registro
e ainda às fontes de dados utilizadas.
TRANSPARÊNCIA:
Por meio de dados apropriados, de
fatores de emissão ou estimativas,
assegurar que a quantificação
de emissões de GEE não esteja
subestimada ou superestimada.
Reduzir o viés e as incertezas ao
mínimo possível e obter um nível
de determinações que possibilite
segurança nas tomadas de
decisões.
ACUIDADE:
Utilizar metodologias reconhecidas
e consubstanciadas tecnicamente,
que permitam comparações
das emissões com os de outros
processos similares. Documentar
claramente quaisquer alterações de
dados, limites de inventário, métodos
empregados ou quaisquer outros
fatores relevantes durante dado
tempo.
CONSISTÊNCIA:
INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GEE
Fonte: Princípios de contabilização e elaboração
do inventários (FGV/GVces; WRI, 2011).
7
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
Passo a passo
As etapas metodológicas
utilizadas para a
elaboração de um Inventário
de Gases de Efeito Estufa
são apresentadas no
diagrama ao lado:
8
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
1. Definição de abrangência
2. Definição de período de referência
e ano-base
3. Identificação ou reavaliação de fontes
e sumidouros de GEE
4. Coleta de informações
5. Cálculo de emissões e remoções
6. Cálculo de incertezas
7. Apresentação de resultados
A primeira etapa é a Definição de Abrangência do Inventário de GEE, também chamado de Definição de Fronteiras. Seguindo
os requisitos da normas aplicáveis, duas fronteiras precisam ser estabelecidas.
• A Fronteira Organizacional define os limites da companhia, incluindo as subsidiárias que compõem o negócio.
• A Fronteira Operacional, como indica o nome, diz respeito às operações nas quais se encontram as fontes e sumidouros
de GEE, como: frotas de veículos, fábricas e edifícios. Uma boa definição das Fronteiras Operacionais é fundamental para a
qualidade do inventário, por englobar a identificação das emissões por tipo: diretas e indiretas.
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
1. Definição da abrangência
9
1.1 Escopo de emissão
Emissões Diretas, ou de Escopo 1, são aquelas que ocorrem em fontes cuja propriedade ou controle são da empresa
inventariante.
Já as Emissões Indiretas dizem respeito às emissões por
fontes de propriedade ou controladas por terceiros. Elas
podem ser Emissões Indiretas por Consumo de Energia, ou
de Escopo 2, quando referentes às emissões oriundas do
consumo de energia elétrica ou térmica adquirida.
EMISSÕES DIRETAS
EMISSÕES INDIRETAS
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
Podem ainda ser Emissões Indiretas por Outras Fontes,
ou de Escopo 3, quando dizem respeito às demais
fontes de GEE, que não são de responsabilidade direta
da organização inventariante. Como aquelas geradas
por fornecedores. Nas próximas páginas, é possível
observar exemplos.
10
Categorias de Escopo 1
Consumo de combustíveis
em motores estacionários
como caldeiras, geradores,
fornos etc.
Combustão Estacionária:
Corresponde ao tratamento
de resíduos e efluentes.
Resíduos sólidos
e efluentes líquidos:
Gases refrigerantes,
como os advindos do ar-
condicionado, e extintores.
Fugitivas:
Processos de produção.
Emissões industriais:
Desmatamento e
reflorestamento.
Mudança do uso do solo:
Consumo de combustíveis
em motores móveis
como carros, caminhões,
empilhadeiras etc.
Combustão Móvel:
Fermentação entérica
(processo digestivo
natural que ocorre em
animais ruminantes, como
gado e ovelhas) e uso de
fertilizantes.
Agrícolas:
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
11
Categorias de Escopo 2
Consumo de energia elétrica.
Perdas por transmissão e
distribuição
Consumo de vapor.
Aquisição de energia térmica:
Consumo de energia elétrica.
Aquisição de energia elétrica:
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
12
w
Categorias de Escopo 3
As emissões de escopo 3 têm contabilização opcional. Servem para Identificar as emissões relevantes de GEE ao longo
da cadeia de valor. São divididas em 15 categorias classificadas como Upstream (emissões indiretas relacionadas a bens e
serviços comprados ou adquiridos pelas organizações) ou Downstream (emissões indiretas relacionadas a bens e serviços
vendidos).
