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SUMÁRIO
ORIENTAÇÕES GERAIS .............................................................................................5
PREVENÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO..................................................................5
CUIDADOS DE HIGENE ..............................................................................................6
APOIO EMOCIONAL: ESTIMULANDO O CORPO, SENTIDOS, AJUDA NA
COMUNICAÇÃO E SONO ......................................................................................................10
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.......................................................................................11
TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL......................................................................12
ESTOMAS INTESTINAIS E URINÁRIOS................................................................14
CATETER VESICAL DE PERMANÊNCIA ..................................................................15
DISPOSITIVO URINÁRIO ...........................................................................................16
ESTIMULANDO OS MOVIMENTOS .......................................................................16
CUIDADOS ESPECÍFICOS........................................................................................18
OXIGENIOTERAPIA....................................................................................................18
CUIDADOS COM CURATIVOS ..................................................................................21
GLICEMIA CAPILAR...................................................................................................22
DESCARTE DE MATERIAIS........................................................................................23
ORIENTAÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS........................................................27
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO – ITU.................................................................27
HIPOGLICEMIA ..........................................................................................................28
HIPERTERMIA.............................................................................................................28
CONVULSÃO ...............................................................................................................29
QUEIMADURAS ..........................................................................................................30
ENVENENAMENTO.....................................................................................................31
ENGASGO ....................................................................................................................32
CONFUSÃO MENTAL .................................................................................................33
SINAIS E SINTOMAS DE ALERTA NO IDOSO ..........................................................33
PREVENÇÃO DE QUEDAS E AMBIENTE SEGURO ................................................35
RISCOS DE QUEDAS ..................................................................................................36
CUIDANDO DO CUIDADOR......................................................................................36
MAUS TRATOS.............................................................................................................38
CUIDADOS NO FIM DA VIDA ...................................................................................39
REFERÊNCIAS............................................................................................................41
4
O CUIDADO
O cuidado deve ser realizado de forma individualizada, levando em consideração
as particularidades e necessidades da pessoa a ser cuidada. Deve ir além dos cuidados
com o corpo físico, considerando também as questões emocionais e a história de vida.
O AUTOCUIDADO
Autocuidado significa cuidar de si, envolve atitudes e comportamentos que a
pessoa tem em seu próprio benefício, com a finalidade de promover a saúde.
A pessoa acamada ou com limitações, mesmo necessitando da ajuda do
cuidador, pode e deve realizar atividades de autocuidado sempre que possível. Cuidar
não é fazer pelo outro, mas ajuda-lo quando necessita, estimulando a pessoa cuidada a
conquistar sua autonomia, mesmo que seja em pequenas tarefas, isso requer paciência e
tempo.
PAPEL DO CUIDADOR
O cuidador deve ser o vínculo entre a pessoa assistida, a família e a equipe de
saúde, deve estar sempre atento, pronto a ouvir e ser solidário com a pessoa cuidada. As
principais atividades que o cuidador deve desempenhar são:
- Auxiliar nos cuidados de higiene;
- Estimular e ajudar na alimentação;
- Ajudar na locomoção e atividade física;
- Incentivar atividades de lazer e ocupacionais;
- Realizar mudanças de posição, intercalando cama e cadeira;
- Promover medidas de conforto fazendo sempre com dedicação;
- Administrar as medicações, conforme a prescrição e orientação da equipe
de saúde;
- Comunicar à equipe de saúde sobre alterações no estado de saúde.
Os demais cuidados técnicos, tais como: aspiração, curativo, oferta de dieta
enteral, entre outros, podem ser realizados, desde que sob orientação/treinamento da
equipe de saúde.
5
ORIENTAÇÕES GERAIS
PREVENÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO
As lesões por pressão, antigamente conhecidas como escaras, podem surgir em
pessoas acamadas ou com limitação de movimentos, ocasionadas pela redução da
circulação sanguínea em pontos específicos do corpo que sofrem maior pressão
(figura1). Por essa razão os locais mais comuns para formação das lesões por pressão
são: Região sacra, Cotovelos, Calcanhares, Quadril, Tornozelos, Joelhos, Costelas,
Ombro, Orelha e Cabeça.
O QUE FAZER PARA PREVENIR?
➢ Realizar as mudanças de posição pelo menos a cada 2 horas. Faça isso
com cuidado pois a pele é muito frágil e fina podendo rapidamente se romper;
➢ Proporcionar uma superfície macia para ser utilizada na cadeira ou na
cama, como por exemplo colchão casca de ovo;
➢ Proteger os pontos de pressão com almofadas ou travesseiros e elevação
dos pés. Para pacientes sentados colocar um apoio para os pés;
➢ Usar um forro sobre o lençol abaixo do paciente para que ele seja
levantado durante a mudança de posição;
➢ Avaliar diariamente a pele para identificar precocemente o aparecimento
de alguns sinais, como: mancha vermelha ou roxa que mesmo após o alívio da pressão
não desaparecem;
➢ Hidratar a pele diariamente e oferecer líquidos em pequenas quantidades,
porém várias vezes ao dia;
Manter a pele limpa e seca. Realizar higiene íntima a cada troca de fraldas
evitando que o paciente permaneça com a pele úmida da urina ou das fezes;
➢ Evitar esfregar a pele com força pela fragilidade, facilmente pode se
romper;
➢ Em casos de pouca aceitação alimentar ou perda de peso, solicitar apoio
de um profissional de saúde;
6
➢ Proporcionar o consumo de alimentos com boas fontes de vitamina e sais
minerais;
➢ Utilizar filtro solar e leve a pessoa para tomar sol no mínimo 15 minutos
diariamente.
O QUE NÃO FAZER
X – Não usar almofadas tipo roda d’água ou as de
formato arredondadas com buraco no centro;
X – Não arrastar o paciente ou deixar que a pele
fique se esfregando contra os lençóis, pois ambas causam
fricção na pele;
X – Não posicionar o paciente de forma que ele
fique em contato direto com dispositivos médicos (tubos,
cateteres e ou outros objetos);
X – Não usar lençóis com costura ou com dobras que ficam em contato direto
com o paciente;
X – Não usar roupas as quais os botões fiquem em contato com a pele;
X – Não posicionar o paciente numa superfície corporal que já apresente uma
área com vermelhidão;
X - Não massagear e nem esfregar vigorosamente a pele que tenha risco para
desenvolver lesões;
X – Não aplicar dispositivo de aquecimento, tais como, bolsas de água quente,
almofadas térmicas diretamente na superfície da pele.
CUIDADOS DE HIGENE
Cuidados com a boca
A higiene bucal de adultos e idosos, independente da pessoa ter ou não ter
dentes, deve ser feita após cada uma das refeições e após o uso de remédios pela boca.
Se a pessoa cuidada consegue fazer a higiene bucal, o cuidador deve estimulá-la e
7
providenciar os materiais necessários, orientando, dando apoio e acompanhando a
atividade. Se a pessoa não consegue fazer sua higiene bucal sozinha, o cuidador deve
ajudá-la da seguinte maneira:
➢ Colocar a pessoa sentada em frente à pia ou na cama, com uma bacia;
➢ Usar escova de cerdas macias e sempre que possível usar também o fio
dental;
➢ Colocar pequena porção de pasta de dente para evitar que a pessoa
engasgue;
➢ Escove os dentes;
➢ Em caso de lesões ou sangramento comunique a equipe de saúde;
➢ Para limpeza da prótese, escove-a fora da boca, com escova e pasta
dental. Não esqueça de realizar a higienização das gengivas, bochechas e língua;
➢ Enxague bem a boca e recoloque a prótese;
➢ Não utilize produtos como água sanitária, álcool, detergente para limpar
a prótese.
Higiene corporal
O cuidador deve manter uma rotina diária para o banho, sendo no chuveiro,
banheira ou na cama. É um momento que proporciona, além da higiene, relaxamento,
confiança e oportunidade de avaliação da pele.
Como proceder no banho de chuveiro com auxílio do cuidador:
➢ Separe antecipadamente as roupas pessoais;
Prepare o banheiro e coloque num lugar de fácil acesso os objetos necessários
para o banho;
Regule a temperatura da água;
➢ Mantenha fechadas portas e janelas para evitar as correntes de ar;
➢ Respeite e seja sensível ao pudor do paciente;
➢ O banho de chuveiro pode ser feito com a pessoa sentada numa cadeira
de plástico com apoio lateral colocada sobre tapete antiderrapante ou em cadeiras
próprias para banhos, disponíveis no comércio;
➢ Coloque a pessoa no banho e não a deixe sozinha porque ela pode
escorregar e cair;
8
➢ Estimule, oriente, supervisione e auxilie a pessoa cuidada a fazer sua
higiene. Só faça aquilo que ela não é capaz de fazer;
➢ Após o banho, ajude a pessoa a se enxugar. Seque bem as partes íntimas,
dobras de joelho, cotovelos, debaixo das mamas, axilas e entre os dedos;
➢ Higienize o cabelo no mínimo três vezes por semana. Observe se há
feridas no couro cabeludo, piolhos, coceira ou áreas de quedas;
➢ Os cabelos curtos facilitam a higiene, mas lembre-se de consultar a
pessoa antes de cortar seus cabelos, pois ela pode não concordar por questão religiosa
ou por outro motivo.
Como proceder no banho na cama:
Quando houver restrição da realização do banho no chuveiro, poderá ser
realizado na cama. É recomendado que o banho na cama seja sempre auxiliado por
outra pessoa, isto é importante para proporcionar maior segurança à pessoa cuidada e
para evitar danos à saúde do cuidador.
➢ Antes de iniciar o banho na cama, prepare todo o material que vai usar:
papagaio ou comadre, bacia, água morna, sabonete, toalha, escova de dentes, lençóis,
forro plástico e roupas;
➢ O cuidador deve proteger as mãos com luvas de borracha;
➢ Antes de iniciar o banho cubra o colchão com plástico;
Iniciar a higiene corporal pela cabeça, pescoço, braços, tórax, barriga, pernas.
Ajude a pessoa a deitar de lado para realizar a higiene das costas. Por último higienize
as partes íntimas;
➢ É preciso secar muito bem as regiões de dobras para evitar assaduras e
micoses.
9
ASSADURAS
As assaduras são lesões na pele, provocadas pela umidade e calor ou pelo
contato com fezes e urina. As assaduras são portas abertas para outras infecções. Os
cuidados importantes para evita-las são:
➢ Aparar os pelos pubianos com tesoura para facilitar a higiene íntima e
manter a área mais seca;
➢ Fazer a higiene íntima a cada vez que a pessoa evacuar ou urinar e secar
bem a região;
➢ Solicite orientação da equipe de saúde.
VESTUÁRIO
A pessoa idosa, doente ou com incapacidade pode ter diminuída a capacidade de
perceber ou de expressar as sensações de frio ou calor. É importante ficar atento:
➢ Mudanças de temperatura e não espere que a pessoa manifeste querer
vestir ou despir agasalho.
➢ Roupas confortáveis e de tecidos próprios ao clima.
➢ Se possível é importante deixar a pessoa cuidada escolher a própria
roupa, pois isso ajuda a preservar a sua personalidade, eleva a sua autoestima e
independência.
➢ Calçados com sola de borracha são ideais para o uso evitando quedas.
CUIDADOS COM OS MEDICAMENTOS
Para recuperação da saúde é essencial o uso correto das medicações e para isto
são necessários alguns cuidados:
Manter medicamentos em local seguro, protegido da luz direta, calor e umidade;
Seguir orientações da equipe quanto a organização, se necessário pedir ajuda;
➢ Atentar para os horários, dosagens e formas de administração conforme
prescrição médica. Nunca altere, retire ou substitua medicações sem conhecimento da
equipe de saúde;
➢ Guardar a receita médica junto a caixa de medicamento para consulta-la
quando necessário;
➢ Após a administração de medicação se o paciente apresentar alteração
comunique a equipe de saúde;
➢ Acender a luz para separar ou preparar a medicação;
10
➢ Manter o medicamento em embalagem original;
➢ Controlar a data de validade;
➢ Antes de feriados e finais de semana é preciso confirmar se a quantidade
de medicamentos é suficiente para estes dias;
➢ Para materiais e medicamentos de curativos guardar em embalagens com
tampa, separados dos demais medicamentos;
➢ Para aparelhos respiratórios, como inalador, guardar em locais secos;
➢ Não reaproveitar frascos usados de medicamentos para colocar outros
líquidos.
APOIO EMOCIONAL: ESTIMULANDO O CORPO, SENTIDOS, AJUDA NA
COMUNICAÇÃO E SONO
É importante que o cuidador entenda a progressão da doença e como ela afeta a
comunicação e o sono do paciente, deve ficar atento a qualquer alteração que a pessoa
cuidada apresente que dificulte a comunicação e desenvolver ações que facilitem a
interação. A paciência e o bom humor são as melhores maneiras de contornar situações
constrangedoras, evitar confusões e mal-entendidos.
Dicas para uma boa comunicação:
✓ Faça-lhe perguntas e aguarde as respostas;
✓ Não o repreenda caso a resposta não seja exata, desconverse gentilmente
para que ele não se sinta frustrado;
✓ Utilizar sempre imagens simples, significativas e grandes;
✓ Identificar pessoas e lugares (fotos de familiares e lugares que
conheceu);
✓ Incentivar a pessoa cuidada a registrar em papel e fazer listas das coisas
que pode esquecer, (isso ajuda a organizar as atividades do dia-a-dia e a não esquecer
coisas importantes);
✓ Estimular o paciente a desenvolver atividades que exercitam a memória,
tais como: leitura, canto e palavras cruzadas; Dicas para uma boa noite de sono:
✓ Evitar ofertar após as 18 horas substâncias estimulantes como o chá
preto, mate e café;
✓ Observar se a pessoa cuidada está sentindo dor, coceira na pele, câimbra
ou outro desconforto que possa estar prejudicando o sono;
11
✓ Diminuir a oferta de líquidos a pessoa, pois ao acordar para urinar a
pessoa pode demorar a adormecer novamente;
✓ Informar a equipe de saúde sobre a possibilidade de mudar o horário da
medicação que aumenta a vontade de urinar;
✓ Manter uma iluminação mínima no quarto de modo a facilitar os
cuidados e a não interferir no sono da pessoa.
ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL
O cuidado para uma alimentação saudável interfere diretamente no bemestar
físico e mental, na prevenção, reabilitação e tratamento de doenças. É muito importante
que o cuidador proporcione uma alimentação saborosa, colorida e equilibrada,
respeitando as preferências individuais e a condições clínicas. Dicas para uma
alimentação saudável:
➢ O cuidador precisa ter muita calma e paciência, estabelecer horários
regulares, criar um ambiente tranquilo no momento da alimentação;
➢ Distribuir a alimentação diária em cinco ou seis refeições;
Sentar o paciente confortavelmente para receber a refeição, jamais deixar a
pessoa na posição deitada para evitar engasgos;
Para o preparo cuidar com a higiene pessoal, dos alimentos e dos utensílios que
serão utilizados;
➢ Se o paciente conseguir se alimentar sozinho, o cuidador deverá
estimular e ajudar no que for preciso, orientar a comer devagar, mastigando bem os
alimentos e não o apressar;
➢ Estar atento à temperatura de consumo dos alimentos;
➢ Procure inserir o feijão pelo menos 1 vez por dia, no mínimo 4 vezes por
semana. O feijão é um alimento rico em ferro. Cuidar com o excesso de consumo de sal
e alimentos gordurosos;
➢ É importante o consumo diário de frutas, legumes e verduras frescas,
bem como a ingestão de carnes, pois esses alimentos são ricos em vitaminas, minerais e
fibras e a carne rica em ferro. O ferro é melhor absorvido quando se come junto com
alimentos ricos em vitamina C, tais como laranja, limão, caju, goiaba, abacaxi e outros;
12
➢ Estimular o prazer e o apetite com uso de temperos naturais como alho,
cebola, cheiro-verde. Para lanche e sobremesa optar por frutas e evitar o consumo de
bolos, biscoitos e alimentos ricos em açúcar;
➢ Estimular a busca e o consumo da água entre as refeições. Necessário
que o consumo seja diário de líquidos, oferecendo de 1,5 a 2 litros de água, chá, leite ou
suco de frutas, evitando refrigerantes;
➢ Cuidar com as consistências dos alimentos, principalmente quando o
paciente apresenta dificuldade de mastigar e engolir. Nesses casos o cuidador deve picar
os alimentos em pedaços pequenos, amassar ou triturar;
➢ Respeitar a recomendação da equipe de saúde e não oferecer alimento
via oral quando o paciente não apresentar mais possibilidade de alimentar-se pela boca,
pois há risco de engasgo e bronco aspiração.
TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL
O QUE É NUTRIÇÃO ENTERAL?
A terapia nutricional enteral é um método simples, seguro e eficaz, indicada
quando a alimentação pela boca é insuficiente ou impossível de ser realizada. A terapia
nutricional é feita através de um cateter inserido no estômago, duodeno ou jejuno. Os
alimentos podem ser administrados na forma liquida ou em pó.
TIPOS DE NUTRIÇÃO ENTERAL:
CASEIRA INDUSTRIALIZADA
Dieta preparada a base de
alimentos na sua forma original (in
natura), tais como arroz, macarrão, carnes
e legumes, que deverão ser liquidificados
e bem coados para evitar obstrução na
hora da administração. Deverá ser
preparada seguindo recomendações, a fim
de evitar contaminação.
É uma dieta pronta, completa em
nutrientes e balanceada. Pode ser
encontrada na forma de:
→ Pó: necessitando de reconstituição
ou diluição com água;
→ Líquidas em Sistema Aberto:
devendo ser envasada em um frasco
plástico (descartável);
13
→ Líquidas em Sistema Fechado:
necessário somente conectar o equipo
diretamente no frasco da dieta.
