1) O documento resume o livro "Trabalho e moeda hoje", de Randall Wray, que propõe uma abordagem alternativa à ortodoxia econômica, recuperando idéias de autores como Abba Lerner e Innes.
2) O livro defende que a moeda é criada pelo Estado através de relações de débito e crédito e que o desequilíbrio fiscal é natural devido à propensão a poupar do setor privado.
3) Wray propõe que o Estado assuma o papel de empregador de
Desde a crise externa no final da década de 1990, a economia brasileira adota um conjunto de
políticas econômicas. Dentre essas medidas estava a meta de superávit primário como o
principal objetivo da política fiscal, que é utilizado até hoje, mesmo com a entrada do Partido
dos Trabalhadores (PT), oposição e crítico destas medidas. Este artigo tem por objetivo
cotejar as finanças públicas e analisar política fiscal durante dez anos do governo do PT (2003
a 2012), contestando o instrumental meta de superávit primário. Para tanto, foram utilizados
os dados oficiais do governo e o impacto fiscal (IF) a partir do princípio da demanda efetiva.
Diante do estudo, chegou-se a conclusão de este instrumental tornou-se mais um dogma do
que um instrumento racional de política econômica e de que o instrumental do IF é condizente
com políticas econômicas que tem como meta o desemprego reduzido.
O documento discute a evolução do conceito de atividade financeira do Estado. No período clássico, o Estado tinha um papel limitado e não intervencionista na economia, financiando apenas atividades essenciais por meio de tributação. No período moderno, o Estado passou a ter um papel mais ativo na economia e no bem-estar social, usando finanças públicas de forma intervencionista.
1) O documento discute a Hipótese de Estagnação Secular (HES) e suas inconsistências teóricas ao analisá-la a partir de perspectivas neoclássicas e heterodoxas da teoria do crescimento econômico.
2) A HES sugere que economias avançadas enfrentam tendência de estagnação devido a fatores como baixo crescimento populacional, tecnológico e da produtividade que limitam o investimento.
3) O documento mostra que a HES apresenta inconsistências tanto na abordagem neo
O documento apresenta cinco dúvidas sobre o consenso em torno do ajuste fiscal no Brasil. Questiona se o déficit público sempre é ruim, se o governo pode quebrar por causa da dívida interna e se o ajuste fiscal leva realmente ao crescimento reduzindo a taxa de juros.
Este trabalho discute como se financiam os gastos públicos e se determinam as taxas de juros sobre
os títulos de dívida pública de curto e longo prazo em países de moeda soberana. A análise segue a
abordagem da taxa de juros exógena, que sintetiza os resultados comuns da visão da moeda endógena,
da Modern Monetary Theory e das finanças funcionais de Lerner.1
Este documento fornece instruções para escrever uma resenha crítica completa, incluindo seções para dados gerais, análise do texto, sobre o autor, resumo da obra e apreciação crítica da obra.
Resenha - Mitja, T.; GRISCI, C. L. I: The Knowledge Management Wheel. In: Man...Alan Santos
O artigo apresenta um modelo de gestão do conhecimento chamado "Roda da Gestão do Conhecimento" e relata sua aplicação em uma empresa eslovena. O modelo divide o processo de gestão do conhecimento em três áreas: planejamento, atuação e controle. Embora o modelo pregue estar alinhado à prática gerencial, o estudo de caso não detalha adequadamente como o modelo foi implementado na empresa.
Resenha crítica do livro "Eu e o Pai Somos Um",jb1955
O documento fornece um resumo crítico do livro "Eu e o Pai Somos Um" de Ricardo Nicotra. Após mencionar os antecedentes históricos do autor, analisa criticamente o livro em termos da relevância do tema, uso de fontes, pressuposições e interpretações pessoais do autor sobre a preservação das Escrituras, a natureza de Deus e a autenticidade de Mateus 28:19.
Desde a crise externa no final da década de 1990, a economia brasileira adota um conjunto de
políticas econômicas. Dentre essas medidas estava a meta de superávit primário como o
principal objetivo da política fiscal, que é utilizado até hoje, mesmo com a entrada do Partido
dos Trabalhadores (PT), oposição e crítico destas medidas. Este artigo tem por objetivo
cotejar as finanças públicas e analisar política fiscal durante dez anos do governo do PT (2003
a 2012), contestando o instrumental meta de superávit primário. Para tanto, foram utilizados
os dados oficiais do governo e o impacto fiscal (IF) a partir do princípio da demanda efetiva.
Diante do estudo, chegou-se a conclusão de este instrumental tornou-se mais um dogma do
que um instrumento racional de política econômica e de que o instrumental do IF é condizente
com políticas econômicas que tem como meta o desemprego reduzido.
O documento discute a evolução do conceito de atividade financeira do Estado. No período clássico, o Estado tinha um papel limitado e não intervencionista na economia, financiando apenas atividades essenciais por meio de tributação. No período moderno, o Estado passou a ter um papel mais ativo na economia e no bem-estar social, usando finanças públicas de forma intervencionista.
1) O documento discute a Hipótese de Estagnação Secular (HES) e suas inconsistências teóricas ao analisá-la a partir de perspectivas neoclássicas e heterodoxas da teoria do crescimento econômico.
2) A HES sugere que economias avançadas enfrentam tendência de estagnação devido a fatores como baixo crescimento populacional, tecnológico e da produtividade que limitam o investimento.
3) O documento mostra que a HES apresenta inconsistências tanto na abordagem neo
O documento apresenta cinco dúvidas sobre o consenso em torno do ajuste fiscal no Brasil. Questiona se o déficit público sempre é ruim, se o governo pode quebrar por causa da dívida interna e se o ajuste fiscal leva realmente ao crescimento reduzindo a taxa de juros.
Este trabalho discute como se financiam os gastos públicos e se determinam as taxas de juros sobre
os títulos de dívida pública de curto e longo prazo em países de moeda soberana. A análise segue a
abordagem da taxa de juros exógena, que sintetiza os resultados comuns da visão da moeda endógena,
da Modern Monetary Theory e das finanças funcionais de Lerner.1
Este documento fornece instruções para escrever uma resenha crítica completa, incluindo seções para dados gerais, análise do texto, sobre o autor, resumo da obra e apreciação crítica da obra.