1. Bens e serviços comprados
2. Bens de capital
3. Atividades relacionadas com combustível e energia
não inclusas nos Escopos 1 e 2
4. Transporte e distribuição (upstream)
5. Resíduos gerados nas operações
6. Viagens a negócios
7. Deslocamento de funcionários (casa-trabalho)
8. Bens arrendados (a organização como arrendatária)
9. Transporte e distribuição
10. Processamento de produtos vendidos
11. Uso de bens e serviços vendidos
12. Tratamento de fim de vida dos produtos vendidos
13. Bens arrendados (a organização como arrendadora)
14. Franquias
15. Investimentos
Emissões upstream: Emissões downstream:
13
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
PERÍODO DE REFERÊNCIA: ANO-BASE:
2. Definição do período de referência
e ano-base
Com as fronteiras organizacional e operacional definidas
é preciso estabelecer o período de referência, também
denominado de Fronteira Temporal. Trata-se do recorte
temporal da quantificação de emissões. Normalmente,
Inventários de GEE têm recorte anual, com período de
referência de 1º de Janeiro a 31 de Dezembro do ano
de reporte. Algumas empresas possuem períodos de
monitoramento mais curtos, voltados para a gestão de
metas de emissões. Entretanto, mesmo nesses casos, a
comunicação oficial dos resultados do Inventário de Gases
de Efeito Estufa (GEE) tende a acontecer uma vez por ano.
Já o Ano-Base diz respeito ao Inventário utilizado como
referência para acompanhamento da evolução das
emissões. Deve-se estabelecer um Ano-Base histórico
para emissões e remoções de GEE por motivos de
comparabilidade. Sem um Inventário de Ano-Base é
impossível avaliar a performance de emissões de uma
empresa. Normalmente, utiliza-se o primeiro Inventário
de GEE como Ano-Base, entretanto, pode-se retroagir,
calculando emissões históricas, caso haja informações
suficientes para fazê-lo.
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
14
3. Identificação ou revalidação
de fontes e sumidouros de GEE
Uma vez definidas as fronteiras do Inventário de GEE e o
período de reporte, é necessário identificar ou revalidar as
fontes e sumidouros de GEE. Fontes de Emissão de GEE
são unidades físicas ou processos que liberam algum gás
de efeito estufa (GEE) para a atmosfera. Já um Sumidouro
de GEE é uma unidade física ou processo que remove um
gás de efeito estufa da atmosfera.
De maneira prática, é importante que as fontes ou
sumidouros sejam identificadas no primeiro inventário e
revalidadas a cada ano. Esta atividade requer avaliações
dos fluxos de processos produtivos. De maneira geral,
o Dióxido de Carbono (CO2) é emitido em processos de
combustão, como motores e caldeiras. O Metano (CH4)
é principalmente originado em processos biológicos,
como o tratamento de efluentes líquidos, mas também é
emitido em menores volumes, por exemplo, na queima de
combustíveis fósseis. Já o Óxido Nitroso (N2O) pode ser
emitido em processos industriais específicos, como na
produção de ácido adipico, e em processos biológicos de
nitrificação e desnitrificação.
Sempre que uma fonte de GEE deixar de existir, o Inventário
deve refletir esta situação. Por exemplo, uma frota de
veículos tende a ser bastante dinâmica, com substituições
frequentes e vendas de carros antigos. A revalidação
de fontes de GEE também deve incluir a avaliação da
propriedade ou controle da empresa sob a fonte, uma vez
que pode haver reclassificação entre Emissões Diretas,
ou de Escopo 1, e Emissões Indiretas, ou de Escopo 3.
Este é um caso clássico observado nos processos de
terceirização, nos quais as companhias vendem ativos e
passam a contratar o serviço de terceiros.
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
15
4. Coleta de informações
Com as fontes e sumidouros de GEE identificados e registrados,
começa a etapa de coleta das informações. Essa atividade contempla
a identificação dos registros gerenciais nas empresas, a coleta e a
compilação dos dados. Bastante demandante em termos de tempo, a
ação normalmente envolve múltiplas áreas da empresa e pode ter origem
em registros diversos: desde dados fiscais até planilhas de controle de
abastecimento de equipamentos.