CUIDADOS NA PREPARAÇÃO E COM A ADMINISTRAÇÃO
➢ Posicionar o paciente sentado na cadeira ou na cama e deixa-lo nessa
posição 30 minutos antes e depois da alimentação;
➢ Higienizar adequadamente os alimentos e os utensílios para evitar
contaminação;
➢ Lavar as mãos com água e sabão antes do preparo da alimentação;
➢ O local de preparo deve estar limpo e higienizado com álcool 70%;
➢ Verificar a validade dos produtos que serão utilizados;
➢ Utilizar apenas água filtrada ou fervida;
➢ A dieta deve ser administrada em temperatura ambiente;
➢ Seguir com rigor a orientação de preparo e horários que a equipe de
saúde orientar. As prescrições são individuais e seguem as necessidades nutricionais de
cada paciente;
➢ As dietas devem ser armazenadas em locais frescos e secos, em
temperatura ambiente e longe do calor;
➢ Para as dietas líquidas, depois de abertas devem ficar armazenadas na
geladeira. O cuidador deve retirar o volume indicado, 30 minutos antes de cada
administração e deixar atingir a temperatura ambiente naturalmente;
➢ Após aberta, a dieta liquida poderá ser utilizada em até 24 horas, sob
refrigeração;
➢ Observar o correto posicionamento do cateter;
➢ Conectar o equipo no cateter;
➢ Abrir o equipo lentamente com gotejamento conforme prescrição;
Se o cateter se deslocar ou se for removido acidentalmente, não tente recoloca-
lo, acione a equipe de saúde.
Frascos e Equipos:
➢ Devem ser lavados com água e sabão, enxaguados com água quente;
➢ Os frascos não poderão ser reutilizados por um período superior a 3 dias;
➢ Separe um frasco para ser utilizado com a dieta e outro para sucos e
14
água.
O equipo deve ser trocado diariamente.
ESTOMAS INTESTINAIS E URINÁRIOS
Um Estoma ou Ostomia é uma abertura cirúrgica realizada na parede abdominal
para construção de um novo trajeto para saída de fezes e urina. Dependendo do local
onde foi realizada a cirurgia a abertura recebe um nome: ILEOSTOMIA OU
COLOSTOMIA – Conecta o intestino à parede abdominal com função de eliminação de
fezes. A característica das fezes da colostomia é de consistência pastosa enquanto que
na ileostomia são fezes liquidas/semilíquidas.
UROSTOMIA – Conecta a bexiga à parede abdominal com função de eliminar
urina.
CUIDADOS COM A BOLSA:
➢ Usar o dispositivo conforme orientação do profissional de saúde;
➢ Se indicado o recorte da base adesiva, cuidar para seguir o tamanho e
formato exato do estoma para evitar que as fezes ou urina entrem em contato com a pele
e causem irritações. Se ao redor do estoma surgir sinais de vermelhidão, coceira, ferida
ou dor, o paciente deve ser avaliado por um profissional da saúde;
➢ Retirar o papel que protege o adesivo e colar a base adesiva de baixo
para cima e pressione até que o equipamento esteja bem fixado à pele;
➢ Feche a parte de baixo com o clamp;
➢ Guardar as bolsas em locais limpos, secos e protegidos da luz solar para
evitar danificações no material;
➢ Esvaziar a bolsa sempre que estiver com 1/3 da capacidade ocupada com
fezes e urina. Na ileostomia e urostomia é necessário esvaziar constantemente para que
não pese e descole;
➢ A frequência de troca varia conforme o tipo de estoma e características
do efluente e serão orientados pelos profissionais da saúde. Mas sempre que a base
adesiva (resina sintética) perde a característica de cor amarela para esbranquiçada ou se
perceber descolamento e vazamento, é indicado troca da bolsa;
15
➢ No momento da troca descole delicadamente a base adesiva e não utilize
álcool, éter ou benzina pois causam ressecamento, ferindo a pele e causando reação
alérgica;
➢ Higienize o estoma e a pele ao redor com água e sabonete neutro. Seque
com pano macio e observe a coloração saudável do estoma (vermelho vivo e brilhante)
e da pele peri-estomal;
➢ Para o banho não é necessário remover a bolsa pois é impermeável, mas
é necessário protege-la com saco plástico e fita adesiva.
CATETER VESICAL DE PERMANÊNCIA
Quando o paciente perde a capacidade de controlar a urina e não consegue urinar
espontaneamente é indicado uso de cateter vesical de permanência que tem por objetivo
esvaziar a bexiga. O cateter é introduzido até a bexiga em uma conexão estéril até um
coletor onde é depositada a urina.
CUIDADOS:
➢ A passagem do cateter e sua retirada é de responsabilidade exclusiva da
equipe da saúde;
➢ Nunca tracionar/puxar o cateter para não lesionar a uretra;
➢ Sempre que for manipular a bolsa é necessária a lavagem das mãos;
➢ Alterar o lado da fixação da bolsa coletora para evitar lesão no meato
urinário;
➢ O cateter tem que ficar livre e permitir que a urina saia continuamente.
Atentar para que a perna do paciente ou outro objeto não obstrua e comprima o cateter;
➢ Não deixar a bolsa coletora em contato direto com o chão/piso pelo risco
de contaminação;
➢ Nunca elevar a bolsa coletora acima da linha da cintura do paciente sem
clampear o extensor para evitar o refluxo da urina;
➢ Realizar a higiene perineal diariamente e observar presença de sinais de
infecção;
➢ Observar e registrar a quantidade de urina que é drenada diariamente;
➢ Visualizar o aspecto da urina como coloração, presença de sangue e
odor;
➢ Nunca desconectar o sistema entre a bolsa coletora e o cateter;
16
➢ Para esvaziar a bolsa coletora, é necessário fechar o clamp, colocar o
frasco ou comadre abaixo da bolsa, abrir a válvula de saída, esvaziar todo o conteúdo e
por fim fechar a válvula de saída e reabrir o clamp.
DISPOSITIVO URINÁRIO
É uma película fina de borracha e é colocada no pênis como uma camisinha.
Existem vários tamanhos e a mangueira do dispositivo é conectada a uma bolsa coletora
de urina.
CUIDADOS
➢ Apare os pelos para facilitar a colocação do dispositivo;
➢ Insira o dispositivo como se ele fosse uma camisinha;
➢ Coloque a fita hipoalergênica em torno, cuidado para não fixar muito
apertado;
➢ Não utilize esparadrapo para fixar;
➢ Frequência de troca é 1x/dia, sempre avalie se o pênis não está com
nenhuma alteração.
ESTIMULANDO OS MOVIMENTOS
Idosos, cadeirantes e pessoas acamadas, necessitam manter a funcionalidade nos
músculos, articulações e circulação, prevenindo também possíveis doenças respiratórias.
Quando a pessoa cuidada consegue realizar alguns movimentos, é importante
que o cuidador incentive e motive o mesmo a praticar o exercício sozinho, sob a sua
supervisão e auxiliando quando necessário.
Em casos em que a pessoa cuidada não apresenta nenhum tipo de movimento, o
cuidador deverá realizar a movimentação.
COMO REALIZAR OS EXERCÍCIOS:
✓ Devem ser realizados de forma lenta, observando e respeitando o limite
da pessoa cuidada;
17
✓ Os exercícios podem ser praticados duas vezes ao dia.
EXERCÍCIOS PASSIVOS PARA ACAMADOS:
Ombros: posicione a pessoa sentada ou deitada, esticando o seu braço com a
palma da mão para baixo, segure o braço pelo cotovelo e punho; mantenha-o esticado e
traga-o até na altura da orelha. Volte o braço na posição inicial e repita o movimento 5 a
10 vezes em cada lado.
Cotovelo: posicione a pessoa sentada ou deitada, deixando os braços ao longo
do corpo, com a palma da mão voltada para baixo. Segure o punho para estabilizar a
mão e em seguida flexione o braço em direção ao ombro. Volte o braço na posição
inicial e repita o movimento 5 a 10 vezes em cada lado.
Punhos e mãos: posicione a pessoa sentada ou deitada, segure a sua mão,
realizando somente o movimento de flexão e extensão do punho (movimento para frente
e para trás). Repita o movimento 5 a 10 vezes em cada lado.
Pernas: posicione a pessoa deitada sobre a cama e com as pernas esticadas,
segure com uma de suas mãos no calcanhar e com a outra mão dobre o joelho, levando
o membro de encontro a barriga e em seguida estique a perna. Realize o movimento 5 a
10 vezes em cada lado.
Tornozelos/Pés: posicione a pessoa deitada sobre a cama e com as pernas
esticadas, segure um dos pés pelo calcanhar apoiando sua mão na sola do pé e também
próximo aos dedos. Realize o movimento de empurrar o pé para frente e para trás.
Repita o movimento 5 a 10 vezes em cada lado.
EXERCÍCIOS ATIVOS PARA ACAMADOS:
Ombros e cotovelos:
1- Posicione a pessoa sentada ou deitada, peça que dobre o braço tentando
encostar a mão no ombro, esticando logo em seguida. Repetir o movimento 5 a 10
vezes em cada lado;
18
2- Com o braço esticado, peça que eleve o braço para cima, mantendo o
cotovelo esticado. Repetir o movimento 5 a 10 vezes em cada lado.
Mãos e punhos:
1- Posicione a pessoa sentada ou deitada, peça que dobre os dedos e em
seguida estique, realizando o movimento de abrir e fechar as mãos. Repetir o
movimento de 5 a 10 vezes;
2- Posicione a pessoa sentada ou deitada, com a mão fechada, peça que
realize movimentos circulares com o punho e em seguida movimento para frente e para
trás. Repetir o movimento de 5 a 10 vezes.
Pernas:
1- Deitado sobre a cama peça que a pessoa dobre e estique a perna,
deslizando o pé na cama. Repetir o movimento de 5 a 10 vezes;
2- Deitado sobre a cama, peça que dobre as pernas e em seguida realize o
movimento de abrir e fechar, encostando e afastando um joelho do outro;
3- Deitado sobre a cama, peça que dobre uma perna e estique a outra
elevando o membro para cima, mantendo o joelho esticado. Repetir o movimento de 5 a
10 vezes.
Tornozelos/pés:
1- Posicione a pessoa sentada ou deitada, peça que movimente o pé para
cima e para baixo (pé de bailarina). Repetir o movimento de 5 a 10 vezes.
2- Posicione a pessoa sentada ou deitada, peça que realize movimentos
circulares com os pés, no sentido horário e depois no sentido anti-horário. Repetir o
movimento de 5 a 10 vezes.
CUIDADOS ESPECÍFICOS
OXIGENIOTERAPIA
19
É o suporte de oxigênio necessário a pacientes com graves problemas
respiratórios. Pode ser utilizado em casa, porém deve seguir alguns cuidados para evitar
complicações e internações hospitalares:
CUIDADOS COM CONCENTRADOR:
➢ O concentrador de oxigênio deve ficar em local arejado, seco, limpo
podendo ser no quarto do paciente ou em outro ambiente, com o objetivo de diminuir o
ruído causado pelo aparelho;
➢ Não colocar objetos sobre o concentrador;
➢ Limpar o equipamento com pano úmido evitando acumulo de pó;
➢ Lavar o frasco (umidificador) diariamente;
➢ Realizar a troca da agua diariamente, usando água fervida ou filtrada,
(não faça uso de água mineral);
➢ Observar a válvula reguladora (relógio), quando estiver marcando
50BARES, comunicar a empresa para providenciar a troca (recarga);
➢ Realizar a troca do cateter nasal e a extensão (prolongamento do
concentrador) a cada 7 dias;
➢ Administrar o oxigênio conforme prescrição médica;
➢ Informar a equipe de saúde qualquer alteração clínica (dificuldade ou
esforço respiratório).
CUIDADOS COM CILINDRO:
➢ Cilindro de O2 deve ser mantido longe do fogo e materiais inflamáveis;
➢ Utilizar o cilindro pequeno (Backup) para transporte ou quando houver
queda de energia, após o restabelecimento da energia fazer o uso do concentrador.
CUIDADOS COM A TRAQUEOSTOMIA
É a abertura realizada na traqueia do paciente para que este respire com mais
facilidade. Nela é introduzida um tubo de metal ou plástico rígido, chamado de cânula,
fixado ao pescoço com o auxílio de um cadarço.
Para realizar os cuidados com a cânula de traqueostomia, deve-se receber
treinamento da equipe de saúde.
20
Existem dois tipos de cânulas:
➢ Cânula metálica: dividida em duas partes: cânula (fixa) e subcânula
(móvel);
➢ Cânula plástica: sem divisões.
Cuidados com a cânula:
➢ Limpe a subcânula pelo menos 03 vezes ao dia, para evitar o acúmulo de
secreção que pode causar obstrução;
➢ Mantenha uma boa higiene ao redor da traqueostomia, pode ser utilizado
uma gaze úmida com sabão neutro. Não deixar resíduos;
➢ Mantenha a região da traqueostomia bem hidratada;
➢ Faça um acolchoado para colocar entre a parte posterior da cânula e a
pele, utilizando 02 gazes dobradas, evitando assim que o local fique umedecido,
causando alergia ao paciente;
➢ Mantenha a abertura da cânula protegida com uma gaze, para evitar
entrada de poeira ou ciscos e o ressecamento da traqueia e brônquios;
➢ Utilize um material macio para o cadarço e quando for prendê-lo não o
coloque muito apertado. Inspecione a pele em contato com o cadarço diariamente;
➢ Em caso de dúvida ou de obstrução, entre em contato com a equipe de
saúde ou de emergência.
Sinais de obstrução:
➢ Tosse frequente;
➢ Queixa ou aparência de falta de ar;
➢ Respiração ruidosa e com esforço;
➢ Falta de ar aos pequenos esforços; Engasgos frequentes.
CUIDADOS NA ASPIRAÇÃO
Tem por objetivo remover secreções e com isso ajudar com que o paciente
respire melhor. Este procedimento sempre causa desconforto ao paciente e deve ser
realizado da forma correta e somente quando necessário; pois se feito de maneira
incorreta e em exagero, além do desconforto, pode trazer complicações graves ao
paciente, podendo levar à morte. Deve-se receber treinamento da equipe de saúde para a
realização desse procedimento. A aspiração deve ser realizada quando o paciente não
conseguir tossir e estiver com acumulo de secreção em seu pulmão.
A aspiração pode ser realizada pela boca, nariz ou traqueostomia.
21
➢ Explicar o procedimento ao paciente, mesmo se estiver inconsciente;
➢ Proteger os olhos do paciente;
➢ Colocar o paciente com a cabeceira levemente elevada;
➢ Testar o aspirador;
➢ Seguir a técnica orientada pela equipe;
➢ Repetir o procedimento quantas vezes forem necessárias, sempre
intercalando com um período de descanso ao paciente;
Após a aspiração deve-se lavar o cateter com soro fisiológico e depois desligar o
aspirador;
➢ Proteger o cateter em embalagem;
➢ Desprezar o conteúdo aspirado e lavar o recipiente com água e sabão;
➢ Realizar o procedimento somente se sentir seguro e apto, em caso de
dúvidas solicite apoio da equipe de saúde.
CUIDADOS COM CURATIVOS
Orientações para realização de Curativos:
➢ Deve-se verificar a validade de todo o material a ser utilizado, quando
houver a suspeita do material estar contaminado, ele deve ser descartado. Verificar se os
pacotes estão bem lacrados;
➢ O próximo passo é um preparo adequado do paciente, ele deve ser
avisado previamente que o curativo será trocado e que pode causar pequeno
desconforto. Os curativos não devem ser trocados no horário das refeições, para garantir
a privacidade do paciente. Este deve ser informado da melhora da ferida, esses métodos
melhoram a colaboração do paciente durante a troca do curativo, que será mais rápida e
eficiente;
➢ Lavar as mãos com água e sabão, antes e depois de cada curativo. Evitar
o contato direto com a lesão e assim um menor risco de infecção;
➢ A limpeza deve ser feita da área menos contaminada para a área mais
contaminada, evitando-se movimentos de vai e vem nas feridas cirúrgicas. A área mais
contaminada é a pele localizada ao redor da ferida, enquanto que nas feridas infectadas
a área mais contaminada é a do interior da ferida;
22
➢ Devem-se remover as crostas e os detritos com cuidado; lavar a ferida
com soro fisiológico em jato, por fim fixar o curativo com atadura ou fita
hipoalergênica;
O curativo deve ser realizado de acordo com a prescrição do médico ou do
enfermeiro;
➢ Deve sempre ser feito após o banho. No banho, lavar a ferida com água
corrente limpa e sabão, com leve fricção sobre a ferida. Após o banho o curativo deve
ser feito com soro fisiológico (limpando levemente a ferida com gaze umedecida em
soro fisiológico) e depois cobrir com gaze seca e limpa. Não aplicar pomadas ou outras
substâncias, somente se tiver orientação do seu médico;
➢ Manter a ferida sempre limpa e protegida de secreções, animais, poeira,
água suja e demais substâncias não conhecidas que podem levar a infecção do local;
➢ Em caso de o paciente referir dor, alteração de cor e temperatura ao redor
da lesão, procurar equipe de saúde para uma avaliação. Não usar antibióticos ou anti-
inflamatórios enquanto não for avaliado pelo seu médico.
GLICEMIA CAPILAR
O teste de glicemia capilar possibilita conhecer os níveis de glicemia no sangue
de forma rápida e prática. É realizado através da coleta de sangue adquirida por meio de
perfuração da “ponta do dedo” com lanceta ou agulha.