Resenha - Mitja, T.; GRISCI, C. L. I: The Knowledge Management Wheel. In: Man...Alan Santos
O artigo apresenta um modelo de gestão do conhecimento chamado "Roda da Gestão do Conhecimento" e relata sua aplicação em uma empresa eslovena. O modelo divide o processo de gestão do conhecimento em três áreas: planejamento, atuação e controle. Embora o modelo pregue estar alinhado à prática gerencial, o estudo de caso não detalha adequadamente como o modelo foi implementado na empresa.
Resenha crítica do livro "Eu e o Pai Somos Um",jb1955
O documento fornece um resumo crítico do livro "Eu e o Pai Somos Um" de Ricardo Nicotra. Após mencionar os antecedentes históricos do autor, analisa criticamente o livro em termos da relevância do tema, uso de fontes, pressuposições e interpretações pessoais do autor sobre a preservação das Escrituras, a natureza de Deus e a autenticidade de Mateus 28:19.
O documento discute o modelo de liderança por valores nas organizações educativas. Os autores defendem este modelo por promover princípios reflexivos, democráticos e dialógicos, focando no respeito às pessoas e na construção de uma cultura organizacional baseada em valores compartilhados. A liderança por valores busca a eficácia através da autonomia, criatividade e diálogo, não apenas a eficiência.
O documento discute os gêneros textuais de resumo e resenha. Um resumo resume as principais ideias de um texto em poucas palavras, enquanto uma resenha resume e analisa criticamente o texto, incluindo comentários e opiniões do autor da resenha. O documento fornece instruções detalhadas sobre como elaborar uma resenha passo a passo, incluindo a leitura do texto original, resumo das ideias principais, citações, e comentários e avaliação pessoais.
Resenha crítica sobre o livro a arte do planejamento verdades, mentiras e p...Angela Albarello Tolfo
Este documento resume um livro sobre planejamento em comunicação publicitária. O livro discute como as empresas precisam lutar pela atenção do consumidor em meio a uma grande quantidade de mensagens. Ele argumenta que o planejamento deve levar em conta as perspectivas do cliente, da agência e do público-alvo. Além disso, destaca a importância da pesquisa com consumidores para entender seus pensamentos, sentimentos e comportamentos.
Resenha crítica sobre o artigo liderança, poder e comportamento organizacionalWillian Fellipe
O documento apresenta uma resenha crítica sobre o artigo "Liderança, poder e comportamento organizacional". A resenha discute os principais pontos abordados no artigo, incluindo os diferentes tipos de liderança, a questão do perfil do líder, e as teorias da liderança. Embora o artigo analisado apresente vários pontos de vista sobre liderança, a resenha aponta que ele não chega a uma conclusão definitiva sobre o tema.
Este documento analisa um livro que discute uma visão holística da educação. O autor apresenta três paradigmas históricos (teocêntrico, antropocêntrico e ecocêntrico) e define o paradigma holístico. Ele também delineia os fundamentos, princípios e valores de uma abordagem holística da educação, incluindo o desenvolvimento integral do aluno.
A resenha apresenta o livro "Dom Casmurro" de Machado de Assis, resumindo a história de amor e casamento entre Bentinho e Capitu e a obsessão de Bentinho com a suspeita de traição da esposa com seu melhor amigo. A resenha analisa a ambiguidade da narrativa que deixa em aberto se a suspeita de Bentinho era realidade ou fruto de sua neurose. A obra é elogiada como um clássico da literatura brasileira pelos seus tons de ironia e críticas à sociedade da época
Este documento resume um livro sobre metodologia de pesquisa nas ciências naturais e sociais. O livro discute os métodos quantitativo e qualitativo, comparando abordagens como positivismo, pós-positivismo e teoria crítica. Também aborda tópicos como planejamento de pesquisa, revisão da literatura e critérios para avaliar a confiabilidade dos resultados.
Este documento apresenta um resumo de três capítulos de um livro sobre economia. O capítulo 1 discute como os preços das mercadorias são formados no mercado e as teorias sobre o que determina o valor de uma mercadoria. O capítulo 2 trata da moeda e do crédito. O capítulo 3 aborda a distribuição da renda entre diferentes grupos da sociedade.
1) O documento discute a teoria do consumo intertemporal e apresenta três modelos explicativos: o modelo keynesiano, o modelo de Irving Fisher e os modelos de Modigliano e Friedman.
2) O modelo keynesiano é criticado por supor que a propensão marginal a consumir decresce com a renda, o que não é confirmado pelos dados.
3) Irving Fisher introduz o conceito de restrição orçamentária intertemporal, mostrando como os consumidores equilibram o consumo entre períodos de acordo com a renda e taxa de juros.
(1) O documento discute a análise de Lara Resende sobre as ideias da Teoria Monetária Moderna (MMT) e propõe um arcabouço teórico alternativo baseado na abordagem do excedente.
(2) A análise de Lara Resende aceita o modelo do Novo Consenso, mas reconhece que não há restrições monetárias ou fiscais. No entanto, suas implicações de política econômica não decorrem desse modelo.
(3) O arcabouço teórico alternativo propõe
Este documento discute a importância do equilíbrio das finanças públicas para o desenvolvimento econômico de um país. Aborda conceitos de finanças públicas e políticas fiscais e orçamentárias, destacando a Lei de Responsabilidade Fiscal como instrumento para equilibrar as finanças e contribuir para o crescimento. Também discute teorias econômicas que embasam as finanças públicas e o processo orçamentário no Brasil.
O documento discute conceitos fundamentais de economia, incluindo o problema econômico manifestado pelo conflito entre necessidades ilimitadas e recursos limitados. Também aborda agentes econômicos como famílias e empresas, além de tópicos como demanda, oferta, equilíbrio de mercado e estruturas de mercado. A economia é apresentada como uma disciplina relevante que interage com outras áreas.
A Teoria do Desenvolvimento apresenta um conjunto de elementos analíticos que são
centrais e comuns a grande parte dos seus autores. Entretanto, apesar de características
que conformam este campo do conhecimento econômico há pontos sobre os quais um
menor consenso se observa; este é o pano de fundo da releitura crítica do debate
Nurkse-Furtado da década de 1950. Destaca-se, como ponto de convergência, a
importância para ambos do tradeoff entre consumo de luxo e investimento. Por outro
lado, Furtado diverge de Nurkse ao enfatizar a existência de uma restrição externa ao
crescimento/desenvolvimento, cuja superação exigiria a internalização de indústrias
com maior elasticidade renda através de medidas protecionistas. Busca-se também
rever tal debate incorporando o Princípio da Demanda Efetiva, com ênfase no
“problema do consumo de luxo” e no esclarecimento sobre as divergências acerca dos
modelos de substituição de importações e promoção de exportações.