Para que a manutenção do inventário demande o menor esforço possível
é imprescindível que o sistema de registro de dados seja robusto e
flexível. Afinal, o rastreamento dos dados é fundamental para facilitar
a auditoria dos inventários. Portanto, a coleta de informações deve ser
acompanhada do controle da origem dos e das evidências de valores.
Saiba como o Climas usa tecnologia para tornar o processo de coleta de informações mais
integrado, automatizado e rastreável.
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
16
5. Cálculo de emissões
e remoções
Com as fontes de GEE identificadas e com os respectivos dados
coletados, são realizados os cálculos das emissões de GEE. A
abordagem mais comum para calcular emissões de GEE é por
meio da aplicação de fatores de emissão documentados. Nesse
sentido, ocorre multiplicação dos dados das fontes de GEE, como,
por exemplo, o consumo de combustíveis, por um fator de emissão.
Os fatores de emissão são coeficientes que relacionam os
dados da atividade às emissões ou remoções inerentes. Podem
ser derivados da literatura, (como o próprio IPCC, a US EPA e o
DEFRA) ou podem ser desenvolvidos para a situação da empresa,
considerando especificidades e tecnologias empregadas.
O Climas possui uma base com cerca de
30.000 fatores de emissão validados por
especialistas de acordo com organismos
nacionais e internacionais.
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
17
As incertezas de um Inventário de GEE podem ter origem
tanto nos dados das fontes quanto nos fatores de emissão.
No caso dos dados de entrada, incertezas ocorrem porque
os equipamentos de medição possuem erros ou porque
o recurso humano que registrou a informação é sujeito a
erros.
Nesse caso, pode-se registrar as variações previstas nas
especificações de equipamentos de medição e considerá-
las nos resultados dos inventários. No caso de fatores
de emissão, é boa prática registrar os limites e erros
6. Cálculo de incertezas
disponibilizados pela literatura e também refleti-los nos
resultados dos inventários.
São duas as fontes de incertezas de um Inventário de
GEE. A Precisão diz respeito ao grau de variabilidade, ou
desvio padrão, dos resultados. Por sua vez, a Acuidade
corresponde ao grau de veracidade dos resultados, ou
seja, quão próximo o resultado é do valor aceitável. As
incertezas devem ser reduzidas até o limite da praticidade.
Para o cálculo, recomenda-se a utilização do modelo de
propagação de incertezas (IPCC, 2006).
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
18
7. Apresentação de resultados
Com os cálculos concluídos é hora de
apresentar os resultados. A estrutura
dos relatórios de Inventários de GEE
são apresentadas pelo GHG Protocol
e pela ISO 14.064. De maneira geral,
os resultados são organizados em
emissões por Escopo, Atividade,
Categoria e Tipo de GEE. É boa prática
apresentar os resultados também por
FronteiraOperacional,melhordetalhando
as emissões em cada fronteira.
Globalmente, existem iniciativas
voluntárias que permitem a transparência
da divulgação dos resultados das
emissões, como:
• CDP (Carbon Disclosure Project);
• GRI (Global Reporting Initiative)
Standards;
• Índices de sustentabilidade
empresarial das bolsas de valores,
tais como DJSI, FTSE4Good e ISE/B3;
• E outras Iniciativas de divulgação
climática locais, como PBGHG
Protocol no Brasil, Huella Chile ou
Huella de Carbono Perú.
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
19
Benefícios da elaboração do
Inventário de Emissões de GEE
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
A demanda por informações sobre as emissões de GEE das empresas
vem crescendo constantemente nos últimos anos. Abaixo, estão
elencados alguns motivos para que as organizações produzam o
relatório de carbono.
• Adequação às demandas regulatórias (EUA) ou antecipação à futura
legislação ou regulamentação setorial sobre as mudanças climáticas;
• Informação ao Conselho de Administração, às entidades financeiras e aos
demais stakeholders da organização;
• Ponto de partida para o desenho de uma estratégia de mitigação,
preferencialmente alinhada com o Acordo de Paris;
• Identificação das oportunidades de melhorias na eficiência operacional e,
consequentemente, de redução nos custos;
• Posicionamento setorial, reconhecimento de mercado e vantagem
competitiva;
• Avaliação de riscos e necessidade de elaboração de planos de ação;
• Possibilidade de participação no mercado de carbono;
• Possibilidade de compensação das emissões de GEE.