CUIDADOS:
➢ Lavar as mãos;
➢ Realizar rodizio dos dedos a cada novo exame;
➢ Aquecer as mãos e apertar a ponta do dedo quando houver pouco fluxo
de sangue;
➢ Guardar as tiras em sua embalagem original;
➢ Manter as tiras e o aparelho em local limpo e seco, sem exposição ao sol
e calor;
➢ Atentar para a validade das tiras;
➢ Trocar o chip do aparelho ao utilizar novas tiras;
➢ Descartar as lancetas utilizadas em recipiente adequado, exemplo:
garrafa pet;
23
Cabe ao médico definir a frequência do procedimento.
RESULTADOS:
Glicemia de Glicemia antes da Glicemia após a jejum
refeição refeição
Metas terapêuticas < 110 mg/dl <110 mg/dl <160 mg/dl
Níveis toleráveis Até 130 mg/dl Até 130 mg/dl Até 180 mg/dl
Atente-se para resultados abaixo de 70mg/dl ou acima de 180mg/dl
DESCARTE DE MATERIAIS
É importante lembrar que todo material perfurocortante ou outro que entre em
contato com mucosa e secreções do paciente podem estar contaminados, por isso é
necessário muito cuidado ao manuseá-los, fazendo uso de luvas.
CUIDADOS COM MATERIAIS CONTAMINADOS:
➢ Máxima atenção durante a separação do lixo;
➢ O lixo contaminado deve ser separado do lixo reciclável (embalagem);
➢ As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou
retiradas da seringa com as mãos;
➢ As agulhas e seringas devem ser desprezadas em recipientes resistentes à
perfuração e com tampa como: lata de leite em pó, embalagem de maionese e garrafa
pet;
➢ Encaminhar o material de perfurocortante até a Unidade de Saúde para
que seja desprezado de maneira correta;
24
ATENDENDO AS COMPLICAÇÕES:
Intercorrências Orientações Intercorrências O
NAUSEAS E
VÔMITOS
Retorno de conteúdo gástrico.
Pode ser causado por consumo
de alimento estragado, pelo
consumo exagerado de alimento
ou por algum distúrbio de saúde.
➢ Posicionar o paciente com
a cabeça voltada para o lado,
quando deitado, evitando-se a
broncoaspiração;
➢ Auxilia-lo em suas queixas
e proporcionar conforto;
➢ Não medicar sem
consentimento médico;
➢ Buscar junto à equipe de
saúde as causas que podem ter
ocasionado o problema.
DIARREIA É caracterizada pela ocorrência
de fezes líquidas três ou mais
vezes por dia. Pode ser causada
pelo uso de antibióticos,
medicações que aumentam os
movimentos intestinais,
alimentação, administração
incorreta de dieta enteral, entre
outros.
➢ Ofertar líquidos ao
paciente com maior frequência,
em torno de 150 ml por vez.
Procure orientação da equipe de
saúde caso o paciente tenha algum
problema renal;
➢ Não suspender a
alimentação, exceto quando
orientado;
➢ Substituir alimentos
laxativos (ameixa, leite, mamão);
➢ Fazer uso de alimentos
obstipantes (goiaba, maçã sem
casca, cenoura cozida);
➢ Em casos de uso de dieta
enteral, deve-se reduzir a
quantidade ofertada.
25
CONSTIPAÇÃO
INTESTINAL
Dificuldade na eliminação das
fezes em um período superior a
três dias. Traz vários
desconfortos como cólicas, falta
de apetite, falta de ar e agitação
nos pacientes com demência.
➢ Aumentar a oferta de
alimentos como cereais integrais e
verduras em refeições regulares;
➢ Ofertar e estimular a
ingestão de água e sucos;
➢ Estimular ou promover a
movimentação corporal;
➢ Não permitir o uso
frequente de laxantes;
➢ Não medicar sem
consentimento médico.
DESIDRATAÇÃO Relaciona-se com a perda
excessiva de líquidos do corpo
ou com a falta desses.
Pode ser causada por diarreia,
vomito ou febre alta. Pacientes
idosos tem maior tendência à
desidratação.
➢ Observar a quantidade de
líquido ingerida e eliminada pelo
paciente;
➢ Ofertar líquidos ao
paciente com maior frequência.
Procure orientação da equipe de
saúde caso o paciente tenha algum
problema renal;
➢ Observar o aspecto da pele
do paciente;
➢ Ficar atento às alterações
de consciência do paciente.
OBSTRUÇÃO DE
GASTROSTOMIA
Acontece sempre quando não há
possibilidade de infusão da dieta
via cateter, apresentando
resistência.
Pode ser causada pela limpeza
inadequada após a oferta da
dieta ou medicamentos.
➢ Injetar 40 ml de água
sempre após cada refeição ou
medicamentos, ou conforme
orientação;
➢ Não utilizar produtos
químicos, refrigerantes, líquidos
quentes para a desobstrução;
➢ Não aspirar com a seringa
para tentar desobstruir;
➢ Solicitar apoio da equipe
26
de saúde caso permaneça
obstruída.
DENGUE / ZIKA / CHIKUNGUNYA:
DEFINIÇÃO DENGUE ZIKA CHIKUNGUNYA
São doenças
virais,
transmitidas pelo
mosquito Aedes
aegypti
A dengue pode ter
transmissão vertical
(gestante-bebê) e por
transfusão de sangue.
Existem quatro tipos
diferentes de vírus da
dengue: DEN-1, DEN-
2, DEN-3 e DEN-4
Parte das pessoas
infectadas pelo vírus
Zika não
desenvolvem os
sintomas da doença.
O indivíduo pode ser
infectado com o vírus
da
Chikungunya apenas
uma vez, ficando
imune pelo resto da
vida.
SINTOMAS DENGUE ZIKA CHIKUNGUNYA
FEBRE Alta, de início abrupto
que geralmente dura
de
2 a 7 dias
Leve – 1 a 2 dias Alta, de início
imediato
DOR
Intensa na cabeça e
músculos.
Leve na articulação
Moderada na cabeça,
músculo e
articulações (pode
persistir por
aproximadamente um
mês)
Moderada na cabeça.
Intensa nos músculos,
nas articulações dos
pés e mãos – dedos,
tornozelos e pulsos
MANCHAS Pode aparecer a partir
do 5º dia
Vermelhas na pele,
surgem no 1º e 2º dia
Vermelhas na pele,
surge no 1º ou 4º dia
COCEIRA Leve Moderada a
intensa
Leve
27
OUTROS Fraqueza
Perda de peso
Náuseas
Vômitos
Vermelhidão nos
olhos.
Pouco frequentes:
Inchaço no corpo
Dor de garganta
Tosse
Vômitos
Vermelhidão nos
olhos.
ORIENTAÇÕES:
➢ Ao identificar algum sintoma procure um serviço de saúde para
atendimento;
➢ Não administre medicação sem orientação médica;
➢ Converse com o médico sobre o uso do ácido acetil salicílico (AAS),
pois esta medicação pode provocar hemorragias;
➢ Mantenha a casa limpa, cuidando com o acúmulo de água em pratinhos
com vasos de plantas, baldes, calhas, garrafas e pneus;
➢ Utilize telas em janelas e portas;
Passe repelente conforme descrição do produto;
➢ Mantenha o paciente em repouso absoluto;
➢ Ofereça bastante líquidos.
ORIENTAÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO – ITU
A infecção do trato urinário pode não ter sintomas, mas também pode apresentar
dores na pelve, maior necessidade de urinar, dor ao urinar e presença de sangue na
urina. Se a infecção estiver mais avançada, comprometendo os rins, pode causar dores
nas costas, náusea, vômito e febre.
ORIENTAÇÕES:
➢ Observar queixa de dor em região da bexiga, em parte inferior do
abdome, pelve ou virilha, durante a micção;
➢ Atentar para alterações de cor, odor, frequência e volume da urina;
28
➢ Estimular o esvaziamento frequente da bexiga;
➢ Ofertar líquidos ao paciente com maior frequência. Procure orientação da
equipe de saúde caso o paciente tenha algum problema renal;
➢ Realizar higiene íntima a cada eliminação;
➢ Se o paciente utilizar fralda, troca-la frequentemente, no mínimo 6 vezes
ao dia ou quando necessário.
Não utilizar medicações sem orientação médica;
Sempre procurar atendimento médico para diagnóstico e conduta, caso apresente
alguns dos sintomas aqui citados.
HIPOGLICEMIA
A hipoglicemia pode ocorrer quando a pessoa não se alimenta adequadamente,
efeito colaterais de medicação ou ainda se faz uso de insulina. A hipoglicemia
geralmente desencadeia os seguintes sinais e sintomas:
➢ Pele pálida, úmida, pegajosa;
➢ Confusão, dor de cabeça, raciocínio prejudicado, riso despropositado,
resistência ao auxílio;
➢ Pulso rápido e cheio;
➢ Desmaio, convulsão e coma;
➢ Não há, geralmente, alteração de respiração e de pressão arterial;
➢ Caso o atendimento necessário não seja dado, a pessoa pode evoluir para
óbito.
ORIENTAÇÕES:
➢ Caso a pessoa esteja consciente, pode-se ofertar algum alimento ou
líquido doce e posteriormente acionar o Serviço de Saúde de referência;
➢ Se a pessoa estiver inconsciente e apresentando os sintomas acima
descritos, deve-se procurar com urgência o socorro médico.
HIPERTERMIA
A hipertermia é a elevação anormal da temperatura do corpo, considerada a
partir de 37,7 °C. Pode ocorrer devido à presença de infecção no organismo ou de
alguma outra doença. Além das causas crônicas ou agudas que podem determinar a
29
febre de uma pessoa, algumas síndromes levam a hipertermia:
➢ Restrição à perda de calor;
➢ Presença prolongada em ambientes excessivamente quentes;
➢ Desidratação;
➢ Doenças da pele que comprometam grandes áreas;
Infecções,
Doenças parasitárias; Viroses.
ORIENTAÇÕES:
➢ Se constatada a febre alta acionar o serviço de saúde de referência;
➢ Não medicar sem orientação médica;
➢ Encaminhar para banho morno (para evitar choque térmico);
➢ Panos úmidos na região frontal da cabeça;
➢ Em caso de convulsão e delírio não se deve dar banho no paciente.
CONVULSÃO
É uma contração violenta, ou série de contrações dos músculos voluntários, com
ou sem perda de consciência. Pode ser causada por:
➢ Febre muito alta;
➢ Hipoglicemia;
➢ Traumatismo craniano;
➢ Edema cerebral;
➢ Tumores cerebrais;
➢ Intoxicação por gases, álcool, drogas alucinatórias, insulina, dentre
outros agentes;
➢ Epilepsia ou outras doenças do Sistema Nervoso Central.
SINTOMAS:
➢ Inconsciência;
➢ Queda desamparada, onde a pessoa é incapaz de fazer qualquer esforço
para evitar danos físicos a si própria;
➢ Olhar vago, fixo e/ou revirar dos olhos;
➢ Suor excessivo;
➢ Lábios arroxeados;
30
➢ Espumar pela boca;
➢ Morder a língua e/ou lábios;
➢ Corpo rígido e contração do rosto;
➢ Palidez intensa;
➢ Movimentos involuntários e desordenados; Eliminação de fezes e
urina.
Geralmente a convulsão dura de 2 a 4 minutos e a pessoa vai se recuperando
gradativamente. Depois da recuperação da convulsão há perda da memória, que se
recupera mais tarde.
ORIENTAÇÕES:
➢ Se possível, ao perceber que a pessoa vai cair, ampara-la;
➢ Afastar objetos potencialmente perigosos à pessoa;
➢ Segurar apenas a cabeça para proteger de traumas, não devendo conter as
demais partes do corpo da pessoa;
➢ Afrouxar as roupas, principalmente no pescoço e cintura;
➢ Virar o rosto para o lado, evitando assim a asfixia caso ocorra vômitos
ou salivação excessiva;
➢ Não colocar nenhum objeto rígido entre os dentes da pessoa;
➢ Não jogar água fria no rosto da pessoa;
➢ Passando o episódio de convulsão, manter a pessoa deitada de modo
confortável até que ela tenha plena consciência e autocontrole;
➢ Se a pessoa demonstrar vontade de dormir, deve-se ajudar a tornar isso
possível;
➢ Verificar se não aconteceu nenhum ferimento ou lesão e encaminhar para
tratamento médico;
➢ Deve-se deixar a pessoa à vontade e sem muitos questionamentos;
➢ Transmitir segurança e manter-se sempre junto ao paciente durante o
período de convulsão.
QUEIMADURAS
Todo tipo de queimadura é uma lesão que requer atendimento médico
especializado imediatamente após a prestação de primeiros socorros, seja qual for a
extensão e profundidade.
31
ORIENTAÇÕES:
➢ Afastar a pessoa da origem da queimadura;
➢ Se queimadura de 1º grau, deve-se limitar à lavagem com água corrente,
na temperatura ambiente, por no máximo 01minuto, não prolongar para evitar
hipotermia;
➢ Ofertar água somente se a pessoa estiver consciente;
➢ Em queimaduras de 1º grau, manter o local limpo e protegido;
➢ Se queimadura de 2º e 3º grau, deve-se lavar o local lesionado e proteger
com compressa de gaze ou pano limpo, umedecido ou com papel alumínio;
➢ Não furar as bolhas que venham a surgir no local;
➢ Não aplicar pomadas ou qualquer outro medicamento ou produto;
➢ Proteger com cobertor e manter a pessoa em local confortável, de
preferência com as pernas levantadas cerca de 30 cm em relação à cabeça;
➢ Tranquilizar a pessoa quando da existência de dor e sofrimento, pois a
mesma não deve ser medicada sem orientação de equipe de saúde;
➢ Remover aliança, anéis e pulseiras para evitar estrangulamento em caso
de edema;
➢ Não retirar roupas ou partes de roupa que tenham grudado no corpo do
queimado, nem retirar corpos estranhos que tenham ficado na queimadura após a
lavagem inicial;
➢ Encaminhar a pessoa imediatamente para atendimento médico.
ENVENENAMENTO
Suspeita-se da existência de envenenamento na presença dos seguintes sinais e
sintomas:
➢ Sinais evidentes, na boca ou na pele, de que a pessoa tenha mastigado,
engolido, aspirado ou estado em contato com substâncias tóxicas;
➢ Hálito com odor estranho, geralmente característico de veneno;
➢ Mudança na cor dos lábios e interior da boca;
➢ Dor e sensação de queimação na boca, garganta ou estômago;
➢ Sonolência, confusão mental ou outras alterações de consciência;
➢ Estado de coma alternando com períodos de alucinações e delírio;
➢ Salivação e suor excessivos, vômitos e diarreia;
32
➢ Lesões na pele, queimaduras intensas com limites bem definidos ou
bolhas;
➢ Dificuldade respiratória;
➢ Diminuição ou ausência de volume urinário;
➢ Convulsão;
➢ Presença de sangue no vômito, nas fezes ou na urina; Queda de
temperatura; Paralisia.
ORIENTAÇÕES:
➢ Encaminhar a pessoa imediatamente a um pronto socorro, mantendo-a
aquecida;
➢ Identificar o tipo do veneno através de frascos ou plantas próximos a
pessoa, com a finalidade de informar ao médico para tratamento adequado;
➢ Observar atentamente a pessoa, pois os efeitos podem não ser imediatos;
➢ O vômito pode ser provocado somente em casos de intoxicações por
alimentos, medicamentos, álcool, inseticida, xampu, naftalina, mercúrio, plantas
venenosas, exceto ‘comigo-ninguém-pode’ por ser muito tóxica;
➢ Não deve ser provocado o vômito quando a pessoa estiver inconsciente
ou for identificado o envenenamento por substância corrosivas ou derivadas de petróleo.
ENGASGO
É a obstrução causada por algum alimento ou corpo estranho, que impede a
entrada de ar nos pulmões.
ORIENTAÇÕES:
➢ Tranquilizar a pessoa;
➢ Orientar ou faze-la tossir na tentativa de eliminar o corpo estranho;
➢ Após isso, caso o corpo estranho não seja expelido, deve-se aplicar a
manobra de Heimlich, utilizando uma das mãos fechada sobre a chamada “boca do
estômago” e a outra mão comprimindo a primeira ao mesmo tempo em que empurra a
"boca do estômago" para dentro e para cima, como se quisesse levantar a pessoa do
chão;
33
➢ Não se deve tentar retirar o corpo estranho sem que antes o tenha
visualizado, sob o risco de empurrar o objeto mais profundamente;
➢ Encaminhar a pessoa ao serviço médico especializado o quanto antes.
CONFUSÃO MENTAL
Geralmente acompanhada de alucinações, agitação e desorientação. Algumas
condições podem dar início à confusão mental, entre elas infecção urinária, alterações
na tireoide, nos rins, problemas cardiovasculares, desnutrição e desidratação.
ORIENTAÇÕES:
Para se certificar que a pessoa está em estado de confusão mental, pode ser
observado os seguintes sinais:
➢ Dificuldade em lembrar o próprio nome, dia da semana, cidade onde
mora ou onde está;
➢ A pessoa fica agitada, não consegue parar de mexer as mãos, fica irritado
com o toque;
➢ Dificuldade em estabelecer conversas, falando lentamente e sem lógica;
➢ Apresenta dificuldade em realizar atividades simples de vida diária, ou
fazendo as mesmas tarefas várias vezes, sem necessidade;
➢ Apresenta comportamento inadequado e fica agressivo, podendo
machucar-se ou agredir aos outros;
➢ Deve-se buscar tranquilizar a pessoa e acionar a equipe de saúde.
