Jacqueline, 23 anos, procura terapia para ansiedade e tristeza relacionadas à dificuldade em terminar a faculdade de Arquitetura. Ela se sente frustrada por ainda não ter concluído o curso e teme não conseguir fazê-lo neste ano. A pandemia piorou seus sintomas. No primeiro atendimento, chorou muito falando sobre a carga acadêmica.
1. Análise do Caso
“Jacqueline”
CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE – CCBS
CURSO: PSICOLOGIA
DISCIPLINA: ESTÁGIO SUPERVISIONADO II
PROFESSORA: ANA CAROLINA PECK
TURMA: 9NNA
ALUNO: WALCY DE MIRANDA LISBOA
BELÉM-PA
2021
2. Descrição do Caso
• Jacqueline tem 23 anos, estudante, veio a Belém cursar faculdade;
• Cursa Arquitetura na UFPA;
• filha caçula e única mulher;
• Mora com a tia em Belém até terminar a faculdade.
• IMPRESSÕES INICIAIS:
• Chegou atrasada, se desculpou e iniciamos o atendimento;
• Estava bastante sensibilizada já no inicio da análise, chorando bastante;
• Apresentava bom nível de inteligência e falava sobre diversos assuntos;
• Falou, principalmente, de sua sensibilidade e seus frequentes momentos de
“ansiedade” e “tristezas”.
3. Descrição de Caso
• MOTIVOS DA PROCURA POR PSICOTERAPIA:
• Sentia-se “ansiosa”, sensibilizada e com uma “tristeza”;
• A grande maioria desses sentimentos relacionados a faculdade;
• Deveria ter terminado a faculdade ano passado, mas não conseguiu;
• Ainda esse ano, teme por não conseguir terminar a faculdade.
• A pandemia da COVID-19 potencializou ainda mais esses sintomas;
• Dificuldade de lidar com as adversidades que surgem, acaba por acumular
pendências suas;
• Pouca resolutividade de seus problemas;
• Dizia-se triste e frustrada por estar mais um ano com as mesmas dificuldades.
4. Descrição de Caso
• HISTÓRIA PREGRESSA:
• Jacqueline apenas no último atendimento falou um pouco mais
sobre a família;
• Seus pais se separaram quando ela tinha 8 anos, porém, mantém
boa relação com os dois;
• Sempre foi superprotegida e mimada pelos pais:
• Morou sempre com a mãe, mas ela trabalhava muito e deixava ela
com a avó;
• Sempre impôs sua opinião e lutava por isso.
• Disse ser assim até no ensino médio, hoje mudou muito.
5. Evolução do processo analítico
• Jacqueline chegou bastante abalada na primeira de 3 sessões, boa parte do
atendimento ela estava chorando e enxugando suas lágrimas, quando voltava a
falar, era basicamente sobre toda carga que era jogada para o término de curso
na faculdade, pouco verbalizou sobre outros assuntos. Dediquei praticamente
todo o tempo da terapia para ouvi-lá e nada mais. Comuniquei o básico
inicialmente
• ARTICULAÇÃO
• Segundo Freud ([1913] 1996) esse ensaio preliminar é, ele próprio, o início de
uma análise e deve se conformar às suas regras, especialmente a associação
livre, e não se explica nada mais do que o absolutamente necessário para que
ele continue no que está dizendo. Há razões diagnósticas para que isso seja
feito, pois esse é o momento em que a questão da estrutura está em jogo. Esse
tempo de diagnóstico faz com que seja possível distinguir as entrevistas
preliminares da análise propriamente dita.