Desvelando a farsa com o nome de crise uma análise do capital financeiro pela...Ricardo Vernieri Alencar
Este documento fornece um resumo de um livro sobre economia política e análise crítica do capital financeiro. O livro contém oito capítulos divididos em duas partes, abordando tópicos como modelos econômicos neo liberais e desenvolvimentistas, crítica aos paradigmas econômicos convencionais, globalização corporativa e capitalismo digital, política econômica brasileira, jornalismo econômico e mídia, análises da chamada "crise" em blogs, representações da crise no audiovisual, e o pap
Economia aula 7 - a macroeconomia keynesianaFelipe Leo
1) O documento discute a teoria macroeconômica keynesiana, que argumenta que o equilíbrio econômico pode ocorrer com desemprego e que o governo pode aumentar a demanda agregada através de gastos para reduzir o desemprego.
2) A teoria keynesiana se contrapõe à visão clássica de que as forças de mercado sempre levam à pleno emprego, apontando que a demanda agregada determina a oferta agregada e o nível da renda.
3) A demanda agregada
Fundamentos da Economia - Slide do Primeiro Semestre COMPLETODiego Sampaio
O documento apresenta o currículo do professor Luiz Marques de Andrade Filho, que leciona Fundamentos de Economia. Ele possui formação em Economia e Administração e especializações em Finanças. Atuou em bancos, secretarias e faculdades. Atualmente é professor e diretor em diversas instituições de ensino na Bahia. O texto também resume os principais tópicos que serão abordados na disciplina.
Este documento apresenta um capítulo introdutório sobre economia. Discute conceitos básicos como escassez, problemas econômicos, métodos de investigação científica e definições sobre a ciência econômica. Explica como a economia se desenvolveu como uma ciência social e analisa diferentes abordagens teóricas como mecanicismo e organicismo.
Este documento apresenta um capítulo introdutório sobre economia. Discute conceitos básicos como escassez, problemas econômicos, métodos de investigação científica e definições sobre a ciência econômica. Explica como a economia se desenvolveu como uma ciência social e analisa diferentes abordagens teóricas como mecanicismo e organicismo.
a) O conceito de crescimento econômico.
b) O conceito de PIB.
c) A ideia de desenvolvimento econômico.
d) A justificativa para um possível "decrescimento" econômico face o desenvolvimento.
1) O documento fornece instruções para a realização de uma atividade sobre crescimento econômico, PIB e desenvolvimento sustentável.
2) Os alunos devem elaborar um texto dissertativo relacionando esses temas com a ideia de "decrescimento" econômico.
3) As etapas incluem ler textos de apoio, responder à questão com base nos pontos solicitados, e enviar a resposta por meio de um formulário.
Atualmente, diversos economistas das mais variadas origens e tendências argumentam que o Banco Central deve imprimir dinheiro para financiar o déficit público e zerar a taxa básica de juros para fazer políticas monetárias não convencionais, chamadas lá fora de Quantitative Easing (QE) e que consistem na compra de ativos privados e talvez até divida pública de prazos mais longos.
1) O artigo discute a evolução do conceito de Lei de Say no pensamento econômico, desde a versão original de Jean Baptiste Say até as interpretações clássicas, neoclássicas e da escola de Cambridge.
2) A versão original de Say tratava da identidade entre produção e consumo, onde toda produção gera demanda equivalente através dos salários pagos e do poder de compra gerado. Isso pressupunha a neutralidade da moeda e ausência de entesouramento.
3) Posteriormente, interpretações cl
O documento discute o modelo de liderança por valores nas organizações educativas. Os autores defendem este modelo por promover princípios reflexivos, democráticos e dialógicos, focando no respeito às pessoas e na construção de uma cultura organizacional baseada em valores compartilhados. A liderança por valores busca a eficácia através da autonomia, criatividade e diálogo, não apenas a eficiência.
O documento discute os gêneros textuais de resumo e resenha. Um resumo resume as principais ideias de um texto em poucas palavras, enquanto uma resenha resume e analisa criticamente o texto, incluindo comentários e opiniões do autor da resenha. O documento fornece instruções detalhadas sobre como elaborar uma resenha passo a passo, incluindo a leitura do texto original, resumo das ideias principais, citações, e comentários e avaliação pessoais.
Resenha crítica sobre o livro a arte do planejamento verdades, mentiras e p...Angela Albarello Tolfo
Este documento resume um livro sobre planejamento em comunicação publicitária. O livro discute como as empresas precisam lutar pela atenção do consumidor em meio a uma grande quantidade de mensagens. Ele argumenta que o planejamento deve levar em conta as perspectivas do cliente, da agência e do público-alvo. Além disso, destaca a importância da pesquisa com consumidores para entender seus pensamentos, sentimentos e comportamentos.
Resenha crítica sobre o artigo liderança, poder e comportamento organizacionalWillian Fellipe
O documento apresenta uma resenha crítica sobre o artigo "Liderança, poder e comportamento organizacional". A resenha discute os principais pontos abordados no artigo, incluindo os diferentes tipos de liderança, a questão do perfil do líder, e as teorias da liderança. Embora o artigo analisado apresente vários pontos de vista sobre liderança, a resenha aponta que ele não chega a uma conclusão definitiva sobre o tema.
Este documento analisa um livro que discute uma visão holística da educação. O autor apresenta três paradigmas históricos (teocêntrico, antropocêntrico e ecocêntrico) e define o paradigma holístico. Ele também delineia os fundamentos, princípios e valores de uma abordagem holística da educação, incluindo o desenvolvimento integral do aluno.
A resenha apresenta o livro "Dom Casmurro" de Machado de Assis, resumindo a história de amor e casamento entre Bentinho e Capitu e a obsessão de Bentinho com a suspeita de traição da esposa com seu melhor amigo. A resenha analisa a ambiguidade da narrativa que deixa em aberto se a suspeita de Bentinho era realidade ou fruto de sua neurose. A obra é elogiada como um clássico da literatura brasileira pelos seus tons de ironia e críticas à sociedade da época
Este documento resume um livro sobre metodologia de pesquisa nas ciências naturais e sociais. O livro discute os métodos quantitativo e qualitativo, comparando abordagens como positivismo, pós-positivismo e teoria crítica. Também aborda tópicos como planejamento de pesquisa, revisão da literatura e critérios para avaliar a confiabilidade dos resultados.