SINAIS E SINTOMAS DE ALERTA NO IDOSO
Os sinais e sintomas que o cuidador deve ficar atendo e observar na ocorrência
de um deles no idoso, o médico dever ser avisado imediatamente:
✓ Começando pelo pulmão, quando o idoso tiver tosse, chiado ou dor no
peito, falta de ar, principalmente com alteração da cor do catarro, ficando amarelo ou
esverdeado pode indicar uma pneumonia, ainda mais se vier acompanhado de febre;
✓ O cuidador de deve ficar atendo no idoso quando ocorre sangramento na
pele, no nariz, na gengiva, após higiene oral, especialmente naqueles idosos que estão
tomando medicação anticoagulante, os conhecidos remédios para afinar o sangue, o
cuidador deve observar que a pele do idoso pode aparecer manchas vermelhas somente
34
por manipulação, isso porque ela é mais fina, delicada e sensível, propiciando o
rompimento de pequenos vasos, o cuidador deve observar alterações da coloração da
pele do idoso e o aparecimento de outras lesões como verrugas, pontos drenando pus ou
outras secreções também são importantes serem notadas. Na hora do banho é o
momento ideal para se verificar esses tipos de alterações;
✓ Quando o idoso sente dor no estomago acompanhado de náuseas,
vômitos e soluços podem indicar uma gastrite, o idoso que fica acamado muito tempo,
especialmente aqueles com sonda para receber alimentação, eles têm uma tendência
maior em desenvolver esse tipo de quadro, ainda mais se estiver tomando ácido
acetilsalicílico conhecido como AAS ou aspirina;
✓ Quanto ao intestino, o habito normal de evacuação é diário, mas até dia
sim dia não é normal, mas se o idoso ficar mais de 3 dias sem evacuar, o médico deve
ser avisado;
✓ Diarreia é outro sinal importante que deve ser notado;
✓ Dor na região da bexiga, junto com ardor para urinar mais alteração na
cor da urina e com cheiro forte, pode indicar uma infecção urinaria. O volume de urina,
a quantidade também é um dado importante que o cuidador deve observar, a sua
diminuição pode indicar que o idoso esteja desidratado;
Outra coisa importante a ser notado são os inchaços em qualquer parte do corpo,
ou em juntas, articulações, com vermelhidão, calor e dor na mobilização, isso pode
indicar um quadro infeccioso;
✓ A febre é um sinal muito importante e fundamental que na maioria das
vezes está relacionada a infecção e uma vez constatada, o médico deve ser avisado o
mais breve possível;
✓ O cuidador deve ficar atento a alterações de comportando do idoso, tais
como sonolência, excesso de tristeza, deixar de conversar, deixar de se alimentar, ficar
agressivo, isso é muito importante ser notado e o médico avisado imediatamente;
✓ Convulsões, perda de consciência, diminuição do nível de consciência,
deve ser notado e o médico avisado.
✓ Ocorrendo paralisia, ou fraqueza em um membro, ou seja, em um braço
ou na perna somente de um lado, acompanhado de dificuldade de deglutir (engolir),
alteração na fala e sonolência, isso pode significar um derrame e o médico dever ser
avisado imediatamente;
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✓ É importante notar também diferenças de temperatura entre um membro
e outro, pois pode ser um indicativo de infecção, deve-se procurar evitar também o
contato do idoso com outras pessoas doentes, principalmente com infecções de vias
respiratórias.
PREVENÇÃO DE QUEDAS E AMBIENTE SEGURO
ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE:
✓ O ambiente deve ser iluminado de forma que não incomode a pessoa
cuidada, porém a luz não pode ser tão fraca que dificulte o trabalho do cuidador. Uma
boa dica é realizar a instalação de lâmpadas em corredores e próximo à cabeceira da
cama;
Cadeiras, poltronas, vaso sanitário, devem ser mais altos, facilitando a pessoa
cuidada a realizar transferências como sentar, levantar ou deitar. Sofás, poltronas
devem ser fortes, com apoio lateral, permitindo a pessoa cuidada a sentar e levantar de
forma segura;
Caso a pessoa cuidada não controle a saída de urina e fezes, cubra a superfície
das cadeiras, poltronas e cama com um plástico e coloque por cima um lençol, evitando
o contato da pele diretamente com o plástico;
✓ A cama deve ser adaptada com grades laterais para a proteção da pessoa
cuidada;
✓ Se possível, posicione a cama em local que não tenha a passagem de
correntes de vento (portas e janelas).
PREVINA ACIDENTES:
✓ Coloque os objetos cortantes, pontiagudos, ou muito pequenos em local
seguro;
✓ Não permitir que o paciente realize atividades na cozinha sem auxilio,
pelo risco ao manipular objetos cortantes ou até mesmo queimaduras;
✓ No armário do banheiro, armazene somente o necessário, como objetos
para higiene pessoal (creme dental, sabonete, escova, pente);
✓ Produtos de limpeza, medicamentos devem ser mantidos em armários
fechados.
36
RISCOS DE QUEDAS
Ambientes inseguros, aumentam a probabilidade de pessoas que apresentam
dificuldades motoras, a sofrer uma queda.
Por vezes se faz necessário, realizar algumas adaptações no ambiente da casa,
para abrigar a pessoa cuidada, com maior segurança e conforto.
BANHEIRO:
✓ Instalação de barras de apoio na parede próximo ao chuveiro, ao lado do
vaso sanitário, proporcionam a pessoa cuidada maior segurança durante o banho e ao
sentar e levantar do vaso;
Para maior segurança e facilidade ao cuidador, durante o banho a pessoa cuidada
deve permanecer sentada em cadeira com apoio lateral; Os objetos de uso pessoal
devem ser posicionados próximos a pessoa cuidada, de maneira que facilite o manuseio;
Tapetes emborrachados colocados em frente ao vaso sanitário, embaixo da
cadeira no chuveiro, evitam escorregões.
QUARTO, SALA E ESCADAS:
✓ Os móveis devem estar dispostos na casa de forma que não atrapalhem o
acesso entre os cômodos e na realização de transferências;
✓ O local em que a pessoa cuidada permanece grande parte do tempo, deve
conter apenas os móveis necessários;
✓ As escadas devem possuir corrimãos e os corredores devem ser
adaptados com a instalação de barras para apoio, mantendo também o ambiente livre de
objetos espalhados, fios soltos e tapetes escorregadios.
COZINHA:
✓ Armazene comida, louça e demais acessórios em locais de fácil acesso;
Limpe imediatamente qualquer líquido que tenha sido derrubado no chão; Utilizar
tapetes emborrachados.
CUIDANDO DO CUIDADOR
A tarefa de cuidar de alguém pode estar vinculada às vezes com outras tarefas do
dia-a-dia, fazendo com que o cuidador fique sobrecarregado, assumindo sozinho as
37
responsabilidades pelo cuidado.
Diante dessa situação é comum o cuidador passar por cansaço físico, algumas
dicas podem ajudar a preservar a saúde do cuidador:
✓ O cuidador deve contar com a ajuda da família, amigos ou vizinhos,
definir dias e horários para cada um assumir parte dos cuidados;
✓ É fundamental que o cuidador reserve alguns momentos do seu dia para
se cuidar, descansar, relaxar e praticar alguma atividade física e de lazer; O cuidador
pode se exercitar e se distrair de diversas maneiras, como por exemplo: Enquanto assiste
TV movimente os dedos das mãos e dos pés; Faça massagem nos pés podendo utilizar
rolinho de madeira ou bolinha de borracha.
CUIDADOS QUANTO À POSTURA DO CUIDADOR
Cuidar de sua postura durante o manuseio da pessoa acamada é fundamental,
evitando assim possíveis lesões na coluna. Os movimentos de maior risco são:
✓ Ao realizar a transferência da pessoa cuidada da posição deitada para
sentada (cama/cadeira);
✓ Ao posicionar a pessoa cuidada da posição sentada para em pé;
✓ Em casos de quedas, quando levanta a pessoa cuidada do chão,
transferindo para a cama ou poltrona;
✓ Ao realizar inclinação sobre a pessoa cuidada para troca de roupas ou
higienização, permanecendo muito tempo na mesma posição.
COMO EVITAR LESÕES NA COLUNA:
✓ Mantenha o alinhamento adequado da sua cabeça e pescoço com a sua
coluna;
✓ Procure manter a curva natural da coluna, não dobre a cintura;
✓ Evite torcer o corpo ao transferir a pessoa cuidada;
✓ A pessoa cuidada deve manter-se sempre próximo ao seu corpo para
realizar a transferência;
✓ Procure utilizar a força dos músculos de suas pernas para levantar ou
puxar a pessoa cuidada;
✓ Dobre os joelhos se necessário para ajustar a sua altura;
✓ Peça ajuda se a pessoa cuidada possui porte físico grande e pesado;
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✓ Mantenha rotina de exercícios de alongamento e relaxamento ensinados
anteriormente.
MAUS TRATOS
O que é?
São caracterizados como ato, único ou repetido, ou omissão, que cause danos,
sofrimento ou angústia à pessoa cuidada. Estas ações podem ser praticadas por
familiares, amigos, vizinhos, cuidador.
Tipos de maus tratos:
➢ Físico: uso da força física, beliscões, apertões nos membros, atos que
provoquem dor.
➢ Psicológico: agressões verbais ou gestuais, humilhação, restrição da
liberdade, isolamento social, ameaças de punição ou abandono.
➢ Sexual: ato ou jogo sexual sem consentimento da pessoa, visando
excitação, relação sexual por meio de aliciamento ou violência física.
➢ Negligência: recusa ou omissão de cuidados às pessoas que se
encontram em situação de dependência ou incapacidade.
➢ Financeira ou material: consiste na apropriação dos recursos
financeiros e patrimoniais sem autorização da pessoa.
➢ Autonegligência: ações que ameace a sua própria saúde ou segurança,
recusa a adotar cuidados necessários a si mesmo.
O que fazer?
Quanto mais dependente for a pessoa, maior seu risco de ser vítima de violência.
O cuidador, os familiares e os profissionais de saúde devem estar atentos à detecção de
sinais e sintomas que possam denunciar situações de violência. Todo caso suspeito ou
confirmado de violência deve ser informado aos órgãos do seu município:
a) Delegacia Especializada da Mulher;
b) Centros de Referência da Mulher;
c) Delegacias Policiais;
d) Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa;
e) Centro de Referência da Assistência Social (CRAS)
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f) Ministério Público;
g) IML e outros.
CUIDADOS NO FIM DA VIDA
Diante da possibilidade de morte de um ente querido o compromisso de
trabalhar com o medo e o sofrimento das pessoas requer uma dedicação contínua, a
família tem o sentimento de incapacidade que pode gerar sentimentos contraditórios
como: raiva, culpa, alívio, dentre outras.
A morte de um paciente que está sofrendo pode representar um alívio para a
família e para o cuidador, sentimentos esses que podem ser comuns e normais nessa
situação.
Algumas medidas são importantes:
➢ Reconhecer os limites e entender que o necessário está sendo realizado;
➢ Promover medidas de conforto ao paciente;
➢ A forma adequada do toque, olhar, o movimento e comunicação são
importantes nessa fase;
➢ O medo é um sofrimento para o paciente no final da vida, por isso é
eminente mudarmos de postura como cuidadores e nos tornar mais sensíveis a eles;
➢ Mesmo que o paciente não se recupere, é necessário que o cuidador e
familiares entendam que o principal é o bem-estar da pessoa;
➢ Oferecer apoio para ajudar a família a lidar com a situação do paciente.
COMO PROCEDER NO CASO DE ÓBITO:
ÓBITO NA RESIDÊNCIA:
➢ Procurar o serviço de verificação para a emissão da certidão de óbito;
➢ Declaração ou atestado deve ser emitido pelo médico que acompanha o
paciente;
➢ Se a morte ocorrer sem a assistência médica, a certidão de óbito deverá
ser emitida por um médico do serviço de saúde pública mais próximo ao local onde
ocorreu o falecimento;
➢ Com o atestado de óbito um familiar ou responsável deve procurar a
funerária de sua escolha.
40
ÓBITO NO HOSPITAL:
➢ Seguir conforme as orientações recomendadas de como proceder para
obter a declaração de óbito;
➢ Encaminhar o atestado ao serviço de registro mais próximo para
documentar o óbito.
BENEFÍCIOS DO CUIDADOR E DA PESSOA CUIDADA:
➢ Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC)
➢ Aposentadoria por idade
➢ Aposentadoria por invalidez
➢ Pensão por morte
Para verificar os documentos necessários e principais requisitos consulte:
http://www.mtps.gov.br/
LEGISLAÇÕES IMPORTANTES
➢ Estatuto da Pessoa Idosa (Lei nº 10.741/03)
- http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm
➢ Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069 de 13 de julho de
1990) - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm
➢ Política Nacional de Saúde para Pessoa Idosa (Portaria nº 2.528/06) -
http://www.saude.mg.gov.br/images/documentos/Portaria_2528.pdf
➢ Política Nacional do Idoso (Lei nº 8.842/94; Decreto nº 1.942/96) -
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8842.htm
➢ Lei de Acessibilidade (Lei nº 10.098/00; Decreto nº 5.296/04) -
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10098.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-
2006/2004/decreto/d5296.htm
➢ Política Nacional para integração da pessoa com deficiência (Lei
nº7853/89; Decreto nº 3298/99) –
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7853.htm
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3298.htm
41
TELEFONES ÚTEIS
➢ PREV fone - 0800 78 0191
➢ Disque-saúde – 0800 61 1997
➢ SAMU - 192
➢ Corpo de Bombeiros – 193
➢ Polícia – 190
REFERÊNCIAS
BRASIL, 1993. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a
organização da Assistência Social e dá outras providências. Brasília.
BRASIL. Ministério da Saúde. Fisioterapia na orientação do cuidador: o
protagonista nos cuidados de um paciente pós Acidente Vascular Cerebral - Revista
Estação Cientifica. Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Manual de Primeiros
Socorros. Rio de Janeiro. p. 67, 93, 96, 107, 165. 2003.
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia prático do cuidador. Série A. Normas e
Manuais Técnicos. Brasília p. 7-10. 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Instruções para o preenchimento da
Declaração de Óbito / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde,
Departamento de Análise de Situação de Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de
Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Guia prático do cuidador / Ministério da
Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação
na Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2008. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf. Acesso em 12 de
maio de 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de Análise de Situação de Saúde.
BRASIL. Ministério da Saúde. Vírus Zika, informações ao público. Brasília,
2016. http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/janeiro/12/cartilhainformacoes-
ao-publico-v2.pdf. Acesso em 28 de abril de 2016.
42
BRASIL. Ministério da Saúde. Influenza. Disponível em:
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/descricao-da-doenca-influenza. Acesso em 12
de maio de 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Dengue. Disponível em:
http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/oministerio/principal/secretarias/svs/dengue.
Acesso em 28 de abril de 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde.
Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Dengue: diagnóstico e
manejo clínico: adulto e criança [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de
Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – 5. ed.
– Brasília: Ministério da Saúde, 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde.Cartilha do Cuidador – Programa de Atenção
Integral à Saúde – Unimed Belo Horizonte. Cuidar Melhor e Evitar a Violência -
Manual do Cuidador da Pessoa Idosa/ Tomiko Born (organizadora) – Brasília :
Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Subsecretaria de Promoção e Defesa dos
Direitos Humanos, 2008.
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Orientações aos
pacientes traqueostomizados. Nº 311. Rio de Janeiro: INCA, 2003.
BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Orientações sobre
ostomias. 2003. Disponível em:
http://www.ans.gov.br/images/stories/noticias/pdf/c artilha_folder_Inca.pdf
CALIRI, MHL. Guia para prevenção de Úlcera de Pressão ou Escara.
Orientação para pacientes adultos e famílias. RP 1998
Celik SA, Kanan N. A current conflict use of isotonic sodium chloride solution
on endotracheal suctioning in critically ill patients. Dimens Crit Care Nurs. 2006
jan/feb;25(1):11-4.
Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela
Assembleia Geral das Nações Unidas (resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948.
Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) / Adolfo
Milech...[et. al.]; organização José Egidio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio - São Paulo:
A.C. Farmacêutica, 2016.
FRANÇA, Genival Veloso de.; Medicina Legal, 6ª edição, Rio de Janeiro,
Koogan, 2001
FROTA OP, FERREIRA AM, LOUREIRO MDR, CHEADE MFM, REIS MG.
43
O uso de equipamento de proteção individual por profissionais de enfermagem na
aspiração endotraqueal. Rev. enferm. UERJ. 2012;20(esp.1):625-30.
HACHUL. M. Como Diagnosticar e Tratar a Infecção do Trato Urinário. Revista
Brasileira de Medicina. São Paulo. V. 71. Nº12. p. 6-10. 2014.
http://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/3
03.pdf
http://www.saude.go.gov.br/view/2579/pneumonia#sthash.oFqwqU8m.dpuf.
Acesso em 12 de maio de 2016. http://www.sdh.gov.br/assuntos/pessoa-
idosa/legislacao/pdf/manual-docuidadora-da-pessoa-idosa
http://www.diabetes.org.br/para-o-publico/hiperglicemia. Acesso em 22 de julho
de 2016.
Manual de orientações de risco de quedas – Unimed Federação do Paraná –
Daniely de Matos Alves Mendes.
MAYOR ERC, MENDES ENT, OLIVEIRA KR. Manual de Procedimentos e
assistência de enfermagem. São Paulo: Atheneu; 1999.
National Pressure Ulcer Advisory PaneL (NPUAP) – Prevenção e tratamento de
Úlcera Por Pressão: Guia de Consulta Rápida. 2014
NETO, D.L.; ROBLES, F.C.; GUIRADO, F.; PIRES, A. C. Avaliação da
glicemia capilar na ponta de dedo versus locais alternativos – Valores resultantes e
preferência dos pacientes.
Secretaria da Saúde. Violência doméstica contra a pessoa idosa: orientações
gerais. Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas de Saúde -
CODEPPS. São Paulo: SMS, 2007. Disponível em:
http://midia.pgr.mpf.gov.br/pfdc/15dejunho/caderno_violencia_idoso_atualizad
o_19jun.pdf. Acesso em 13 de maio de 2016.