20
Conclusão: Inventário como
ferramenta de gestão
Realizar o inventário de emissões de emissões
de GEE é um passo importante, mas, além disso,
o acompanhamento das emissões de maneira
sistemática e integrada aos processos da empresa
é essencial. É a base para o estabelecimento de um
sistema de gestão da mudança do clima que permita
endereçar corretamente a demanda de mitigação das
emissões, de acordo com as metas estabelecidas pelo
Acordo de Paris.
INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GEE
21
Como o Climas pode ser um
importante aliado nessa jornada?
O módulo de gestão de emissões de GEE é um dos principais
componentes do Climas, plataforma de gestão ESG da WayCarbon.
Por meio do uso do Climas, a elaboração do inventário de emissões
de GEE torna-se um processo mais robusto. Todas as fontes de
emissão são mapeadas, a coleta de dados é gerenciada e os cálculos
das emissões são automatizados com base na biblioteca interna de
fatores de emissão.
Os dashboards do Climas permitem o aprofundamento das análises
e a comparabilidade temporal e entre unidades de negócio distintas,
provendo aos gestores maior visibilidade e capacidade de tomada
de decisão. Além disso, os resultados já são pré-formatados para
atender aos principais programas de relato, tais como CDP e GRI.
Presente em 18 países, nossos clientes atuam nos mais diversos
segmentos, tais como construção civil, agro, manufatura, mineração,
metalurgia, siderurgia, varejo, transportes, serviços financeiros,
dentre outros.
I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
22
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INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GEE
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nossos clientes
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Referências Bibliográficas
• MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E
ABASTECIMENTO. Coletânea dos Fatores de
Emissão e Remoção de Gases de Efeito Estufa.
Brasília, 2020. Disponível em https://cnabrasil.
org.br/assets/arquivos/MIOLO_agricultura_
grafica_21.12.pdf. Acesso em: 17 de março de
2022.
• CENTRODEESTUDOSEMSUSTENTABILIDADE
- FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Relatório
Técnico: Categorias de Emissões de escopo
3 adotadas pelo programa brasileiro GHG
Protocol. São Paulo, 2018. Disponível em: http://
mediadrawer.gvces.com.br/ghg/original/ghg_
categorias_e3_definicoes_curta.pdf. Acesso em
17 de março de 2022.
INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GEE
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E Book Gás Efeito Estufa - Dados Publicações.pdf

  • 1. INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA CONCEITOS BÁSICOS E PASSO A PASSO
  • 2. Definição 3 Principais referências 4 Conceitos básicos 5 Princípios de contabilização e elaboração do inventário 6 Passo a passo 8 Benefícios da elaboração do Inventário de Emissões de GEE 19 Conclusão: Inventário como ferramenta de gestão GEE 20 Como o Climas pode ser um importante aliado nessa jornada? 21 Conheça alguns cases dos nossos clientes 23 Referências bibliográficas 24 S U M Á R I O I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
  • 3. Definição O Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa é um documento que permite o mapeamento das fontes de emissão de GEE de uma atividade, processo, organização, setor econômico, cidade, estado ou até mesmo de um país, seguida da quantificação, monitoramento e registro dessas emissões. Serealizadoperiodicamenteecomossistemas adequados, pode ser uma poderosa ferramenta de gestão, que possibilita a identificação do perfil das emissões de GEE da entidadeinventarianteeguiaasoportunidadesdemitigação e compensação. Geralmente, os Inventários de GEE corporativos são realizados com recortes temporais anuais, facilitando o seu planejamento e a sua comparabilidade. I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E 3
  • 4. Principais referências NORMAS E DIRETRIZES VERIFICAÇÃO DE INFORMAÇÕES Para a elaboração de um inventário de GEE é necessário seguir protocolos e normas disponíveis para a sua compilação. Atualmente, a norma mais utilizada é o Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol), que é compatível com a ISO 14.064. Para fins de métodos de quantificação, a referência mais importante é o IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories. Os Inventários de GEE também são passíveis de verificação por terceiros. Essa medida tem o objetivo de atestar a acuidade e a qualidade dos dados apresentados, assegurando uma avaliação do quantitativo de emissões de gases de efeito estufa da organização. I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E 4