Este documento apresenta um resumo de três capítulos de um livro sobre economia. O capítulo 1 discute como os preços das mercadorias são formados no mercado e as teorias sobre o que determina o valor de uma mercadoria. O capítulo 2 trata da moeda e do crédito. O capítulo 3 aborda a distribuição da renda entre diferentes grupos da sociedade.
1) O documento discute a teoria do consumo intertemporal e apresenta três modelos explicativos: o modelo keynesiano, o modelo de Irving Fisher e os modelos de Modigliano e Friedman.
2) O modelo keynesiano é criticado por supor que a propensão marginal a consumir decresce com a renda, o que não é confirmado pelos dados.
3) Irving Fisher introduz o conceito de restrição orçamentária intertemporal, mostrando como os consumidores equilibram o consumo entre períodos de acordo com a renda e taxa de juros.
(1) O documento discute a análise de Lara Resende sobre as ideias da Teoria Monetária Moderna (MMT) e propõe um arcabouço teórico alternativo baseado na abordagem do excedente.
(2) A análise de Lara Resende aceita o modelo do Novo Consenso, mas reconhece que não há restrições monetárias ou fiscais. No entanto, suas implicações de política econômica não decorrem desse modelo.
(3) O arcabouço teórico alternativo propõe
Este documento discute a importância do equilíbrio das finanças públicas para o desenvolvimento econômico de um país. Aborda conceitos de finanças públicas e políticas fiscais e orçamentárias, destacando a Lei de Responsabilidade Fiscal como instrumento para equilibrar as finanças e contribuir para o crescimento. Também discute teorias econômicas que embasam as finanças públicas e o processo orçamentário no Brasil.
O documento discute conceitos fundamentais de economia, incluindo o problema econômico manifestado pelo conflito entre necessidades ilimitadas e recursos limitados. Também aborda agentes econômicos como famílias e empresas, além de tópicos como demanda, oferta, equilíbrio de mercado e estruturas de mercado. A economia é apresentada como uma disciplina relevante que interage com outras áreas.
A Teoria do Desenvolvimento apresenta um conjunto de elementos analíticos que são
centrais e comuns a grande parte dos seus autores. Entretanto, apesar de características
que conformam este campo do conhecimento econômico há pontos sobre os quais um
menor consenso se observa; este é o pano de fundo da releitura crítica do debate
Nurkse-Furtado da década de 1950. Destaca-se, como ponto de convergência, a
importância para ambos do tradeoff entre consumo de luxo e investimento. Por outro
lado, Furtado diverge de Nurkse ao enfatizar a existência de uma restrição externa ao
crescimento/desenvolvimento, cuja superação exigiria a internalização de indústrias
com maior elasticidade renda através de medidas protecionistas. Busca-se também
rever tal debate incorporando o Princípio da Demanda Efetiva, com ênfase no
“problema do consumo de luxo” e no esclarecimento sobre as divergências acerca dos
modelos de substituição de importações e promoção de exportações.
Desvelando a farsa com o nome de crise uma análise do capital financeiro pela...Ricardo Vernieri Alencar
Este documento fornece um resumo de um livro sobre economia política e análise crítica do capital financeiro. O livro contém oito capítulos divididos em duas partes, abordando tópicos como modelos econômicos neo liberais e desenvolvimentistas, crítica aos paradigmas econômicos convencionais, globalização corporativa e capitalismo digital, política econômica brasileira, jornalismo econômico e mídia, análises da chamada "crise" em blogs, representações da crise no audiovisual, e o pap
Economia aula 7 - a macroeconomia keynesianaFelipe Leo
1) O documento discute a teoria macroeconômica keynesiana, que argumenta que o equilíbrio econômico pode ocorrer com desemprego e que o governo pode aumentar a demanda agregada através de gastos para reduzir o desemprego.
2) A teoria keynesiana se contrapõe à visão clássica de que as forças de mercado sempre levam à pleno emprego, apontando que a demanda agregada determina a oferta agregada e o nível da renda.
3) A demanda agregada
Fundamentos da Economia - Slide do Primeiro Semestre COMPLETODiego Sampaio
O documento apresenta o currículo do professor Luiz Marques de Andrade Filho, que leciona Fundamentos de Economia. Ele possui formação em Economia e Administração e especializações em Finanças. Atuou em bancos, secretarias e faculdades. Atualmente é professor e diretor em diversas instituições de ensino na Bahia. O texto também resume os principais tópicos que serão abordados na disciplina.
Este documento apresenta um capítulo introdutório sobre economia. Discute conceitos básicos como escassez, problemas econômicos, métodos de investigação científica e definições sobre a ciência econômica. Explica como a economia se desenvolveu como uma ciência social e analisa diferentes abordagens teóricas como mecanicismo e organicismo.
Este documento apresenta um capítulo introdutório sobre economia. Discute conceitos básicos como escassez, problemas econômicos, métodos de investigação científica e definições sobre a ciência econômica. Explica como a economia se desenvolveu como uma ciência social e analisa diferentes abordagens teóricas como mecanicismo e organicismo.
a) O conceito de crescimento econômico.
b) O conceito de PIB.
c) A ideia de desenvolvimento econômico.
d) A justificativa para um possível "decrescimento" econômico face o desenvolvimento.
1) O documento fornece instruções para a realização de uma atividade sobre crescimento econômico, PIB e desenvolvimento sustentável.
2) Os alunos devem elaborar um texto dissertativo relacionando esses temas com a ideia de "decrescimento" econômico.
3) As etapas incluem ler textos de apoio, responder à questão com base nos pontos solicitados, e enviar a resposta por meio de um formulário.
Atualmente, diversos economistas das mais variadas origens e tendências argumentam que o Banco Central deve imprimir dinheiro para financiar o déficit público e zerar a taxa básica de juros para fazer políticas monetárias não convencionais, chamadas lá fora de Quantitative Easing (QE) e que consistem na compra de ativos privados e talvez até divida pública de prazos mais longos.
1) O artigo discute a evolução do conceito de Lei de Say no pensamento econômico, desde a versão original de Jean Baptiste Say até as interpretações clássicas, neoclássicas e da escola de Cambridge.
2) A versão original de Say tratava da identidade entre produção e consumo, onde toda produção gera demanda equivalente através dos salários pagos e do poder de compra gerado. Isso pressupunha a neutralidade da moeda e ausência de entesouramento.