Sousa, D.J; White, H.J et al. Maus-tratos contra idosos: atualização dos estudos
brasileiros. REV. BRAS. GERIATR. GERONTOL., RIO DE JANEIRO, 2010;
13(2):321328. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v13n2/a16v13n2.pdf.
Acesso em 13 de maio de 2016.
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  • 2. SUMÁRIO ORIENTAÇÕES GERAIS .............................................................................................5 PREVENÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO..................................................................5 CUIDADOS DE HIGENE ..............................................................................................6 APOIO EMOCIONAL: ESTIMULANDO O CORPO, SENTIDOS, AJUDA NA COMUNICAÇÃO E SONO ......................................................................................................10 ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL.......................................................................................11 TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL......................................................................12 ESTOMAS INTESTINAIS E URINÁRIOS................................................................14 CATETER VESICAL DE PERMANÊNCIA ..................................................................15 DISPOSITIVO URINÁRIO ...........................................................................................16 ESTIMULANDO OS MOVIMENTOS .......................................................................16 CUIDADOS ESPECÍFICOS........................................................................................18 OXIGENIOTERAPIA....................................................................................................18 CUIDADOS COM CURATIVOS ..................................................................................21 GLICEMIA CAPILAR...................................................................................................22 DESCARTE DE MATERIAIS........................................................................................23 ORIENTAÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS........................................................27 INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO – ITU.................................................................27 HIPOGLICEMIA ..........................................................................................................28 HIPERTERMIA.............................................................................................................28 CONVULSÃO ...............................................................................................................29 QUEIMADURAS ..........................................................................................................30 ENVENENAMENTO.....................................................................................................31 ENGASGO ....................................................................................................................32 CONFUSÃO MENTAL .................................................................................................33
  • 3. SINAIS E SINTOMAS DE ALERTA NO IDOSO ..........................................................33 PREVENÇÃO DE QUEDAS E AMBIENTE SEGURO ................................................35 RISCOS DE QUEDAS ..................................................................................................36 CUIDANDO DO CUIDADOR......................................................................................36 MAUS TRATOS.............................................................................................................38 CUIDADOS NO FIM DA VIDA ...................................................................................39 REFERÊNCIAS............................................................................................................41
  • 4. 4 O CUIDADO O cuidado deve ser realizado de forma individualizada, levando em consideração as particularidades e necessidades da pessoa a ser cuidada. Deve ir além dos cuidados com o corpo físico, considerando também as questões emocionais e a história de vida. O AUTOCUIDADO Autocuidado significa cuidar de si, envolve atitudes e comportamentos que a pessoa tem em seu próprio benefício, com a finalidade de promover a saúde. A pessoa acamada ou com limitações, mesmo necessitando da ajuda do cuidador, pode e deve realizar atividades de autocuidado sempre que possível. Cuidar não é fazer pelo outro, mas ajuda-lo quando necessita, estimulando a pessoa cuidada a conquistar sua autonomia, mesmo que seja em pequenas tarefas, isso requer paciência e tempo. PAPEL DO CUIDADOR O cuidador deve ser o vínculo entre a pessoa assistida, a família e a equipe de saúde, deve estar sempre atento, pronto a ouvir e ser solidário com a pessoa cuidada. As principais atividades que o cuidador deve desempenhar são: - Auxiliar nos cuidados de higiene; - Estimular e ajudar na alimentação; - Ajudar na locomoção e atividade física; - Incentivar atividades de lazer e ocupacionais; - Realizar mudanças de posição, intercalando cama e cadeira; - Promover medidas de conforto fazendo sempre com dedicação; - Administrar as medicações, conforme a prescrição e orientação da equipe de saúde; - Comunicar à equipe de saúde sobre alterações no estado de saúde. Os demais cuidados técnicos, tais como: aspiração, curativo, oferta de dieta enteral, entre outros, podem ser realizados, desde que sob orientação/treinamento da equipe de saúde.
  • 5. 5 ORIENTAÇÕES GERAIS PREVENÇÃO DE LESÕES POR PRESSÃO As lesões por pressão, antigamente conhecidas como escaras, podem surgir em pessoas acamadas ou com limitação de movimentos, ocasionadas pela redução da circulação sanguínea em pontos específicos do corpo que sofrem maior pressão (figura1). Por essa razão os locais mais comuns para formação das lesões por pressão são: Região sacra, Cotovelos, Calcanhares, Quadril, Tornozelos, Joelhos, Costelas, Ombro, Orelha e Cabeça. O QUE FAZER PARA PREVENIR? ➢ Realizar as mudanças de posição pelo menos a cada 2 horas. Faça isso com cuidado pois a pele é muito frágil e fina podendo rapidamente se romper; ➢ Proporcionar uma superfície macia para ser utilizada na cadeira ou na cama, como por exemplo colchão casca de ovo; ➢ Proteger os pontos de pressão com almofadas ou travesseiros e elevação dos pés. Para pacientes sentados colocar um apoio para os pés; ➢ Usar um forro sobre o lençol abaixo do paciente para que ele seja levantado durante a mudança de posição; ➢ Avaliar diariamente a pele para identificar precocemente o aparecimento de alguns sinais, como: mancha vermelha ou roxa que mesmo após o alívio da pressão não desaparecem; ➢ Hidratar a pele diariamente e oferecer líquidos em pequenas quantidades, porém várias vezes ao dia; Manter a pele limpa e seca. Realizar higiene íntima a cada troca de fraldas evitando que o paciente permaneça com a pele úmida da urina ou das fezes; ➢ Evitar esfregar a pele com força pela fragilidade, facilmente pode se romper; ➢ Em casos de pouca aceitação alimentar ou perda de peso, solicitar apoio de um profissional de saúde;
  • 6. 6 ➢ Proporcionar o consumo de alimentos com boas fontes de vitamina e sais minerais; ➢ Utilizar filtro solar e leve a pessoa para tomar sol no mínimo 15 minutos diariamente. O QUE NÃO FAZER X – Não usar almofadas tipo roda d’água ou as de formato arredondadas com buraco no centro; X – Não arrastar o paciente ou deixar que a pele fique se esfregando contra os lençóis, pois ambas causam fricção na pele; X – Não posicionar o paciente de forma que ele fique em contato direto com dispositivos médicos (tubos, cateteres e ou outros objetos); X – Não usar lençóis com costura ou com dobras que ficam em contato direto com o paciente; X – Não usar roupas as quais os botões fiquem em contato com a pele; X – Não posicionar o paciente numa superfície corporal que já apresente uma área com vermelhidão; X - Não massagear e nem esfregar vigorosamente a pele que tenha risco para desenvolver lesões; X – Não aplicar dispositivo de aquecimento, tais como, bolsas de água quente, almofadas térmicas diretamente na superfície da pele. CUIDADOS DE HIGENE Cuidados com a boca A higiene bucal de adultos e idosos, independente da pessoa ter ou não ter dentes, deve ser feita após cada uma das refeições e após o uso de remédios pela boca. Se a pessoa cuidada consegue fazer a higiene bucal, o cuidador deve estimulá-la e
  • 7. 7 providenciar os materiais necessários, orientando, dando apoio e acompanhando a atividade. Se a pessoa não consegue fazer sua higiene bucal sozinha, o cuidador deve ajudá-la da seguinte maneira: ➢ Colocar a pessoa sentada em frente à pia ou na cama, com uma bacia; ➢ Usar escova de cerdas macias e sempre que possível usar também o fio dental; ➢ Colocar pequena porção de pasta de dente para evitar que a pessoa engasgue; ➢ Escove os dentes; ➢ Em caso de lesões ou sangramento comunique a equipe de saúde; ➢ Para limpeza da prótese, escove-a fora da boca, com escova e pasta dental. Não esqueça de realizar a higienização das gengivas, bochechas e língua; ➢ Enxague bem a boca e recoloque a prótese; ➢ Não utilize produtos como água sanitária, álcool, detergente para limpar a prótese. Higiene corporal O cuidador deve manter uma rotina diária para o banho, sendo no chuveiro, banheira ou na cama. É um momento que proporciona, além da higiene, relaxamento, confiança e oportunidade de avaliação da pele. Como proceder no banho de chuveiro com auxílio do cuidador: ➢ Separe antecipadamente as roupas pessoais; Prepare o banheiro e coloque num lugar de fácil acesso os objetos necessários para o banho; Regule a temperatura da água; ➢ Mantenha fechadas portas e janelas para evitar as correntes de ar; ➢ Respeite e seja sensível ao pudor do paciente; ➢ O banho de chuveiro pode ser feito com a pessoa sentada numa cadeira de plástico com apoio lateral colocada sobre tapete antiderrapante ou em cadeiras próprias para banhos, disponíveis no comércio; ➢ Coloque a pessoa no banho e não a deixe sozinha porque ela pode escorregar e cair;
  • 8. 8 ➢ Estimule, oriente, supervisione e auxilie a pessoa cuidada a fazer sua higiene. Só faça aquilo que ela não é capaz de fazer; ➢ Após o banho, ajude a pessoa a se enxugar. Seque bem as partes íntimas, dobras de joelho, cotovelos, debaixo das mamas, axilas e entre os dedos; ➢ Higienize o cabelo no mínimo três vezes por semana. Observe se há feridas no couro cabeludo, piolhos, coceira ou áreas de quedas; ➢ Os cabelos curtos facilitam a higiene, mas lembre-se de consultar a pessoa antes de cortar seus cabelos, pois ela pode não concordar por questão religiosa ou por outro motivo. Como proceder no banho na cama: Quando houver restrição da realização do banho no chuveiro, poderá ser realizado na cama. É recomendado que o banho na cama seja sempre auxiliado por outra pessoa, isto é importante para proporcionar maior segurança à pessoa cuidada e para evitar danos à saúde do cuidador. ➢ Antes de iniciar o banho na cama, prepare todo o material que vai usar: papagaio ou comadre, bacia, água morna, sabonete, toalha, escova de dentes, lençóis, forro plástico e roupas; ➢ O cuidador deve proteger as mãos com luvas de borracha; ➢ Antes de iniciar o banho cubra o colchão com plástico; Iniciar a higiene corporal pela cabeça, pescoço, braços, tórax, barriga, pernas. Ajude a pessoa a deitar de lado para realizar a higiene das costas. Por último higienize as partes íntimas; ➢ É preciso secar muito bem as regiões de dobras para evitar assaduras e micoses.
  • 9. 9 ASSADURAS As assaduras são lesões na pele, provocadas pela umidade e calor ou pelo contato com fezes e urina. As assaduras são portas abertas para outras infecções. Os cuidados importantes para evita-las são: ➢ Aparar os pelos pubianos com tesoura para facilitar a higiene íntima e manter a área mais seca; ➢ Fazer a higiene íntima a cada vez que a pessoa evacuar ou urinar e secar bem a região; ➢ Solicite orientação da equipe de saúde. VESTUÁRIO A pessoa idosa, doente ou com incapacidade pode ter diminuída a capacidade de perceber ou de expressar as sensações de frio ou calor. É importante ficar atento: ➢ Mudanças de temperatura e não espere que a pessoa manifeste querer vestir ou despir agasalho. ➢ Roupas confortáveis e de tecidos próprios ao clima. ➢ Se possível é importante deixar a pessoa cuidada escolher a própria roupa, pois isso ajuda a preservar a sua personalidade, eleva a sua autoestima e independência. ➢ Calçados com sola de borracha são ideais para o uso evitando quedas. CUIDADOS COM OS MEDICAMENTOS Para recuperação da saúde é essencial o uso correto das medicações e para isto são necessários alguns cuidados: Manter medicamentos em local seguro, protegido da luz direta, calor e umidade; Seguir orientações da equipe quanto a organização, se necessário pedir ajuda; ➢ Atentar para os horários, dosagens e formas de administração conforme prescrição médica. Nunca altere, retire ou substitua medicações sem conhecimento da equipe de saúde; ➢ Guardar a receita médica junto a caixa de medicamento para consulta-la quando necessário; ➢ Após a administração de medicação se o paciente apresentar alteração comunique a equipe de saúde; ➢ Acender a luz para separar ou preparar a medicação;
  • 10. 10 ➢ Manter o medicamento em embalagem original; ➢ Controlar a data de validade; ➢ Antes de feriados e finais de semana é preciso confirmar se a quantidade de medicamentos é suficiente para estes dias; ➢ Para materiais e medicamentos de curativos guardar em embalagens com tampa, separados dos demais medicamentos; ➢ Para aparelhos respiratórios, como inalador, guardar em locais secos; ➢ Não reaproveitar frascos usados de medicamentos para colocar outros líquidos. APOIO EMOCIONAL: ESTIMULANDO O CORPO, SENTIDOS, AJUDA NA COMUNICAÇÃO E SONO É importante que o cuidador entenda a progressão da doença e como ela afeta a comunicação e o sono do paciente, deve ficar atento a qualquer alteração que a pessoa cuidada apresente que dificulte a comunicação e desenvolver ações que facilitem a interação. A paciência e o bom humor são as melhores maneiras de contornar situações constrangedoras, evitar confusões e mal-entendidos. Dicas para uma boa comunicação: ✓ Faça-lhe perguntas e aguarde as respostas; ✓ Não o repreenda caso a resposta não seja exata, desconverse gentilmente para que ele não se sinta frustrado; ✓ Utilizar sempre imagens simples, significativas e grandes; ✓ Identificar pessoas e lugares (fotos de familiares e lugares que conheceu); ✓ Incentivar a pessoa cuidada a registrar em papel e fazer listas das coisas que pode esquecer, (isso ajuda a organizar as atividades do dia-a-dia e a não esquecer coisas importantes); ✓ Estimular o paciente a desenvolver atividades que exercitam a memória, tais como: leitura, canto e palavras cruzadas; Dicas para uma boa noite de sono: ✓ Evitar ofertar após as 18 horas substâncias estimulantes como o chá preto, mate e café; ✓ Observar se a pessoa cuidada está sentindo dor, coceira na pele, câimbra ou outro desconforto que possa estar prejudicando o sono;
  • 11. 11 ✓ Diminuir a oferta de líquidos a pessoa, pois ao acordar para urinar a pessoa pode demorar a adormecer novamente; ✓ Informar a equipe de saúde sobre a possibilidade de mudar o horário da medicação que aumenta a vontade de urinar; ✓ Manter uma iluminação mínima no quarto de modo a facilitar os cuidados e a não interferir no sono da pessoa. ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL O cuidado para uma alimentação saudável interfere diretamente no bemestar físico e mental, na prevenção, reabilitação e tratamento de doenças. É muito importante que o cuidador proporcione uma alimentação saborosa, colorida e equilibrada, respeitando as preferências individuais e a condições clínicas. Dicas para uma alimentação saudável: ➢ O cuidador precisa ter muita calma e paciência, estabelecer horários regulares, criar um ambiente tranquilo no momento da alimentação; ➢ Distribuir a alimentação diária em cinco ou seis refeições; Sentar o paciente confortavelmente para receber a refeição, jamais deixar a pessoa na posição deitada para evitar engasgos; Para o preparo cuidar com a higiene pessoal, dos alimentos e dos utensílios que serão utilizados; ➢ Se o paciente conseguir se alimentar sozinho, o cuidador deverá estimular e ajudar no que for preciso, orientar a comer devagar, mastigando bem os alimentos e não o apressar; ➢ Estar atento à temperatura de consumo dos alimentos; ➢ Procure inserir o feijão pelo menos 1 vez por dia, no mínimo 4 vezes por semana. O feijão é um alimento rico em ferro. Cuidar com o excesso de consumo de sal e alimentos gordurosos; ➢ É importante o consumo diário de frutas, legumes e verduras frescas, bem como a ingestão de carnes, pois esses alimentos são ricos em vitaminas, minerais e fibras e a carne rica em ferro. O ferro é melhor absorvido quando se come junto com alimentos ricos em vitamina C, tais como laranja, limão, caju, goiaba, abacaxi e outros;
  • 12. 12 ➢ Estimular o prazer e o apetite com uso de temperos naturais como alho, cebola, cheiro-verde. Para lanche e sobremesa optar por frutas e evitar o consumo de bolos, biscoitos e alimentos ricos em açúcar; ➢ Estimular a busca e o consumo da água entre as refeições. Necessário que o consumo seja diário de líquidos, oferecendo de 1,5 a 2 litros de água, chá, leite ou suco de frutas, evitando refrigerantes; ➢ Cuidar com as consistências dos alimentos, principalmente quando o paciente apresenta dificuldade de mastigar e engolir. Nesses casos o cuidador deve picar os alimentos em pedaços pequenos, amassar ou triturar; ➢ Respeitar a recomendação da equipe de saúde e não oferecer alimento via oral quando o paciente não apresentar mais possibilidade de alimentar-se pela boca, pois há risco de engasgo e bronco aspiração. TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL O QUE É NUTRIÇÃO ENTERAL? A terapia nutricional enteral é um método simples, seguro e eficaz, indicada quando a alimentação pela boca é insuficiente ou impossível de ser realizada. A terapia nutricional é feita através de um cateter inserido no estômago, duodeno ou jejuno. Os alimentos podem ser administrados na forma liquida ou em pó. TIPOS DE NUTRIÇÃO ENTERAL: CASEIRA INDUSTRIALIZADA Dieta preparada a base de alimentos na sua forma original (in natura), tais como arroz, macarrão, carnes e legumes, que deverão ser liquidificados e bem coados para evitar obstrução na hora da administração. Deverá ser preparada seguindo recomendações, a fim de evitar contaminação. É uma dieta pronta, completa em nutrientes e balanceada. Pode ser encontrada na forma de: → Pó: necessitando de reconstituição ou diluição com água; → Líquidas em Sistema Aberto: devendo ser envasada em um frasco plástico (descartável);