  • 5. INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GEE Conceitos básicos De maneira geral, as normas definem os requisitos mínimos de um Inventário de GEE como, por exemplo, o estabelecimento de um ano-base, a definição dos limites operacionais e organizacionais, a exclusão de fontes e sumidouros, entre outros. Asnormastambémindicamfronteirasderesponsabilidade sobre as emissões de GEE, empregando um conceito fundamental na realização de Inventários de GEE: o Escopo de Emissão. Para tanto, fontes e sumidouros de gases de efeito estufa são caracterizadas em emissões diretas ou indiretas. Mais detalhes a partir da página 8. INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GEE I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E 5
  • 6. Princípios de contabilização e elaboração do inventário A contabilização, quantificação, elaboração e publicação de inventário de GEE* deve estar em conformidade com os cinco princípios de contabilização de GEE apresentados no GHG Protocol Corporate Standard e na norma Organização Internacional para Padronização: ISO 14.064. Assegurar que o inventário de GEE reflita apropriadamente as emissões do processo em foco e que atenda às necessidades de tomada de decisão de seus usuários. Para fins de métodos de quantificação, a referência mais importante é o IPCC Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories. Registrar todas as fontes e atividades emissoras de GEE dentro dos limites selecionados do inventário. Documentar e justificar quaisquer exclusões específicas. RELEVÂNCIA: COMPLETUDE: I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E 6 *O Programa Brasileiro GHG Protocol baseia-se nesses padrões.
  • 7. Tratar todos os assuntos relevantes de forma coerente e factual, alicerçada em evidências objetivas. Revelar quaisquer suposições relevantes, bem como fazer referência apropriada às metodologias de cálculo e de registro e ainda às fontes de dados utilizadas. TRANSPARÊNCIA: Por meio de dados apropriados, de fatores de emissão ou estimativas, assegurar que a quantificação de emissões de GEE não esteja subestimada ou superestimada. Reduzir o viés e as incertezas ao mínimo possível e obter um nível de determinações que possibilite segurança nas tomadas de decisões. ACUIDADE: Utilizar metodologias reconhecidas e consubstanciadas tecnicamente, que permitam comparações das emissões com os de outros processos similares. Documentar claramente quaisquer alterações de dados, limites de inventário, métodos empregados ou quaisquer outros fatores relevantes durante dado tempo. CONSISTÊNCIA: INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GEE Fonte: Princípios de contabilização e elaboração do inventários (FGV/GVces; WRI, 2011). 7 I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
  • 8. Passo a passo As etapas metodológicas utilizadas para a elaboração de um Inventário de Gases de Efeito Estufa são apresentadas no diagrama ao lado: 8 I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E 1. Definição de abrangência 2. Definição de período de referência e ano-base 3. Identificação ou reavaliação de fontes e sumidouros de GEE 4. Coleta de informações 5. Cálculo de emissões e remoções 6. Cálculo de incertezas 7. Apresentação de resultados
  • 9. A primeira etapa é a Definição de Abrangência do Inventário de GEE, também chamado de Definição de Fronteiras. Seguindo os requisitos da normas aplicáveis, duas fronteiras precisam ser estabelecidas. • A Fronteira Organizacional define os limites da companhia, incluindo as subsidiárias que compõem o negócio. • A Fronteira Operacional, como indica o nome, diz respeito às operações nas quais se encontram as fontes e sumidouros de GEE, como: frotas de veículos, fábricas e edifícios. Uma boa definição das Fronteiras Operacionais é fundamental para a qualidade do inventário, por englobar a identificação das emissões por tipo: diretas e indiretas. I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E 1. Definição da abrangência 9