3) Posteriormente, interpretações cl
The purpose of this paper is to contribute to an interpretation of Ricardo’s theory of foreign trade following the lead of Sraffa ́s own 1930 critique of Ricardo ́s alleged error and recently developed by other Sraffians. We argue that Ricardo assumed that trade happened at natural prices in each country. And once we take the process of gravitation towards those prices into account it follows that : (i) Ricardo’s theory is not incomplete, but fully determined so there is no need for price elastic demand functions, contrary to what John Stuart Mill argued; and (ii) in the simple cases of the examples of chapter 7 of Ricardo ́s Principles, the terms of trade are determined by the ratio of the given actually traded levels of reciprocal effectual demands.
Taking into account the pull-push debate on the weight that external or internal factors have on the behavior of capital flows and country-risk premium of developing economies, the aim of this article is to assess empirically the extent by which the push factors, linked to global liquidity and interest rates, (compared to country-specific factors) play on the changes in the risk premium of a set of countries of the periphery, in the period 1999-2019. This done using the methodology of Principal Component Analysis, which can relate the information from different countries to its common sources. We also test for a structural change in the premium risk series in 2003, by means of structural break tests. We find that push factors do play the predominant role in explaining country risk changes of our selected peripherical countries and that there was indeed a substantial general reduction in country risk premia after 2003, confirming that the external constraints of the periphery were significantly loosened by more favorable conditions in the international economy in the more recent period. The results are in line both with the view that cycles in peripherical economies are broadly subordinated to global financial cycles, in but also that such external conditions substantially improved compared to the 1990s.
This document analyzes Brazilian National Treasury primary auctions from the 2000s using a Modern Monetary Theory interpretation. It finds that:
1) The Brazilian government was always able to sell its treasury bonds and was not pressured into higher interest rates by bond markets or rating downgrades.
2) Downgrades by international rating agencies did not cause persistent pressure on auction rates or changes in bond sales volumes.
3) The Central Bank ensured liquidity for treasury bonds through repo operations, maintaining interest rate targets and guaranteeing demand for government bonds.
Taking into account the pull-push debate on the weight that external or internal factors have on the behavior of capital flows and country-risk premium of developing economies, the aim of this article is to assess empirically the extent by which the push factors, linked to global liquidity and interest rates, (compared to country-specific factors) play on the changes in the risk premium of a set of countries of the periphery, in the period 1999-2019. This done using the methodology of Principal Component Analysis, which can relate the information from different countries to its common sources. We also test for a structural change in the premium risk series in 2003, by means of structural break tests. We find that push factors do play the predominant role in explaining country risk changes of our selected peripherical countries and that there was indeed a substantial general reduction in country risk premia after 2003, confirming that the external constraints of the periphery were significantly loosened by more favorable conditions in the international economy in the more recent period. The results are in line both with the view that cycles in peripherical economies are broadly subordinated to global financial cycles, in but also that such external conditions substantially improved compared to the 1990s.
This paper extends the analysis of Haavelmo (1945), which derived the multiplier effect of a balanced budget expansion of public spending on aggregate demand and output. We first generalize Haavelmo's results showing that a fiscal expansion can have positive effects of demand and output even in the case of a relatively small primary surplus and establishing the general principle that what matters for fiscal policy to be expansionary is that the propensity to spend of those taxed should be lower that of the government and the recipients of government transfers. We also show that endogenizing business investment as a propensity to invest makes the traditional balanced budget multiplier to become greater than one. Moreover, if this propensity to invest changes over time and adjusts capacity to demand as in the sraffian supermultiplier demand led growth model, the net tax rate that balances the budget will tend to be lower the higher is the rate of growth of government spending, even in the presence of other private autonomous expenditures.
This paper extends the analysis of Haavelmo (1945), which derived the multiplier effect of a balanced budget expansion of public spending on aggregate demand and output. We first generalize Haavelmo´s results showing that a fiscal expansion can have positive effects of demand and output even in the case of a relatively small primary surplus and establishing the general principle that what matters for fiscal policy to be expansionary is that the propensity to spend of those taxed should be lower that of the government and the recipients of government transfers. We also show that endogenizing business investment as a propensity to invest makes the traditional balanced budget multiplier to become greater than one. Moreover, if this propensity to invest changes over time and adjusts capacity to demand as in the sraffian supermultiplier demand led growth model, the net tax rate that balances the budget will tend to be lower the higher is the rate of growth of government spending, even in the presence of other private autonomous expenditures.
Thirlwall’s law, given by the ratio of the rate of growth of exports to the income elasticity of imports is a key result of Balance of Payments (BOP) constrained long run growth models with balanced trade. Some authors have extended the analysis to incorporate long run net capital flows. We provide a critical evaluation on these efforts and propose an alternative approach to deal with long run external debt sustainability, based on two key features. First, we treat the external debt to exports ratio as the relevant indicator for the analysis of external debt sustainability. Second, we include an external credit constraint in the form of a maximum acceptable level of this ratio. The main results that emerge are that sustainable long run capital flows can positively affect the long run level of output, but not the rate of growth compatible with the BOP constraint, as exports must ultimately tend to grow at the same rate as imports. Therefore, Thirlwall’s law still holds.
1. O documento apresenta um modelo matemático para analisar sistemas econômicos representados por matrizes que indicam insumos e horas de trabalho necessárias para a produção.
2. É definido o conceito de matrizes redutíveis e irredutíveis e apresentados teoremas sobre propriedades de matrizes irredutíveis como tendo um autovalor máximo único.
3. Explica como representar sistemas de preços com e sem excedente usando esse modelo, encontrando soluções relacionadas a autovalores e autovetores das matriz
1) O documento é uma tese de doutorado apresentada à Universidade Federal do Rio de Janeiro que analisa o crescimento liderado pela demanda na economia norte-americana nos anos 2000 a partir da abordagem do supermultiplicador sraffiano com inflação de ativos.
2) No primeiro capítulo, a tese faz uma crítica à abordagem da macroeconomia dos três saldos proposta por W. Godley, argumentando que ela tem inconsistências contábeis.
3) Em seguida, a tese apresenta o arcabouço teórico do
1) O documento discute as contribuições teóricas de Piero Sraffa à teoria do valor e distribuição.
2) Sraffa propôs retomar a abordagem clássica do excedente e criticou a abordagem marginalista neoclássica.
3) Ele mostrou que há uma relação inversa entre salário real e taxa de lucro para qualquer número de bens, confirmando os resultados clássicos.