  • 13. 13 → Líquidas em Sistema Fechado: necessário somente conectar o equipo diretamente no frasco da dieta. CUIDADOS NA PREPARAÇÃO E COM A ADMINISTRAÇÃO ➢ Posicionar o paciente sentado na cadeira ou na cama e deixa-lo nessa posição 30 minutos antes e depois da alimentação; ➢ Higienizar adequadamente os alimentos e os utensílios para evitar contaminação; ➢ Lavar as mãos com água e sabão antes do preparo da alimentação; ➢ O local de preparo deve estar limpo e higienizado com álcool 70%; ➢ Verificar a validade dos produtos que serão utilizados; ➢ Utilizar apenas água filtrada ou fervida; ➢ A dieta deve ser administrada em temperatura ambiente; ➢ Seguir com rigor a orientação de preparo e horários que a equipe de saúde orientar. As prescrições são individuais e seguem as necessidades nutricionais de cada paciente; ➢ As dietas devem ser armazenadas em locais frescos e secos, em temperatura ambiente e longe do calor; ➢ Para as dietas líquidas, depois de abertas devem ficar armazenadas na geladeira. O cuidador deve retirar o volume indicado, 30 minutos antes de cada administração e deixar atingir a temperatura ambiente naturalmente; ➢ Após aberta, a dieta liquida poderá ser utilizada em até 24 horas, sob refrigeração; ➢ Observar o correto posicionamento do cateter; ➢ Conectar o equipo no cateter; ➢ Abrir o equipo lentamente com gotejamento conforme prescrição; Se o cateter se deslocar ou se for removido acidentalmente, não tente recoloca- lo, acione a equipe de saúde. Frascos e Equipos: ➢ Devem ser lavados com água e sabão, enxaguados com água quente; ➢ Os frascos não poderão ser reutilizados por um período superior a 3 dias; ➢ Separe um frasco para ser utilizado com a dieta e outro para sucos e
  • 14. 14 água. O equipo deve ser trocado diariamente. ESTOMAS INTESTINAIS E URINÁRIOS Um Estoma ou Ostomia é uma abertura cirúrgica realizada na parede abdominal para construção de um novo trajeto para saída de fezes e urina. Dependendo do local onde foi realizada a cirurgia a abertura recebe um nome: ILEOSTOMIA OU COLOSTOMIA – Conecta o intestino à parede abdominal com função de eliminação de fezes. A característica das fezes da colostomia é de consistência pastosa enquanto que na ileostomia são fezes liquidas/semilíquidas. UROSTOMIA – Conecta a bexiga à parede abdominal com função de eliminar urina. CUIDADOS COM A BOLSA: ➢ Usar o dispositivo conforme orientação do profissional de saúde; ➢ Se indicado o recorte da base adesiva, cuidar para seguir o tamanho e formato exato do estoma para evitar que as fezes ou urina entrem em contato com a pele e causem irritações. Se ao redor do estoma surgir sinais de vermelhidão, coceira, ferida ou dor, o paciente deve ser avaliado por um profissional da saúde; ➢ Retirar o papel que protege o adesivo e colar a base adesiva de baixo para cima e pressione até que o equipamento esteja bem fixado à pele; ➢ Feche a parte de baixo com o clamp; ➢ Guardar as bolsas em locais limpos, secos e protegidos da luz solar para evitar danificações no material; ➢ Esvaziar a bolsa sempre que estiver com 1/3 da capacidade ocupada com fezes e urina. Na ileostomia e urostomia é necessário esvaziar constantemente para que não pese e descole; ➢ A frequência de troca varia conforme o tipo de estoma e características do efluente e serão orientados pelos profissionais da saúde. Mas sempre que a base adesiva (resina sintética) perde a característica de cor amarela para esbranquiçada ou se perceber descolamento e vazamento, é indicado troca da bolsa;
  • 15. 15 ➢ No momento da troca descole delicadamente a base adesiva e não utilize álcool, éter ou benzina pois causam ressecamento, ferindo a pele e causando reação alérgica; ➢ Higienize o estoma e a pele ao redor com água e sabonete neutro. Seque com pano macio e observe a coloração saudável do estoma (vermelho vivo e brilhante) e da pele peri-estomal; ➢ Para o banho não é necessário remover a bolsa pois é impermeável, mas é necessário protege-la com saco plástico e fita adesiva. CATETER VESICAL DE PERMANÊNCIA Quando o paciente perde a capacidade de controlar a urina e não consegue urinar espontaneamente é indicado uso de cateter vesical de permanência que tem por objetivo esvaziar a bexiga. O cateter é introduzido até a bexiga em uma conexão estéril até um coletor onde é depositada a urina. CUIDADOS: ➢ A passagem do cateter e sua retirada é de responsabilidade exclusiva da equipe da saúde; ➢ Nunca tracionar/puxar o cateter para não lesionar a uretra; ➢ Sempre que for manipular a bolsa é necessária a lavagem das mãos; ➢ Alterar o lado da fixação da bolsa coletora para evitar lesão no meato urinário; ➢ O cateter tem que ficar livre e permitir que a urina saia continuamente. Atentar para que a perna do paciente ou outro objeto não obstrua e comprima o cateter; ➢ Não deixar a bolsa coletora em contato direto com o chão/piso pelo risco de contaminação; ➢ Nunca elevar a bolsa coletora acima da linha da cintura do paciente sem clampear o extensor para evitar o refluxo da urina; ➢ Realizar a higiene perineal diariamente e observar presença de sinais de infecção; ➢ Observar e registrar a quantidade de urina que é drenada diariamente; ➢ Visualizar o aspecto da urina como coloração, presença de sangue e odor; ➢ Nunca desconectar o sistema entre a bolsa coletora e o cateter;
  • 16. 16 ➢ Para esvaziar a bolsa coletora, é necessário fechar o clamp, colocar o frasco ou comadre abaixo da bolsa, abrir a válvula de saída, esvaziar todo o conteúdo e por fim fechar a válvula de saída e reabrir o clamp. DISPOSITIVO URINÁRIO É uma película fina de borracha e é colocada no pênis como uma camisinha. Existem vários tamanhos e a mangueira do dispositivo é conectada a uma bolsa coletora de urina. CUIDADOS ➢ Apare os pelos para facilitar a colocação do dispositivo; ➢ Insira o dispositivo como se ele fosse uma camisinha; ➢ Coloque a fita hipoalergênica em torno, cuidado para não fixar muito apertado; ➢ Não utilize esparadrapo para fixar; ➢ Frequência de troca é 1x/dia, sempre avalie se o pênis não está com nenhuma alteração. ESTIMULANDO OS MOVIMENTOS Idosos, cadeirantes e pessoas acamadas, necessitam manter a funcionalidade nos músculos, articulações e circulação, prevenindo também possíveis doenças respiratórias. Quando a pessoa cuidada consegue realizar alguns movimentos, é importante que o cuidador incentive e motive o mesmo a praticar o exercício sozinho, sob a sua supervisão e auxiliando quando necessário. Em casos em que a pessoa cuidada não apresenta nenhum tipo de movimento, o cuidador deverá realizar a movimentação. COMO REALIZAR OS EXERCÍCIOS: ✓ Devem ser realizados de forma lenta, observando e respeitando o limite da pessoa cuidada;
  • 17. 17 ✓ Os exercícios podem ser praticados duas vezes ao dia. EXERCÍCIOS PASSIVOS PARA ACAMADOS: Ombros: posicione a pessoa sentada ou deitada, esticando o seu braço com a palma da mão para baixo, segure o braço pelo cotovelo e punho; mantenha-o esticado e traga-o até na altura da orelha. Volte o braço na posição inicial e repita o movimento 5 a 10 vezes em cada lado. Cotovelo: posicione a pessoa sentada ou deitada, deixando os braços ao longo do corpo, com a palma da mão voltada para baixo. Segure o punho para estabilizar a mão e em seguida flexione o braço em direção ao ombro. Volte o braço na posição inicial e repita o movimento 5 a 10 vezes em cada lado. Punhos e mãos: posicione a pessoa sentada ou deitada, segure a sua mão, realizando somente o movimento de flexão e extensão do punho (movimento para frente e para trás). Repita o movimento 5 a 10 vezes em cada lado. Pernas: posicione a pessoa deitada sobre a cama e com as pernas esticadas, segure com uma de suas mãos no calcanhar e com a outra mão dobre o joelho, levando o membro de encontro a barriga e em seguida estique a perna. Realize o movimento 5 a 10 vezes em cada lado. Tornozelos/Pés: posicione a pessoa deitada sobre a cama e com as pernas esticadas, segure um dos pés pelo calcanhar apoiando sua mão na sola do pé e também próximo aos dedos. Realize o movimento de empurrar o pé para frente e para trás. Repita o movimento 5 a 10 vezes em cada lado. EXERCÍCIOS ATIVOS PARA ACAMADOS: Ombros e cotovelos: 1- Posicione a pessoa sentada ou deitada, peça que dobre o braço tentando encostar a mão no ombro, esticando logo em seguida. Repetir o movimento 5 a 10 vezes em cada lado;
  • 18. 18 2- Com o braço esticado, peça que eleve o braço para cima, mantendo o cotovelo esticado. Repetir o movimento 5 a 10 vezes em cada lado. Mãos e punhos: 1- Posicione a pessoa sentada ou deitada, peça que dobre os dedos e em seguida estique, realizando o movimento de abrir e fechar as mãos. Repetir o movimento de 5 a 10 vezes; 2- Posicione a pessoa sentada ou deitada, com a mão fechada, peça que realize movimentos circulares com o punho e em seguida movimento para frente e para trás. Repetir o movimento de 5 a 10 vezes. Pernas: 1- Deitado sobre a cama peça que a pessoa dobre e estique a perna, deslizando o pé na cama. Repetir o movimento de 5 a 10 vezes; 2- Deitado sobre a cama, peça que dobre as pernas e em seguida realize o movimento de abrir e fechar, encostando e afastando um joelho do outro; 3- Deitado sobre a cama, peça que dobre uma perna e estique a outra elevando o membro para cima, mantendo o joelho esticado. Repetir o movimento de 5 a 10 vezes. Tornozelos/pés: 1- Posicione a pessoa sentada ou deitada, peça que movimente o pé para cima e para baixo (pé de bailarina). Repetir o movimento de 5 a 10 vezes. 2- Posicione a pessoa sentada ou deitada, peça que realize movimentos circulares com os pés, no sentido horário e depois no sentido anti-horário. Repetir o movimento de 5 a 10 vezes. CUIDADOS ESPECÍFICOS OXIGENIOTERAPIA
  • 19. 19 É o suporte de oxigênio necessário a pacientes com graves problemas respiratórios. Pode ser utilizado em casa, porém deve seguir alguns cuidados para evitar complicações e internações hospitalares: CUIDADOS COM CONCENTRADOR: ➢ O concentrador de oxigênio deve ficar em local arejado, seco, limpo podendo ser no quarto do paciente ou em outro ambiente, com o objetivo de diminuir o ruído causado pelo aparelho; ➢ Não colocar objetos sobre o concentrador; ➢ Limpar o equipamento com pano úmido evitando acumulo de pó; ➢ Lavar o frasco (umidificador) diariamente; ➢ Realizar a troca da agua diariamente, usando água fervida ou filtrada, (não faça uso de água mineral); ➢ Observar a válvula reguladora (relógio), quando estiver marcando 50BARES, comunicar a empresa para providenciar a troca (recarga); ➢ Realizar a troca do cateter nasal e a extensão (prolongamento do concentrador) a cada 7 dias; ➢ Administrar o oxigênio conforme prescrição médica; ➢ Informar a equipe de saúde qualquer alteração clínica (dificuldade ou esforço respiratório). CUIDADOS COM CILINDRO: ➢ Cilindro de O2 deve ser mantido longe do fogo e materiais inflamáveis; ➢ Utilizar o cilindro pequeno (Backup) para transporte ou quando houver queda de energia, após o restabelecimento da energia fazer o uso do concentrador. CUIDADOS COM A TRAQUEOSTOMIA É a abertura realizada na traqueia do paciente para que este respire com mais facilidade. Nela é introduzida um tubo de metal ou plástico rígido, chamado de cânula, fixado ao pescoço com o auxílio de um cadarço. Para realizar os cuidados com a cânula de traqueostomia, deve-se receber treinamento da equipe de saúde.
  • 20. 20 Existem dois tipos de cânulas: ➢ Cânula metálica: dividida em duas partes: cânula (fixa) e subcânula (móvel); ➢ Cânula plástica: sem divisões. Cuidados com a cânula: ➢ Limpe a subcânula pelo menos 03 vezes ao dia, para evitar o acúmulo de secreção que pode causar obstrução; ➢ Mantenha uma boa higiene ao redor da traqueostomia, pode ser utilizado uma gaze úmida com sabão neutro. Não deixar resíduos; ➢ Mantenha a região da traqueostomia bem hidratada; ➢ Faça um acolchoado para colocar entre a parte posterior da cânula e a pele, utilizando 02 gazes dobradas, evitando assim que o local fique umedecido, causando alergia ao paciente; ➢ Mantenha a abertura da cânula protegida com uma gaze, para evitar entrada de poeira ou ciscos e o ressecamento da traqueia e brônquios; ➢ Utilize um material macio para o cadarço e quando for prendê-lo não o coloque muito apertado. Inspecione a pele em contato com o cadarço diariamente; ➢ Em caso de dúvida ou de obstrução, entre em contato com a equipe de saúde ou de emergência. Sinais de obstrução: ➢ Tosse frequente; ➢ Queixa ou aparência de falta de ar; ➢ Respiração ruidosa e com esforço; ➢ Falta de ar aos pequenos esforços; Engasgos frequentes. CUIDADOS NA ASPIRAÇÃO Tem por objetivo remover secreções e com isso ajudar com que o paciente respire melhor. Este procedimento sempre causa desconforto ao paciente e deve ser realizado da forma correta e somente quando necessário; pois se feito de maneira incorreta e em exagero, além do desconforto, pode trazer complicações graves ao paciente, podendo levar à morte. Deve-se receber treinamento da equipe de saúde para a realização desse procedimento. A aspiração deve ser realizada quando o paciente não conseguir tossir e estiver com acumulo de secreção em seu pulmão. A aspiração pode ser realizada pela boca, nariz ou traqueostomia.
  • 21. 21 ➢ Explicar o procedimento ao paciente, mesmo se estiver inconsciente; ➢ Proteger os olhos do paciente; ➢ Colocar o paciente com a cabeceira levemente elevada; ➢ Testar o aspirador; ➢ Seguir a técnica orientada pela equipe; ➢ Repetir o procedimento quantas vezes forem necessárias, sempre intercalando com um período de descanso ao paciente; Após a aspiração deve-se lavar o cateter com soro fisiológico e depois desligar o aspirador; ➢ Proteger o cateter em embalagem; ➢ Desprezar o conteúdo aspirado e lavar o recipiente com água e sabão; ➢ Realizar o procedimento somente se sentir seguro e apto, em caso de dúvidas solicite apoio da equipe de saúde. CUIDADOS COM CURATIVOS Orientações para realização de Curativos: ➢ Deve-se verificar a validade de todo o material a ser utilizado, quando houver a suspeita do material estar contaminado, ele deve ser descartado. Verificar se os pacotes estão bem lacrados; ➢ O próximo passo é um preparo adequado do paciente, ele deve ser avisado previamente que o curativo será trocado e que pode causar pequeno desconforto. Os curativos não devem ser trocados no horário das refeições, para garantir a privacidade do paciente. Este deve ser informado da melhora da ferida, esses métodos melhoram a colaboração do paciente durante a troca do curativo, que será mais rápida e eficiente; ➢ Lavar as mãos com água e sabão, antes e depois de cada curativo. Evitar o contato direto com a lesão e assim um menor risco de infecção; ➢ A limpeza deve ser feita da área menos contaminada para a área mais contaminada, evitando-se movimentos de vai e vem nas feridas cirúrgicas. A área mais contaminada é a pele localizada ao redor da ferida, enquanto que nas feridas infectadas a área mais contaminada é a do interior da ferida;
  • 22. 22 ➢ Devem-se remover as crostas e os detritos com cuidado; lavar a ferida com soro fisiológico em jato, por fim fixar o curativo com atadura ou fita hipoalergênica; O curativo deve ser realizado de acordo com a prescrição do médico ou do enfermeiro; ➢ Deve sempre ser feito após o banho. No banho, lavar a ferida com água corrente limpa e sabão, com leve fricção sobre a ferida. Após o banho o curativo deve ser feito com soro fisiológico (limpando levemente a ferida com gaze umedecida em soro fisiológico) e depois cobrir com gaze seca e limpa. Não aplicar pomadas ou outras substâncias, somente se tiver orientação do seu médico; ➢ Manter a ferida sempre limpa e protegida de secreções, animais, poeira, água suja e demais substâncias não conhecidas que podem levar a infecção do local; ➢ Em caso de o paciente referir dor, alteração de cor e temperatura ao redor da lesão, procurar equipe de saúde para uma avaliação. Não usar antibióticos ou anti- inflamatórios enquanto não for avaliado pelo seu médico. GLICEMIA CAPILAR O teste de glicemia capilar possibilita conhecer os níveis de glicemia no sangue de forma rápida e prática. É realizado através da coleta de sangue adquirida por meio de perfuração da “ponta do dedo” com lanceta ou agulha. CUIDADOS: ➢ Lavar as mãos; ➢ Realizar rodizio dos dedos a cada novo exame; ➢ Aquecer as mãos e apertar a ponta do dedo quando houver pouco fluxo de sangue; ➢ Guardar as tiras em sua embalagem original; ➢ Manter as tiras e o aparelho em local limpo e seco, sem exposição ao sol e calor; ➢ Atentar para a validade das tiras; ➢ Trocar o chip do aparelho ao utilizar novas tiras; ➢ Descartar as lancetas utilizadas em recipiente adequado, exemplo: garrafa pet;
  • 23. 23 Cabe ao médico definir a frequência do procedimento. RESULTADOS: Glicemia de Glicemia antes da Glicemia após a jejum refeição refeição Metas terapêuticas < 110 mg/dl <110 mg/dl <160 mg/dl Níveis toleráveis Até 130 mg/dl Até 130 mg/dl Até 180 mg/dl Atente-se para resultados abaixo de 70mg/dl ou acima de 180mg/dl DESCARTE DE MATERIAIS É importante lembrar que todo material perfurocortante ou outro que entre em contato com mucosa e secreções do paciente podem estar contaminados, por isso é necessário muito cuidado ao manuseá-los, fazendo uso de luvas. CUIDADOS COM MATERIAIS CONTAMINADOS: ➢ Máxima atenção durante a separação do lixo; ➢ O lixo contaminado deve ser separado do lixo reciclável (embalagem); ➢ As agulhas não devem ser reencapadas, entortadas, quebradas ou retiradas da seringa com as mãos; ➢ As agulhas e seringas devem ser desprezadas em recipientes resistentes à perfuração e com tampa como: lata de leite em pó, embalagem de maionese e garrafa pet; ➢ Encaminhar o material de perfurocortante até a Unidade de Saúde para que seja desprezado de maneira correta;
  • 24. 24 ATENDENDO AS COMPLICAÇÕES: Intercorrências Orientações Intercorrências O NAUSEAS E VÔMITOS Retorno de conteúdo gástrico. Pode ser causado por consumo de alimento estragado, pelo consumo exagerado de alimento ou por algum distúrbio de saúde. ➢ Posicionar o paciente com a cabeça voltada para o lado, quando deitado, evitando-se a broncoaspiração; ➢ Auxilia-lo em suas queixas e proporcionar conforto; ➢ Não medicar sem consentimento médico; ➢ Buscar junto à equipe de saúde as causas que podem ter ocasionado o problema. DIARREIA É caracterizada pela ocorrência de fezes líquidas três ou mais vezes por dia. Pode ser causada pelo uso de antibióticos, medicações que aumentam os movimentos intestinais, alimentação, administração incorreta de dieta enteral, entre outros. ➢ Ofertar líquidos ao paciente com maior frequência, em torno de 150 ml por vez. Procure orientação da equipe de saúde caso o paciente tenha algum problema renal; ➢ Não suspender a alimentação, exceto quando orientado; ➢ Substituir alimentos laxativos (ameixa, leite, mamão); ➢ Fazer uso de alimentos obstipantes (goiaba, maçã sem casca, cenoura cozida); ➢ Em casos de uso de dieta enteral, deve-se reduzir a quantidade ofertada.