  • 10. 1.1 Escopo de emissão Emissões Diretas, ou de Escopo 1, são aquelas que ocorrem em fontes cuja propriedade ou controle são da empresa inventariante. Já as Emissões Indiretas dizem respeito às emissões por fontes de propriedade ou controladas por terceiros. Elas podem ser Emissões Indiretas por Consumo de Energia, ou de Escopo 2, quando referentes às emissões oriundas do consumo de energia elétrica ou térmica adquirida. EMISSÕES DIRETAS EMISSÕES INDIRETAS I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E Podem ainda ser Emissões Indiretas por Outras Fontes, ou de Escopo 3, quando dizem respeito às demais fontes de GEE, que não são de responsabilidade direta da organização inventariante. Como aquelas geradas por fornecedores. Nas próximas páginas, é possível observar exemplos. 10
  • 11. Categorias de Escopo 1 Consumo de combustíveis em motores estacionários como caldeiras, geradores, fornos etc. Combustão Estacionária: Corresponde ao tratamento de resíduos e efluentes. Resíduos sólidos e efluentes líquidos: Gases refrigerantes, como os advindos do ar- condicionado, e extintores. Fugitivas: Processos de produção. Emissões industriais: Desmatamento e reflorestamento. Mudança do uso do solo: Consumo de combustíveis em motores móveis como carros, caminhões, empilhadeiras etc. Combustão Móvel: Fermentação entérica (processo digestivo natural que ocorre em animais ruminantes, como gado e ovelhas) e uso de fertilizantes. Agrícolas: I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E 11
  • 12. Categorias de Escopo 2 Consumo de energia elétrica. Perdas por transmissão e distribuição Consumo de vapor. Aquisição de energia térmica: Consumo de energia elétrica. Aquisição de energia elétrica: I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E 12
  • 13. w Categorias de Escopo 3 As emissões de escopo 3 têm contabilização opcional. Servem para Identificar as emissões relevantes de GEE ao longo da cadeia de valor. São divididas em 15 categorias classificadas como Upstream (emissões indiretas relacionadas a bens e serviços comprados ou adquiridos pelas organizações) ou Downstream (emissões indiretas relacionadas a bens e serviços vendidos). 1. Bens e serviços comprados 2. Bens de capital 3. Atividades relacionadas com combustível e energia não inclusas nos Escopos 1 e 2 4. Transporte e distribuição (upstream) 5. Resíduos gerados nas operações 6. Viagens a negócios 7. Deslocamento de funcionários (casa-trabalho) 8. Bens arrendados (a organização como arrendatária) 9. Transporte e distribuição 10. Processamento de produtos vendidos 11. Uso de bens e serviços vendidos 12. Tratamento de fim de vida dos produtos vendidos 13. Bens arrendados (a organização como arrendadora) 14. Franquias 15. Investimentos Emissões upstream: Emissões downstream: 13 I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E
  • 14. PERÍODO DE REFERÊNCIA: ANO-BASE: 2. Definição do período de referência e ano-base Com as fronteiras organizacional e operacional definidas é preciso estabelecer o período de referência, também denominado de Fronteira Temporal. Trata-se do recorte temporal da quantificação de emissões. Normalmente, Inventários de GEE têm recorte anual, com período de referência de 1º de Janeiro a 31 de Dezembro do ano de reporte. Algumas empresas possuem períodos de monitoramento mais curtos, voltados para a gestão de metas de emissões. Entretanto, mesmo nesses casos, a comunicação oficial dos resultados do Inventário de Gases de Efeito Estufa (GEE) tende a acontecer uma vez por ano. Já o Ano-Base diz respeito ao Inventário utilizado como referência para acompanhamento da evolução das emissões. Deve-se estabelecer um Ano-Base histórico para emissões e remoções de GEE por motivos de comparabilidade. Sem um Inventário de Ano-Base é impossível avaliar a performance de emissões de uma empresa. Normalmente, utiliza-se o primeiro Inventário de GEE como Ano-Base, entretanto, pode-se retroagir, calculando emissões históricas, caso haja informações suficientes para fazê-lo. I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E 14