Este documento é uma dissertação de mestrado que analisa criticamente os modelos neo-kaleckianos sobre como a competitividade internacional influencia a taxa de crescimento de uma economia aberta. O autor argumenta que esses modelos restringem excessivamente a relação entre taxa de câmbio e distribuição de renda e omitem fontes alternativas de desvalorização cambial. Além disso, eles podem permitir déficits comerciais permanentes sem mecanismos de ajuste e sugerem que a desvalorização pode piorar o déficit comercial.
1) O documento discute modelos pós-keynesianos de crescimento e distribuição de renda, comparando-os com a teoria da distribuição de Cambridge.
2) Nos modelos iniciais, o nível de produção e utilização da capacidade dependem negativamente da parcela de lucros, enquanto a taxa de lucro realizada é constante.
3) A teoria de Cambridge argumenta que a parcela de lucros é determinada endogenamente no longo prazo, variando positivamente com o grau de utilização da capacidade.
(1) Keynes criticou a suposição neoclássica de que a taxa de juros é flexível, argumentando que ela é determinada monetariamente e não se ajusta automaticamente para manter o pleno emprego. (2) Sraffa criticou a ideia de que há sempre substituição entre fatores, mostrando que com capital heterogêneo a intensidade do uso de um fator não se correlaciona necessariamente com seu preço. (3) Ambas as críticas questionam se os mecanismos propostos pela teoria neoclássica são suficientes para garant
This paper examines the semiconductor’s industry growing importance
as a strategic technology in the modern industrial system and in contemporary war
-
fare. It also analyzes this industry’s evolution in China and the Chinese semiconduc-
tor industrial policy over the last years. We review the Chinese interpretation of the
‘revolution in military affairs’ and China’s perception of its backwardness as well as
the possibilities of catch-up and evolution in the most sophisticated segments of this
productive chain through domestic firms and indigenous innovation.
O objetivo deste trabalho é discutir as causas principais da interrupção, a partir de 2015,do processo de crescimento com inclusão social que ocorreu na economia brasileira a partir de meados dos anos 2000, processo que chamaremos de “Breve Era de Ouro” da economia brasileira em alusão ao processo semelhante, porém bem mais longo e intenso, que ocorreu nos países centrais depois da Segunda Guerra Mundial até o inicio da década de 70 do século passado. Nossa analise se baseia em duas hipóteses centrais. A primeira é de que, por uma série de razões estruturais operando tanto no lado da oferta quanto da demanda de trabalho, este processo gerou, a despeito das taxas de crescimento da economia não terem sido muito elevadas,uma “revolução indesejada” no mercado de trabalho brasileiro entre 2004 e 2014, que reforçou muito o poder de barganha dos trabalhadores (particularmente os menos qualificados).Esta “revolução indesejada” gerou uma tendência dos salários reais crescerem continuamente acima do crescimento da produtividade, o que acirrou progressivamente o conflito distributivo e reduziu as margens e taxas de lucros das empresas.
Este documento resume a trajetória acadêmica de Carlos Aguiar de Medeiros, desde quando ele ingressou na UFRJ como aluno de graduação em 1971 até se tornar Coordenador da Pós-Graduação do Instituto de Economia Industrial (IEI) entre 1993-1996. Ele destaca suas influências iniciais como aluno, sua produção como professor e pesquisador, e seu papel na reestruturação da pós-graduação do IEI.
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RESENHA
Carlos Pinkusfeld*
WRAY, L. Randall. Trabalho e moeda hoje: A chave para o pleno emprego e a esta-
bilidade dos preços. Rio de Janeiro: UFRJ/Contraponto, 2003. 246 p.
O livro Trabalho e moeda hoje, de Randall Wray tem, como epígrafe,
uma passagem do panfleto “Can Lloyd George do it” de Keynes. Em maio
de 1929, Keynes perguntava se seria sensato um décimo da força de tra-
balho inglesa estar desempregada em nome de uma suposta estabilidade
financeira. Sua própria resposta é não. Nenhuma homem poderia pen-
sar o contrário a menos que “[...] tivesse a cabeça entupida de idéias in-
sensatas durante anos”.
Três quartos de século depois, Keynes teria de rever suas expectati-
vas otimistas a respeito do impacto de sua obra maior, a Teoria Geral, so-
bre o nível de sensatez do mundo, reconhecendo a vitória esmagadora
da ideologia das finanças equilibradas sobre a das políticas de pleno
emprego. O livro de Randall Wray é um excelente caminho para os inte-
ressados, acadêmicos ou não, em se livrar de tais idéias insensatas come-
çarem a fazê-lo.
O sentido do livro é exatamente de retomada. Sua importância está
exatamente não na originalidade das contribuições do autor, mas na re-
cuperação de idéias, para usar a expressão de Sraffa, “submersas e esque-
cidas” sobre teoria monetária e determinação da renda segundo o prin-
cípio da demanda efetiva e sua relação com as finanças públicas e a polí-
tica monetária. Entre esses autores esquecidos deve-se destacar Abba
Lerner, a principal fonte, por assim dizer, da retomada teórica de Wray.
PoderíamosdizerqueosprincipaispontosdessaempreitadadeWraysão:
a) A abordagem da Moeda como criatura do Estado;
b) Teoria das finanças funcionais;
*ProfessorAdjuntodoDepartamentodeEconomia/UFF.E-mail: pinkusfeld@economia.uff.br
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Econômica,Rio de Janeiro,v.6,n.1, p.187-193, junho 2004
c) Estabelecimento de Políticas de Pleno Emprego e Controle de
Inflação através da transformação do Estado em “empregador de
última instância”.
Antes de explorar cada um desses pontos específicos, devemos tra-
tar da estrutura e dos aspectos gerais do livro.
Apesar de tratar de temas teóricos de grande importância e intrinse-
camente complexos, o livro tem um caráter assumidamente de divulga-
ção ou, mais precisamente, é um panfleto na defesa de políticas de pleno
emprego. Essa postura do seu autor imprime uma forma de apresenta-
ção dos temas que torna o livro acessível para um público bem mais am-
plo que apenas os profissionais da área de economia. Tal opção, entre-
tanto, não ocorre sem custos. O livro, em primeiro lugar, adota uma es-
tratégia de exposição que, de certa forma, pode ser considerada repetitiva.
O seu penúltimo capítulo, por exemplo, é dedicado à montagem de um
“modelo” onde são aplicados todos os conceitos desenvolvidos até então.
Além de dedicar cerca de 10% do livro a um exercício didático de “fixa-
ção”, tal exercício contém algumas simplificações que, de certa forma,
podem comprometer discussões mais aprofundadas em parágrafos ante-
riores.