  • 25. 25 CONSTIPAÇÃO INTESTINAL Dificuldade na eliminação das fezes em um período superior a três dias. Traz vários desconfortos como cólicas, falta de apetite, falta de ar e agitação nos pacientes com demência. ➢ Aumentar a oferta de alimentos como cereais integrais e verduras em refeições regulares; ➢ Ofertar e estimular a ingestão de água e sucos; ➢ Estimular ou promover a movimentação corporal; ➢ Não permitir o uso frequente de laxantes; ➢ Não medicar sem consentimento médico. DESIDRATAÇÃO Relaciona-se com a perda excessiva de líquidos do corpo ou com a falta desses. Pode ser causada por diarreia, vomito ou febre alta. Pacientes idosos tem maior tendência à desidratação. ➢ Observar a quantidade de líquido ingerida e eliminada pelo paciente; ➢ Ofertar líquidos ao paciente com maior frequência. Procure orientação da equipe de saúde caso o paciente tenha algum problema renal; ➢ Observar o aspecto da pele do paciente; ➢ Ficar atento às alterações de consciência do paciente. OBSTRUÇÃO DE GASTROSTOMIA Acontece sempre quando não há possibilidade de infusão da dieta via cateter, apresentando resistência. Pode ser causada pela limpeza inadequada após a oferta da dieta ou medicamentos. ➢ Injetar 40 ml de água sempre após cada refeição ou medicamentos, ou conforme orientação; ➢ Não utilizar produtos químicos, refrigerantes, líquidos quentes para a desobstrução; ➢ Não aspirar com a seringa para tentar desobstruir; ➢ Solicitar apoio da equipe
  • 26. 26 de saúde caso permaneça obstruída. DENGUE / ZIKA / CHIKUNGUNYA: DEFINIÇÃO DENGUE ZIKA CHIKUNGUNYA São doenças virais, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti A dengue pode ter transmissão vertical (gestante-bebê) e por transfusão de sangue. Existem quatro tipos diferentes de vírus da dengue: DEN-1, DEN- 2, DEN-3 e DEN-4 Parte das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem os sintomas da doença. O indivíduo pode ser infectado com o vírus da Chikungunya apenas uma vez, ficando imune pelo resto da vida. SINTOMAS DENGUE ZIKA CHIKUNGUNYA FEBRE Alta, de início abrupto que geralmente dura de 2 a 7 dias Leve – 1 a 2 dias Alta, de início imediato DOR Intensa na cabeça e músculos. Leve na articulação Moderada na cabeça, músculo e articulações (pode persistir por aproximadamente um mês) Moderada na cabeça. Intensa nos músculos, nas articulações dos pés e mãos – dedos, tornozelos e pulsos MANCHAS Pode aparecer a partir do 5º dia Vermelhas na pele, surgem no 1º e 2º dia Vermelhas na pele, surge no 1º ou 4º dia COCEIRA Leve Moderada a intensa Leve
  • 27. 27 OUTROS Fraqueza Perda de peso Náuseas Vômitos Vermelhidão nos olhos. Pouco frequentes: Inchaço no corpo Dor de garganta Tosse Vômitos Vermelhidão nos olhos. ORIENTAÇÕES: ➢ Ao identificar algum sintoma procure um serviço de saúde para atendimento; ➢ Não administre medicação sem orientação médica; ➢ Converse com o médico sobre o uso do ácido acetil salicílico (AAS), pois esta medicação pode provocar hemorragias; ➢ Mantenha a casa limpa, cuidando com o acúmulo de água em pratinhos com vasos de plantas, baldes, calhas, garrafas e pneus; ➢ Utilize telas em janelas e portas; Passe repelente conforme descrição do produto; ➢ Mantenha o paciente em repouso absoluto; ➢ Ofereça bastante líquidos. ORIENTAÇÕES DE PRIMEIROS SOCORROS INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO – ITU A infecção do trato urinário pode não ter sintomas, mas também pode apresentar dores na pelve, maior necessidade de urinar, dor ao urinar e presença de sangue na urina. Se a infecção estiver mais avançada, comprometendo os rins, pode causar dores nas costas, náusea, vômito e febre. ORIENTAÇÕES: ➢ Observar queixa de dor em região da bexiga, em parte inferior do abdome, pelve ou virilha, durante a micção; ➢ Atentar para alterações de cor, odor, frequência e volume da urina;
  • 28. 28 ➢ Estimular o esvaziamento frequente da bexiga; ➢ Ofertar líquidos ao paciente com maior frequência. Procure orientação da equipe de saúde caso o paciente tenha algum problema renal; ➢ Realizar higiene íntima a cada eliminação; ➢ Se o paciente utilizar fralda, troca-la frequentemente, no mínimo 6 vezes ao dia ou quando necessário. Não utilizar medicações sem orientação médica; Sempre procurar atendimento médico para diagnóstico e conduta, caso apresente alguns dos sintomas aqui citados. HIPOGLICEMIA A hipoglicemia pode ocorrer quando a pessoa não se alimenta adequadamente, efeito colaterais de medicação ou ainda se faz uso de insulina. A hipoglicemia geralmente desencadeia os seguintes sinais e sintomas: ➢ Pele pálida, úmida, pegajosa; ➢ Confusão, dor de cabeça, raciocínio prejudicado, riso despropositado, resistência ao auxílio; ➢ Pulso rápido e cheio; ➢ Desmaio, convulsão e coma; ➢ Não há, geralmente, alteração de respiração e de pressão arterial; ➢ Caso o atendimento necessário não seja dado, a pessoa pode evoluir para óbito. ORIENTAÇÕES: ➢ Caso a pessoa esteja consciente, pode-se ofertar algum alimento ou líquido doce e posteriormente acionar o Serviço de Saúde de referência; ➢ Se a pessoa estiver inconsciente e apresentando os sintomas acima descritos, deve-se procurar com urgência o socorro médico. HIPERTERMIA A hipertermia é a elevação anormal da temperatura do corpo, considerada a partir de 37,7 °C. Pode ocorrer devido à presença de infecção no organismo ou de alguma outra doença. Além das causas crônicas ou agudas que podem determinar a
  • 29. 29 febre de uma pessoa, algumas síndromes levam a hipertermia: ➢ Restrição à perda de calor; ➢ Presença prolongada em ambientes excessivamente quentes; ➢ Desidratação; ➢ Doenças da pele que comprometam grandes áreas; Infecções, Doenças parasitárias; Viroses. ORIENTAÇÕES: ➢ Se constatada a febre alta acionar o serviço de saúde de referência; ➢ Não medicar sem orientação médica; ➢ Encaminhar para banho morno (para evitar choque térmico); ➢ Panos úmidos na região frontal da cabeça; ➢ Em caso de convulsão e delírio não se deve dar banho no paciente. CONVULSÃO É uma contração violenta, ou série de contrações dos músculos voluntários, com ou sem perda de consciência. Pode ser causada por: ➢ Febre muito alta; ➢ Hipoglicemia; ➢ Traumatismo craniano; ➢ Edema cerebral; ➢ Tumores cerebrais; ➢ Intoxicação por gases, álcool, drogas alucinatórias, insulina, dentre outros agentes; ➢ Epilepsia ou outras doenças do Sistema Nervoso Central. SINTOMAS: ➢ Inconsciência; ➢ Queda desamparada, onde a pessoa é incapaz de fazer qualquer esforço para evitar danos físicos a si própria; ➢ Olhar vago, fixo e/ou revirar dos olhos; ➢ Suor excessivo; ➢ Lábios arroxeados;
  • 30. 30 ➢ Espumar pela boca; ➢ Morder a língua e/ou lábios; ➢ Corpo rígido e contração do rosto; ➢ Palidez intensa; ➢ Movimentos involuntários e desordenados; Eliminação de fezes e urina. Geralmente a convulsão dura de 2 a 4 minutos e a pessoa vai se recuperando gradativamente. Depois da recuperação da convulsão há perda da memória, que se recupera mais tarde. ORIENTAÇÕES: ➢ Se possível, ao perceber que a pessoa vai cair, ampara-la; ➢ Afastar objetos potencialmente perigosos à pessoa; ➢ Segurar apenas a cabeça para proteger de traumas, não devendo conter as demais partes do corpo da pessoa; ➢ Afrouxar as roupas, principalmente no pescoço e cintura; ➢ Virar o rosto para o lado, evitando assim a asfixia caso ocorra vômitos ou salivação excessiva; ➢ Não colocar nenhum objeto rígido entre os dentes da pessoa; ➢ Não jogar água fria no rosto da pessoa; ➢ Passando o episódio de convulsão, manter a pessoa deitada de modo confortável até que ela tenha plena consciência e autocontrole; ➢ Se a pessoa demonstrar vontade de dormir, deve-se ajudar a tornar isso possível; ➢ Verificar se não aconteceu nenhum ferimento ou lesão e encaminhar para tratamento médico; ➢ Deve-se deixar a pessoa à vontade e sem muitos questionamentos; ➢ Transmitir segurança e manter-se sempre junto ao paciente durante o período de convulsão. QUEIMADURAS Todo tipo de queimadura é uma lesão que requer atendimento médico especializado imediatamente após a prestação de primeiros socorros, seja qual for a extensão e profundidade.
  • 31. 31 ORIENTAÇÕES: ➢ Afastar a pessoa da origem da queimadura; ➢ Se queimadura de 1º grau, deve-se limitar à lavagem com água corrente, na temperatura ambiente, por no máximo 01minuto, não prolongar para evitar hipotermia; ➢ Ofertar água somente se a pessoa estiver consciente; ➢ Em queimaduras de 1º grau, manter o local limpo e protegido; ➢ Se queimadura de 2º e 3º grau, deve-se lavar o local lesionado e proteger com compressa de gaze ou pano limpo, umedecido ou com papel alumínio; ➢ Não furar as bolhas que venham a surgir no local; ➢ Não aplicar pomadas ou qualquer outro medicamento ou produto; ➢ Proteger com cobertor e manter a pessoa em local confortável, de preferência com as pernas levantadas cerca de 30 cm em relação à cabeça; ➢ Tranquilizar a pessoa quando da existência de dor e sofrimento, pois a mesma não deve ser medicada sem orientação de equipe de saúde; ➢ Remover aliança, anéis e pulseiras para evitar estrangulamento em caso de edema; ➢ Não retirar roupas ou partes de roupa que tenham grudado no corpo do queimado, nem retirar corpos estranhos que tenham ficado na queimadura após a lavagem inicial; ➢ Encaminhar a pessoa imediatamente para atendimento médico. ENVENENAMENTO Suspeita-se da existência de envenenamento na presença dos seguintes sinais e sintomas: ➢ Sinais evidentes, na boca ou na pele, de que a pessoa tenha mastigado, engolido, aspirado ou estado em contato com substâncias tóxicas; ➢ Hálito com odor estranho, geralmente característico de veneno; ➢ Mudança na cor dos lábios e interior da boca; ➢ Dor e sensação de queimação na boca, garganta ou estômago; ➢ Sonolência, confusão mental ou outras alterações de consciência; ➢ Estado de coma alternando com períodos de alucinações e delírio; ➢ Salivação e suor excessivos, vômitos e diarreia;
  • 32. 32 ➢ Lesões na pele, queimaduras intensas com limites bem definidos ou bolhas; ➢ Dificuldade respiratória; ➢ Diminuição ou ausência de volume urinário; ➢ Convulsão; ➢ Presença de sangue no vômito, nas fezes ou na urina; Queda de temperatura; Paralisia. ORIENTAÇÕES: ➢ Encaminhar a pessoa imediatamente a um pronto socorro, mantendo-a aquecida; ➢ Identificar o tipo do veneno através de frascos ou plantas próximos a pessoa, com a finalidade de informar ao médico para tratamento adequado; ➢ Observar atentamente a pessoa, pois os efeitos podem não ser imediatos; ➢ O vômito pode ser provocado somente em casos de intoxicações por alimentos, medicamentos, álcool, inseticida, xampu, naftalina, mercúrio, plantas venenosas, exceto ‘comigo-ninguém-pode’ por ser muito tóxica; ➢ Não deve ser provocado o vômito quando a pessoa estiver inconsciente ou for identificado o envenenamento por substância corrosivas ou derivadas de petróleo. ENGASGO É a obstrução causada por algum alimento ou corpo estranho, que impede a entrada de ar nos pulmões. ORIENTAÇÕES: ➢ Tranquilizar a pessoa; ➢ Orientar ou faze-la tossir na tentativa de eliminar o corpo estranho; ➢ Após isso, caso o corpo estranho não seja expelido, deve-se aplicar a manobra de Heimlich, utilizando uma das mãos fechada sobre a chamada “boca do estômago” e a outra mão comprimindo a primeira ao mesmo tempo em que empurra a "boca do estômago" para dentro e para cima, como se quisesse levantar a pessoa do chão;
  • 33. 33 ➢ Não se deve tentar retirar o corpo estranho sem que antes o tenha visualizado, sob o risco de empurrar o objeto mais profundamente; ➢ Encaminhar a pessoa ao serviço médico especializado o quanto antes. CONFUSÃO MENTAL Geralmente acompanhada de alucinações, agitação e desorientação. Algumas condições podem dar início à confusão mental, entre elas infecção urinária, alterações na tireoide, nos rins, problemas cardiovasculares, desnutrição e desidratação. ORIENTAÇÕES: Para se certificar que a pessoa está em estado de confusão mental, pode ser observado os seguintes sinais: ➢ Dificuldade em lembrar o próprio nome, dia da semana, cidade onde mora ou onde está; ➢ A pessoa fica agitada, não consegue parar de mexer as mãos, fica irritado com o toque; ➢ Dificuldade em estabelecer conversas, falando lentamente e sem lógica; ➢ Apresenta dificuldade em realizar atividades simples de vida diária, ou fazendo as mesmas tarefas várias vezes, sem necessidade; ➢ Apresenta comportamento inadequado e fica agressivo, podendo machucar-se ou agredir aos outros; ➢ Deve-se buscar tranquilizar a pessoa e acionar a equipe de saúde. SINAIS E SINTOMAS DE ALERTA NO IDOSO Os sinais e sintomas que o cuidador deve ficar atendo e observar na ocorrência de um deles no idoso, o médico dever ser avisado imediatamente: ✓ Começando pelo pulmão, quando o idoso tiver tosse, chiado ou dor no peito, falta de ar, principalmente com alteração da cor do catarro, ficando amarelo ou esverdeado pode indicar uma pneumonia, ainda mais se vier acompanhado de febre; ✓ O cuidador de deve ficar atendo no idoso quando ocorre sangramento na pele, no nariz, na gengiva, após higiene oral, especialmente naqueles idosos que estão tomando medicação anticoagulante, os conhecidos remédios para afinar o sangue, o cuidador deve observar que a pele do idoso pode aparecer manchas vermelhas somente
  • 34. 34 por manipulação, isso porque ela é mais fina, delicada e sensível, propiciando o rompimento de pequenos vasos, o cuidador deve observar alterações da coloração da pele do idoso e o aparecimento de outras lesões como verrugas, pontos drenando pus ou outras secreções também são importantes serem notadas. Na hora do banho é o momento ideal para se verificar esses tipos de alterações; ✓ Quando o idoso sente dor no estomago acompanhado de náuseas, vômitos e soluços podem indicar uma gastrite, o idoso que fica acamado muito tempo, especialmente aqueles com sonda para receber alimentação, eles têm uma tendência maior em desenvolver esse tipo de quadro, ainda mais se estiver tomando ácido acetilsalicílico conhecido como AAS ou aspirina; ✓ Quanto ao intestino, o habito normal de evacuação é diário, mas até dia sim dia não é normal, mas se o idoso ficar mais de 3 dias sem evacuar, o médico deve ser avisado; ✓ Diarreia é outro sinal importante que deve ser notado; ✓ Dor na região da bexiga, junto com ardor para urinar mais alteração na cor da urina e com cheiro forte, pode indicar uma infecção urinaria. O volume de urina, a quantidade também é um dado importante que o cuidador deve observar, a sua diminuição pode indicar que o idoso esteja desidratado; Outra coisa importante a ser notado são os inchaços em qualquer parte do corpo, ou em juntas, articulações, com vermelhidão, calor e dor na mobilização, isso pode indicar um quadro infeccioso; ✓ A febre é um sinal muito importante e fundamental que na maioria das vezes está relacionada a infecção e uma vez constatada, o médico deve ser avisado o mais breve possível; ✓ O cuidador deve ficar atento a alterações de comportando do idoso, tais como sonolência, excesso de tristeza, deixar de conversar, deixar de se alimentar, ficar agressivo, isso é muito importante ser notado e o médico avisado imediatamente; ✓ Convulsões, perda de consciência, diminuição do nível de consciência, deve ser notado e o médico avisado. ✓ Ocorrendo paralisia, ou fraqueza em um membro, ou seja, em um braço ou na perna somente de um lado, acompanhado de dificuldade de deglutir (engolir), alteração na fala e sonolência, isso pode significar um derrame e o médico dever ser avisado imediatamente;
  • 35. 35 ✓ É importante notar também diferenças de temperatura entre um membro e outro, pois pode ser um indicativo de infecção, deve-se procurar evitar também o contato do idoso com outras pessoas doentes, principalmente com infecções de vias respiratórias. PREVENÇÃO DE QUEDAS E AMBIENTE SEGURO ORGANIZAÇÃO DO AMBIENTE: ✓ O ambiente deve ser iluminado de forma que não incomode a pessoa cuidada, porém a luz não pode ser tão fraca que dificulte o trabalho do cuidador. Uma boa dica é realizar a instalação de lâmpadas em corredores e próximo à cabeceira da cama; Cadeiras, poltronas, vaso sanitário, devem ser mais altos, facilitando a pessoa cuidada a realizar transferências como sentar, levantar ou deitar. Sofás, poltronas devem ser fortes, com apoio lateral, permitindo a pessoa cuidada a sentar e levantar de forma segura; Caso a pessoa cuidada não controle a saída de urina e fezes, cubra a superfície das cadeiras, poltronas e cama com um plástico e coloque por cima um lençol, evitando o contato da pele diretamente com o plástico; ✓ A cama deve ser adaptada com grades laterais para a proteção da pessoa cuidada; ✓ Se possível, posicione a cama em local que não tenha a passagem de correntes de vento (portas e janelas). PREVINA ACIDENTES: ✓ Coloque os objetos cortantes, pontiagudos, ou muito pequenos em local seguro; ✓ Não permitir que o paciente realize atividades na cozinha sem auxilio, pelo risco ao manipular objetos cortantes ou até mesmo queimaduras; ✓ No armário do banheiro, armazene somente o necessário, como objetos para higiene pessoal (creme dental, sabonete, escova, pente); ✓ Produtos de limpeza, medicamentos devem ser mantidos em armários fechados.