  • 15. 3. Identificação ou revalidação de fontes e sumidouros de GEE Uma vez definidas as fronteiras do Inventário de GEE e o período de reporte, é necessário identificar ou revalidar as fontes e sumidouros de GEE. Fontes de Emissão de GEE são unidades físicas ou processos que liberam algum gás de efeito estufa (GEE) para a atmosfera. Já um Sumidouro de GEE é uma unidade física ou processo que remove um gás de efeito estufa da atmosfera. De maneira prática, é importante que as fontes ou sumidouros sejam identificadas no primeiro inventário e revalidadas a cada ano. Esta atividade requer avaliações dos fluxos de processos produtivos. De maneira geral, o Dióxido de Carbono (CO2) é emitido em processos de combustão, como motores e caldeiras. O Metano (CH4) é principalmente originado em processos biológicos, como o tratamento de efluentes líquidos, mas também é emitido em menores volumes, por exemplo, na queima de combustíveis fósseis. Já o Óxido Nitroso (N2O) pode ser emitido em processos industriais específicos, como na produção de ácido adipico, e em processos biológicos de nitrificação e desnitrificação. Sempre que uma fonte de GEE deixar de existir, o Inventário deve refletir esta situação. Por exemplo, uma frota de veículos tende a ser bastante dinâmica, com substituições frequentes e vendas de carros antigos. A revalidação de fontes de GEE também deve incluir a avaliação da propriedade ou controle da empresa sob a fonte, uma vez que pode haver reclassificação entre Emissões Diretas, ou de Escopo 1, e Emissões Indiretas, ou de Escopo 3. Este é um caso clássico observado nos processos de terceirização, nos quais as companhias vendem ativos e passam a contratar o serviço de terceiros. I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E 15
  • 16. 4. Coleta de informações Com as fontes e sumidouros de GEE identificados e registrados, começa a etapa de coleta das informações. Essa atividade contempla a identificação dos registros gerenciais nas empresas, a coleta e a compilação dos dados. Bastante demandante em termos de tempo, a ação normalmente envolve múltiplas áreas da empresa e pode ter origem em registros diversos: desde dados fiscais até planilhas de controle de abastecimento de equipamentos. Para que a manutenção do inventário demande o menor esforço possível é imprescindível que o sistema de registro de dados seja robusto e flexível. Afinal, o rastreamento dos dados é fundamental para facilitar a auditoria dos inventários. Portanto, a coleta de informações deve ser acompanhada do controle da origem dos e das evidências de valores. Saiba como o Climas usa tecnologia para tornar o processo de coleta de informações mais integrado, automatizado e rastreável. I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E 16
  • 17. 5. Cálculo de emissões e remoções Com as fontes de GEE identificadas e com os respectivos dados coletados, são realizados os cálculos das emissões de GEE. A abordagem mais comum para calcular emissões de GEE é por meio da aplicação de fatores de emissão documentados. Nesse sentido, ocorre multiplicação dos dados das fontes de GEE, como, por exemplo, o consumo de combustíveis, por um fator de emissão. Os fatores de emissão são coeficientes que relacionam os dados da atividade às emissões ou remoções inerentes. Podem ser derivados da literatura, (como o próprio IPCC, a US EPA e o DEFRA) ou podem ser desenvolvidos para a situação da empresa, considerando especificidades e tecnologias empregadas. O Climas possui uma base com cerca de 30.000 fatores de emissão validados por especialistas de acordo com organismos nacionais e internacionais. I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E 17
  • 18. As incertezas de um Inventário de GEE podem ter origem tanto nos dados das fontes quanto nos fatores de emissão. No caso dos dados de entrada, incertezas ocorrem porque os equipamentos de medição possuem erros ou porque o recurso humano que registrou a informação é sujeito a erros. Nesse caso, pode-se registrar as variações previstas nas especificações de equipamentos de medição e considerá- las nos resultados dos inventários. No caso de fatores de emissão, é boa prática registrar os limites e erros 6. Cálculo de incertezas disponibilizados pela literatura e também refleti-los nos resultados dos inventários. São duas as fontes de incertezas de um Inventário de GEE. A Precisão diz respeito ao grau de variabilidade, ou desvio padrão, dos resultados. Por sua vez, a Acuidade corresponde ao grau de veracidade dos resultados, ou seja, quão próximo o resultado é do valor aceitável. As incertezas devem ser reduzidas até o limite da praticidade. Para o cálculo, recomenda-se a utilização do modelo de propagação de incertezas (IPCC, 2006). I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E 18