Já o capítulo 3 “Uma Introdução à história da moeda” pode (e efeti-
vamente já foi alvo de críticas em resenhas do original em inglês) ser
considerado superficial e mesmo irrelevante para o conjunto do livro, já
que este trata de entender o dinheiro moderno, como explicitado no tí-
tulo original1
.
O outro lado da moeda é o eventual impacto que esse livro pode ter
sobre o público em geral, antepondo-se ao consenso do pensamento único
martelado incessantemente pela maioria dos economistas e imprensa
especializada. Em relação à academia, os professores de macroeconomia
e teoria monetária passam a contar com um material didático para gra-
duação, em português, sobre uma visão alternativa à ortodoxia que ca-
racteriza os manuais tradicionais. Esse ponto é tanto mais importante se
considerarmos que os livros de Abba Lerner, além de não terem sido tra-
duzidos para o português, não podem ser encontrados com facilidade na
maioria das bibliotecas universitárias.
3. CARLOS PINKUSFELD • 189
Econômica,Rio de Janeiro,v.6, n.1, p.187-193, junho 2004
Para onde penderá a balança dos prós e contras gerados pela orga-
nização e formato do livro dependerá, certamente, da maior ou menor
simpatia que o leitor tenha com as idéias principais expressas nele.
Podemos então examinar os pontos teóricos centrais do livro.
O primeiro ponto é uma inversão da leitura tradicional (presente
em todos os livros texto) da origem da moeda. Esta surgiria como qual-
quer objeto que facilitasse as trocas efetuadas numa economia de
escambo. A lista desses objetos é longa, incluindo alguns mais conheci-
dos como gado e sal, tendo, através dos anos, ocorrido uma convergên-
cia para os metais preciosos como ouro e prata.
A leitura alternativa apresentada por Wray tem como base a recupe-
ração das idéias de Innes que a moeda seria na verdade, sempre, uma
relação de crédito e débito. A criação de moeda se dá no momento em
que algum agente econômico se dispõe a aceitar um débito de outro
agente fornecendo a este automaticamente um crédito correspondente.
Essas relações de débito e crédito poderiam ser passadas adiante, ou seja
a, credor de b, poderia adquirir de c algo com o débito de b. Nesse pon-
to, à medida que se ampliam as relações sociais de débito e crédito, surgi-
ria o sistema bancário como elemento crucial na sua compensação mú-
tua.
Dentro dessa lógica, onde, segundo INNES (1914, p. 152), “[...] todos
somos compradores e vendedores, e assim todos somos ao mesmo tem-
po devedores e credores do outro”, qual seria o maior de todos esses com-
pradores e devedores em termos individuais ? Em qualquer momento da
história, certamente, o Estado, ou seja, a moeda estatal teria um papel de
destaque na hierarquia das relações de débito e crédito da economia pela
sua própria dimensão2
. Além disso, a tributação imposta pelo Estado, a
ser paga em sua moeda, criaria uma demanda cativa para os débitos esta-
tais, já que o setor não estatal da economia teria de adquiri-los para can-
celar seus débitos com o Estado, ou seja, a carga tributária. Assim, chega-
se à interessante conclusão de que a aceitação da moeda estatal (seja ela
o dólar, a libra, o Real etc.) independe de leis que imprimam seu curso
forçado, sendo conseqüência da necessidade de pagar tributos. As pes-
soas aceitam vender bens e serviços ao governo recebendo em troca pro-
messas de dívida em forma de papel pintado porque precisam desses
4. 190 • RESENHA
Econômica,Rio de Janeiro,v.6,n.1, p.187-193, junho 2004
pedaços de papel para saudar suas obrigações tributárias nos guichês do
fisco.
Uma outra conseqüência lógica interessante desse tipo de interpre-
tação é o reconhecimento de que, ao contrário do que usualmente se
apregoa,asituaçãonaturaldaeconomiaéapresentarumdesequilíbriofiscal
e não o contrário. Partindo da constatação, inteiramente consensual, de
que o setor privado da economia mantém encaixes monetários superiores
às suas necessidades para transações (ou, no caso específico, às necessida-
des de pagamento de impostos) e que essas necessidades aumentam com
o nível do produto, tem-se que há uma tendência lógica para este mesmo
setor vender mais bens e serviços ao setor público do que aqueles necessá-
riosparaopagamentodeimpostos,ouseja,umatendênciaparaqueogasto
do governo seja superior no, longo prazo, à sua arrecadação.
O outro princípio fundamental que perpassa toa a argumentação
do livro é o da teoria das finanças funcionais. Nas palavras de seu princi-
pal autor, Abba LERNER(1942, p. 39), citado em WRAY (2003, p. 95) “[...] a
idéia central é que as políticas fiscal [e monetária do governo][...] serão
tratadas tendo exclusivamente em vista os resultados destas ações na eco-
nomia, e não alguma doutrina tradicional estabelecida sobre o que é ou
não saudável.”. Na citação, Lerner se refere à obsessão com finanças sau-
dáveis, ou equilíbrio fiscal, que caracterizou a ortodoxia do padrão-ouro
e a ideologia dos consultores financeiros internacionais do entre-guer-
ras até ser, relutantemente, sepultada na prática pela necessidade de ti-
rar as economias da grande depressão.
Esse tipo de abordagem, que defende a determinação do déficit pú-
blico de um tamanho tal que cubra o gap de “não gasto” do setor privado
para levar a economia à utilização máxima dos recursos produtivos, su-
bentende que a propensão a poupar do setor privado é tal que, deixada
a seu livre funcionamento, a economia sempre operaria com recursos
produtivos não utilizados3
.
A teoria das finanças funcionais, integrada à relação da emissão
monetária com o gasto público, tem também algumas conseqüências ló-
gicas de grande interesse para políticas econômicas heterodoxas. Inicial-
mente, nega-se a idéia usual de que dívida pública e os impostos financi-
am o gasto público. Se o gasto é, na verdade, aquisição de moeda estatal
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Econômica,Rio de Janeiro,v.6, n.1, p.187-193, junho 2004
para que o setor privado pague impostos, como o segundo pode prece-
der o primeiro ? A ordem tradicional é logicamente impossível. O mes-
mo se aplica à dívida pública: um gasto público injeta moeda estatal na
economia e cabe ao governo, através de sua política de dívida pública,
atender ao ajuste de portfolio do setor privado (ou seja, garantir ao setor
privado alcançar seu mix desejado de dívida pública e moeda) à taxa de
juros fixada pelo Banco Central.