  • 36. 36 RISCOS DE QUEDAS Ambientes inseguros, aumentam a probabilidade de pessoas que apresentam dificuldades motoras, a sofrer uma queda. Por vezes se faz necessário, realizar algumas adaptações no ambiente da casa, para abrigar a pessoa cuidada, com maior segurança e conforto. BANHEIRO: ✓ Instalação de barras de apoio na parede próximo ao chuveiro, ao lado do vaso sanitário, proporcionam a pessoa cuidada maior segurança durante o banho e ao sentar e levantar do vaso; Para maior segurança e facilidade ao cuidador, durante o banho a pessoa cuidada deve permanecer sentada em cadeira com apoio lateral; Os objetos de uso pessoal devem ser posicionados próximos a pessoa cuidada, de maneira que facilite o manuseio; Tapetes emborrachados colocados em frente ao vaso sanitário, embaixo da cadeira no chuveiro, evitam escorregões. QUARTO, SALA E ESCADAS: ✓ Os móveis devem estar dispostos na casa de forma que não atrapalhem o acesso entre os cômodos e na realização de transferências; ✓ O local em que a pessoa cuidada permanece grande parte do tempo, deve conter apenas os móveis necessários; ✓ As escadas devem possuir corrimãos e os corredores devem ser adaptados com a instalação de barras para apoio, mantendo também o ambiente livre de objetos espalhados, fios soltos e tapetes escorregadios. COZINHA: ✓ Armazene comida, louça e demais acessórios em locais de fácil acesso; Limpe imediatamente qualquer líquido que tenha sido derrubado no chão; Utilizar tapetes emborrachados. CUIDANDO DO CUIDADOR A tarefa de cuidar de alguém pode estar vinculada às vezes com outras tarefas do dia-a-dia, fazendo com que o cuidador fique sobrecarregado, assumindo sozinho as
  • 37. 37 responsabilidades pelo cuidado. Diante dessa situação é comum o cuidador passar por cansaço físico, algumas dicas podem ajudar a preservar a saúde do cuidador: ✓ O cuidador deve contar com a ajuda da família, amigos ou vizinhos, definir dias e horários para cada um assumir parte dos cuidados; ✓ É fundamental que o cuidador reserve alguns momentos do seu dia para se cuidar, descansar, relaxar e praticar alguma atividade física e de lazer; O cuidador pode se exercitar e se distrair de diversas maneiras, como por exemplo: Enquanto assiste TV movimente os dedos das mãos e dos pés; Faça massagem nos pés podendo utilizar rolinho de madeira ou bolinha de borracha. CUIDADOS QUANTO À POSTURA DO CUIDADOR Cuidar de sua postura durante o manuseio da pessoa acamada é fundamental, evitando assim possíveis lesões na coluna. Os movimentos de maior risco são: ✓ Ao realizar a transferência da pessoa cuidada da posição deitada para sentada (cama/cadeira); ✓ Ao posicionar a pessoa cuidada da posição sentada para em pé; ✓ Em casos de quedas, quando levanta a pessoa cuidada do chão, transferindo para a cama ou poltrona; ✓ Ao realizar inclinação sobre a pessoa cuidada para troca de roupas ou higienização, permanecendo muito tempo na mesma posição. COMO EVITAR LESÕES NA COLUNA: ✓ Mantenha o alinhamento adequado da sua cabeça e pescoço com a sua coluna; ✓ Procure manter a curva natural da coluna, não dobre a cintura; ✓ Evite torcer o corpo ao transferir a pessoa cuidada; ✓ A pessoa cuidada deve manter-se sempre próximo ao seu corpo para realizar a transferência; ✓ Procure utilizar a força dos músculos de suas pernas para levantar ou puxar a pessoa cuidada; ✓ Dobre os joelhos se necessário para ajustar a sua altura; ✓ Peça ajuda se a pessoa cuidada possui porte físico grande e pesado;
  • 38. 38 ✓ Mantenha rotina de exercícios de alongamento e relaxamento ensinados anteriormente. MAUS TRATOS O que é? São caracterizados como ato, único ou repetido, ou omissão, que cause danos, sofrimento ou angústia à pessoa cuidada. Estas ações podem ser praticadas por familiares, amigos, vizinhos, cuidador. Tipos de maus tratos: ➢ Físico: uso da força física, beliscões, apertões nos membros, atos que provoquem dor. ➢ Psicológico: agressões verbais ou gestuais, humilhação, restrição da liberdade, isolamento social, ameaças de punição ou abandono. ➢ Sexual: ato ou jogo sexual sem consentimento da pessoa, visando excitação, relação sexual por meio de aliciamento ou violência física. ➢ Negligência: recusa ou omissão de cuidados às pessoas que se encontram em situação de dependência ou incapacidade. ➢ Financeira ou material: consiste na apropriação dos recursos financeiros e patrimoniais sem autorização da pessoa. ➢ Autonegligência: ações que ameace a sua própria saúde ou segurança, recusa a adotar cuidados necessários a si mesmo. O que fazer? Quanto mais dependente for a pessoa, maior seu risco de ser vítima de violência. O cuidador, os familiares e os profissionais de saúde devem estar atentos à detecção de sinais e sintomas que possam denunciar situações de violência. Todo caso suspeito ou confirmado de violência deve ser informado aos órgãos do seu município: a) Delegacia Especializada da Mulher; b) Centros de Referência da Mulher; c) Delegacias Policiais; d) Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa; e) Centro de Referência da Assistência Social (CRAS)
  • 39. 39 f) Ministério Público; g) IML e outros. CUIDADOS NO FIM DA VIDA Diante da possibilidade de morte de um ente querido o compromisso de trabalhar com o medo e o sofrimento das pessoas requer uma dedicação contínua, a família tem o sentimento de incapacidade que pode gerar sentimentos contraditórios como: raiva, culpa, alívio, dentre outras. A morte de um paciente que está sofrendo pode representar um alívio para a família e para o cuidador, sentimentos esses que podem ser comuns e normais nessa situação. Algumas medidas são importantes: ➢ Reconhecer os limites e entender que o necessário está sendo realizado; ➢ Promover medidas de conforto ao paciente; ➢ A forma adequada do toque, olhar, o movimento e comunicação são importantes nessa fase; ➢ O medo é um sofrimento para o paciente no final da vida, por isso é eminente mudarmos de postura como cuidadores e nos tornar mais sensíveis a eles; ➢ Mesmo que o paciente não se recupere, é necessário que o cuidador e familiares entendam que o principal é o bem-estar da pessoa; ➢ Oferecer apoio para ajudar a família a lidar com a situação do paciente. COMO PROCEDER NO CASO DE ÓBITO: ÓBITO NA RESIDÊNCIA: ➢ Procurar o serviço de verificação para a emissão da certidão de óbito; ➢ Declaração ou atestado deve ser emitido pelo médico que acompanha o paciente; ➢ Se a morte ocorrer sem a assistência médica, a certidão de óbito deverá ser emitida por um médico do serviço de saúde pública mais próximo ao local onde ocorreu o falecimento; ➢ Com o atestado de óbito um familiar ou responsável deve procurar a funerária de sua escolha.
  • 40. 40 ÓBITO NO HOSPITAL: ➢ Seguir conforme as orientações recomendadas de como proceder para obter a declaração de óbito; ➢ Encaminhar o atestado ao serviço de registro mais próximo para documentar o óbito. BENEFÍCIOS DO CUIDADOR E DA PESSOA CUIDADA: ➢ Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC) ➢ Aposentadoria por idade ➢ Aposentadoria por invalidez ➢ Pensão por morte Para verificar os documentos necessários e principais requisitos consulte: http://www.mtps.gov.br/ LEGISLAÇÕES IMPORTANTES ➢ Estatuto da Pessoa Idosa (Lei nº 10.741/03) - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/L10.741.htm ➢ Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei n° 8.069 de 13 de julho de 1990) - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm ➢ Política Nacional de Saúde para Pessoa Idosa (Portaria nº 2.528/06) - http://www.saude.mg.gov.br/images/documentos/Portaria_2528.pdf ➢ Política Nacional do Idoso (Lei nº 8.842/94; Decreto nº 1.942/96) - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8842.htm ➢ Lei de Acessibilidade (Lei nº 10.098/00; Decreto nº 5.296/04) - http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10098.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004- 2006/2004/decreto/d5296.htm ➢ Política Nacional para integração da pessoa com deficiência (Lei nº7853/89; Decreto nº 3298/99) – http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L7853.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/d3298.htm
  • 41. 41 TELEFONES ÚTEIS ➢ PREV fone - 0800 78 0191 ➢ Disque-saúde – 0800 61 1997 ➢ SAMU - 192 ➢ Corpo de Bombeiros – 193 ➢ Polícia – 190 REFERÊNCIAS BRASIL, 1993. Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. Brasília. BRASIL. Ministério da Saúde. Fisioterapia na orientação do cuidador: o protagonista nos cuidados de um paciente pós Acidente Vascular Cerebral - Revista Estação Cientifica. Brasília: Ministério da Saúde, 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. Manual de Primeiros Socorros. Rio de Janeiro. p. 67, 93, 96, 107, 165. 2003. BRASIL. Ministério da Saúde. Guia prático do cuidador. Série A. Normas e Manuais Técnicos. Brasília p. 7-10. 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de Instruções para o preenchimento da Declaração de Óbito / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Análise de Situação de Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2011. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Guia prático do cuidador / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2008. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/guia_pratico_cuidador.pdf. Acesso em 12 de maio de 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise de Situação de Saúde. BRASIL. Ministério da Saúde. Vírus Zika, informações ao público. Brasília, 2016. http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/janeiro/12/cartilhainformacoes- ao-publico-v2.pdf. Acesso em 28 de abril de 2016.
  • 42. 42 BRASIL. Ministério da Saúde. Influenza. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/descricao-da-doenca-influenza. Acesso em 12 de maio de 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Dengue. Disponível em: http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/oministerio/principal/secretarias/svs/dengue. Acesso em 28 de abril de 2016. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. Dengue: diagnóstico e manejo clínico: adulto e criança [recurso eletrônico] / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – 5. ed. – Brasília: Ministério da Saúde, 2016. BRASIL. Ministério da Saúde.Cartilha do Cuidador – Programa de Atenção Integral à Saúde – Unimed Belo Horizonte. Cuidar Melhor e Evitar a Violência - Manual do Cuidador da Pessoa Idosa/ Tomiko Born (organizadora) – Brasília : Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Subsecretaria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos, 2008. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer. Orientações aos pacientes traqueostomizados. Nº 311. Rio de Janeiro: INCA, 2003. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Orientações sobre ostomias. 2003. Disponível em: http://www.ans.gov.br/images/stories/noticias/pdf/c artilha_folder_Inca.pdf CALIRI, MHL. Guia para prevenção de Úlcera de Pressão ou Escara. Orientação para pacientes adultos e famílias. RP 1998 Celik SA, Kanan N. A current conflict use of isotonic sodium chloride solution on endotracheal suctioning in critically ill patients. Dimens Crit Care Nurs. 2006 jan/feb;25(1):11-4. Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada e proclamada pela Assembleia Geral das Nações Unidas (resolução 217 A III) em 10 de dezembro 1948. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) / Adolfo Milech...[et. al.]; organização José Egidio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio - São Paulo: A.C. Farmacêutica, 2016. FRANÇA, Genival Veloso de.; Medicina Legal, 6ª edição, Rio de Janeiro, Koogan, 2001 FROTA OP, FERREIRA AM, LOUREIRO MDR, CHEADE MFM, REIS MG.
  • 43. 43 O uso de equipamento de proteção individual por profissionais de enfermagem na aspiração endotraqueal. Rev. enferm. UERJ. 2012;20(esp.1):625-30. HACHUL. M. Como Diagnosticar e Tratar a Infecção do Trato Urinário. Revista Brasileira de Medicina. São Paulo. V. 71. Nº12. p. 6-10. 2014. http://www.desenvolvimentosocial.sp.gov.br/a2sitebox/arquivos/documentos/3 03.pdf http://www.saude.go.gov.br/view/2579/pneumonia#sthash.oFqwqU8m.dpuf. Acesso em 12 de maio de 2016. http://www.sdh.gov.br/assuntos/pessoa- idosa/legislacao/pdf/manual-docuidadora-da-pessoa-idosa http://www.diabetes.org.br/para-o-publico/hiperglicemia. Acesso em 22 de julho de 2016. Manual de orientações de risco de quedas – Unimed Federação do Paraná – Daniely de Matos Alves Mendes. MAYOR ERC, MENDES ENT, OLIVEIRA KR. Manual de Procedimentos e assistência de enfermagem. São Paulo: Atheneu; 1999. National Pressure Ulcer Advisory PaneL (NPUAP) – Prevenção e tratamento de Úlcera Por Pressão: Guia de Consulta Rápida. 2014 NETO, D.L.; ROBLES, F.C.; GUIRADO, F.; PIRES, A. C. Avaliação da glicemia capilar na ponta de dedo versus locais alternativos – Valores resultantes e preferência dos pacientes. Secretaria da Saúde. Violência doméstica contra a pessoa idosa: orientações gerais. Coordenação de Desenvolvimento de Programas e Políticas de Saúde - CODEPPS. São Paulo: SMS, 2007. Disponível em: http://midia.pgr.mpf.gov.br/pfdc/15dejunho/caderno_violencia_idoso_atualizad o_19jun.pdf. Acesso em 13 de maio de 2016. Sousa, D.J; White, H.J et al. Maus-tratos contra idosos: atualização dos estudos brasileiros. REV. BRAS. GERIATR. GERONTOL., RIO DE JANEIRO, 2010; 13(2):321328. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbgg/v13n2/a16v13n2.pdf. Acesso em 13 de maio de 2016.
  • 44. OBRIGADO POR ESTUDAR CONOSCO! REALIZE A AVALIAÇÃO NO SITE PARA OBTER O SEU CERTIFICADO. WWW.VENES.COM.BR