  • 19. 7. Apresentação de resultados Com os cálculos concluídos é hora de apresentar os resultados. A estrutura dos relatórios de Inventários de GEE são apresentadas pelo GHG Protocol e pela ISO 14.064. De maneira geral, os resultados são organizados em emissões por Escopo, Atividade, Categoria e Tipo de GEE. É boa prática apresentar os resultados também por FronteiraOperacional,melhordetalhando as emissões em cada fronteira. Globalmente, existem iniciativas voluntárias que permitem a transparência da divulgação dos resultados das emissões, como: • CDP (Carbon Disclosure Project); • GRI (Global Reporting Initiative) Standards; • Índices de sustentabilidade empresarial das bolsas de valores, tais como DJSI, FTSE4Good e ISE/B3; • E outras Iniciativas de divulgação climática locais, como PBGHG Protocol no Brasil, Huella Chile ou Huella de Carbono Perú. I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E 19
  • 20. Benefícios da elaboração do Inventário de Emissões de GEE I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E A demanda por informações sobre as emissões de GEE das empresas vem crescendo constantemente nos últimos anos. Abaixo, estão elencados alguns motivos para que as organizações produzam o relatório de carbono. • Adequação às demandas regulatórias (EUA) ou antecipação à futura legislação ou regulamentação setorial sobre as mudanças climáticas; • Informação ao Conselho de Administração, às entidades financeiras e aos demais stakeholders da organização; • Ponto de partida para o desenho de uma estratégia de mitigação, preferencialmente alinhada com o Acordo de Paris; • Identificação das oportunidades de melhorias na eficiência operacional e, consequentemente, de redução nos custos; • Posicionamento setorial, reconhecimento de mercado e vantagem competitiva; • Avaliação de riscos e necessidade de elaboração de planos de ação; • Possibilidade de participação no mercado de carbono; • Possibilidade de compensação das emissões de GEE. 20
  • 21. Conclusão: Inventário como ferramenta de gestão Realizar o inventário de emissões de emissões de GEE é um passo importante, mas, além disso, o acompanhamento das emissões de maneira sistemática e integrada aos processos da empresa é essencial. É a base para o estabelecimento de um sistema de gestão da mudança do clima que permita endereçar corretamente a demanda de mitigação das emissões, de acordo com as metas estabelecidas pelo Acordo de Paris. INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GEE 21
  • 22. Como o Climas pode ser um importante aliado nessa jornada? O módulo de gestão de emissões de GEE é um dos principais componentes do Climas, plataforma de gestão ESG da WayCarbon. Por meio do uso do Climas, a elaboração do inventário de emissões de GEE torna-se um processo mais robusto. Todas as fontes de emissão são mapeadas, a coleta de dados é gerenciada e os cálculos das emissões são automatizados com base na biblioteca interna de fatores de emissão. Os dashboards do Climas permitem o aprofundamento das análises e a comparabilidade temporal e entre unidades de negócio distintas, provendo aos gestores maior visibilidade e capacidade de tomada de decisão. Além disso, os resultados já são pré-formatados para atender aos principais programas de relato, tais como CDP e GRI. Presente em 18 países, nossos clientes atuam nos mais diversos segmentos, tais como construção civil, agro, manufatura, mineração, metalurgia, siderurgia, varejo, transportes, serviços financeiros, dentre outros. I N V E N TÁ R I O D E E M I S S Õ E S D E G E E 22 Clique aqui e agende uma demonstração com um de nossos especialistas.
  • 23. INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GEE INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GEE Conheça alguns cases dos nossos clientes Acesse o case. Acesse o case. Acesse o case. Acesse o case. Acesse o case.
  • 24. Referências Bibliográficas • MINISTÉRIO DA AGRICULTURA PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. Coletânea dos Fatores de Emissão e Remoção de Gases de Efeito Estufa. Brasília, 2020. Disponível em https://cnabrasil. org.br/assets/arquivos/MIOLO_agricultura_ grafica_21.12.pdf. Acesso em: 17 de março de 2022. • CENTRODEESTUDOSEMSUSTENTABILIDADE - FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Relatório Técnico: Categorias de Emissões de escopo 3 adotadas pelo programa brasileiro GHG Protocol. São Paulo, 2018. Disponível em: http:// mediadrawer.gvces.com.br/ghg/original/ghg_ categorias_e3_definicoes_curta.pdf. Acesso em 17 de março de 2022. INVENTÁRIO DE EMISSÕES DE GEE 24