Logo, se logicamente nem tributos nem dívida financiam o gasto
público, qual o papel destes na economia ? Ajustar as decisões de gasto e
alocação de riqueza do setor privado consistentes com um nível de plena
utilização dos recursos produtivos. O estoque da dívida pública respon-
dendo, como já dito, aos ajustes de liquidez do setor privado, e o nível de
impostos sendo determinado pelo volume de gastos privados compatí-
veis com o “pleno emprego”.
Finalmente, seguindo-se essa abordagem, se conclui, logicamente, da
impossibilidade da quebra do Estado. Se a dívida pública interna é contra-
tada na moeda estatal na qual o governo tem monopólio de emissão, não
faz sentido algum este mesmo governo não honrar o seu resgate.
Assumindo-se as premissas anteriores, Wray se acha teoricamente
embasado para propor políticas públicas de pleno emprego, com o Esta-
do assumindo uma função keynesiana de empregador de última instân-
cia. Entretanto, ao propor tal política de emprego, Wray acrescenta um
novo elemento teórico que poderíamos chamar de sua teoria da infla-
ção, conjugando, como no título do livro, em um instrumento, a chave
para o pleno emprego e a estabilidade de preços.
Uma vez que teoricamente abandonou-se a idéia metalista dos pre-
ços referidos a alguma unidade de valor material, caberia ao Estado emis-
sor de sua moeda estatal fiduciária estabelecer os preços da economia.
Wray propõe que o Estado poderia fixar o preço de toda e qualquer mer-
cadoria ao anunciar seu preço de compra na moeda Estatal, mas essa
medida é desnecessária se um preço básico da economia é fixado. Esse
preço básico é exatamente o salário nominal e o seu valor a remunera-
ção para aos trabalhadores ocupados pelo programa de empregador de
última instância. No esquema proposto por Wray, um mesmo instrumen-
to de política econômica acaba por resolver dois problemas: inflação e
6. 192 • RESENHA
Econômica,Rio de Janeiro,v.6,n.1, p.187-193, junho 2004
desemprego. Poderia se caracterizar como uma anti-Curva de Phillips. Nes-
ta, é preciso um certo nível de desemprego para evitar o crescimento dos
salários nominais. No esquema de Wray, o salário é fixado nominalmen-
te pelo governo ao garantir o pleno emprego da força de trabalho.
Nessa curta resenha não são tratados os detalhes do programa de
pleno emprego proposto por Wray (desenvolvido no seu capítulo 6) nem
sua apresentação da integração do sistema monetário e fiscal americano
(desenvolvido no capítulo 5), que justificariam empiricamente os seus
argumentos teóricos.
Entretanto, deve ficar claro que a natureza radical de tais propostas
keynesianas tem grande relevância para as propostas heterodoxas de
política econômica, frente à forte inflexão ortodoxa que ocorreu na dé-
cada de 1980 e que, praticamente, tornou-se dogma na década de 1990.
Efetivamente, desde a sua publicação em 1999, o livro de Wray tem
sido um referencial importante para tal movimento de retomada
keynesiana nos Estados Unidos, tendo no Center for Full Employment and
Price Stability (www.cfeps.org) seu principal núcleo acadêmico. Alguns
pontos levantados pelo livro têm sido alvo de crítica entre heterodoxos,
como uma eventual incompatibilidade entre as abordagens da moeda
endógena e da moeda como criatura do Estado (veja ROCHON; VERNENGO,
2003) e a pouca relevância empírica dada por Wray ao impacto do pleno
emprego sobre o grau de conflito distributivo e, conseqüentemente, so-
bre a inflação (ASPROMORGOUS, 2000). Vernengo e Rochon observam tam-
bém, corretamente, que o livro de Wray, talvez voltado demais para o caso
americano, dá pouquíssima importância ao impacto da restrição exter-
na sobre emprego e inflação. Devido a essa limitação Wray, por exemplo,
diverge da interpretação tradicional heterodoxa sobre hiperinflações (veja
FRANCO, 1986) que, nessa abordagem, seriam conseqüência da combina-
ção de séria deterioração da restrição externa e do acirramento do con-
flito distributivo. Para Wray, as hiperinflações são resultado da deteriora-
ção dos sistemas fiscais, com conseqüente queda da demanda privada por
moeda estatal.
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Econômica,Rio de Janeiro,v.6, n.1, p.187-193, junho 2004
A despeito de eventuais problemas e limitações, não há dúvida que
o livro de Wray é um importante referencial no debate, tanto teórico como
aplicado, sobre alternativas heterodoxas ao dogma ortodoxo corrente.
Notas
1
A edição brasileira manteve o subtítulo original “The key to fullemployment and price
stability” mas alterou o título principal que no original é “Understanding Modern
Money”.
2
Para os interessados nesse tipo de abordagem recomenda-se não só a leitura dos textos
originais de INNES (1913 e 1914) que podem ser encontrados no site www.mosler.org,
como BELL (2001).
3
Vale ressaltar que, apesar de sua postura radicalmente herética em termos de política
econômica, Abba Lerner tinha uma formação, no que tange à teoria do valor, inteira-
mente neoclássica. A compatibilização entre esses aspectos aparentemente contraditó-
rios vem do que a literatura denomina de “pessimismo das elasticidades”. Ou seja: o
investimento seria pouco elástico em relação à taxa de juros e logo a existência de um
excesso de poupança diminuindo o custo do capital não seria capaz de levar a econo-
mia ao pleno emprego através da elevação do investimento.
Referências bibliográficas
ASPROMORGOUS, T. Is An Employer-of-Last-Resort Policy Sustainable? A
Review Article. Review of Political Economy, v. 12, n. 2, 2000, p. 141—55.
BELL, S. The Role of the State and the Hierarchy of Money. Cambridge Jour-
nal of Economics, v. 25, n. 3, 2001.
FRANCO, G.H.B. Aspects of the Economics of Hyperinflation: Theoretical Issues
and Historical Studies of Four European Hyperinflations. Harvard University,
1986. (Ph.D. dissertation)
INNES, A.M. What is Money. Banking Law Journal, May 1913, p. 377-408.
INNES, A.M. The Credit Theory of Money. Banking Law Journal, Dec.-Jan.
1914, p. 151-168.
ROCHON, L.P.; VERNENGO, M. State money and the real world: or chartalism
and its discontents. Journal of Post Keynesian Economics, Fall 2003, v. 26, n. 157.
Recebido e aprovado para publicação em julho de 2004.